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1 DESCRIÇÃO DO CASO
1
Case apresentado à disciplina de Entrevista clínica, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
2
Aluno do 5° período, do curso de Psicologia, da UNDB.
3
Professora, Mestra, Orientadora, da disciplina de Entrevista clínica, do 5° período do curso de Psicologia, da
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
2.1 DESCRIÇÃO DAS DECISÕES POSSÍVEIS
Outra faceta explorada ao longo dos episódios é a psicoterapia de Caio com sua
supervisora Sofia. Percebemos nessa relação outras características de Caio que não são
mostradas em sua relação com seus pacientes. Alguém que precisa trabalhar questões e
traumas profundos e pesados. Além de trabalhar suas percepções pessoais a respeito de seus
casos, que podem estar sendo afetadas pelo momento que este está passado. Cabendo assim
por diversas vezes a Sofia pontuar a Caio uma visão de alguém que está de fora. Alguns
autores sugerem, que é importante o terapeuta se conhecer para identificar suas próprias
fantasias e sentimentos positivos e/ou negativos em relação ao cliente, antes de poder
desenvolver empatia (AUGER, 1981; BILLOW, MENDELSONHN, 1990 apud SILVARES;
GONGORRA, 1998). Desta forma percebemos como o trabalho de Sofia com Caio é
importante quando ela esclarece que seu comentário a respeito de sua paciente adolescente e
do pai dela, pode está sendo feito através de uma percepção afetada por uma questão pessoa
do terapeuta, e não com base em seus conhecimentos psicológicos.
Podemos perceber a importância da procura de Caio por uma supervisão, mesmo
apresentando certa resistência, quando Dutra (2009), nos fala sobre a importância do cuidado
da saúde mental do psicólogo, como uma responsabilidade com o outro:
Ademais, Sofia pontua com Caio de maneira clara, quais das suas questões
aparecem como uma demanda sua e dos seus aspectos emocionais referentes ao trauma pelo
qual ele está passando, e como essas questões podem estar interferindo tanto na sua vida
pessoas, quanto na visão de seus pacientes, ou de sua própria postura frente a sua psicoterapia.
“Para ser capaz de colocar a própria experiência a serviço do outro, contribuir para
que o cliente possa retomar seu processo de crescimento, é preciso que o
psicoterapeuta iniciante saiba qual é essa experiência, saiba de si. Não apenas o que
e como pensa; mas o que e como percebe, sente, imagina, espera, recorda e faz
relação com o outro. É necessário que aprenda a identificar o que é seu e o que é da
outra pessoa; quais as sensações, emoções e impressões advindas dessa relação. Para
tanto, precisa ser perturbado, contrariado, viver a experiência da estranheza, da
exposição”. (CARDELLA, 2002, p. 96)