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SINOPSE DO CASE: Bem vindos, SESSÃO DE TERAPIA!

Kelly Amanda da Silva Santos2


Ma. Thayara Coimbra3

1 DESCRIÇÃO DO CASO

Far-se-á uma análise das habilidades terapêuticas e da importância da psicoterapia


pessoal para o terapeuta, presentes em quatro episódios da série Sessão de Terapia, que
acompanha os atendimentos de um psicólogo chamado Caio com seus três pacientes e suas
sessões com sua própria terapeuta, Sofia. Caio é jovem, perspicaz e atento, tem em seu enredo
uma tragédia familiar que envolve a morte de sua esposa e filha, problema com o qual está
lidando ao mesmo tempo em que acompanha seus próprios pacientes. Como paciente ele é
terrível, ranzinza, grosseiro e muitas vezes inapropriado em seu constante flerte com a
terapeuta.
Sofia é supervisora de Caio, atende o psicólogo às sextas-feiras, percebe e entende
os conflitos de Caio, mas que, ao mesmo tempo, vive um relacionamento complicado com
ele. Enquanto psicóloga de Caio recebe suas demandas advindas tanto das questões referentes
a sua vida pessoal, que se encontra enleada, quanto o ajuda a lidar com suas percepções
pessoais, para que estas não interfiram de maneira negativa na condução de seus atendimentos
enquanto psicólogo.
Os pacientes de Caio consistem em: Chiara, que é o nome artístico de Joana, uma
atriz que não suporta mais viver a figura pública que ela mesma criou, de humor ácido;
Nando, às voltas com discussões envolvendo machismo, racismo, misoginia e em constante
atrito com o empoderamento feminino de sua mulher. Haidée uma senhora, que lida com a
questões da adaptação da vida após ficar viúva e tem que lidar com questões referente a sua
idade. Após arguição superficial desses quatro episódios, podemos perceber uma relação
estável, controlada e sensível de Caio com seus pacientes e uma outra faceta mais
descontrolada e levemente agressiva em sua supervisão com Sofia.

2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO

1
Case apresentado à disciplina de Entrevista clínica, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
2
Aluno do 5° período, do curso de Psicologia, da UNDB.
3
Professora, Mestra, Orientadora, da disciplina de Entrevista clínica, do 5° período do curso de Psicologia, da
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
2.1 DESCRIÇÃO DAS DECISÕES POSSÍVEIS

2.1.1 Habilidades terapêuticas e características do terapeuta que favorecem o estabelecimento


e manutenção do processo terapêutico.
2.1.2 Importância da psicoterapia pessoal para o terapeuta.

2.2 ARGUMENTOS CAPAZES DE FUNDAMENTAR CADA DECISÃO

2.2.1 Habilidades terapêuticas e Características do terapeuta que favorecem o


estabelecimento e manutenção do processo terapêutico.

Ao analisar os aspectos dos atendimentos realizados por Caio, podemos perceber


características imprescindíveis para o estabelecimento e manutenção dessa dinâmica tão
íntima entre terapeuta e paciente, que vai além das ligações individuais com cada paciente,
são aspectos que fazem-se necessários para que o psicólogo maximize sua efetividade com
uma ampla gama de pacientes. Como terapeuta ele é compenetrado, firme, mesmo que ousado
em sua abordagem
Ao decorrer dos episódios percebemos uma padrão linear de posicionamento nos
atendimentos de Caio que apresentam efetividade independente do caso apresentado por cada
paciente e podem ser configurados por um conjuntos de habilidades. As habilidades não
verbais percebidas durante as sessões com os pacientes, foram: expressão facial neutra; voz
modulada, suave e firme; olhar direta e seguramente nos olhos do cliente; balançar
ocasionalmente a cabeça; gestos ocasionais com as mãos; velocidade moderada da fala, gestos
e movimentação suaves. Para Silvares e Gongorra (1998) entre esses efeitos, estão os de
manter a atenção do cliente, estimulá-lo a falar e intensificar ou complementar a comunicação
verbal.
Ademais, essa habilidades não verbais podem ser percebidas concomitantemente a
suas habilidades empáticas, tanto quando Nando faz afirmações machistas e misóginas; ou
quando Chiara faz comentários ácidos a respeito de seu escritório e ao fato dele ter herdado
algo; ou mesmo quando Haidée diz que quer sua ajuda para morrer. Mesmo que sejam
assuntos que possam incomodá-lo ou não diretamente e pessoalmente, sua fisionomia neutra
mostra que ele está ali ouvindo, não evidencia julgamento ou medo, que esses pacientes estão
sendo escutados e que ele está no controle daquela situação. A empatia não envolve só a
demonstração de sentimentos positivos; mas também a não demonstração de sentimentos
negativos: raiva, aversão, pena... Para alguns, isto se refere à aceitação incondicional do
cliente, pelo terapeuta. Os principais autores lembram que não se trata de não sentir de forma
negativa, todavia, trata-se de controlar tais sentimentos (SILVARES; GONGORRA, 1998).
Outro aspecto constatemente evidenciado como uma habilidade, fora os pedidos
de Caio para que seus paciente operacionalizacem as informações dadas, e mostrou-se
bastante profícua. Segundo Silvares e Gongorra (1998), trata-se de ajudar o cliente fazer, com
suas palavras, descrições inequívocas do problema que está relatando. Após a
operacionalização da informação, haverá a segurança de que, ao referirem-se ao evento
descrito, ambos, cliente e terapeuta, estarão falando do mesmo fato. Caio faz isso com Chiara
quando está ultima ao relatar um “fora” de um amigo do tempo da escola diz que o garoto
preferia a Joana ( sua personalidade não famosa), Caio pergunta “qual Joana?”, Chiara fala “a
Joana do primeiro ano”, Caio então pergunta “e como era essa Joana?”, para que Chiara possa
explicar com suas palavras e Caio entenda como ela se sente em relação a isso. Isso também
acontece quando ele conversa com Nando e pede que ele explique com suas palavras
sentimentos em relação a sua esposa que ele resume como se fosse óbvio. Após essas esses
momentos, os pacientes parecem se apropriar de forma mais enfática de seus próprios atos.
Quando fala com Haidée de forma clara, como ela se sente por não precisar mais
cuidar de ninguém, repetindo as falas da paciente para que essa tome ciência do que está
passando e possa confirmar se é de fato o que está sentindo. Trata-se da habilidade de
parafrasear, repetição pelo terapeuta de frases ditas pelo cliente. A reprodução pode ser na
íntegra ou com alterações mínimas, desde que o conteúdo seja precisamente o mesmo. As
frases a serem escolhidas são aquelas que, por algum motivo, mereçam ser acentuadas
(SILVARES; GONGORRA, 1998).
Com relação ao papel do terapeuta, existem trabalhos que sustentam a noção de
que características como: ser "flexível, experiente, honesto, respeitoso, digno de confiança,
confidente, interessado, alerta, amigável, calmo e aberto, são atributos que estão
correlacionados com a formação de uma forte aliança" (ACKERMAN; HILSENROTH, 2003,
p. 28). Alguns desses pontos podem ser percebidos em Caio quando ele é amigável ao lanchar
com seu paciente, amável ao se oferecer para levar Haidée até o saguão do prédio. Calmo com
Chiara quando ela aparece em seu consultório mesmo sem ter uma consulta previamente
marcada. Esses aspectos, historicamente, refletem a contribuição de Rogers (1957), autor
originário da Escola Humanista, que teve um papel de grande contribuição para o a
compreensão do desenvolvimento da aliança terapeutica, ao enfatizar aspectos do terapeuta
imprescindíveis para o estabelecimento do vínculo, tal como ser empático, congruente e
aceitar incondicionalmente o paciente.

2.2.2 Importância da psicoterapia pessoal para o terapeuta.

Outra faceta explorada ao longo dos episódios é a psicoterapia de Caio com sua
supervisora Sofia. Percebemos nessa relação outras características de Caio que não são
mostradas em sua relação com seus pacientes. Alguém que precisa trabalhar questões e
traumas profundos e pesados. Além de trabalhar suas percepções pessoais a respeito de seus
casos, que podem estar sendo afetadas pelo momento que este está passado. Cabendo assim
por diversas vezes a Sofia pontuar a Caio uma visão de alguém que está de fora. Alguns
autores sugerem, que é importante o terapeuta se conhecer para identificar suas próprias
fantasias e sentimentos positivos e/ou negativos em relação ao cliente, antes de poder
desenvolver empatia (AUGER, 1981; BILLOW, MENDELSONHN, 1990 apud SILVARES;
GONGORRA, 1998). Desta forma percebemos como o trabalho de Sofia com Caio é
importante quando ela esclarece que seu comentário a respeito de sua paciente adolescente e
do pai dela, pode está sendo feito através de uma percepção afetada por uma questão pessoa
do terapeuta, e não com base em seus conhecimentos psicológicos.
Podemos perceber a importância da procura de Caio por uma supervisão, mesmo
apresentando certa resistência, quando Dutra (2009), nos fala sobre a importância do cuidado
da saúde mental do psicólogo, como uma responsabilidade com o outro:

“O psicoterapeuta [...] deve se submeter à psicoterapia; não somente em função das


suas demandas, mas pelo que isso representa em termos de responsabilidade e
cuidado, principalmente, com o outro. Entretanto, isso dependerá de mudança de
mentalidade dos profissionais, ainda muito resistentes a esse pensamento” (DUTRA,
2009, p. 64).

Ademais, Sofia pontua com Caio de maneira clara, quais das suas questões
aparecem como uma demanda sua e dos seus aspectos emocionais referentes ao trauma pelo
qual ele está passando, e como essas questões podem estar interferindo tanto na sua vida
pessoas, quanto na visão de seus pacientes, ou de sua própria postura frente a sua psicoterapia.

“Para ser capaz de colocar a própria experiência a serviço do outro, contribuir para
que o cliente possa retomar seu processo de crescimento, é preciso que o
psicoterapeuta iniciante saiba qual é essa experiência, saiba de si. Não apenas o que
e como pensa; mas o que e como percebe, sente, imagina, espera, recorda e faz
relação com o outro. É necessário que aprenda a identificar o que é seu e o que é da
outra pessoa; quais as sensações, emoções e impressões advindas dessa relação. Para
tanto, precisa ser perturbado, contrariado, viver a experiência da estranheza, da
exposição”. (CARDELLA, 2002, p. 96)

Assim, percebemos a importância da psicoterapia para o psicólogo, para que este


trabalhe sua própria saúde mental e tenha uma postura ativa ao lidar com suas questões para
que estas não interfiram na sua atuação frente a seus pacientes. É importante que o terapeuta
se conheça para identificar suas próprias fantasias e sentimentos em relação ao cliente, e possa
assim lidar com as emoções advindas da carga diária de lidar com o universo dos outros.

2.3 DESCRIÇÃO DOS CRITÉRIOS E VALORES CONTIDOS EM CADA DECISÃO


POSSIVEL

2.3.1 Habilidades terapêuticas e características do terapeuta que favorecem o


estabelecimento e manutenção do processo terapêutico.

 Arguição de habilidades e características que favorecem a criação do vinculo


terapeuta-paciente.
 Manter a atenção do cliente, estimulá-lo a falar e intensificar ou complementar a
comunicação verbal.
 Ajudar o cliente fazer, com suas palavras, descrições inequívocas do problema que
está relatando.

2.3.2 Importância da psicoterapia pessoal para o terapeuta.

 Facilitação do processo de autoconhecimento do terapeuta, para que este possa


aprender a identificar o que é seu e o que é da outro.
 Desenvolvimento de estratégias de inteligência emocional.
 Utilização efetiva e consciente das informações obtidas através do trabalho
terapêutico, para que o psicólogo possa se responsabilizar das interferências das suas
demandas pessoais na sua vida profissional ou inversamente.
REFERÊNCIAS

ACKERMAN, S. J., & HILSENROTH, M. J. A review of therapist and techniques positively


impacting the therapeutic alliance. Clinical Psychology Review, 23, 1-33. 2003.
CARDELLA, B. H. P. A Construção do Psicoterapeuta. Uma Abordagem Gestáltica. São
Paulo: Summus, 2002.

DUTRA, E. PARÂMETROS TÉCNICOS E ÉTICOS PARA A FORMAÇÃO DO


PSICOTERAPEUTA: ALGUNS APONTAMENTOS. In: Conselho Federal De Psicologia.
Ano da psicoterapia: Textos Geradores. Brasília, DF, 2009.
ROGERS, C. The necessary and sufficient conditions of therapeutic personality
change. Journal of Consulting Psychology, 21, 95-103. 1957.
SILVARES, Edwiges Ferreira de Mattos; GONGORRA, Maura Alves Nunes. Psicologia
clínica comportamental: a inserção da entrevista com adultos e crianças, --1. ed - São Paulo :
EDICON, 1998.

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