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CAPABILITY`S
ENVELHECIMENTO
BEM-SUCEDIDO
FEVEREIRO DE 2020
MARIA DA GLÓRIA RAMIÃO CERQUEIRA
Aluna de Doutoramento
nº25404
Índice
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 2
Definição do Tema ............................................................................................................... 3
“Capabilitys” uma pratica emergente no Envelhecimento bem-sucedido ......................... 3
Quality of life, Basic needs and capability ........................................................................... 8
Conclusões ......................................................................................................................... 13
Bibliografia ......................................................................................................................... 15
Índice de Figuras
Figura 1: Critérios de EBS de Rowe e Kahn (1987; 1998) .................................................... 5
Figura 2 Successful Aging: A Psychological Model .............................................................. 6
Fig. 3 da Dinâmica on-going de Bales & Bales .................................................................... 7
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INTRODUÇÃO
Estes pensamentos antes de mais, importa referir, que tentam representar aqui o
que se defende e o que é explorado em alguns dos artigos e investigações mais
recentes, assim como breves trechos do relatório da Organização Mundial de
Saúde, relacionados com as preocupações com indivíduos séniores.
Este trabalho procura ser um pouco o reflexo do que se tem desenvolvido neste
sentido nas últimas décadas, e com base no conceito “Capability”, em que a
pessoa é o centro da reflexão para essas novas abordagens, assumindo-se a
própria palavra na verdadeira acessão como uma Abordagem.
Definição do Tema
“Capabilitys” uma prática emergente no Envelhecimento bem-sucedido
Assim, envelhecer com sucesso tem sido um dos temas mais discutidos na
gerontologia ao longo de várias décadas, no sentido de tentar compreender e
definir o conceito, contudo até à atualidade não existe um conjunto de critérios
comumente aceite para o caraterizar.
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Das várias definições encontradas, a mais ampla é a proposta pela Organização
Mundial de Saúde (OMS, 2002) que adota a designação de envelhecimento ativo,
definindo-o como “o processo de otimização das oportunidades para a Saúde,
Participação e Segurança, para a melhoria da esperança de vida e qualidade de
vida das pessoas à medida que envelhecem, num quadro de solidariedade entre
gerações" (OMS, 2002).
Esta Organização tem preocupações com todo o ciclo de vida, refere ainda que
inerente a cada etapa está a sua tarefa, na infância a tarefa passa pelo
crescimento e desenvolvimento, na vida adulta pela manutenção do mais alto
nível funcional, e na velhice por maximizar um ótimo funcionamento. Deste modo
A incapacidade é definida pela aptidão de resolver ou não essas tarefas. No
âmbito desta conceptualização, a OMS identifica um conjunto de determinantes
para o envelhecimento activo, nomeadamente, determinantes transversais como
o género e a cultura e determinantes económicos, sociais, ambiente físico,
serviços de saúde e sociais, estilos de vida e pessoais.
A OMS (2015), salienta e relembra que a par das perdas físicas e até celulares, o
envelhecer envolve significativas mudanças estas incluem alteração dos papéis e
posições sociais, nesta fase da vida. Também implica saber lidar com perdas dos
que faziam parte dos seus ciclos relacionais, ou mais próximos, pessoas que
faziam parte das suas redes de suporte.
O que leva muitas vezes os adultos mais velhos desinvestir em actividades sociais
e culturais mais significativas, que poderiam tornar-se construtivas e facilitadoras
da optimização de capacidades existentes, por meio de práticas e novas
tecnologias, bem como compensar as perdas de algumas habilidades
encontrando outras maneiras de realizar tarefas.
Pois as mudanças são complexas, com o tempo, levam a uma perda gradual nas
reservas fisiológicas, um aumento do risco de doenças cronicas e um declínio
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geral na capacidade intrínseca do indivíduo, no entanto não devemos
desconsiderar a pluralidade de experiências de envelhecimento, como potencial.
Por exemplo John Rowe, um dos criadores deste paradigma, afirma que uma
"nova gerontologia" emergia com base no reconhecimento de que o
envelhecimento bem-sucedido também requer "pleno envolvimento na vida,
incluindo atividades produtivas e relações interpessoais", além da manutenção da
saúde (Rowe, 1997). E, além disso, argumenta que "a saúde e o status funcional
no final da vida são cada vez mais vistos como sob nosso próprio controle". Isto é
uma "nova gerontologia" que pode ser encontrada na maioria das intervenções de
promoção da saúde.
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Será importante refletir para além das perdas ou redução no número de domínios
de alta eficácia, há ainda domínios que subsistem e poderão ser incrementados
ou transformados em novos objectivos de vida. Tendo em conta que as
expectativas tendem a ajustar-se com vista a facilitar a experiência subjectiva de
satisfação, bem como o controlo pessoal.
Também nos Estados Unidos nas últimas décadas tem crescido o investimento
no conhecimento mais aprofundado nas questões relacionadas com o
envelhecimento, focado nas Capability`s que se interessa por avaliar ambientes
de apoio a pessoas idosas, e na compreensão dos modos de vida. Desenvolvendo
um programa de intervenção "Growing Older" que viesse a gerar novos
conhecimentos, explorar diferentes aspectos da qualidade de vida na velhice e,
em segundo lugar, contribuir para o desenvolvimento de políticas e práticas que o
ampliariam (Walker, 2004 cit. por Gilroy, R.,2007).
'Por que se deve pedir às pessoas idosas que avaliem o "sucesso" do seu
envelhecimento?' e 'Por que devemos explorar os atributos do sucesso?
Nussbaum (1992), parte de dois factos: primeiro, que nós reconhecemos outros
como humanos através de muitas divisões de tempo e lugar, qualquer diferença
que seja, que encontramos, raramente estamos em dúvida sobre com o que
estamos a lidar. A autora diferencias o tipo de capacidades; as básicas que
refletem o equipamento inato de indivíduos que é necessário para o
desenvolvimento de capacidades, e um terreno para preocupações morais. Muitos
destes poderes e habilidades latentes são transformadas em capacidades
internas (com o apoio do meio ambiente) ao longo de uma vida normal e no tornar-
se pessoa, ou estados imaturos de reconhecimento, da essência do eu, na medida
em que a própria pessoa é colocada em questão, condições suficientes para o
exercício da liberdade.
Qizilbash, M. (1996), diz que as ideias defendidas Amartya & Nussbaum oferecem
à gerontologia uma ampla estrutura conceptual que coloca no seu núcleo os seres
humanos, e os seus valores, centrando-se na diversidade humana. Além de
identificarem estas características-chave, discutem e demonstram a sua
relevância para pensar sobre a velhice e o envelhecimento. Defendem ainda que
é na diversidade de coisas que a pessoa consegue fazer ou ser, na sua vida, na
capacidade de uma pessoa refletir, essas combinações como as pode alcançar,
e das quais pode fazer escolhas. Uma amplitude intencional relevante para uma
grande variedade de circunstâncias, baseada nas reflexões do nível de vida em
todas as ocupações de enriquecimento individual.
Timonen, embora se refira a estas formas de ver esta fase da vida, considera as
visões duas redutoras e propõe que se olhe para além de os conceitos de
envelhecimento bem sucedido e activo, e que nos concentremos no que que
realmente pode ajudar aqueles que mais lutam para alcançar bons resultados na
velhice'' , estes argumentos são um excelente complemento à área de estudos
sobre o envelhecimento, especialmente na área que continua a explorar
envelhecimento bem sucedido activo, e as suas alternativas. É também um bom
ponto de partida para desenvolver uma nova forma de pensar sobre os mais
velhos.
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Conclusões
Pois cabe ao o ser humano, dotado das suas capacidades psíquicas, desenvolver
e discernir o raciocínio necessário, à deliberação e à autodeterminação do seu
bem-estar. assim as medidas de saúde publica e sociais, devem ir no sentido do
enquadramento de ambientes facilitadores desta forma participação social e
individual mais proactiva.
Ainda se deve salientar a real importância do papel ativo que cada pessoa exerce
na sua própria vida, tendo sempre em consideração a heterogeneidade do
processo de envelhecer.
Web-bibliografia:
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