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Uma história que parece história de fadas mas não é. Também parece história para criança pequena mas não é.
Para falar a verdade, com grade susto dos pais, Linda Flor tinha cortado os cabelos e estava usando um
penteado esquisitíssimo copiado de povos longínquos de Africolândia.
E as roupas de Linda Flor? Ela não usava mais aqueles lindos vestidos de veludo com entremeios de renda
e beiradas de arminho que agente vê nas figuras dos contos de fadas.
Ela agora estava usando… calças compridas!
– E pra que ela usava calças compridas?
– Ah, não vou dizer ainda pra não perder a graça.
Ela usava calças compridas, que nem o príncipe. E estava diferente, não sei, queimada de sol, logo ela que
era tão branquinha!”
Os professores estavam se queixando que ela não ia mais às aulas de craquelê, nem às aulas de etiqueta, nem às
aulas de minueto. E a corte inteira se espantava com a modificação da princesa, que deu para rir alto e até se
intrometia nas conversas dos mais velhos. Até nas conversas dos ministros sobre política ela deu para dar
palpites! E não queria mais ser chamada de Linda Flor.
– Que nome mais careta! Quero que me chamem de Teca, de Zaba, de Mari, um nome mais moderninho!”
E então um dia, todo mundo no palácio levou um grande susto.
No meio da manhã, na hora em que princesas delicadas ainda estão dormindo, ouviu-se o maior berro.
– Berro?
– É, berro! E berro de princesa!