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Proposta de Ocupação Cultural e Artística da Sala Multiuso

Extensão videográfica: artistas ou espectadores ou espectadores-


artistas?

Introdução:

A seguinte proposta de exposição: Extensão videográfica: artistas ou


espectadores ou espectadores-artistas? Busca dar visibilidade aos trabalhos
desenvolvidos na oficina terapêutica, no CAPSi Serelepe, no município de Rio
Grande, RS em desenvolvimento com meninas adolescentes. A oficina iniciou
em fevereiro de 2019 e estima seu término em dezembro, do mesmo ano, com
o objetivo proporcionar experiências com processos de criação coletiva em
Videodança, sem fins lucrativos.

A oficina “Videodança: laboratório de criação coletiva” é o “ninho” para a


realização da exposição aqui proposta. Na oficina as participantes e a
mediadora trabalham conjuntamente nos processos criativos, no qual
investigam possíveis desdobramentos das referencias visuais, corporais,
auditivas, entre outras, para a criação em Videodança refletindo sobre corpo
feminino e representações.

Entre tantas obras nas quais possuem dança: filmes de dança, musicais,
registros de espetáculos, documentários, o que é Videodança? Os artistas e
pesquisadores envolvidos com a Videodança vêm ao longo do tempo
pontuando características, contudo ainda compreende-se como um fazer
híbrido entre a dança e o vídeo em constante modificação fluído aos
movimentos contemporâneos.

Compreendido como o espaço de “dançar o impossível”, diz Kraus


(2007) que coreógrafos, cineastas e artistas da mídia encontram a
possibilidade de dançar o que é impossível no palco, estão eles livres para
desafiar a física da gravidade e criar múltiplas variações dos seus elementos,
seja para o vídeo ou filme. No Brasil, os artistas Paulo Caldas, Leonel Brum,
entre outros também se referem ao dançar o impossível, para Brum (2012,
p.77):
[...]Trata-se de uma cena que emerge da aproximação de artistas do
audiovisual e da dança que, juntos, encontram no vídeo um
manancial repleto de novos recursos para realizar suas ideias.

São ações de experimentalismo que borram fronteiras entre o que é


fotografia, cinema, vídeo, dança e no “entre”: “o que é isso; e o que é aquilo”
surgem trabalhos que subvertem o espaço-tempo e colocam o corpo em
movimento como elemento principal de suas experimentações.

Justificativa:

Somos espectadores: aprendemos com os nossos mentores (pais,


familiares, amigos, figuras importantes), assistindo filmes, documentários,
propagandas, novelas, espetáculo, etc, ou seja, somos espectadores de nós
mesmos ao nos relacionar com o mundo e seus elementos. Ranceiere (2012,
P.18) diz “[...] os espectadores veem, sentem e compreendem alguma coisa à
medida que compõem seu próprio poema, como fazem, à sua maneira, atores
e dramaturgos, diretores, dançarinos e performers”. Por vezes, pensamos o
espectador como uma figura passiva ao meio e seus elementos, no entanto, a
ideia de espectador aqui desenvolvida é de que “todo espectador é já ator de
sua história; todo ator, todo homem de ação, espectador da mesma história”
(RANCIERE, p.21,2012).

Ser espectador não é a condição passiva que deveríamos converter


em atividade. É nossa situação normal. Aprendemos e ensinamos,
agimos e conhecemos também como espectadores que relacionam a
todo instante o que veem ao que viram e disseram, fizeram e
sonharam. Não há forma privilegiada como não há ponto de partida
privilegiado. (RANCIERE, p.21, 2012)

Desta forma, a exposição: Extensão videográfica: artistas ou


espectadores ou espectadores-artistas? Propõem-se a borrar as fronteiras
entre o artista e o espectador.

As obras videográficas são composições de “paisagens inventadas” 1


pelo universo feminino e seus questionamentos, refletidas coletivamente. Ao
expor os trabalhos, artista e espectador tornam-se parte de uma mesma

1
Conceito de Anne Couquelin (2007)
unidade, e serão oportunizadas as autoras das obras, se perceberem como
agentes de cultura e de si por meio da linguagem poética em Videodança.

Objetivos:

 Visibilizar trabalhos produzidos em uma oficina terapêutica realizada no


CAPSi Serelepe;
 Propor reflexões sobre corpo feminino através de obras de Videodança;
 Contribuir para ampliação do repertório artístico da cidade de Rio
Grande, RS.
 Estimular a reflexão sobre: Quem é artista? Quem é espectador?

Metodologia:

Visa-se no período de trinta dias, contemplados pelo edital, a ocupação


da sala Multiuso para realizar duas ações concomitantes:

1. Oficina/Performance: durante o período de trinta dias, uma vez por


semana, será realizada uma ação coletiva de três horas/semanais, na
média total de doze horas de criação em Videodança aberta ao público,
sem inscrição prévia. Será proposta a criação de uma Videodança
aberta, na qual os participantes poderão expor trabalhos de até um
minuto.
2. Exposição videográfica: serão expostos trabalhos de Videodança de
autoria coletiva desenvolvidas na oficina: Videodança: laboratório de
criação coletiva.

Para realizar as ações aqui propostas, serão necessários dois projetores


multimídia e aparelho de som. Estará encargo de a proponente disponibilizar as
abras em vídeo e folder da exposição.
Referencias

BRUM, Leonel. Videodança: Uma Arte do Devir. In: Dança em Foco. Ensaios
Contemporâneos de Videodança. 2012. p. 74 - 113.

COUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins, 2007

KRAUS, Lisa. Dancing the impossible: Choreography for the câmera. In: Dance
Magazine. 20 de Julho de 2007. Disponivel:
https://www.dancemagazine.com/dancing-the-impossible-choreography-for-the-
camera-2306864034.html acesso em fevereiro de 2019.

RANCIERE, Jacques. O espectador emancipado. Tradução Ivone C. Beneditti.


– São Paulo; Editora WMF Martins Fontes, 2012.
Currículo

Luana Echevenguá Arrieche- Mestranda no PPG de Artes Visuais na


Universidade Federal de Pelotas; Especialista em Metodologia de Ensino de
Artes, pela faculdade Unicesumar (2018); e Graduada em Dança Licenciatura
pela Universidade Federal de Pelotas (2016).

Durante o período da graduação participou ativamente de projetos de


extensão e eventos acadêmicos. Envolveu-se com modalidades de dança:
ballet clássico, dança de salão, dançaterapia; dança contemporânea; e realizou
trabalhos com Videodança.

Contemplada em 2016 com o edital Verão Cultural, no município de Rio


Grande para apresentação do espetáculo “Elos: Aperte o start”.

Proponente da oficina “Videodança: laboratório de criação coletiva”


aprovado pelo Núcleo Municipal Educação Saúde Coletiva – NUMESC - da
Prefeitura Municipal do Rio Grande do Sul, da secretaria municipal do Rio
Grande, para ser realizada de fevereiro a dezembro de 2019.

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