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EDITORA CAMPUS / ELETROBRÁS

DESEMPENHO
DE SISTEMAS
DE DISTRIBUIÇÃO
Eletrobras
Centrais Elétricas Brasileiras SA

DESEMPENHO
DE SISTEMAS
DE DISTRIBUIÇÃO
VOLUME 3

ELA BO RA D O A PA RTIR DOS TRA BALH O S DO

COMITÊ DE D ISTRIBU IÇÃO

EDITORA CAMPUS / ELETROBRÁS


Rio de Janeiro
© 1982, Copyright by Centrais Elétricas Brasileiras S.A. — ELETROBRÁS.
Av. Pres. Vargas, 642 — 109 andar RJ — RJ

Todos os direitos reservados.


Nenhuma parte deste livro
poderá ser reproduzida ou transmitida
sejam quais forem os meios empregados,
eletrônicos, mecânicos, fotográficos,
gravação ou quaisquer outros,
sem a permissão por escrito da ELETROBRÁS.

Capa
Otávio Studart

Diagramação, composição, paginação e revisão


Editora Campus Ltda.
Rua Japeri 35 Rio Comprido
Tels.: 284 8443 / 284 2638
20261 Rio de Janeiro RJ Brasil
Endereço telegráfico: CAMPUSRIO

ISBN 85-7001-092-3

Ficha Catalográfíca
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

Eletrobrás. Comitê de Distribuição.


E39d Desempenho de sistemas de distribuição / Eletrobrás — Comitê de
Distribuição. — Rio de Janeiro : Campus : Eletrobrás, 1982.
(Coleção Distribuição de energia elétrica ; v. 3)

Apêndices
ISBN 85-7001-092-3

1. Distribuição de energia elétrica 2. Sistemas de energia elétrica I. Tí-


tulo II. Série

CDD - 621.319
81-0840 CDU - 621.3.095
A composição e elaboraçao final do texto foram feitas pela seguinte equipe técnica:
GILBERTO PERON CPFL
JOSÉ ANDRADE NEIVA CEM1G
LUIZ FERNANDO RIBAS DE M. RAMOS COPEL
VLADIMIR GOMES PINTO (COORDENADOR) ELETROBRÁS
A assessoria didática à equipe técnica de compôsição foi dada pelo Prof. DINARTE
AMÉRICO BORBA da Universidade Federal de Santa Catarina.
Este volume foi elaborado a partir dos relatórios e recomendações do CODI que, em
suas várias fases de desenvolvimento, tiveram a participação dos seguintes representantes
técnicos das empresas que compõem o comitê.
ALCEU PACHECO COPEL
ALDO TOKUNAGA CE SP
CARLOS EUGENIO ZAMPIERI CESP
EDMILTON ZARONI LIGHT
ERIC HERMETO CEMIG
GILBERTO PERON CPFL
IOSHIHICO NISHIAMA CPFL
JOSÉ ADOLFO CIPOLI CESP
JOSÉ ANDRADE NEIVA CEMIG
JOSÉ CLÁUDIO PORTO FERNANDES LIGHT
JOSÉ ROB1SON VIEIRA PINTO CPFL
LUIZ CARLOS SILVEIRA GUIMARÃES ELETROBRÁS
LUIZ FERNANDO RIBAS DE M. RAMOS COPEL
VALBERT PEREIRA DE AMORIM GARCIA ELETROPAULO
VLADIMIR GOMES PINTO ELETROBRÁS
WALTER EIYO TAKANO CESP
Obra publicada com a colaboração do
FUNDO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO
da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. — ELETROBRÁS
APRESENTAÇAO
Em 1975, o Ministério das Minas e Energia, através da Portaria n9 425, instituiu o
Comitê de Distribuição — CODI —, órgão composto pelas seguintes Empresas Concessioná­
rias de Energia Elétrica, situadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País:

Centrais Elétricas de Goiás S/A — CELG


Centrais Elétricas Matogrossense S/A — CEMAT
Centrais Elétricas de Minas Gerais S/A — CEM1G
Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A — CELESC
Companhia de Eletricidade de Brasília — CEB
Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro — CERJ
Companhia Energética de São Paulo — CESP
Companhia Estadual de Energia Elétrica — CEEE
Companhia Paranaense de Energia — COPEL
Companhia Paulista de Força e Luz — CPFL
ELETROPAULO — Eletricidade de São Paulo S/A
Empresa de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul — ENERSUL
Espírito Santo Centrais Elétricas S/A — ESCELSA
LIGHT — Serviços de Eletricidade S/A

Nessa Portaria, ficou estabelecido que a Centrais Elétricas Brasileiras S/A — ELE-
TROBRÁS — deveria promover a implantação do referido Comitê, que teria como finalida­
de a fixação de diretrizes e a definição de parâmetros básicos para a implantação, refor­
mulação, manutenção, operação, proteção e segurança dos sistemas elétricos de distribui­
ção, em níveis técnico-econômicos compatíveis com as respectivas cargas.
Consoante as metas do CODI, no que se refere à distribuição de energia elétrica, foi
criado, também, no Comitê Coordenador de Operação do Nordeste — CCON —, órgão que
congrega as Empresas Concessionárias de Energia Elétrica situadas naquela região, um
Subcomitê com funções semelhantes ao Comitê de Distribuição — CODI.
O CCON é composto pelas seguintes Empresas:

Centrais Elétricas do Maranhão S/A — CEMAR


Centrais Elétricas do Piauí S/A — CEPISA
Companhia de Eletricidade de Alagoas — CEAL
Companhia de Eletricidade do Ceará — COELCE
Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia — COELBA
Companhia de Eletricidade de Pernambuco — CELPE
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco — CHESF
Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte — COSERN
Empresa Distribuidora de Energia em Sergipe S/A — ENERGIPE
Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba — SAELPA

Estes organismos, CODI e CCON, vêm trabalhando de forma harmônica e integrada


sob orientação técnica da Centrais Elétricas Brasileiras S/A — ELETROBRÁS — e com a
colaboração do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica — DNAEE.
Ao longo desses anos de funcionamento dos Comitês, grupos formados por especia­
listas pertencentes às Empresas de Energia Elétrica desenvolveram trabalhos de elevado
nível técnico e qualidade, buscando transpor para o papel a melhor experiência do setor
na área de distribuição de energia elétrica.
Gradativamente e de uma maneira constante, os objetivos propostos vêm sendo al­
cançados através de diversos trabalhos concluídos e aprovados pelo CODI e CCON.
Este considerável acervo técnico representa o que há de melhor no Brasil sobre tec­
nologia de distribuição de energia elétrica e, assim sendo, não deveria ficar restrito ao âm­
bito das Empresas concessionárias.
Consciente de que a cooperação a nosso alcance mais pertinente e expressiva seria
justamente colocar trabalhos desse nível à disposição das universidades, bem como dos
profissionais que militam nessa área, a ELETROBRÁS, através do Fundo de Desenvolvi­
mento Tecnológico, julgou oportuno editar esta Coleção de Distribuição, que, nesta fase
inicial, se constitui de 4 volumes, abrangendo os seguintes assuntos:

VOLUME I - PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO _


VOLUME II - PROTEÇÃO DE SISTEMAS AÉREOS DE DISTRIBUIÇÃO
VOLUME III - DESEMPENHO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
VOLUME IV - MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUI­
ÇÃO

Estes volumes não esgotam a coleção. A partir dos trabalhos em desenvolvimento


no CODI e CCON, novos livros serão editados, o que sem dúvida irá enriquecer a tecnolo­
gia de distribuição de energia elétrica, através de uma experiência genuinamente nacional.

ELETROBRÁS
SIMBOLOGIA UTILIZADA NO
TEXTO
X Taxa de falhas.

T Tempo total acumulado para um conjunto de itens.

^ ( / í > t2) Confiabilidade observada para item não-reparável.

C {t") Confiabilidade observada para item reparável.

X Taxa de falhas observada.

T
1m Tempo médio entre falhas observado.
T
1mf Tempo médio até falha observado.

^ r r ir
Tempo médio de reparo observado.

TmL Vida média observada.

N Número de itens de uma população.

n Número de itens de uma amostra.

r Número de falhas.

V Graus de liberdade.
(1 - a) Nível de confiança.

x2 Valor de x2 (quiquadrado) para determinados níveis de confiança e graus de


liberdade.

^s , a Taxa de falha estimada, intervalo unilateral com nível de confiança (1 - a ) .

^ m,ct Taxa de falha estimada, intervalo bilateral, limite inferior.

^M ,a
Idem, limite superior.
Tes a Tempo médio entre falhas, até falha ou vida média, estimado, intervalo uni­
lateral com nível de confiança (1 —a).

Tem a Tempo médio entre falhas, até falha ou vida média, estimado, intervalo bila­
teral, limite inferior.

TeM a Tempo médio entre falhas, até falha ou vida média, estimado, intervalo bila­
teral, limite superior.

D Duração equivalente por consumidor.

Dk Duração equivalente por potência instalada.

d Duração média por consumidor.

dk Duração média por potência instalada.

/ Freqüência equivalente por consumidor.

fk Freqüência equivalente por potência instalada.

C Confiabilidade por consumidor.

Ck Confiabilidade por potência.


SUMARIO
IN TRO DUÇÃO G E R A L , 15

CA PITU LO 1 CO N CEITU A ÇÃ O BÁSICA

1.1 INTRODUÇÃO, 17
i .2 e s t a t ís t ic a b á s ic a , i i
1.2.1 Distribuição de Freqüências ou Tabela de Freqüências, 18
1.2.2 Medidas de Posição, Média Aritmética, 21
1.2.3 Medidas de Dispersão, 21
1.2.3.1 Variância (o 2(x ), a2), 21
1.2.3.2 Desvio-padrão (a (x), cr), 22
1.3 TEORIA DA AMOSTRAGEM, 23
1.3.1 Amostragem Probabilística (Aleatória) Simples, 23
1.3.2 Distribuições Amostrais, 24
1.3.2.1 Distribuição amostrai das médias em amostras grandes, 24
1.3.3 Estimativa dos Parâmetros, 26
1.3.3.1 Estimativa do intervalo de confiança dos parâmetros populacionais, 26
1.3.3.2 Estimativa do intervalo de confiança da média, 27
1.3.3.3 Estimativa do intervalo de confiança do desvio-padrão, 28
1.3.3.4 Estimativa do tamanho da amostra, 29
1.3.4 Testes de Hipóteses e Significância, 31
1.3.4.1 Erros dos*tipos I e II, 31
1.3.4.2 Nível de significância, 31
1.3.5 Teoria das Pequenas Amostras, 34
1.3.5.1 Graus de liberdade, 34
1.3.5.2 Distribuição de Student (t ), 35
1.3.5.3 Cálculo dos intervalos de confiança, 36
1.3.5.4 Testes de hipóteses e significância, 36
1.3.5.5 A distribuição do quiquadrado (x 2). 38
1.3.5.6 Os intervalos de confiança para x 2>39
1.3.5.7 O teste do quiquadrado, 41

CAPITULO 2 MEDIDAS DE CONFIABILIDADE


2.1 INTRODUÇÃO, 57
2.2 CONCEITOS BÃSICOS, 58
2.2.1 Item, 58
2.2.2 Desempenho, 58
2.2.3 Falha e Defeito, 58
2.2.4 Saída e Falha, 58
2.3 CONFIABILIDADE, 59
2.3.1 Designação das Medidas de Confiabilidade, 60
2.3.2 Expressões para os Valores Verdadeiros das Medidas de Confiabilidade, 60
2.3.2.1 Valor verdadeiro da confiabilidade, 61
2.3.2.2 Valores verdadeiros da taxa de falhas e da taxa de falhas instantânea, 62
2.3.2.3 Valor verdadeiro da vida média, 64
2.3.2.4 Valores verdadeiros do tempo médio entre falhas e do tempo médio até falha, 65
23.2.5 Outras relações entre / ( í ) , X (í), C (t) e F (t), 65
2.3.3 Distribuições Típicas de Falhas, 66
2.3.3.1 A lei normal de falhas, 66
2 .3 3 .2 A lei de falhas de Weibull, 68
2 .33 .3 A lei de falhas exponencial, 70
2 3 3 .4 Modelos de falha, 71
2.4 ESTIMATIVA DOS VALORES VERDADEIROS DAS MEDIDAS DE CONFIA­
BILIDADE, 73
2.4.1 Medidas de Confiabilidade Observadas, 73
2.4.1.1 Tempo total acumulado, 73
2.4.1.2 Confiabilidade de itens não-reparáveis, 75
2.4.13 Confiabilidade de itens reparáveis, 75
2.4.1.4 Taxa de falhas, 76
2.4.1.5 Tempo médio entre falhas, 77
2.4.1.6 Tempo médio até falha, 77
2.4.1.7 Tempo médio de reparo, 78
2.4.1.8 Vida média, 78
2.4.2 Medidas de Confiabilidade Estimadas, 79
2.4.2.1 Taxa de falhas, 79
2.4.2.2 Tempo médio entre falhas, 81
2 .4.23 Tempo médio até falha, 81
2.4.2.4 Vida média, 81
2.4.2.5 Expressões matemáticas para Tm, 7'my e TmL, 81
2.4.2.6 Confiabilidade, 82
2.4.3 Exemplos de Aplicação, 82
2.4.3.1 Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens não-reparáveis, 82
2.4.3.2 Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens reparáveis, 92

CAPÍTULO 3 CONFIABILIDADE APLICADA A SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO


3.1 INTRODUÇÃO, 103
3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DOS SISTEMAS DE DISTRIBUI
ÇÃO, 105
3.2.1 Componentes Grau 1, 105
3.2.2 Componentes Grau 2,105
3.2.2.1 Linha de subtransmissão, 105
3.2.2.2 Subestação de distribuição, 106
3.2.2.3 Alimentador de distribuição, 107
3.2.2.4 Linha de distribuição, 107
3.2.2.5 Ramal primário, 107
3.2.2.6 Rede secundária, 108
3.2.3 Componentes Grau 3, 108
3.2.3.1 Linha de subtransmissão, 108
3.2.3.2 Subestação de distribuição, 109
3.2.3.3 Alimentador de distribuição, 111
3.2.3.4 Linha de distribuição, 112
3.2.3.5 Ramal primário, 113
3.2.3.6 Rede secundária, 115
3.2.4 Quadro-Resumo de Classificação dos Componentes, 116
3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES, 121
3.3.1 Interrupções Consideradas, 121
3.3.2 Classificação Segundo a Duração, 122
3.3.3 Classificação Segundo a Origem, 122
3.3.4 Classificação Segundo a Causa, 122
3.3.5 Classificação Segundo a Tensão, 123
3.3.6 Classificação Segundo as Condições Climáticas, 123
3.3.7 Quadro-Resumo de Classificação das Interrupções, 124
3.3.8 Quadro-Resumo de Classificação das Interrupções Segundo as Causas, 125
3.4 OS ÍNDICES OPERATIVOS, 126
3.4.1 Duração de Interrupção, 126
3.4.1.1 Duração equivalente por consumidor, 126
3.4.1.2 Duração equivalente por potência instalada, 127
3.4.1.3 Duração média por consumidor, 127
3.4.1.4 Duração média por potência instalada, 127
3.4.2 Freqüência de Interrupção, 128
3.4.2.1 Freqüência equivalente por consumidor, 128
3.4.2.2 Freqüência equivalente por potência instalada, 128
3.4.3 Confiabilidade do Sistema, 129
\
3.4.3.1 Confiabilidade por consumidor, 129
3.4.3.2 Confiabilidade por potência, 129
3.4.4 Outras Expressões e Analogias, 129
3.5 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE CÁLCULO DOS ÍNDICES OPERATIVOS DO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO, 130

CA PITU LO 4 LEVAN TAM EN TO DE DADOS

4.1 INTRODUÇÃO, 143


4.2 COLOCAÇÃO INICIAL DO PROBLEMA, 143
4.3 GERAÇÃO DE DADOS, 144
4.3.1 Codificação de Componentes, 144
4.3.2 Mapeamento, 146
4.4 A SISTEMÁTICA SUGERIDA, 147
4.4.1 Serviço Rotineiro do Fluxo de Informações, 149
4.4.1.1 Parte diária de interrupção, 149
4.4.1.2 IS — Interrupção de serviço, 149
4.4.1.3 Ficha de registro de interrupção, 153
4.4.1.4 Relatório mensal de interrupção, 153
4.4.2 As Funções na Sistemática Sugerida, 156
4.4.2.1 Do escritório local, 156
4.4.2.2 Do distrito, 156
4.4.2.3 Do setor regional, 156
4.4.2.4 Da seção de qualidade do sistema, 156
4.4.3 Atualização de Dados, 156
4.4.3.1 Atualização do número de consumidores, 157
4.4.3.2 Atualização das plantas cadastrais, 157
4.4.4 Sugestões para Relatórios-Produto, 157
4.4.4.1 Sumário de interrupções, 157
4.4.4.2 Maiores interrupções verificadas, 161
4.4.4.3 Relatório trimestral de interrupções, 161
4.4.4.4 Relatório anual de interrupções, 161

APÊN DICE I T A B E LA S

Tabela 1 Normal Reduzida, 165


Tabela 2 Números Aleatórios, 166
Tabela 3 Distribuição de Student, 167
Tabela 4 Distribuição do quiquadrado, 168

APÊN DICE II PO R TA R IA N9046 DE 17 DE A B R IL DE 1978 - D N A EE 169


INTRODUÇÃO GERAL
A evolução de nossa complexa sociedade em suas exigências de bem-estar e lazer
tem sido uma das principais preocupações dos engenheiros e administradores das Empresas
de serviço de energia elétrica, que se tornaram, atualmente, muito mais decisivas no que
concerne a sistemas de distribuição de energia.
Diante desses fatos, as Empresas concessionárias iniciaram, na década de 70, o de­
senvolvimento de sistemas de coleta de dados, coletas essas relativas a ocorrências e falhas
de seus equipamentos, com repercussão na falta de serviço aos consumidores. Juntamente
com a geração desses dados, foram envidados esforços no sentido de definir quantitativa­
mente a qualidade do serviço prestado, no que respeita ao aspecto da continuidade.
Com o advento do Comitê de Distribuição — CODI —, em 1975, foi programado, co­
mo projeto prioritário, o estabelecimento de ÍNDICES OPERATIVOS e de sistemática pa­
ra sua obtenção. O projeto foi denominado Desempenho do Sistema de Distribuição e,
durante seu desenvolvimento, no período de 1975/78, foram redigidos os seguintes relató­
rios:
— SCOM.01.01 — Diagnóstico — Levantamento de Práticas Atuais;
— SCOM.01.02 — índices Operativos;
— SCOM.01.03 — Diretrizes para Implantação de uma Sistemática de Controle do Sistema;
— SCOM.01.04 — índices de Desempenho de Materiais e Equipamentos;
— SCOM.01.05 — Estatística Aplicada à Confiabilidade.
A preocupação quanto à qualidade do serviço também se fez refletir no Departa­
mento de Águas e Energia Elétrica — DNAEE —, levando esse órgão federal fiscalizador dos
serviços de eletricidade a emitir, em 1978, as Portarias de n°-s 046 e 047. Essas portarias
conceituavam serviço adequado, respectivamente aos aspectos de continuidade e de ní­
veis de tensão, garantindo ao consumidor qualidade desejável à energia elétrica adquirida
às Empresas concessionárias.
Esta obra é fruto da consolidação dos relatórios do CODI, cobrindo as necessidades
dos engenheiros responsáveis pela distribuição de energia elétrica e dos administradores
das Empresas concessionárias de tais serviços, diante da exigência dos consumidores relati­
va à melhoria da qualidade do produto adquirido, a um custo compatível com o mercado.
A utilização do presente livro pode e deve ser estendida às escolas de Engenharia, por
fornecer aos futuros engenheiros uma visão prática da aplicação da teoria da confiabilida­
de nos sistemas elétricos de distribuição.
A abordagem ao tema no livro enfatiza especialmente dois aspectos básicos:
— estabelecimento de índices na apreciação quantitativa da qualidade do serviço, definin­
do termos e formas de medição destes parâmetros e
— estabelecimento de diretrizes visando à implementação ou melhoria de procedimentos
de relatos e os de estatísticas de interrupções.
Esta obra dá ênfase ao capítulo “ CONCEITUAÇÃO BÁSICA” , cujo objetivo é re­
lembrar noções de Estatística necessárias à compreensão da teoria da confiabilidade ex­
posta.
Exemplos de cálculos acompanham os pontos principais do desenvolvimento do te­
ma, procurando sedimentar os conceitos e teorias apresentados, o que torna a obra um
“ guia prático” e de fácil assimilação.
Apesar do esforço realizado no sentido de estudar o mais amplamente possível o
assunto, não se tem a pretensão de considerá-lo esgotado, aceitando-se, assim, quaisquer
sugestões, ou críticas, que tenham o objetivo de enriquecer a obra.
Capítulo 1

CONCEITUAÇAO BÃSICA
1.1 IN TRO DUÇÃ O

Neste capítulo, apresenta-se um resumo de alguns conceitos estatísticos e da teoria


da amostragem. Evidentemente, o objetivo não é o de cobrir os assuntos, já amplamen­
te tratados em vasta bibliografia, mas chamar a atenção e relembrar alguns dos pré-requi­
sitos necessários à compreensão dos capítulos seguintes.

1.2 ES T A T ÍS T IC A B Á SICA

Quando se trabalha com grande quantidade de dados, costuma-se organizá-los, con­


densá-los de m odo a facilitar sua análise e manuseio, e a maneira mais simples e comum de
fazer isso é dar tratamento tabular aos mesmos.
Todo trabalho estatístico se inicia com a coleta de dados, que, quando ainda não es­
tão organizados, são chamados dados brutos. Estes, ordenados de forma crescente ou de­
crescente, originam o rol, e a diferença entre o maior e o menor valor do conjunto de da­
dos é a amplitude do rol (.R ).
Geralmente, o rol é dividido em classes ou categorias, ou seja, a população de da­
dos é subdividida em intervalos, famílias, agrupando-se todos os dados nesses intervalos.
O número de classes (K) pode ser estimado pela regra de Sturges:

K = 1 + 3 ,3 logTV ( 1.2 . 1)
onde
K — número de classes
N — número de observações, dados.

A determinação do número de classes divide o conjunto de dados em K intervalos


de classe. A diferença entre os limites superior e inferior de um intervalo de classe chama-
R
h« — ( 1.2.2)
K

enquanto o ponto intermediário do intervalo de classe (soma dos limites superior e infe­
rior dividida por dois) é o ponto central ou ponto médio (jPmi) da classe.
O número de observações, dados, que caem dentro de cada intervalo de classe é a
freqüência da classe (/)•), enquanto a soma de todas as observações inferiores ao limite
superior de um dado intervalo de classe é a freqüência acumulada (fa).
A freqüência acumulada em um determinado limite superior de um intervalo de
classe, dividida pelo total de todas as observações (TV), geralmente expressa em porcen­
tagem, é a freqüência acumulada relativa (/* ).

1.2.1 Distribuição de Freqüências ou Tabela de Freqüências

O arranjo tabular de dados por classe, juntamente com as freqüências correspon­


dentes, é o que se conhece por distribuição de freqüências ou tabela de freqüências.

Exemplo 1.2.1 Suponha-se que foram observados e coletados os dados de falha de 50


itens não-reparáveis (isoladores, por exemplo) do arquivo de controle de desempenho.

a) Dados brutos. Duração, em meses, dos itens

48 36 30 39 29 9 23 23 39 63
37 80 50 60 10 72 7 47 29 38
31 24 17 50 64 11 22 6 21 49
48 40 29 15 43 18 34 25 52 18
34 77 31 76 45 37 29 38 32 8

b) Rol. Organização crescente dos dados brutos

6 11 21 25 30 34 38 45 50 64
7 15 22 29 31 36 39 47 50 72
8 17 23 29 31 37 39 48 52 76
9 18 23 29 32 37 40 48 60 77
10 18 24 29 34 38 43 49 63 80

c) Amplitude do rol:

R = 80 - 6 = 74.
d) Número de classes:

K ^ 1 + 3 ,3 log 50 ~ 7 intervalos.

e) Amplitude do intervalo de classe:

74
h « — = 10,57.
7

Observação. Como os dados se referem a números inteiros de meses e com o K t h são va­
lores indicativos, tomar

K = 8 e 6 = 10.

f) Tabela de freqüência

Intervalo P on to Freqüência Freqüência Freqüência


de M édio da Gasse Acumulada Relativa
Classe (f„> Acumulada
(Pm i)
(D (2 ) (3 ) (4 ) ^ar)
%
(5 )

0 1— - 10 5 4 4 8

10 f— - 20 15 6 10 20

20 1— - 30 25 10 20 40

30 1— - 4 0 35 13 33 66

4 0 1— - 5 0 45 7 40 80

50 - 60 55 3 43 86

60 h - - 70 65 3 46 92

70 1— - 80 75 4 50 100

e = 50

Nota. A representação A I----- B indica que A está incluído e B excluído do intervalo.

g) Cálculo do ponto central (coluna 2):

(0 + 10)/2 = 5

(10 + 20)/2 = 15.

h) Cálculo da freqüência de classe (coluna 3), simplesmente contar no rol o número de


observações que acontecem em cada intervalo de classe:
Oh- 10: (6,7,8,9) = 4 observações
10 h- 20: (10,11,15,17,18,18) = 6 observações
70 h- 80: (72,76,77,80) = 4 observações.

i) Freqüência acumulada (coluna 4):

0 I— - 10, II

f. f.
Oh- 20, 0 h-^- 10 + 10 20 - 4 + 6 - 10

70 H - 80, 4 + 6 ... + 4 = 50.

j) Freqüência acumulada relativa (coluna 5):

Ol— - io , 4/50 x 100 = 8%

10 h—- 2 0 , 10/50 x 100 = 20%

70 i— 80, 50/50 x 100 = 100%.

1) A representação gráfica das freqüências de classe chama-se histograma.

Fig. 1
1.2.2 Medidas de Posição, Média Aritmética

As medidas de posição servem para localizar a distribuição de freqüências sobre o ei­


xo de variação da variável em questão. Os três tipos de medidas de posição são: a média,
a mediana e a moda. A média e a mediana indicam, por critérios diferentes, o centro da
distribuição de freqüências, sendo chamadas também medidas de tendência central. A m o­
da indica a região de maior concentração de freqüências na distribuição.
Existem diversos tipos de média, tais como: aritmética, geométrica, harmônica, qua-
drática etc. No entanto, por ser a mais comumente usada como medida de tendência cen­
tral, só se estudará aqui a média aritmética.
Sendo jc. os valores de uma variável, a média aritmética, X, é calculada:

N
£ Xz
z'=1
X = (1-2.3)
N

onde

iVé o número total de observações.

Quando os dados estiverem dispostos numa tabela de freqüências formada por k


linhas,

(1.2.4)

k
Observe-se que £ f.=N.
z'=í 1

1.2.3 Medidas de Dispersão

As medidas de dispersão servem para indicar quanto os dados se apresentam disper­


sos em torno da região central. Caracterizam, portanto, o grau de variação existente no
conjunto de valores.

1.2.3.1 Variância (o2( x ) , o 2 )

Variância é, por definição, a média dos quadrados das diferenças dos valores x i em
relação a sua média:
N
2 (xt - X f
/= 1
o2(x ) = a2 (1.2.5)
N

Se os dados estiverem dispostos numa tabela de freqüências de k linhas:

. ,=1
a2(x ) = o2 = -------------------- ( 1.2.6)

1.2.3.2 Desvio-Padrão (o (x ), o)

Define-se desvio-padrão com o a raiz quadrada positiva da variância:

a ( x) = a = v o 2( x ) . (1.2.7)

Exemplo 1.2.2 A tabela seguinte apresenta os dados referentes ao consumo de energia


de 80 usuários.

Consum o N úm ero de
kWh Usuários
(fi)

5 I-— 35 4

35 I— 65 1

65 I------ 95 13

95 I------ 125 26

125 1------ 155 14

155 1------ 185 9

185 1------ 215 5

215 1------ 245 2

z 80

Calcular a média, a variância e o desvio-padrao.


Completando a tabela, para facilitar os cálculos, tem-se:
Consum o
P
kWh ''mi h 4 mi. * / .i

5 1------ 35 20 4 4 80 36 864

35 1------ 65 50 7 11 350 30 4 9 2

65 1------ 95 80 13 24 1 040 16 848

95 1------ 125 110 26 50 2 860 936

125 1------ 155 140 14 64 1 960 8 064

155 1------ 185 170 9 73 1 5 30 26 244

185 1------ 215 2 00 5 78 1 000 35 280

215 1------ 245 230 2 80 460 25 9 92

2 80 9 280 180 7 20

a) Cálculo da média
O consumo médio é

_ 9 280
X = -------- = 116 kWh.
80

b) Cálculo da variância e do desvio-padrão, aplicando-se as expressões (1.2.6) e (1.2.7):

a2(jc) = 180 720/80 = 2 259 kWh2

a ( x ) = \ /2 2 5 9 = 47,528 kWh.

1.3 T E O R IA DA AM OSTRAGEM

A teoria da amostragem objetiva tirar conclusões a respeito de uma população, par­


tindo de observações feitas em amostra dessa população. Assim, as grandezas caracterís­
ticas da população (média, variância, desvio-padrão etc.), chamadas parâmetros populacio­
nais ou, simplesmente, parâmetros, serão avaliadas a partir das grandezas correspondentes
das amostras, também denominadas estatísticas amostrais ou, abreviadamente, estatísticas.

1.3.1 Amostragem Probabilística (Aleatória) Simples

Uma das maneiras de se obter uma amostra representativa da população é a amos­


tragem aleatória, na qual todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de
serem incluídos na amostra. Ao se formar uma amostra, o elemento escolhido da popula­
ção pode, ou não, repetir-se. No primeiro caso, tem-se uma amostra com reposição e, no
segundo, uma amostra sem reposição. Na prática, normalmente, utilizam-se amostras sem
reposição. As maneiras de se formar uma amostra aleatória são: sortear os números atri­
buídos a cada um dos elementos da população ou usar uma tabela de números aleatórios
(Tab. 2 — Apêndice I).

Exemplo 1.3.1 Numa população de 100 lâmpadas, escolher 10 amostras de 3 lâm­


padas cada, usando a tabela de números aleatórios.
As lâmpadas serão numeradas de 00 a 99. Entrando na primeira linha da Tab. 2, do
Apêndice I, obtêm-se as seguintes seqüências de números aleatórios que estão indicados
na coluna de números de lâmpadas.

N ? d e A m ostra N ? das Lâmpadas

i 5 1 -7 7 -2 7

2 4 6 -4 0 -4 2

3 3 3 -12 -9 0

4 4 4 -4 6 -6 2

5 16-28-98

6 9 3 -5 8 -2 0

7 4 1 -8 6 -1 9

8 6 4 -0 8 -7 0

9 5 6 -2 4 -0 3

10 32-34-91

Observe-se que as 10 amostras foram obtidas com entrada na primeira linha da ta­
bela, mas qualquer outra linha podería ter sido escolhida, obtendo-se outra seqüência de
amostras.

1.3.2 Distribuições Amostrais

Considerem-se as amostras possíveis de tamanho n resultantes de uma população.


Em cada amostra, podem ser calculadas grandezas estatísticas, tais como média, desvio-pa-
drão etc., que variam de amostra para amostra. Pode haver, então, distribuições das gran­
dezas estatísticas denominadas distribuições amostrais. Assim, é possível falar em distri­
buição amostrai das médias, do desvio-padrão etc. As grandezas relativas à população se­
rão, aqui, designadas por letras maiúsculas, enquanto as relativas à amostra o serão por
letras minúsculas (X , x, oX , a x ). O desvio-padrão de uma distribuição amostrai é, normal­
mente, designado por erro-padrão.

1.3.2.1 Distribuição amostrai das médias em amostras grandes

Sejam todas as amostras possíveis, de tamanho n, que podem ser retiradas de uma
população de tamanho N. Quando n > 30 (amostras grandes), a distribuição amostrai das
médias é aproximadamente normal e a precisão da aproximação melhora quando n cresce.
É simples concluir que a média da distribuição amostrai das médias é:

x=X. (1.3.1)

Na prática, usam-se as seguintes expressões para cálculo do desvio-padrão (erro-pa-


drão) da distribuição amostrai das médias:

(1.3.2)

ou, quando TVé infinito, ou pode ser considerado com o tal,

(1.3.3)

Exemplo 1.3.2 O peso médio de 500 isoladores de vidro de 10" é 4,15 kg e o des­
vio-padrão é 0,90 kg. Determinar a probabilidade de um conjunto de 100 isoladores, es­
colhidos ao acaso, ter um peso total de: (a) entre 405 e 412 kg; (b) mais de 420 kg.

Solução

X = 4,15 kg

x = X = 4,15 kg

TV = 500

n = 100

o X = 0,90 kg.

Aplicando a Eq. (1.3.2), tem-se

0,90 / 400
ox = ------ / ----- = 0,08.
10 V 499

a) O peso total estará entre 405 e 412 kg quando o peso médio dos 100 isoladores estiver
entre 4,05 e 4,12 kg. Usando a normal reduzida, Tab. 1 do Apêndice I:

4 ,0 5 - 4 ,1 5
2(4,05) 1,25
0,08

4 ,1 2 - 4 ,1 5
2(4,12) = 0,375.
0,08
A probabilidade de (4,05 < peso < 4,12) é a área entre — 1,25 e —0,375.

Da Tabela 1, do Apêndice I,

P = 0,3944 - 0,1461 = 0,2483

P = 24,83%.

Fig. 2

b ) 0 peso total excederá 420 kg quando o peso médio dos 100 isoladores for maior que
4,20 kg:

4 ,2 0 - 4 ,1 5
z (4 ,2 0 ) = ----------------- = 0 ,6 2 5
0,08

P {peso > 4,20) = 0,5 - 0,2340 = 0,266

P = 26,6%.

1.3.3 Estimativa dos Parâmetros

Sob o ponto de vista prático, é importante poder deduzir informações relativas


a uma população tendo por base as amostras dela extraídas. A estimativa dos parâme­
tros, quando é feita por um único número, denomina-se estimativa por pontos. Quando
a estimativa de um parâmetro populacional é dada por dois números, entre os quais se
pode considerar que ele esteja situado, tem-se uma estimativa por intervalos. Estes inter­
valos são os intervalos de confiança e os dois números são os seus limites de confiança.

1.3.3.1 Estimativa do intervalo de confiança dos parâmetros populacionais

Na prática, os intervalos de confiança são construídos tendo-se em vista que para


n > 30 (amostras grandes) tem sido observado que a distribuição amostrai é aproximada­
mente normal, calculando-se as parcelas (Zc) de desvio-padrão necessárias para obtenção
de um determinado nível de confiança. Os valores de Z c correspondentes aos níveis de
confiança adotados geralmente na prática estão indicados na Tab. 1.1.
N ível de
Confiança Zc
(% )

9 9 ,7 3 3 ,00

99 2,58

98 2,33

96 2,05

9 5,4 5 2 ,0 0

95 1,96

90 1,645

80 1,28

6 8 ,2 7 1,00

50 0 ,6 7 4 5

Para valores nao constantes da tabela, tendo em vista que o nível de confiança é a
área sob a curva normal compreendida entre ± Z C, tirar da Tab. 1 do Apêndice I.

1.3.3.2 Estimativa de intervalo de confiança da média

De maneira geral, os limites de confiança são dados por:

X ± Z C ' ax. (1.3.4)

Das expressões (1.3.2) e (1.3.3), tem-se

(1.3.5)

X ±Zr (1.3.6)

Normalmente, o desvio-padrão da população, oX , é desconhecido, de modo que,


para a obtenção dos limites de confiança, emprega-se o valor obtido da amostra para esti-
má-lo. Esta aproximação será satisfatória para amostras grandes (n > 30). Assim:
o x — oX . (1.3.7)

Exemplo 1.3.3 As medidas dos diâmetros de uma amostra de 200 isoladores pro­
duzidos por certa Empresa apresentam a média de 9,98" e o desvio-padrão de 0,42".
Determinar os limites de confiança para: (a) nível de confiança de 95%; (b) nível de con­
fiança de 99%.

Solução

X = x = 9,98".

Como não se conhece o desvio-padrão da populaçao, adota-se

o X = ox = 0,42".

Da Tab. 1.1, tem-se:


Para nível de confiança 95%, Z c — 1,96;
Para nível de confiança 99%, Z c = 2,58.

a) Limites de confiança de 95%:

0,42
9.98 ± 1,96 --------- = 9,98" ± 0,0582".
V2ÕÕ

Isto quer dizer que se pode estar 95% confiante que a média da população estará
entre 9,92" e 10,04".

b) Limites de confiança de 99%:

0,42
9.98 ± 2,58 -------- = 9 ,9 8 " ± 0,0766".
V2ÕÕ

1.3.3.3 Estimativa do intervalo de confiança do desvio-padrão

Os limites de confiança do desvio-padrão, o, de uma população normalmente dis­


tribuída, quando for deduzido de uma amostra, cujo desvio-padrão é o A , são dados por:

oA ± Z C (1.3.8)

Adota-se o desvio-padrao da amostra como estimativa do desvio-padrao da popu­


lação.
Exemplo 1.3.4 O desvio-padrão das durações de uma amostra de 200 lâmpadas foi
calculado como sendo de 100 horas. Determinar os limites de confiança para níveis de
confiança de: (a) 95%; (b) 99%, para o desvio-padrão de todas as lâmpadas.

Solução

o = oA — 100

n = 200

Z c (95%) = 1,96

Z c (99%) = 2,58.

100
a) 100 ± 1,96 --------= 100 ± 9,8.
V4ÕÕ

100
b) 100 ± 2,58 -------- = 100 ± 12,9.
V4ÕÕ

1.3.3.4 Estimativa do tamanho da amostra

Uma das maneiras de estimar o tamanho necessário da amostra para uma deter­
minada precisão na estimativa dos parâmetros é usar as expressões (1.3.6) e (1.3.4), nas
quais os erros são, respectivamente.

e = Zc (1.3.9)

(1.3.10)

Como já foi visto anteriormente, os desvios-padrão populacionais o X e o são esti­


mados pelos respectivos valores amostrais. Se, porém, não tendo sido retirada uma amos­
tra, a solução será colher uma amostra-piloto de tamanho n' e, com base nela, as estimati­
vas o X e a, que serão utilizadas nas expressões (1.3.9) e (1.3.10) para cálculo de n. Se
n < n', a amostra-piloto já é necessária para a estimativa; em caso contrário, retirar da po­
pulação os elementos necessários à complementação da amostra mínima. Os Exs. 1.3.5 e
1.3.6 esclarecem o assunto.
Evidentemente, sempre que se determina o tamanho de amostra n, deve-se ter em
conta os recursos e tempo disponíveis para a realização da amostragem, ou seja, deve-se
levar em consideração os custos estimativos, os equipamentos necessários disponíveis,
mão-de-obra etc., de tal maneira que a amostragem seja realizável dentro das condições
impostas.
É quase certo que se deva tomar uma decisão a respeito de reduzir ou aumentar o
tamanho da amostra em função da precisão, do tempo disponível etc. e, neste caso, so­
mente a experiência poderá ajudar.

Exemplo 1.3.5 No Problema 1.3.4, qual deverá ser o tamanho da amostra para se
estar 99% confiante de que o erro da estimativa não exceda 0,02?

Solução

oX
O erro é Z . — .
y/Tt

Z c ( 99%) = 2,58

admitindo o X = 0,42"

0,42 ^ 2,58 • 0,42


0,02 = 2,58 ----- :. y/n = -----------------
0,02

2,58 • 0,42
n 2 935 isoladores.
0,02

Exemplo 1.3.6 Qual deverá ser a amostra, no Ex. 1.3.4, para que se esteja 99,73%
certos de que o verdadeiro desvio-padrão populacional não diferirá do da amostra mais de
5%?

Solução

Z c (99,73%) = 3.

100 300
Os limites sao: 100 ± 3 * ------- = 100 ± --------- .
\j2n y/2n

Então:

300
y/2n = ___ = 60
5

n = 1 800 lâmpadas.
1.3.4 Testes de Hipóteses e Significância

Na prática, deve-se, normalmente, tomar decisões a respeito de uma população com


base nas informações obtidas das amostras. Essas decisões, chamadas decisões estatís­
ticas, são tomadas em função de certas hipóteses básicas ou de conjecturas acerca de po­
pulações em estudo. Essas hipóteses, que podem ser verdadeiras ou não, sao chamadas
hipóteses estatísticas e, em geral, consistem em considerações sobre as distribuições de
probabilidade da população.
Em algumas situações, formula-se uma hipótese estatística com o único propósito
de rejeitá-la. Por exemplo: no caso de decidir se uma moeda é viciada, formula-se a hi­
pótese de que ela não o seja, isto é, admite-se a hipótese de que a probabilidade de se ob­
ter “ cara” é 0,5; do mesmo m odo, quando se deseja decidir se um processo é melhor do
que outro, formula-se a hipótese de que não haja diferença entre eles. Essas são as hipóte­
ses nulas e são representadas por H0.
Qualquer hipótese que seja diferente de uma outra preestabelecida denomina-se
hipótese alternativa. A hipótese alternativa da nula é representada por H\.
Se uma determinada hipótese for admitida com o verdadeira e se verificar que os re­
sultados observados numa amostra aleatória diferem muito dos esperados para a hipótese,
com base na teoria da amostragem, pode-se concluir pela rejeição da hipótese, uma vez
que as diferenças observadas são significantes. Os processos que habilitam a decidir se as
hipóteses são aceitas ou rejeitadas, ou a informar se é muito significativa a diferença entre
a amostra e os resultados esperados, são os testes de hipóteses ou de significância.

1.3.4.1 Erros dos tipos I e II

Erro do tipo I é o cometido quando uma hipótese, que deveria ser aceita, foi rejei­
tada, enquanto se comete um erro do tipo II quando um hipótese aceita deveria ser rejei­
tada.
Assim, toma-se evidente que os testes devem ser bem planejados para que a possi­
bilidade de erros seja mínima, o que nem sempre é fácil, pois para uma mesma amostra
a tentativa de diminuir um certo tipo de erro normalmente acarreta outros. A única ma­
neira de reduzir os erros é aumentar o tamanho da amostra, o que nem sempre é possível.

1.3.4.2 Nível de significância

A probabilidade máxima de ocorrer um erro do tipo I, no teste de uma hipótese,


denomina-se nível de significância, normalmente designado por a. Observe-se que esse va­
lor deve ser especificado antes da amostragem para que os resultados desta não influen­
ciem na escolha daquele.
Na prática, é comum a escolha dos níveis de significância de 0,05 e 0,1, podendo-se
usar, evidentemente, outros valores. Se, por exemplo, escolhe-se um nível de significância
de 0,05, ou 5%, no planejamento de um teste de hipótese, isto significa que existem 5%
de possibilidades de a hipótese ser rejeitada quando deveria ser aceita, ou seja, é de 95%
a possibilidade de se tomar uma decisão acertada: para o caso, dir-se-ia que a hipótese é
rejeitada no nível de significância de 0,05, o que significa uma probabilidade de erro de
5%.
Para esclarecer as definições e idéias anteriormente descritas, considere-se que, sob
uma certa hipótese, a distribuição amostrai de uma estatística E é normal (amostra gran­
de) com médiax E e o desvio-padrão oE .
Assim, tem-se a variável reduzida:

(1.3.11)

que está representada na Fig. 1.1.

c
r
Considerando-se as áreas A e A x indicadas na Fig. 1.1, pode-se estar A% confiantes j.
de que, se a hipótese for verdadeira, o valor reduzido Zg para uma estatística amostrai es- ^
tará compreendido entre —Z cr e Z cr. Se o valor de Z , para uma amostra, cair fora do in­
tervalo —Z cr e Z cr, conclui-se que esse evento poderá ocorrer com probabilidade de ape- ^
nas 2 A l %, ou seja, o valor de ZE difere de modo “ significativo” do que era esperado pela
hipótese, o que levaria à propensão de rejeitá-la. A área total 2 A X é o nível de significân­
cia do teste e representa a probabilidade de cometer-se um erro do tipo I. Por este moti­
vo, diz-se que a hipótese é rejeitada com um nível de significância de 2^4 x. O conjunto de
valores de Zg fora do intervalo —Z cr e Z cr constitui a região crítica de rejeição da hipóte­
se e os outros valores de ZE (dentro do intervalo) formam a região de aceitação da hipó­
tese. Quando a região crítica tem dois limites, com o o caso mostrado, tem-se o que se
chama de teste bilateral. Existem casos, no entanto, em que a área 2A x se encontra em
um só lado da curva, caso de teste unilateral.
A Tab. 1.2 dá os valores críticos de ZE para testes uni e bilaterais para vários níveis *
de significância e, para outros valores, usa-se a tabela de áreas sob a curva normal (Tab. 1 2
do Apêndice I).
N ível de
significância 0 ,1 0 0,05 0,01 0 ,00 5 0,002
(<*)

- 1,28 - 1,645 - 2 ,33 - 2 ,58 - 2,88


Z cr
Testes unilaterais ou 1,28 ou 1,645 ou 2,33 ou 2 ,5 8 ou 2,88

Z cr - 1,645 - 1,96 - 2 ,58 - 2 ,81 - 3,08

Testes bilaterais e 1,645 e 1,96 e 2,58 e 2,81 e 3,08

Exemplo 1.3.7 A vida média de uma amostra de 100 lâmpadas fluorescentes pro­
duzidas porjim a empresa foi calculada em 1 570 horas, com o desvio-padrão de 120 ho­
ras. Sendo X a vida média de todas as lâmpadas produzidas, testar a hipótese X = 1 600
horas, face à hipótese alternativa X ¥= 1 600 horas, adotando o nível de significância
0,05.

Solução

As duas hipóteses são:

H 0 : X = 1 600 horas

H r i X * 1 600 horas.

Deve-se fazer um teste bilateral, pois podem existir valores de médias maiores ou
menores do que 1 600 horas.
Regra de decisão:
1) rejeitar H 0 quando Z cair na região crítica;
2) aceitar Ho (ou não tomar decisão) em caso contrário.

Da Tab. 1.2, os valores críticos de Z são —1,96 e 1,96.


A distribuição é amostrai com média igual à admitida para a população, ou seja,
1 600 horas, e desvio-padrão (o x ), que pode ser calculado pela Eq. (1.3.3), consideran­
do-se a X igual ao da amostra, que é de 120 horas.
Assim:

120
a -= -------- = 12 horas.
VÍÕÕ

Como

(1 570 — 1 600)
Z = --------------------- - = —2,5
12

e, conseqüentemente, cai na região crítica, rejeita-se a hipótese de que a média seja de


1 600 horas, com o nível de significância de 0,05.
Observe-se que se, por exemplo, o nível de significância for 0,01, o intervalo passa­
rá a ser —2,58 a 2,58 e a hipótese poderá ser aceita, ou não se tomar decisão alguma:

1.3.5 Teoria das Pequenas Amostras

Nos itens anteriores, considerou-se o tamanho das amostras n > 30, ou seja, grandes
amostras, para as quais as distribuições amostrais eram consideradas normais, sendo a
aproximação tanto melhor quanto maior fosse n. No entanto, para amostras com n < 30,
denominadas pequenas amostras, essa aproximação não é boa e piora com o decréscimo
de n, devendo-se fazer algumas modificações nos resultados anteriores. O estudo das dis­
tribuições amostrais de pequenas amostras denomina-se teoria das pequenas amostras e os
resultados aqui obtidos são válidos para grandes e pequenas amostras. Neste item serão
vistas as distribuições de Student t e do quiquadrado.

1.3.5.1 Graus de liberdade

O número de graus de liberdade de uma estatística, geralmente representado por v,


é definido com o o número de observações, n, independentes da amostra (isto é, o seu ta­
manho) menos o número dos parâmetros populacionais que devem ser estimados por
meio das observações (Kg):

v ~ n - Kg (1.3.12)

ou, de maneira mais geral, quando se trabalha com tabelas de freqüências:

v —K — \ —m (1.3.13)

onde:

K = número de classes;
m = número de parâmetros populacionais que devem ser estimados a partir de esta­
tísticas amostrais para que se possam calcular as freqüências esperadas.
Quando as freqüências esperadas puderem ser calculadas sem a necessidade de se fa­
zer estimativas dos parâmetros populacionais,

v = K - 1.

Na utilização das expressões para pequenas amostras, que serão vistas a seguir:

v = n — 1.

1.3.5.2 Distribuição de Student ( t )

Considere-se uma população normal, ou aproximadamente normal, de média X, da


qual se extraem amostras de tamanho n. Se, para cada amostra de média 3c e desvio-padrão
ox, se calcular a estatística t, definida com o:

x -X
t y f n - 1, (1.3.14)
ox

pode-se obter a distribuição amostrai de t dada por

v+1
2
y = y i (i + - ) (1.3.15)

onde y o é uma constante calculada de maneira que, para determinados n e v, a área sob a
curvay = f ( t ) é unitária.
Obtém-se, assim, uma distribuição que é usada, também, no cálculo de intervalos
de confiança dos parâmetros populacionais. A Fig. 1.3 mostra a distribuição de Student
para diversos valores de v.

Fig. 1.3 D istribu içã o de Student para diversos valores de v


Observe-se que a estatística t foi definida de maneira semelhante a Z e, por este m o­
tivo, faz-se o cálculo dos intervalos das médias substituindo, na Eq. (1.3.6), Z c por t e fa­
zendo:

(1.3.16)

Obtém-se, então, a seguinte expressão para cálculo dos limites de confiança das mé­
dias populacionais:

(1.3.17)

onde os tc são tirados da Tab. 3 do Apêndice I.

1.3.5.4 Testes de hipóteses e significância

Esses testes, já vistos anteriormente, são facilmente aplicáveis aos problemas rela­
tivos a pequenas amostras, bastando para isso substituir Z c por tc .

Exemplo 1.3.8 Um ensaio das tensões de ruptura de 6 cabos, produzidos por uma
companhia, mostrou a tensão média de ruptura de 7 750 kg e o desvio-padrão de 145 kg,
ao passo que o fabricante declara que aquela tensão média é de 8 000 kg. Será verdadeira
a declaração do fabricante, n©s níveis de significância de: (a) 0,05; (b) 0,01?

Solução

As hipóteses são:
H q : X — 8 000 kg — a declaração é justificada;
H x : X < 8 000 kg — a declaração não é justificada.

Observe-se que basta testar unilateralmente:

n= 6

X = 8 000 kg
7 750 - 8 000 ,_____
x = 7 750 t = ---------------------- v /6 3 1 = - 3 , 8 6 .
145
o x = 145 kg

v = 6 - 1=5
a) ct = 0,05 (nível de significância)

t (1 — 0,05) = 10,95 = —2,02 (í crítico).

Como t — —3,86 < tCI = —2,02 está na região crítica, rejeita-se a hipótese H0 num ní­
vel de significância de 0,05 ou 5%.

b) o: = 0,01

t 0,99 = - 3,36, que também produz a rejeição da hipótese H 0 ■

Exemplo 1.3.9 Uma amostra de 10 transformadores apresentou a média de x = 4,3


falhas em 8 anos e o desvio-padrão ax — 0,06. Determinar os limites de confiança de 95%.

Fig. 3

As duas áreas assinaladas, juntas, somam 5% ou 0,05, ou seja,

(1 - a) = 0,95 .*. a = 0,05

a
- = 0,025.
2

Logo, os limites de confiança são:

_ ax
x - fi),975
\Jn — 1

^ = 1 0 — 1 = 9 graus de liberdade.
Da Tab. 3, do Apêndice I:

^0,975 = 2,26.

Os limites de confiança são, então:

0,06
4,3 ± 2,26 ------ = 4,3 ± 0,0452,
V9
podendo-se, portanto, estar 95% certos de que a média da populaçao estará compre­
endida entre 4,2548 e 4,3452 falhas.

1.3.5.5 A distribuição do quiquadrado (x2)

Sejam as amostras de tamanho n retiradas de uma população com média X e des-


vio-padrão a. Se, para cada amostra, for calculado o valor da estatística x 2 (quiquadra­
do), definida com o:

2 (x, - X f
/= 1 (*i - X f + ( x 2 - X f + ... + (xn - X f
(1.3.18)
O a

pode-se obter uma distribuição amostrai desses valores, que é denominada de quiquadra­
do e dada por:

y = y oX (1.3.19)

onde v = n — 1 e y o é uma constante que depende de v e é calculada de m odo que a área


sob a curva y = / ( x 2) seja 1.

Fig. 1.4 D istribu ição d o quiqu adrado para diversos valores de v


Mediante o emprego da tabela da distribuição do x2 (Tab. 4 do Apêndice I), defi­
nem-se os limites e intervalos de confiança de maneira semelhante aos anteriores. Assim,
pode-se avaliar, dentro de um nível de confiança especificado, o desvio-padrão populacio­
nal o, expresso em função do desvio-padrão amostrai, com o:

< a < (1.3.20)


*v ,(l-a )
2

onde

a
6 2

são os valores x para o nível de confiança adotado.


Para grandes amostras {n > 30), calculam-se os valores de x, usando a relação:

(Z + y/i2v — l ) ) 2 (1.3.21)

onde Z é o valor correspondente na normal, para o nível de confiança especificado.

a. a
Exemplo 1.3.10 Determinar x v, ( 1 -----) e \ , — para um nível de confiança de
95% e v = 10. 2 2 ’

Solução

(1 - 0,95) = ct = 0,05

a
- = 0,025.
2

Deve-se, então, determinar:

XlO, (0,975) e X lO ,(0,025)-

Na prática não se usa o índice v nos valores de x e, para o caso, a representação


seria: Xo,97s e Xo,o2s (para v = 10).
Da Tab. 4 do Apêndice I, tem-se

*0,975 = 2 0 ’ 5 >l o 8 ° ’ *0,975 = 4 ’ 5 2 7

* 0,025 _ 3>25, logo, X0 025 ~ 1,802.


Exemplo 1.3.11 0 desvio-padrão das durações de uma amostra de 26 lâmpadas é
de 100 horas. Determinar os intervalos de confiança de 95% e 99% para o desvio-padrão
da população.

Solução

n — 26

v = 25

o A = 100 h

a) Nível de confiança de 95%:

a — 0,05.

Da Tab. 4 do Apêndice I para v — 25,

Xo,975 —40,6, logo, x 0 97S —6,3718

Xo,075 = 13’ 1-’ l08 ° ’ X0,02* = 3’6193-

O desvio-padrão da população estará no intervalo

a^4 \/n o A yfn


<0 < ----- —
6,3718 3,6193

100 V 26 100 V 26
< a < ------ —
6,3718 3,6193

80,02 < o < 140,88.

b) Nível de confiança de 99%:

a = 0,01, a/2 = 0,005.

Da Tab. 4, do Apêndice I para v = 25,

Xo,995 — X0 995 ~ 6,848

v2 =10 5 v = 3 24
''■0,005 *0,005 ’ ^

74,459 < a < 157,377.

Admita-se, agora, que se tenha uma amostra de 200 lâmpadas e se deseje determinar o inter­
valo de confiança de o para nível de confiança de 95%, para o mesmo oA = 100 h.
Solução

v = 200 — 1 = 199.

Deve-se determinar Xo,97s e Xo.oas para v = 199, que não existe na tabela. Por este
motivo, usa-se a expressão (1.3.21), onde Z será, correspondentemente, Z (0 ,9 7 5 ) e
(0,025).
O valor de Z (0,975) é o valor de Z para a área da normal reduzida de 0,975, ou se­
ja, é o valor de Z para uma área (0,5 + 0,475), devendo-se, portanto, procurar o valor de
Z correspondente à área de 0,475.
Assim, da Tab. 1 do Apêndice I, tem-se Z 0)97s = 1,96. Analogamente, do outro la­
do da curva, tem-se Z 0,o2s = — 1,96.

Aplicando a Eq. (1.3.21), para v = 199,

2 = I
1,96 + V ( 2 x 1 9 9 -1 ) = 239,47
^0,975 2

1
4),025
-1 ,9 6 + V ( 2 x 1 9 9 -1 ) = 161,36

X0.975 — 15,47

Xo,025 = 12,70

e o intervalo de confiança seria

100\/2ÕÕ 100\/2ÕÕ
< o <
15,47 12,70

91,41 < a < 111,35.

1.3.5.7 O teste do quiquadrado

Nem sempre os resultados obtidos por amostragem coincidem exatamente com os


teóricos esperados, de acordo com as regras de probabilidade. É desejável, então, saber se
os resultados observados diferem, de modo significativo, dos esperados. Na prática, as fre-
qüências esperadas são calculadas com base em uma hipótese H 0, ou seja, admite-se e usa-
se uma determinada distribuição estatística para calcular os valores esperados. Aplicam-se,
então, os resultados observados para verificar se a hipótese H 0 é válida, ou se deverá ser
rejeitada, isto é, se a distribuição é aderente aos resultados observados. O teste do quiqua-
drado é um dos usados para verificar a aderência, para determinar quão aproximadamente
as distribuições teóricas, com o a normal, a binomial, a exponencial etc., se ajustam às dis­
tribuições empíricas, isto é, as obtidas por meio dos dados amostrais.
Considere-se que, em determinada amostra, observou-se que um conjunto de even­
tos possíveis, E i, E 2, ... ,E k , ocorreram com as freqüências 0 l5 02 , . . . , 0^., denomina­
das freqüências observadas, e que, de acordo com as regras de probabilidade, para uma de­
terminada distribuição admitida, esperava-se que elas ocorressem com as freqüências espe­
radas 22, •••, #£•

E ven tos E, E2 ... Ek

F reqü ên cia Observada 0, 0, ... ok

F reqü ên cia Esperada «i 22 ... fi*

Uma medida da discrepância existente entre as freqüências observadas e esperadas é


proporcionada pela estatística x2 (quiquadrado), expressa por:

(1.3.22)

em que quando a freqüência total é n

k k
2 0. = 2 £. = n.
7=i 1 7=1 1

Uma expressão equivalente para x2 é:

(1.3.23)

Quando x2 = 0, as freqüências teóricas esperadas e observadas concordam exata­


mente, enquanto que, quando x2 > 0 , isso não se dá e, quanto maior for o valor de x 2>
maior será a discrepância.
Na prática, pode-se efetuar o teste de x2 da seguinte maneira: supõe-se uma deter­
minada hipótese H 0 e calculam-se as freqüências esperadas e o x2 •Compara-se o x2 , calcu­
lado com o valor de x2 tabelado (Tab. 4 do Apêndice I), para um determinado nível de
confiança. Se x2 calculado for maior do que o tabelado, rejeita-se a hipótese inicial ao ní­
vel de significância especificado.

Exemplo 1.3.12 Suponha-se a validade da hipótese de que a duração de vida, T, de


lâmpadas elétricas seja exponencialmente distribuída com parâmetros X = 0,005. De uma
amostra de 150 lâmpadas de vida ensaiada e com sua duração de vida registrada, foram
obtidos os dados apresentados no seguinte quadro.

Evento N ? de Lâmpadas Duração de Vida

47 0 < T < 100

40 100 < T < 200

a 3 35 200 < T < 300

a4 28 T> 300

Testar a hipótese para um nível de confiança de 99%.

Solução

Para distribuição exponencial, a vida média esperada das lâmpadas é:

- 1 1
T = — = -------- = 200 horas.
X 0,005

Para a variável aleatória T = vida das lâmpadas, distribuída exponencialmente, corres­


pondendo a um T genérico, tem-se

-\T
P (Osí T) I - e

Fig. 5
Assim:

P (A ! ) = 1 -g-o.oos(ioo) = J _ £ - o ^ = 0 ,3 9 3 4

P ( A 2) = 1 - r ° ’005(200)- JP(yl1) = 1 - J T 1 - 0,3934 = 0,2387

P ( A 3) = 1 - £-0.005(300) _ (1 _ £-0,005(200)^ _ QJ447

P ( A 4) = r 0’00^ 300) = 0,2231.

Valor esperado A x = P(A x) • 150 = 59,01


Valor esperado A 2 = P ( A 2) • 150 = 35,805
Valor esperado 2l3 = P ( A 3) • 150 = 21,705
Valor esperado A 4 = P ( A 4) * 150 = 33,465

2 _ (47 - 59,01)2 (40 - 35,805)2 (35 - 21,705)2 (28 - 33,465)2


X 59,01 35,805 21,705 33,465

X2 calculado = 11,97.

Para um nível de confiança de 99% e com

v = k - 1 = 4 - 1 = 3.

Da Tab. 4, do Apêndice I,

X2 tabelado = 11,3.

Logo,

X2 calculado = 11,97 > x 2 tabelado = 11,3.

Rejeita-se a hipótese de que a vida das lâmpadas distribui-se exponencialmente


com um parâmetro X = 0,005, com um nível de confiança de 99%, ou seja, com probabi­
lidade de erro de 1%.

Exemplo 1.3.13 Exemplo de teste para uma distribuição cujos parâmetros devam
ser estimados.
Suponha que uma amostra de 39 lâmpadas de iluminação pública, cuja duração de
observação foi de 4 680 horas, apresentou uma distribuição de queima conforme a mos­
trada na tabela a seguir.
Verificar se a distribuição se ajusta a uma normal e testar a hipótese, com nível de
confiança de 95%.
I I
Intervalo P • • /. f.(p . - x y
h mi Ji V m i-Z ? Ji K mi ’
de Classe

a
01------1 360 1 180 180 2 883 204 2 883 204

3611------1 7 20 3 540 1 6 20 1 790 244 5 370 7 32

721 1------1 1080 4 900 3 6 00 956 484 3 825 936

1081 1------1 1440 8 1 260 10 0 80 381 924 3 055 392

1441 1------1 1800 3 1 620 4 860 66 564 199 692

1801 1------1 216 0 6 1 9 80 11 880 10 4 04 62 4 2 4

2161 1------1 252 0 3 2 340 7 0 20 213 444 6 4 0 332

2521 1------12880 5 2 700 13 5 0 0 675 684 3 378 4 2 0

28811------1 324 0 3 3 0 60 9 180 1 397 124 4191372

3241 1------1 360 0 1 3 420 3 4 20 2 377 764 2 377 764

3601 1------1 3960 1 3 780 3 780 3 617 604 3 617 604

3961 1------14320 1 4 140 4 140 5 116 644 5 116 644

4321 1------14 6 8 0 0 4 500 0 6 874 884 0

39 73 260 34 719 5 16

a) Média

^rJi 73 260
X = ---------- = 1 878
39
Vi

X = 1 878 horas.

b) Cálculo do desvio-padrao

'34 719 516


V 890 244 = 944
39

o 944 horas.

c) Estimativa do intervalo de confiança das médias


— Intervalo bilateral:
X ± 1,96 —— .
yjn

Para limite de confiança de 95% (a = 5%).

944
X ± 1,96 x ----- = 1 878 ±296.
39

Portanto, o intervalo de confiança para a média é:

i >[ l 5 8 2 < Ã < 2 174] = 95%.

d) Verificação de ajuste à distribuição normal


— Para verificar o ajustamento a uma distribuição normal, será traçado o gráfico de
freqüência, a fim de se calcular as probabilidades.

ti

6 -

5-

4-

3-

2-

I----
t
4680 H

0 o O O O O o O O O O O O
CD 00 GO o çp 00 00 O CD 00
ro N- O 00 lD ao 00 CD (J) ro
00 00 00
— ro ro ro

Fig. 6

e) Teste de ajuste para distribuição normal

H 0 - Ajustada a uma distribuição normal


Hipóteses
H\ — Nao ajustada a uma distribuição normal

Determinação da variável reduzida para calcular as probabilidades:

X - X
Z = ---------
o
Z q —Z 260

0 - 1 878
Z 0 = ---------------= - 1,99 -* valor tabelado = 0,4763
(curva normal reduzida)

360 - 1 878
Z 360 = ----------------- = —1,61 valor tabelado = 0,4463
944

'(O- 360)
3,00%

-1,99 -1,61

F ig .7

A probabilidade de uma lâmpada queimar no intervalo 0-360 horas é igual a 3,00%.

e.2) — Intervalo 360-720:

Z 360 ~ Z 720

Z 300 = —1,61 0,4463

720 - 1 878
Z n o = ------ ^ ------ = - 1 , 2 3 — 0,3907
944

(5,56%)

Fig. 8
Z 720 — Z 1 080

^720 = - 1 ,2 3 ->0,3907

1 080 - 1 878
Z 108o = --------— ------- = - 0 ,8 4 0,2996

(9,11%)

Fig. 9

e.4) Intervalo 1 080-1 440

Z 1080 —Z i 440

Z loso = - 0 ,8 4 -> 0 ,2 9 9 6

1 440 - 1 878
Z x44o — — —0,46 0,1772
944

1 2 ,2 4 %

0,2996
0,1772
0,1224 (12,24%)

-0,84 -0,46

Fig. 10

Z l 440 —Z i 800
Z 1440 = -0 ,4 6 ->0,1772

1 800 - 1 878
Z j soo = -------------------- = -0 ,0 8 3 -* 0,0319
944

Fig. 11

e.6) Intervalo 1 800-2 160

Z\ 800 160

Z\ 8oo — —0,083 -*■ 0,0319

2 160 - 1 878
Z 2 i6o = -------------------- = 0,299 -> 0,1179
944

8 ,6 %

(8,6%)

^2 160 — Z 2 520

Z 2 160 = 0,299 ^ 0 ,1 1 7 9
2 520 - 1 878
z 2 520 = 0,68 -> 0,2518
944

13,39 %

(13,39%)

e.8) Intervalo 2 520-2 880

Z 2 520 Z 2 880

Z 2 520 = 0,68 -+ 0,2518

2 880 - 1 878
Z 2 88o = -------------------- = 1,06 -> 0,3554

(10,36%)

Z 2 880 — ^ 3 240

Z 28S0 = 1 ,0 6 ->0,3554
3 240 - 1 878
z 3 240 -------------------- = 1,44 -> 0,4251
944

0,4251
0,3554
0,0697 (6,97%)

1,06 1,44

Fig. 15

e.10) Intervalo 3 240-3 600

■^3 240 — -Z 3 600

Z 324o = 1,44->0,4251

3 600 - 1 878
Z 36oo = --------— ------- = 1 ,8 2 -0 ,4 6 5 6

Fig. 16

e.l 1) Intervalo 3 600-3 960

■^3 600 ~ Z 3 960

Z 3600 = 1,82 - 0,4656


3 960 - 1 878
z 3 960 -------------------- = 2,20 -> 0,4861
944

(2,05%)

e.12) Intervalo 3 960-4 320

-Z 3 9 6 0 — ^ 4 320

Z 3960 = 2,20 -> 0,4861

4 320 - 1 878
Z 4320 = -------------------- = 2,59 -> 0,4952
944

(0,91%)

■Z4 3 2 0 — ^ 4 680

Z 4 32o = 2 ,5 9 -> 0 ,4 9 5 2
4 680 - 1 878
z.4 680 = 2,97 -+ 0,4985
944

(0,33%)

C Á LC U LO DE FR EQ Ü ÊN C IA ESPERA D A

f e ~ Z% ' Z f i

f = 0 ,0 3 0 x 39 = 1,1700
•'eO-360 ’

f _ = 0,0556 x 39 = 2,1684
J e 360 - 720 ’ ’

J/' ep ry^tn - 11, non


720
nM = 0,0911
080 7 x 39 = 3,5529
7

= 0,1224 x 39 = 4,7736
fe> 0 8 0 -1 440

/^ 6 1 440 -1 800
= 0 ,1

4 5 3 x 39 = 5,6667

/J e i 0,860 x 39 = 3,3540
8 0 0 -2 160

/Je2 160 - 2 520


M = 0,1339

x 39 = 5,2221

= 0,1036 x 3 9 = 4,0404
e2 5 2 0 -2 880

fn 880 - 32« = ° > 0 6 9 7 ! < 3 9 = 2’7183

4 3 2« - 3« o = 0 .0405 x 39 = ! >5795

/* '£ 3 6 0 0 -3 9 6 0 = 0,0205 x 39 = 0,7995


5 5

f ^ ™
*'£3 960 - 4 320
= 0,0091
?
x 39 = 0,3549

f A_ „ „ n = 0,0033
•'64 320 - 4 680 ’
x 39 = 0,1287

35,5290

A freqüência acumulada esperada = 35,5290.


Teste do quiquadrado (x 2 ) da hipótese ou significância:

< 4 -4 )2
X*~ 2
/= 1
fei

Freqüência Freqüência
Intervalo de
Observada Esperada
Classe
<fo> (fe .)
ei

0 1------1 360 1 1 ,1 7 0 0 0 ,0 2 8 9

361 1------1 7 20 3 2 ,1 6 8 4 0 ,6 9 1 6

721 1------1 1 08 0 4 3 ,5 5 2 9 0 ,1 9 9 0

1081 1------1 1440 8 4 ,7 7 3 6 1 0 ,4 0 9 6

1441 1------1 1800 3 5 ,6 6 6 7 7 ,1 1 1 3

1801 1------1 2 1 6 0 6 3 ,3 5 4 0 7 ,0 0 1 3

2 16 1 1------1 2 5 2 0 3 5 ,2 2 2 1 4 ,9 3 7 7

2 521 1------1 2 8 8 0 5 4 ,0 4 0 4 0 ,9 2 0 8

2 88 1 1------1 3 2 4 0 3 2 ,7 1 8 3 0 ,0 7 9 3

3 241 1------1 3 6 0 0 1 1 ,57 95 0 ,3 3 5 8

3601 1------1 3 9 6 0 1 0 ,7 9 9 5 0 ,0 4 0 2

3961 1------1 4 3 2 0 1 0 ,3 5 4 9 0 ,4 1 6 1

4 3 2 1 1------1 4 6 8 0 0 0 ,1 2 8 7 0 ,0 1 6 6

E 39

- 0,0289 0,6916 0,1990 10,4096 7,1113 7,0013


calculado 1170o 2,5529 3,5529 4,7736 5,6667 3,3540

4,9377 0,9208 0,0793 0,3358 0,0402 0,4161


+ --------- + --------- + --------- + --------- + --------- + --------- +
5,2221 4,0404 2,7183 1,5795 0,7995 0,3549

0,0166
0,1287

Xcalculado = °>0247 + 0,3 J89 + 0,0560 + 2,1807 + 1,2549 + 2,0875 + 0,2279 +

+ 0,0292 + 0,2126 + 0,0503 + 1,1724 = 8,5606

^calculado “ 8 ,5 6 0 6 .
Se

Calculado < X?abelado . aceita-se a hipótese

x2calculado> XÍabelado . reJei,a'“ a hipótese.

Da tabela do quiquadrado, para um nível de significância a = 0,05 e grau de liberdade


v = k — 1 — m, onde k = 13 e m = 2 (2 parâmetros X e a ), portanto: * > = 1 3 — 1 — 2 =
= 10, vem:

X2 = 18,31.

Portanto, como Xcaicuiado < Xtabejado , aceita-se a hipótese H0, de que a freqüência ob­
servada se ajusta a uma distribuição normal.
Capítulo 2

MEDIDAS DE CONFIABILIDADE
2.1 INTRODUÇÃO

A importância dos sistemas de distribuição, nos dias atuais, leva as concessionárias


de energia elétrica a se preocupar, continuamente, com a obtenção de respostas a ques­
tões, normalmente levantadas, em relação aos mesmos, tais com o: o que está acontecendo
no sistema? Onde e por que estão acontecendo problemas?
Tais respostas devem ser obtidas para subsidiar os mais diversos setores das conces­
sionárias (gerencial, de operação, de planejamento, de construção etc.) no sentido de, en­
tre outros pontos:
— avaliar continuamente a confiabilidade histórica dos sistemas;
— comparar a confiabilidade do serviço atual com aquela inerente a qualquer mudança na
filosofia geral de projeto, operação, manutenção e/ou administração;
— prever aumento ou redução da confiabilidade que pode resultar do fato de se investir
ou não na melhoria do sistema;
— aumentar a solidez das comparações de alternativas de fornecimento tais com o: traçado
do alimentador, seccionalização, chaveamento automático, instalações aéreas e/ou sub­
terrâneas, configurações radiais e/ou malhas etc.;
— melhorar os projetos de sistemas, através de identificação e modificação de parâmetros
e componentes que têm efeito marcante na confiabilidade do serviço;
—melhorar a utilização dos fundos de investimento e despesas, pela avaliação quantitati­
va do custo da concessionária e do benefício para o consumidor, associado a um nível
específico de confiabilidade do serviço;
—identificar programas de manutenção que resultem em melhorias na confiabilidade do
serviço;
—estabelecer metas administrativas e informações objetivas referentes à confiabilidade do
serviço.
Torna-se evidente, assim, a necessidade que têm as concessionárias de procurar
métodos que permitam quantificar, “medir” , o comportamento dos sistemas de distri­
buição.
Atualmente, essas “medidas” que permitem fazer o diagnóstico e adotar políticas
de manutenção, de planejamento, de operação etc., no sentido de controlar a qualidade
e dar continuidade ao fornecimento de energia elétrica aos usuários, são definidas à luz da
teoria da confiabilidade, sendo também o objetivo deste trabalho, no presente capítulo e
no seguinte.

2.2 CO N CEITO S BÁSICO S

Os conceitos apresentados a seguir são de suma importância para a perfeita compre­


ensão do desenvolvimento do texto, merecendo, alguns deles, atenção especial, para que
seu significado fique perfeitamente claro.

2.2.1 Item

Item é o termo de significado mais amplo e será usado para denotar qualquer nível
de um todo, por exemplo, sistema, componente etc.

2.2.2 Desempenho

Pode-se considerar o significado da palavra desempenho sob dois aspectos:


a) no sentido restrito, caracterizado pelo comportamento frente aos ensaios típicos de re­
cepção, ou seja, a constatação de que o desempenho de um determinado item esteja de
acordo com os valores garantidos e especificados pelo fabricante;
b) no sentido amplo, que é caracterizado não só pelo comportamento perante os ensaios
de recepção, mas também pelo seu comportamento no campo, tendo em vista que, nes­
te caso, o item pode estar sujeito a outras solicitações que não as especificadas.
No desenvolvimento deste trabalho, será sempre considerado o sentido amplo.

2.2.3 Falha e Defeito

A palavra falha é o termo básico que caracteriza o término do desempenho requeri­


do de um item, enquanto defeito é uma imperfeição no estado do item, que pode resultar
em falha do próprio item ou de um outro. Observe-se que defeitos podem ser eliminados
nas manutenções preventivas, enquanto as falhas só o serão nas manutenções corretivas.

2.2.4 Saída e Falha

O conceito de saída está intimamente ligado à idéia de o item não estar disponível
para a operação, sendo que este fato poderá ser causado por falha ou por outra causa
qualquer. Portanto, nem toda saída é, obrigatoriamente, provocada por uma falha, mas
toda falha acarreta uma saída. Como se pode observar, o conceito de saída influi no de­
sempenho do sistema como um todo, pois está diretamente ligado ao fato de poder causar
a perda de serviço ao consumidor, dependendo da configuração do sistema.

2.3 C O N FIA B ILID A D E

No sentido mais geral, diz-se que confiabilidade é a capacidade de um item desempe­


nhar a função exigida, sob condições estabelecidas, por um período de tempo determina­
do, podendo ser expresso como probabilidade.
A distribuição de tempos até falha de itens não reparáveis, ou a distribuição de tem­
pos entre falhas de itens reparáveis formam a base das definições dos termos característi­
cos de confiabilidade. Esses tempos são variáveis aleatórias e, como tal, devem ser trata­
dos de acordo com os métodos convencionais do Cálculo de Probabilidades.
Para uma variável aleatória contínua, X, a probabilidade de que seu valor seja menor
ou igual a um valor estabelecido, x, é dada pelo valor de sua função de distribuição acu­
mulada, F ( x ), de tal maneira que:

0<F(x)<l. (2 .3 .1 )

A função densidade de probabilidade, f ( x ) , é definida como sendo

dF(x)
/(* ) = (2 .3 .2 )
dx

Quando se representa tempo, que assume valores no intervalo de zero a infinito, então:

S[f{t)dt = F( t ) = P [ T < t ] (2 .3 .3 )

fj(t)dt=\, (2 .3 .4 )

sendo

dF(t)
m = (2 .3 .5 )
dt

Normalmente, costumam-se definir as seguintes características de confiabilidade, que


serão designadas, neste trabalho, por medidas de confiabilidade, e definidas a partir de
F(t)ef(t):
1. índice de confiabilidade ou, simplesmente, confiabilidade;
2. Taxa de falhas;
3. Tempo médio até falha (para itens não reparáveis);
4. Tempo médio entre falhas (para itens reparáveis);
5. Vida média.
Para cada uma das medidas de confiabilidade existe um valor verdadeiro que apare­
ce a partir da hipótese de que é possível descrevê-las realisticamente por meio de modelos
matemáticos pertinentes. Esses valores são característicos de cada modelo, sendo difícil
obtê-los por observações. No entanto, quando as medidas são obtidas a partir da amostra
completa (população), levando-se em conta a parte relevante da vida histórica dos itens
(as origens das vidas não ocorrem necessariamente no mesmo instante), os valores muitas
vezes são chamados populacionais. Geralmente, é impraticável, ou mesmo impossível, ob-
servar-se a população completa de forma a obter os valores populacionais e, por este moti­
vo, fazem-se estimativas do valor verdadeiro de cada medida de confiabilidade a partir de
observações realizadas em amostras da população.

2.3.1 Designação das Medidas de Confiabilidade

Tendo em vista a necessidade de se estimar, por amostragem, os valores verdadeiros


das medidas de confiabilidade, estas são adjetivadas de acordo com a maneira como os da­
dos coletados são tratados. Assim, o termo observado refere-se ao conjunto das informa­
ções obtidas de uma coleção de dados, de uma amostra em que o número de espécimes,
duração, definição de falhas etc. seja preestabelecido.
Se o conjunto de informações resultar de uma análise probabilística, ou seja, quan­
do se dá tratamento estatístico a esta coleção de dados, de forma que seu resultado seja o
valor-limite de um intervalo de confiança (no qual o valor verdadeiro da medida de confia­
bilidade está contido), o termo adotado é estimado.
Tanto o valor observado com o o estimado, que serão calculados neste trabalho, po­
dem ser usados como estimativas dos valores verdadeiros das medidas de confiabilidade.
Na amostragem, normalmente, os valores comumente coletados durante ensaios ou
operação de itens no campo são a duração de falha, a duração entre falhas ou até falha
e o número de falhas no período de tempo considerado.
Empregam-se também outras designações, com o extrapolado e interpolado, que são
os valores obtidos de extensões feitas nos dados observados e nos valores estimados, para
condições e/ou tempos diferentes. Pode-se, também, falar de valor previsto, que nada mais
é do que a estimativa de uma medida de confiabilidade de um item, que se faz tendo co­
mo base as medidas de confiabilidade de seus componentes.
As Figs. 2.1 e 2.2 resumem, graficamente, as diversas variações das designações das
medidas de confiabilidade.

2.3.2 Expressões para os Valores Verdadeiros das Medidas de Confiabilidade

O período de tempo decorrido até falha de um item não reparável e o decorrido en­
tre falhas de um item reparável são variáveis aleatórias e com o tal serão tratadas nos de­
senvolvimentos teóricos que se seguem. Para ambos os casos, a distribuição de tempos po­
de depender da idade dos itens. No entanto, na prática, costuma-se referir a idade de um
item não como o seu verdadeiro começo de vida, mas com o um instante arbitrário tempo
zero, a partir do qual se fazem as observações.
Fig. 2.1 V alor verdadeiro das MC, MC observada, estim ada e extrapolada

MC JL - Medida de confiabilidade do componente i

Fig. 2.2 M edida de con fiabilidade prevista

2.3.2.1 Valor verdadeiro da confiabilidade

Como já foi visto, a confiabilidade C ( t ) é a probabilidade P de um item sobrevi­


ver por um tempo t, ou seja, que sua vida T exceda um valor estipulado t, e é dada por:
C (í) = P [ T > í] (2 .3 .6 )

que, relacionada com a função de distribuição acumulada, F ( t ), Expressão (2 .3 .3 ) e a E x ­


pressão (2 .3 .4 ) origina:

c ( í) = i - f ( í) (2 .3 .7 )

ou

C(t) = i - (2 .3 .8 )

Em termos de valores populacionais:

N (0
C(r) = (2 .3 .9 )
N(0)

onde N ( 0 ) é o número de itens na população completa ao tempo zero e N ( t ) é o núme­


ro de itens sobreviventes ao tempo í.

2.3.2.2 Valores verdadeiros da taxa de falhas e da taxa de falhas instantânea

O valor verdadeiro da taxa de falhas, X ( í i ,í 2 ), para um período de tempo de t x a


f2 , é a probabilidade condicionada, no instante t x, de um item falhar no intervalo de tem­
po Aí = í2 ~ , dado que ele sobreviveu por um tempo t x, dividida por Aí. Assim,

P [ t 1< T < t 2/ T > t l ]


X(fi, h ) = ------------------- - ,
t2 — t\

ou seja, como t2 — t x = Aí:

± F<jt2) - F ( t , )
Ar ( l - F O , ) ]

Considerando a Eq. (2 .3 .7 ),

J_ C(r,)-C(r,)
M h.h)
Ar C(r,)

e, finalmente:

1 A
X( í i , í 2) = — / MO^í
AÍA
onde X (í) é o valor verdadeiro da taxa de falhas instantânea, que é o limite do valor ver­
dadeiro da taxa de falha, X (íi, ti)> quando Ar tende a zero, ou seja:

X ( í ) = lim \(tí t t2) (2 .3 .1 1 )


At-*0

OU

1
X ( í ) = lim — P[t < T < t + A t l T > t ]
At-*0 A f

1 P [ ( t < T < t + àt)C\(T>t)]


= l i m --------------------------------------------------
At-+o Aí P(T>t)

i P [ í < r < í + Aí]


= l i m --------------------- ----------
a í +o Aí C (í)

e, finalmente,

(2 .3 .1 2 )

Das Eqs. (2.3.5) e (2.3.7),

(2 .3 .1 3 )

e, conseqüentemente,

(2 .3 .1 4 )

Em termos de valores populacionais, o valor verdadeiro da taxa de falhas (também


chamado taxa de falha média) é:

(2 .3 .1 5 )
Como N(ti) —N(t2) é o número de falhas, pode-se dizer que o valor verdadeiro da
taxa de falhas é a razão do número de falhas, por unidade de tempo do intervalo, referida
ao número de itens no início do intervalo.
(

2.3.2.3 Valor verdadeiro da vida média

O valor verdadeiro da vida média, TmL, é o valor esperado, E(T), da vida de um


item, ou seja:

rmL = £ ( T ) .
Logo, para a variável aleatória contínua tempo de vida,

TmL = O ■f ^ d t' (2 .3 .1 6 )

Como já foi visto em (2 .3 .1 3 ),/ ( í ) = C' {t ), assim:

TmL = - Ç f C X t ) d t .

Integrando a equação acima por partes e fazendo

t —u

C'(t)dt = dv

e, como

/ udv = uv — / vdu,

tem-se

- S ~ t ■ C ( t ) d t = - { f C{t)]"0 +S~C(t)dt.

Como

-[íC (r)]o
" = 0,

conclui-se, finalmente, que

= f ~C( t ) dt .

Em termos de valores populacionais:


T.mL (2 .3 .1 8 )

onde í. é a vida do z-ésimo item.

2.3.2.4 Valores verdadeiros do tempo médio entre falhas e do tempo médio até falha

Os valores verdadeiros do tempo médio entre falhas, Tm, e do tempo médio até fa­
lha, Tmp são os valores matemáticos esperados (esperança matemática) do tempo decor­
rido entre falhas (para itens reparáveis) e do tempo decorrido até falha (para itens não re­
paráveis), respectivamente.

2.3.2.5 Outras relações e n tre / (í), X ( í) , C ( í ) e F ( t )

Da Expressão (2 .3 .1 2 ), pode-se obter facilmente uma expressão para a confiabili­


dade, ou seja, a probabilidade de operação sem falha:

1
X(t)dt = -----------
C(r)
OU

/ orX(f)A = -[(nC(f)]' = -[/nC (f) - /nC(0)].

Sendo C (0) = 1,

; 0'x (r )* = -/«C(r).

Logo,

C(t) = e (2 .3 .1 9 )

Substituindo-se (2 .3 .1 9 ) em (2 .3 .1 4 ), obtém-se

- j/ m O dt
m = X(t)e (2 .3 .2 0 )

ATab. 2.1 resume as relações entre as funções F ( t ) , f ( t ) , C ( t ) e M 0 -


E m Term os de F(t) m C(t) H t)

- j t \ (t)d t
F(t) 1 fm d t l-C (t) 1 -e 0
0

d d -fK W dt
/(O — F(t) 1 - — C(t) \ {t)e 0
dt dt

- j/ m o *
C (t) 1 ~F(t) Ç f(t)d t 1 e 0

d ^

m d
M O -------- 2 n C (t) i
1 -F(t) dt
Ç f (t)d t

2.3.3 Distribuições Típicas de Falhas

Segue-se uma breve descrição das distribuições de falhas de uso mais freqüente,
ou seja, as distribuições que descrevem o comportamento das falhas. Na maioria dos ca­
sos, uma das distribuições aqui apresentadas se ajustará aos dados obtidos a partir de ex­
perimentação.

2.3.3.1 A lei normal de falhas

Existem muitos itens cujo comportamento das falhas pode ser representado por dis­
tribuição normal. Sendo T a duração de vida do item, sua f { t ) será dada por:

(2 .3 .2 1 )

onde:
a desvio-padrão
/x média da distribuição

Sabe-se que, pelo fato de a f ( t ) ser normal, neste caso, a maioria dos itens falha
em tom o de t = E ( T ) = n e que o número de falhas decresce quando \t —p| cresce.
Sabe-se, também, que cerca de 95,72% das falhas ocorrem para valores de t compreendi­
dos entre t — 2o e t + 2o, conforme mostra a Fig. 2.3.
A função de confiabilidade, C(t), da lei normal de falhas, de acordo com a Eq.
(2.3.8) é:

(2 .3 .2 2 )

ou, simplificadamente,

(2 .3 .2 3 )

t - ju \ t - JU
onde A ( ------- J é uma função que representa a área sob a curva normal para z
o o
A Fig. 2.4 mostra C(t ) para distribuição normal de falhas.
Observe-se que, como C{t) = P ( T > t ) , se t = ju a C (r) valerá 0,5 e que para se al­
cançar altos valores de confiabilidade o tempo de operação deverá ser bem menor do que
E( T ) = n, a duração de vida esperada. Embora de uso menos freqüente em estudos de
confiabilidade, do que outras distribuições, a normal tem uma grande gama de aplicações,
sendo um modelo apropriado para itens em que as falhas se originam em algum efeito de
desgaste.

Exemplo 2.1 Suponha-se que a duração de vida de um determinado item seja dis­
tribuída normalmente, com desvio-padrão igual a 10 horas. Se o item tiver uma confia­
bilidade de 0,99 (99%) para um período de operação de 100 horas, qual deverá ser a du­
ração de vida esperada?
Da Eq. (2.3.23),

/100 —/i
V (
onde A I -----------
10

Fig. 20

Procurando-se na Tab. 1 do Apêndice I o valor de z correspondente a uma área


0,5 — 0,01 = 0,49, encontra-se —2,33. Logo,

100 - ií
—2,33 = ------------ n = 123,3 horas.
10

2.3.3.2 A lei de falhas de Weibull

Esta é uma distribuição a dois parâmetros, descrita pelas seguintes funções:

(2 .3 .2 4 )

F ( t ) = l - e - ktft
X ( 0 = \ • j3 • t &~ x (2 .3 .2 6 )

para t > 0, em caso contrário as três funções não iguais a zero. Os parâmetros X ej3 são,
respectivamente, o parâmetro de escala e o de forma. Seus efeitos estão mostrados nas
Figs. 2.5 e 2.6.

f (t)

f(t)
Observe-se que a Expressão (2 .3 .2 6 ) mostra que a taxa de falhas, X (f ), é propor­
cional às potências de t. Esta característica é que toma a distribuição de Weibull das mais
versáteis, sob o ponto de vista da confiabilidade, pois com a escolha apropriada do parâ­
metro de forma, /3, conseguem-se os mais diversos tipos de taxas de falhas. A Fig. 2.7 ilus­
tra este fato.

\ ( t ) decrescente

Fig. 2.7 Influência do parâmetro de forma, j3, na taxa de falhas

2.3.3.3 A lei de falhas exponencial

É uma das mais importantes leis de falhas e, para ela, a duração de vida até falhar
é descrita pela distribuição exponencial, que é definida pela se g u in te /(í):

m = \ e - x‘ para t > 0 (2 .3 .2 7 )

/( 0 = 0 para f < 0.

Conseqüentemente, da Eq. (2 .3 .3 ), substituindo nela a (2 .3 .2 7 ), pode-se concluir


que:

F(f)= 1 para t > 0 (2 .3 .2 8 )

F (r) = 0 para t ^ 0.

A Fig. 2.8 mostra a f { t ) e a F ( t ) para a distribuição exponencial.


A função confiabilidade, C(t), tendo em vista a Eq. (2 .3 .2 8 ), é dada por:

C( t ) = e~Kt. (2 .3 .2 9 )

A Eq. (2 .3 .1 4 ) estabelece que:

m
x(0 =
C(t)
f(t)

e, considerando-se as Expressões (2 .3 .2 7 ) e (2 .3 .2 9 ), pode-se tirar a importante conclusão:

X ( f ) = X = cte. (2.3.30)

Logo, a distribuição exponencial tem uma taxa de falhas constante, isto é, inde­
pendente do tempo de operação ou exposição, sendo a única distribuição que possui esta
característica. Em termos de aplicação a tempos até falha, isto significa que, se uma dis­
tribuição de vida exponencial puder ser considerada para um item, a probabilidade de fa­
lha no “próximo” instante será sempre a mesma durante todo o período de operação do
item, isto é, o item poderá sempre ser considerado novo e seu passado esquecido. Esta ca­
racterística é que faz da distribuição exponencial a mais largamente empregada nos estu­
dos de confiabilidade.

2.3.3.4 Modelos de falha

As funções de falha, ou as taxas de falhas, são geralmente classificadas de acordo


com sua tendência a crescer, decrescer ou permanecer constante no tempo. Embora exis­
tam muitos itens, em relação aos quais é possível descrever falhas por uma única tendên­
cia, a maioria dos modelos delas baseia-se na associação de dois ou mais segmentos com
tendências diferentes.
Uma taxa de falhas crescente, essencialmente, indica que o item assim descrito tor­
na-se mais propenso a falhas com o passar do tempo. Este tipo de deterioração é bastante
típico, sendo difícil existir um item que não esteja sujeito a ela ao menos na última parte
de sua vida. Este modelo é usado para representar o período de envelhecimento do item.
Ao contrário, uma taxa de falhas decrescente indica uma contínua redução do risco
de falha com o passar do tempo. Entretanto, dificilmente existirá um item que tenha uma
taxa de falha continuamente decrescente por toda a sua vida. Este modelo é válido para
o período inicial de operação do item. É evidente que este período pode não estar pre­
sente na vida de um item, bastando para isso que seja feito um rigoroso controle de quali­
dade, na recepção.
O modelo que considera a taxa de falhas constante aplica-se a itens onde as chances
de falha em determinado intervalo de tempo permanecem as mesmas para todo o interva­
lo, considerando-se que o item sobreviveu até o início do intervalo.
Embora existam muitas possibilidades de representação matemática das taxas de
falhas acima citadas, usa-se muitas vezes uma aproximação baseada na escolha de um mo­
delo apropriado, da família de distribuição de tempo de vida de Weibull.
Um modelo típico de taxa de falhas, característico de um grande número de itens,
é apresentado na Fig. 2.9. Este modelo é conhecido como a curva da banheira ( bathtub).

Pode-se observar, claramente, na Fig. 2.9, os três períodos citados acima: o inicial,
cuja taxa de falhas é decrescente; o central, cuja taxa é aproximadamente constante, e um
período final onde a taxa cresce rapidamente.
O período central, conhecido como de operação normal ou de vida útil do item e
caracterizado por uma taxa de falhas constante, é, conseqüentemente, aquele que permite
a aplicação da distribuição exponencial. Evidentemente, quando a manutenção é bem fei­
ta, o item pode permanecer por muito tempo nesta faixa de utilização. Este é mais um
dos motivos que justifica a utilização da distribuição exponencial na estimativa dos valo­
res verdadeiros das medidas de confiabilidade, que serão feitas a seguir.

2.4 ESTIM A TIV A DOS V A L O R E S V E R D A D E IR O S DAS M EDIDAS DE


C O N FIA B ILID A D E

Será apresentada, a seguir, de maneira simples e prática, uma seqüência lógica de


cálculo que permite estimar os valores verdadeiros das medidas de confiabilidade, to­
mando-se por base dados amostrais. A metodologia apresentada é aplicável tanto a siste­
mas como a materiais e equipamentos.
Como já foi visto, existem diversas designações para as medidas de confiabilidade,
das quais este trabalho só abordará as “observadas” e “estimadas” .
Duas grandes preocupações apresentam-se imediatamente: o modelo de falha a
ser adotado e a representatividade da amostra a ser considerada.
Tendo em vista as suas características e vantagens já apontadas anteriormente,
adota-se, no desenvolvimento do texto, a distribuição exponencial, ou seja, consideram-
se os itens como tendo uma taxa de falhas constante, isto é, serão considerados novos,
esquecendo-se seu passado. Em conseqüência, todas as expressões apresentadas só serão
válidas adotando-se a distribuição exponencial.
As características relativas às amostras que devem ser observadas para uma deter­
minada precisão desejada encontram-se no Cap. 1.

2.4.1 Medidas de Confiabilidade Observadas

2.4.1.1 Tempo total acumulado

As medidas de confiabilidade observadas são definidas em termos de tempo total


acumulado, que corresponde à soma dos tempos, nos quais todos os itens, individual­
mente, sob observação, foram submetidos às condições de trabalho estabelecidas, durante
um dado período de suas vidas (excluído qualquer tempo em que o item esteve fora de
operação).
Assim, em determinado período (w), no estudo de um conjunto de itens, existem:
os que não falham em todo o período (w); os que são retirados (ou adicionados) e os que
falham no decorrer do período, para condições estabelecidas de operação. Sendo:
r = número de itens que falharam durante a observação;
k = número de itens retirados ou adicionados sem falhas, durante a observação;
h = número de itens que sobreviveram por todo o período w;
w = período sob estudo;
Uj = duração da operação sem falhas dos i itens que falharam no período;
Vj = duração da operação sem falhas dos / itens que foram retirados ou adicionados
no decorrer do período.
A expressão matemática que define o tempo total acumulado é:

r k
2 u . + 2 Vj + h • w. (2.4.1)
i'=l 1 /'=! J

Exemplo 2.4.1 Numa amostra de 10 ventiladores de uma galeria, em 7 dias de ob­


servação, somente 6 sobreviveram a todo o período. As tabelas seguintes indicam o nú­
mero de dias de operação sem falha dos ventiladores que falharam e dos que foram rema-
nejados. Calcular Ta.

Quantidade .Dias Quantidade Dias

2 4 i 5

1 1

Falharam R e manejados

Para o problema:

w= 7
k = 6
r =3
/ = !
k —1
i = 1,2,3
Vi = 4 vi = 5
v2 = 4
v3 = 1

3 1
Ta = 2 u.+ 2 Vj + h •w
1=1 7=1 y

Ta = 4 + 4 + 1 + 5 + 6 x 7 = 56 ventiladores x dias

56
o u í = — = 8 ventiladores x semana.
a 1
2.4.1.2 Confiabilidade de itens não-reparáveis

Para um período de tempo estabelecido, a confiabilidade de itens não-reparáveis


é a razão entre o número de itens sobreviventes até o fim do período e o número total de
itens da amostra no início do período:

n -r r
C ( t \ ,t 2) — —1 (2 .4 .2 )
n n

onde:
n = número de itens da amostra no início do período de tempo;
r - número de itens que falharam durante o período de tempo;
t\,t2 = limites do período de tempo.

Exemplo 2.4.2 Determinada empresa observou, em seu sistema de iluminação, uma


amostra de 300 lâmpadas novas, iguais em todos os pontos, instaladas na mesma região.
Para um período de 15 dias, 39 lâmpadas falharam (queima ou quebra). Calcular a con­
fiabilidade para o período.
r = 39 lâmpadas
n = 300 amostras
11 == 0
t2 = 15 dias

300 - 39
C (0 ,1 5 ) = ------------- = 0 ,8 7 ou 87%.
300

A confiabilidade observada é de 87% para um período de 15 dias.

2.4.1.3 Confiabilidade de itens reparáveis

Para um determinado período de tempo, a confiabilidade de itens reparáveis é a ra­


zão entre o número de ocasiões em que um item funcionou (não falhou) e o número total
de ocasiões em que o desempenho foi observado:

q-r r
C { t " ) = ------- = 1 - - (2 .4 .3 )
Q Q

onde:
q = número total de ocasiões em que o desempenho foi observado;
r = número total de ocasiões em que houve falha no período;
t" = intervalo de tempo no qual se faz a observação ou ensaio.
Observe-se que, na definição, se fala em período de tempo e intervalo de tempo
(f "). Período, nesta definição, significa o tempo total de observação estabelecido, enquan­
to que intervalo significa uma fração, uma “ amostra” do período. A Fig. 2.10 esclarece
melhor o que foi dito.
No período de tempo que vai de A até B, fizeram-se 10 observações. Nos intervalos
3,5 e 9 aconteceram falhas, pontos 1, 2 e 3 da Fig. 2.10. Observe-se, também, que, nos in­
tervalos 3 e 9, após a falha, o item não operou durante um período de tempo maior do
que o próprio intervalo. É evidente que a confiabilidade de itens reparáveis é calculada pa­
ra cada item.

t" _t" , »"


8“ 9
(D (D B

© J"
4

O c a s iã o q u e o ite m n ã o fa lh o u

- O c a s iã o q u e o ite m f a lh o u

Fig. 2 .1 0 C aracterização dos intervalos de te m p o ( / ' ' )

Exemplo 2.4.3 Numa galeria, determinada Empresa tem instalados 43 ventiladores.


Num período de 24 meses, esses ventiladores foram inspecionados. Para um determinado
ventilador, observaram-se 15 intervalos de duração durante 1 mês, com operação normal.
Em 6 vezes observou-se falha (ventilador parado):
<7 = 21
r= 6

21-6
C { t " = 1 mês) = 0,714 ou 71,4%.
21

2.4.1.4 Taxa de falhas

Taxa de falhas é a relação entre o número total de falhas, num conjunto de itens,
e o tempo total acumulado, durante o qual este conjunto foi observado:

X= —
Ta
J
r = número de falhas observadas no período;
Ta = tempo total acumulado.

Observações. (1) A taxa de falhas observada está associada a períodos de tempo e condi­
ções particulares e especificadas. (2) O critério utilizado para definir falha deverá ser espe­
cificado.

Exemplo 2.4.4 Calcular a taxa de falhas para os dados do Ex. 2.4.1.

3
X = — = 0 ,0 5 3 5 7 ventilador
56

ou

2.4.1.5 Tempo médio entre falhas

Para um determinado período de vida de um item, o tempo médio entre falhas é o


valor médio dos intervalos de tempo ocorridos entre falhas consecutivas, isto é, a relação
entre o tempo total acumulado de observações (sob condições especificadas) e o número
de falhas ocorrido:

onde:
r = número de falhas observadas no período;
Ta = tempo total acumulado.

2.4.1.6 Tempo médio até falha

Para ensaios truncados por um período determinado, o tempo médio até falha é a
relação entre o tempo total de amostra observada e o número total de falhas dessa amos­
tra, durante o período e sob condições de trabalho especificadas:

(2.4.6)

onde:
r = número de falhas observadas no período;
Ta = tempo total acumulado.
Exemplo 2.4.5 Calcular o Tm e o Tmf para os dados do Ex. 2.4.1

ventilador
f 'm = T m f = J - = 1 8 ,6 6 dias
falha

ou

8 ventilador
— = 2,66 semanas ---------------
3 |_ falha

Os resultados indicam que, aproximadamente, a cada 19 dias ou 3 semanas, um ven­


tilador pode falhar. É evidente que informações desse tipo são muito importantes para os
serviços de manutenção preventiva.
Apesar de se ter exemplificado o tempo médio até falha (T mj ) para o caso dos ven­
tiladores, normalmente este índice é empregado para o caso de itens não-reparáveis.

2.4.1.7 Tempo médio de reparo

Para um determinado período da vida de um item, o tempo médio de reparo é o va­


lor médio dos períodos de tempo de reparos consecutivos, isto é, a relação entre o tempo
total acumulado de reparos observados (sob condições especificadas) e o número de re­
paros observados:

(2.4.7)

onde:
r‘ = n? de reparos observados no período;
Tar = tempo total acumulado de reparo.

Observações. (1) Os critérios que constituem um reparo devem ser indicados. (2 ) 0 tem­
po total acumulado de reparo é a soma dos tempos durante os quais cada item, individual­
mente, foi reparado, sob as condições especificadas. (3) Os tempos de preparação e locali­
zação de falhas podem ser incluídos no tempo total acumulado de reparo.

2.4.1.8 Vida média

Vida média de um item é o valor médio das durações de tempo (para itens não-re­
paráveis) observadas até haver falha de todos os exemplares, numa amostra de itens idên­
ticos, sob condições especificadas de trabalho.

1 n
= - 2 ti
n i=i
ti = tempo de vida do item i;
n — número total de itens da amostra.

2.4.2 Medidas de Confiabilidade Estimadas

As medidas de confiabilidade estimadas são os limites de intervalos de confiança —


que podem ser unilaterais ou bilaterais — em níveis de confiança estabelecidos. Elas se ba­
seiam nas mesmas coleções de dados das medidas correspondentes observadas, e depen­
dem da escolha do nível de confiança, das amostras e, naturalmente, da distribuição es­
tatística adotada.
As expressões matemáticas aqui apresentadas, para cálculo das medidas estimadas,
foram desenvolvidas para o caso de taxa de falha constante, ou seja, para lei de falhas
exponencial. Os limites de confiança, que fornecem os vai ores estimados, são determinados
pela distribuição do x 2 • As expressões são apresentadas para intervalos uni e bilaterais
com nível de confiança (1 — a), e nelas o índice s indicará intervalo unilateral, enquanto
que índices m e M indicarão limites inferiores e superiores dos intervalos de confiança bi­
laterais.
Observações gerais. (1) Deve ser mencionada a fonte de dados. (2) Os resultados só podem
ser acumulados quando todas as condições são idênticas. (3) O nível de probabilidade é sinô­
nimo de nível de confiança. (4) Deve ser estabelecido se os limites usados são uni ou bila­
terais. (5 ) A distribuição adotada deve ser indicada.

2.4.2.1 Taxa de falhas

A taxa de falhas de um item é determinada, estatisticamente, com o o valor-limite


de um intervalo de confiança, com um dado nível de probabilidade e com base nos mes­
mos dados com os quais se determinou a taxa de falha observada para itens nominalmente
idênticos:
y = graus de liberdade
r = número de falhas
Ta — tempo total acumulado.
1. Para ensaio truncado em r, com tempo total acumulado, Ta, resultante, o grau de li­
berdade será

7 = 2r

e as taxas de falhas serão:


a) Para intervalo unilateral:

X2(2r,a)
Ls, a
(2.4.9)
2 Ta
b) Para intervalo bilateral:
limite inferior

(2.4.10)

limite superior

(2.4.11)

2. Para ensaio truncado em Ta, com r resultante, o grau de liberdade será:

7 = 2r + 2

e as taxas de falhas:
a) Para intervalo unilateral:

X2(2r + 2, a)
(2.4.12)
2
z.1Ta

b) Para intervalo bilateral:


limite inferior

(2.4.13)

limite superior

Observação. O valor-limite usualmente empregado é o superior.


O tempo médio entre falhas de um item é determinado com o um valor-limite do
intervalo de confiança, com um nível de probabilidade estabelecido e com base nos mes­
mos dados com os quais se determinou o tempo médio entre falhas observado em itens
nominalmente idênticos.
Expressões: ver Item 2.4.2.5.

2.4.2.3 Tempo médio até falha

O tempo médio até falha de um item é determinado com o um valor-limite do inter­


valo de confiança, com um nível de probabilidade estabelecido e com base nos mesmos
dados com os quais se determinou o tempo médio até falha observada em itens nominal­
mente idênticos.
Expressões: ver Item 2.4.2.5.'

2.4.2.4 Vida média

A vida média de um item é determinada com o um valor-limite do intervalo de con­


fiança, com um nível de probabilidade estabelecido e com base nos mesmos dados com os
quais se determinou a vida média observada de itens nominalmente idênticos.
Expressões: ver Item 2.4.2.5.

2.4.2.5 Expressões matemáticas para Tm, Tm^e TmL

1. Para os casos de distribuição exponencial

1
T m - T m f - T m L ~ ^ — Te. (2.4.15)

As expressões são:
— Para intervalo unilateral

1
Te (2.4.16)

— Para intervalo bilateral


limite inferior:

1
Te (2.4.17)
X
limite superior

(2.4.18)

2.4.2.6 Confiabilidade

A confiabilidade de um item é determinada com o um valor-limite do intervalo de


confiança, com um nível de probabilidade estabelecido e com base nos mesmos dados
com os quais se calculou a confiabilidade observada em itens nominalmente idênticos.
Como se está trabalhando com a distribuição exponencial, a confiabilidade é calcu­
lada por:

(2.4.19)

onde X e Te são calculados com o mostrado nos itens anteriores.

2.4.3 Exemplos de Aplicação

Neste item serão feitas aplicações de cálculo das medidas de confiabilidade ob­
servadas e estimadas.
É interessante observar que os dados a serem coletados para aplicação deverão ser
analisados, principalmente, sob os seguintes aspectos:
a) deverão ser obtidos de itens homogêneos;
b) deve ser observado o que caracteriza a sua falha;
c) verificar-se, para a determinação das medidas estimadas, se a distribuição exponencial
é compatível com os dados, pois as expressões apresentadas são válidas somente para
esta distribuição;
d) considerar outros fatores que dependem da natureza da avaliação que se pretende fa­
zer.

2.4.3.1 Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens não-reparáveis

Exemplo 2.4.6 Deseja-se determinar o desempenho de lâmpadas incandescentes,


instaladas numa rede de distribuição que possui uma população de N = 10 000 lâmpa­
das, durante um período de 165 dias. Observou-se uma amostra aleatória de 2 185 lâmpa­
das durante este período, e considerou-se o seguinte:
— tempo de funcionamento: 11 horas por dia;
—critério de falha: queima e quebra;
— a amostra envolve lâmpadas do mesmo tipo (potência, tensão, luminária, soquete, fa­
bricante, mesma localidade), visando a tomar a amostra o mais homogênea possível.
Dados obtidos:
— número de lâmpadas com falha = 1 9 1 5
— lâmpadas adicionais ou retiradas sem falhas durante o período = 0;
— número de lâmpadas que não falharam (sobreviventes) durante o período = 270;
— período de observação = 1 6 5 dias ou 1815 horas.
A Tab. 2.2 apresenta o número de dias de operação das lâmpadas que individual­
mente falharam.2

T abela 2 .2

Lâmpadas Lâmpadas Lâmpadas


Quanti­ Quanti­ Quanti­
Dias X Dias X Dias X
dade dade dade
Dias Dias Dias

23 i 23 47 50 2 350 6 125 7 50
27 2 54 19 52 988 5 126 6 30
37 3 111 46 53 2 4 38 2 127 254
58 5 290 25 54 1 350 3 128 384
35 6 210 18 58 1 044 4 129 516
36 7 252 68 61 4 148 3 130 390
38 8 304 50 62 3 100 5 131 655
34 9 306 23 63 1 4 49 2 132 264
36 10 3 60 24 69 1 656 5 133 665
53 11 583 47 79 3 713 2 134 268
46 12 552 46 81 3 726 3 135 405
38 13 494 29 88 2 552 4 136 544
48 15 720 41 90 3 690 4 137 5 48
33 16 528 35 95 3 325 2 138 276
48 18 8 64 23 99 2 297 4 139 5 56
51 21 1 071 40 104 4 160 6 143 858
53 24 1 2 72 36 109 3 9 24 5 146 730
34 25 850 8 114 912 4 148 5 92
48 26 1 248 2 115 230 15 150 2 2 50
28 27 756 3 117 351 3 151 4 53
31 31 961 5 118 5 90 6 155 930
74 38 2 812 6 119 714 7 158 1 106
78 40 3 120 9 120 1 0 80 3 160 480
48 41 1 9 68 7 121 847 4 164 656
43 42 1 8 06 5 122 6 10 8 165 1 320
28 44 1 2 32 4 123 4 92
25 45 1 125 3 124 392
1 131 23 8 7 2 669 5 2 088 115 16 4 8 0

2 lâmpadas falhadas = 1915

2 lâmpadas X dias = 92 4 4 0
Deve-se, em primeiro lugar, fazer uma estimativa do tamanho da amostra observa­
da: se representa o universo ou população com um determinado nível de confiança ou er­
ro na estimativa.
a. Da amostra observada obteve-se o seguinte:
a.l. Tabela de freqüência (Tab. 2.3).

a.2. Média:

k
£ f tP mi
/- i 1 ' 89 635
X = ---------- = 46,81 dias
1 915

X = 46,81 dias.

a.3. Variância:

V f (p — V ~\2
mi ) 2 958 619,73
a2 = ----------------------- = -------------------- 1 544,97
k 1 915

a2 = 1 544,97.

a.4. Desvio-padrão:

<7 = V õ 2 = V l 544,97 = 3 9 ,3 0 .

o = 39,30 dias.

b. Como se desconhece a média e o desvio-padrão da população, serão admitidos os valo­


res obtidos da amostra para fazer a estimativa da média da população com um interva­
lo de confiança de 95% (ver Item 1.3.3.2).
Média da amostra ( X ) = 46,81 dias.
Desvio-padrão da amostra ( a ) = 39,30 dias.
Representação algébrica do intervalo de confiança:

X ± 1,96 —

onde n = T,f. = 1915

39 30
46,81 ± 1,96 -- ■ = 46,81 ± 1,96 x 0,898 = 46,81 ± 1,76.
V T 9 15
P o n to M édio Freqüência Freqüência A c. Freqüência -
Intervalo de
da Classe da Classe da Classe A c. Rei.
Classe mi Ji
p .
1 mi u fa fa %
ur

0 1------ 14 7 461 461 24,07 3 227 730 609,44


14 1--- 28 21 343 804 41,98 7 203 228 491,54
28 1--- 42 35 274 1 078 56,29 9 590 38 216,45
42 1------ 56 49 208 1 286 67,15 10 192 997,59
56 1------ 70 63 165 1 451 75,77 10 395 43 249,16
70 1------ 84 77 122 1 573 82,14 9 394 111 195,20
84 1------ 98 91 99 1 672 87,31 9 009 193 322,85
98 1------ 112 105 76 1 748 91,28 7 980 257 341,78
112 1------ 126 119 58 1 806 94,31 6 902 302 260,97
126 1------ 140 133 48 1 854 96,81 6 384 356 578,37
140 1------ 154 147 33 1 887 98,54 4 851 331 255,19
154 1------ 168 161 28 1 915 100,00 4 508 365 101,97
E 1 915 89 635 2 958 619,73
c. Há 95% de certeza de que a média do universo estará entre 45,05 e 48,57 dias, isto é,
se fosse escolhido, ao acaso, nesse universo de 10 000 lâmpadas, um grande número de
amostras de 1 915 lâmpadas cada uma e, se para cada amostra fosse computado o inter-
- a
valo de confiança X ± 1,96 — , cerca de 95% dos intervalos assim calculados inclui-
y/n
riam a média do universo.
Deve-se salientar ainda que a interpretação dada acima não disse que o intervalo
particular 45,05-48,57 (conforme calculado por uma única amostra) abrangerá a média
do universo. A interpretação disse que, se fosse selecionada uma grande quantidade de
amostras probabilísticas e calculado o intervalo de cada amostra, cerca de 95% dos inter­
valos cobriríam a média do universo.
d. Conforme o Item 1.3.3.4, deve-se tomar a decisão sobre a validade da amostra em fun­
ção do custo, do tempo ou da precisão que se deseje. Reduzindo-se a precisão, conse-
qüentemente pode-se reduzir o tamanho da amostra.

1. Cálculo das medidas de confiabilidade observadas


a) Cálculo do tempo acumulado (Ta):

r k
Ta — ' t u i + 2 v . + hw
i =í ;'=i '
para 1 < i < r e 1< / < k
ui < w v ■< w

onde:

r — número de itens que falharam durante a observação;


k = número de itens adicionados ou retirados, sem falhas, durante a observação;
h = número de itens que sobreviveram por todo o período w;
w = duração do período estabelecido nas vidas dos itens;
ui = duração na qual os itens i falharam, quando submetidos às condições de traba­
lho estabelecidas, dentro do período w;
v . = duração na qual os itens /, adicionados ou retirados, durante a observação, sub­
metidos às condições de trabalho estabelecidas durante o período w, não fa­
lharam.

Dados da observação:

r = 1 9 1 5 lâmpadas
k — 0 lâmpada
h = 270 lâmpadas
w= 165 dias
Siq- = 92 440 lâmpadas x dias (da Tab. 2.1)
2 Ü;. = 0
Ta = 92 440 + 0 + 270 x 165 = 136 990

Ta = 136 990 lâmpadas x dias

136 990
ou Ta = 375
365

Ta = 375 lâmpadas x ano

b) Confiabilidade observada:
n- r
C(t\, f2) —
n
onde
r = quantidade de itens que falharam durante o período t x até f 2 ’>
n = quantidade de itens da amostra existente no início do período de tempo t x.
Considerando para t x = 0
í2 = 10 dias,
tem-se r — 324 (quantidade de lâmpadas que falharam durante o período).

íi = 0 até í2 = 10 dias (Tab. 2.2)


n — 2 185 lâmpadas = 1 915 + 270
Observação, r = 23 + 27 + 37 + 58 + 35 + 36 + 38 + 34 + 36 = 324.

2 185 - 3 2 4
c ( t i , h ) = ------------------ = 0 .8 5 1 7 ou 85,17%.

Portanto, a confiabilidade das lâmpadas não terem falhas num período de t x = 0 e í2 =


= 10 dias é de 85,17%, ou, num período de 10 dias, a possibilidade é de 85,17% de haver
lâmpadas sem falhas.

c) Taxa de falha observada


r
\= —

onde T‘

r = número de itens que falharam no período observado;


Ta = tempo acumulado;
r = 1 915 lâmpadas que falharam;
Ta — 136 990 lâmpadas x dia de operação.

1 915 falhas
X = ------------ = 0 ,013 98 /lâmpada
136 990 dia
ou
1 915 falhas
X = -------- 5,1067 /lâmpadas.
375 ano

Numa rede com 10 000 lâmpadas, tem-se em média num ano:


5,1067 x 10 000 = 51 067 lâmpadas falhadas,

d) Tempo médio até falha observada:

_ 1
T
1 mj - =
r X

136 990
m = 71,53 Tm „ = 7 2
f 1 915 /

lâmpadas
m 72 dias x
f falha

ou

lâmpada
7 ^ = 0 , 1 9 7 3 ano , isto é, em cada 0,1 973 x 12 = 2,3696 meses,
/ falha
uma lâmpada falha. Caso se deseje estabelecer uma manutenção preventiva na ba­
se de troca antecipada para evitar lâmpadas queimadas, que geram reclamações,
pode-se, com base nesta informação, substituir de 2 em 2 meses as lâmpadas ins­
taladas. Deve-se observar também o custo que isto acarretará.

2. Cálculo das medidas de confiabilidade estimadas


Para aplicação das fórmulas apresentadas, deve-se verificar se a distribuição expo-
nencial se ajusta aos dados amostrais. Como a maioria dos problemas referentes à confia­
bilidade se aproxima de uma distribuição exponencial, faz-se o teste para esse tipo de dis­
tribuição com nível de significância de 95% o u a = 5%.
Teste de ajustamento à distribuição exponencial

H = ajusta-se a uma distribuição exponencial


! Hi q

= não se ajusta a uma distribuição exponencial

Cálculo das probabilidades (Ex. 1.3.12)


A expressão para o cálculo das probabilidades de uma lâmpada falhar num deter­
minado intervalo, descrito pela distribuição exponencial, é dada por:

P = P ( T < t ) = 1 - e ~ xt.

O valor de taxa de falha para o cálculo das probabilidades (das 1915 lâmpadas fa­
lhadas) é:
1 915 falha
X = ---------- = 0,020 /lâmpada.
92 440 dia

Pi = P (T < 14) = (1 - e - ° ’020xl4) = 0,244


_ e -0,020xl4) = 0 ,1 8 5
Pi = JP ( 1 4 < r < 2 8 ) = ( 1 —e -0 ,0 2 0 x 28-
- d
= (1 —e -0,020 x 4 2 ' 020 X 28^ = 0 , 1 4 0
Ps = P(2S < r < 42)
_ e ~ o ,
- d

P4 = P(42 < r < 56) = ( 1 —e -0 ,0 2 0 X 56 ^ - d - e ~ 0 ’020x42) = 0,106

= ( 1 —e -0 ,0 2 0 X 70 ^ _ e -0 ,0 2 0 x 5 6 ^ = 0 ,0 8 0
Ps = P ( 5 6 < T < 70) -d
= ( 1 —e -0 ,0 2 0 X 84^ - d -0,020 X 70^ =0,061
Pe = P ( 7 0 < T < 8 4 )
= P(84 < r < 98) = ( 1 —e - 0 , 0 2 0 X 9 8 ^ - d — g "0 ,0 2 0 X 84 ) = 0,046
Pi

Ps = P ( 9 8 < r < 112) = ( 1 —e -0 ,0 2 0 X 1 1 2 ' - d - e “ 0>020x98) = 0,035


-0 ,0 2 0 X 1 2 6 ' _ e-o,02o x ii 2 ) = 0,026
P 9 = P ( 1 1 2 < r < 126) = (1 —e - d
-0 ,0 2 0 X 140 ^ _ e -0 ,0 2 0 x 126 ) = 0 , 0 2 0
Pio = P ( 1 2 6 < r < 140) = (1 —e - d

Pi 1= P(140<r<154) = (l —e -0 ,0 2 0 X 154 ^
- d
— £ -0 .0 2 0 X 1 4 0 ) _ 0 , 0 1 5

-0 ,0 2 0 X 168 ^ _ e -0,02 0 X 1 5 4^ = 0 , 0 1 3
P 12 = P ( 1 5 4 < r < 168) = (1 —e - d

Elabora-se, a seguir, a Tab. 2.4.

Tabela 2 .4 F reqüência O bservada e Esperada

Freqüência Freqüência
Intervalo
Observada Esperada (°i - e /> 2
de Classe
°i ei

Ob 14 461 0,244 X 1 915 = 467 36


14 b 28 343 0,185 X 1 915 = 354 121
28 b 42 274 0,140 X 1 915 = 268 36
42 b 56 208 0,106 X 1 915 = 203 25
56 b 70 165 0,080 X 1 915 - 153 144
70 b 84 122 0,061 X 1 915 = 117 25
84 b 98 99 0,046 X 1 915 = 8*8 121
98 b 112 76 0,035 X 1 915 = 67 81
112 b 126 58 0,026 X 1 915 = 50 64
126 b 140 48 0,020 X 1 915 = 38 100
140 b 154 33 0 , 0 1 5 X1 9 1 5 = 29 16
154 b 168 28 0 , 0 1 3 X1 9 1 5 = 25 9
1 915
Teste do quiquadrado, (x2), da hipótese para verificar se os dados amostrais se ajus­
tam a uma distribuição exponencial:

2 k (Pi ~ ej)2
= X
■^calculado
z=i

- 36 121 36 25 144 25 121 81 64


calcu lado 4 6 7 3 5 4 268 203 153 117 88 67 50

100 16 9
+ ----- + — + —
38 29 25

C a lc u la d o = 0 ,0 7 7 1 + 0 ,3 4 1 8 + 0 ,1 3 4 3 + 0 ,1 2 3 + °> 9 4 1 2 + ° ’2 1 3 7 + 1’3 1 5 +

+ 1,2089 + 1,2800 + 2,6316 + 0 ,5 5 1 7 + 0 ,3 6 0 0

X ca lcu la d o = 9 ,2 3 8 3 ’

& C a lc u la d o < X ta b ela d o’ aCeÍta- Se a ^ p ó t e s e .

X calcu lado > t a b e l a d o ’ rej e íta - Se a ^ P Ó t e s e .

Da tabela do quiquadrado (Tab. 4 do Apêndice I) para um nível de significância


95% ou a = 5% e grau de liberdade v = k — 1 — m, onde k = 12 e m = 2 (2 parâmetros
X e a), portanto:

p = 1 2 — 1 — 2 = 9,
vem
2
X tabelado —

2 2
Portanto, como Xcalcuiado Xtabelado> aceita-se a hipótese H 0, de que a freqüên-
cia observada se ajusta a uma distribuição exponencial.
Uma vez provado que os dados observados seguem a distribuição exponencial de
tempo até falhas, isto é, as lâmpadas têm taxa de falha constante, serão utilizadas as
expressões dadas para as medidas de confiabilidade estimadas.
No caso de distribuição exponencial, isto é, taxa de falha constante, tem-se:

1
Te = mL = Tm F X'

Assim, a vida média e o tempo médio até falha estimada são numericamente iguais.
Os limites de confiança que fornecem os valores estimados serão determinados pela
distribuição do quiquadrado (x2)> com nível de significância (1 — a) = 95% ou a = 5%.

a) Taxa de falha estimada


Para um valor fixo de Ta (tempo acumulado) e um número de falhas, r, observadas
durante este período, tem-se:
Intervalo Bilateral — o valor-limite é usualmente o superior:

X2(2r + 2, ^ )
XM,,, a = ---------------------
rri
LJ a

a 0,05
------ = 0,025
2

r — 1 915 lâmpadas
Ta = 136 990 lâmpadas x dias
v = 2r + 2 = 2 x 1 915 + 2 = 3 832

_ X 2 (3 832, 0,025)

2 x 136 990

Como o grau de liberdade é grande, v = 3 832, o valor de quiquadrado não consta


da tabela, usando-se, portanto, a fórmula 1.3.2.1:

X2 = “ (Z + V 2 ? ^ l ) 2

Z = Z 0,025 = 1,96 (Tab. 1 do Apêndice I)

X2 = - (1,96 + y/2 x 3 832 — l ) 2 = 4 005

4 005
------------------= 0 ,0 1 4 6 .
2 x 136 990

Portanto, a taxa de falha estimada (limite superior) para nível de signiflcância 95% é:

falhas "1
/lâmpadas
V « = 0 >0146
- dia J
ou

í" falhas
XM ,a = ° ’0 1 4 6 x 3 6 5 = 5 >3 2 9 0
/lâmpadas
L ano

Numa rede com 10 000 lâmpadas, estima-se que haja em média num ano:
5,329 x 10 000 = 53 290 lâmpadas falhadas,

b) Confiabilidade estimada:

C ( í ) = e~xt =
onde:
t = tempo;
X = taxa de falha estimada;
Te — tempo médio até falha estimado.

Estimativa para t = 10 dias:

C ( t = 10 dias) = e - 0>0146xl° = 0,8642 ou 86,42%.

Portanto, a confiabilidade estimada das lâmpadas não terem falhas para um pe­
ríodo t = 10 dias é de 86,42% ou, num período de 10 dias, há uma possibilidade esti­
mada de 86,42% de haver lâmpadas sem falhas.

c) Tempo médio até falha estimado


O valor-limite é usualmente o inferior (intervalo bilateral):
1
Te m ,a
^M,a
1
Te m ,a 68,5
9
Tem
m,a
= 69
0,0146

lâmpadas
Te m .a = 69 dias
falhas ]
ou

lâmpadas
Te m,oí = 0 ,1
’ 8 9 0 ano falha

isto é, estima-se que, em cada 0,1890 x 12 = 2,268 meses, haja uma lâmpada com falha,

d) Vida média estimada


Para este caso (distribuição exponencial), o valor de vida média estimada é o mesmo
do tempo médio até falha estimada.

2.4.3.2 Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens reparáveis

Exemplo 2.4.7 Deseja-se determinar o desempenho dos transformadores insta­


lados numa rede de distribuição de uma certa região que possui um universo de N =
= 10 000 transformadores, durante um período de 120 meses ou 10 anos.
Observou-se uma amostra aleatória de 100 transformadores durante este período
e considerou-se o seguinte:
— tempo de funcionamento: 24 horas por dia;
— critério da falha: queima por descarga atmosférica, sobrecarga, curto no ramal de ser­
viço, baixa isolação e outras causas;
— a amostra envolve transformadores novos, mesma potência, instalados na região de mes­
ma zona climática, mesmo fabricante, mesma tensão, tomando assim a amostra o mais
homogênea possível.

Dados obtidos:

— quantidade de transformadores com falha = 26;


— quantidade de transformadores adicionados ou retirados sem falhas durante o período
(número de transformadores retirados devido a remanejamento) = 8;
— quantidade de transformadores que não falharam (sobreviveram) durante o período =
= 66 ;
— período de observação = 1 2 0 meses ou 10 anos;
— as Tabs. 2.5 e 2.6 apresentam o número de meses de operação dos transformadores que
individualmente falharam e os que foram remanejados sem falha.
O tamanho da amostra observada deve representar o universo com um nível de con­
fiança de 95% o u a = 5%.

a) Dados obtidos da amostra observada

Tabela 2.5 T ran sform adores q u e falharam

Quantidade M eses Quantidade M eses Quantidade M eses

i i i 27 i 55
i 3 i 31 i 58
i 7 i 33 i 63
i 10 i 36 i 74
i 13 i 37 i 81
i 15 i 39 i 89
i 17 i 45 i 94
i 18 i 50 i 113
i 25 i 53

9 109 9 351 8 627

2 transform adores c o m falha = 26

2 transform adores X meses = 1 087


Quantidade Meses Quantidade M eses

i 8 i 71

i 33 i 89

i 47 i 91

i 53 i 99

4 141 4 350

L transform adores rem anejados = 8

£ transform adores X meses = 4 91

a.l) Tabela de freqüência:

Intervalo
/. •P .
de P mi h fa 4 » Ji mi W n i ~
Classe

0 1— 19 9,5 8 8 30,8 7 6 ,0 7 5 3 9 ,9

19 1------ 38 28,5 6 14 5 3 ,8 1 71 ,0 9 2 1 ,3

38 1------ 57 4 7,5 5 19 73,1 2 37 ,5 2 6 6 ,4

57 1------ 76 66,5 3 22 84,6 199,5 2 0 7 5 ,1

76 1------ 95 85,5 3 25 96,1 2 5 6 ,5 6 156,3

95 1------ 114 104,5 1 26 1 0 0 ,0 104,5 4 134,5

2 26 1 0 4 5 ,0 20 9 9 3 ,5

a.2) Média:

k
2 fJ.i * P na■
z=i 1 045,0
X = ---------- = 4 0 , 1 9
26

X = 40,20 meses.

a.3) Variância:
20993>5
o2 = = 807,44
ifc 26
/?=.1 fi

a2 = 807,44.

a.4) Desvio-padrão:

o = V õ 2 = V 8 0 7 ,4 4 = 2 8 , 4 1

a = 28,41 meses.

b) Para fazer a estimativa da média do universo com üm intervalo de confiança de 95%,


serão admitidos os valores obtidos da amostra, por não se conhecer a do universo.
Média da amostra ( X ) = 40,20 meses.
Desvio-padrão da amostra (a ) = 28,41 meses.

X ± 1,96 — ond e n = 2 f i
y/n
28,41
40,20 ± 1,96 ^ = 40,20 ± 1,96 x 5,57 =
V 26

= 40,20 ± 10,92.

c) Há 95% de certeza de que a média do universo estará entre 29,27 e 51,72 meses, isto
é, se fosse escolhido ao acaso, nesse universo de10 000 transformadores, umgrande
número de amostras de 100transformadores cada uma e, se paracada amostra fosse
_ a
computado o intervalo de confiança X ± 1,96 -----, cerca de 95% dos intervalos assim
\fn
calculados incluiríam a média do universo.

1. Cálculo das medidas de confiabilidade observadas


a) Cálculo do tempo acumulado:
r k
Ta = 2 ui + 2 Vj + hw.
/=í i-i 1
Dados de observação:
r — 26 transformadores
k = 8 transformadores
h = 66 transformadores
w = 120 meses ou 10 anos
2 Ui = 491 transformadores x meses (da Tab. 2.6)
Ta = 491 + 1 0 8 7 + 6 6 x 120 = 9 498

Ta = 9 498 transformadores x meses

ou

9 498
T
1a = = 791
T 2"

Ta — 19\ transformadores x ano.

b) Confiabilidade observada:
Q -r
C{t")
q
onde:
q = número total de ocasiões nas quais o desempenho dos itens foi observado;
r — número total de ocasiões nas quais os itens falharam, durante o intervalo t"\
t ” — intervalo durante o qual a confiabilidade dos itens foi observada.

Observação. A confiabilidade observada é calculada para cada item. Suponha, neste ca­
so, que o desempenho de um transformador apresentou:
q — 15 ocasiões observadas;
r = 4 ocasiões que falharam;
t " = 6 meses.

Portanto:
1 5 -4
C ( t " = 6 meses) = --------- = 0,73 ou 73%.

, tM , t'l t" f ( t" mr X' ar X X‘ m


rm
1 1 2 3 *4 * 5
,r
^ 6 ^ ", 7 >"
. t ’.‘
*8* ms'mT
o r 13 I 4" T5"

Ocasião que o item não falhou

~ - Ocasião que 0 item falhou

Fig. 21

c) Taxa de falha observada:

T
1a
onde:
r — número de falhas observadas por período;
Ta = tempo acumulado;
r = 2 6 transformadores falhados;
Ta = 9 498 transformadores x meses de operação.

26 falhas"!
X= 0,002737
9 498 |_ mês J /transformador
palhas"!
X = 0,002737
|_mês J /transformador
ou

26 j falhas
= 0,0329 /transformador.
791 [!
| ano

Numa rede com 10 000 transformadores, há em um ano:

0,0329 x 10 000 = 329 transformadores com falha,

d) Tempo médio entre falhas observadas:

Tm X r

1
T = -------------- = 365
m 0,002737

transformador
Tm = 365 meses
falha

ou

transformador
Tm = 30,44 ano
falha

Significa que, em cada 30,44 anos, há uma falha no transformador ou, no caso de uma re-
30,44
de com 10 000 transformadores, há uma falha em cada ---------- x l 2 x 3 0 = l , 1 0 dia.
10 000
Para essa situação hipotética, uma decisão que pode ser tomada é ter por ano disponível
para atender a substituição uma reserva de 329 transformadores ou uma previsão de tur­
mas de manutenção que venha a atender a demanda prevista de substituição. Caso esses
dados sejam onerosos para a Empresa, deve-se pesquisar com base nos históricos de ocor­
rências e minimizar a taxa de falha X.
2. Cálculo das medidas de confiabilidade estimadas
a) Teste de ajuste para uma distribuição exponencial

\H q = ajusta-se a uma distribuição exponencial


Hipóteses <
( H x = não se ajusta a uma distribuição exponencial

Nível de significância de 95% ou a = 5%.


— Cálculo das probabilidades
Expressão para o cálculo das probabilidades do transformador falhar num intervalo, des­
crito pela distribuição exponencial:
P = P ( T < t ) = - e ~ Kt.
A taxa de falha para cálculo das probabilidades (taxa de falha dos 26 transformadores que
falharam) é:

26 falhas
X = -------- = 0 ,02391 /transformador
1 087 mes

Pt = P ( T < 19) = (1 - e -0’023915"19) = 0,365

p 2 = P (1 9 < T < 38) = (1 - e -°>02391x38) - ( l - e - 0’02391xl9) = 0,232

P3 = P ( 38 < T < 57) = (1- g - 0»0239^ 57) - (1 - £-<>,02391x38) = 0,147


p 4 = i >(57 < T < 76) = (1- e -o>o2391x76) - (1- £-0,02391X5?) = 0 093
P 5 = P (1 6 < T < 95) = (1- £-0>02391x9S) - (1- £-0,02391X76) _ 0 060

P6 — P ( 95 < T < 114) = (1 ■ £ — 0,02391 x 114) _ _ e -0,02391 X 95) _ Q,037

Intervalo F reqüência Freqüência


de Observada Esperada (Oi - e f
Classe ei
°i

0 1 ------ 19 8 0 ,3 6 5 X 26 = 9 ,49 2 ,2 2 0 1

19 1------ 38 6 0 ,2 3 2 X 26 = 6,03 0 ,0 0 0 9

38 1------ 57 5 0 ,1 4 7 X 26 = 3,82 1 ,3 9 2 4

5 7 1------ 76 3 0 ,0 9 3 X 26 = 2,42 0 ,3 3 6 4

76 1------ 95 3 0 ,0 6 0 X 26 = 1,56 2 ,0 7 3 6

95 1------ 114 1 0 ,0 3 7 X 26 = 0,96 0 ,0 0 1 6

26
Teste do quiquadrado (x2) da hipótese para verificar se os dados se ajustam a uma
distribuição exponencial:

k (.°i ~ ei)2
Y2 = 2
''•calculado
/= i
ei

0,0009 1,3924 0,3364


---------- + + ---------- +
'■calculado 6,03 3,82 2,42 1,56 0,96

Xcaiculado= ° ’2 3 4 0 +° ’0001 +° ’3 6 45 + ° ’ 1 3 9 0 + !>3 2 9 2 + ° ’0 0 1 6


Calculado = 2 ’0 6 8 4
^2ca.lcula
se x idj < x , u i j — aceita-se a hipótese
o ^tabelado r
C a lc u la d o > xLbelado _ rejeita-se a hipótese.

Da tabela do quiquadrado, Tab. 4 do Apêndice I, para um nível de significância de


95% ou a = 5% e grau de liberdade v = k — 1 — m, onde k = 6 e m = 2, portanto:

*>= 6 - 1 - 2 = 3,

vem:

"^tabelado—2 ,8 ^*
2 2
Portanto, com o Xcalculado < Xtabelado> aceita-se a hipótese H 0, de que a freqüência ob­
servada se ajusta a uma distribuição exponencial. Comprovado que se adere a uma distri­
buição exponencial (taxa de falha constante), podem-se utilizar as expressões apresentadas
nos itens anteriores. Os limites de confiança que fornecem os valores estimados serão de­
terminados pela distribuição do quiquadrado, com nível de significância (1 — a) = 95%
ou a = 5%.

b) Para um valor fixo de Ta e um númefO de falhas r observado durante este período:


Intervalo Bilateral — o valor-limite é usualmente superior:

X2(2r + 2, a/2)
2T

a
- = 0,025
2

r = 26 :. 2 x 26 + 2 = 54

Ta — 9 498 transformadores x meses


X2(54, 0,025)
2 x 9 498

Da tabela do quiquadrado:

X2 (54,0,025) = 75,67

75,67
0,00398.
2 x 9 498

Portanto, a taxa de falha estimada (limite superior), para nível de signiflcância de 95%, é

[falhas!
XM = 0,00398 -------- /transformador
11 l m®sJ
ou

[falhas!
\M = 0,00398 x 12 = 0,0478 -------- /transformador.
,a L 3110J
Numa rede com 10 000 transformadores, estima-se que, em média, num ano, haja:

0,0478 x 10 000 = 478 transformadores com falha

c) Confiabilidade estimada:

C ( t ) = e~x t .

Estimativa para t — 1 ano ou 12 meses:

C{t = 12 meses) = g - 0-00398* 12 = 0,9533 ou 95,33%.

Portanto, a confiabilidade estimada de os transformadores não terem falhas durante um


período t = 1 ano ou 12 meses é de 95,33%.

d) Tempo médio entre falhas estimadas:


Intervalo Bilateral — o valor-limite é usualmente o inferior:

1
Te m , a
M ,a

transformador
Tem a 251 meses
falha
transformador
m = 20,91 ano , isto é,
falha

estima-se que, em cada 20,91 anos, haja uma falha no transformador ou, no caso de uma rede
20,91
com 10000 transformadores, estima-se que haja uma falha em cada ---------- x 12 x 30 =
= 0,75 dia. 10 000
Capítulo 3

CONFIABILIDADE APLICADA A
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
3.1 IN TRODUÇÃO

Um sistema de distribuição, com o mostrado de maneira esquemática na Fig. 3.1, é o


último elo no complexo dos Sistemas de Potência, que, finalmente, entregam a energia elé­
trica, produzida nas centrais, aos consumidores, ou seja, é a parte dos sistemas que está di­
retamente em contato com o usuário. O seu desempenho está intimamente relacionado à
concepção, à construção, à qualidade dos materiais e equipamentos empregados, às con­
dições ambientais, aos danos causados por terceiros e aos trabalhos de manutenção.
Esta diversidade de fatores, aliada ao fato de que o sistema de distribuição depende
da manipulação de uma quantidade imensa de itens, provoca grande número de interrup­
ções de fornecimento, que nem sempre são de controle das concessionárias.
Por outro lado, os consumidores tomam-se cada vez mais exigentes quanto ao for­
necimento de energia elétrica devido à utilização de equipamentos vulneráveis às interrup­
ções e às suas necessidades de conforto. Isto leva as concessionárias a se preocupar com
a prestação de um serviço de boa qualidade, procurando sempre dar continuidade ao
fornecimento. Para cumprir este objetivo, é conveniente que não só passem a avaliar o de­
sempenho do sistema, com o também a atuar no sentido de aprimorar os critérios de pla­
nejamento, projeto, construção e manutenção das redes de distribuição, como também se
preocupem com a melhoria da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados.
No Brasil, existe uma preocupação bastante grande, inclusive dos órgãos oficiais, no
sentido de padronizar o controle de qualidade dos serviços de energia elétrica. Para tanto,
existem portarias governamentais (por exemplo a de N? 046, de 17 de abril de 1978, do
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica; ver Apêndice II) que estabelecem as
obrigações das concessionárias de energia elétrica com relação à avaliação do desempenho
de seus sistemas, através de medidas de confiabilidade e, inclusive, estabelecendo valores-
limite a serem observados e periodicidade das avaliações.
Observe-se que, em termos de medidas de confiabilidade, pode-se falar que um de­
terminado alimentador de um sistema de distribuição falhe três vezes por ano e que este
número é um dado importante. No entanto, quando se deseja avaliar o desempenho do
sistema com relação aos seus usuários ou às potências instaladas, podem-se fazer perguntas
tais com o: qual o tempo que, em média, cada consumidor do sistema ficou desenergiza-
do? E as potências ligadas? Qual o número médio de interrupções por consumidor? Etc.
Evidentemente que as respostas a essas questões falam bem mais de perto dos siste­
mas, sendo mais representativas para “ medir” e diagnosticar o desempenho dos mesmos,
para acompanhar as suas evoluções com o tempo, para fornecer dados que permitam a de­
finição de metas a serem alcançadas, pois falam especificamente do objetivo final, que são
os consumidores ou as potências instaladas.

LST - LINHA DE SUBTRANSMISSÃO


SD - SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
A L- ALIMENTADOR DE DISTRIBUIÇÃO
LD - LINHA DE DISTRIBUIÇÃO
RP- RAMAL PRIMÁRIO
RS - REDE SECUNDÁRIA
As medidas de confiabilidade, dirigidas especificamente aos sistemas de distribuição,
são as mesmas já vistas no capítulo anterior, ponderadas, porém, em relação aos consumi­
dores ou às potências instaladas. Neste caso, são chamadas de índices operativos dos siste­
mas de distribuição e serão apresentadas no desenvolvimento deste capítulo.

3.2 C LA S SIFIC A Ç Ã O DOS COM PONENTES DOS SISTEM AS DE D IST R IB U IÇ Ã O

Conforme mostra a Fig. 3.1, são os seguintes os componentes básicos dos sistemas
de distribuição:
— Linha de Sub transmissão;
— Subestação de Distribuição;
— Alimentador de Distribuição;
— Linha de Distribuição;
— Ramal Primário;
— Rede Secundária.
Para atingir seus objetivos, já discutidos no Item 3.1, as concessionárias devem ana­
lisar seus sistemas com o um todo ou em partes, sob o ponto de vista do desempenho, ou
seja, devem fazer a quantificação da qualidade dos serviços prestados, com o um meio de
conhecer a eficácia, objetivando a detecção dos diferentes fatores que nela incidem.
Sob este ponto de vista, toma-se evidente a necessidade de classificar os componen­
tes dos sistemas de distribuição de acordo com o detalhamento adequado a caracterizar
onde e o que está com alta proporção de falhas nos sistemas.
A título de exemplo, é sugerida a seguinte classificação a três graus de detalhamen­
to, que permite uma análise bastante acurada do que acontece em um sistema da distri­
buição.

3.2.1 Componentes Grau 1

Os componentes Grau 1 de um Sistema de Distribuição são:


— linha de Sub transmissão;
— Subestação de Distribuição;
—Alimentador de Distribuição;
— Linha de Distribuição;
— Ramal Primário;
— Rede Secundária.

3.2.2 Componentes Grau 2

3.2.2.1 Linha de subtransmissão

Os Componentes Grau 2 da Linha de Subtransmissão são:


Linha Aérea. Compreende os equipamentos entre os suportes terminais de uma seção de
linha aérea, com os isoladores, estruturas, condutores, pára-raios, aterramento e elementos
anexos.
Excluem-se deste item os equipamentos pertencentes à Subestação de Distribuição,
incluindo, pòrém, os seus jumpers de conexão à Linha de Subtransmissão.

Linha Subterrânea. Estão compreendidos neste item os equipamentos entre, é inclusive,


os terminais de todo tipo de cabo de força, incluindo uniões, caixas terminais, equipamen­
tos auxiliares ou anexos de gás ou óleo, associados com os cabos de força e tòdas as estru-
turas-suporte associadas a estes equipamentos.

3.2.2.2 Subestação de distribuição

Qs Componentes Grau 2 da Subestação de Distribuição são:


Cabo de Força. Estão compreendidos neste item os equipamentos entre, e inclusive, os
terminais de todo tipo de cabo de força, incluindo uniões, caixas terminais, equipamen­
tos auxiliares ou anexos de gás ou óleo, associados aos cabos de força e todas as estrutu-
ras-suporte associadas a estes equipamentos.
Componentes de Manobra. Compreende este item os disjuntores, os religadores, as chaves
seccionadoras com ou sem lâminas de aterramento, as chaves-fusíveis, chaves-faca, caixas
de união ou seccionamento etc., ao tempo ou abrigadas, aéreas ou subterrâneas, e todos
os elementos componentes destes equipamentos até seus conectores terminais, inclusive
sistemas de barra.
Isoladores e dispositivos descarregadores de sobretensão associados aos equipamen­
tos acima, juntamente com os mecanismos e bobinas de abertura e fechamento, seus con­
tatos auxiliares, sistemas de ar, suportes e estruturas.
Estão incluídos neste item os enrolamentos secundários dos transformadores de cor­
rente incorporados aos equipamentos pertencentes a este grupo (transformadores de cor­
rente tipo bucha).

Componentes de Transformação. Estão compreendidos neste item os transformadores


de força, de potencial, reatores, reguladores de tensão, transformadores de aterramento
e elementos auxiliares, condensadores síncronos, capacitores de potência, divisores ca-
pacitivos de potencial, até seus terminais inclusive, ao tempo ou abrigados, montados na
superfície, subterrâneos ou aéreos.
Também devem incluir-se os isoladores de dispositivos descarregadores de sobreten-
sões associados aos equipamentos acima, comutadores de derivação, equipamentos de res­
friamento, equipamentos de óleo, tanques, conservadores, radiadores e resfriadores.
Observe-se que os dispositivos de proteção e alarme associados aos equipamentos
mencionados acima, tais com o o relê Bucholz, os dispositivos de alarme e desligamentos
por sobretemperatura, devem ser incluídos neste item, bem com o os enrolamentos se­
cundários dos transformadores de corrente associados (transformadores de corrente, tipo
bucha).

Proteção. Estão compreendidos neste item os equipamentos que iniciam automaticamen­


te a ação para isolar as falhas, tais com o os relês de proteção e fiação associada, bem como
os transformadores de corrente com enrolamento primário (proteção), os pára-raios etc.
Excluem-se deste item os dispositivos de desligamento associados aos componentes de
transformação e manobra.

Outros. Compreendendo os transformadores de corrente com enrolamento primário usa­


dos para medição e proteção ou só medição, os dispositivos de alarme, instrumentos e
equipamentos para controle local e remoto, para medição e controle estatístico, painéis,
chave de comando e controle e fiação associados até os bornes terminais próprios dos
componentes de manobra, transformação, proteção etc.
Estão também incluídos neste item as baterias, os carregadores de batería, retifíca-
dores, Grupo Motor-Gerador, as conexões a terra, malha de terra e todos os demais equi­
pamentos não relacionados ou não determinados em nenhum dos grupos anteriores.

3.2.2.3 Alimentador de distribuição

Os Componentes Grau 2 do Alimentador de Distribuição são:

Aéreo. Compreende os materiais e equipamentos entre os suportes terminais de uma


subestação distribuidora, incluindo componentes estruturais, de manobra, proteção e cor­
retivos, até uma derivação protegida ou uma chave de manobra, que possibilita recursos
de transferência de carga.
Excluem-se deste item todos os Ramais Primários protegidos e os equipamentos
pertencentes à Subestação, incluindo, porém, os seus jumpers de conexão ao Alimentador.

Subterrâneo. Estão compreendidos neste grupo os componentes de condutor, estrutural,


manobra, proteção e transformação a partir dos terminais do item Subestação, até uma de­
rivação protegida ou uma chave de manobra que possibilita recursos de transferência de
carga.

3.2.2.4 Linha de distribuição

Os Componentes Grau 2 da Linha de Distribuição referem-se apenas à AÉREA, que


inclui os equipamentos entre os suportes terminais de uma Subestação, Alimentador ou Ra­
mal Primário, incluindo os componentes estruturais, de manobra, proteção e corretivos
até o ponto terminal.
Excluem-se deste item os equipamentos pertencentes à Subestação, Alimentadores
e Ramal Primário, porém incluem-se seus jumpers de conexão.

3.2.2.5 Ramal primário

Os Componentes Grau 2 do Ramal Primário são:

Aéreo. Compreende os componentes estruturais, de manobra, proteção e corretivos, a


partir de uma chave de manobra ou proteção do item Alimentador ou Linha de Distribui­
ção até o ponto terminal.
Subterrâneo. Estão compreendidos neste grupo os componentes de condutor, estruturais,
de manobra, proteção e transformação, a partir do Alimentador até seu ponto terminal.

3.2.2.6 Rede secundária

Os Componentes Grau 2 da Rede Secundária são:

A éreo. Compreende todos os materiais e equipamentos, a partir do Alimentador de Distri­


buição ou Ramal Primário, incluindo os componentes estruturais e de transformação.
Excluem-se deste item os equipamentos pertencentes aos itens Alimentador de Dis­
tribuição, Linha de Distribuição e Ramal Primário, porém incluem-se seus jumpers de
conexão.

Subterrâneo. Estão compreendidos neste grupo os componentes de condutor e mano­


bra a partir do Alimentador ou Ramal Primário.

3.2.3 Componentes Grau 3

3.2.3.1 Linha de subtransmissao

Os Componentes Grau 3 da Unha de Subtransmissão são:

Linha Aérea:
Fundação;
Faixa de Servidão;
Estrutura;
Condutor (compreendendo cabo, luva de emenda, luva de reparo, jumpers, armadura,
virola, conector);
Acessórios da linha (compreendendo amortecedor, espaçador, grampo terminal, grampo
de suspensão, estai etc.);
Isolamento (compreendendo cadeia de isolador e acessórios, tais com o: chifre, anel de
guarda, isolador etc.);
Aterramento (compreendendo cabo pára-raios, condutor de aterramento, conector de ater-
ramento, isolador do cabo pára-raio, fio contrapeso etc.);
Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, pertencen­
te ao item Linha Aérea, porém não relacionado);
Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Linha Aérea, porém de natureza desconhecida do informante).

Linha Subterrânea:
Cabo (diretamente no solo, em dueto, em galeria, em canaleta; seco e isolado; alumínio e
cobre);
Mufla (de emenda, terminal);
Câmara;
Galeria;
Duetos;
Canaletas;
Caixa de inspeção;
Estrutura;
Equipamento auxiliar de óleo;
Equipamento auxiliar de gás;
Bomba de recalque;
Ventilação (ventiladores);
Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, pertencen­
te ao item Linha Subterrânea, porém não relacionado);
Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Linha Subterrânea, porém de natureza desconhecida do informante).

3.2.3.2 Subestação de distribuição

Os Componentes Grau 3 da Subestação de Distribuição são:

Cabo de Força:
Mufla (de emenda e terminal);
Cabo;
Estrutura;
Equipamento auxiliar de óleo;
Equipamento auxiliar de gás;
Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, pertencen­
te ao item Cabo de Força, porém não relacionado);
Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer a este
item Cabo de Força, porém de natureza desconhecida do informante).
Componentes de Transformação:
Transformador de força;
Transformador de aterramento;
Transformador de serviço auxiliar;
Reator;
Regulador de tensão;
Transformador de potencial;
Divisor capacitor de potencial;
Condensador síncrono;
Capacitor de potência;
Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao Componentes de Transformação, porém não relacionado);
Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Componentes de Transformação, porém de natureza desconhecida do informante).
Componentes de Manobra:
Disjuntor;
Religador;
Chave seccionadora (com ou sem lâmina de aterramento);
Chave de aterramento automático;
Chave-fusível;
Chave-faca;
Sistema de barra;
Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao item Componentes de Manobra, porém não relacionado);
Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Componentes de Manobra, porém de natureza desconhecida do informante).
Proteção:
Transformador de corrente (só para proteção) com enrolamento primário;
Pára-raio;
Dispositivo de proteção (compreendendo os relês de proteção, os transformadores auxilia­
res de corrente, os relês de religamento, relês de transferência automática, fio-piloto e fia­
ção associada aos equipamentos acima);
Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao item Proteção, porém não relacionado);
Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Proteção, porém de natureza desconhecida do informante).

Outros:
Dispositivos de comando e controle (compreendendo instrumentos e equipamentos para
controle local e remoto, os painéis e fiação associada até os bornes terminais próprios dos
componentes de manobra, transformação e proteção);
Dispositivo de alarme (excluindo-se aqueles associados diretamente aos equipamentos de
manobra e transformação);
Serviço auxiliar (compreendendo as baterias, os retificadores, grupos geradores etc.);
Aterramento (compreendendo as conexões à terra etc.);
Dispositivo de medição (compreendendo os medidores, fiação associada etc.);
Transformador de corrente com enrolamento primário (medição ou medição e proteção);
Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, pertencen­
do ao item Outros, porém não relacionado);
Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Outros, porém de natureza desconhecida do informante).

3.2.3.3 Alimentador de distribuição

Os Componentes Grau 3 do Alimentador de Distribuição são:


Aéreo
• Componentes Estruturais:
Poste (madeira, concreto tubular, concreto duplo T, ferro etc.);
Acessório (mão francesa, cruzeta, estais, pino de isolador, grampo tensor etc.);
Condutor (cabo, luvas de emenda, luva de reparo, jumper, conectores, alça pré-formada,
amarração, nu, isolado, cobre, alumínio etc.);
Isolador (pino, disco, chifre etc.);
Aterramento (condutor, conector, haste de aterramento).
• Componentes de Manobra:
Chave seccionadora (faca monopolar ou tripolar);
Chave a óleo (monopolar ou tripolar).
• Componentes de Proteção:
Religador (monopolar ou tripolar, mecânico, eletrônico etc.);
Seccionalizador (monopolar ou tripolar, mecânico, eletrônico etc.);
Chave-fusível (não inclui o elemento fusível);
Pára-raio (inclui o aterramento).
Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.

• Componentes Corretivos:
Capacitor (inclui as chaves de proteção, manobras, aterramento, controles);
Regulador de tensão (auto-booster, regulador, chaves de proteção, manobra, aterramen­
to).

Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.

• Não relacionados (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­


cente ao item Alimentador de Distribuição, porém de natureza desconhecida do infor­
mante).
Subterrâneo
• Componentes Condutores:
Cabo (diretamente no solo, em dueto, em galeria, em canaleta, seco, isoladores, alumí­
nio, cobre);
Mufla (de emenda, terminal).
• Componentes Estruturais:
Câmara;
Galeria;
Dueto;
Canaleta;
Caixa de inspeção;
Ventilação (ventilador);
Bomba de recalque;
Outros.
• Componentes de Proteção:
Chave-fusível;
Pára-raio;
Chave automática (disjuntor).
• Componentes de Manobra:
Chave manual (monopolar ou tripolar);
Indicador de falha;
Conetor tipo plug-in.
• Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao item Alimentador de Distribuição, porém não relacionado).
• Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Alimentador de Distribuição, de natureza desconhecida do informante).

3.2.3A Linha de distribuição


Os Componentes Grau 3 da Linha de Distribuição são:

A éreo
• Componentes Estruturais:
Poste (madeira, concreto tubular, concreto duplo T, ferro etc.);
Acessório (mão-francesa, cruzeta, estais, pino de isolador, grampo tensor etc.);
Condutor (cabo, luvas de emenda, luva de reparo, jumper, conectores, alça pré-formada,
amarração, nu, isolado, cobre, alumínio etc.);
Isolador (pino, disco, chifre etc.);
Aterramento (condutor, conector, haste de aterramento);
Fundação;
Faixa de servidão.
• Componentes de Manobra:
Chaves seccionadoras (faca monopolar ou tripolar);
Chave a óleo (monopolar ou tripolar).
Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.
• Componentes de Proteção:
Religador (monopolar ou tripolar, mecânico, eletrônico etc.);
Seccionalizador (monopolar, tripolar, mecânico, eletrônico etc.);
Chave-fusível (não inclui o elemento fusível);
Pára-raio (inclui o aterramento).
Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.
• Componentes Corretivos:
Capacitor (inclui as chaves de proteção, manobras, aterramento, controles);
Regulador de tensão (auto-booster, regulador, chaves de proteção, manobra, aterra­
mento).
Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.
• Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, per­
tencente ao item Linha de Distribuição, porém não relacionado).

• Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item


Linha de Distribuição, porém de natureza desconhecida do informante).

3.2.3.5 Ramal primário

Os Componentes Grau 3 de Ramal Primário são:


Aéreo
• Componentes estruturais:
Poste (madeira, concreto tubular, concreto duplo T, ferro etc.);
Acessório (mão-francesa, cruzeta, estais, pino de isolador, grampo tensor etc.);
Condutor (cabo, luvas de emenda, luva de reparo,jumper, conectores, alça pré-formada,
amarração, nu, isolado, cobre, alumínio etc.);
Isolador (pino, disco, chifre etc.);
Aterramento (condutor, conector, haste de aterramento).
• Componentes de Manobra:
Chave seccionadora (faca monopolar ou tripolar);
Chave a óleo (monopolar ou tripolar).
Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.
• Componentes de Proteção:
Religador (monopolar ou tripolar, mecânico, eletrônico etc.);
Seccionalizador (monopolar ou tripolar, mecânico, eletrônico etc.);
Chave-fusível (nao inclui o elemento fusível);
Pára-raio (inclui o aterramento).
Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.
• Componentes Corretivos:
Capacitor (inclui as chaves de proteção, manobras, aterramento, controles);
Regulador de tensão (auto-booster, regulador, chaves de proteção, manobra, aterramen­
to).
Nota. Inclui todos os acessórios de fixação ou suportes.
• Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao item Ramal Primário Aéreo, porém não relacionado).
• Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Ramal Primário Aéreo, porém de natureza desconhecida do informante).

Subterrâneo
• Componentes Condutores:
Cabos (diretamente no solo, em galeria, em dueto, em caneleta, seco e isolado, cobre,
alumínio);
Mufla (de emenda, terminal).
• Componentes Estruturais:
Câmara;
Galeria;
Dueto;
Canaleta;
Caixa de inspeção;
Poço de inspeção;
Ventilação;
Bomba de recalque;
Outros.

• Componentes de Proteção:
Chave-fusível;
Pára-raio;
Chave automática (disjuntor).
• Componentes de Manobra:
Chave manual (monopolar ou tripolar);
Indicador de falha;
Conector tipo plug-in.
• Componentes de Transformação:
Transformador;
Pára-raio;
Chave-fusível;
Disjuntor secundário.
• Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao item Ramal Primário Subterrâneo, porém não relacionado).
• Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Ramal Subterrâneo, porém de natureza desconhecida do informante).

3.2.3.6 Rede secundária

Os Componentes Grau 3 da Rede Secundária são:


Aéreo
• Componentes Estruturais:
Postes (madeira, concreto tubular, concreto duplo T, ferro etc.);
Acessórios (cintas, armação secundária, cruzeta, mão-francesa etc.);
Condutor (isolador, nu, alumínio, cobre, amarração, luvas de reparo, luvas de emenda,
conectores, fly-tap, alça pré-formada, jumper etc.);
Isolador (roldana, pino etc.);
Aterramento (condutor, conector, haste de aterramento);
Iluminação pública (braço, relês fotelétrico, reator, fiação).
• Componentes de Transformação:
Transformador (inclui cintas, suportes etc.);
Pára-raio (condutor de aterramento, suportes, haste de aterramento);
Chave-fusível (não inclui o elemento fusível, porém inclui os suportes, cintas etc.);
Aterramento (inclui somente o aterramento da carcaça do transformador e do centro
estrela).
• Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao item Rede Secundária Aérea, porém nãó relacionado).
• Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Rede Secundária Aérea, porém de natureza desconhecida do informante).

Subterrâneo
• Componentes Condutores:
Cabo (diretamente no solo, em galeria, em canaleta, seco, isolado, alumínio, cobre);
Mufla (emenda e terminal).
• Componentes Estruturais:
Câmara;
Galeria;
Dueto;
Canaleta;
Caixa de inspeção;
Poço de inspeção;
Ventilação (ventilador);
Bomba de recalque;
Outros.
• Componentes de Manobra:
Chave manual (monopolar ou tripolar);
Indicador de falha;
Conector tipo plug-in.
• Não relacionado (compreendendo todo componente conhecido do informante, perten­
cente ao item Rede Secundária Subterrânea, porém não relacionado).
• Desconhecido (compreendendo todo componente que se sabe apenas pertencer ao item
Rede Secundária Subterrânea, porém de natureza desconhecida do informante).

3.2.4 Quadro-Resumo de Classificação dos Componentes

COMPONENTES COMPONENTES
SISTEMA COMPONENTES GRA U 3
GRAU 1 GRAU 2

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ESTRUTURA
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3.3 C LA S SIFIC A Ç Ã O DAS IN T E R R U P Ç Õ E S

As interrupções, perdas de serviço para um ou mais consumidores e que são o resul­


tado de uma ou mais saídas de componentes, dependendo da configuração do sistema,
devem ser classificadas de acordo com certos critérios, de maneira a bem caracterizar o ti­
po de análise que se deseja fazer.
Por outro lado, a cada ocorrência no sistema de distribuição, deve-se procurar iden­
tificar a circunstância ou o mecanismo que provocou o mau funcionamento do componen­
te, para definir os procedimentos que venham a minimizar sua reincidência. Da análise
dessas ocorrências, as Empresas podem identificar o órgão de sua estrutura que será acio­
nado ou quais as atividades a serem desenvolvidas para que o desempenho do sistema
atinja um nível preestabelecido.
Observe-se, também, que é muito importante o relacionamento das interrupções
com a duração das mesmas, com o nível de tensão do componente que falhou ou foi de-
liberadamente colocado fora de serviço e com as condições climáticas no momento da in­
terrupção. Isto facilitará a análise da situação do desempenho quanto à responsabilidade
do componente no sistema e indicará as épocas do ano nas quais o clima contribui de for­
ma acentuada na continuidade do serviço.
Tendo em vista as observações acima, é bastante comum a seguinte classificação das
interrupções.

3.3.1 Interrupções Consideradas

As interrupções que devem ser incluídas nos cálculos dos índices são todas aquelas
resultantes de saídas de um ou mais componentes que afetam os consumidores alimenta­
dos pelo sistema que se analisa, qualquer que seja a origem delas (inclusive as produzidas
por distúrbios no sistema de transmissão ou interligado). Excetuam-se os casos indica­
dos, nos pontos seguintes:
a) os desligamentos dos consumidores, provocados por seus próprios dispositivos, mesmo
que sejam devido às condições transitórias do sistema;
b ) os desligamentos dos consumidores, por falhas em sua própria rede, exceto as que pro­
vocarem interrupções em parte do sistema da Empresa e, por conseguinte, em outros
consumidores.

3.3.2 Classificação Segundo a Duração

As durações consideradas para o cálculo dos índices devem ser as efetivamente


ocorridas, computando-se, separadamente, os tempos das etapas distintas de reparo
(preparação, localização e correção). Devido à necessidade de se uniformizar o critério de
classificação, recomenda-se adotar um tempo máximo de 3 minutos para as interrupções
MOMENTÂNEAS. Valores superiores serão classificados com o SUSTENTADAS.

3.3.3 Classificação Segundo a Origem

Esta classificação refere-se ao sistema a que pertence o componente que sofreu a


saída, originando a interrupção. Classifica-se em:
Externa ao Sistema. Aquela que resulta de uma saída de componente não pertencente ao
sistema considerado;
Interna ao Sistema. Aquela que resulta de uma saída de componente pertencente ao siste­
ma considerado.

3.3.4 Classificação Segundo a Causa

Esta classificação refere-se à causa da saída que provoca a interrupção. Classifica-se


em:
Programada. Aquela que resulta da retirada deliberada de serviço de um componente, por
um tempo preestabelecido, usualmente para fins de construção ou manutenção. Os con­
sumidores envolvidos são, em geral, previamente avisados. Pode ser dividida em:

• Alteração: incluindo todas as saídas provocadas pela necessidade de melhorar ou am­


pliar a instalação em operação. Subdivide-se em: alteração para melhoria e alteração para
ampliação;

• Manutenção: incluindo todas as saídas necessárias para se ensaiar ou corrigir a instalação


em operação. Subdivide-se em: manutenção preventiva e manutenção corretiva.•

• Não classificada: compreende toda interrupção programada não classificada nos anterio­
res.
Não programada. Toda aquela que não se enquadra na programada (é uma interrupção
causada por uma saída forçada). Subdivide-se êm:

• Meio Ambiente: poluição, corrosão, fogo (não devido a falhas), inundação, erosão,
vegetal, pássaros, outros animais, insetos etc.

• Terceiros: vandalismo (dano ou interferência intencional ou voluntária), acidente (dano


ou interferência acidental) e Empresas de serviços públicos ou suas contratadas.

• Falha humana: erro de operação e acidente (contato, dano ou interferência da própria


Companhia ou contratado, responsáveis pela operação e manutenção do sistema).

• Próprias do sistema: subtensão, sobretensão, manobra para localização de falhas, mano­


bra por segurança ou características construtivas do equipamento.

• Falha de componente: falha de ajuste, falha de montagem, falha de projeto, uso impró­
prio do equipamento, envelhecimento, falha de manutenção, falha de fabricação (mate­
rial, projeto ou montagem pelo fabricante), falha não relacionada e falha desconhecida.

• Outro órgão/companhia: ebncessionária, consumidor, outro órgão da Empresa (não res­


ponsável diretamente pela operação ou manutenção de sistemas).

• Outras: neste grupo deverá ser incluída toda causa cuja natureza seja do conhecimento
do informante, porém não se enquadre em nenhum dos itens relacionados.

• Desconhecidas: neste grupo deverá ser enquadrada toda causa cUja natureza não seja do
conhecimento do informante.

3.3.5 Classificação Segundo a Tensão

As interrupções também devem ser classificadas segundo o nível de tensão.


Secundária: 115 volts, 127 volts, 220 volts, 230 volts e 380 volts.
Primária: 13 800 volts; 34 500 volts.
Sub transmissão: igual ou maior que 34 500 volts.

3.3.6 Classificação Segundo as Condições Climáticas

Os problemas advindos de condições climáticas requerem ser classificados, pára ana­


lisar-se em que grau de severidade o sistema está sujeito a falhas e a duração da interrup­
ção. Adota-se a seguinte classificação:

Tempo adverso. São as condições climáticas que causam uma alta proporção de saídas
forçadas e a demora no reparo dos componentes, durante os períodos em que persistem
estas condições. Podem ser selecionadas com o: chuva, vento, calor etc.
Tempo normal. São as condições climáticas não definidas com o adversas.
CLASSIFICAÇÃO DENOMINA ÇA 0 D ETA LH A M EN T O

DURAÇÃO M OM ENTÂNEA In terru p ções inferiores a 3 m inutos

SU STENTADA In terru p ções superiores a 3 m inutos

O R IG E M EXTERNA É aquela que resulta de um a saída de c o m ­


p o n e n te não p erten cen te ao sistema c o n ­
siderado

IN T E R N A É aquela q u e resulta de um a saída de c o m ­


p o n e n te p erten cen te ao sistema considera­
do

CAU SA PROGRAM ADA A lteração


M an u ten ção
N ão classificada

NÃO PROG RAM AD A M eio A m b ie n te


T erceiros
Falha hum ana
Próprios d o sistema
Falha de co m p o n e n te s
O u tro ó rg ã o /co m p a n h ia
Outras
D escon h ecid as

TE N SÃ O D IS T R IB U IÇ Ã O S E C U N D Á R IA 115 volts
127 volts
220 volts
2 3 0 volts
3 8 0 volts

D IS T R IB U IÇ Ã O P R IM Á R IA 13 8 0 0 volts
34 5 0 0 volts

SU B T R A N SM ISSÃ O 34 5 0 0 volts
M aior que 34 5 0 0 volts

C O N D IÇ Õ E S TEM PO A D V E R S O São as co n d iç õ e s clim áticas que causam


C L IM Á T IC A S um a alta p r o p o r ç ã o de saídas forçadas e
d o te m p o de reparo dos com p o n e n te s
Chuvas
V e n to
C alor etc.

TEM PO N O R M A L São as co n d iç õ e s clim áticas não classifica­


das c o m o te m p o adverso
CAUSA AGRUPADA D ETALH AD A

ALTERAÇÃO Para m elhoria


Para am pliação

PROGRAM ADA M ANUTENÇÃO Corretiva


Preventiva

N Ã O C L A S S IF IC A D A C om preen de toda interrupção programa­


da não classificada nas anteriores

M E IO A M B IE N T E P olu ição
C orrosão
Fogo
Inundação
E rosão
Vegetal
Pássaros
Outros animais
Insetos

NÃO
PROGRAM ADA T E R C E IR O S V andalism o
A ciden te
Empresas de serviços p ú b licos ou suas co n ­
tratadas

FA LH A HUM ANA E rro de op eração


A ciden te

P R Ó P R IA S D O SIST E M A Subtensão
Sobretensão
Sobrecarga
M anobra para loca liza çã o de falhas
M anobra p o r segurança

F A L H A DE C O M P O N E N TE Falha de ajuste
Falha de m ontagem
Falha de p ro je to
U so im próprio d o equipam en to
E n velhecim ento
Falha de m anutenção
Falha de fabricação
Falha não relacionada-v
Falha desconhecida

O U T R O Ó R G Ã O /C O M P A N H IA Concessionária
C onsum idor
O utro órgão da Empresa (não responsável
diretam ente pela operação ou m anutenção
d o sistema)
CAUSA A G R U PA D A D ETA LH A D A

OU TRAS N este gru po deverá ser in clu ída tod a causa


cuja natureza seja d o co n h e cim e n to d o in­
form a n te, p orém não se enquadre em n e­
NÃO nhum dos itens relacionados
PROGRAM ADA
D E SC O N H E C ID A Neste gru po deverá ser enquadrada toda
causa cuja natureza n ão seja d o co n h e ci­
m e n to d o inform ante

3.4 OS ÍN DICES O PER A TIV O S

Conforme já foi observado, a quantificação do desempenho dos sistemas de distri­


buição será feita através de cálculo dos índices operativos, que nada mais são do que me­
didas de confiabilidade ponderadas em relação aos consumidores ou às potências instala­
das, com o será visto a seguir.
Estes índices serão calculados, de acordo com a necessidade, segundo os mais diver­
sos objetivos, ou seja, segundo as combinações “ componentes x interrupções” . Em ou­
tras palavras, podem-se calcular índices para interrupções programadas nos componentes
grau 1, para interrupções não programadas em componentes grau 2, sob tempo bom, sob
tempo adverso etc.
Fica, assim, aberto um vasto campo para estudo e análises, que permite o pleno co­
nhecimento dos sistemas, em todas as suas partes.
Os índices operativos calculados pelas concessionárias de energia elétrica, nos dias
de hoje, são os apresentados a seguir.

3.4.1 Duração de Interrupção

É o período de tempo entre o início e o fim da interrupção.

3.4.1.1 Duração equivalente por consumidor

É o período de tempo que, em média, cada consumidor do sistema ficou privado


do fornecimento de energia elétrica no período considerado:

n
2 Ca(f)xt(i)
i=i
D* (3.4.1)

* N E R . Q uando essa grandeza D é considerada para um c o n ju n to d e con su m idores d o sistema elé­


trico, é denom in ada D uração Equivalente de In terru p çã o p o r C on su m id or (D E C ) co n fo r m e pres­
creve a Portaria 0 4 6 , de 1 7 /0 4 /7 8 , d o D N A E E (ver A p ê n d ice II).
onde:
D = duração equivalente por consumidor (horas)
Ca(i) = número de consumidores atingidos nas interrupções ( /)
t ( i ) = tempo decorrido na interrupção ( / ) (horas)
C = número total de consumidores do sistema
s
i = número de interrupções variando de 1 a n.

3.4.1.2 Duração equivalente por potência instalada

É o período de tempo que, em média, cada potência instalada (KVA ou MVA) do


sistema ficou desenergizada no período considerado:

2 P (|)« (0
Z=1
Dk (3.4.2)
to ta l ■

onde:
D ^ = duração equivalente por potência instalada (horas)
P ( i ) = potência instalada atingida na interrupção (/) , expressa em KVA ou MVA
t ( i ) = tempo decorrido na interrupção ( i ) (horas)
P ^ ta i= potência total instalada no sistema em KVA ou MVA
i = número de interrupções, variando de 1 a n.

3.4.1.3 Duração média por consumidor

É o período de tempo que, em média, cada consumidor atingido ficou privado do


fornecimento de energia elétrica no período considerado:

X Ca(i)xt(i)
/=í
d = ------------------- (3.4.3)
X Ca(i)
»=í

onde:
d = duração média por consumidor (horas).

3.4.1.4 Duração média por potência instalada

É o período de tempo que, em média, cada potência instalada atingida ficou de­
senergizada no período considerado:
2 P (i) x t( i )
dk (3.4.4)
n
2 P (i )

onde:
djç = duraçao média por potência instalada (horas).

3.4.2 Freqüência de Interrupção

Chama-se freqüência de interrupção o número de vezes em que um sistema ficou


interrompido no período considerado.

3.4.2.1 Freqüência equivalente por consumidor

É o número de interrupções que, em média, cada consumidor do sistema sofreu


no período considerado:

(3.4.5)

onde:
/ = freqüência equivalente por consumidor.

3A.2.2 Freqüência equivalente por potência instalada

É o número de interrupções que, em média, cada potência instalada do sistema so­


freu no período considerado:

n
2 P(i)
(3-4.6)
total

onde:
f k = freqüência equivalente por potência.

N ER . Q uando essa grandeza, / , é considerada para um co n ju n to de con su m idores d o sistema elé­


trico é denom inada F reqü ên cia Equivalente de In terru pção p o r C on su m idor (F E C ), co n fo rm e
prescreve a Portaria 0 4 6 , de 1 7 /0 4 /7 8 , d o D N A E E (ver A p ê n d ice II).
Confiabilidade do sistema é a razão, por unidade, em que o sistema ficou no estado
operável no período considerado.

3.4.3.1 Confiabilidade por consumidor

(3.4.7)

ou

(3.4.8)

onde:
C = índice de confiabilidade por consumidor
T = período considerado.

3.4.3.2 Confiabilidade por potência

J=1
C* = (3.4.9)
P + . 1x T
total
ou

(3.4.10)

3.4.4 Outras Expressões e Analogias

Das Expressões (3.4.1), (3.4.2) e (3.4.3), pode-se concluir que a duração equivalen­
te, por consumidor, D, é igual ao produto da duração média, por consumidor, pela fre-
qüência equivalente, por consumidor, ou seja:

D = d -f (3.4.11)
Uma outra observação interessante pode ser feita a partir da Expressão (3.4.7),
considerando-se o seguinte:
a) Cs x T — significa o atendimento de todos os consumidores por todo o período, o que
representa a responsabilidade da concessionária;
n
b) 2 C a{i) x t ( i ) — parcela da responsabilidade não cumprida;
1=1
n
c) Cs x T — 2 C a(i) x t ( i ) — significa a parcela da responsabilidade que foi cumprida.
i=i
Esta parcela por unidade da responsabilidade, evidentemente, é a confiabilidade.
Podem-se, também, estabelecer analogias entre as expressões dos índices operativos
e as expressões das medidas de confiabilidade vistas no Cap. 2, por exemplo, conside­
rando-se:
a) Cs x T análogo a n\ (3.4.12)

b) 2 C a(i) x t ( i ) análogo ar. (3.4.13)


z=i
Toma-se evidente que as Expressões (2.4.2) e (3.4.7) são análogas.
n
Observe-se, também, que, conforme a (3.4.13), pode-se dizer que 2 C a (i)é análo-
i=i
go a uma taxa de falhas e que a (3.4.5) é uma taxa de falhas ponderada em relação aos
consumidores totais.
De maneira geral, pode-se repetir que, essencialmente, os índices operativos repre­
sentam ponderações, em relação aos consumidores ou às potências, das medidas de confia­
bilidade.

3.5 EXEM PLO DE A P LIC A Ç Ã O DE C Á LC U LO DOS ÍN D ICES O P ER A T IV O S DO


SISTEM A DE D ISTR IB U IÇ Ã O

Suponha um sistema simples de distribuição de energia elétrica, conforme a figura


abaixo.

11
R u ra l
X ------- ►
1 0 0 kVA
10 c o n s .

7 5 kVA
6 0 con s.

4 5 kVA
5 0 co n s.
T A B E L A 3 .5 .1

CONSU­
ITEM M ID O ­ kV A EQUIPAMENTO OBSERVAÇÕES
RES

0 392 1 212 D IS JU N T O R D IS J-G E R A L


1 392 1 212 D IS JU N T O R A L IM E N T A D O R N 9 1
2 190 217 C H A V E -F U S fV E L d e l in h a

3 50 75 C H A V E -F U S fV E L DE T R A F O
4 100 112 C H A V E -F U S fV E L DE T R A F O
5 40 30 C H A V E -F U S fV E L DE T R A F O
6 80 75 C H A V E -F U S fV E L DE T R A F O
7 121 4 20 R E L IG A D O R A U T O M Á T IC O
8 110 120 C H A V E -F U S fV E L DE L IN H A
9 60 75 C H A V E -F U S IV E L DE T R A F O
10 50 45 C H A V E -F U S IV E L DE T R A F O
11 10 100 C H A V E -F U S fV E L D E L IN H A S A ÍD A D A L IN H A R U R A L

Considerações
Número total de consumidores do sistema (Cs) = 392 consumidores
Potência total instalada no sistema (Ptotai) = 1 212 kVA
Horas consideradas ou período considerado —(T ) = 730 horas (1 mês).
Admita-se que, no período considerado, ocorreram as seguintes interrupções (Tab. 3.5.2)
por causa:
—externa: programada e não programada
- interna: programada e não programada.
Com os dados coletados, desejam-se calcular os índices específicos representativos do
sistema de distribuição suposto.
A Tab. 3.5.3 apresenta os valores acumulados por causas externa e interna, programa­
da e não programada.

Cálculo dos índices Operativos do Sistema de Distribuição


1. Duração de Interrupção
a) Duração equivalente por consumidor (D)
a .l) Devido à causa programada de origem externa:
IN TER RU PÇÃO NO PERÍODO (730 horas)

ITEM CONSUMIDORES kV A
DURAÇÃO CAUSA
INTERROM PIDO ATIN GIDOS INTERROMPIDO

1 392 1 212 1,20 EXTERN A - PROGRAM ADA


0 392 1 212 0 ,60 . EXTERN A - NÃO PROGRAM ADA
1 392 1 212 2 ,50 IN T E R N A - PROGRAM ADA
1 392 1 212 0 ,5 0 IN T E R N A - N Ã O P R O G R A M A D A
5 40 30 4 ,0 0 IN T E R N A - P R O G R A M A D A
7 121 4 20 0,45 IN T E R N A - NÃO PRO G RAM AD A
9 60 75 0 ,5 0 IN T E R N A - N Ã O P R O G R A M A D A

9 60 75 3 ,00 IN T E R N A - P R O G R A M A D A
11 10 100 4 ,0 0 IN T E R N A - P R O G R A M A D A
11 10 100 0 ,4 0 IN T E R N A NÃO PROG RAM AD A
PR 0 G R A M A DA NÃO PRO G R A M AD A

(D (2 ) (3 ) (4 ) (5 ) (6 ) (7 ) (8 ) (9 ) (1 0 )
EXTERNA

C ü( i ) Ca(i) X t (i) pm x V Ca( i) % Ca(i) X t (i) A o x '</>


P

1,20 392 1 212 4 7 0 ,4 1 4 5 4 ,4 0 ,6 0 392 1 212 2 35 ,2 7 2 7 ,2

n
£ (b ) 392 1 212 4 7 0 ,4 1 4 5 4 ,4 392 1 212 2 35 ,2 7 2 7 ,2
1=l

(C) 2 ,50 392 1 212 9 8 0 ,0 3 0 3 0 ,0 0 ,5 0 392 1 212 196,0 6 0 6 ,0


<
Z (d ) 4 ,0 0 40 30 1 60,0 120,0 0,45 121 420 54,45 1 89,0

w
3 ,00 60 75 180,0 2 2 5 ,0 0 ,50 60 75 30,0 37,5
z►— < ,c )

(0 . 4 ,0 0 10 100 4 0 ,0 4 0 0 ,0 0 ,4 0 10 100 4 ,0 4 0 ,0

n
£ (g) 502 1 4 17 1 360 3 775 583 1 807 2 84,45 872,5
l =i

OBSERVAÇÕES. (4 ) = ( 1 ) X ( 2 )
(5) = (1) X (3)
(9) = (6) X (7)
(10) = (6) X (8)
onde
D = duração equivalente por consumidor (horas);
C a^ = número de consumidores atingidos na interrupção ( /) ;
= tempo decorrido na interrupção ( /) (horas);
Cs = número total de consumidores do sistema;
i = número de interrupções variando de 1 a n.
Da Tab. 3.5.3, coluna 4, linha b, tem-se:

S C z,,) x t{i) = 470.4.

E da Tab. 3.5.1, o valor Cs = 392. Logo,

470,4
D = -------- = 1,20 h.
392

a.2) Devido à causa não programada de origem externa:


Da Tab. 3.5.3, coluna 9, linha b, tem-se:
2C h(/) x = 235,2

Da Tab. 3.5.1, o valor Cs — 392,

235,2
D = -------- = 0,60 h.
392

a.3) Devido às causas programadas e não programadas de origem externa:


470,4 235,2
D = -------- + -------- = 1,80 h.
392 392

a.4) Devido à causa programada de origem interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 4, linhag, tem-se:
2 C a (/) x r . = 1 360.

Da Tab. 3.5.1, o valor Cs = 392,

1 360
D = -------- = 3,47 h.
392

a.5) Devido à causa não programada de origem interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 9, linha g, tem-se:
x = 284,45.

Da Tab. 3.5.1, o valor Cs = 392


284,45
D = ---------- 0,73 h.
392

a.6) Devido às causas programada e não programada de origem interna:

1 360 284,45
D = -------- + ---------- = 4,20 h.
392 392

a.7) Devido à causa programada de origens externa e interna:

470.4 1 360
D = -------- + ---------= 4,67 h.
392 392

a.8) Devido à causa não programada de origens externa e interna:

235,2 284,45
D = -------- + ---------- = 1,33 h.
392 392

a. 9) Devido às causas programada e não programada de origens externa e interna:

470.4 1 360 295,2 284,45


D = -------- + ------- + -------- + ---------- = 6,00 h (global).
392 392 392 392

b) Duração média por consumidor (d)

b . l ) Devido à causa programada de origem externa:

Da Tab. 3.5.3, coluna 4, linha b , tem-se:


r C a (/) x = 470,4

Da mesma tabela, coluna 2, linha b, tem-se


ZCafi, = 392,

470,4
d = -------- 1,2 h.
392

b.2) Devido à causa não programada de origem externa:


Da Tab. 3.5.3, coluna 9, linha b, tem-se:
'LCa^ x = 235,2.
Da mesma tabela, coluna 7, linha b, tem-se
3'
2 G z(f) = 392,
:o
235,2
d= = 0,6 h.
392
b.3) Devido às causas programada e não programada de origem externa:

470,4 235,2
d = + = 1,8 h.
392 392

b.4) Devido à causa programada de origem interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 4, linhag, tem-se:
x = 1 360.

Da mesma tabela, coluna 2, linha g, tem-se = 502,

1 360
d= = 2,71 h.
502

b.5) Devido à causa não programada de origem interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 9, linha g, tem-se:
ZCá(n x t,., = 284,45, e da mesma tabela, coluna 7, linhag, tem-se SCa... = 583,

284,45
d = ---------- = 0,49 h.
583

b. 6) Devido às causas programada e não programada de origem interna:

1 360 284,45
d = -------- + ---------- = 3,20 h.
502 583

b.7) Devido à causa programada de origens externa e interna:

470,4 1 360
d = -------- + -------- = 3,91 h.
392 502

b. 8) Devido à causa não programada de origens externa e interna:

235,2 284,45
d = -------- + --------- = 1,09 h.
392 583

b.9) Devido às causas programada e não programada de origens externa e interna:

1 360 284,45 470,4 235,2


d = -------- + ---------- + -------- + -------- = 5,00 h. (global)
502 583 392 392
onde:
Dy. = duração equivalente por potência instalada (horas);
P (^ = potência instalada atingida na interrupção ( i ) (kVA ou MVA);
= tempo decorrido na interrupção ( / ) (horas);
^total ~ P°tência total instalada no sistema (kVA ou MVA);
i = número de interrupções variando de 1 a n.

Da Tab. 3.5.3, coluna 5, linha b, tem-se:


Z P ^ x r(/) = 1 454,4 e da Tab. 3.5.1, tem-se PtotaJ = 1 2 1 2 kVA,

1 454,4
D k = ----------- = 1,2 h.
k 1 212

c.2) Devido à causa não programada de origem externa:


Da Tab. 3.5.3, coluna 10, linha b, tem-se:
Z P ^ x r(/) = 727,2 e da Tab. 3.5.1, tem-se Ptota] = 1 212 kVA,

727,2
Dk = 1 212 = 0,6 h.

c.3) Devido às causas programada e não programada de origem externa:

1 454 4 727,2
Z)7. = -------- — + -------- = 1,8 h.
1 212 1 212

c.4) Devido à causa programada de origem interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 5, linha g, tem-se:
Z P (/) x f (í) = 3 775 e da Tab. 3.5.1, tem-se P tQtal = 1 212 kVA,

3 775
D v = -------- = 3 ,1 1 h.
* 1 212

c.5) Devido à causa não programada de origen interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 10, linha g, tem-se:
2-P ^ x = 872,5 e da Tab. 3.5.1, tem-se / >tQtal = 1 212 kVA.

872,5
D,. = -------- = 0,72 h.
k 1 212

c.6) Devido às causas programada e não programada de origem interna:

3 775 872,5
D, = -------- + ---------- = 3,83 h.
k 1212 1212

c.7) Devido à causa programada de origens externa e interna:

1 454,4 3 775
D, = ----------- + -------- = 4,31 h.
k 1212 1212

c.8) Devido à causa não programada de origens externa e interna:

727,2 872,5
Dk = -------- + ---------- = 1,32 h.
1212 1212

c.9) Devido às causas programada e não programada de origens externa e interna:

1 454,4 3 775 727,2 872,5


D, = -------------+ -------------4- ------------ + = 5,63 h (global).
1212 1212 1212 1212

d) Duração média por potência instalada (d^)


d .l) Devido à causa programada de origem externa:

Da Tab. 3.5.3, coluna 5, linha b, tem-se:


x = 1 454,4 e da mesma tabela, coluna 3, linha b, tem-se

2 P (0 = 1 212 kVA.

1 454,4
dk = ---------- = 1,2 h.
K 1 212

d.2) Devido à causa não programada de origem externa:

Da Tab. 3.5.3, coluna 10, linha b, tem-se:


SP,., x t,n = 727,2 e da mesma tabela, coluna 8, linha b, tem-se
1 454,4 727,2
dk = ----------- + ---------- = 1,8 h.
K 1 212 1 212
d.4) Devido à causa programada de origem interna:
Da Tab. 3.5.3, coluna 5, linha g-, tem-se:

S P ^ x t^ = 3 775 e da mesma tabela, coluna 3, linha £, tem-se S P ^ == 1 417 kVA;

3 775
d v = -------- = 2,66 h.

d.5) Devido à causa não programada de origem interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 10, linhag, tem-se:
2P ^ x = 872,5 e da mesma tabela, coluna 8, linha g, tem-se S P ^ = 1 807 kVA;

872,5
d, = ---------= 0,48 h.
k 1 807

d.6) Devido às causas programada e não programada de origem interna:

3 775 872,5
d, — ---------- 1
- ------- — 3,14 h.
* 1 417 1 807

d.7) Devido à causa programada de origens externa e interna:

1 454,4 3 775
dk ----------- + ---------- = 3,86 h.
1212 1417

d.8) Devido à causa não programada de origem externa e interna

727,2 872,5
dk ------- + -------- = 1,08 h.
1 212 1 807

d.9) Devido às causas programada e não programada de origens externa e interna.

1 454,4 3 775 727,2 872,5


------------- 1
-------------- 1
-------------1- ------- = 4,94 h (global).
dk 1212 1417 1212. 1807

2. Freqüência de Interrupção
a) Freqüência equivalente por consumidor ( f ):
2 Ca
/=1
/=

Devido às causas programada e nao programada de origens externa e interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 2, linha b, tem-se:
ZCfc(f) = 392.
Da coluna 7, linha b, tem-se:
2G z(í) = 392.
Da coluna 2, linha £, tem-se = 502; da coluna 7, linha £, tem-se = 583
e da Tab. 3.5.1, tem-se Cs = 392 consumidores;

1 869
/= = 4 ,7 7 interrupções.

b) Freqüência equivalente por potência (fK )-

n
2 Pd)
/=í
^ =7 ' total

Devido às causas programada e não programada de origens externa e interna:


Da Tab. 3.5.3, coluna 3, linha b, tem-se:
= 1 212; da coluna 8, linha b, 2 P ^ = 1 212; da coluna 3, linha g, 2 P ^ = 1 417;
da coluna 8, linha g, = 1 807 e da Tab. 3.5.1, tem-se Ptotal = 1 212 kVA;

5 648
f r = -------- = 4,66 inst.
K 1212

3. Confiabilidade do Sistema

a) Confiabilidade por Consumidor ( C):

%Ca(i) x f (/) D
C = 1 ------------------------= 1 —
Cs x T T

onde:
C = índice de confiabilidade por consumidor;
T = período considerado;
D = duração equivalente por consumidor.
Devido às causas programa e não programada de origens externa e interna:
6,00
C = 1 ---------- = 0 ,9 9 1 7 8 .
730

b) Confiabilidade por potência — (C g ):

X '(/) DK
cK 1 = 1-
'P t o t a l X T

onde:
CK = índice de confiabilidade por potência;
T — período considerado;
D g = duração equivalente por potência instalada.

Devido às causas programada e não programada de origens externa e interna

DK 5,63
Cv = 1 --------- = 1 ------------ = 0,99228.
K T 730
Capitulo 4

LEVANTAMENTO DE DADOS
4.1 IN TRO D UÇÃ O

Nos capítulos anteriores deste trabalho, tomou-se evidente a necessidade que as


concessionárias de energia elétrica têm a respeito do perfeito conhecimento de seu siste­
ma de distribuição, tanto sob o ponto de vista operacional quanto sob o ponto de vista
de desempenho.
Deixou-se com o último assunto a ser abordado neste texto o levantamento de da­
dos, exatamente para que o leitor já tenha sentido a sua importância, pois ele é, sem
dúvida, a “ matéria-prima” para a obtenção das medidas de confiabilidade e dos índices
operativos do sistema de distribuição.
Não se pretende aqui estabelecer normas ou métodos para levantamento de dados,
mas sim chamar a atenção do leitor para alguns pontos importantes desse assunto e apre­
sentar, com o sugestão, uma sistemática bastante simples para coleta de dados, que hoje é
uma preocupação constante das concessionárias de energia elétrica.
Pode-se dizer, de uma maneira simples, que o objetivo final de um levantamento
de dados é fornecer os meios para a análise da qualidade dos serviços prestados pela con­
cessionária e dos fatores que nela incidem, derivando, daí, critérios para melhorar os pro­
jetos, as características dos equipamentos utilizados e, conseqüentemente, a operação e a
manutenção do sistema, com respeito a um nível preestabelecido de desempenho desejado.
A consecução desse objetivo final é obtida em duas etapas distintas:
1. obtenção dos dados necessários do sistema elétrico e seu tratamento;
2. obtenção dos índices que “ medem” o desempenho do sistema.
A segunda etapa já foi devidamente abordada nos Caps. 2 e 3, restando, portanto,
discutir e apresentar sugestões a respeito da primeira etapa.

4.2 CO LO C A Ç Ã O IN IC IA L DO PRO BLEM A

Feitas estas considerações, tendo em vista o objetivo, são os seguintes os dados que
devem ser levantados de um sistema:
a) dos componentes;
b) da configuração do sistema elétrico;
c) de todas as ocorrências no sistema, sejam saídas ou interrupções.

A maneira mais simples de trabalhar os componentes e a configuração do sistema é


por meio de plantas cadastrais (mapeamento) com seus elementos devidamente codifica­
dos. Os dados de interrupção devem ser anotados, identificando-se o componente que fa­
lhou, a causa, a duração e o número de consumidores atingidos ou a potência interrompí-
4
da, com o maior grau de precisão possível, mesmo aqueles de curta duração ou de mano­
bras.
Para obter uma coleta de dados consistente, as Empresas devem não só preparar os
seus elementos de campo para execução de suas tarefas típicas, com o caracterizá-los dos
benefícios que podem advir de relatos reais das situações encontradas nas interrupções.
Cabe aqui a observação de que essas informações iniciais, antes de encaminhadas pa­
ra processamento, devem passar pelos responsáveis da área de operação e manutenção pa­
ra que medidas imediatas possam ser tomadas com o objetivo de reduzir a freqüência e a
duração das interrupções ocorridas.

4.3 G E R A Ç Ã O D E DADOS

Na fase de geração de dados, estabelecem-se os procedimentos a serem adotados pa­


ra coletar as informações das interrupções e possibilitar o acesso destes dados ao compu­
tador.
Sob o ponto de vista de coleta de dados, entender-se-á por:
a) com ponente do sistema — equipamento, linha, seção de linha ou grupo de itens que são
vistos com o uma entidade para fins de relatório, análise e previsões de saídas;
b) sistema — grupo de componentes conectados de maneira a permitir o fluxo de potência
de um ponto (ou pontos) a outro(s) ponto (ou pontos).

4.3.1 Codificação de Componentes

A codificação de componentes objetiva tornar compatíveis com o processamento


de dados as informações relativas aos componentes (individualmente ou em conjunto).
Sugere-se uma codificação que siga a ligação elétrica do componente dentro do sis­
tema, obedecendo a seqüência da fonte para a carga. Na prática, é bastante comum a co­
dificação que identifica o componente dentro do sistema de distribuição, com 13 dígi­
tos (Fig. 4.1), na seguinte ordem:
a) 03 dígitos-código de subestação distribuidora;
b ) 02 dígitos-código do circuito ou número do cubículo da subestação em'que está ligado
o componente;
c) 02 dígitos-código do componente;
d) 05 dígitos-número da ordem do componente dentro do sistema;
CONFIABILIDADE DO S I S T E M A
RELAÇÃO CODIFICADA DE EQUIPAMENTOS
CÓDIGO DO DISPOSITIVO
N*
INTERRUPTOR n R ^ F R V ü r.n F q
ITEM
S /E CIRO 0! S P . N0 ORDEM R
1!
" CONS. | kVA
00 ...°± L 1 0 0 5 2 0 0 0 0 0 2 3 4 7’ | 95 D
0 1 0 17 1 0 1 5 2 0 0 0 0 l O 344 39 5
02 0 7 1 0 2 5 2 0 0 0 0 2 2 3 560
03 0 7 1 0 I 5 7 0 2 4 9 4 1 1? 3 75
0 4 0 7 1 0 1 0 3 0 0 0 0 4 1 í6 95
05 0 7 1. 0 1 5 7 0 5 1 0 9 2 1l 30
06 0 7 1 0 1 8 9 0 0 0 0 6 2 344 396
07 0 7 1 0 1 0 3 0 0 0 0 7
1 344;____ 395
08 0 7 ! 0 1 8 9 0 0 0 0 8 1 14 ______l 'ò \

i
1O
L
09 0 7 1 0 1 5 7 0 5 5 0 6 1 45
10 0 7 1 0 1 5 7 0 4 l9 3 5 1 14 75
11 0 7 1 0 1 5 7 0 5 5 |4 j1 l 41 1 30
l 2 0 7 1 0 1 5 7 0 5 5 9 8 l 52 30
13 0 7 1 0 1 5 7 0 0 9 8 0 1 46 45
14 0 7 1 0 1 5 7 0 6 4 6 8 2 04 20

— — - — — -- —— — - - ---------------------------------------------- — —

Fig. 4.1 R elação co d ifica d a d e equ ip am en tos relativa ao m apeam ento da Fig. 4 .2 .
e) 01 dígito-código que identifica se o componente está na zona urbana ou rural.
E para o qual costuma-se adotar:

código da subestação distribuidora — será o do cadastro da Empresa;


código do circuito — número do cubículo da subestação;
código do componente — a padronização da ASA com algumas adaptações:

03 - chave-fusível de linha de distribuição ou derivação primária urbana;


29 — chave seccionadora (faca monopolar ou tripolar) de subestação distribuidora;
52 — disjuntores;
57 — chave-fusível de transformadores de distribuição;
66 — seccionalizador;
79 — religador;
89 — chave seccionadora (faca monopolar ou tripolar acionamento manual) de li­
nha de distribuição ou de manobras;
número de ordem — para o caso de transformadores de distribuição, poderá ser adota­
do o número do tombamento patrimonial da Empresa; para os demais casos, o número
de ordem crescente da fonte para a carga;
identificação de zona urbana ou rural — será adotada a seguinte identificação:
1 — zona urbana (delimitada pelo perímetro urbano da Prefeitura);
2 — zona rural.

4.3 .2 Mapeamento

O objetivo do mapeamento é dar condições ao elemento de campo para localizar o


código do componente que abriu o circuito, bem com o fornecer subsídios para análise e
providências relativas às interrupções ocorridas (Fig. 4.2). Normalmente as plantas abran­
gem apenas o perímetro urbano de cada localidade servida, em escala 1:5 000 ou 1:10 000,
dependendo de sua dimensão física; devem conter as seguintes informações:

a) traçado das redes e linhas primárias com indicação do circuito elétrico (flying-tap, sec-
cionamento, simples cruzamento);
b) localização geométrica dos transformadores, identificados pelo número de patrimônio
(Empresa e particular);
c) localização geométrica dos componentes de manobra e/ou proteção com discriminação
de tipo (disjuntor, chave-fusível, faca ou basculante, religador, seccionalizador);
d) bitola e tipo de condutor;
e) localização geográfica de componentes corretivos (capacitor e regulador);
f) código de identificação junto a cada componente de proteção e/ou manobra e transfor­
madores;
g) localização relativa dos transformadores particulares quando instalados fora do períme­
tro urbano.
4.4 A SISTEM Á TICA SU G ER ID A

Para apresentar a sistemática, considerou-se uma Empresa com a estrutura organiza­


cional apresentada na Fig. 4.3.
Nesta estrutura, a Administração Central é distribuída em diversos departamentos
e estes em seções ou divisões. A Empresa como um todo é subdividida em setores regio­
nais, estes em distritos, que, finalmente, administram os diversos escritórios locais.

Fig. 4 .3 Estrutura organizacional da Empresa

Observe-se, então, que nesta organização o fluxo de informações tem início nos es­
critórios locais e, passando pelos distritos, pelos setores regionais, finalmente chega à se­
ção de Qualidade do Sistema, do Departamento de Engenharia de Distribuição da Admi­
nistração Central.
4.4.1 Serviço Rotineiro do Fluxo de Informações

A sistemática de coleta de dados conta com quatro impressos básicos, que são os
veículos de transporte de informações aos diversos níveis de responsabilidade da área en­
volvida:
a) Parte Diária de Interrupção;
b) Interrupção de Serviço (IS);
c) Ficha de Registro de Interrupção;
d) Relatório Mensal de Interrupção,
que são apresentados a seguir.

4.4.1.1 Parte diária de interrupção

Preenchida pelos elementos que têm atuação direta na rede (eletricistas, plantões e
turmas de manutenção) a Parte Diária de Interrupção é um dos documentos básicos do
sistema de coleta de dados.
Evita, ao máximo, procedimentos burocráticos por parte do elemento encarregado
pelo seu preenchimento, possibilitando a anotação da ocorrência no próprio local. Forne­
ce ainda subsídios para análise e providências destinadas a evitar a reincidência da inter­
rupção.
O objetivo deste formulário é relatar as interrupções diárias ocorridas no sistema de
distribuição. Contém as seguintes informações:
a) nomes do setor regional e localidade em que está situado o equipamento;
b ) dia, mês e ano em que ocorreu a interrupção;
c) código do equipamento que interrompeu o circuito;
d) horário de início e término da interrupção;
e) código da causa que originou a interrupção.
(Para evitar necessidade de memorização, no rodapé deste impresso é apresentada a rela­
ção das causas com seus respectivos códigos.) Todas as interrupções devem ser comple­
mentadas com informações adicionais, que visem à posterior correção dos dados e à análi­
se técnica do desempenho do trecho envolvido, conforme Fig. 4.4.
Para facilitar a coleta e registro de dados de interrupções, é sugerido um formulário
alternativo que objetiva evitar, aos homens de campo, imposição excessiva de trabalho es­
crito, liberando-os para sua obrigação principal, que é a restauração do serviço. Este for­
mulário é o “ Boletim de Interrupção” , apresentado na Fig. 4.5.

4.4.1.2 IS — Interrupção de serviço

O objetivo deste documento — Interrupção de Serviço — visa à segurança para exe­


cução do serviço e à divulgação das interrupções.
Desta forma, para efeito de racionalização de serviço e considerando-se que os
dados contidos na IS são os mesmos qiie os da “ Parte Diária de Interrupção” , estabelece-
se que as emissões destes impressos são mutuamente exclusivas, conforme Fig. 4.6.
RE GI ONA L L O C A L I D A D E DATA
DIA MÊS ANO

1 2 3 | 4 5 6
CÓDIGO DO EQUIPAMENTO QUE INÍCIO TÉRMINO con.
ABRIU O CIRCUITO
V ^X V ^ A, ^
H CAUSA
S/E ruir. í)íN!\ N.u ÜiUIEM iicmA IIIIIIA MIN.
ü

1 ; 1
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22 23 7 o,
20 21 24 25
CD

28
tn

7 .8 1 9 10 n 12 13 '17 ' 18 19 26 27

1 - Serviço Programado Transmissão 10 - Defeito em Instai, de Consumidor El ABORADO POR


2 - Kalta Acidental Transmissão 11 - Fio Partido
3 - Serviço Progr. Manutenção Cod 12 - Descarga Atmosférica
4 - Serviço Progr. Construção Cod 13 • Sobre Carga
5 - Objetos Estranhos na Bêde 14 - Linha ou Pêde Particular
6 - Defeito em Isoladores 15 - Abalroamento de Poste
7 - Defeito em Para-Raio 16 - Defeito em Transformador
8 - Ddíeito em Chave ou Disjuntor 17 - Falha de Manobra DATA
9 - Defeito em Conexões 18 - Causa Ignorada
Grãfica COD
R E G IO N A L L O C A L ID A D E DATA
DIA MES ANO

I ) DADOS DOS COMPONENTES 2 ) DADOS DA I N T E R R U P Ç Ã O


2 -1 Duração

1-1 Subestação ou ponto de entrega IN IC IO TER M IN O


DURAÇÃO
HORA MIN HORA M
IN.
( NOME ) P R EV IST A

REAL

1-2 Circuito
( N? DO CU8ICUL0 )
2 - 2 Causas

1-3 Componente interrompido Origem externa-programada □


Origem externa-não programada □
Lo ± s | Chave fusível EO Programada-manutenção preventiva □
Ll L 8 | Chave seccionadora de S/E □ Programada-manutenção corretiva □
1 5 12 | Disjuntor Programada-alteração para ampliação □
EU
Lii 7 | Programada-alteração para melhoria □
Chave fusível de trafo E□ Programada-não classificada nas anteriores
Li1« | Seccionalizador automãtico □
cn 9 | Religador automãtico

EZ] Fenômenos naturais-descarga atmosfeVica □
ra | 9 1 Chave seccionadora
Fenômenos natu ra ra is-outros □
a Meio ambiente - vegetal □
l_ i | Outros □ Meio ambiente-anim ai □
Meio am biente-outros □
Consumidor □
1-4 N- de ordem do componente. Terceiros □
Próprias do sistem a-sobrecarga □
Prop. sist.-manobra p/localização de falha □
1-5 Situação do componente Falha de componemte-isolador □
Falha de componente - p ãra-ralos □
HUI Aiimentador aé reo □ Falha de co m po n en te-tra fo s
F alh a de componente - outros

r n Aiimentador subterrâneo □ □
CHI Linha de d istrib uição □ Outros □
d] Li nha de subtransmissao □ Desconhecidas □
3 ) DADOS CO M PLE M E N T A R ES:
3-1 Nível de tensão: 2 2 0 V EZ1 , 11,4 ou 13,8 kV EZ1 , 3 3 kV E U , Outros □
3 - 2 Serviço restabelecido por . Reparo EU , Substituição de fusível EU , Religamento de
religador bloqueado EZ) Fechamento de chave ou disjuntor EO , T ra n sfe rê n cia
ou manobra EZ), Seccionalizcção EZ] , Outros EZ)
3 - 3 Condição a tm o sfé rica : Condição normal I 1, Codição adversa I I

4 ) O B SER V A Ç Ã O :

Fig. 4.5 B oletim de interrupção


|9 VIA - CH EF E OE TURMA
2? VIA - GE RE N T E LOCAL

IN TERRUPÇÃO DE SERVIÇO N°

í REGIONAL LOCALIDADE DATA *


DIA MES ANO

COOIGO DA CAUSA IDÊNTICO AO DO IMPRESSO PARTE DlARlA DE lNr ERRUPÇAO

P R EV ISTO EXECUTADO
CO Dl 6 0 DO EQ U IP A M EN TO COD»GO K VA CO N S U M ID O R ES
I N lCIO TERMINO l N'CIO TERMINO
CAUSA INSTA LADO S E R V ID O S
S/E ClRC. EOUIP NS OE ORDEM HORA MI N HORA HORA MIN HORA MIN

OBSERVAÇÕES

ET
OBSERVAÇÕES

OBSERVAÇÕES

OBSERVAÇÕES

/ ..... .............
EMITIDO POR APROVADO POR C IEN TE DESLIGAOO POR RELIGADO POR

/ / / / / / / / / /
\ ______________________________________ y
CÓD. 9 .5 4 0 2 8 . 4 0 5 / 8 A5 - A J A / S A G - 017
4.4.1.3 Ficha de registro de interrupção

0 objetivo da ficha de Registro de Interrupção é formar o arquivo de interrupções


verificadas em cada equipamento de proteção e/ou manobra e, desta forma, fornecer sub­
sídios para análise e programação de serviços, a partir do histórico de desempenho do tre­
cho sob responsabilidade do equipamento (ver Fig. 4.7).
Por outro lado, constitui o registro da atualização do número de consumidores ser­
vidos e potência instalada em kVA.
Todos os equipamentos de proteção e/ou manobra possuem, individualmente, fi­
chas de registro de interrupções. Contêm as seguintes informações:
a) localidade em que está instalado o equipamento;
b) região servida: visa a facilitar a localização do equipamento nas plantas codificadas e,
portanto, representa a indicação do bairro, vila ou qualquer denominação vulgarmente
adotada para o trecho;
c) código do equipamento;
d) consumidores servidos: é o número de consumidores ligados após o equipamento, em
condições normais de operação do sistema;
e) kVA servido: é a potência em kVA resultante da soma da potência nominal dos trans­
formadores após o equipamento, em condições normais de operação do sistema;
f) data em que ocorreu cada interrupção;
g) horário de início e término de cada interrupção;
h) código da causa que originou a interrupção;
i) consumidores onde efetivamente houve desligamento em cada interrupção;
j) soma das potências nominais dos transformadores após o equipamento na ocasião da
interrupção;
1) dados complementares sobre cada interrupção.

4.4.1.4 Relatório mensal de interrupção


O Relatório Mensal de Interrupção, ver Fig. 4.8, por conter os dados de todas as
interrupções ocorridas no mês, em cada sistema, destina-se a reduzir o volume de docu­
mentos entre os setores regionais e o centro de processamento de dados. Por outro lado,
possibilita a análise técnica global, por parte dos elementos responsáveis pela operação
dos sistemas elétricos, em virtude da correlação dos eventos e a reconstituição das ocor­
rências e procedimentos efetuados para restauração do fornecimento. Contém as seguintes
informações:
a) localidades e seu código de faturamento: entende-se por localidade, neste caso, aquela
em que está situada a subestação do sistema;
b ) setor regional e seu código de faturamento:
c) mês e ano a que se refere o relatório mensal de interrupção;
d) número de consumidores atendidos pelo sistema;
e) potência em kVA instalada no sistema;
f) relação dos dados das interrupções que ocorreram no sistema no mês considerado.
iü 1i i3 l\ 15 16 17 13 19

L O C A L ID A D E _
S/E CIRC üISP. N.° (> lí OEM

Cons. Servidos,
R E G . S E R V ID A
Kvas Servidos
DATA in íc io T ÉRM IN O CAUSA CONSUMIDORES KVAS
O B S E R V A Ç Õ E S
DIA MKs ANU HUÍIA MIN. HUÍIA MIN. im ATINÍIIUUS INTÍ-HIUIMPIDUS

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1 12 3 4 5 6 20 121 22 23 24 125 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39
____1___ ____1
___
CÓD. 9 .5 4 0 . 2 8 .3 6 9 A5-AOA/SAG- 957
4.4.2.1 Do escritório local

0 escritório local emite o impresso “ Parte Diária de Interrupção” ou “ Interrupção


de Serviço” e o envia, diária ou semanalmente, ao distrito.

4.4.2.2 Do distrito

O distrito recebe e analisa as “ Partes Diárias de Interrupção” , tanto no aspecto téc­


nico com o de preenchimento; transcreve os dados de interrupções nos impressos “ Ficha
de Registro de Interrupções” e mantém em arquivo; preenche, no impresso “ Relatório
Mensal de Interrupção” , as interrupções ocorridas no período constantes nas “ Fichas de
Registro de Interrupções” ; efetua nova análise técnica e de preenchimento, correlacio­
nando as interrupções; envia os “ Relatórios Mensais de Interrupção” ao setor regional e
recebe e analisa os produtos do processamento de dados.

4.4.2.3 Do setor regional

É no setor regional que se analisa e encaminha mensalmente, para a Seção de Quali­


dade do Sistema, o “ Relatório Mensal de Interrupção” . Lá, são recebidos os produtos
emitidos pelo computador, que são analisados, e é promovida a divulgação aos distritos das
informações e/ou decisões decorrentes.

4.4.2.4 Da seção de qualidade do sistema

Analisa, prepara esquema de perfuração de cartões, agrupa os “ Relatórios Mensais


de Interrupção” , por setor regional, e os encaminha para processamento. Separa e enca­
minha os produtos do computador aos setores regionais.

4.4.3 Atualização de Dados

A manutenção de dados atualizados, além de permitir o estudo e a análise do com­


portamento dos sistemas, fornece subsídios importantes para outros serviços, t2is como:
reformas, melhoria ou manutenção a ser efetuada nos sistemas de distribuição.
Desta forma, torna-se necessário sistematizar o fluxo de informações para haver
uma atualização dinâmica e eficiente das plantas cadastrais, procurando-se evitar o preju­
dicial acúmulo de serviços e conseqüente desatualização dos mesmos.
Sugere-se, a seguir, uma metodologia de procedimentos que objetiva a atualização
dos dados baseada no controle dos seguintes pontos:
a - Ordem de Ligação (OL);
b — Ordem de Desligação (OD);
c — Ordem de Obra ( 0 0 );
d — Autorização para Execução de Serviço (AES);
e - Atualização do Número de Consumidores.

4.4.3.1 Atualização do número de consumidores

Os veículos básicos no fluxo de dados, com relação à atualização do número de con­


sumidores instalados, são, sem dúvida, as OL e OD.
Para que o resultado seja eficiente, as OL devem sofrer uma triagem quanto ao tipo
de consumidor: se primário ou secundário.
Quando se tratar de consumidor secundário, deve-se simplesmente anotar na OL o
número de tombamento do transformador no qual vai ser feita a ligação, para posterior
atualização.
As OL de consumidores primários deverão conter a potência do transformador ou
a soma das potências, quando se tratar de diversos transformadores, bem como dados que
possibilitem sua posterior localização nas plantas. Observe-se que todas as OL de consumi­
dores primários deverão ser consideradas para atualização das plantas cadastrais. As OD
são controladas da mesma forma que as OL.
O controle das OL e OD pode ser facilitado com a utilização de um impresso de
Atualização com o o mostrado na Fig. 4.9. As Figs. 4.10 e 4.11 mostram modelos de OL e
OD usados por diversas empresas do País.

4.4.3.2 Atualização das plantas cadastrais

Como já se viu em 4.4.2.1, todas as OL e OD de consumidores primários, bem com o


as Ordens de Obras, 0 0 , e as Autorizações para Execução de Serviços, AES, serão utiliza­
das para atualização das plantas cadastrais. Evidentemente, o controle deverá ser feito tan­
to nas obras concluídas com o nas em andamento e, destas, é conveniente ser elaborado
mensalmente croqui dos trechos concluídos para que a atualização seja permanente.

4.4.4 Sugestões para Relatórios-Produto

De posse dos dados, sempre atualizados, do sistema, sugere-se a elaboração de rela­


tórios, resultantes do processamento.

4.4.4.1 Sumário de interrupções

0 Sumário de Interrupções deverá conter os índices Operativos, apresentados no


Cap. 3, que darão uma visão global do Sistema de Distribuição, e poderá ser feito em três
níveis diferentes:

a) Nível de Sistema — abrangendo a área de influência de uma subestação de distribuição;


b) Nível de Distrito — abrangendo as áreas de influência de grupos de subestações de dis­
tribuição, contidas na área administrativa de um distrito;
ATUALIZAÇÃO DO NÚMERO DE CONSUMIDORES

CONFIABILIDADE DOS SISTEMAS

Localidade: ............................... Distrito:_______________ ________ ________.................

Trimestre. a _________ 197....

NUMERO CONSUMIDORES
DO TRAFO LIGADO DESLIGADO TOTAL ( L - D)

---- --------- ----

---------------------- - -------

------- _------ -------------

---- -------------- - - - .....-

--------------------------- . .

------ --------- -------------


-------- ------- ------ ------ -------
-- ------- --------

- --------------------------------- - --------------------------------

. ------ ----------------------

~ ' ------ ------ ------------------ ------------ .......... ............. - ----------

rernOriJes
lí) 5 0 0 - L E M A C - 2 0 0 0 0 - 1/74
C00IGO LOCALIDADE COüiGO
Nome : Classe de Renda

Enderêço : Isenção :

Ramo de Negócio :
Secundária j |

Primária | 1

Motivos
^ an ■o O Média
m 19
s eo o
para I ^ RJ E .
> 2 >
§ 1 O -g
KWH
Emissão o o O «o
cr: c
CL oi LU

MEDI DOR INFORMAÇOcS DADAS PELO


SIM NÃO
INSPETOR / INSTALADOR
N.o Cia. Constantes A instalação está em ordem ?
Data oa
Fases 0 medidcr está em ordem ?
Aferição

Ampéres Leitura Tem caixa de proteção ?


Inicial
SERVIÇO PARA 0 GOVÊRNO: Os selos estão em ordem ?

Federal | | Estadual | I Municipal \ j Fios de ent. med. estão invertidos?

RAMAL DE SERVIÇO Tem derivação clandestina ?


F io : Consumidor Cia.
Metros :

GERAL
□ (t) R»"!5»! parte da rêde da Cia.

(2) Linha prlm. pertence a Cia.

LIGADO EM :
Recibo N.o

N.o TRAFO:
Boletim Implant/Aiter. N.o

NOTA: Não deverá ser feita a ligação s e :


Faturamento Inicial para
(1) 0 ramal partir de rêde particular
(2) Não houvar autorização por escrito
Preparado por: Data: para utilização de linha particular

/ / Assinatura : Data:
Aprovado por: Data: (Inst / Insp)

/ / / /
CÓDIGO LOCALIDADE CÓDIGO

fome: C l. da Reoda

bençéo :

Enderàço:

Secundária í " \

Prlmárl* H D

a:
s
CLANDESTINA
PAG i MENTO

TROCA DE
MOTIVOS <t
FALTA DE

< cr UJ

MEDIDOR
o

MEDIDOR

DEIXADO
RETIRAR
u g a ç Ao
PARA
o
UJ o
S
o
°
<
8
SE
tr-
o
CL.
•UJ uu

EMISSÃO < * Z

1
t

M E D I D O R G E R A L

Deixado 1 1 Retirado | | Recibo de Diversos N.o

N.o Cia. Constantes Boletim de Atual de Cadastro N.a

Data ds
Fases Criem Ligação Anterior No
Aferição

Arrpèrea Leitura INFORMAÇÕES DADAS PELO SIM NAO


Final INSPETOR / INSTALADOR
Preparado por Data: A inst&laçàe está em ordem ?

/ / 0 medidor está em ordem ?



Aprovado por Data:
Tem caixa de proteção ?

/ / Os selos «tão em ordem ?

Processamento Por Lata Floi de ent. med. eatio Invertidas ?

Tem derlvaçáo clandestina ?


Boletim de Leitura

N.o TRAFO:
Cadastro de Medidores

Cddaatro da Rôde
1 1
Cadastro d« Transferm. Serviço efetuado por Data

COD.9. 5 40 . 2 8 . 4 7 0 / 9 A DA /SA G -879


c) Nível de Setor Regional — abrangendo agrupamentos de distritos que constituem um
setor regional.
Este relatório possibilitará acompanhar o desempenho do Sistema de Distribuição
e verificar se as medidas tomadas repercutiram na continuidade do fornecimento, bem co ­
mo dará subsídios para novos estudos atinentes à melhoria da confiabilidade. As informa­
ções poderão ser apresentadas por causa de interrupções e subtotalizadas por grupos de
causas.
O Sumário de Interrupções deverá ser emitido mensalmente, conforme Fig. 4.12.

4.4.4.2 Maiores interrupções verificadas

Este relatório fornecerá, por subestação, as interrupções verificadas e indicará as de


maior envolvimento no período considerado. As interrupções serão apresentadas com to­
das as informações, isto é: data da interrupção (dia/mês/ano); código de equipamento
(circuito/dispositivo/n? de ordem); início e término; duração; causa; consumidores atin­
gidos; kVA interrompidos.
Em relação às maiores interrupções verificadas, poderão ser listadas, por exemplo,
as cinco maiores, segundo:
a) número de consumidores interrompidos;
b ) kVA interrompidos;
c) duração.
Este relatório, que poderá ser emitido mensal e anualmente, possibilitará progra­
mar serviços no sistema e/ou tomar medidas corretivas pela identificação dos trechos ou
áreas que apresentem maiores problemas e, também, permitirá a verificação na área de
operação e manutenção, conforme a Fig. 4.13.

4.4.4.3 Relatório trimestral de interrupções

Este relatório indicará, por subestação, resumidamente, as ocorrências no sistema,


bem como proporcionará condições para análise global do mesmo. As informações conti­
das serão: código do dispositivo interrompido; freqüência e duração acumuladas por nú­
mero de ordem; dispositivo; circuito e subestação, conforme a Fig. 4.14.

4.4.4.4 Relatório anual de interrupções

Os objetivos básicos deste relatório serão os mesmos do Relatório Trimestral, alte­


rando-se, somente, o período de cobertura, que passa a ser anual, objetivando a permitir
uma análise mais ampla para a preparação dos planos anuais de obras (reformas de linhas,
construção de novas subestações etc.), conforme a Fig. 4.14.
S IST E M A /D IST R IT O /S ET O R IN T ER R U P ÇÕ ES V E R IF IC A D A S
MÊS /ANO
CONSUMIDORES SERVIDOS:
kVA IN STALADO

IN T E R R U P Ç Ã O DURAC. EQ DURAC. EQ FREQ. EQ FREQ. EQ CONF. CONF


POR CONS. POR POT POR CONS POR POT
CAUSA N9 D (HOR/CONS) D k (H O R/kVA) f 9N9/CONS) f k (N9/kVA) POR CONS POR POT

01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22

Fig. 4.12 Sumário de interrupções (sugestão de modelo)


MÊS /ANO
SU B EST A Ç Ã O
CONSUMIDORES SER V ID O S
kVA INSTALADO

- SEGUNDO O NÚMERO DE CONSUMIDORES ATINGIDOS

DATA Cl RC DISP. No ORDEM INICIO TÉRMINO D URA ÇÃ O CAUSA C .A T IN G . kVA INT

- SEGUNDO O kVA INTERROMPIDO

QUADRO SEM ELH A N TE

- SEGUNDO A D U R A ÇÃ O

QUADRO SEM ELH A N TE

Fig. 4 .1 3 M aiores interru pções verificadas (sugestão de m o d e lo )


T R IM EST R E
( ANO ) :

NÚMERO NÚMEROS DE IN TE R R U P Ç Õ ES TEMPO T O T A L I N T E R R .


S/E CIRC. DISP.
ORDEM N9 ORDEM DISP CIRC. S/E HORAS MINUTOS

Fig. 4 .1 4 R ela tório trimestral (anual) de interru pções (sugestão de m o d e lo )


Apêndice I

TABELAS

Á rea
subtendida pela
CURVA NORM AL
REDUZIDA
de d a z

z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

0 ,0 0 ,0 0 0 0 0 ,0 0 4 0 0 ,0 0 8 0 0 ,0 1 2 0 0 ,0 1 6 0 0 ,0 1 9 9 0 ,0 2 3 9 0 ,0 2 7 9 0 ,0 3 1 9 0 ,0 3 5 9
0 ,1 0398 0438 0478 0517 0557 0596 0636 0675 0714 0754
0 ,2 0 79 3 0832 0871 0910 0948 0987 1026 1064 1103 1141
0,3 1179 1217 1255 1293 1331 1368 1406 1443 1480 1517
0,4 1554 1591 1628 1664 1700 1736 1772 1808 1844 1879

0,5 1915 1950 1985 2019 2054 2088 212 3 2157 2190 2 22 4
0 ,6 2 25 8 2291 2324 2357 2389 2422 245 4 2486 2518 2 54 9
0,7 2580 2612 2642 2673 2704 2734 2764 2794 282 3 2 85 2
0 ,8 2881 2 91 0 2939 2967 2996 3023 3051 3 07 8 3106 3133
0,9 3 15 9 3186 3212 3238 3264 3289 3315 3340 3365 3389

1 ,0 3 41 3 3438 3461 3485 3508 3531 3554 3577 3599 3621


1 ,1 3643 3665 3686 3708 3729 3749 3770 3 79 0 381 0 3830
1 ,2 3849 3869 3888 3907 3925 394 4 396 2 3 98 0 3997 4015
1,3 4032 4049 4 06 6 408 2 4099 4115 4131 4147 4162 417 7
1,4 4192 420 7 4222 4 23 6 4251 4265 4279 4292 4306 4319

1,5 4332 4345 4 35 7 4370 4382 4394 4406 4418 4429 4441
1 ,6 4452 446 3 4474 4484 4495 4505 4515 452 5 4535 454 5
1,7 4554 456 4 4573 4582 4 59 1 4599 4608 4616 4625 4633
1 ,8 4641 4649 4 65 6 4664 4671 4678 4686 4693 4699 4706
1,9 4713 4719 4 72 6 4 73 2 4738 4744 4750 4756 4761 476 7
z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

2 ,0 4772 4778 4783 4788 4793 4798 4803 4808 4812 4817
2 ,1 4821 4826 4830 4834 483 8 4842 4846 4850 4854 485 7
2 ,2 4861 4864 4868 4871 4875 4 87 8 4881 4884 4887 4890
2,3 4893 4896 4898 4901 4904 4906 4909 4911 4913 4916
2,4 4918 4920 4922 4925 4927 4929 4931 4932 4934 4936

2,5 4938 4940 4941 4943 4945 4946 4948 4949 4951 4952
2 ,6 4953 4955 4956 4957 4959 4960 496 1 4962 4963 4964
2,7 4965 4966 4967 4968 4969 4970 497 1 4972 4973 4974
2 ,8 4974 4975 4976 4977 4977 4978 4979 4979 4980 4981
2 ,9 4981 4982 4982 4 98 3 4984 4984 4985 4985 4986 4986

3 ,0 4987 4987 4987 4 98 8 4 98 8 4989 4989 4989 4990 4990


3,1 4990 4991 4991 4991 4992 4992 4992 4992 4993 4993
3 ,2 4993 4993 4994 4 99 4 4994 4994 4994 4995 4995 4995
3,3 4995 4995 4995 4 99 6 499 6 4996 4996 4996 4996 4997
3,4 4997 4997 4997 499 7 499 7 499 7 4997 4997 4997 4998

3,5 4998 4998 4998 j 4998 4998 4998 4998 4998 4998 4998
3,6 4998 4998 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999
3,7 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999
3,8 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999 4999
3,9 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0 0 ,5 0 0 0

Tabela 2 N úm eros aleatórios

51772 74640 42331 29044 466 21 62898 93582 04186 19640 87056
24033 2 34 91 83587 06568 21960 21387 76105 108 63 97453 9 05 81
45939 60173 52078 25424 11645 55870 56974 37428 93507 94271
30586 02133 75797 45406 31041 86707 12973 1 71 69 88116 42187
03585 79353 81938 82322 96779 85659 360 81 50884 14070 74950

64937 03355 95863 20790 65304 55189 00745 65253 11822 15804
1 56 30 64759 51135 98327 62586 41889 25439 88036 24034 67283
09448 56301 57683 30277 9 46 23 85418 68829 06652 41982 49159
216 31 91157 77331 60710 52290 16835 48653 71590 161 59 14676
91097 17480 29414 06829 87843 281 95 27279 47152 35683 47280

50532 25496 95652 42457 735 47 76552 50020 24819 52984 76168
07136 40876 79971 54195 257 08 51817 36732 72484 94923 75936
27989 64728 10744 08396 56242 909 85 28868 9 94 31 50995 205 07
85184 73949 3 66 01 46253 00477 25234 09908 36574 72139 70185
54398 21154 97810 36764 3 28 69 11785 55261 59009 38714 387 23

65544 34371 09591 07839 58892 92843 72828 9 13 41 84821 63886


08263 65952 85762 64236 392 38 18776 84303 9 92 47 46149 03229
39817 67906 48236 160 57 81812 15815 63700 859 15 19219 45943
62257 04077 79443 95203 02479 30763 92486 54083 236 31 0 58 25
53298 90276 62545 21944 165 30 03878 07516 95715 02526 335 37
Tabela 3 D istribuição de Student com v graus de liberdade (área som breada — p )

V ^0,995 ^0,99 ^0,975 ^0,95 ^0,90 ^0,80 ^0,75 ^0,70 ^0,60 ^0,55

1 6 3,6 6 31,8 2 12,71 6,31 3,08 1,376 1 ,0 0 0 0 ,7 2 7 0 ,3 2 5 0 ,1 5 8


2 9 ,9 2 6 ,96 4 ,3 0 2 ,92 1,89 1,061 0 ,8 1 6 617 289 142
3 5 ,84 4 ,5 4 3,18 2,35 1,64 0 ,9 7 8 0 ,76 5 584 277 137
4 4 ,6 0 3,75 2,78 2,13 1,53 0 ,941 0 ,741 5 69 271 134

5 4 ,0 3 3,36 2,57 2 ,0 2 1,48 0 ,9 2 0 0 ,7 2 7 0 ,5 5 9 0 ,2 6 7 0 ,1 3 2


6 3,71 3,14 2,45 1,94 1,44 906 7 18 553 265 131
7 3 ,50 3 ,00 2,36 1,90 1,42 896 711 5 49 2 63 130
8 3,36 2 ,90 2,31 1 ,8 6 1,40 889 706 5 46 262 130
9 3,25 2 ,82 2 ,26 1,83 1,38 8 83 703 543 261 129

10 3,17 2,76 2,23 1,81 1,37 879 700 5 42 2 60 129


11 3,11 2,72 2 ,2 0 1,80 1,36 876 697 540 260 129
12 3,06 2 ,6 8 2,18 1,78 1,36 873 695 5 39 259 128
13 3,01 2,65 2,16 1,77 1,35 870 6 94 5 38 259 128
14 2,98 2,62 2,14 1,76 1,34 868 6 92 537 258 128

15 2,95 2 ,6 0 2,13 1,75 1,34 866 691 536 258 128


16 2,92 2 ,58 2 ,1 2 1,75 1,34 865 690 535 258 128
17 2 ,9 0 2,57 2 ,1 1 1,74 1,33 8 63 689 534 257 128
18 2 ,8 8 2,55 2 ,1 0 1,73 1,33 862 688 5 34 257 127
19 2 ,8 6 2 ,54 2,09 1,73 1,33 861 688 5 33 257 127

20 2,84 2,53 2,09 1,72 1,32 860 687 5 33 257 127


21 2,83 2 ,52 2,08 1,72 1,32 859 686 5 32 257 127
22 2,82 2,51 2,07 1,72 1,32 858 686 5 32 256 127
23 2,81 2 ,5 0 2,07 1,71 1,32 858 685 532 256 127
24 2 ,80 2,49 2,06 1,71 1,32 857 685 531 256 127

25 2,79 2 ,48 2,06 1,71 1,32 856 684 531 256 127
26 2 ,78 2,48 2,06 1,71 1,32 856 6 84 531 256 127
27 2,77 2,47 2,05 1,70 1,31 855 684 531 256 127
28 2,76 2,47 2,05 1,70 1,31 855 6 83 530 256 127
29 2,76 2,46 2,04 1,70 1,31 854 683 530 256 127

30 2,75 2 ,46 2 ,04 1,70 1,31 854 6 83 530 256 127


40 2 ,70 2 ,42 2 ,0 2 1 ,6 8 1,30 851 681 529 255 126
60 2 ,6 6 2 ,39 2 ,0 0 1,67 1,30 848 6 79 527 254 126
120 2,62 2 ,36 1,98 1 ,6 6 1,29 845 677 5 26 254 126
oo 2,58 2 ,33 1,96 1,65 1,28 842 674 524 253 126
2
P

Tabela 4 D istribuição de q uiqu adrado co m v graus de liberdade (área som breada = p )

2 2 2 2 2 2 2
V X V
*0.995 *0,99 X o . ^ *0,95 *0,90 *0,50 x!,» *0,10 0,05 *0,025 X Õ.o, 0 , 00$

1 7.88 6.63 5.02 3.84 2,71 1,32 0,455 0,102 0,0158 0,0039 0,0010 0,0002 0,0000

1 0. 6 9.21 7.38 5.99 4.61 2.77 1,39 0,575 0,21 1 0,103 0,0 5 0 6 0,0201 0,0100

3 1 2. 8 1 1, 3 9,35 7, 81 6,25 4,1 1 2,37 1 . 21 0,584 0,352 0,216 0. 1 15 0,072

4 14,9 13,3 11,1 9,49 7,78 5,39 3,36 1,92 1,06 0,71 1 0.484 0,297 0,207

5 16.7 15,1 12,8 11,1 9.24 6.63 4,35 2,67 1. 61 1,15 0,831 0.554 0,412

6 18,5 16,8 14,4 12,6 1 0. 6 7,84 5,35 3.45 2,20 1,64 1,24 0,872 0,676

7 20.3 18,5 16.0 14, 1 12,0 9,04 6,35 4,25 2,83 2,17 1, 69 1,24 0,989

8 22,0 20.1 17,5 15,5 1 3, 4 10,2 7,34 5,07 3,49 2,73 2,18 1.65 1,34

9 23.6 21.7 19,0 16,9 14,7 11,4 8,34 5,90 4,17 3,33 2,70 2,09 1,73

25.2 23.2 20.5 18,3 16,0 12,5 9,34 6,74 4,87 3,94 3,25 2.56 2.16
10
11 26,8 24,7 21,9 19,7 17,3 13,7 1 0, 3 7,58 5.58 4,57 3,82 3,05 2.60

12 28.3 26,2 23,3 21.0 18,5 14,8 1 1, 3 8,44 6.30 5,23 4,40 3,57 3,07

29,8 27,7 24,7 22.4 19,8 16,0 12,3 9,30 7,04 5,89 5,01 4,1 1 3, 57
13
14 31.3 29.1 26.1 23,7 21,1 17,1 1 3, 3 10,2 7,79 6,57 5,63 4,66 4,07

32.8 30.6 27.5 25.0 22,3 18.2 14,3 1 1,0 8,55 7,26 6 ,2 o 5.23 4.60
15
16 34.3 32,0 28.8 26,3 23,5 19,4 15.3 1 1.9 9,31 7,96 6,91 5.81 5.14

17 35,7 33.4 30.2 27.6 24.8 20,5 16,3 12.8 10,1 8,67 7,56 6.4 3 5,70

18 37.2 34.8 31,5 28,9 26.0 21.6 17,3 13,7 10.9 9.39 8,23 7,01 6,26

19 38.6 36,2 32.9 30,1 27,2 22,7 18.3 14,6 1 1, 7 10. 1 8,91 7.63 6.84

37.6 34.2 31.4 28.4 23.8 19.3 15,5 12.4 10.9 9,59 8.26 7.4 3
20 40.0
41,4 38.9 35.5 32.7 29.6 24,9 20,3 16,3 13,2 1 1, 6 10,3 8.90 8,03
21
42.8 40.3 36,8 33.9 30.8 26,0 21,3 17,2 14.0 12,3 1 1.0 9.54 8 . 6.4
22
44,2 41.6 38,1 35.2 32,0 27,1 22,3 18,1 14.8 13.1 1 1, 7 10,2 9,26
23
24 43,0 39,4 36,4 33.2 28,2 23,3 19,0 15,7 13,8 12,4 10.9 9.89
45.6

46,9 44,3 40.6 37,7 34,4 29,3 24,3 19,9 16,5 14,6 1 3, 1 1 1, 5 10.5
25
45,6 41,9 38,9 35.6 30,4 25.3 20.8 17,3 15,4 13,8 12.2 1 1, 2
26 48,3
47.0 43,2 40,1 36,7 31.5 26,3 21.7 18,1 16.2 14,6 12,9 1 1,8
27 49.6
48,3 44.5 41.3 37,9 32.6 27,3 22.7 18,9 16.9 15,3 13.6 12,5
28 5 1.0
45,7 42.6 39,1 33,7 28.3 23,6 19,8 17,7 1 6, 0 14.3 1 3, 1
29 5 2.3 49,6

50,9 47,0 43.8 40,3 34,8 29,3 24,5 20,6 18.5 16,8 15,0 13,8
30 53.7
63,7 59.3 55,8 51,8 45,6 39,3 33,7 29,1 26,5 24,4 22,2 20,7
40 66,8
71.4 67,5 63,2 56,3 49,3 42,9 37,7 34,8 32,4 29,7 28.0
50 79,5 76.2
88,4 83,3 7 9. 1 7 4, 4 67,0 59.3 5 2.3 46,5 43,2 40,5 37,5 35,5
60 92.0

90,5 85.5 77,6 69,3 61.7 55,3 51.7 48,8 45,4 43,3
70 104.2 100,4 95,0
101.9 96.6 88.1 79,3 71.1 64,3 60.4 57,2 5 3.5 51,2
80 1 16.3 112.3 106,6
124,1 1 18.1 1 13,1 107,6 98.6 89,3 80,6 73.3 69,1 65,6 61,8 59.2
90 128.3
129,6 124,3 1 18.5 109,1 99,3 90,1 82,4 77,9 74,2 70,1 67,3
100 140.2 135.8
Apêndice II

PORTARIA N? 046 DE 17 DE
ABRIL DE 1978 — DNAEE
Portaria n^046 de 17 de abril de 1978 — DNAEE

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE ÁGUAS E ENER­


GIA ELÉTRICA, no uso de suas atribuições, tendo em vista a competência legal deste De­
partamento para resolver sobre às condições técnicas e a qualidade de serviço de energia
elétrica; e
CONSIDERANDO ser imprescindível para a conceituação de serviço adequado,
bem como para subsidiar o planejamento dos concessionários de serviços públicos de ele­
tricidade, a definição de números máximos no tocante a quantidade e duração de inter­
rupções de fornecimento de energia elétrica;
RESOLVE:
Estabelecer, na forma que se segue, as disposições relativas à continuidade de servi­
ço a serem observadas pelos concessionários de serviço público de eletricidade no forne­
cimento de energia elétrica a seus consumidores.

DOS ÍNDICES DE CONTINUIDADE POR CONJUNTO

Art. 1 9 — Os Concessionários de serviço público de eletricidade devem apurar, quan­


to ao fornecimento de energia elétrica a seus consumidores, os seguintes índices relativos
à continuidade de serviço:
a) “ índice de duração equivalente de interrupção por consumidor” (DEC) — que exprime
o espaço de tempo em que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou
privado de fornecimento de energia elétrica no período considerado. Para a apuração
do DEC deve ser utilizada a seguinte fórmula:
Sendo:
DEC — duração (em horas) equivalente de interrupção por consumidor do conjunto
considerado;
i — número de interrupções variando de 1 a n;
Ca,., — número de consumidores, do conjunto considerado, atingidos nas interrupções
(0 ;
t(i) ~ tem P ° de duração das interrupções (/ ) , em horas;
C — número total de consumidores do conjunto considerado.

b) “ índice de freqüência equivalente de interrupção por consumidor” (FEC) — que expri­


me o número de interrupções que, em média, cada consumidor do conjunto considera­
do sofreu, no período considerado. Para a apuração do FEC deve ser utilizada a seguin­
te fórmula:

Ca(0
FEC = ------------

sendo:
FEC — freqüência equivalente de interrupção por consumidor do conjunto considera­
do;
i — número de interrupções variando de 1 a n;
Ca(i) — número de consumidores, do conjunto considerado, atingidos nas interrupções
(0 ;
Cs — número total de consumidores do conjunto considerado.

§ 19 — Os concessionários, para efeito de apuração dos índices de continuidade


(DEC e FEC), podem utilizar nas fórmulas, como alternativa, o critério de correlação en­
tre o número total de consumidores do conjunto considerado e a quantidade total de
kVA instalada no mesmo.
§ 29 — Quando utilizado o critério indicado no parágrafo anterior, os valores de cor­
relação devem ser informados ao DNAEE, sempre que solicitados.
§ 39 — Para os efeitos desta Portaria, considera-se conjunto de consumidores qual­
quer reunião dos mesmos defmida pelo concessionário para a apuração dos índices de
continuidade, observado o disposto no artigo 29.
Art. 29 — A apuração dos índices de continuidade (DEC e FEC) deve abranger toda
a zona atendida pelo concessionário, respeitadas as seguintes determinações:
I — apuração em separado para conjunto de consumidores, a critério do concessio­
nário, ressalvado, entretanto, que:
a) para uma mesma área urbana contínua, dividida em mais de um conjunto, devem
ser observados em cada conjunto os índices estabelecidos para o número total
de consumidores da área;
b) não podem ser reunidos em um mesmo conjunto consumidores situados em áreas
urbanas não contíguas.

II — Com relação a cada conjunto, apuração em separado dos valores relativos a:


a) consumidores atendidos por sistema subterrâneo de distribuição, com secundá­
rio reticulado;
b) consumidores atendidos por sistema subterrâneo de distribuição, com secundá­
rio radial;
c) consumidores atendidos em tensão de transmissão ou subtransmissão igual ou
superior a 69 kV;
d) consumidores atendidos por sistemas aéreos em tensão inferior a 69 kV.
Art. 39 — Na apuração dos índices de continuidade (DEC e FEC) devem ser consi­
deradas todas as interrupções, ocorridas em qualquer das partes do sistema elétrico e in­
dependentemente de sua natureza, programadas, acidentais manobras etc. admitidas ape­
nas as seguintes exceções:
I — interrupção com duração inferior a 3 (três) minutos;
II — interrupção de consumidor isolado, causada por falha em suas instalações, des­
de que não afete outros consumidores;
III — interrupção decorrente de racionamento de energia elétrica, determinado de
acordo com a lei.
Art. 49 — Os índices de continuidade (DEC e FEC) devem ser apurados:
I — trimestralmente, nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, com rela­
ção aos trimestres vencidos em dezembro, março, junho e setembro, respectivamente;
II — anualmente, até o mês de março, com relação ao ano anterior.
§ 1 9 — Para as apurações anuais o número de consumidores a ser considerado deve
ser igual à média aritmética dos números de consumidores existentes ao Final de cada mês.
§ 29 — Os índices apurados, assim como os dados utilizados para sua apuração, de­
vem ser mantidos por 12 (doze) meses em registros organizados pelos concessionários.
Art. 5 9 — Os valores máximos anuais dos índices de continuidade (DEC e FEC), a
serem observados pelos concessionários com relação aos consumidores componentes de
cada conjunto, são os seguintes:
I — para os consumidores atendidos em tensão de transmissão ou subtransmissão
igual ou superior a 69 kV, DEC = 1 5 (quinze) e FEC = 25 (vinte e cinco);
II — para os consumidores atendidos em tensão de transmissão, subtransmissão, in­
ferior a 69 kV, primária ou secundária de distribuição: os constantes do Quadro anexo
à presente Portaria.
Art. 69 — Os concessionários devem observar, relativamente aos consumidores com ­
ponentes de cada conjunto, com o valores máximos trimestrais dos índices de continuida­
de (DEC e FEC), os equivalentes a 40% (quarenta por cento) dos referidos no artigo ante­
rior.
DOS VALORES DE CONTINUIDADE POR CONSUMIDOR
Art. 79 — As interrupções no fornecimento de energia elétrica a cada consumidor,
individualmente considerado, não podem superar no período de 12 (doze) meses qual­
quer dos seguintes valores:
I — para consumidor atendido por sistema subterrâneo:
30 (trinta) horas ou 35 (trinta e cinco) interrupções.
II — Para consumidor atendido em tensão de transmissão ou subtransmissão igual
ou superior a 69 kV:
30 (trinta) horas ou 40 (quarenta) interrupções.
III — Para consumidor atendido em tensão de transmissão ou subtransmissão infe­
rior a 69 kV ou em tensão primária de distribuição, cuja unidade de consumo não se situe
em zona rural:
80 (oitenta) horas ou 70 (setenta) interrupções.
IV — Para consumidor atendido em tensão secundária de distribuição e pertencente
a conjunto com mais de 1 000 (mil) consumidores, cuja unidade de consumo não se situe
em zona rural:
100 (cem) horas ou 80 (oitenta) interrupções.
V — Para consumidor localizado em zona rural atendido por sistema aéreo de dis­
tribuição ou pertencente a qualquer conjunto com menos de 1 000 (mil) consumidores.
150 (cento e cinqüenta) horas ou 120 (cento e vinte) interrupções.
PARÁGRAFO ÚNICO - A critério do concessionário, em caso de celebração de
contratos de fornecimento, podem ser assegurados valores diferentes dos estabelecidos
neste artigo, de forma a proporcionar uma melhor qualidade de serviço para consumidores
específicos.
Art. 89 — As interrupções no fornecimento de energia elétrica a cada consumidor,
individualmente considerado, não podem superar, no período de 3 (três) meses, 40%
(quarenta por cento) dos valores referidos no artigo anterior.
Art. 99 — Os valores de que tratam os artigos 79 e 89 referem-se, respectivamente,
aos 12 (doze) e 3 (três) meses anteriores a sua apuração.
Art. 10 — 0 concessionário deve apurar os valores das interrupções, para compará-
los com os referidos nos artigos 79 e 89, sempre que solicitado.
I — pelo DNAEE, quanto ao consumidor e período requeridos, informando-o do re­
sultado da apuração no prazo por ele fixado para o caso;
II — pelo consumidor, quanto ao período requerido, infomiando-o, até 30 (trinta)
dias após o recebimento da solicitação, do resultado da apuração.
PARÁGRAFO ÚNICO — A solicitação de que trata o inciso II supra deve ser funda­
mentada, com indicação do número e/ou duração, aproximados, das interrupções nos úl­
timos 3 (três) meses.
Art. 11 — Para a apuração dos valores das interrupções a consumidor, individual­
mente considerado deve ser observado o seguinte:
I — determinação com base nos dados constantes nos registros a que alude o § 29
do artigo 49;
II — aplicação do disposto no artigo 39 e seus incisos;
III — nao consideração de interrupção programada, desde que comprovadamente
comunicada sua ocorrência, com 72 (setenta e duas) horas de antecedência, no mínimo,
aos consumidores afetados.
Art. 12 — 0 concessionário deve organizar registros que indiquem, quanto às soli­
citações de apuração de interrupções formuladas por consumidores, os seguintes dados:
I — data da solicitação;
II — ocorrências que determinam a solicitação;
III — resultado da apuração efetuada pelo concessionário;
IV — data da informação do apurado ao consumidor;
V — providências tomadas para normalização do fornecimento, se for o caso;
VI — data da conclusão das providências de que trata o inciso anterior, se for o
caso.
PARÁGRAFO ÜNICO — Os dados a que se refere este artigo devem ser mantidos
nos registros por 12 (doze) meses a contar da data a que alude o inciso IV supra ou, se
for o caso, da data a que alude o inciso VI supra.

DA NORMALIZAÇÃO DO FORNECIMENTO

Art. 13 — Quando forem apurados valores superiores aos limites de que tratam os
artigos 59 a 89, o concessionário deve adotar as providências que se fizerem necessárias à
normalização do fornecimento.

PARÁGRAFO ÚNICO — As providências supra-referidas devem ser concluídas no


prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da apuração dos valores anormais,
salvo autorização específica do DNAEE para adoção do prazo superior, em razão de jus­
tificativa apresentada pelo concessionário.

Art. 14 — Eventuais pendências entre concessionário e consumidor, quanto à de­


terminação de responsabilidade por interrupção de fornecimento, devem ser submetidas
à apreciação da Divisão de Controle de Serviços de Eletricidade do DNAEE.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 15 — As disposições da presente Portaria não se aplicam:

I — a áreas com menos de 5 000 (cinco mil) consumidores supridas por sistemas
isolados;
II — a vendas de energia em grosso para fins de revenda.

Art. 16 —No que respeita ao início da exigibilidade do disposto nesta Portaria,


são estabelecidos os seguintes prazos:
I — até 19 de outubro de 1979 os concessionários devem iniciar a apuração dos
índices de continuidade (DEC e FEC);
II — a partir de 19 de outubro de 1980 os concessionários deverão:
a) fornecer ao DNAEE,.sempre que solicitados, dados relativos aos índices de con­
tinuidade (DEC e FEC);
b) assegurar a observância do disposto nos artigos 79 e 89.
PARÁGRAFO ÚNICO — Os prazos acima estabelecidos podem ser prorrogados
por até 2 (dois) anos, a critério do concessionário, quanto aos índices e valores de conti­
nuidade relativos a consumidores localizados em áreas rurais.
Art. 17 — Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ CARLOS MENEZES


Diretor-Geral

Quadro anexo à Portaria N ? 046 de 17 de abril de 1978 do Diretor-Geral do Departamen­


to Nacional de Águas e Energia Elétrica.

CONJUNTO DEC FEC


DE
CONSUMIDORES (HORAS) (NÚMERO)

Atendido por sistema subterrâneo com


secundário reticulado 15 20

Atendido por sistema subterrâneo com


secundário radial 20 25

Atendido por sistema aéreo, com mais de


50 000 consumidores 30 45

Atendido por sistema aéreo, com número


de consumidores entre 15 000 e 50 000 40 50

Atendido por sistema aéreo, com número de


consumidores entre 5 000 e 15 000 50 60

Atendido por sistema aéreo, com número de


consumidores entre 1 000 e 5 000 70 70

Atendido por sistema aéreo, com menos de


1 000 consumidores 120 90

Valores Máximos Anuais de Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor (DEC);


Freqüência Equivalente de Interrupção por Consumidor (FEC) — Consumidor Atendido
em Tensão de Transmissão, Subtransmissão, inferior a 69 kV, Primária ou Secundária de
Distribuição.
Im p ressão e A c a b a m e n to

C ír c u lo d o L iv r o S .A .
A v . E rm a n o M a rch etti, 283 - L a p a
C a ix a Postal 7413
F o n e s : 6 2 -4 0 3 4 - 8 6 4 -8 3 6 6
S ã o P a u lo - Brasil

F ilm es fo rn e cid o s p e lo ed ito r

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