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Anexo A (normativo)
Deslocamentos limites
Neste anexo são apresentados deslocamentos limites recomendados para os elementos estruturais
freqüentemente empregados nas construções (ver tabela 12), os quais são valores práticos
utilizados para verificação do estado limite de deslocamentos excessivos da estrutura, devendo
ser
entendidos como recomendação geral de projeto. Os deslocamentos limites podem ser alterados
em função do tipo e da utilização da construção. Por exemplo, para edifícios, no todo ou em
parte, sensíveis a deslocamentos, tais valores podem ser reduzidos, enquanto que para
construções provisórias, podem ser aumentados.
As combinações de ações para o cálculo dos deslocamentos na estrutura devem atender aos
critérios de combinações para os estados limites de utilização estabelecidos em 5.3.
Atender aos valores de deslocamentos limites apresentados na tabela 12 não exclui a necessidade
de verificar possíveis estados limites referentes a vibrações excessivas.
Em vigas, deslocamentos excessivos podem ser parcialmente compensados por contraflechas.
No cálculo da flecha total não deve ser considerado valor de contraflecha superior à flecha
proveniente das ações permanentes.
Texto-base para norma brasileira 56
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
Tabela 12 – Deslocamentos limites recomendados
Descrição Combinação 2) 3)
Deslocamento
Limite 1)
Longarinas em geral 4) FG L/180
Longarinas suportando fechamentos sujeitos à fissuração 5) FQ1 L/180
Longarinas suportando fechamentos não sujeitos à fissuração 0,5FQ1 L/180
Anexo B (normativo)
Aumento da resistência ao escoamento devido ao efeito do trabalho a frio
Texto-base para norma brasileira 57
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
A resistência ao escoamento do aço modificada, para uma determinada seção transversal, fya,
pode ser utilizada em substituição à resistência ao escoamento do aço virgem fy definida em H.2,
ficando esta possibilidade restrita às prescrições estabelecidas em 7.2.3, 7.6, 7.7, 7.8.1 e 7.9.
As limitações e o procedimento para a determinação de fya são apresentados a seguir:
a) para barras submetidas à compressão e à flexão constituídas por seções onde todos os
elementos apresentam λp ≤ 0,673 conforme 7.2, a resistência ao escoamento modificada fya
deve ser determinada com base em um dos seguintes procedimentos:
Onde:
C é a relação entre a área total das dobras e a área total da seção para barras submetidas à
compressão; ou a relação entre a área das dobras da mesa comprimida e a área total da mesa
comprimida para barras submetidas à flexão;
fyf é a resistência ao escoamento média das partes planas de uma seção estabelecida por
ensaios, conforme H.3, ou a resistência ao escoamento do aço virgem fy na ausência de
ensaios, conforme H.2;
m = 0,192(fu/fy) – 0,068
b) para barras submetidas à tração, a resistência ao escoamento do aço modificada fya deve
ser determinada pelos procedimentos 1) ou 3) descritos na enumeração a) deste anexo.
Anexo C (normativo)
Largura efetiva de elementos uniformemente comprimidos com enrijecedores
de borda e enrijecedores intermediários, ou elementos com mais de um
enrijecedor intermediário
Para o cálculo da largura efetiva de elementos uniformemente comprimidos com enrijecedor de
borda e enrijecedores intermediários, ou elementos com mais de um enrijecedor intermediário,
Texto-base para norma brasileira 59
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
os enrijecedores intermediários devem ser desprezados a menos que possuam momento de
inércia Is igual ou maior que o momento de inércia mínimo Imin seguinte:
Onde:
a) se o espaçamento dos enrijecedores intermediários entre duas almas é tal que, para
subelementos entre enrijecedores, bef < b conforme 7.2.1, somente dois enrijecedores
intermediários (os mais próximos de cada alma) devem ser considerados efetivos;
Onde:
d) se b/t > 60, deve ser usada uma largura efetiva reduzida bef,r do subelemento, determinada
pela seguinte expressão:
Onde:
Nas expressões anteriores, Aef e Ast referem-se somente à área da seção do enrijecedor,
excluindo qualquer parte de elementos adjacentes.
O centróide e o momento de inércia do enrijecedor devem ser assumidos em relação à sua
seção bruta.
Anexo D (normativo)
Flambagem por distorção da seção transversal
Este anexo é aplicável às barras com seção transversal aberta, submetidas à compressão
uniforme e sujeitas à flambagem por distorção da seção transversal. O valor da tensão crítica
convencional de flambagem elástica por distorção σdist pode ser calculado pelas expressões
seguintes, ou por meio de cálculos com base na teoria da estabilidade elástica.
Onde:
η = (π/Ld)2 D1(10)
b 2L
2
Et 3 1 − 1,11σ dist w d
kφ = D1(11)
5,46(b w + 0,06L d ) Et 2 b 2 +L 2
w d
σdist deve ser calculada, em primeira aproximação, pela expressão D1(1) com
α1 = η/β1 (β2 + 0,039It Ld2)
As propriedades geométricas Ad; Ix; Iy; Ixy; Cw; hx; hy; xo e yo devem ser calculadas para a seção
transversal constituída apenas pela mesa e pelos enrijecedores (ver figura 9).
Para as seções transversais cuja relação bf / bw (ver figura 10) esteja compreendida entre 0,4 e 2,0
podem ser aplicadas as expressões estabelecidas em D.1, substituindo as expressões D1(6),
D1(7) e D1(8) pelas expressões D2(1), D2(2) e D2(3), respectivamente.
β2 = Ixbf2 D2(1)
β3 = - hyIxybf/yo D2(2)
β4 = β2 = Ixbf2 D2(3)
Texto-base para norma brasileira 62
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
As propriedades geométricas Ad; Ix; Iy; Ixy; It; hx e hy devem ser calculadas para a seção
transversal constituída apenas pela mesa e pelo enrijecedor de borda (ver figura 10), cujas
expressões são apresentadas a seguir:
hy = 0,5D2/(bf + D) D2(10)
t é a espessura
Os valores da tensão crítica convencional de flambagem elástica por distorção σdist, para as
seções do tipo U enrijecido padronizadas pela NBR 6355, são apresentados na tabela 13.
A favor da segurança, podem ser adotadas as mesmas expressões estabelecidas para os perfis do
tipo U enrijecido, considerando D = 0.
Se kφ resultar negativo, deve ser novamente calculado adotando-se σdist = 0.
bf
hx centro de
torção
hy y0
x0
centróide
bw
t y
Texto-base para norma brasileira 63
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
Figura 9 – Seção do tipo U enrijecido com enrijecedores de borda
adicionais e seção do tipo rack
bf
hx centro de
torção
D x
hy
centróide
bw y
t
Tabela 13 – Tensão crítica convencional de flambagem elástica por distorção para seções
do tipo U enrijecido e Z enrijecido submetidas à compressão uniforme
Dimensões do perfil 1) σdist 3) Dimensões do perfil 1) σdist 3)
(mm) (MPa) (mm) (MPa)
bw bf D t bw bf D t
200 85 2) 25 4,76 674 150 60 20 4,76 1 054
4,18 573 4,18 891
3,80 509 3,80 789
3,42 448 3,42 692
3,04 389 3,04 598
2,66 332 2,66 509
2,28 278 2,28 424
1,90 225 1,90 342
1,52 175 1,52 265
127 50 17 3,42 864 100 50 17 3,42 1 038
3,04 745 3,04 896
2,66 631 2,66 761
2,28 523 2,28 632
Texto-base para norma brasileira 64
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
1,90 421 1,90 509
1,52 325 1,52 393
75 40 15 3,04 1 262 50 25 10 3,04 2 238
2,66 1 069 2,66 1 879
2,28 886 2,28 1 542
1,90 713 1,90 1 228
1,52 548 1,52 935
1)
Seções padronizadas pela NBR 6355.
2)
Dimensão diferente da padronizada pela NBR 6355.
3)
Tensão crítica convencional de flambagem por distorção calculada conforme D.2.
Anexo E (normativo)
Flambagem por torção ou por flexo-torção
Este anexo é aplicável às barras com seção transversal aberta, submetidas à compressão axial e
sujeitas à flambagem por torção ou por flexo-torção. A força normal de compressão resistente de
cálculo Nc,Rd deve ser calculada de acordo com 7.7.1, tomando-se a curva de resistência à
compressão “b” (α = 0,34) e o parâmetro de esbeltez λo substituído por:
λo = [Aef fy/Ne]0,5
Onde:
Ne é a força normal crítica de flambagem elástica da barra, conforme E.1, E.2 ou E.3.
A força normal crítica de flambagem elástica Ne é o menor valor dentre os obtidos por a), b) e
c):
Texto-base para norma brasileira 65
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
a) força normal crítica de flambagem elástica por flexão em relação ao eixo principal x:
b) força normal crítica de flambagem elástica por flexão em relação ao eixo principal y:
Onde:
E é o módulo de elasticidade;
ro é o raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção, dado por:
rx ; ry são os raios de giração da seção bruta em relação aos eixos principais de inércia x e y,
respectivamente;
A força normal crítica de flambagem elástica Ne de um perfil com seção monossimétrica, cujo
eixo x é o eixo de simetria, é o menor valor dentre os obtidos por a) e b) seguintes:
a) força normal crítica de flambagem elástica por flexão em relação ao eixo y (Ney),
conforme E.1b:
Texto-base para norma brasileira 66
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
Nex ; Net são as forças normais críticas de flambagem elástica conforme E.1a e E.1c,
respectivamente;
Caso o eixo y seja o eixo de simetria, basta substituir y por x em a); x por y e xo por yo
em b)
A força normal crítica de flambagem elástica Ne de um perfil com seção assimétrica é dada pela
menor das raízes da seguinte equação cúbica:
Onde:
Anexo F (normativo)
Efeito estabilizante de painel conectado à mesa tracionada
O momento fletor resistente de cálculo MRd de vigas com carregamento num plano paralelo à
alma e com a mesa tracionada conectada a um painel (telhas de aço parafusadas, por exemplo) e
a mesa comprimida sem travamento lateral, pode ser calculado por:
Onde:
γ = 1,1
O emprego das expressões anteriores é permitido desde que sejam satisfeitas as seguintes
condições:
- para vigas contínuas, cuja continuidade é obtida por sobreposição nos apoios, o traspasse de
cada lado do centro dos apoios internos deve ser maior ou igual a 1,5d, sendo d a altura da viga;
- para vigas contínuas, a relação entre o maior e o menor vão não deve ultrapassar 1,2;
- painel constituído por chapa de aço, espessura mínima de 0,43mm, altura mínima de 25mm,
espaçamento máximo entre centro de nervuras igual a 300mm e conectado adequadamente à
viga de maneira a evitar o movimento relativo entre o painel e a mesa da viga;
- espaçamento máximo entre centro de conectores não maior que 300mm, e posicionados
próximos ao centro da mesa da viga;
Este anexo não é aplicável a balanços e nem a regiões entre pontos de inflexão adjacentes aos
apoios em vigas contínuas.
Texto-base para norma brasileira 68
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
Anexo G (normativo)
Barras sujeitas à forças concentradas sem enrijecedores transversais
Este anexo é aplicável a barras sujeitas a forças concentradas atuando perpendicularmente ao
eixo longitudinal da barra, em seções sem enrijecedores transversais, causando compressão na
alma (figura 11).
A força resistente de cálculo FRd deve ser calculada, conforme o caso, pelas equações numeradas
na tabela 14 seguinte.
Tabela 14 – Numeração das equações para cálculo da força resistente de cálculo FRd
Perfis com almas simples 1) Perfis I ou similares 2)
Mesas Mesas não Mesas enrijecidas,
enrijecidas ou enrijecidas parcialmente enrijecidas
parcialmente ou não enrijecidas
enrijecidas
Forças aplicadas Força na extre- Equação G1 Equação G2 Equação G3
em mesas opostas midade da viga
com espaçamento
≥ 1,5h Força interna Equação G4 Equação G4 Equação G5
Forças aplicadas Força na extre- Equação G6 Equação G6 Equação G7
em mesas opostas midade da viga
com espaçamento
< 1,5h Força interna Equação G8 Equação G8 Equação G9
1)
Perfis com almas não associadas, como por exemplo perfis U, Z, cartola, caixão, etc.
2)
Perfis I constituídos por dois perfis U conectados, ou perfis similares com elevada restrição à rotação
da alma, como por exemplo perfil I constituído pela soldagem de duas cantoneiras a um perfil U.
Quando c/t > 60, o fator [1+0,01(c/t)] pode ser substituído por [0,71+0,015(c/t)]
Quando c/t > 60, o fator [1+0,007(c/t)] pode ser substituído por [0,75+0,011(c/t)]
Onde:
γ = 1,35
C1 = 1,22 – 197fy/E
C3 = 1,33 - 295fy/E
C8 = [0,98 – (h/t)/865][E/(894fy)]
Texto-base para norma brasileira 70
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
C9 = 6,9
Cθ = 0,7 + 0,3(θ/90)2
t é a espessura da alma;
c h
> 1 ,5 h < 1 ,5 h
E q .G 4 o u G 5 E q .G 1 ,G 2 o u G 3
> 1 ,5 h
< 1 ,5 h
< 1 ,5 h < 1 ,5 h < 1 ,5 h
Eq. G 6 ou G 7
E q .G 1 ,G 2 o u G 3 E q .G 8 o u G 9
E q .G 1 ,G 2 o u G 3 E q .G 6 o u G 7
< 1 ,5 h < 1 ,5 h
E q .G 4 o u G 5
Anexo H (normativo)
Propriedades mecânicas do aço
Para efeito deste Anexo, um lote corresponde a 50 toneladas, no máximo, referente a cada
corrida de produção do aço.
As propriedades mecânicas do aço virgem devem ser adotadas como um dos valores
estabelecidos a seguir:
c) os valores médios determinados por ensaios de tração conforme ASTM A370. Para
cada lote do aço devem ser confeccionados, no mínimo, quatro corpos-de-prova com
eixo longitudinal coincidente com a direção de laminação da bobina ou da chapa. A
largura da bobina ou chapa deve ser dividida em quatro partes iguais e os corpos-de-
prova devem ser extraídos das duas partes externas.
A resistência ao escoamento média das partes planas de uma seção fyf, prevista no anexo B, pode
ser adotada como sendo a resistência ao escoamento do aço virgem conforme H.2, ou pode ser
tomada como a média ponderada das resistências ao escoamento obtidas em ensaios de tração
conforme ASTM A370, em corpos-de-prova extraídos de todas as partes planas da seção. A
média ponderada deve ser calculada pela soma dos produtos da resistência ao escoamento média
de cada parte plana pela área respectiva, dividida pela soma das áreas de todas as partes planas
da seção.
Para cada parte plana da seção deve ser confeccionado, no mínimo, um corpo-de-prova extraído
do seu centro. Para cada lote do aço devem ser ensaiadas, no mínimo, duas seções não
pertencentes à mesma barra.
As propriedades mecânicas da seção total devem ser determinadas conforme ASTM A370. Dois
ensaios por seção, no mínimo, devem ser feitos para cada lote do aço.
Texto-base para norma brasileira 72
Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
As propriedades mecânicas da seção total devem ser determinadas com base em ensaios de
corpos-de-prova constituídos por segmentos da barra, cujo comprimento deve ser maior ou igual
a três vezes a maior dimensão da seção e inferior a vinte vezes o raio de giração mínimo da
seção bruta. Dois ensaios por seção, no mínimo, devem ser feitos para cada lote do aço.