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FECAP
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
São Paulo
2017
FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO
FECAP
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Trabalho de Diplomacia
apresentado para o Curso de Relações
Internacionais, ministrado pela Profª Vera
L. V. Liquidato
São Paulo
2017
2
Resumo
3
Abstract
In the present work we will analyze the Brazilian presence in Haiti from
the realization of the so-called "Peace Game", an event that preceded the
occupation of Brazilian military personnel in Haiti by MINUSTAH. We will also
see how sport can influence diplomacy as an instrument to modify or shape
behavior through soft power.
Sumário
4
Introdução........................................................................................................................6
3
6
Introdução
5
esportivos, como as Olímpiadas e Copa do Mundo por exemplo, quanto no
campo da paradiplomacia em razão da promoção a oportunidades de negócios
internacionais.
O futebol está presente em quase que todos os países do mundo e
mobiliza seus espectadores seja para praticá-lo ou assisti-lo, permitindo que a
FIFA (Fédération Internationale de Football Association), o ente máximo do
futebol, seja tão expressiva no plano internacional quanto a ONU (Organização
das Nações Unidas).
O Brasil vive sua “Década do Esporte”, durante a qual já sediou os
Jogos Mundiais Militares (2011), a Copa das Confederações (2013), a Copa do
Mundo (2014), os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (2015) , e os Jogos
Olímpicos e Paralímpicos (2016}) – e em que ainda sediará os Jogos
Universitários Mundiais (2019).1 Portanto, nada faz mais sentido do que o Brasil
se aproveitar do âmbito esportivo para melhorar a sua imagem no cenário
internacional.
O presente trabalho possui como objetivo expor como o futebol pode ser
usado de maneira diplomática por meio do Soft Power (Nye, 2004),
especificamente no caso do Brasil em 2004 que enviou a seleção brasileira ao
Haiti para um jogo amistoso contra a seleção local. O jogo foi tratado como um
gesto de boa vontade das tropas brasileiras com o povo haitiano e com o apoio
da FIFA o chamado “Jogo da Paz” foi realizado em 19 de agosto de 2004, em
Port-au-Prince com vitória da seleção brasileira por 6x0.
1
COOPERAÇÃO ESPORTIVA. ITAMARATY. Disponível em <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-
externa/cooperacao/3688-cooperacao-esportiva>. Acesso em: 23 set. 2017.
6
com instituições internacionais e entidades esportivas; coordenar ações do
Governo Federal que promovam intercâmbio de experiência com outros países
na organização de megaeventos esportivos; e representar o Itamaraty em
comitês interministeriais relacionados à realização de megaeventos esportivos.
Para realizar ações de cooperação, a CCGE estabeleceu parcerias com
diferentes entidades. Estabelecendo parceria, por exemplo, com os Sindicatos
de Treinadores de Futebol Profissional dos Estados de São Paulo e do Rio de
Janeiro. Dessas parcerias resultaram missões de profissionais brasileiros que
organizaram cursos de capacitação em países como Haiti, Quênia e Uganda,
bem como na realização de cursos para treinadores e árbitros africanos. Cerca
de sessenta treinadores e árbitros de mais de dez países da África foram
capacitados em três cursos realizados em 2010.
Em parceria com o Santos Futebol Clube, a CGCE propiciou treinamento
da Seleção Palestina Feminina de Futebol, na categoria Sub-20, no Brasil.
Cerca de vinte e cinco atletas palestinas realizaram treinamento e disputaram
partidas amistosas em instalações do Santos Futebol Clube, entre 20 de junho
e 5 de julho de 2010. No contexto da Copa do Mundo FIFA 2010, a CGCE
realizou, em parceria com a Olé Brasil F.C. e o Ministério do Esporte, clínicas
de futebol que atendeu cerca de 250 crianças carentes de Joanesburgo 2.
Antes mesmo da criação da CGCE, em 2008, a política externa do ex-
presidente Luiz Inácio Lula da Silva possuía um braço significante do esporte,
cujo é o foco do presente trabalho, no caso do jogo entre Haiti e Brasil
Itamaraty e o Esporte
2
DE RESENDE, C. A. R. O Esporte na Política Externa do Governo Lula: o importante é competir?
Meridiano 47, Brasília, v. 11, nº 122, p. 35-41, nov/dez 2010.
7
Intercâmbio e Cooperação Esportiva é a unidade do Ministério das Relações
Exteriores responsável por esses temas.
Como falamos anteriormente, o Brasil vive sua década do esporte
sediando diversos megaeventos esportivos. Esses megaeventos esportivos
representam oportunidades de desenvolvimento e de inclusão social, além de
contribuírem no combate à discriminação racial, étnica e de gênero. São,
também, instrumentos de promoção de paz e cooperação – que utilizam e
reforçam o soft power brasileiro. O Brasil já assinou memorandos de
cooperação esportiva com mais de 70 países – e a demanda por este tipo de
acordo tem aumentado.3
Em 2004, o Brasil realizou, em Porto Príncipe, capital do Haiti, o “Jogo
da Paz”, que teve resultados de grande significado político, cultural e
diplomático. Esta experiência, a perspectiva de candidatar-se a sediar grandes
eventos esportivos e a convicção do papel do esporte como vetor da paz e do
desenvolvimento motivaram a criação, em 2008, da Coordenação-Geral de
Intercâmbio e Cooperação Esportiva (CGCE) do Ministério das Relações
Exteriores.4
A instrumentalização do esporte, entretanto, também tem objetivos
políticos. Os locais escolhidos pelo Brasil para fechar acordos são exatamente
aqueles colocados pela diplomacia nacional como prioridade para uma
ofensiva do governo, seja para abrir mercados ou mesmo para obter a simpatia
desses países em votações na ONU. “Do ponto de vista da política externa, é
um instrumento de com um potencial extraordinário, que projeta a imagem do
Brasil, veiculando e até materializado discursos e práticas que nos são caras:
inclusão social e combate a discriminações (racial, étnica, de gênero e a
pessoas com deficiência)", explicou Vera Cíntia Álvarez, que chefia a CGCE.
Ela, porém, insiste que o Brasil não trabalha com "resultados imediatos".
"A cooperação esportiva brasileira não está vinculada a objetivos políticos
específicos. Trabalhamos com o conceito de reciprocidade difusa, por meio do
qual buscamos instituir um ambiente de maior colaboração no cenário
3
COOPERAÇÃO ESPORTIVA. ITAMARATY. Disponível em <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-
externa/cooperacao/3688-cooperacao-esportiva>. Acesso em: 23 set. 2017.
4
DIA INTERNACIONAL DO ESPORTE PARA O DESENVOLVIMENTO E A PAZ. ITAMARATY. Disponível em
<http://blog.itamaraty.gov.br/11-onu/127-dia-internacional-do-esporte-para-o-desenvolvimento-e-a-
paz>. Acesso em: 24 set. 2017.
8
internacional, não diretamente vinculada a resultados imediatistas ou a
contrapartidas específicas."5
Jogo da Paz
5
FUTEBOL VIRA TRUNFO DO GOVERNO BRASILEIRO NAS RELAÇOES DIPLOMÁTICAS. ESTADÃO. Disponível
em: <http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,futebol-vira-trunfo-do-governo-brasileiro-nas-
relacoes-diplomaticas,1130532>. Acesso em: 24 set. 2017.
6
SELEÇÃO BRASILEIRA E O POVO DO HAITI: UMA RELAÇÃO MARCADA PARA SEMPRE. GLOBOESPORTE.
Disponível em <http://globoesporte.globo.com/platb/memoriaec/2010/01/14/seleção-brasileira-e-o-
9
Em 2004, o Haiti, país mais pobre das Américas, vivia uma grave crise
política que assolava o país. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva avaliou que essa seria a grande oportunidade de mostrar ao mundo que o
Brasil estava disposto a assumir uma posição de liderança, e enviou soldados
para ajudar a reconstrução do país. Nos debates sobre a decisão brasileira de
liderar a intervenção das Nações Unidas no Haiti – MINUSTAH (Mission
des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti), o primeiro-ministro daquele
país, Gerard Latortue se queixou de que o Brasil deveria ter enviado a seleção
de futebol, não soldados.7 Então o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou
a Seleção Brasileira de Futebol a participar de uma partida com a Seleção
Haitiana de Futebol. Com o apoio da FIFA, o chamado Jogo da Paz. A partida
terminou com vitória da seleção brasileira por 6 a 0.
Pelo menos nos discursos feitos pelo presidente Lula e pelo presidente
haitiano, Alexandre Boniface, antes da partida, ficou clara a ideia de que a
partida de futebol pode ser um gesto simbólico importante, mas tem efeitos
práticos limitados na resolução dos problemas do Haiti. 8
O chamado “Jogo da Paz” foi uma ação que ajudou a expor a situação
precária do Haiti e seus habitantes, fazendo parte da MINUSTAH, que é uma é
uma missão de paz criada pelo Conselho de Segurança das Nações
Unidas (CSONU) em 30 de abril de 2004, por meio da resolução 1542, para
restaurar a ordem no Haiti, após um período de insurgência e a deposição do
presidente Jean-Bertrand Aristide.9
A missão possuía 5 objetivos principais: estabilizar o país, pacificar e
desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promoção eleições livres e
informadas, fornecer alimentos para os haitianos e formar o desenvolvimento
institucional e econômico do Haiti.10
10
O Conselho de Segurança da ONU adotou, em 13 de abril de 2017, a
Resolução 2350 (2017), que estendeu pelos seus últimos seis meses o
mandato da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti
(MINUSTAH) e estabeleceu, a partir de 16 de outubro do mesmo ano, uma
nova operação de manutenção da paz no país – Missão das Nações Unidas
para o apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH), composta apenas por civis e
unidades de polícia.11
Em razão do fim da missão de paz MINUSTAH, há chances de a
seleção brasileira voltar ao Haiti para um novo “Jogo da Paz”. O amistoso está
sendo negociado pelo ministério das Relações Exteriores com a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), que deu apoio à iniciativa. A intenção é levar ao
Haiti atletas que participaram do Jogo da Paz, em Porto Príncipe, em 18 de
agosto de 2004.
O pedido do ministério foi feito há cerca de 40 dias, e o presidente Marco
Polo Del Nero se mostrou disposto a atender. A ideia original de levar a
seleção atual foi descartada. Além de o Brasil ter compromissos dias 5 e 10 de
outubro pelas Eliminatórias, vários jogadores estão em clubes europeus, que
não os liberariam para um amistoso fora da data Fifa. Chegou-se então à
alternativa de levar a equipe de 2004, “reforçada” por outros ex-jogadores que
serviram à seleção brasileira.12
MINUSTAH
11
O BRASIL NA MINUSTAH. MINISTÉRIO DA DEFESA. Disponível em <http://www.defesa.gov.br/relacoes-
internacionais/missoes-de-paz/o-brasil-na-minustah-haiti>. Acesso em: 24 set. 2017.
12
COM TIME DE VETERANOS, SELEÇÃO BRASILEIRA DEVE VOLTAR AO HAITI. REVISTA VEJA. Disponível
em: <http://veja.abril.com.br/placar/com-time-de-veteranos-selecao-brasileira-deve-voltar-ao-haiti/#>.
Acesso em: 24 set. 2017
11
O contingente militar brasileiro divide-se em três unidades militares: um
Batalhão de Infantaria (Brabat), um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais
(Bramar), e uma Companhia de Engenharia Militar (Braengcoy). Ao longo de
treze anos, 26 contingentes e 37 mil soldados brasileiros passaram pelo Haiti.
Desde a chegada da MINUSTAH ao Haiti, o país realizou três eleições
presidenciais democráticas e contou com o apoio da Missão para superar a
fase crítica de emergência humanitária pós-terremoto de 2010 e pós-furacão de
2016. Do ponto de vista da segurança, a Missão foi bem-sucedida em conter a
ação de grupos criminosos que antes atuavam na capital, Porto Príncipe,
sobretudo nos bairros de Belair, Cité Soleil e Cité Militaire. 13
Além de contribuir militarmente à MINUSTAH, o Brasil tem intensificado
a cooperação técnica e humanitária com o Haiti, com vistas ao
desenvolvimento do país. A Companhia de Engenharia Militar brasileira tem
participado nesse esforço, desempenhando atividades como perfuração de
poços artesianos, construção de pontes e açudes, contenção de encostas,
construção e reparação de estradas – além de atuar em missões de defesa
civil, sobretudo após o terremoto de 2010 e o furacão de 2016. 14
13
MISSÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ESTABILIZAÇÃO NO HAITI. ITAMARATY. Disponível em:
<http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/142-minustah>.
Acesso em: 23 set. 2017.
14
O BRASIL NA MINUSTAH. MINISTÉRIO DA DEFESA. Disponível em:
<http://www.defesa.gov.br/relacoes-internacionais/missoes-de-paz/o-brasil-na-minustah-haiti>. Acesso
em: 23 set. 2017.
12
no país. Além de mais de 2.000 denúncias – não formais à ONU – de abuso
sexual e exploração por parte de soldados, destas, 300 envolvendo crianças.
No Haiti, todo esse cenário de violações será denunciado no Tribunal
Popular que está organizando ações em todo o país para denunciar a
ocupação. O Tribunal Popular, iniciado em julho, vai realizar atividades em todo
o Haiti até 2018. As denúncias serão importantes para mensurar quantas
pessoas morreram pelas mãos da Minustah, já que não há nenhum balanço
efetivo das Nações Unidas com esses dados.15
Mesmo no quesito segurança, o balanço da Minustah decepciona. Numa
situação de guerrilha urbana, nem os caros equipamentos nem as estratégias
militares da missão mostraram-se adaptados para enfrentar gangues que
circulam e escondem-se tranquilamente nas favelas da capital. As tropas
sempre recebem tiros nessas áreas e as réplicas dos capacetes azuis fazem
vítimas na população. Aliás, os métodos agressivos da polícia já foram
apontados pela Anistia Internacional, que acusa a Minustah de apoiá-los em
atos de violação sistemática dos direitos humanos, principalmente nos bairros
desfavorecidos.16
Referências Teóricas
15
ESTUPROS, CÓLERAS E 30 MIL MORTOS: CONHEÇA O LEGADO DA MINUSTAH NO HAITI. BRASIL DE
FATO. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2017/09/01/estupros-colera-e-30-mil-mortos-
conheca-o-legado-da-minustah-no-haiti/>. Acesso em: 24 set. 2017.
16
O FRACASSO DAS NAÇÕES UNIDAS NO HAITI. DIPLOMATIQUE LE MONDE BRASIL. Disponível em:
<http://diplomatique.org.br/o-fracasso-das-nacoes-unidas-no-haiti/>. Acesso em: 26 set. 2017.
13
militar) ou do pagamento (força econômica). Sendo a habilidade de influenciar
os atores presentes no sistema internacional pela atração e não pela coerção 17
Conforme Nye (2004, p. 7), “soft power é poder atrativo”. Em termos de
recursos, recursos de soft power são ativos que produzem atração, sendo que
a atração nem sempre determina as preferências dos demais, mas esta
diferença entre a potência medida como recursos e poder, julgados como os
resultados de comportamento, não é exclusivo do soft power (Nye, 2004).
O Jogo da Paz representou a maior abertura diplomática brasileira no
Haiti, foi uma conquista através do convencimento que permitiu que os
haitianos se sentissem mais aconchegados com a ocupação das tropas
brasileiras e auspiciosos de que aquela missão faria diferença (SILVA, 2011) 18.
Um governo pode manter ou produzir soft power, ao promover uma boa
imagem de seu país - tornando diversos aspectos, como cultura, sociedade e
valores políticos - atraente para outras nações. Melissen (2005, p. 19) aponta
métodos para que um país possa fazer isso.
No caso brasileiro, o país utilizou-se de seu prestígio futebolístico como
marca de divulgação, para expor-se aos demais atores do sistema
internacional como aspirante a posição de liderança. A divulgação de um país
como marca é a venda da imagem do país no exterior, uma tentativa de mudar
o olhar da opinião pública internacional ao projetar uma identidade que se
destaque daquelas dos outros países (Melissen, 2005, p. 22-25).
Os atores internacionais são propagadores de poder e estabelecem
precedentes como modelos a seguir, quanto maior a atuação, mais os outros
ambicionarão o mesmo que ele (Amazarray, 2011). Em outras palavras, o país
forma sentimentos ligados à atratividade cultural, práticas de políticas internas
e externas, e ideias, conquistando credibilidade no cenário internacional - se
visto como legítimas aos olhos dos demais governantes - aumentando sua
legitimidade perante a comunidade, e adquirindo maior influência em soft
power.19 A realização do Jogo da Paz em solo haitiano com os astros
17
SOFT POWER: DA TEORIA A PRÁTICA. DIPLOMACIA DIRETA. Disponível em:
<https://pedroppiovan.wordpress.com/2014/04/27/soft-power-da-teoria-a-pratica/>. Acesso em: 24
set. 2017.
18
Em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?
pid=MSC0000000122011000100060&script=sci_arttext>. Acesso em: 26 set. 2017
19
Em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/158275/Monografia%20da
%20Fernanda%20Garcia.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 27 set. 2017.
14
brasileiros que a 2 anos atrás haviam ganhado a Copa do Mundo, maior
competição ligada ao futebol internacional, trouxe credibilidade para o Brasil no
cenário internacional, sendo um gesto claro de que o Brasil aspirava algo a
mais.
Posicionamento Crítico
15
um grande papel nisso. Seja com a realização de amistoso em prol de causas
humanitárias ou com o patrocínio da multimilionária empresa Qatar Airways ao
FC Barcelona, um dos maiores times do mundo ou com até mesmo na situação
chinesa, um mercado que a anos atrás não possuía valor nenhum no futebol
mundial e hoje já aspira a algo com contratações de jogadores brasileiros e
renomados de diversas partes do globo.
Portanto, o futebol – pela visão e pelo tamanho que possui no mundo
inteiro – deve ser utilizado como instrumento de soft power, até porque possui
força para tal. O que ocorre é que o “pós-jogo” literalmente falando, ocorra
melhor planejamento para que não ocorra o que se passou na MINUSTAH. O
papel do futebol como instrumento diplomático é simplesmente buscar atração
midiática, fato que conseguiu com êxito.
Conclusão
16
Apesar do fracasso da MINUSTAH, o futebol é uma ferramenta de soft
power que ajuda a promoção do país no cenário internacional. O esporte como
um todo, com megaeventos como Jogos Olímpicos e Copa do Mundo, que são
os eventos esportivos mais assistidos do mundo, demonstram o alcance que os
esportes possuem e que devem ter espaço no campo diplomático, visto que
rompe cada vez mais barreiras e se mostra cada vez mais fundamental na
diplomacia internacional.
Referências Bibliográficas
17
GARCIA, Fernanda Machado. Esporte Como Instrumento de Soft Power: O
Futebol Brasileiro. 2015. 65 f. TCC (Graduação) – Curso de Relações
Internacionais, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.
Disponível em: <
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/158275/Monografia
%20da%20Fernanda%20Garcia.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em
27 set. 2017.
NYE, Jr., Joseph S. Soft Power, Hard Power and Leadership. 2006.
Disponível em:
<http://www.hks.harvard.edu/netgov/files/talks/docs/11_06_06_seminar_Nye_H
P_SP_Leader> Acesso em: 27 set. 2017.
18
<http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,futebol-vira-trunfo-do-governo-
brasileiro-nas-relacoes-diplomaticas,1130532>. Acesso em: 24 set. 2017.
19
MISSÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ESTABILIZAÇÃO NO HAITI.
ITAMARATY. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-
externa/paz-e-seguranca-internacionais/142-minustah>. Acesso em: 23 set. 2017.
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