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Antropológica
Antropologia:
Cultura e Sistema
Simbólico
Introdução
A presente unidade visa fazer uma reflexão acerca de alguns elementos
constitutivos da prática da pesquisa no campo das ciências sociais, buscando
apresentar algumas questões referentes a posição do pesquisador, suas
escolhas e consequentes reflexos destas no seu trabalho. Além disso, iremos
compreender as audiências específicas e amplas pelas quais a pesquisa
pretende ser apresentada enquanto trabalho acadêmico. Veremos os meios
pelos quais as ciências sociais se valem para a concretização da pesquisa
científica, observando as escolhas temáticas, epistemológicas e metodológicas
inerentes a sua prática cotidiana, vinculadas a alguns desafios a serem
superados pelos que desejam se inserir nesse mundo da pesquisa.
Para que uma ciência seja admita no meio acadêmico ela necessita de
três características básicas: objeto de estudo, teorias e métodos. Para além
disso, vale destacar que a ciência humana e social, mais especificamente se
referindo a Antropologia, possuem objetos dos mais diversos, sempre ligados a
ações, interações, representações, culturas e sociedades humanas, que podem
ser analisadas por diversas teorias que dão conta sempre de um aspecto
particular de cada realidade social a ser estudada. Possuem, ainda, diferentes
métodos de pesquisa classificados em três grandes blocos: métodos
quantitativos, qualitativos e comparativos.
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)”, de forma que, caso receba sua aprovação,
possa ser iniciada em seguida a coleta de dados, conforme prevê a resolução.
2. Caminhos Metodológicos
Ao fazermos pesquisa, observamos os fenômenos, colhemos
informações, lidamos com as novidades e diversidades. Ao nos darmos conta
que não devemos adequar nossos fatos e observações à teoria, e sim ampliar o
conhecimento trazendo novas informações sobre os fenômenos. Como nos
apresenta Alberti (2005), qualquer tema pode ser investigado se for
contemporâneo, como no nosso caso específico, vamos investigar sobre a
cultura e a política que faz parte de um processo dinâmico e nos permite uma
Antropologia: Cultura e Sistema simbólico - Unidade 4 - Métodos e Técnicas de Pesquisa
Antropológica
Importante entender que para algumas situações temos que usar diferentes
tipos de fontes, para além dos meios clássicos concernentes à academia. Muitas
vezes nossos informantes não querem falar sobre o que sugerimos no roteiro
de entrevista. Nós sabemos o queremos ao realizar uma entrevista, buscar
possíveis respostas para questões que nos perseguem durante a pesquisa,
entretanto, o informante pode nos passar aquilo que deseja informar, e não
propriamente o que estamos buscando, mesmo que nos esforçamos para
orientar o informante a falar sobre o tema, conforme Queiróz. É nessas
situações que podemos encontrar informes que vão além das palavras. Um
gesto, um olhar, uma respiração profunda, o silêncio refletem momentos que
também devem ser considerados pelo pesquisador. Nesse caminho, Augras nos
informa:
como se vivencia os ritos e atividades, como a Briga de Galo. E que são nesses
aspectos culturais que podemos interpretar os grupos sociais.
Você quer ler? Teoria e Métodos de Pesquisa Social traz capítulos escritos por
estudiosos de renome internacional e pesquisadores experientes. Esta segunda
edição foi ampliada e atualizada em grande medida e apresenta todo o leque de
métodos de pesquisa em ciências sociais, em lugar de utilizar um paradigma em
especial. Os leitores são convidados a examinar as ideias expostas nestes
capítulos, com o intuito de aprender de mente aberta e revisitar e questionar
pressuposições.
relação entre a história e a sociologia, que ainda abre para muitas discussões
sobre o uso da história no campo sociológico.
Você quer ver? Antropologia, método de pesquisa, diário de campo, Tikuna, Alto
Solimões. Neste video, o professor Silvio Coelho, da UFSC, conta sobre sua
experiência como assistente de pesquisa de Roberto Cardoso de Oliveira em
1962 no Alto Solimões com os índios Tikuna.
Síntese
Até aqui trazemos um conjunto de contribuições que revelam
preocupações sobre a forma de se realizar pesquisa. E mais do que isso, exige
do pesquisador uma postura científica para validar a sua investigação que
resulta em artigos, monografias, dissertações e teses. Nós escrevemos para
outros pesquisadores também e precisamos ter o cuidado em lidar com nossos
dados, com nossos informantes e com o fato de no momento da escrita
estarmos colocando nossas observações e conclusões sobre nossos objetos de
estudo.
Bibliografia
ALBERTI, V. Ouvir Contar. Textos em História Oral. Cap. 1. O lugar da
história o fascínio do vivido e as possibilidades de pesquisa. RJ: Ed. FGV,
2004, p. 13-32.
___________. Manual de história oral, 3ª. ed., Rio de Janeiro: Editora FGV,
2005, p.29-41 e 81-138.