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A raiz da palavra empreendedor remete-nos há 800 anos, com o verbo francês entreprendre,
que significa “fazer algo”. Uma das primeiras definições da palavra “empreendedor” foi
elaborada no início do século XIX pelo economista francês J.B. Say, como aquele que
“transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de
produtividade mais elevada e de maior rendimento”. O termo “entrepreneur” foi incorporado
à língua inglesa no início do século XIX. Entre os economistas modernos, quem mais se
debruçou sobre o tema foi Joseph Schumpeter, que teve grande influência sobre o
desenvolvimento da teoria e prática do empreendedorismo. Em seus estudos, ele o descreve
como a “máquina propulsora do desenvolvimento da economia. A inovação trazida pelo
empreendedorismo permite ao sistema econômico renovar-se e progredir constantemente.”
De acordo com Schumpeter, “sem inovação, não há empreendedores, sem investimentos
empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona.”
Em minha longa jornada sobre este fascinante e absorvente assunto, resolvi adotar a definição
encontrada em um relatório da Accenture, resultado de uma pesquisa internacional conduzida
entre janeiro de 2000 e junho de 2001: “Empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e
organizações trabalhando juntas para implementar uma idéia através da aplicação de
criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que comumente se
chamaria de risco.”
- O modelo de livre mercado que conta com uma intervenção governamental mínima, como é
o caso dos Estados Unidos;
As diferenças entre os países também refletem nos dois tipos de força propulsora do
empreendedorismo: os empreendimentos “de oportunidade” e os “de necessidade”. Um
empreendimento é “de oportunidade” quando o empreendedor iniciou ou investiu em um
negócio a fim de aproveitar uma oportunidade percebida no mercado, e “de necessidade”
quando se trata da melhor opção de trabalho disponível. Ambos florescem em países onde há
desigualdade na distribuição de renda, mas onde as pessoas têm expectativa de que a situação
econômica irá melhorar. Os de oportunidade aparecem em maior número onde há reduzida
ênfase na manufatura, baixa intromissão governamental, grande número de investidores
informais e respeito pela atividade empreendedora. Os de necessidade são mais comuns onde
o desenvolvimento econômico do país é relativamente pequeno, a economia não depende
tanto do mercado internacional, os benefícios oferecidos pelo Estado são menos generosos e
as mulheres têm menos influência sobre a economia.
- O Brasil possui um nível relativamente alto de atividade empreendedora: 13,5 em cada 100
adultos da População Economicamente Ativa (PEA) são empreendedores, colocando o país
em sétimo lugar do mundo. No entanto, mais da metade deles está envolvida por necessidade
e não por oportunidade;
- Não há proteção legal dos direitos de propriedade intelectual, os custos para registro de
patentes no país e fora dele são altos e os mecanismos de transferência tecnológica são
parcos. As universidades ainda estão isoladas da comunidade de empreendedores.
4. O perfil empreendedor
- Habilidade ao aplicar esta criatividade: eles conseguem direcionar esforços num único
objetivo;
- Força de vontade e fé: eles acreditam fervorosamente em sua habilidade de mudar o modo
como as coisas são feitas e têm força de vontade e paixão para alcançar o sucesso;
- Foco na geração de valor: eles desejam fazer as coisas da melhor maneira possível, do modo
mais rápido e mais barato;
- Correr riscos: quebrando regras, encurtando distâncias e indo contra o status quo.
Algumas idéias equivocadas ainda existem no senso comum. Uma delas é a de que o
empreendedor é um herói solitário. Na realidade, colaboração é a palavra-chave,
empreendedores de sucesso se unem a grupos e seguem trabalhando unidos em direção a um
único objetivo. Esses cinco elementos do empreendedorismo têm mais força quando
compartilhados por um time ou dentro de uma organização.
Outro conceito errôneo é o de que um empreendimento necessariamente precisa ser muito
grande para ser considerado um sucesso. Muitas empresas que se encaixam no critério de
pequena e média são bastante empreendedoras. A distinção está no resultado desejado: seus
proprietários a administram com o objetivo de manter seu estilo de vida e o da sua família, ou
eles reúnem esforços a fim de explorar oportunidades, criar novos produtos ou entregar
serviços de modo inusitado?
Pequenos negócios desempenham um papel muito importante na economia. É por meio da
pequena empresa que obtemos os produtos e serviços já tradicionais. Muitos donos de
pequenas empresas possuem qualidades empreendedoras ao buscar atender à demanda de
produtos e satisfazer os clientes. Mas o conceito de empreendedorismo está baseado em
indivíduos que misturam inovação com as melhores práticas de comercialização de novos
produtos e serviços e que resultam em empresas de crescimento acelerado.
Existem ainda alguns mitos que fazem do empreendedor um ser fantástico e de suas empresas
uma obra inatingível ao simples mortais:
Há o mito do “tomador de risco”, segundo o qual a maioria dos empreendedores corre riscos
absurdos e incalculáveis ao iniciar suas empresas: os empreendedores bem sucedidos
estudam previamente os mercados/produtos em que vão atuar, planejam suas ações e ainda
buscam investidores para compartilhar o risco do negócio e seu retorno.
Segundo o mito das invenções high-tech, a maioria dos empreendedores inicia suas empresas
com uma invenção inusitada, normalmente de natureza tecnológica. Mas não é necessária a
existência de uma idéia fabulosa: uma “excepcional execução de uma idéia comum” pode vir
a ser um sucesso; o importante é se distinguir, uma pequena variação ou a mudança no
“pacote” já fará com que o empreendimento se torne único. O importante é proteger essa
vantagem movendo-se rápido e fazendo aprimoramentos freqüentes, sempre mantendo um
passo a frente dos concorrentes.
O mito do expert faz crer que a maioria dos empreendedores possui um passado grandioso e
muitos anos de experiência no mercado em que atuam. Mas, na verdade, 40% dos fundadores
dos 500 maiores empreendimentos da história não tinham experiência anterior na indústria
em que entraram. Muitos deles, aliás, possuíam pouca experiência de modo geral.
Pelo mito da “visão estratégica”, a maioria dos empreendedores possui um plano de negócios
muito bem estruturado e pesquisou e desenvolveu suas idéias longamente antes de tomar a
ação, mas apenas 4% dos fundadores dos 500 maiores empreendimentos da história possuíam
um plano de negócios. Por essa razão, os primeiros esforços de muitos empreendedores não
foram os produtos e serviços que trouxeram sucesso a eles.
Segundo o mito do Venture capital, a maioria dos empreendedores começou seu negócio com
milhões de reais de investimento no desenvolvimento de sua idéia, comprando suprimentos e
contratando funcionários. Entretanto, o Venture capital é comum em setores da indústria nos
quais há necessidade de capital para sair dos estágios iniciais de crescimento como, por
exemplo, biotecnologia.
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www.empreendedor.com.br – Revista Empreendedor
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