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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA)

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

ROQUE GOMES PINTO NETO

OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ENSINO


MÉDIO NA ESCOLA DEP. CESÁRIO BARRETO LIMA

SOBRAL – CE
- 2020 -
ROQUE GOMES PINTO NETO

OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ENSINO


MÉDIO NA ESCOLA DEP. CESÁRIO BARRETO LIMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Educação Física do Centro de
Ciências da Saúde – (CCS), da Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA), como
requisito para a obtenção do título de graduação
de Licenciatura em Educação Física.

Orientador: Me. Joaquim Alves Neto

SOBRAL – CE
- 2020 -
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ENSINO
MÉDIO NA ESCOLA DEP. CESÁRIO BARRETO LIMA

ROQUE GOMES PINTO NETO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Educação Física, do Centro de
Ciências da Saúde (CCS), da Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA), como parte
dos requisitos para a obtenção do título de
graduação em Licenciatura Educação Física.

Aprovado em: _____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________
Orientador - Profº. Me. Joaquim Alves Neto

____________________________________________
Professor Dr. José Machado Linhares
1º Examinador

____________________________________________
Professora Me. Sâmia Maria Ribeiro
2º Examinador

_____________________________________________
Prof. Me. Ricardo Lima dos Santos
Coordenador do Curso de Educação Física
AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus pelas graças a mim concedidas; a meus pais Maria Orleiza,
Raimundo Eldo e a meus irmãos Julie Ane e André Luís que são minha base familiar; a minha
namorada Ana Carolina que está ao meu lado me apoiando; a todos os meus professores do
Curso de Educação Física, em especial a meu Orientador Me. Joaquim Alves Neto; agradecer
também à professora Maria Leonardo e a todos que direta ou indiretamente me ajudaram a
galgar os degraus que me fizeram chegar a essa conquista. A todos o meu muito obrigado.
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ENSINO
MÉDIO NA ESCOLA DEP. CESÁRIO BARRETO LIMA

Roque Gomes Pinto Neto1


Orientador: Me. Joaquim Alves Neto2

RESUMO

A disciplina de Educação Física proporciona aos educandos do Ensino Médio diversas ações
motivacionais, tais como interação social, participação na realização de eventos ligados ao
desporto escolar, melhorias para o corpo e mente, dentre outras. Ter conhecimento disso nos
permitiu a realização desta pesquisa in loco. A mesma tem como objetivo explicitar as vivências
e práticas realizadas durante as aulas de Educação Física. Aulas essas que fazem parte do
universo educacional de uma das escolas pertencentes ao município de Sobral no Ceará. Com
Isso, pode-se observar como os professores e alunos põem em prática, durante as aulas, a teoria
proposta pela matriz curricular, contida na Projeto Político Pedagógico – PPP. Durante o
período de realização da pesquisa, pode-se adquirir conhecimentos dialógicos e metodológicos,
ou seja, experiência pedagógica de como ministrar aulas e lidar com os adolescentes que se
encontram na última etapa do Ensino Básico. Constatou-se, devido a “n” fatores, a ocorrência
de autoexclusão por parte de alguns educandos. No contexto do estudo, os atores foram
convincentes, pois permitiram que a pesquisa ganhasse embasamento para a temática em
discussão.

Palavras-chave: Educação Física. Ensino Médio. Matriz Curricular. Vivências.


Conhecimentos Pedagógicos.

1
Acadêmico do Curso de educação Física da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA;
2
Professor Mestre efetivo da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
ABSTRACT

The Physical Education discipline provides high school students with various motivational
actions, such as social interaction, participation in the realization of events related to school
sports, improvements in body and mind, among others. Knowing this allowed us to conduct
this research on the spot. It aims to clarify the experiences and practices performed during
Physical Education classes. These classes are part of the educational universe of one of the
schools belonging to the municipality of Sobral in Ceará. With this, we can observe how
teachers and students put into practice, during the classes, the theory proposed by the curriculum
matrix, contained in the Pedagogical Political Project - PPP. During the research period,
dialogical and methodological knowledge can be acquired, that is, the pedagogical experience
of how to teach and deal with adolescents who are in the last stage of Basic Education. Due to
“n” factors, self-exclusion by some students was found. In the context of the study, the actors
were convincing in allowing the research to gain a grounding in the topic under discussion.

Keywords: Physical Education. High school. Curriculum. Experiences. Pedagogical


Knowledge.
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1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa nasceu da necessidade de aprendizagem e ganho de experiência sobre


o fazer pedagógico e metodológico prático para ministrar aulas de Educação Física na etapa
final do Ensino Básico.
O objetivo aqui é mostrar e analisar como acontecem as vivências realizadas
durante as aulas da disciplina de Educação Física na escola de Ensino Médio Dep. Cesário
Barreto Lima localizada no Distrito de Taperuaba – município de Sobral. A metodologia
aplicada refere-se a um estudo de campo qualitativo descritivo feito através da observação das
atividades desenvolvidas no ambiente escolar procurando analisar e descrever o interesse e a
participação dos alunos bem como a metodologia e engajamento do docente responsável.
O trabalho é composto por tópicos e subtópicos, a saber: a atividade física para
adolescentes no ensino médio; o incentivo oferecido aos alunos para se fazerem presentes nas
aulas de Educação Física; Estrutura física da escola; Metodologia Desenvolvida; Análise e
Discussão, composta de três subtópicos que são: Observação e análise das aulas teóricas
ministradas pela professora; Observação e análise das aulas práticas ministradas pela
professora; Observações pertinentes quanto a relação entre a professora e os alunos. Também
pelo relato de experiência do pesquisador ao ministrar aula para o 1º ano do Ensino Médio;
considerações finais.

2 MARCOS TEÓRICOS

2.1 Atividade física para adolescentes no Ensino Médio

Cada vez mais cedo, crianças e adolescentes têm sido diagnosticados com
sobrepeso ou obesidade, que além de esteticamente foge dos padrões, ainda podem acarretar
uma série de doenças relacionadas à pressão, glicose, entre outras. Atribui-se este problema ao
sedentarismo, oriundo possivelmente ao não incentivo de práticas esportivas, além logicamente
da má alimentação, que ocasionam o acúmulo de carboidratos. A preocupação se dá
principalmente à expectativa de impactos negativos na sociedade, podendo ser considerado
problema de saúde pública (PAPINI et al., 2010).
A importância da atividade física durante a fase de adolescência se refere tanto a
aspectos físicos, como psicológicos, uma vez que o indivíduo se desenvolve de forma mais
saudável, com riscos diminuídos de futuras doenças. É nesta fase que se adquire a
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individualidade e visualiza-se suas preferências que poderão perdurar por toda a sua vida,
podendo a atividade escolhida ser aperfeiçoada. Em relação aos fatores psicológicos, estimula-
se o espírito de superação, determinação e foco para conseguir seus objetivos, seja na vida
esportiva ou na vida secular. Já a curto prazo, observa-se vantagens associadas a
melhoria do humor, efeito antiestresse, elevação da autoestima e pensamentos
otimistas sobre si mesmo (ARTMANN, 2015).
A Educação Física pode ser aplicada a praticamente todos os alunos, mesmo
aqueles portadores de doenças musculares e esqueléticas, haja vista que a possibilidade de se
encaixar algum exercício é bastante alta, podendo-se incluir todos os alunos. Evidencia-se a
importância da preparação e habilidade do profissional docente da disciplina (HERALDO et
al., 2013).
A prática desportiva trata de todo movimento executado por meio da utilização do
esqueleto e músculos, mediante gasto calórico. Considera-se sua importância baseada na
melhoria e preservação da saúde física e mental, que consiste em fatores preponderantes à
qualidade de vida de indivíduos de qualquer idade (FREIRE et al., 2014).
Os adolescentes com idades que chegam no ensino médio, a disciplina de Educação
Física entra como integrante da análise crítica, compreensão e reflexão através da aquisição da
aprendizagem a respeito da cultura do corpo e seus movimentos. Espera-se ainda, que
proporcione estímulo à associação de exercícios físicos com atividades relacionados ao lazer,
contribuindo para o desenvolvimento de tais hábitos que por si, já evitam além do sobrepeso,
doenças ligadas ao sedentarismo (BIANCARDI, 2013).
De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) nº 9394
(BRASIL, 1996), tornou-se obrigatória em 12 de dezembro de 2001, com a Lei 10.328 e
somente em 1º de dezembro de 2003, com a Lei 10.793 regularizou-se como “componente
curricular obrigatório”, ainda assim não é dada a devida importância, especialmente para alunos
de nível médio, no qual o foco principal consiste na qualificação para a adesão ao mercado de
trabalho, bem como inserção na universidade (HARTMANN et al., 2016).
Problemas são observados em relação à prática da disciplina durante o ensino
médio, especialmente quando se trata de meninas, uma vez que as mesmas se auto excluem da
participação nas aulas, alegando fatores como favorecimento aos mais habilidosos, brutalidade
por parte dos meninos, desinteresse pelo esporte trabalhado, pouca participação do professor
durante as aulas, entre outros (ALBUQUERQUE et al., 2009).
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2.2 Incentivo oferecido aos alunos para se fazerem presentes nas aulas de Educação Física

Apesar da importância da participação dos alunos nas aulas de Educação Física,


alguns se sentem desmotivados, acarretando elevada quantidade de faltas ou ainda utilizando-
se de atestados médicos que justificam sua ausência. A desmotivação deve-se a diversos fatores
inerentes ao ambiente utilizado, à metodologia de ensino aplicada e diferença de tratamento
direcionada aos alunos. Albuquerque et al. (2009) ouviram relatos de discentes que relataram
problemas com conteúdo e didática incipiente, além do desinteresse por parte do docente. Os
estudantes reclamam ainda que as aulas se resumem à esportes coletivos, com favorecimento
dos mais habilidosos em times previamente escolhidos. Não conseguem também enxergar a
relevância da disciplina e como lhes pode ser útil, o que foge dos princípios de estimular os
adolescentes à prática prazerosa e saudável de atividades físicas.
Cabe ao professor fazer valer o objetivo das aulas, programando conteúdo que
atraiam o interesse de seus alunos, utilizando-se da ludicidade e inclusão de todos de forma
equivalente, elevando a qualidade de seu conteúdo e promovendo a socialização de todos os
estudantes ao buscar o nivelamento da turma. O aproveitamento das aulas pode ser melhorado
através do uso de danças, ginásticas, lutas, apresentação dos esportes direcionados ao público
geral, mostrando que todos possuem condições para executá-los (BIANCARDI, 2013).
É importante o conhecimento sobre a cultura dos movimentos do corpo, anexando-
se a teoria sobre a origem de esportes estudados e aprofundamento dos mesmos, com a
finalidade de considerá-los de acordo com a sua importância contextualizada na história.
Fundamentando-se a disciplina sob aspectos teóricos e práticos, com possíveis visualizações
técnicas que possam instigar além da curiosidade dos alunos, o desejo por integrar-se em algum
esporte leve pra sua vida adulta (BIANCARDI, 2013).

3 ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA DE. CESÁRIO BARRETO LIMA – CBL

A escola CBL onde a vivência foi realizada possui espaço suficiente para o
desenvolvimento de atividades individuais e coletivas. Conta com três espaços para o
desenvolvimento das aulas da disciplina de Educação Física. Sendo eles: uma quadra de
esporte, um campo de futebol e um campo de areia, que atualmente encontra-se sem utilização.
A escola dispõe de alguns equipamentos como bolas e uma rede de voleibol
utilizada diariamente durante o intervalo pelos estudantes. Observou-se que as salas de aula se
encontram em boas condições de uso. Existem materiais didáticos como data show, centro de
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multimeios, laboratório de informática. Todo esse aparato facilita o trabalho dos profissionais,
além de motivar e atrair a atenção dos alunos ao conteúdo a ser exposto contribuindo em sua
aprendizagem.
Esses recursos são de grande importância para o desenvolvimento educacional
da comunidade onde a escola está inserida. Uma vez que muitos alunos pegam ônibus para se
deslocar de comunidades rurais para chegar à escola podendo com isso usufruir de recursos
materiais semelhantes aos de escolas particulares localizadas nas zonas urbanas da cidade de
Sobral.

4 METODOLOGIA DESENVOLVIDA

Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva. Qualitativa pelo fato de observar


a realidade social dos alunos de nível médio baseado na participação da disciplina de Educação
Física (SOUZA; KERBAUY, 2007). E classificada como descritiva por narrar de modo
detalhado a participação dos estudantes, bem como a maneira como é lecionada a disciplina e
o comportamento da professora (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
A pesquisa foi realizada durante o período 21 de março de 2017 a 29 de maio de
2017, sendo as tarefas realizadas no horário das 7:00h às 11:15h e das 13:00h às 17:15h. O
cenário deste estudo foi a Escola Dep. Cesário Barreto Lima, localizada no distrito de
Taperuaba, município de Sobral – Ceará. O estudo nesta escola foi possibilitado através de uma
carta de apresentação da Universidade Vale do Acaraú ao diretor da escola.
A vivência incluiu alunos de 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio, entretanto, o
pesquisador lecionou apenas para os alunos do 1º ano, contando com o apoio da então
professora e educadora física Dalila Maria Magalhães Bastos.
No tocante as horas aulas, os alunos de todas as turmas assistiam 50 minutos de
aula duas vezes na semana. Sendo estas alternadas entre aulas teóricas e práticas. A parte teórica
lecionada na sala de aula e a teórica na quadra esportiva ou no campo.

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO

5.1 Acompanhamento das aulas teóricas ministradas pela professora responsável

Nas aulas teóricas ministradas em sala de aula, foram abordados temas relacionados
a problemáticas pertinentes a idade e realidade dos alunos, concernentes ao uso de drogas e
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violência, bem como a atitudes preventivas aos mesmos. Considera-se importante na disciplina
tratar sobre assuntos relativos à violência em aula teórica como forma de precaver brigas por
competição em esportes quando em aulas práticas, segundo a proposta crítica superadora.
Prepararam-se durante as aulas, os estudantes para possíveis riscos de acidentes,
considerando a estrutura física escolar. Ainda nesta temática, conteúdos relacionados aos
primeiros socorros foram expostos. Informações valiosas que podem ser utilizadas não apenas
em aulas práticas, como em qualquer momento de suas vidas. Outro tema de fundamental
importância, trata-se de questões relacionadas a lesões, abordaram-se conteúdos pertinentes às
lesões causadas durante a prática esportiva, como identificá-las, observar os sintomas e
orientações para busca de possíveis tratamentos, esses que devem sempre ser acompanhados
por um profissional.
Na medida que se passava o tempo de estágio, aprofundaram-se os temas no tocante
à educação física propriamente dita, tais como os movimentos do corpo como herança cultural,
histórias, definições, conceitos e regras de jogos, danças, lutas, bem como diferenciações dos
esportes escolares, de rendimento e cooperativos. A professora, à medida que ia ministrando o
conteúdo, fazia as intervenções pertinentes; já o pesquisador observava e aprendia cada vez
mais.

5.2 Acompanhamento das aulas práticas ministradas pela professora responsável

No início de todas as aulas práticas, realizaram-se alongamentos e atividades de


aquecimento, tais como corridas em círculo, dinâmicas lúdicas, entre outras, tentando
minimizar ao máximo os riscos de lesões e proporcionar o bem-estar durante as aulas. Estes
movimentos sempre eram modificados, de forma a quebrar a monotonia das aulas e torná-las
prazerosas, assim como também preparar os músculos e articulações para a execução dos
exercícios.
Após alongamento e aquecimento, os alunos eram desafiados a correr no campo da
escola. As corridas estabelecidas eram executadas a curtas distâncias, sendo de 100 metros na
maioria das vezes ou ainda com barreiras, que além de trazer maior dificuldade na atividade,
promoviam ao corpo dos estudantes maior resistência e força. As barreiras também promovem
melhoria na coordenação motora, aumenta a capacidade de atenção e promove ainda a
obstinação, o que se deseja aos estudantes.
Uma brincadeira interessante observada durante o período de vivência, diz respeito
à caça ao tesouro. Essa proposta foi direcionada a todos os alunos da escola. Os alunos foram
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divididos em equipes para realizar a procura, espertando nos mesmos o desenvolvimento da


capacidade de pensar e agir de forma coletiva. Observou-se a empolgação e comprometimento
dos participantes durante a execução da brincadeira. A atividade mostrou-se relevante, pois
prendeu a atenção dos adolescentes, fazendo-os se divertirem e trabalharem o corpo e a mente
ao mesmo tempo.
Durante o período de vivência, houve o aproveitamento dos espaços ao livre na área
escolar. Entre duas árvores, amarrou-se de forma criteriosa e segura uma fita elástica resistente,
na qual os alunos foram convidados a equilibrar-se e após adquirir mais experiência com a
atividade conhecida como “slackline”, puderam experimentar algumas manobras, o que
proporcionou aos estudantes um novo conhecimento prático, que propiciou diversão e aventura
aos mesmos.
Outras brincadeiras foram realizadas nas aulas práticas, como morto-vivo, quebra
canela e carimba, o que se considera resgate de cultura e desvio da atenção de distrações
tecnológicas atuais, como vídeo game, celular, tablet entre outros. Nos momentos finais das
aulas, os estudantes sempre jogavam uma partida de futsal, observando-se a separação por sexo,
com a finalidade de tornar o jogo justo e prevenir acidentes, já que os meninos costumam usar
maior força e ter maior habilidade que as meninas.
Corriqueiramente, observou-se que alguns alunos se recusavam a participar das
aulas práticas, limitando-se a sentarem-se na arquibancada e apenas olhar o desempenho dos
demais. Alguns alegaram ter problemas de saúde, outros desinteresse, apatia ou apenas diziam
não gostar de se movimentarem. Com o intuito de não os deixar ociosos, a professora
responsável pela disciplina lhes aplicava a tarefa de redigir um relatório a ser entregue no final
da aula, que posteriormente substituiria sua nota nas aulas práticas.

5.3 Observações pertinentes quanto a relação entre a professora e os alunos

A professora Dalila Maria Magalhães Bastos, responsável pela disciplina de


Educação Física na escola onde a vivência foi realizada, além de receptiva com o estagiário que
desenvolveu este estudo, mostrou-se sempre bem-disposta à orientação. Observou-se que a
mesma possui didática e oratória de excelente qualidade, o que facilita o aprendizado e torna a
aula produtiva. Neste contexto, vale ressaltar sua paciência para com os alunos, abertura à
questionamentos e debates, além de do vasto conhecimento que se propõe a transferir.
Durante a convivência com a forma de lecionar da professora Dalila, percebeu-se
sua criatividade na busca por recursos que atraísse a atenção de seus discentes ao conteúdo que
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queria repassar. Dentre eles podemos citar os textos, slides, vídeos, filmes, músicas, entre
outros, usados para instigar a participação dos alunos nos grupos de discussão e nas rodas de
conversas, sabendo que esse tipo de metodologia didática faz parte da proposta curricular da
escola.

6 RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PESQUISADOR AO MINISTRAR AULA PARA O


1º ANO DO ENSINO MÉDIO

Durante o período de estágio na escola CBL, ocorreu a oportunidade de lecionar


uma aula teórica para alunos do 1º ano do ensino médio, com turma composta por 32 alunos.
A aula ministrada foi sobre anatomia humana, incluindo seus conceitos básicos. O
aprofundamento da aula consistiu no estudo dos ossos, destacando-se informações relativas à
quantidade de ossos em indivíduos adultos, contrapondo-se a quantidade reduzida dos bebês.
Nesta mesma aula abordou-se outros assuntos referentes ao sistema esquelético, diferenciando-
se os ossos dos membros superiores e inferiores, esqueleto axial e apendicular e os formatos
dos ossos em geral, classificados como longos, planos, curtos, irregulares, pneumáticos e
sesamoides, enfatizando ainda suas diferentes funções e estrutura.
Ao final da aula, houve a aplicação de um questionário e posterior correção. A
forma de correção foi bastante participativa, dando armas a um debate a respeito do tema da
aula, onde foram tiradas dúvidas e ainda houve um debate sobre o assunto.
Importante salientar que os alunos do 1º ano são mais dispersos que os das demais
séries, se distraem com conversas paralelas e perdem atenção com maior facilidade. O
argumento utilizado pela professora responsável pela disciplina consiste na recém-chegada dos
estudantes a uma escola de ensino médio e esse período de adaptação gera a euforia baseada
em novo ambiente, amizades e professores. Apesar do obstáculo, os estudantes debateram sobre
o tema proposto na aula, subtendendo-se que se interessaram pelo assunto.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o período no qual foram acompanhadas as aulas de Educação Física do 1º


ao 3º ano do ensino médio, adquiriu-se oportunidade de aprendizado prático de como
comunicar-se com adolescentes em fase final de estudo escolar, bem como a influência na
forma de repassar o conteúdo disciplinar.
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Conclui-se que a ludicidade influencia sobremaneira no aprendizado, já que torna


a aula mais atrativa e prazerosa, o mesmo vale para a criatividade na implementação das
mesmas. Em relação as aulas práticas, mesmo havendo recursos e estrutura apropriada, alguns
alunos recusaram-se a participar, por preguiça, apatia, desinteresse e por vezes alegando
problemas de saúde.
Durante a realização desse estudo de campo ocorreu muito aprendizado, pois nada
como o fazer pedagógico para aprendermos a metodologia apropriada para aprender a lecionar.
E isso só se adquire através do contato com o ambiente escolar e o público alvo. Pode-se ter em
conta que a pesquisa serve de parâmetro orientador para novos educadores e acadêmicos. A
mesma proporciona subsídio para a comunidade acadêmica, alunos e professores e serve de
exemplo as pessoas de modo geral a compreenderem como se dá a didática e metodologia nas
aulas de Educação Física durante o Ensino Médio em uma das escolas públicas do estado do
Ceará.
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8 REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, I. V.; ALMEIDA, B. S. V.; ALMEIDA, B. S. F.; DIAS, F. A. LOPES, M.


S. CARREIRO, E. A. Dificuldades encontradas na Educação Física Escolar que
influenciam a não-participação dos alunos: reflexões e sugestões. Revista Digital. Buenos
Aires, v.14, n.136, 2009.

ARTMANN, T. H. Atividade física: conhecimento, motivação e prática de atividade


física em adolescentes. (TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO). Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Santa Rosa-RS. 38p., 2015.

BIANCARDI, G. As aulas de educação física no ensino médio: análise do nível de


motivação e desenvolvimento dos alunos do 3º ano. (PROJETO DE INTERAÇÃO
PEDAGÓGICA). Universidade de Ponta Grossa – UEPG, 22p., 2013.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro


de 1996. Brasília, DF, 1996.

FREIRE, R. S.; LÉLIS, F. L.O.; FONSECA FILHO, J. A.; NEPOMUCENO, M. O.;


SILVEIRA, M. F. Prática regular de atividade física: estudo de base populacional no
norte de Minas Gerais, Brasil. Rev Bras Med Esp. v.20, n.5, p.345-349, 2014.

HARTMANN, D.; ROSA, R. G.; BONAZZA, C. C.; ROSSKOPP, J. A. R.; NAGEL, P. A.


H.; FÜHR, D. P. Perspectivas para o ensino da educação física escolar: como fazer aquilo
que dizemos que é preciso fazer. Salão do Conhecimento. Unijui, 2016.

HERALDO, S. F.; BRAULIO, N. O.; JOSÉ, J. C. S.; Análise da percepção dos professores
de educação física acerca da interface entre a saúde e a educação física escolar: conceitos
e metodologias; Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 35, n. 3, p. 673-685, jul./set.
2013.

PAPINI, C. B; NAKAMURA, P. M; MARTINS, C. O; KOKUBUN, E. Severidades


Ocupacionais Associadas à Inatividade Física no Lazer em Trabalhadores. Motriz. Rio
Claro, v.16 n.3 p.701-707, jul/set. 2010.

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