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Modernismo – 2ª Fase/ Prosa de 30

Lista de exercícios
Português II

1. É perfeita a adequação da técnica literária à realidade expressa. Fabiano, sua mulher, seus
filhos, rodam num âmbito exíguo, sem saída nem variedade. Daí a construção por fragmentos,
quadros quase destacados, onde os fatos se arranjam sem se integrarem uns com os outros
perfeitamente, sugerindo um mundo que não se compreende, e se capta apenas por
manifestações isoladas.”
O texto acima analisa a relação entre a estrutura narrativa e o tema tratado em:
a) Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
b) Sagarana, de Guimarães Rosa.
c) Laços de Família, de Clarice Lispector.
d) Menino de Engenho, de José Lins do Rego.
e) A Vida Real, de Fernando Sabino.

Texto I
Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes
proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Não mais estranhas, porém,
que aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove
aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam,
indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas
vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos
às canções que vinham das embarcações...
AMADO, J. Capitães de Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).

Texto II À margem esquerda do rio Belém, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho
ingazeiro – ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as suas
necessidades de cachaça e pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do mercado,
TREVISAN, D. 35 noites de paixão: contos escolhidos.
Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 (fragmento).

2. Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem


literária recorrente na literatura brasileira do século XX. Em ambos os textos,
a) a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados.
b) a ironia marca o distanciamento dos narradores em relação aos personagens.
c) o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social.
d) o espaço onde vivem os personagens é uma das marcas de sua exclusão.
e) a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta.

3. O romance regionalista nordestino que surge e se desenvolve a partir de 1930,


aproximadamente, pode ser chamado de neorrealista. Isso se deve ao fato de que esse
romance:

a) retoma o filão da temática regionalista, descoberto e explorado inicialmente pelos realistas


do século XIX.
b) apresenta, através do discurso narrativo, uma visão realista e crítica das relações entre as
classes que estruturaram a sociedade do Nordeste.
c) tenta explicar o comportamento do homem nordestino pelos fatores raça, meio e momento
com base numa postura estritamente científica.
d) abandona de todo os pressupostos teóricos do Realismo do século passado, buscando as
causas do comportamento humano mais no individual do que no social.
e) procura fazer do romance a anotação fiel e minuciosa da nova realidade urbana do
Nordeste.
4. Considere o seguinte trecho do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos: As vacas
vinham abrigar-se junto à parede da casa, pegada ao curral, e a chuva fustigava-as, os
chocalhos batiam. Iriam engordar com o pasto novo, dar crias. O pasto cresceria no campo, as
árvores se enfeitariam, o gado se multiplicaria. Engordariam todos, ele Fabiano, a mulher, os
dois filhos e a cachorra Baleia. Talvez Sinhá Vitória adquirisse uma cama de lastro de couro.
Realmente o jirau de varas onde se espichavam era incômodo.

Nesse trecho, fica claro que:


a) o narrador imagina uma cena que nada tem a ver com o cenário real em que se encontram
suas personagens.
b) Sinhá Vitória gostava de imaginar coisas, com a chegada das chuvas e a prosperidade da
família.
c) Fabiano, em certos momentos, tinha consciência de que a situação em que viviam era
irreversível.
d) Fabiano não deixava de alimentar esperanças de um melhor destino para sua família.
e) Sinhá Vitória, em certos momentos, deixava de alimentar qualquer esperança quanto ao
futuro da família.

Leia o texto abaixo:


Entre os sonhos de um futuro melhor para filhas, genros e netos, e a lembrança daquele
passado esplendoroso, vive Don'Ana Badaró. Onde está aquela morena tímida de antigamente,
tímida ante os olhos namorados de João Magalhães, afoita e decidida, no entanto, como o
mais corajoso dos homens, num momento de barulho, de luta e sangue? Trinta anos tinham
rolado sobre ela e hoje seu cabelo embranqueceu, seus olhos tão belos murcharam, suas
carnes duras amoleceram. Trinta anos de vida pobre quebram uma pessoa. Em Don'Ana,
porém, residia um orgulho que a sustentava por dentro, que impedia o ruir dos seus sonhos
juntamente com o envelhecimento do seu corpo. Numa arca que jamais era aberta estavam as
lembranças mais queridas dos tempos da fortuna dos Badarós. O seu véu de noiva, a Bíblia
que Sinhô fazia ler antes de iniciar qualquer empresa, dois revólveres: um que Teodoro das
Baraúnas oferecera a João no dia do casamento e um de Juca, o tio inesquecível, 'o mais
galante e perfeito conquistador de terras, que atravessara sobre cadáveres para plantar
cacau'. Quem escrevera isso/ Don'Ana conservara também o recorte do jornal. Um moço que
anda remexendo nos acontecimentos de há trinta nos escrevera umas crônicas para os jornais
e de Juca dissera aquilo. Don'Ana juntara o recorte às relíquias que a arca escondia num
recanto orgulhoso, que era quebrado, entretanto, pelos ABCs que os cegos cantavam nas
feiras, recordando os barulhos do Sequeiro Grande. Às vezes, quando Don'Ana aparecia numa
feira de Itabuna ou Pirangi, ouvia o violeiro esmoler cantando sua história de espantar para os
curiosos recém-chegados às terras do cacau. Dentro dela havia então um choque de
sentimentos, uma vontade de chegar perto, de se embeber no relato das valentias do seu pai e
do seu tio (ela mesma figurava num ABC), uma vontade de fugir para longe, envergonhada da
sua pobreza atual. A voz do cego, esganiçada e no entanto perfeita para aquele canto primitivo
e simples, levava ao conhecimento de todos as ferozes lutas dos Badarós e Horácio. Não
tardava que alguém a reconhecesse e a apontasse às escondidas para os demais.
– Aquela é Don'Ana Badaró. A filha de Sinhô...
– Diz que atirava que nem homem...
E ela fugia numa súbita revolta contra aquela gente que levantava seus mortos, que os fazia
de tolos. Mas era pouco duradouro aquele sentimento. Em verdade ela gostava que o pai e o
tio, ela mesma também, andassem na boca dos cegos violeiros nas estradas do cacau e nas
estradas do sertão."
(Jorge Amado, São Jorge dos Ilhéus)

5. De acordo com o texto, assinale a afirmativa correta.


a) Don'Ana fugia da fama que envolvia seu nome.
b) Envergonhada de sua atual condição de pobreza, Don'Ana fugia para o Sequeiro Grande.
c) Don'Ana era uma mulher sem passado.
d) Agradava a Don'Ana a fama que marcava a si e aos seus.
e) Só o futuro da família importava a Don'Ana.
6. (FCC/SP)
Relacionando o período literário que se inicia em 1928 ao período imediatamente anterior,
podemos dizer que:
(A) a década de 30 é continuação natural do movimento de 22, acrescentando-lhe o tom
anárquico e a atitude aventureira;
(B) o segundo momento do Modernismo abandonou a atitude destruidora, buscando uma
recomposição de valores e a configuração de nova ordem estética;
(C) a década de 20 representa uma desagregação das ideias e dos temas tradicionais; a de 30
destrói as formas ortodoxas de expressão;
(D) as propostas literárias da década de 20 só se veriam postas em práticas do decênio
seguinte;
(E) o segundo momento do Modernismo assumiu como armas de combate o deboche, a piada,
o escândalo e a agitação.

(UFSCar-SP) Para responder às questões de números 4,5 e 6, leia o trecho extraído de


Gabriela, cravo e canela, obra de Jorge Amado.
    O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, entrou no bar, soltou um bafo pesado de
álcool na cara de Nacib e apontou com o dedo as garrafas de “Cana de Ilhéus”. Um olhar
suplicante, umas palavras em língua impossível. Já cumprira Nacib, na véspera, seu dever de
cidadão, servira cachaça de graça aos marinheiros. Passou o dedo indicador no polegar, a
perguntar pelo dinheiro. Vasculhou os bolsos o loiro sueco, nem sinal de dinheiro. Mas descobriu
um broche engraçado, uma sereia dourada. No balcão colocou a nórdica mãe-d’água, Yemanjá
de Estocolmo. Os olhos do árabe fitavam Gabriela a dobrar a esquina por detrás da Igreja.
Mirou a sereia, seu rabo de peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no mundo
não havia, com aquele calor, aquela ternura, aqueles suspiros, aquele langor. Quanto mais
dormia com ela, mais tinha vontade. Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e
canela. Nunca mais lhe dera um presente, uma tolice de feira. Tomou da garrafa de cachaça,
encheu um copo grosso de vidro, o marinheiro suspendeu o braço, saudou em sueco, emborcou
em dois tragos, cuspiu. Nacib guardou no bolso a sereia dourada, sorrindo. Gabriela riria
contente, diria a gemer: “precisava não, moço bonito ...” 
E aqui termina a história de Nacib e Gabriela, quando renasce a chama do amor de uma brasa
dormida nas cinzas do peito.

6. No texto, o autor relaciona a cultura nacional à estrangeira, buscando, por meio da


comparação, estabelecer equivalências entre elas. O trecho do texto que indica esse tipo de
comparação é 
(A) "Passou o dedo indicador no polegar  [...]" 
(B) "[...] servira cachaça de graça aos marinheiros. "
(C) "No balcão colocou a nórdica mãe-d’água [... ]"
(D)"[ ...] e apontou com o dedo as garrafas de 'Cana de Ilhéus'. "
(E) "Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível."

7. Assinale a alternativa que contém um trecho em que o autor apresenta as informações


numa linguagem altamente conotativa. 
(A)"[ ...] soltou um bafo pesado de álcool na cara de Nacib [...]" 
(B) "Os olhos do árabe fitavam Gabriela a dobrar a esquina [...]" 
(C) "Já cumprira Nacib, na véspera, seu dever de cidadão [...]" 
(D) "Mas descobriu um broche engraçado, uma sereia dourada." 
(E) "Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e canela."

8.Costuma-se dividir o movimento modernista em três fases ou momentos com características


próprias. Também seus escritores são reunidos em três gerações, a de 22, a de 30 e a de 45.

A. Como você caracterizaria o segundo momento modernista?

B. Cite algumas semelhanças e diferenças entre a literatura regionalista do segundo momento


modernista e a literatura realista do século XIX.

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