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Figuras de linguagem
Profa. Lídia Lerbach
Comparação: É a comparação direta de qualificações entre Ironia: Consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário
seres, com o uso do conectivo comparativo (como, assim do que se pensa, visando à sátira ou à ridicularização. Ex.
como, bem como, tal qual, etc.). Ex.: Minha irmã é bondosa Adoro ficar em fila de banco!
como um anjo.
Metáfora: Assim como a comparação, consiste numa relação Anáfora: consiste na repetição da mesma palavra no início
de semelhança de qualificações. É, porém, mais sutil e exige dos versos. Ex.: “Grande no pensamento, grande na ação,
muita atenção do leitor para ser captada, porque dispensa os grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu
conectivos que aparecem na comparação. Ex: Minha irmã é desconhecido e só." (Rocha Lima)
um anjo.
Prosopopeia (ou personificação): é a atribuição de
características humanas a seres não-humanos. Ex.: A velha Aliteração: consiste em repetir sons consonantais idênticos
árvore chorava suas derradeiras lágrimas. ou semelhantes em um verso. ex.: Vozes veladas /
veludosas vozes.
Catacrese: É o emprego de um termo figurado por falta de
um termo próprio para designar determinadas coisas. É uma
metáfora desgastada pelo uso excessivo. Ex. O braço do Assonância: consiste em repetir sons de vogais idênticos ou
sofá. Dente de alho. Embarcar no ônibus, trem, metrô, avião. semelhantes em um verso. ex.: "As mãos do mar que vêm e
Metonímia: É a utilização de uma palavra no lugar de outra, vão, / As mãos do mar pela areia / Onde os peixes estão. /
mas ambas têm entre si alguma relação de sentido, como As mãos do mar vêm e vão / Em vão. / Não chegarão / Aos
abaixo: peixes do chão.
- O autor pela obra: Você já leu Camões (algum
livro de Camões)? Paronomásia: é a utilização de palavras parônimas num
- O efeito pela causa: Com muito suor, construíram enunciado. Por exemplo, os trocadilhos. Ex. O cavaleiro é um
sua casa. (Construíram com trabalho que causa o cavalheiro.
suor)
- O instrumento pela pessoa que dele se utiliza: Gradação: É a maneira ascendente ou descendente como as
Os microfones foram atrás dos jogadores. (Os ideias podem ser organizadas na frase. Ex.: De repente o
repórteres foram atrás dos jogadores.) problema se tornou menos alarmante, ficou menor, um grão,
- O recipiente (continente) pelo conteúdo: Jonas um cisco, um quase nada.
já bebeu duas garrafas de uísque (ele bebeu, na
verdade, o conteúdo de duas garrafas de uísque);
Paralelismo: Genericamente, PARALELISMO significa toda
- O símbolo pelo que ele simboliza: O povo
a forma de construção que reproduz um mesmo esquema,
aplaudiu as medidas tomadas pela Coroa (a coroa,
sobretudo se trata-se de correspondências verticais entre as
aqui, é símbolo da monarquia, do rei).
frases. ex.: "Com estrelas na alma, com visões na mente";
- O lugar pelo produto: Ele sempre fuma um
Havana. (charuto produzido em Havana).
- A parte pelo todo: Mãos e braços se agitavam na Hipérbato: é a troca na sequência normal dos termos da
multidão (na verdade, eram as pessoas que oração, há uma inversão da ordem direta dos termos. Ex.
agitavam suas mãos e braços). Ouviram do Ipiranga às margens plácidas, de um povo
- O abstrato pelo concreto: A juventude de ontem heroico o brado retumbante …”
não pensa como a de antigamente (Os jovens de A sequência lógica seria:“Ouviram o
hoje...) brado retumbante de um povo heroico, às margens plácidas
do Ipiranga.
- O singular pelo plural: O paulista adora trabalhar
(Os paulistas...)
- A marca pelo produto: usa-se o nome da marca Apóstrofe: uso de vocativo para dar ênfase ao verso. Ex. “Ó,
para referir-se ao produto. Ex. Bombril, chiclete, mar salgado,/ quanto do teu sal / são lágrimas de Portugal.”
danone...
- A matéria pelo objeto: Você tem fogo (isqueiro)? Perífrase / Antonomásia: expressão que substitui o nome
Sinestesia: É a figura que proporciona a ilusão de mistura de de algo / alguém. (apelidos). Ex. O rei do rock (Elvis Presley).
percepções, mistura de sentidos. Ex.: Você gosta de cheiro- A cidade luz (Paris). O país do futebol (Brasil).
verde [cheiro=>olfato / verde=>visão]; Que voz aveludada ela
tem. [voz=>audição / aveludado=>tato]. Elipse: é a omissão de um termo ou de uma oração inteira,
Eufemismo: É uma maneira de, por meio de palavras mais que fica subentendida pelo contexto. Ex. Como estávamos
polidas, tornar mais suave e sutil uma informação de cunho com pressa, preferi não entrar. (Nessa frase, houve a
desagradável e chocante. Ex.: Infelizmente ele se foi (em vez omissão dos pronomes nós e eu, sujeitos, respectivamente,
de ele morreu). de “estávamos” e “preferi”).
Hipérbole: uso intencional do exagero na expressão das
ideias. Ex.: Estou morrendo de sede.
Zeugma: é um tipo de elipse, mas aqui omite-se um termo
Antítese: É a aproximação de palavras ou expressões que que já apareceu antes na frase. Ex. Eu gosto de gatos, meu
exprimem ideias contrárias, adversas. Ex.: E Carlos, jovem namorado, de cachorros. (omitiu-se o verbo ‘gosta’)
de idade e velho de espírito, aproximou-se.
EXERCÍCIOS
No texto de Cruz e Sousa temos exemplo de: n) Essa é a violenta Rio de Janeiro.
a) paralelismo e anáfora
b) versos brancos o) A dupla de cantores foram recebidos sob gritos e
c) eufemismo e sinestesia aplausos dos fãs.
d) aliteração e sinestesia
p) Eles morreram de rir daquela cena.
e) hipérbole e metáfora
q) Aqueles olhos eram como dois faróis acesos.
14 Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente; r) Ah! O doce sabor da vitória!
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer. s) Aquele velho é uma raposa!