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Conceitos Esporos
• Desinfecção: processo que diminui a probabilidade de infecção
através da destruição das formas vegetativas dos microrganismos,
mas não esporos. Termo geralmente empregado para o uso de
agentes químicos em objetos inanimados. Visa eliminar a
potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou local.
Processo seletivo e não absoluto
Esterilização Esterilização
• Organismos expostos a agentes letais não morrem todos
• Cada microrganismo apresenta graus de termosensibilidade simultaneamente, ou seja, seu número decresce exponencialmente
próprios, que dependem de sua forma (vegetativa ou esporulada), em função do tempo
espécie e quantidade de água no meio
• A ausência de organismos viáveis irá ocorrer em um tempo infinito
• Os métodos de esterilização permitem assegurar níveis de de exposição ao agente esterilizante (escala logarítmica)
esterilidade compatíveis às características compatíveis aos
produtos farmacêuticos • Teste de esterilidade: estado absoluto (amostragem) que não
pode ser garantido
• A escolha do método de esterilização adequado depende da
natureza e da carga microbiana inicialmente presente no produto • Planejamento e correta execução da esterilização: aumenta a
probabilidade de garantir a eficácia do processo
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Esterilização Esterilização
• Para produtos farmacêuticos e correlatos a denominação
Pode-se dividir a produção de estéreis em dois grandes estéril é geralmente atribuída aos produtos que, após o
grupos: processo esterilizante, apresentarem a probabilidade de serem
Manipulação asséptica e esterilização após envase não estéreis, ou um nível de garantia de esterilidade ou
Sterility Assurance Level (SAL) ≥ a 10-6
Conceito de morte associado aos microrganismos:
Um microrganismo é definido como morto quando não mais
prolifera em meios de cultura onde usualmente isto acorria;
• A definição de esterilidade, como função probabilística, não
considera-se como forma de constatação de presença de
significa inferir que se admita a não esterilidade de uma a cada
microrganismos viáveis a turbidez de meios líquidos ou o
um milhão de unidades, mas agregar cuidados adicionais que,
surgimento de colônias em meios sólidos
efetivamente, permitam o emprego seguro do produto
Nt = N0 e-kt ln Nt = ln N0 – kt
• O planejamento do processo esterilizante depende da população
inicial de microrganismo no produto (bioburden ou biocarga) e da Onde: Nt é o número de sobreviventes após o tempo t; N0 é o número de
cinética de inativação desta população quando exposta ao agente organismos no tempo zero (biocarga); t é o tempo de exposição; k é a
constante de velocidade de inativação microbiana
letal
• A inclinação da curva (= - k/2,303) permite o cálculo da velocidade de • O valor D é o tempo de exposição necessário para
inativação microbiana redução de 90% da população microbiana ou o tempo
necessário para reduzir um ciclo logarítmico na curva de
sobreviventes
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Cinética de Inativação Microbiana Cinética de Inativação Microbiana
• Exemplo: • Exemplo:
Após a exposição de um produto farmacêutico durante 5 minutos a Após a exposição de um produto farmacêutico durante 5 minutos a
uma temperatura de 121 ºC, a população microbiana foi reduzida uma temperatura de 121 ºC, a população microbiana foi reduzida
de 2 x 105 para 6 x 103. Qual é o valor de D? de 2 x 105 para 6 x 103. Qual é o valor de D?
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Medida da Eficácia da Esterilização Térmica Validação do Equipamento
• Os equipamentos devem ser validados para cada novo ciclo e novo tipo de
carga a ser esterilizado
• A abordagem atual dos protocolos de esterilização baseia-se em
Para esta validação devem ser seguidos os seguintes passos:
mensurações de inativação microbiana. O seu entendimento 1) Escolher um pacote que contenha o tipo mais característico do tipo de
pressupõe a familiaridade de algumas definições: carga. Este pacote deverá ser, de preferência o de maiores dimensões que
se pretende esterilizar. Colocar o pacote no local do dreno
2) Completar a carga da autoclave
3) Os indicadores biológicos e químicos devem ser colocados nos locais
• Valor F: mede a letalidade total de um processo de onde haja maior dificuldade de penetração do agente esterilizante de
acordo com a configuração do equipamento
esterilização térmica em relação a um organismo em particular. É 4) Dar início ao ciclo de esterilização
definido como o equivalente em minutos a 250 ºF (121,1 ºC), 5) Registrar os parâmetros dos indicadores mecânico
de todo calor possível de promover a destruição de esporos ou 6) Ao final do ciclo, observar e registrar o resultado dos indicadores
químicos
formas vegetativas de um microrganismo tempo necessário
7) Colocar os indicadores biológicos na incubadora e após ler os
para morte térmica resultados e registrar
8) Arquivar os resultados de todos os testes realizados
Filtração
Êxito: tipo, teor, fonte contaminantes, métodos minimização
e prevenção contaminação Químicos:
Ácido Peracético
Glutaraldeído
Óxido de Etileno
Peróxido de Hidrogênio
Esterilização Física
Esterilização Física
Calor
Calor seco (estufa): – Temperatura de segurança: 150-180 ºC
SIM: materiais metálicos, vidro, pós, vaselinas, gorduras, ceras, – Problemas de degradação amostras
soluções e suspensões oleosas e tecidos especiais, • Alteração de numerosos medicamentos
medicamentos que não contenham água • Carbonização, fusão de plásticos
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Esterilização Física Estufas
Calor Seco
Processo tipicamente utilizado para esterilização de vidro
3 / 4 MINUTOS 134° C
15 MINUTOS 121° C
Esterilização Física
Planejamento de Protocolo de
Calor Autoclavagem
– Autoclaves
– Esterilização por vapor
– Ebulição a mais de 100 ºC A energia de ativação para a morte dos esporos é da ordem de 270 -
300 kJ por bactéria, enquanto para induzir alteração química
(hidrolítica ou oxidativa) em solução aquosa é geralmente da ordem
de 70 - 100 kJ mol-1 para fármacos que se constituem em problema
Operação de eleição para:
Grande parte dos produtos farmacêuticos líquidos de estabilidade para os fabricantes. Quando tais soluções
necessitam ser esterilizadas, para minimizar alterações químicas,
é preferível o emprego de temperaturas elevadas por tempos
Esterilização menores
tempo total = t. penetração + t.esterilização + t.segurança
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Autoclaves Esterilização Física
Radiação
Ionizantes:
Raios X, γ, radiações corpusculares (raios β, prótons,
nêutrons e raios α)
Não ionizantes:
UV (atividade bactericida 220-280 nm, baixo poder de
penetração – superficial)
Radiação
Equipamento de radiação
• Sua ação esterilizante se processa através da alteração da γ cobalto e ultravioleta
composição molecular das células, as quais sofrem perda ou
adição de cargas elétricas (ionização), ficando carregadas
negativa ou positivamente
Equipamento e radiação UV
dentro da câmara
Esterilização Física
Filtração Esterilizante
Filtração
Objetivo: • Remoção física de microrganismos por adsorção no meio
filtrante ou por mecanismo de tamisação
Eliminar, mecanicamente, microrganismos de líquidos
termolábeis ao calor úmido em autoclave
Aplicação:
Êxito: • Não se pode utilizar esterilização por calor
Elementos filtrantes com poros de dimensões • Pequenos volumes de líquido
adequadas, condições de assepsia durante o
procedimento • Farmácia e Farmácia Hospitalar
• Fabricação de produtos parenterais e oftálmicos
• Incorporação de substâncias
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Vantagens Desvantagens
DESAFIO BACTERIOLÓGICO
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Esterilização Química
Esterilização por Agentes Químicos • Formaldeído: Atualmente utilizado em processos fechados com autoclave
especial. A esterilização é eficiente mas depende de umidade local controlada
Vantagens: Barato, muito eficiente, ciclo de 6 horas, baixa temperatura (55ºC)
• Definido como esterilização à frio. Está indicado, quando outros processos Desvantagens: Requer equipamento específico e controle rigoroso
de esterilização não estão disponíveis. Aplicável a alguns artigos
termosensíveis •Plasma de Peróxido de Hidrogênio: Sistema à gás que utiliza equipamento
complexo composto de alto vácuo e gerador elétrico de plasma. Processo químico
• Formaldeído eficiente e de baixa temperatura (35-40ºC)
Vantagens: Rapidez, eficiência, baixa temperatura
• Gás de Óxido de Etileno Desvantagens: Custo alto do equipamento e processo, incompatibilidade de
embalagens
• Plasma de Peróxido de Hidrogênio
•Gás de Óxido de Etileno: É um produto altamente tóxico usado para esterilizar
materiais, muito utilizado para esterilização de material descartável
Vantagens: Não danifica os materiais, baixa temperatura (50ºC a 60 ºC)
Desvantagens: Danos ao meio ambiente quando manipulado erroneamente, alto
custo, tóxico para o manipulador, requer aeração de 48 horas, demorado, legislação
específica
Papel grau-cirúrgico
Tyvek® Marcadores químicos:
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Indicadores Químicos Indicadores Químicos
Classe 2: Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de
Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de vácuo da autoclave pré-vácuo.
Classe 1:
coloração quando exposto a temperatura.
verifica a eficiência da bomba de vácuo
espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão
usados externamente em todos os pacotes recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia ou pelo menos a
cada 24 horas
caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do
evidenciam a passagem do material pelo processo
equipamento
• Esterilização a vapor: Geobacillus stearothermophillus, destruído pela • Primeira geração: tiras de papel com esporos microbianos,
exposição ao vapor durante 12 minutos a 121º C
incubados em laboratório de microbiologia com leitura em 2-7
• Esterilização por calor seco: Bacillus subtilis, destruído a 160º C por dias
2 horas
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Indicadores Biológicos
Esterilização
Referências
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