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CURSO DE GESTÃO E MANUTENÇÃO

DE ESPAÇOS VERDES

MÓDULO: MULTIPLICAÇÃO DE PLANTAS

FORMADORA: Paula Paulo


Multiplicação sexuada
Sexuada: Semente
Exige-se que os descendentes sejam
formados a partir de dois progenitores, que
produzem células sexuais ou gâmetas. Essas
células, uma feminina e outra masculina,
unem-se para originar o novo indivíduo.

Assim, a reprodução sexuada envolve uma


alternância entre meiose e fecundação,
apresentando uma elevada vantagem evolutiva
para os organismos pois produz e mantém a
variabilidade das populações
A reprodução nas Gimnospérmicas foi a
adaptação ao meio terrestre, eliminando a
dependência da água para a fecundação com
a produção de um tubo polínico, que transporta
o anterozóide á oosfera.
A formação de semente, que permite a
protecção e nutrição do embrião, protegido por
tegumentos formados a partir de tecidos do
esporângio, até que as condições ideais para a
germinação sejam encontradas.
As características vegetativas das
Angióspermicas são muito variadas, variando
desde os eucaliptos gigantes com mais de 100
metros de altura e 20 metros de diâmetro, até
monocotiledóneas flutuantes não maiores que
1 mm de comprimento.

Todas as Angiospérmicas, com muito poucas


excepções, são de vida livre, embora existam
seres parasitas, que não apresentam clorofila.
Assim como plantas dicotiledóneas
Quadro comparat ivo de caract eríst icas de Mono e
Dicot iledóneas

Características Dicotiledóneas Monocotiledóneas


Peças florais múltiplos de 4 ou 5 múltiplos de 4
Pólen com 3 sulcos ou poros com um sulco ou poro
Cotilédones dois um
Nervação da folha em rede paralela
Feixes vasculares
em anel único disposição complexa
primários no caule
Raiz aprumada fasciculada
Crescimento
tipicamente presente ausente
secundário
todas as árvores e
arbustos (excepto as gramíneas, lírios,
Exemplos
gimnospérmicas) e a antúrios, palmeiras, etc.
maioria das ervas
Estrutura da flor monóica

A flor é um ramo modificado, formado por folhas


modificadas (férteis e estéreis), formando anéis
concêntricos em redor do eixo central de
sustentação.

As angiospérmicas podem apresentar flores


dióicas ou monóicas.
Uma flor monóica típica apresenta três tipos de
orgãos:

orgãos de suporte orgãos que sustentam a


flor, tais como:

pedúnculo liga a flor ao resto ramo;

receptáculo dilatação na zona terminal do


pedúnculo, onde se inserem as restantes
peças florais
orgãos de protecção orgãos que envolvem
as peças reprodutoras propriamente dita,
protegendo-as e ajudando a atrair animais
polinizadores. O conjunto dos órgãos de
protecção designa-se perianto. Uma flor sem
perianto diz-se nua. Destes fazem parte:
cálice conjunto de sépalas, as peças florais
mais parecidas com folhas, pois geralmente
são verdes. A sua função é proteger a flor
quando em botão. A flor sem sépalas diz-se
assépala.

Se todo o perianto apresentar o mesmo


aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas
diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o
perianto é indiferenciado
CORTE LONGITUDINAL MOSTRANDOPEÇAS DE
SUPORTE, PROTECÇÃO E REPRODUTORAS
corola conjunto de pétalas, peças florais
geralmente coloridas e perfumadas, com
glândulas produtoras de néctar na sua base,
para atrair animais.

A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o


perianto for igual (tépalas), e for semelhante a
pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o
perianto se designa indiferenciado;
orgãos de reprodução folhas férteis
modificadas, localizadas mais ao centro da flor
e designadas esporófilos. As folhas férteis
masculinas formam o anel mais externo e as
folhas férteis femininas o interno:

androceu parte masculina da flor, é o


conjunto dos estames. Os estames são folhas
modificadas, ou esporófilos, pois sustentam
esporângios. São constituídas por um filete
(corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera
(corresponde ao limbo da folha);
gineceu parte feminina da flor, é o conjunto
de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo
feminino, é constituído por uma zona alargada
oca inferior designada ovário, dado que contém
óvulos.

Após a fecundação, as paredes do ovário


formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma
zona estreita, o estilete, e termina numa zona
alargada que recebe os grãos de pólen,
designada estigma. Geralmente o estigma é
mais alto que as anteras, de modo a dificultar a
autopolinização.
Estrutura dos esporófilos masculinos

No estame, a zona mais importante do


ponto de vista da reprodução é a antera. A
antera apresenta sulcos longitudinais que a
dividem em dois lobos ou tecas, cada uma
contendo dois sacos polínicos. A antera
apresenta três camadas de células, com
funções bem distintas:
camada de células epidérmicas - tal como
todo o corpo da planta, a antera está envolvida
por células de protecção;
camada mecânica localizada imediatamente
abaixo das células epidérmicas. As células desta
camada, grandes e de contorno muito regular,
apresentam uma parede celular muito espessada.

Á medida que a antera amadurece, estas células


perdem a água, provocando o rasgar da antera e
consequente libertação dos esporos no seu
interior. A ruptura ocorre sempre na mesma zona
da antera, entre os sacos polínicos, já pré-
determinada. O mecanismo de libertação dos
esporos é, como se pode verificar, devido a um
mecanismo semelhante ao que existe nos
esporângios de fetos;
CORTE TRANSVERSAL DE UMA ANTERA JOVEM
camada nutritiva a designação destas
células já revela a sua, importante, função,
pois é através delas que as células que irão
originar os esporos se alimentam.

Esta camada apenas é visível em anteras


jovens, em que os esporos não foram já
libertados, pois não tem qualquer função numa
antera madura.
Os sacos polínicos são os esporângios
masculinos ou microsporângios, e no seu
interior encontram-se as células-mães dos
esporos, que, por meiose, irão originar os
esporos.

Atendendo a que os esporos se designam,


neste caso, grãos de pólen ou micrósporos, as
células que lhes dão origem são as células-
mães dos grãos de
pólen.
Os grãos de pólen apresentam dois
tegumentos envolventes, um externo exina -,
poroso e espesso, com esculturações
características da espécie e um interno
intina mais fino e celulósico, directamente
em contacto com a membrana citoplasmática.

Quando ainda se encontram encerrados nas


anteras, os grãos de pólen iniciam a sua
germinação sofrendo uma mitose não seguida de
citocinese, obtendo-se uma célula com dois
núcleos: núcleo germinativo e núcleo
vegetativo.
Estrutura dos esporófilos femininos

Os carpelos são constituídos por três zonas


principais: ovário, estilete e estigma.

No caso da açucena, por exemplo, o ovário é


formado por três lóculos, câmaras fechadas
onde se encontram os óvulos, presos á parede
do ovário através de um pedúnculo designado
funículo.
Fecundação

Os grãos de pólen aderem ao estigma por


intermédio de uma substância viscosa e
nutritiva, por este segregada.

Esta substância vai permitir o continuar do


desenvolvimento do grão de pólen, fornecendo
alimento e hormonas
Uma vez em contacto com o estigma, o grão
de pólen absorve água, proveniente das
células do estigma, devido á existência de um
gradiente de potencial hídrico.

Tanto o estigma como o estilete são estruturas


especializadas em facilitar a germinação do
grão de pólen e o crescimento do tubo
polínico, pois produzem nutrientes e conduzem
o tubo em direcção ao ovário. Na maioria das
angiospérmicas o estilete é sólido, crescendo o
tubo tanto entre as células como por dentro
das suas células.
Atendendo a que toda esta estrutura está
envolvida pelos tegumentos do óvulo, pode-se
compreender melhor a composição da
semente:

embrião resultante do zigoto, por mitoses


sucessivas;
endosperma também designado albúmen, é
um tecido triplóide com elevado conteúdo em
substâncias de reserva;

tegumentos de protecção (casca)


formados a partir da primina e secundina,
que se espessam e impermeabilizam,
protegendo a semente, tal como protegiam
o macrosporângio
Multiplicação assexuada

Num caule jovem de uma dicotiledonea e


uma monocotiledonea, notamos que existe
entre eles uma diferença bem acentuada:
Enquanto que no caule de dicotiledonea se
pode observar um cilindro central bem
destacado nas monocotiledoneas isto não
ocorre, pois os tecidos de condução são
encontrados dispersos;

Os caules das dicotiledoneas, com o passar do


tempo, formam meristemas secundários que
fazem com que engrossem, formando uma
estrutura secundária;

Já os caules das monocotiledoneas não


engrossam, ficando com uma estrutura primária
durante a vida inteira.
Multiplicação assexuada

Mergulhia
União - a planta matriz
Alporquia

Estacas caulinares
Lenhosa
Semi-lenhosa
Herbácea
Estacas foleares
Folha completa
Fragmento de folha
Folha completa + gomo

Estacas de gomo

Estacas radiculares
Divisão de bolbos
Fragmentos de raízes
Fragmentos de tubérculos e rizomas
Enxertia
Garfo
Borbulha

Micropropagação
ESTACA

A propagação vegetativa por estacas consiste


em destacar da planta original um ramo, uma
folha ou raiz e colocá-los em um meio adequado
para que se forme um sistema radicular e, ou,
desenvolva a parte aérea.

A propagação por estacas baseia-se na


faculdade de regeneração dos tecidos e
emissão de raízes.
De entre os métodos de propagação vegetativa,
a estaca é, ainda, a técnica de maior viabilidade
económica para o estabelecimento e plantação
de clones, pois permite, a um custo menor, a
multiplicação de genótipos seleccionados, num
curto período de tempo.
Além disso, a estaca tem a vantagem de não
apresentar o problema de incompatibilidade que
ocorre na enxertia.
As estacas herbáceas são obtidas de ramos
apicais, devem ser retirados pela manhã, quando
ainda estão túrgidas e com níveis mais elevados
de ácido abscísico e de etileno, que são
elementos favoráveis ao enraizamento.
As estacas lenhosas são obtidas de ramos
lenhosos ou lenhificados, com idade entre 8 e 15
meses e encontram maior campo de aplicação
que as herbáceas e, quase sem excepção,
constituem-se no material básico de propagação
de árvores frutíferas, os principais tipos de
estacas lenhosas com suas características são:
Estaca simples

A estaca simples é obtida subdividindo-se o


ramo em pedaços de 20 a 30 cm de
comprimento.

O diâmetro dessa estaca normalmente varia de


0,5 a 1,5 cm e cada uma deve possuir de 4 a 6
gemas.

Esse tipo de material constitui-se num dos mais


efectivos, tanto pelo rendimento que oferece
como na prática da estaca.
Difere da anterior por trazer consigo parte do
lenho velho, que se denomina talão. É obtida
destacando-se um ramo no ponto de inserção
com outro de dois anos.

É utilizada quando a espécie ou variedade


apresenta dificuldade de enraizamento.

O número de estacas, neste tipo, é inferior ao


das simples, pois só podem ser obtidas quando
os ramos apresentam bifurcação.
Estaca-cruzeta

Assemelha-se ao tipo anterior, porém, em vez


de ser retirada com um pedaço de lenho velho
na forma de pata de cavalo, é obtida
seccionando-se o ramo de dois anos, de modo
a permitir maior porção de lenho.

Apresenta o formato de uma cruz


Estaca-gema

O material de propagação é representado por


uma única gema e é utilizado em casos muito
especiais. O seu uso restringe-se à
multiplicação de material muito valioso ou
quando não se dispõe de material em
quantidade suficiente.
Estaca-enxerto

As estacas de difícil propagação podem ter o


seu enraizamento facilitado utilizando-a com
garfo e a estaca de mais fácil enraizamento,
como cavalo.
Época de propagação

As estacas herbáceas, de ponteiro, são


multiplicadas durante o ano todo, de
preferência durante a Primavera e o Verão.

As lenhosas normalmente são empregadas


após a queda das folhas, portanto, quando o
ramo apresenta-se outonado.

O enraizamento das estacas lenhosas está


intimamente ligado às substâncias de reserva,
daí a sua utilização durante o período de
repouso vegetativo.
Preparação das estacas

As estacas são preparadas cortando-se os


ramos de acordo com o tipo desejado. A
parte superior é seccionada a um ou mais
centímetros acima da última gema e a parte
inferior, em bisel, com uma gema do lado
oposto ao corte.
A estaca é feita em terreno preparado, e as
estacas são fincadas no solo, de modo que
apenas um terço permaneça exposto ou uma
única gema, segundo o tipo de estaca
utilizada.

Excepção é feita para a estaca-gema ou


semente, a qual requer os mesmos cuidados
que os empregados na propagação de
sementes.
Desenvolvimento Anatómico das Raízes nas
Estacas

O processo de desenvolvimento das raízes


adventícias nas estacas caulinares pode ser
dividido em três fases:
Formação de grupos de células meristemáticas
(as iniciais da raiz).

Diferenciação desses grupos de células em


primórdios de raiz reconhecíveis.

E desenvolvimento e emergência das novas


raízes, incluindo a ruptura de outros tecidos do
caule e a formação de conexões vasculares
com os tecidos condutores da estaca.
Factores que Afectam a Propagação por
Estacas
Dentre os vários factores de que depende o
enraizamento de estacas, destacam-se os
ambientais, o estado fisiológico, a
maturação, o tipo de propágulo, a sua origem
na copa e a época de coleta, que
influenciam, sobretudo, na capacidade e na
rapidez de enraizamento.

O sucesso, no entanto, depende de factores


internos e externos.
Factores Internos

Factores Externos
Factores Internos

Espécie

Condição fisiológica da planta-mãe.

Há consideráveis evidências de que a nutrição da


planta-mãe exerce forte influência sobre o
desenvolvimento de raízes e ramos
Idade da Planta-mãe

Estacas de plantas jovens enraízam melhor que


as de plantas velhas.

O rejuvenescimento, por meio de poda, favorece


o enraizamento.

Estacas de plantas jovens, procedentes de


sementes, enraízam com maior facilidade que
as estacas retiradas de plantas da mesma
espécie, porém mais velhas
Época do ano

A época do ano, em alguns casos, pode


exercer grande influência sobre o enraizamento
das estacas.

Para estacas de folhas caducas, as melhores


épocas são o Outono e o Inverno e, para as de
folhas persistentes, a Primavera e o Verão.
Tipo de estaca

O tipo de estaca pode também ser decisivo e


deve-se usar o mais adequado.

Com relação às estacas obtidas de ramos, a


parte da copa onde é extraído o material não é
indiferente quanto ao resultado do
enraizamento.

Por uma questão, normalmente, de maturação


fisiológica, a base da copa é mais favorável
que a parte superior para colheita.
Factores Externos
Humidade

É factor de grande importância para o sucesso


de um programa de propagação vegetativa por
meio de enraizamento de estacas.

A retirada das estacas deve ser feita sempre


que possível pela manhã, quando estão ainda
túrgidas e com maior teor de ácido abscísico e
de etileno
O ambiente seco favorece o ressecamento das
estacas, reduzindo a sua possibilidade de
enraizamento.

Humidade relativa mais alta, mantém as estacas


túrgidas, favorecendo o seu enraizamento

A presença de folhas nas estacas é um forte


estímulo para a formação de raízes, porém a
perda de água pela transpiração pode levar as
estacas à morte antes que se formem as raízes.
Alto grau de humidade relativa do ar é necessário
para evitar o dessecamento das estacas
Temperatura

A temperatura tem importante função reguladora


no metabolismo das estacas, devendo fornecer
condições para que haja indução. A flutuação da
temperatura é prejudicial à sobrevivência das
estacas.

Temperaturas amenas, entre 12 e 27ºC,


favorecem o aumento de carbohidratos e o
enraizamento das plantas.
Luz

Interfere na produção de carbohidratos, de


ramos e nas suas características, pela sua
intensidade, qualidade e fotoperiodismo.

A luminosidade fornecida às estacas durante o


período de enraizamento é de fundamental
importância na emissão de raízes.
Deve-se fornecer às estacas com folhas a
luminosidade máxima, de forma a proporcionar
um máximo de fotossíntese, para que haja
acumulação de substâncias indutoras do
enraizamento.
Substrato

O substrato, no qual são colocadas as estacas,


influi no sucesso do enraizamento e vai
depender do sistema de irrigação a ser
empregado.

O meio pode influenciar muito, não só na


percentagem de enraizamento, como também
na qualidade do sistema radicular que se
forma.
Estaca:
Caule
Folha
Raiz
15 dias
Cavalo

Enxertia Estaca

Mergulhia
Mergulhia

Existem espécies de plantas ornamentais


apresentando enraizamento muito difícil quando
a multiplicação é tentada através da separação
de suas partes, como ocorre com as estacas.

Nestes casos pode ser utilizada a técnica da


mergulhia , consistindo no vergamento de um
ramo de caule da planta, até que este atinja o
solo e nele seja mergulhado.
A mergulhia aérea ou alporquia é uma técnica
que ainda encontra alguma aplicação na
Floricultura Ornamental, na propagação de
plantas.

Nalgumas plantas, caules especializados


podem formar raízes adventícias
naturalmente, enquanto ligados à planta-mãe,
propagando a planta por uma mergulhia
natural.
É o caso dos estolhos, caules especializados
que se desenvolvem a partir da axila de uma
folha, cresce horizontalmente sobre o solo e
forma novas plantas em alguns dos nós.

A divisão de tufos e a utilização de rebentos


da base já enraizados, são também formas de
propagação de plantas semelhantes à
mergulhia.
TIPOS DE MERGULHIA

Mergulhia simples

É o processo em que se mergulha um ramo


de uma planta, chamado de mergulho,
directamente no solo. Deve-se escolher ramos
flexíveis do ano, curvar e enterrar o ramo a uma
profundidade de 10 -15 cm de forma que a área
anelada fique no fundo, instalar um tutor e fixar
o ramo enterrado nele, deixar os primeiros 25
cm da ponta do ramo para fora do solo.
Mergulhia invertida

Difere da anterior porque a ponta do ramo é


que é enterrada, após ser decepada ou não,
devendo-se enterrar o ramo verticalmente
até certa profundidade e fixá-lo por um tutor.
Mergulhia contínua

Na mergulhia contínua, um longo ramo


é enterrado, sendo deixada somente a ponta
para fora.

Depois, o ramo enraizado pode ser cortado


em várias mudas como se fossem estacas
pré-enraizadas..
Procedimento
Alporquia (mergulhia aérea)
1.Amarre uma porção de plástico opaco em torno
de um ramo de forma a fazer uma bolsa.

2. Acima do plástico, efectue duas incisões em


lados opostos do ramo, no sentido de baixo
para cima.

3. Limpe o látex com um toalhete de papel.

4. Parta um palito a meio e insira-o no corte para


evitar que este feche.
5. Humedeça um bocado de turfa de forma a que
a água escorra por entre os seus dedos quando
comprime a turfa com a mão.

6. Coloque a turfa em torno do caule, cobrindo os


cortes, envolvendo-a com o plástico.

7. Amarre a parte superior do plástico ao caule


fazendo uma bolsa fechada em volta da turfa.

8. No final do semestre, remova a turfa e observe


se ocorreu enraizamento. Neste caso, corte o
ramo abaixo da zona onde se formaram as raízes
e plante num vaso.
Propagação por estolhos
1.Encha pequenos vasos de um substrato à base
de turfa.

2. Disponha os pequenos vaso em torno do vaso


com o pé-mãe.

3. Coloque as pequenas plantas formadas nos


nós dos estolhos em contacto com o substrato
e prenda-as com um grampo.

4. No final do semestre, verifique o enraizamento


das novas plantas e corte os estolhos que as
ligam à planta-mãe.
ENXERTIA

A enxertia é o método de propagação


assexuada que consiste na união de um
fragmento vegetal, contendo pelo menos uma
gema, com outro que lhe sirva de suporte.

O fragmento contendo as gemas é responsável


pela formação da parte aérea da nova planta e é
denominado de enxerto, borbulha, garfo.

A parte responsável pela formação do sistema


radicular é denominada a porta-enxerto ou
cavalo.
Normalmente, a propagação por enxertia
consiste nestas duas partes, porém, em certas
situações, há problemas de compatibilidade
entre elas ou há necessidade de controlar o
vigor da copa.

De entre as principais finalidades do uso da


enxertia encontra-se a propagação de plantas
que não podem ser multiplicadas por outros
métodos, o aproveitamento de características
favoráveis do porta-enxerto.
Para que a enxertia tenha um bom pegamento,
alguns factores devem ser observados. Dentre
estes factores pode-se destacar os seguintes:

Compatibilidade

As partes a serem enxertadas devem ser


compatíveis, ou seja, devem possuir um certo
grau de parentesco.

Na prática recomenda-se que o porta-enxerto


seja no mínimo da mesma família
Condições ambientais

As condições ambientais antes, durante e


depois da enxertia afectam fortemente o
fragmento dos enxertos.

Temperaturas muito elevadas favorecem a


desidratação do enxerto, bem como
temperaturas muito baixas não favorecem a
cicatrização.
O vento pode provocar a quebra do enxerto no
ponto de união, além de acelerar o processo
de desidratação, após a realização da enxertia.

Deve evitar-se também, efectuar a enxertia em


dias com intensa luminosidade, pois pode
causar dessecação rápida do enxerto.
Sanidade

É importante que as plantas utilizadas na


enxertia estejam livres de pragas e doenças, as
quais podem comprometer o pegamento e o
desenvolvimento da nova planta.

Idade do material usado

Como se sabe, quanto maior a idade dos tecidos,


menor a actividade celular e a capacidade de
cicatrização. Por esta razão, é recomendável que
tanto o enxerto quanto o porta-enxerto sejam
mais jovens.
ENXERTIA

Objectivos

-Obter benefício de porta-enxertos

-Mudar cultivares de plantas já estabelecidas

- Ultrapassar ou diminuir períodos juvenis


(inicio de desenvolvimento das plantas até ao
aparecimento das primeiras flores. Nas
plurianuais quanto maior o ciclo de vida maior
o período juvenil).
-Obter formas especiais através de diferentes
formas de crescimento (podem obter-se formas
diferentes quando colocamos os gomos voltados
para baixo).

- Reparar parte de plantas (pode utilizar-se


enxertos quando existe uma parte danificada).
- Estudar viroses
PROPAGAÇÃO DE PLANTAS

PLANTA-MÃE

1 Capacidade de regeneração dos órgãos em


falta na planta

2 Potencial de regeneração

- Nº de estacas por planta/unidade de


superfície e por unidade de tempo.
Depende:
-Características genéticas da espécie

-Condições fisiológicas das plantas-mãe


(idade)

-Condições edáfo-climáticas do meio de


propagação (substrato, temperatura, humidade
e luz)

- Posição da estaca na planta-mãe


-Época de enraizamento

Repouso vegetativo ou Inverno (estacas


lenhosas sem folhas/estacas radiculares)

Desde inicio do crescimento vegetativo


(Primavera estacas semi-lenhosas de
espécies de folha caduca)
No final de um período de grande
desenvolvimento vegetativo (estacas de folha
persistente de estacas semi-lenhosas)

Em qualquer época do ano (estacas


caulinares herbáceas e estacas foleares)
CONDIÇÕES AMBIENTAIS

1 Temperatura

Temperatura do substrato superior e média 5ºC


à temperatura ambiental.

- Diminui a actividade da estaca.

- Limita-se a transpiração, favorecendo o


transporte de nutrientes para a base da estaca
Redução do aquecimento do substrato no final
do período de enraizamento (favorece o
endurecimento das raízes) e substituir a
nebulização por rega.

2 Humidade relativa

HA Humidade ambiental (nebulização)

HS Humidade do substrato (rega)


Humidade ambiental óptima de enraizamento
70 90 %

- Impede a transpiração elevada; reduz a


temperatura do ambiente; assegura uma
temperatura constante de dia e amplitudes
térmicas menores
3 Intensidade luminosa

Consoante a espécie e a época do ano utilizar


luz artificial ou ensombramento no processo de
enraizamento.

- Baixa intensidade luminosa + humidade


(desenvolvimento de doenças)

- Alta intensidade luminosa (dessecamento de


estacas; destruição das auxinas formadas nas
folhas e gomos; queimaduras).
Importante para a planta-mãe (se a espécie é de
difícil enraizamento manter a planta-mãe à
sombra antes de recolher estacas).
Bolbos
CLASSIFICAÇÃO DAS ESPECIES BOLBOSAS EM FUNÇÃO
DO ORGÃO VEGETATIVO DE REPRODUÇÃO

BOLBOS CORMOS TUBERCULOS RAIZES RIZOMAS


TUBEROSAS
Jacinto Gladíolo Anémona Ranúnculo Iris
Narciso Fresia Begónia Dália
Tulipa Agapanto
Lírio
O QUE SÃO PLANTAS BOLBOSAS

A espécie mais conhecida é a TULIPA, que é


um bolbo

Há muitas espécies bolbosas.

Cada ano existem mais variedades no


mercado.
Chama-se plantas bolbosas ás que se cultivam a partir de
qualquer destes orgãos:

-Bolbos (tulipa)

- Cormos (gladiolo)

- Raizes tuberosas (dália)

- Rizomas (jarro)
Os bolbos,cormos, raizes tuberosas e rizomas, são 4 orgãos que
estão debaixo da terra e que servem para acumular as reservas
nutritivas que fabricam as folhas.

É a partir deles que se origina uma nova planta cada ano.

BOLBO CORMO
(tulipa) (gladiolo)

RAIZ TUBEROSA
RIZOMA (dalia)
(jarro)
As plantas bolbosas caracterizam-se porque no
Inverno não têm folhas, e quando chega a Primavera
rebentam de novo.

Épocas de floração

Cada espécie bolbosa tem a sua época de floração

Primavera

Tulipa, Jacinto, Narciso, Lirio, Ranúnculo,...

Verão

Begonia, Dalia, Fresia, Gladiolo, Açucena, Crocósmia


Outono

Amarilis,

Inverno

Ciclamen, Campainha de Inverno


PLANTAR BOLBOS, RIZOMAS E TUBÉRCULOS

Época para plantar bolbos, rizomas e tubérculos

- As bolbosas que florescem na Primavera, plantam-


se no Outono ( Outubro Novembro).

- As bolbosas que florescem no Verão, plantam-se na


Primavera de Março a Maio
PREPARAÇÃO DO TERRENO

- Comprar bolbos sãos, duros.


Se ao precionar com os dedos, está mole é
porque não está em boas condições, o mesmo
acontece para os rizomas e tuberculos.
BOLBO EM MAU ESTADO DE
CONSERVAÇÃO
É muito importante que o solo drene bem, que não encharque.
Num solo com demasiada água os bolbos, cormos, raizes
tuberoras e rizomas apodrecem.

Os solos argilosos, são os que têm mais riscos de encharcarem.

Estes devem ser corrigidos com areia e matéria orgânica.

Com isto vai melhorar-se a drenagem do solo.

Lavrar o terreno onde se vai plantar com uma profundidade de


20 25 cm.

A terra fica solta.


DISTÂNCIA DE PLANTAÇÃO

A distância entre bolbos depende da espécie,


oscila entre 5 20 cm

Os bolbos grandes devem plantar-se com uma


distância de 12 cm

Os pequenos com 8 cm de distância


PROFUNDIDADE DE PLANTAÇÃO

A profundidade a que se devem colocar é muito


importante.

Varia segundo as espécies se são bolbos, tubérculos ou


rizomas.

Norma geral, a parte superior do bolbo deve estar


coberta por uma camada de terra da espessura que
mede o bolbo em altura.

Ou seja a base do bolbo deve estar a uma profundidade


que seja o dobro do tamanho do bolbo.
Plantam-se com um plantador de bolbos, à
profundidade e distância adequada segundo a
espécie

Os bolbos devem ter a ponta por onde vão


brotar as novas plantas virados para cima

Cobrem-se com terra, rega-se abundantemente


no momento da plantação,
PLANTADOR DE BOLBOS
PLANTAÇÃO EM VASOS E FLOREIRAS
CLASSIFICAÇÃO DAS ESPECIES BOLBOSAS EM
FUNÇÃO DA ALTURA DE FORMAÇÃO DA FLOR
1 A flor forma-se durante a Primavera do ano
anterior ao que vai florescer. Pouco depois da
primeira floração e antes da colheita do bolbo .
(Narciso)
2 Formação da flor no final do período prévio
de assimilação, depois da recolha do bolbo e
durante o período de armazenamento ou
repouso. Este tipo de bolbo recolhe-se no
Verão e quando se plantam no Outono têm
formada a jovem flor. (Tulipa, Jacinto, Crocus)

Crocus
3 A flor forma-se uma vez plantado o bolbo
em condições de baixa temperatura. (Íris)
4 A formação da flor inicia-se no final do
período de armazenamento mas acaba de
completar-se após a plantação. (Lírio, Dália,
Begónia)

Lírio
Dália
Begónia
5 A flor forma-se depois da plantação (Gladíolo,
Anémona, Ranúnculo)

Anémona
Ranúnculo
6 A formação da flor inicia-se 2 anos antes da
floração. (Amarillis).
Instalar e conduzir culturas de espécies bolbosas
no solo

Materiais

Enxadas e sachos Material vegetal


Cordel e estacas para Lilium
marcação das linhas Frésias
Rede de plantação Gladíolos
Etiquetas de plástico e Tulipas
marcador
Fungicida
Procedimento

1 - O terreno foi previamente preparado,


armado em camalhões e humedecido.

2 - Recepcione os bolbos. Os Lilium


refrigerados devem ser aclimatados
lentamente até atingirem a temperatura
ambiente

3 - Observe e classifique os bolbos de cada


uma das espécies.
4 - Nas tulipas, proceda ao descasque
(escorchamento) dos bolbos, com cuidado para
não ferir as raízes

5 - Desinfecte os bolbos mergulhando-os numa


solução de benlate (s. a. benomil) à
concentração de 1 g.L-1 durante cerca de 15 a
20 min.
6 -Plante de acordo com os seguintes
compassos e profundidade de plantação:

a)Lilium: 15 x 15 cm (10 cm de solo acima do


bolbo)

b) Gladíolo: 20 x 15 cm (5 cm de solo acima do


bolbo)

c) Frésia: 15 x 10 cm (4 cm de solo acima do


bolbo)

d) Tulipa: 5 x 5 cm (10 x 10) (1-2 cm de solo


acima do bolbo)
7 - Acompanhe a condução da cultura ao longo
do semestre

a)Fertilizações

b) Regas

c) Protecção contra os inimigos da cultura


8 -Observe o desenvolvimento da cultura e
proceda ao registo de:

a)Data em que botões florais se tornaram


visíveis;

b) Data de colheita da haste floral;

c) Ocorrência de bolbilhos;

d) Ocorrência de pragas, doenças e acidentes


fisiológicos
Recepção dos bolbos

Bolbos de Lilium

Estes bolbos são recebidos refrigerados. Devido à falta


de túnicas protectoras, estes bolbos estão muito sujeitos
à desidratação. São fornecidos em caixas, cobertos por
turfa e embrulhados num filme de polietileno
Desinfecção dos bolbos

A desinfecção dos bolbos antes da plantação é


uma operação fundamental para uma boa
instalação da culturas. Aqui bolbos de gladíolo
imersos numa solução de Benelate (2%) durante
20 min.
Plantação

Plantação dos bolbos numa aula prática de


Floricultura e Plantas Ornamentais. Note-se a
rede de plantação para facilitar a definição do
compasso.
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