Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Relatório 1:
versus
O Rim Artificial
Turma: M-26
Professora: Rose
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
O sistema excretor humano, como o dos demais mamíferos, é constituído por um par de
rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
Os rins têm cor vermelho-escura, forma de grão de feijão e cada um mede mais de 10
cm de comprimento. Localizam-se na parte posterior do abdome, logo abaixo do
diafragma, um de cada lado da coluna vertebral. Nessa posição estão protegidos pelas
últimas costelas e também por uma camada de gordura.
O rim possui uma cápsula fibrosa, que protege o córtex, mais externo, e a medula, mais
interna. Na região do córtex renal estão os néfrons, estruturas microscópicas
responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções. Cada rim apresenta mais
de um milhão de néfrons. Na porção renal mais interna localizam-se tubos coletores de
urina.
O néfron é uma longa estrutura tubular que possui, em uma das extremidades, uma
expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman. Esta se conecta com o
túbulo contornado proximal, que continua pela alça de Henle e pelo tubo contornado
distal; este desemboca em um duto coletor.
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do
órgão, originando grande número de arteríolas aferentes. Cada uma dessas arteríolas
ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de
capilares denominados glomérulo de Malpighi.
Diariamente passam pelos rins de uma pessoa quase dois mil litros de sangue,
formando-se cerca de 160 litros de filtrado glomerular.
Dos 160 litros de filtrado glomerular produzidos diariamente pelos rins de uma pessoa,
formam-se apenas 1,5 litro de urina, portanto, mais de 98 % da água do filtrado foi
reabsorvida, principalmente na região da alça de Henle.
Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem para
formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em direção ao
coração.
A ELIMINAÇÃO DA URINA
Os néfrons desembocam em dutos coletores de urina, que se unem para formar canais
cada vez mais grossos. A fusão desses dutos origina um canal único, o uréter, que sai do
rim em direção à bexiga urinária.
A última é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é
acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia a urina pode conter mais de ¼ -
cerca de 250 mL - de urina. Esta é eliminada periodicamente através da uretra.
A uretra é um tubo que parte da bexiga e que termina na região vulvar, no caso das
mulheres, ou na extremidade do pênis, no caso dos homens. Sua comunicação com a
bexiga mantêm-se fechada por anéis musculares – esfíncteres. Quando a musculatura
desses anéis se relaxa e a musculatura da parede da bexiga se contrai, ocorre micção.
A reabsorção de água pelos rins está sob controle do hormônio antidiurético, também
conhecido pela sigla ADH. Esse hormônio é sintetizado no hipotálamo e liberado pela
parte posterior da glândula hipófise. O ADH atua sobre os túbulos renais, provocando
aumento da reabsorção de água do filtrado glomerular.
Se a pessoa beber água, está diluirá o sangue, baixando sua tonicidade aos níveis
normais. No entanto, o volume sanguíneo aumenta, situação que deve ser
imediatamente corrigida para que não haja aumento da pressão arterial. O
restabelecimento do volume sanguíneo a seu nível normal é conseguido pela diminuição
na produção de ADH, que resulta em maior eliminação de água na urina.
A secreção do hormônio aldosterona, por sua vez, é regulada pela renina e pela
angiotensina. Se a pressão sanguínea diminuir, ou se a concentração de sódio no sangue
baixar, os rins liberam renina no sangue. A renina é uma enzima que catalisa a formação
de uma proteína do sangue chamada angiotensina, a qual provoca diminuição do calibre
dos vasos sanguíneos. Há, assim, aumento da pressão arterial, o que estimula a secreção
de aldosterona. Esta, por sua vez, leva a um aumento na reabsorção de sódio pelos rins.
Das doenças que atingem as populações dos países desenvolvidos, os distúrbios renais
ocupam o quarto lugar. Muitas são as causas das doenças renais: infecções,
envenenamento por substâncias químicas - como o mercúrio e o tetracloreto de carbono
-, lesões, tumores, formação de “pedras” – cálculos renais -, paralisia, problemas
circulatórios etc.
Nem sempre as doenças renais têm cura. Em alguns casos, a doença pode evoluir mal,
comprometendo completamente os rins, que deixam de funcionar, o que se chama de
insuficiência renal crônica. Até que tenha perdido cerca de 50% de sua função renal,
os pacientes permanecem quase que sem sintomas. A partir daí podem aparecer
sintomas e sinais que nem sempre incomodam muito o paciente. Assim, anemia
leve, pressão alta, edema (inchaço) dos olhos e pés, mudança nos hábitos de urinar
- levantar diversas vezes à noite para urinar - e do aceito da urina - urina muito
clara, sangue na urina, etc -. Deste ponto até que os rins estejam funcionando
somente 10-12% da função renal normal, pode-se tratar os pacientes com
medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo destes valores,
torna-se necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal:
diálise ou transplante renal.
Outras causas de insuficiência renal crônica são: rins policíticos - grandes e numerosos
cistos crescem nos rins, destruindo-os -, a pielonefrite - infecções urinárias repetidas
devido à presença de alterações no trato urinário, pedras, obstruções, etc. - e doenças
congênitas.
A insuficiência renal aguda é a perda rápida de função renal devido a dano aos rins,
resultando em retenção de produtos de degradação nitrogenados - uréia e creatinina - e
não-nitrogenados, que são normalmente excretados pelo rim. Dependendo da severidade
e da duração da disfunção renal, este acúmulo é acompanhado por distúrbios
metabólicos, tais como acidose metabólica - acidificação do sangue - e hipercalemia -
níveis elevados de potássio -, mudanças no balanço hídrico corpóreo e efeitos em outros
órgãos e sistemas. Pode ser caracterizada por oligúria ou por anúria - diminuição ou
parada de produção de urina -, embora a insuficiência renal aguda não-oligúrica possa
ocorrer. É uma doença grave e tratada como uma emergência médica.
O RIM ARTIFICIAL
O rim artificial é uma máquina que realiza hemodiálise, ou seja, filtra artificialmente o
sangue.
A solução de diálise contém solutos - Na, K, bicarbonato, Ca, Mg, Cl, acetato, glicose,
pCO2 - que irão entrar em equilíbrio com o sangue durante o processo dialítico,
mantendo assim a concentração desses solutos dentro dos limites normais.
ILUSTRAÇÃO 1: Hemodiálise
VISITA AO HOSPITAL
No lugar da artéria renal, por onde o sangue chega nos rins – impulsionado pelos
batimentos cardíacos -, na hemodiálise o sangue chega no dialisador por meio da fístula
e impulsionado com o auxílio de uma bomba mecânica. Para voltar ao sangue, o
dialisado passa novamente pela fístula, ao invés da veia renal.
A vantagem das seções de hemodiálise são que o paciente – dependendo de sua doença
- pode levar uma vida praticamente normal, com poucas restrições, dentre as quais: não
ingerir muito líquidos e sal, para não aumentar a pressão sanguínea; higienizar sua
fístula, não carregar pesos em excesso com o braço na qual ela está localizada e não
dormir sobre a mesma; não permitir exames de pressão ou uso de medicamentos nas
veias do braço da fístula. Além disso, o paciente deve seguir adequadamente o
tratamento prescrito pelo médico.
CONCLUSÃO
O tratamento com processo de hemodiálise, apesar de manter a vida do paciente, possui
muitas desvantagens ainda (inchaço, fistulas no braço, etc). O mais aconselhável é a
prevenção das doenças que podem acarretar no mau funcionamento do aparelho
excretor.
BIBLIOGRAFIA
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia (2º grau). Editora
Moderna. São Paulo, 1994.