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OAB SEGUNDA FASE – VII EXAME

Direito Tributário
Josiane Minardi

Simulado 3 - SJP Motocicletas S/A., pessoa jurídica de direito privado, com sede em São José dos
Pinhais/PR, na Rua das Motos n 100, inscrita no CNPJ/MF sob n 22.222.222/0002-22, é uma sociedade
que se dedica a industrializar e a comercializar motocicletas de baixa cilindrada para uso urbano. Diante
destas atividades, a SJP Motocicletas S/A. recolhe regularmente todos os tributos exigidos pela legislação
em vigor.
Mas, por um lapso de seu departamento financeiro, a SJP Motocicletas S/A. deixou de recolher o IPI
(imposto sobre produtos industrializados) devido sobre operações realizadas em novembro de 2000, razão
pela qual foi autuada em março de 2001, tendo recebido a notificação neste mesmo mês.
Mesmo sem a notificação informar qual o valor que a fiscalização entendia como devido e sem fixar prazo
para recolhimento ou impugnação, a SPJ Motocicletas S/A. apresentou, no prazo legal, defesa informando
que em janeiro de 2001 efetuou, simultaneamente, o pagamento do valor do tributo com os encargos
legais e a retificação da declaração do período em questão.
Ocorre que, em outubro de 2005 foi proferida decisão administrativa mantendo a exigência do IPI sobre as
operações da SJP Motocicletas S/A. relativas ao período objeto da autuação. Intimada em novembro de
2005, a SJP Motocicletas S/A. decidiu não apresentar recurso administrativo, vez que a decisão
administrativa limitou-se a homologar o auto de infração, sem, contudo, declinar os motivos pelos quais a
exigência foi mantida.
Desta forma, a fiscalização efetuou a inscrição do valor em dívida ativa no mês de janeiro de 2007,
expedindo aviso de cobrança no mês fevereiro de 2007.
Tendo recebido o aviso de cobrança, a SJP Motocicletas S/A. optou por não tomar nenhuma providência,
razão pela qual em janeiro de 2012 foi ajuizada execução fiscal para a cobrança da importância inscrita
em dívida ativa no montante atualizado de R$102.285,35 (cento e dois mil, duzentos e oitenta e cinco reais
e trinta e cinco centavos), abrangendo o valor do tributo, juros e multas.
A execução fiscal tomou o n 2008.70.00.000000-0 e foi distribuída para a 99ª Vara de Execuções Fiscal da
Justiça Federal de Curitiba - Seção Judiciária do Paraná, sendo determinada a citação da SJP
Motocicletas S/A. em 11 de maio de 2012, cujo mandado foi expedido nesta mesma data.
Recebendo o mandado de citação, e mesmo verificando que a certidão de dívida ativa que instruiu a
execução fiscal não especificava a forma pela qual o valor foi corrigido, em 13 de maio de 2012 a SJP
Motocicletas S/A., pretendendo discutir o valor executado, ofereceu bens à penhora, que foram aceitos
pela exeqüente. E, em 08 de junho de 2012, a SJP Motocicletas S/A. foi intimada da penhora.
Na qualidade de advogado da SPJ Motocicletas S/A., elabore a medida processual cabível e específica
para atender aos interesses do seu cliente diante da situação acima narrada, utilizando todos os
funcionamentos jurídicos possíveis para a caso, ainda que de maneira alternativa, justificando, ainda a
tempestividade e indicando o prazo final.

Ação Cabível: Embargos à Execução, nos termos do art. 16 da Lei nº 6.830/80.


Tese: Ocorreu o pagamento do Tributo que extingue o crédito tributário, nos termos do art. 156, I
do CTN. Inexigibilidade de multa, por ter ocorrido a denúncia espontânea, nos termos do art. 138 do
CTN. Nulidade da decisão administrativa, nos termos do art. 59, II do Decreto nº 70.235/72.
Prescrição.

Pontuação:
Endereçamento - Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 99ª Vara de Execuções Fiscal da Subseção de
Curitiba - Seção Judiciária do Paraná. (0,2)
Qualificação – SJP Motocicletas S/A., pessoa jurídica de direito privado, com sede em São José dos
Pinhais/PR, na Rua das Motos n 100, inscrita no CNPJ/MF sob n 22.222.222/0002-22, vem
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, abaixo assinado
(procuração anexa) com escritório na Rua, nº, bairro, cidade, Estado, CEP, opor com fulcro no art. 16 da

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Lei nº 6.830/80Identificação do Embargado – União/Fazenda Pública Nacional, pessoa jurídica de direito


público, com sede na rua , nº..., pelos motivos de fatos e razões de direito que seguem: (0,2)
Breve Exposição dos Fatos: (0,3)

Do Direito:

Primeiro Fundamento: Houve o pagamento do tributo antes de qualquer atuação da Autoridade


Administrativa, o pagamento extingue o crédito tributário (0,5) Art. 156, I do CTN (0,5)

Segundo Fundamento: Como o pagamento ocorreu antes de qualquer procedimento administrativo, não
pode ser cobrado multa (0,5) art. 138 CTN (0,5)

Terceiro Fundamento: Decisão administrativa sem motivação, nulidade (0,50) Art. 59, II do Decreto nº
70.235/72 (0,5)
Quarto Fundamento: Prescrição – O prazo para a fazenda ajuizar a execução de cinco anos reiniciou a
contagem da decisão administrativa definitiva, nos termos do art. 174 do CTN (0,5)
Pedidos:
Procedência do pedido a fim de extinguir a execução, anular a dívida vez que nula, pois o pagamento
extingue o crédito tributário tributário ehá prescrição: 0,3
Intimação do réu, nos termos do art. 17 da Lei nº 6.830/80: 0,2
Distribuição por dependência aos Autos de Execução Fiscal: 0,1
Indicar provas: 0,1
Valor da causa R$ 102,285,35: 0,1

1 - Determinado jogador integrante de importante time de futebol de estado da federação brasileira, na


qualidade de pessoa física, ao promover, em dezembro de 2010, a importação, por conta própria, de um
automóvel de luxo, da marca Jaguar, zero quilômetro, fabricado no exterior, foi surpreendido com a
cobrança de tributos, inclusive o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS. Todavia, o
jogador de futebol, inconformado com a cobrança do referido imposto estadual, ajuizou, por meio de seu
advogado, competente mandado de segurança, com base na súmula 660 editada pelo STF, a fim de
viabilizar a defesa dos seus direitos perante a Justiça Estadual.
Com base no caso acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados
e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) O jogador de futebol em questão estaria enquadrado na qualidade de contribuinte do ICMS? (Valor:
0,65)
b) Considerando que existe pedido liminar, analise sua viabilidade, bem como a do direito em discussão.
(Valor: 0,60)

a) Sim. Até a entrada em vigor da Emenda Constitucional no. 33, de 11/12/2001, o art. 155, inciso IX, letra
a, da CF/88, não disciplinava, em sua redação originária, a possibilidade de incidência do ICMS de bem ou
mercadoria importados do exterior por pessoa física, daí porque inúmeros contribuintes, à época,
questionaram judicialmente a cobrança do ICMS pelos Estados o que resultou em julgamentos favoráveis
aos contribuintes, culminando com a edição da súmula 660 do STF.
Contudo, com o advento da Emenda Constitucional no. 33, de 11/12/2001, que alterou a redação do art.
155, inciso IX, letra a, da CF/88, a pessoa física passou, expressamente, a constar como contribuinte de
bem ou mercadoria importado do exterior.
Ademais, a LC no. 87/1996, teve a redação alterada pela LC no. 114/2002, a qual passou a determinar,
em seu art. 4º, parágrafo único, inciso I, que a pessoa física, mesmo sem habitualidade ou intuito

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comercial, enquadra-se como contribuinte do ICMS quando “ importe mercadorias ou bens do exterior,
qualquer que seja sua finalidade”.
Dessa forma, o candidato deverá interpretar as mudanças trazidas pela EC no. 33/2001 em relação ao
caso posto em debate, bem como mencionar a inaplicabilidade da súmula 660 STF frente à redação atual
prevista no art. 155, inc. IX, letra a, da CRFB/88.
Não. O presente writ é inviável, pois não engloba
direito líquido e certo, portanto, não há que se
falar em deferimento ou não da liminar (art. 5º.,
inciso, LXIX, da CF/88 e Lei no. 12016/2009).
Dessa forma, o examinando deverá identificar a
aplicação ou não da existência de direito líquido e
certo à luz das informações previstas no
problema.

PONTUAÇÃO
Sim, com base no artigo 155, §2º, IX, “a”, da
CRFB OU artigo 4º, parágrafo único, I, da Lei
Kandir. (0,35)
Inaplicabilidade da Súmula 660 do STF. (0,30)
Incabível a liminar, por não estarem presentes os
requisitos para sua concessão. (0,30)
Não há direito líquido e certo em não pagar. (0,30)

2 - Em janeiro de 2007, o agricultor Manoel Santos teve sua extensa propriedade invadida por cinquenta
famílias de camponeses. Inconformado, ele moveu, tempestivamente, ação de reintegração de posse com
pedido de medida liminar no intuito de ser reintegrado na posse do imóvel, a qual foi prontamente deferida,
embora siga pendente de cumprimento, por inércia do poder público. Com base na situação apresentada,
responda, fundamentadamente, como repercute a incidência do Imposto Territorial Rural. (Valor: 1,25)

O Fato Gerador do tributo é a situação ou circunstância com previsão legal suscetível de originar
obrigação de natureza tributária.
O Imposto Territorial Rural (ITR) tem como hipótese de incidência tributária, segundo o já citado art. 29 do
CTN, "a propriedade, o domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título”.
Desde 2007, o proprietário não detém o direito de usar, gozar e dispor do imóvel, em decorrência da
invasão pelos integrantes das famílias camponesas e o direito de reavê-lo não é assegurado pelo Estado.
Houve, portanto, o completo esvaziamento do conteúdo do direito de propriedade, que se mantém apenas
formalmente, não configurando o fato gerador do ITR.
O ITR é inexigível ante o desaparecimento da base material do fato gerador.
O mesmo Estado que se omite na salvaguarda de
direitos fundamentais, mesmo após decisão
judicial exigindo a sua intervenção, não pode
utilizar a aparência do direito, para cobrar o tributo
que pressupõe a incolumidade da titularidade do
domínio não apenas formalmente, mas também
materialmente.

PONTUAÇÃO
Hipótese de incidência é a propriedade, o domínio 0 / 0,25

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útil, ou a posse, a qualquer título.


Artigo 29 do CTN OU 0 / 0,20
artigo 1º da lei 9393/96 OU
artigo 2º do Decreto 4382/02
O ITR é inexigível do proprietário (0,50) pois o fato
gerador não se constituiu (0,30).

3 - O Estado de São Paulo, em razão da necessidade emergencial de conseguir novos recursos para
pagar o 13º salário do funcionalismo público, decide extinguir benefícios fiscais outrora concedidos e que
acarretam diminuição da arrecadação. Dessa forma, é aprovada a Lei 2.000, publicada em 30 de março de
2007, que determina a imediata revogação de isenção do ICMS concedida aos comerciantes de leite e
seus derivados, passando a ser aplicada a alíquota de 18% sobre a venda dos produtos em geral,
conforme já previsto no ordenamento jurídico estadual. A empresa Longa Vida Laticínios Ltda. não recolhe
o tributo e é autuada pelo Fisco Estadual em janeiro de 2008, que exigiu o ICMS de abril até dezembro do
ano anterior.
Com base nesse cenário, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
pertinente ao caso, discorra sobre a legalidade da exigência do ICMS para a empresa Longa Vida
Laticínios Ltda.

Primeira Possibilidade de resposta:


A revogação de uma isenção equivale à instituição de um novo tributo, de forma que se deve respeitar o
princípio da anterioridade.
Segunda Possibilidade de resposta:
Funda-se na posição do Supremo Tribunal Federal segundo o qual, com base no artigo 178, a isenção,
salvo a concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou
modificada por lei a qualquer tempo, observando o disposto no inciso III do artigo 104 do CTN.
Em relação à correção, levou-se em
conta o seguinte critério de pontuação:
Item
Obrigatoriedade de celebração de
convênios. (0,50) Art. 155, §2º, XII, “g”,
da CRFB, OU LC 24/75. (0,25) Princípio
da Anterioridade (0,25). Art. 150, III, b,
da CRFB OU art. 104, III, do CTN; 178
do CTN (0,25).

4 - MÁRIO ROBERTO possui terreno limítrofe entre as zonas urbana e rural do município de Pedra
Grande. No ano de 2009, ele recebeu o carnê do IPTU, emitido pela Secretaria de Fazenda de Pedra
Grande, e também foi surpreendido com a cobrança do ITR sobre a mesma parcela do imóvel.
Como advogado de MÁRIO ROBERTO discorra sobre a ação judicial mais adequada para a defesa de seu
interesse. Aponte quem deve figurar no polo passivo da ação e de quem é a competência para o
julgamento.

a) Nos termos do art. 164, III do CTN, a ação de consignação em pagamento é a via mais adequada para
garantir que este seja efetuado ao ente competente;
b) a União e o Município de Pedra Grande devem figurar no pólo passivo da consignatória em
litisconsórcio passivo obrigatório;

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c) a competência será da Justiça Federal, por força do disposto na CF art. 109, I. O candidato que informar
a competência da Justiça Estadual somente deve receber a pontuação se justificar a prorrogação de
competência ante a possível ausência de vara federal no município.
Distribuição dos pontos
Item Pontuação
Ação de Consignação em Pagamento
Art.164,III CTN
0,4
Litisconsórcio passivo necessário 0 / 0,25
Competência Federal
Competência Estadual se ausente vara federal
(0,3) com o artigo – 109,I DA CF – ponto cheio, sem o artigo tirar (0,3) só considerar a segunda opção de
competência (justiça estadual) se justificar a prorrogação

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