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ESCOLAS DE ARTE Das três condições para a produção de falsa arte que
Lev Tolstói nos apresenta, a última trata das escolas de arte. Tolstói
remete para os dois pontos anteriores, pois com os artistas profissionais
surgiram os métodos de arte, e por consequência apareceram
professores, escolas, alunos. Perante esta realidade das escolas de arte,
Tolstói argumenta tendo por base a sua teoria de arte expressionista, que
diz que a arte é um sentimento especial, vivenciado apenas pelo artista.
Então, como se pode ensinar este sentimento próprio do artista nas
escolas de arte?
Segundo Tolstói, é impossível. Não só afirma que não se pode ensinar arte
nas escolas de arte, como só se pode ensinar o sentimento especial
sentido por outros (a arte dos outros), e existe assim difusão de falsa arte.
Isto inibe os que frequentam estas escolas de compreender a arte
autêntica. No que diz respeito à música, Tolstói é muito claro a propósito
da teoria musical que é ensinada aos alunos das escolas de arte musical:
“A teoria da música nada mais é do que uma incoerente repetição de
técnicas que foram usadas por reconhecidos compositores nas suas
criações musicais”. O autor cria uma separação clara entre o que se
aprende nas escolas de arte e o sentimento que faz da arte, arte. Diz que
este sentimento provoca um contágio, e que é este sentimento tão
dificilmente atingível que não se pode ensinar nas escolas de arte. No
final do capítulo, Tolstói chega à conclusão de que as escolas de arte são
“duplamente nocivas”, ou seja, prejudicam as pessoas que as frequentam
porque as “destroem” artisticamente, retirando a sua genuinidade, e
prejudicam a arte porque há pelos formandos uma maior criação de falsa
arte. É ainda apresentado em poucas linhas o argumento de que o ensino
da arte deveria ser feito desde tenra idade para que o artista, já com
ferramentas próprias, pudesse desenvolver a sua arte.