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Universidade Estácio de Sá

Departamento de Letras
Didática

Metodologias ativas e processos colaborativos:


Relatório e plano de aula

Aluno: Wandersson Hidayck Silva


Matrícula: 202002442281
09/06/2020
Objetivos

Refletir acerca das características e importância das metodologias ativas e dos


processos colaborativos na educação atual.

Demonstrar o percurso teórico traçado nessa reflexão.

Apresentar um plano de aula esboçado a partir da metodologia ativa Peer


Instruction.
Introdução teórica

Com a consolidação do capitalismo, os modelos de educação se


voltaram para a formação de profissionais, enquanto os desafios do mundo
contemporâneo fazem com que as escolas se preocupem em formar indivíduos
capazes de exercer sua cidadania. E a tecnologia cada vez mais acessível
amplia as possibilidades de ensino e aprendizagem, com a aplicação de
metodologias que incluam recursos virtuais. Além disso, novos conceitos são
valorizados como uma forma de acompanhar a intensificação da globalização e
mesclar as áreas do conhecimento, como a intertextualidade e a
transversalidade.
Nesse novo cenário, globalizado e tecnológico, a escola e os
professores deixam de ser meros transmissores do conhecimento e passam a
exercer a função de formadores de indivíduos críticos e atuantes que estejam
preparados para potencializar suas habilidades e lidar com os desafios do
mundo contemporâneo.
Segundo os teóricos behavioristas (como Ivan Pavlov, John B. Watson e
B. F. Skinner), ligados ao comportamentalismo, o ambiente em que o aluno
vive, permeado de estímulos e respostas, influencia decisivamente no
comportamento individual. Nessa linha, tem-se a ideia de reforço dos valores e
padrões sociais, realizado pelo professor, como elemento fundamental no
processo de ensino-aprendizagem. E as atividades escolares devem ser
planejadas nessa direção.
A corrente cognitivista, por sua vez, leva em consideração os aspectos
envolvidos no processo contínuo de conhecimento, como as percepções, a
assimilação de informações, a organização mental dos conteúdos adquiridos, a
compreensão e a transformação do aprendizado em realidade. Nesse contexto,
a sala de aula funciona como um meio facilitador entre o aluno e o
conhecimento, com o professor propiciando experiências que efetuem essa
relação, que é constante. O estudante deve ser levado a desenvolver sua
própria confiança e realização, em um ambiente livre e potencializador.
O cognitivismo agrupa algumas modalidades de ensino-aprendizagem,
como a construtivista, sociointeracionista e significativa. Todas levam em conta
o papel do sujeito e sua relação com outros sujeitos ou objetos. A primeira se
ocupa dos mecanismos cognitivos implicados no desenvolvimento da
aprendizagem a partir das primeiras séries, tendo o psicólogo Jean Piaget, que
defendia a função decisiva da interação e da cooperação, como um de seus
principais teóricos. Para os adeptos dessa corrente, os alunos devem ser
constantemente estimulados a resolver problemas que os façam progredir na
aprendizagem. E o professor, de forma ativa, deve se planejar para que todos
os alunos, a partir de suas especificidades, atinjam esse objetivo.
Já o sociointeracionismo, ao qual está ligado o psicólogo Lev Vygotsky,
enfatiza a experenciação do conhecimento, que se realiza com a medição de
um sistema simbólico de linguagem. Enquanto a abordagem significativa se
baseia na ideia de David Paul Ausubel de estrutura cognitiva, em que os novos
conhecimentos se ligam aos adquiridos anteriormente.
Hoje, o professor, além de propiciar a construção do conhecimento de
forma dinâmica, deve estar atento às necessidades das diferentes gerações
com que ele dialoga na sala de aula. Especialmente as gerações z e alpha, que
estão imersas em dispositivos virtuais colaborativos, como as redes sociais e
os games. Nesse sentido, faz-se importante a introdução de metodologias
ativas e processos colaborativos. E as aulas devem ser planejadas com esse
direcionamento. Em um plano de aula, devem constar o objetivo, a finalidade,
as estratégias didático-metodológicas e os recursos que serão utilizados.
Diferentemente de quando se pensava que o aluno é uma tábua rasa, à
espera de que o professor lhe transmita informações de forma mecânica,
mnemônica, atualmente sabemos que uma ação pedagógica é necessária,
considerando a heterogeneidade de saberes, ritmos de aprendizado e
realidade social dos estudantes. Assim como é necessário atentar para a
transposição didática dos conteúdos, adaptando o conhecimento científico e
acadêmico à realidade sociocultural e cognitiva do aluno. Em um processo que
vai além do professor, envolvendo outros agentes, como gestores e
coordenadores pedagógicos.
As novas gerações estão inseridas em problemáticas que constituem em
desafios para a educação contemporânea: acentuada desigualdade social,
evasão escolar, convivência conflituosa, postos de trabalho substituídos por
máquinas, a necessidade de se preservar a identidade local frente ao processo
de globalização. Todos os envolvidos no ensino-aprendizagem precisam
auxiliar os estudantes a lidarem com tais incertezas, tornando-se cidadãos do
mundo capazes e conscientes.
Além disso, os educandos atuais, em geral, estão familiarizados com a
linguagem hipermidiática, que mescla gêneros textuais verbais e não verbais, e
com as tecnologias digitais, que fazem parte do cotidiano. Diante desse
cenário, torna-se importante a inclusão de metodologias ativas, centradas no
aluno e aliadas às novas tecnologias. O ensino, dessa forma, é direcionado à
solução de problemas, conforme a teoria interacionista, levando-se em conta o
conhecimento prévio que o aluno já adquiriu em contato com o mundo digital.
Com um canal aberto ao diálogo, o professor proporciona que o estudante
atribua significados, em sua própria vida, aos conhecimentos adquiridos. Estão
incluídos entre as metodologias ativas os trabalhos em equipe, o uso de
laboratórios, simulações de problemas, estudos de caso.
Com a adoção desse sistema de ensino, dá-se atenção aos diferentes
perfis de aprendizagem. Isso foi objeto de reflexão do autor Howard Gardner,
em sua Teoria das Inteligências Múltiplas, as quais podem ser: verbal, lógico-
matemática, cinestésica-corporal, espacial, musical, interpessoal, intrapessoal,
natural, existencial. Assim, são criadas possibilidades para explorar as
habilidades de cada aluno, tornando-os sujeitos críticos e ativos, capazes de
relacionar problemas e sugerir soluções.
Algumas metodologias ativas ficaram bastante conhecidas. A chamada
Peer Instruction (instrução por pares) foi planejada pelo professor de Física
holandês Eric Mazur, em 1991. Com esse método, o professor medeia a
produção de conhecimento em sala de aula, partindo de leituras prévias e
incitando o debate para que os alunos aprendam de forma autônoma e
dialógica. Esse modelo de ensino é bastante empregado em universidades.
Há, também, a ABP, Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL,
Problem Basead Learning), cujo objetivo é fazer com que o aluno assimile a
teoria e a prática simultaneamente. Em vez da explanação estanque do
conteúdo, os estudantes são desafiados com problemas cotidianos. Dessa
forma, são acentuados a autonomia e o engajamento do alunado, que se
envolve com o conhecimento de forma dinâmica, além de atingir as múltiplas
inteligências.
Outra metodologia que lida com a resolução de problemas é a
Aprendizagem Baseada em Jogos. Nesse caso, o aluno participa da
construção de um contexto, elabora possíveis resoluções, busca alcançar uma
meta e trabalha com a colaboração de colegas. E, na Gamificação, aspectos
próprios de jogos, como raciocínio, mecânica e design são atribuídos a
atividades que não envolvem jogos, criando-se uma atmosfera de estímulo e
dinamismo.
A Aprendizagem Baseada em Inquérito, ou investigação (Inquiry-Basead
Learning, IBL), por sua vez, é utilizada desde o século XIX. No início, era
restrita às Ciências Naturais, mas foi estendida para outras disciplinas. Com
esse método, o aluno parte da observação do mundo à sua volta para formular
hipóteses, atendo-se mais ao processo de conhecer do que à assimilação de
conceitos. Alguns passos são necessários nessa metodologia: apresentação
de um problema, exploração do tema, planejamento da resolução e reflexão
sobre os resultados.
Procedimentos metodológicos

Leitura e reflexão sobre as metodologias ativas e os processos colaborativos,


sua pertinência na educação contemporânea, os principais tipos, sua
proximidade com a tecnologia digital.

Elaboração de um texto teórico-dissertativo a partir dessa leitura e reflexão.

Desenvolvimento de um plano de aula direcionado à abordagem da


metodologia ativa Peer Instruction em uma aula de literatura para o Ensino
Fundamental.
Plano de aula

 Conteúdo

Características do gênero textual poema: linguagem poética

 Tema

De que tipo de linguagem é feito um poema?

 Segmento

Turma do 6° ano do Ensino Fundamental

 Duração

50 min

 Objetivos

Identificar marcas da linguagem poética

Analisar um poema com traços de outro gênero textual


 Metodologia

Utilização da metodologia ativa Peer Instruction nos seguintes passos:

Agrupamento de equipes de 4 alunos, cada.

Debate sobre a leitura prévia do texto Poema tirado de uma notícia de jornal,
de Manuel Bandeira

Leitura em grupo desse poema

Deixar que os alunos conversem entre si o que eles pensam e conhecem a


respeito da linguagem poética

Discussão entre equipes diferentes sobre os significados do poema

Debate a respeito do tipo de linguagem empregada no poema, com marcas da


prosa e da oralidade

Formulação de uma tabela, para cada equipe, contendo, em duas colunas, as


diferenças e as aproximações entre esse poema e uma notícia de jornal

 Recursos

Multimídia (Datashow)

Textos

Tabelas

 Avaliação

Um aluno de cada equipe fica responsável por explanar os resultados da


atividade para toda a turma. Após cada explanação, outros alunos podem
intervir, enquanto o professor pode lançar provocações complementares.

As equipes que se saírem bem sugerem um texto para a próxima aula. E as


que tiverem um desempenho aquém do esperado, refazem a tabela.
Resultados e conclusões

O plano de aula apresentado neste relatório indica uma benéfica adequação de


um conteúdo teórico a um processo de conhecimento prático e dinâmico. A
adoção da metodologia ativa Instrução por Pares favorece a interação dos
alunos entre si como modo de construírem seu saber na troca de impressões e
experiências. Na atividade sugerida no plano de aula, cada aluno leva para a
sala seu conhecimento prévio de mundo e acerca do conteúdo abordado,
enquanto o professor exerce sua função de mediador do processo de
conhecimento, estimulando o pensamento crítico, formulando novas questões e
reforçando as conquistas.
Referências bibliográficas

CASTRO, Leticia Fonseca R. F. de. Didática. Rio de Janeiro: SESES, 2015.

BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma


educação inovadora: Uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso,
2017.

CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: Estratégias


pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018.

CAVALCANTI, Carolina Costa. Metodologias inov-ativas: Na educação


presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Saraiva, 2018.

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