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Rohingya
Direitos Humanos
Geografia C
Prof. Conceição Guerra
4 de maio de 2020
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Introdução
Este trabalho foi proposto na disciplina de Geografia C inserido no âmbito do tema
dos Direitos Humanos.
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1. Localização e características do povo
1.1. Quem são? Em que parte do globo se situam?
O povo rohingya é uma minoria muçulmana, com uma língua própria, o rohingya,
um idioma indo-ariano. A cidadania é um direito que não é conferido aos rohingya,
pois não são reconhecidos pelo governo de Myanmar, daí possuírem permissão de
residência limitada, o que é, de facto, um grande entrave ao progresso social e
económico desta etnia.
Rohingya significa “proveniente de Arracão”, nome antigo pelo qual o povo era
conhecido, o que reflete a sua ligação secular àquela região, que atualmente é a mais
pobre do país.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Povo_rohingya#/media/Ficheiro:Rohingya_flag.png
Myanmar (Birmânia):
Coordenadas geográficas:
- Latitude: 39°54′26″ N
- Longitude: 116°23′50″ E
Fig.3 Myanmar
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1.2. Para onde fogem? E como?
Daca, Bangladesh:
Coordenadas geográficas:
- Latitude: 23°42′37″ N
- Longitude: 90°24′26″ E
Chittagong, Bangladesh:
https://www.google.com/maps/search/daca+e+chittagong/@22.9704969,8
Coordenadas geográficas: 9.2364226,7.25z
- Longitude: 91°49'54.05" E
Estes migram, primeiro para o leito do rio Naf onde chegam até à fronteira
entre o Bangladesh e Myanmar. Milhares de rohingyas vão amontoando todos os anos
às suas margens, sem qualquer pausa no percurso, esperando apenas para cruzarem
a fronteira ou ir a algum dos campos com esperança de receberem algum asilo.
Mesmo depois de receberem asilo, muitos rohingyas acabam por não ter qualquer
proteção social.
https://www.juponline.pt/wp-content/uploads/2017/11/170902-myanmar-rohingya-refugees-
fleeing-cheat_jqcnpk.jpg
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1.3. Religião
Quanto à sua religião muçulmana, estes são proibidos de se casar ou viajar sem a
permissão das autoridades e não têm o direito de possuir terra ou propriedade.
Naquela nação existe mais de milhão de rohingyas. Um grupo ligado à luta pela
autodeterminação da minoria muçulmana iniciou ataques a postos de segurança no
país, matando 12 agentes. As autoridades birmanesas reconheceram os ataques
como ações terroristas.
https://noticias.r7.com/internacional/exercito-rohingya-matou-hindus-em-mianmar-diz-anistia-internacional-23052018
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https://www.google.com/maps/place/Arrac%C3%A3o,+Myanmar/@19.3992889,91. https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1380610/tres-explosoes-no-
291989,7z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x30b0c1a60a38ad3b:0x2ef2881316474753
estado-de-rakhine-antes-da-visita-da-lider-de-myanmar
!8m2!3d20.1040818!4d93.5812692
O povo de Myanmar tem como hábito mastigar noz de areca com folhas de bétel,
que faz uma mistura num tom avermelhado na boca e dentes. Passado algum tempo,
cospem a mistura para o chão deixando manchas vermelhas por onde passam.
https://www.siganossatrilha.com/o-povo-do-myanmar/
Este povo tem como costume diário a utilização de tanaka, uma pasta feita do
pó da casca de uma árvore, que tem a função de um protetor solar.
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Este produto é vendido em estado natural, mas em pequenos pedaços de
madeira. Para o fabrico do creme é preciso utilizar uma pedra circular de ardósia,
moendo a casca dessas toras e misturar um pouco de água. Depois de terminado este
processo está apto para colocar no rosto das pessoas.
https://www.siganossatrilha.com/o-povo-do-myanmar/
São mais de 100 grupos étnicos que vivem em várias regiões do país e usam os
trajes típicos. Por isso, é comum encontrá-los por todo o lado e, assim, deixam bem
específico qual é a sua tribo e origem.
https://www.siganossatrilha.com/o-povo-do-myanmar/
Em Rakhine era praticada uma grande violência contra os rohingya, o que constitui
um extenso padrão de violações e abusos. Este confronto intensificou-se quando uma
mulher de religião budista foi violada por três homens muçulmanos, em Rakhine.
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2017/09/13/quem-sao-os-rohingyas-povo-muculmano-que-a-onu-diz-ser-alvo-de-limpeza-etnica.htm
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A ociosidade do Estado de Myanmar é acrescida a este cenário. Trata-se de um
Estado maioritariamente budista, que não reconhece os rohingya como minoria étnica
sendo, por isso, criticado por parte dos vários atores da comunidade internacional.
Este grupo étnico foi considerado pelas Nações Unidas, uma das minorias mais
perseguidas do mundo e, atualmente, está a sofrer o que a ONU denominou de
“limpeza étnica”, conduzindo a uma crise migratória sem precedentes, na antiga
Birmânia.
https://static.poder360.com.br/2019/12/ONU.png
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A crise de violência e perseguição motivou protestos por parte de organizações
internacionais e foi criada, inclusive, uma petição que pretende retirar o prémio Nobel
da Paz a Aung San Suu Kyi e que conta já com mais de meio milhão de subscrições.
https://ichef.bbci.co.uk/news/1024/branded_portuguese/F949/production/_110071836_mediaitem110071835.jpg
https://ogimg.infoglobo.com.br/mundo/23019811-bf3-c3f/FT1086A/652/x78563003_FILE-
Ai-Rohingya-refugees-at-the-Kutapalong-refugee-camp-in-Bangladesh-Nov-30-2017-A-
p.jpg.pagespeed.ic.FHLuLJ1LXu.jpg
São rejeitados
Catástrofe humanitária
Apagados da história…
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Por sua vez, a Amnistia Internacional, numa carta aberta ao Comandante das
Forças Militares de Myanmar, General Min Aung Hlaing, solicita o fim da campanha de
violência e abuso dos Direitos Humanos e pede garantia de acesso livre ao Estado de
Rakhine, a atores de ajuda humanitária, às Nações Unidas e a jornalistas
independentes.
https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2019/02/20190205_e_bgd_se-angelina-jolie-in-coxs-bazar.jpg
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Mais de 700 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas do Estado de
Rakhine, em Myanmar, em questão de meses. Um ano e meio depois, os refugiados
ainda cruzam as fronteiras à procura de refúgio em Bangladesh, devido ao elevado
número de mortes. Bangladesh revela-se um lugar seguro, onde predomina a
generosidade ao acolher o povo rohingya, um gesto claro de humanidade.
Um dos desejos dos rohingya é voltar para casa, direito que não lhes pode ser
negado, contudo, só o devem fazer voluntariamente, quando se sentirem seguros e
souberem que os seus direitos serão respeitados. A responsabilidade de garantir
esses direitos, possibilitando o regresso do povo rohingya ao Estado de Rakhine recai
sobre o governo e autoridades em Mianmar.
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Conclusão
A realização deste trabalho proporcionou a todos os elementos do grupo um vasto
conhecimento sobre todo o sofrimento, angústia do povo rohingya durante a
perseguição desta minoria, em que foram, claramente, torturados e tratados como
“animais”.
Concluimos que todo este conflito foi gerado com base no conceito de “limpeza
étnica” que o governo de Myanmar possuía, não reconhecendo como cidadãos os
rohingyas alegando que eram naturais de Bangladesh. Esta “limpeza étnica” era
baseada na violência e assassínio de aldeias inteiras.
Sem dúvida que este trabalho foi muito importante para os nossos conhecimentos e
interessante aprofundar tão minuciosamente este tema.
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Webgrafia
HTTPS :// WWW . ACNUR. ORG / PORTUGUES/2019/02/05/ DECLARACAO -DA-ENVIADA-ESPECIAL -
HTTPS :// WWW . JUPONLINE . PT/ POLITICA / ARTIGO /23806/ROHINGYA -UM -POVO -
PERSEGUIDO . ASPX
OS_LGB
MINORIA/ EL /101424/
HTML
PERSEGUIDO . ASPX
HTTPS :// WWW . DW. COM/ PT-BR/ ENTENDA -O -CONFLITO -EM -TORNO -DOS- ROHINGYA-EM -
MYANMAR / A-40517106
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