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ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA

18º CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM


UNIDADE CURRICULAR: ENSINO PRÁTICO IV

ANESTESIA

Inês Cachaço, n.º 2837

Orientador: Enfermeiro Walter Santos

ANO LETIVO 2014/2015


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Índice
I. Anestesia 3

II. Tipos de anestesia 4

III. Complicações anestésicas 7

IV. Intervenções de Enfermagem para cada tipo de anestesia 8

V. Intervenções em Pediatria 11

VI. Referências bibliográficas 12


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I. Anestesia
A anestesia tem como objetivo a eliminação por completo da dor durante um
procedimento invasivo (ex.: cirurgias, endoscopias, etc.).

A escolha de qual o tipo de anestesia indicada para uma determinada


cirurgia/procedimento tem como critérios a idade do utente, o seu estado geral, a
medicação que realiza no domicílio, patologias coexistentes, qual o procedimento
cirúrgico e, por vezes, a preferência do cliente.

Os riscos da anestesia estão relacionados maioritariamente com:

 Riscos terapêuticos
 Complicações inerentes aos tipos de anestesias

Fatores que aumentam os riscos da anestesia são:

 Operações de grande porte e prolongadas


 Condição clínica do doente
 Situação de emergência e ausência da preparação pré-anestésica

No pós-operatório deve-se aplicar a escala de recuperação anestésica de Aldrete e


Krolik.

Atividade
Capaz de movimentar os 4 membros 2
Capaz de movimentar 2 membros 1
Não movimenta nenhuma extremidade 0
Respiração
Capaz de inspirar profundamente e tossir 2
Dispneia ou respiração limitada 1
Apneia 0
Circulação
TA varia - de 20%do nível pré anestésico 2
TA varia 20% a 50% em relação ao nível pré anestésico 1
TA varia +50% do nível pré anestésico 0
Consciência
Desperto, alerta (responde a questões) 2
Responde apenas quando estimulado 1
Não responde 0
Coloração da Pele
Róseo 2
Pálido, ictérico 1
Cianótico 0
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II. Tipos de anestesia


Anestesia Geral

Na anestesia geral a administração de medicamentos mantém o paciente inconsciente,


sem dor e imóvel durante todo o procedimento. Está indicada para cirurgias do
abdómen, tórax, cabeça, pescoço, cirurgias neurológicas e cardíacas. Cirurgias em
crianças são realizadas, normalmente com anestesia geral para evitar a movimentação
brusca durante os procedimentos.

A anestesia geral pode ser aplicada por via venosa, inalatória ou balanceada (mistura a
anestesia por via endovenosa e a inalatória).

Nesta anestesia ocorre uma abolição da sensibilidade e um bloqueio que causam a


ausência de consciência, por um processo reversível.

Este ipo de anestesia pode ser dividida por 3 ou 6 fases diferentes.

Se for dividida em 3 fases caracteriza-se por:

1. Fase de Indução
Ocorre a administração de medicação que causa hipnose (sono produzido
artificialmente) e amnésia (nem todos os fármacos a provocam).
Prepara-se o doente para a intervenção, tendo este já feito a pré-anestesia e é
administrado endovenosamente um medicamento conjuntamente, ou não,
com um anestésico volátil.
Dá-se um relaxante muscular e entuba-se o doente (ventilação mecânica).
2. Fase de Manutenção
A duração da anestesia depende da dose, que varia consoante o tempo do
procedimento.
A cirurgia decorre e o anestesista pode administrar mais relaxantes musculares
à medida que é necessário.
Nesta fase é mais comum ocorrerem complicações cirúrgicas.
O enfermeiro precisa de:
o Verificar equilíbrio hemodinâmico
o Monitorizar os Sinai Vitais
o Verificar o balanço hídrico – Pesam-se todas as compressas utilizadas na
cirurgia
3. Fase de Emergência
Doente acorda, é desentubado e há um retorno dos efeitos anestésicos.
Só quando são grandes cirurgias é que a desentubação do doente não é
imediata.
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Se for dividida em 6 fases será:

1. Fase Inalatória
É administrado uma mistura de gases anestésicos e oxigénio, diretamente para
os pulmões.
2. Fase Endovenosa
As substâncias administradas são por via endovenosa.
3. Fase Balanceada
Combina a anestesia inalatória e a endovenosa, cada uma das doses está numa
dosagem mais baixa.
4. Fase Dissociativa
Utiliza-se a ketamina e a pessoa mantém as funções básicas, contudo não sente
qualquer dor.
5. Fase de Neurolepto-Anestesia
Utilizam-se neuropépticos em quantidades elevadas.
6. Combinada
Combina a anestesia geral e a regional.

Anestesia Regional

Anestesia regional é realizada com a administração de medicamentos em apenas


algumas áreas do corpo. Este tipo de anestesia inclui: a epidural, a raquidiana e o
bloqueio dos nervos periféricos.

Durante a indução desta anestesia o utente está normalmente sentado ou em posição


fetal para “abrir” os espaços vertebrais o máximo possível.

As diferenças entre raquianestesia e epidural, são as quantidades totais de


anestésicos, o local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha
utilizada.

Ambas têm vantagens e desvantagens - O anestesiologista, durante a consulta


pré-anestésica, é a pessoa mais qualificada para esclarecer as dúvidas sobre
ambas.

Anestesia Epidural

Realizada pela adição de anestésicos locais nas costas próximo dos nervos que
transmitem a sensibilidade dolorosa. Neste caso é possível realizar-se o bloqueio de
apenas algumas raízes nervosas. É administrada entre o bordo superior da crista ilíaca
ou no bordo inferior da última costela.

Esta anestesia pode ser também utilizada no controlo da dor pós-operatória ao


manter-se o cateter epidural com o DIB (Balão de Infusão Continua) ou com um PCA
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onde o utente pode regular a dosagem de medicação administrada até a um limite


estabelecido.

As complicações associadas a este tipo de anestesia são: arritmias, hipotensão,


alterações da ventilação, retenção urinária e problemas neurológicos

Anestesia Raquidiana

É colocado um cateter no espaço raquidiano, após se ter realizado uma anestesia local,
e é através deste que se vai dar uma deposição do anestésico no líquor. O paciente fica
com os membros inferiores e parte do abdómen completamente anestesiados e
imóveis, pois bloqueia todos os nervos abaixo do local da punção. A anestesia é entre a
L2 e a L4.

As complicações inerentes a esta anestesia são a hipotensão, as cefaleias pós-


raquianestesia, o bloqueio alto (bloqueio respiratório que leva a paragem respiratória),
náuseas, vómitos, meningite (pouco frequente) e paralisia dos membros inferiores

Bloqueios de nervos periféricos

Este bloqueio é realizado por uma administração dolorosa que bloqueia o plexo
através de uma injeção anestésica em redor dos nervos que inervam o local da
cirurgia. Por exemplo, cirurgias sobre um dedo da mão podem ser realizadas com
bloqueios dos nervos que inervam a mão, ou seja, bloqueio do plexo axilar.

Anestesia Local

Realizada com a infiltração do anestésico em uma determinada área do corpo, sem


que ocorra bloqueio de um nervo específico. A anestesia limita-se à área infiltrada, por
exemplo: cirurgias plásticas e dermatológicas, extração de corpo estranho superficial,
cirurgias odontológicas.

Este tipo de anestesia pode ser tópica ou por uma infiltração local.

Sedação consciente

É administrada por via intravenosa e nos casos aonde os procedimentos não exigem
uma anestesia completa, mas uma diminuição da sensibilidade.

O utente tem capacidade respiratória mantida, responde a estímulos verbais e físicos,


tendo capacidade de responder aos mesmos.
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III. Complicações anestésicas


Complicações pós-anestésicas relacionadas com a atividade de enfermagem são: dor,
hipotermia, hipoxemia, náuseas, vómitos, agitação, hemorragia, hipertensão,
hipotensão e tremores/calafrios.

As complicações anestésicas podem ser:

 Anestesia geral
o Aspiração do vómito
o Irregularidades cardíacas
o Diminuição do débito cardíaco
o Hipotensão
o Hipotermia
o Hipoxia
o Laringospasmo
o Hipertermia maligna
o Nefrotoxicidade
o Depressão respiratória
 Anestesia regional (Epidural e Raquidiana)
o Hipotensão
o Hipotermia
o Lesão da medula espinhal
o Lesão do membro insensível
o Paralisia respiratória
o Cefaleia espinhal
 Anestesia local
o Choque anafilático
o Urticária
o Exantema
 Sedação consciente
o Aspiração
o Diminuição do nível de consciência
o Hipoxemia
o Depressão respiratória
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IV. Intervenções de Enfermagem para cada tipo de anestesia


Gerais

1. Monitorizar estado de consciência


2. Avaliar o estado do paciente
a. Monitorizar os parâmetros vitais
b. Vigiar alterações cutâneas
c. Otimizar acessos venosos e arteriais
d. Vigiar drenagem vesical
e. Vigiar drenagem nasogástrica
3. Monitorizar e Avaliar dor
a. Aplicar crioterapia no local intervencionado
b. Administrar fármacos analgésicos
4. Monitorizar temperatura
a. Aplicar técnicas de aquecimento corporal (doente vem do bloco com
hipotermia)
5. Despistar e Prevenir complicações (ex.: vómitos, aspiração e queda)
6. Promover o conforto
7. Vigiar função respiratória
a. Realizar auscultação pulmonar
b. Vigiar esforço respiratório
c. Monitorizar saturação de oxigênio
8. Manter via aérea permeável
a. Administrar oxigénio
b. Entubar orotraquealmente
9. Aplicar a escala de Aldrete e Krolik
10. Vigiar pensos
11. Vigiar drenos
12. Vigiar sinais de compromisso neurocirculatório
13. Vigiar pele e mucosas (coloração, hidratação e humidade)
14. Posicionar o utente
15. Promover conforto
16. Elevar grades de segurança (enquanto doente ainda sobre efeito anestésico)
17. Monitorizar fluidoterapia
18. Vigiar náuseas
19. Vigiar características do vómito
20. Avaliar mobilidade

Geral

1. Reintroduzir a alimentação após 8h


2. Levante após 12h
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Epidural

1. Monitorizar parâmetros vitais


2. Repor fluidos IV
3. Administrar oxigénio
4. Ventilação manual com ambu
5. Preparar material para reanimação
6. Levante após 6h

Raquianestesia

1. Reduzir a ansiedade /Promover o conforto


2. Preparar material
3. Monitorizar o doente
4. Administrar terapêutica / avaliar os seus efeitos
a. Verificar Sinais de infiltração no local do cateter
b. Verificar o retorno dos movimentos
i. Se o doente começa a ter abdução dos Membros Inferiores
ii. Podem sentir um impulso elétrico num dos Membros inferiores
5. Avaliar Sinais Vitais
6. Posicionar o doente adequadamente

Após administrar a anestesia

7. Realizar penso
8. Vigiar as características do penso
9. Vigiar o local da punção e ver se está integro
10. Vigiar perdas de fluidos
11. Quando se retira o cateter
a. Ver se está integro
b. Se sentir resistência não se puxa
c. Devagar e com movimentos suaves

Pós-operatório

12. Monitorizar os sinais vitais


13. Vigiar frequência respiratória
14. Vigiar respiração
15. Vigiar débito urinário
16. Vigiar sinais de compromisso neurocirculatório
17. Vigiar local da punção
18. Reintroduzir a alimentação após 4h
19. Levante após 6h

Sedação consciente
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1. Vigiar nível de consciência (15/15min)


2. Monitorizar sinais vitais
3. Monitorizar saturação de oxigénio
4. Avaliar auscultação dos sons respiratórios
5. Preparar material de reanimação
6. Administrar oxigénio
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V. Intervenções em Pediatria
1. Apoiar os pais da criança a regressarem para junto da mesma após a cirurgia
2. Informar os pais sobre o estado da criança
3. Ajustar a criança ao ambiente
4. Providenciar o objeto significativo da criança
5. Prevenir a dor
6. Monitorizar a dor
7. Aliviar a dor
a. Crioterapia
b. Analgesia
8. Preparar a criança e a família para
a. Cuidados ao penso
b. Remoção de cateteres/drenos
c. Colheita de sangue
d. Remoção de pontos
e. Punção venosa
f. Exames complementares de diagnóstico
9. Proporcionar distrações para a criança
10. Brincadeira terapêutica
11. Preparar alta
a. Ensinos sobre o controlo da dor
b. Ensinos sobre os cuidados ao penso da ferida cirúrgica
c. Ensinos pós-operatórios específicos para a cirurgia realizada
d. Dar carta de alta com marcação da consulta de follow-up
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VI. Referências bibliográficas


Lopes, N. (2007) Papel e Competências em Regime de Urgência. Lisboa

Phipps, W.; Sands, J.; Marek, J. (2003). Enfermagem Médico-Cirúrgica – Conceitos e


Prática Clínica. Loures: Lusociência – Edições Técnicas e Cientificas, Lda. (6ª Edição)

Phipps, W.; Long, B.; Woods, N.; Cassmeyer, V. (1995). Enfermagem Médico-Cirúrgica –
Conceitos e Prática Clínica. Lisboa: Lusodidacta – Sociedade Portuguesa de Material
Didáctico, Lda. (2ª Edição)

Potter, P.; Perry, A. (2008) Fundamentos de Enfermagem – Conceitos e Procedimentos.


Loures: Lusociência – Edições Tecnicas Cientificas, Lda. (5ª Edição)

Hockenberry, M. J., Winkelstein, W. (2006). Wong Fundamentos de Enfermagem


Pediátrica (7ª ed). São Paulo, Brasil: Elsevier.

Ordem dos enfermeiros. (2011) Guias Orientadores de Boa Prática em Enfermagem de


Saúde Infantil e Pediátrica – Volume II. Coimbra: Serviço de Medicina do Hospital
Pediátrico do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E.

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