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19/06/2020 'Dark web': Guia da Internet sombria para pessoas normais | Retina | EL PAÍS Brasil

De acordo com o relatório sobre a ameaça do crime organizado


(IOCTA 2019) elaborado anualmente pela Europol, nas
profundezas menos acessíveis da rede se comercializa tudo que
é ruim: drogas, armas, explosivos, dados e cartões de crédito
roubados, software malicioso, produtos e moedas estrangeiras
de contrabando e documentos falsificados. E, no entanto, não é
crime tudo o que brilha no lado escuro da Internet. Também
existem clubes de leitura, de xadrez e, claro, gatinhos.

Vamos começar distinguindo alhos de MAIS INFORMAÇÕES


bugalhos. Quando falamos de Internet
sombria nos referimos a uma parte da
Internet que não pode ser acessada pelos
A incontrolável
meios habituais. Este espaço é ascensão dos
deliberadamente construído fora da Web ninhos de
machismo na
como a conhecemos e requer o uso de
Internet
navegadores como o Tor. A Internet
profunda (deep web) é aquela que, sem Como o ‘like’
matou o “quer sair
mais delongas, não aparece no Google. São
comigo?”
sites que não estão indexados por motores
de busca, páginas que exigem uma senha
(como seu e-mail), intranets de empresas,
registros médicos, documentos legais... O Twitter adere ao
‘stories’
Nesse sentido, tudo o que vemos no
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Google, na superfície da Web, seria cerca


de 4% do iceberg. A deep web representa 90% e a dark web
constitui os 6% restantes.

O que você perdeu ali embaixo?


“O que a darknet permite é uma Internet com privacidade”,
resume Víctor García Font, professor de Estudos de Informática
Multimídia e Telecomunicações da Universidade Aberta da
Catalunha (UOC na sigla em catalão). Em um país onde as
liberdades são limitadas, a Internet sombria é um meio de
expressão e acesso a informações que em outros espaços seriam
vetadas ou representariam um risco excessivo. “Na Espanha não
estamos preocupados com isso porque existem certas
liberdades. As pessoas podem visitar páginas de partidos
políticos ou compartilhar suas opiniões nas redes sociais. E,
com exceção de que te insultem no Twitter, não há muitas
consequências. Em países como o Irã ou muitos outros, isso é
um problema”, explica García. Certamente, em tais lugares, o
que assumimos aqui como um direito legítimo se enquadra na
ilegalidade.

Se você tem a sorte de não precisar da dark web para se


esconder de um Governo opressor e mostra um saudável pouco
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interesse pelo mercado negro de tudo o que é ilegal, mas gosta


de ser ainda mais invisível ou simplesmente quer fazer turismo,
é do Tor que você precisa.

Esse navegador é a opção mais simples para se aventurar em


navegar pelas águas que o Google Chrome não sulca (ou
qualquer navegador usado atualmente). O The Onion Router —
roteador cebola― é a versão estendida de seu nome e a
inspiração vegetal é uma metáfora do seu funcionamento,
baseado em uma rede de servidores que acrescentam sucessivas
camadas de criptografia às informações que circulam por eles.
Daí a cebola... e o anonimato.

Como evitar riscos


“Você deve levar em conta, mais ou menos, o mesmo que
quando navega de forma convencional na Internet”, adverte
García Font. A primeira regra da Internet sombria é simples:
não faça nada que você não faria na Internet superficial. Além
disso, à sua cautela habitual deve acrescentar um toque de
desconfiança extra: nem pense em fazer pagamentos nessas
águas. E se for fazer isso, precisará de precauções adicionais e
mais comprometidas que não abordaremos nesta visita turística.

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Primeira parada: este próprio site. Se você copiar o link deste


artigo e abri-lo no Tor, verá exatamente a mesma coisa. Você
nem sequer está na darknet. A diferença é que o seu provedor de
serviços de Internet não sabe o que você está vendo, porque sua
solicitação está mascarada pela cebola de criptografia
mencionada acima.

Se você acha que isso é pouco e deseja mergulhar um pouco


mais, existem algumas páginas que você pode experimentar sem
grandes riscos. “Se você quer acessar um site de venda de
malware, pode acabar infectado com malware”, lembra o
professor da UOC.

O ‘New York Times’ sombrio


Há alguns anos, o The New York Times abriu um túnel para seu
conteúdo para os usuários do Tor. “Alguns leitores escolhem
usar o Tor para acessar nosso jornalismo porque estão
tecnicamente bloqueados para acessar nosso site, porque se
preocupam com o monitoramento de redes locais, porque se
preocupam com sua privacidade ou simplesmente porque é o
método que preferem”, explicou o jornal no momento do
lançamento.

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Por falar em túneis, outro site que você pode encontrar aqui
embaixo é o ITT Underground, “uma expedição para as áreas
subterrâneas proibidas” do Instituto de Tecnologia de Illinois.
Por que? A resposta é a mesma que explica os desvarios que
também brotam na superfície da rede: por que não?

Mais coisas legais para fazer na ‘darknet’


Em geral, quanto menos você perambular, melhor, mas existem
alguns serviços que podem ajudá-lo a não entrar em territórios
perigosos. Um deles é o Hidden Wiki. Neste diretório você
encontrará uma lista de páginas com uma breve descrição do
conteúdo de cada uma. “Muitas páginas do Hidden Wiki
oferecem links para sites que você não gostaria de visitar. A
melhor maneira de lidar com isso é se limitar às categorias
relativamente livres de riscos”, alerta o VPN Overview. Por
exemplo, em vez de entrar no Guns Dark Market para comprar
armas, rifles de assalto e lançadores de granadas, você pode
ouvir rádio no Deep Web Radio.

No VPN Overview também recomendam outros sites sombrios


―que parecem temporariamente inativos― como o
Bibliomaniac, um clube de leitura em que você não estará
fazendo nada ilegal, a menos que baixe alguns dos livros
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pirateados que podem aparecer no catálogo. Se seu negócio é


xadrez, vá ao The Chess para jogar contra desconhecidos. E se
você sentir falta da Internet de sempre, um mar de gatinhos te
espera no Tor Kittenz.

UM TOR QUE NÃO OFENDE

O METODE é um dos projetos do grupo de pesquisa de


García Font na UOC. Seu objetivo é desenvolver
ferramentas como o Tor, mas nas quais a proliferação de
conteúdo ilegal ou ofensivo possa ser detida. “A ideia é usar
a blockchain para criar identidades descentralizadas”,
aponta. A isto se acrescenta a possibilidade de revogar o
anonimato de determinados usuários, especificamente
aqueles que violaram as regras estabelecidas pelos demais
integrantes da rede. “Se um usuário publica algo que
contraria as normas do grupo, os demais podem cooperar
para desanonimá-lo”.

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