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Cereais – importância e estrutura Arroz (Oryza sativa): • Na Ásia estão os cinco maiores

produtores mundiais de arroz: China, Índia, Indonésia,


Cereais: • Família das gramíneas (geram frutos secos ou
Bangladesh e Vietnam. • Pequena quantidade de arroz –
sementes, grãos). • Grãos farináceos facilmente cultiváveis
consumida como ingrediente em produtos processados. •
que contêm alta proporção de carboidratos, proteínas e
Maior consumo – grão. • Consumo per capita no Brasil – 108
lipídeos e servem de alimento ao homem. Sua composição e
g/dia. • Em casca (casca representa 20% de seu peso bruto).
propriedades variam de acordo com fonte botânica, espécie,
• Integral (sem casca). • Peso: 25 mg; tamanho: ~8 mm (varia
ano, lugar etc. Ex: trigo, arroz, milho, aveia, cevada, centeio,
muito com a variedade). • Farelo (5%): Pericarpo (2%);
sorgo, triticale, amaranto, quinua, etc.
Cobertura da semente; Camada de aleurona (3%). •
• Fonte relativamente barata de energia, boa fonte de ferro e
Endosperma (89-93%): amido +proteína - (duro e vítreo). •
vitaminas como a tiamina e a niacina. • Suas proteínas são
Germe (2-3%).
deficientes em aminoácidos essenciais (lisina, triptofano e
Composição da Casca do Arroz: Celulose: 25%; Lignina: 30%;
metionina). •Grãos cereais são muito utilizados em produtos
Pentosanas: 15%; Cinzas: 21% (95% silica). Grande
processados, como farinhas, produtos de panificação, massas
quantidade de sílica e lignina a tornam de baixo valor
alimentícias, alimentos extrusados, alimentos para café da
nutritivo.
manhã, barras de cereais, ração animal, xaropes etc.
Composição do Farelo do Arroz: Farelo (5 -8%) parte mais
Cereais integrais: • Possuem alto teor de fibras, ácidos graxos
nutritiva do grão. (Comercialmente, camadas externas,
insaturados e fitoquímicos importantes (compostos fenólicos,
camada de aleurona e germe); Proteína: 11,3 – 14,9%;
ácido fítico, e tocotrienóis). •O consumo regular de cereais
Gordura: 15 – 19,7%; Fibras: 7 – 11,4; Cinzas: 6,6 – 9,9%;
integrais favorece a prevenção de doenças crônicas como
Carboidratos: 34 – 62%. -> Farelo (~15% óleo cru além de
doenças cardíacas, diabetes e câncer colo retal, e regula o
outros produtos para a indústria cosmética farmacêutica. ->
nível de glicose no sangue. • Os efeitos benéficos na
Refino do óleo - alimentação. -> Farelo é rico em enzimas
prevenção de tais doenças estão relacionados principalmente
(lipases): durante o processamento do arroz - atuam sobre o
ao alto teor de fibras, teor de micronutrientes e menor índice
lipídeo - oxidação (rancificação - odor desagradável).
glicêmico dos cereais integrais. • Os cereais integrais
-> Ácidos graxos livres (aumento da acidez do farelo, o que
fornecem, além do amido que é fonte de energia, proteínas,
pode torná-lo impróprio para o consumo. Fatores de
fibras alimentares, lipídios (ac. graxos insaturados), vitaminas
qualidade dos grãos de Arroz:
(principalmente as do complexo B), minerais, compostos
1) Aparência: Tamanho, forma, cor, translucidez,
antioxidantes. • O processamento dos grãos altera a
vitreosidade e uniformidade são levados em consideração
qualidade nutricional do produto reduzindo ou aumentando
tanto p/ o arroz integral quanto p/o arroz polido.
os níveis desses compostos, além de modificar a
2) Descascamento e beneficiamento: Remoção das cascas,
biodisponibilidade de alguns deles.
farelo e germe c/ mínimo de quebra do endosperma. Quebra
Consumo de cereais: Nos trópicos, o ARROZ e o MILHO são as
do grão é o maior problema na indústria de beneficiamento
espécies de maior importância. Nos climas temperados, o
de arroz. Trincas em função de secagens inadequadas.
TRIGO, CENTEIO, CEVADA e AVEIA são os alimentos básicos
Através do beneficiamento, obtém-se: Arroz integral, Arroz
das populações. No BRASIL, os principais cereais consumidos
polido ou branco, Arroz parboilizado. O processo para
são o milho, o trigo e o arroz.
obtenção do arroz integral e polido é semelhante. O arroz
Principais Processos com os cereais: parboilizado passa por algumas outras etapas, além das do
beneficiamento.

Constituição dos cereais: 3 partes: farelo, endosperma e


germe. Farelo: camadas mais externas do grão incluindo a
camada de aleurona (fibras, vitaminas, minerais, proteínas).
Endosperma: constituído de grânulos de amido embebidos
3) Qualidade de cocção: Depende da variedade, do tamanho
numa matriz proteica. Germe: células ricas em gorduras
e a forma do grão (grãos menores: mais pegajosos; grãos
insaturadas e proteínas, sais minerais e vitaminas.
longos: mais solto, seco), do teor de amilose e amilopectina,
________________________________________________
da temperatura de gelatinização do amido.
Parboilização: • Objetivo: redução na taxa de quebra Endosperma do trigo: • As paredes celulares do endosperma
durante beneficiamento. • O que é: Pré-cozimento do grão são compostas principalmente de hemiceluloses
de arroz antes do descascamento: O arroz em casca é (arabinoxilanas, e beta-glucanas). • O conteúdo e as paredes
macerado em água (50 - 60º C, 32-38% umidade), aquecido celulares do endosperma dão origem à FARINHA
sob pressão (15-30min) e seco antes do beneficiamento. (endosperma moído). Camada de aleurona: Camada mais
Ocorre uma pré gelatinização do amido na superfície do grão externa do endosperma - removida durante moagem
e as fissuras ou trincas do grão são seladas. O grão fica mais juntamente com a testa e todas as camadas externas que
duro diminuindo a taxa de quebra durante descascamento e formam o FARELO (14-16%). A camada de aleurona (6-8%)
beneficiamento. A adequada penetração e distribuição de possui alto teor de cinzas, proteínas, lipídeos e vitaminas
água no grão durante o processo de maceração é crítico para (niacina, tiamina e riboflavina). A atividade enzimática é
a qualidade do produto. • Durante a parboilização, as elevada. Não contém amido. Endosperma feculento:
vitaminas do complexo B da camada de aleurona migram Grânulos de amido envolvidos numa matriz proteica rica em
para dentro do endosperma >>>> maior valor nutricional do aminoácidos sulfurados. Predominam as proteínas de reserva
produto final. • Durante o cozimento do arroz, a quantidade (gliadina e glutenina).
de proteína solúvel na água de cozimento diminui. •Efeitos Germe/Embrião: (2,5%-3,5% do grão). Composição: 25% de
da parboilização: Melhora o rendimento de moagem (reduz proteína, 18% de açúcar, 5% de cinzas, 48% lipídeos, alto teor
as quebras); Aumenta a resistência do grão aos insetos; de vitaminas B, E, e enzimas.
Textura mais firme do arroz cozido; Endosperma mais escuro Classificação do Trigo:
e mais amarelo; Maior valor nutricional. Botânica: Triticum aestivum (comum); Triticum durum
(específico para massas).
Comercial: habitat (inverno, primavera); cor (branco,
vermelho); gupos (dureza).
Comercial: Qualidade do glúten (quantidade e qualidade das
proteínas): propriedades viscoelásticas (elasticidade e
extensibilidade - força do glúten). Potencial diastático
(atividade alfa-amilase): desenvolvimento da cultura;
tenacidade e peso específico do grão.
Dureza: relacionada com textura do grão - causada por
forças geneticamente controladas das ligações entre
proteínas e amido no endosperma. Segundo a utilização
(produto final), classifica-se o grão quanto a dureza.
Vitreosidade: resultado da ausência de espaços de ar no
Amilose e Amilopectina no Arroz: • Relação amilose e grão.
amilopectina em arroz = 1:3. • Teor de amilose: principal Grão vítreos: associado a dureza e alto teor de proteína.
responsável pelo comportamento de cocção do arroz. • Grãos opacos: associado a uma textura mais mole (tenra) e
Classificação do arroz de acordo com teor de amilose: Baixo baixa quantidade de proteína.
(< 23%); Intermediário entre 23 e 27%; Alto: entre 28 e 33%. OBS: É possível encontrar grão duro opaco e um grão mole
________________________________________________ vítreo, embora isso seja incomum.
Trigos duros: > teor proteína, tem parede celular mais grossa
Trigo (Triticum): • Cultivado em todas as partes do mundo (+ hemicelulose): alta capacidade de absorção de água.
com exceção das regiões tropicais muito quentes. • Maiores Trigos brandos: < teor proteína, parede celular mais delgada
produtores (China 30%, Índia 22%, Rússia 13%, EUA 13%). • (- hemicelulose): baixa capacidade de absorção de água.
Cereal único em função da habilidade de suas proteínas de OBS: Enlace amido-proteína mais forte no grão duro.
reserva (gliadina e glutenina) formarem uma massa Facilmente desfeito na presença de água.
viscoelástica (glúten). • Seu uso depende fundamentalmente Trigo durum (Triticum durum): Alto teor proteico (>14%),
do produto final e está relacionado basicamente à grãos grandes, endosperma compacto e vítreo, alta
quantidade e qualidade de suas proteínas. • Grãos tenacidade (produz sêmolas e semolinas com alto teor de
arredondados com um sulco na parte dorsal. • Dependendo glúten); glúten mais resistente, resulta em textura firme após
de sua profundidade pode comprometer o rendimento na cozimento. Indicados somente para produção de massas
moagem (dificuldade separação farelo-endosperma) além de alimentícias (pastas).
contribuir p/ abrigar sujidades. • Forma: elíptica; Tamanho: ~ Trigo duro: Alto teor proteico (12-14%), alta tenacidade,
8 mm; Peso: ~ 35 mg. • Grão é dividido em: Pericarpo endosperma vítreo. Excelente para panificação (no Brasil é
(envolve toda a semente (5%)) e Semente (Cobertura da utilizado também para massas alimentícias).
semente; Endosperma e Germe). • Cobertura da Semente: Trigo semi-duro: Híbrido dos tipos duro e mole. Suas farinhas
Testa (pele da semente) e Camada de hialina (contém precisam de correções dependendo da finalidade.
pigmentos dos grãos). Endosperma: Camada de Aleurona e Quantidades medianas de glúten de força mediana e
Endosperma feculento. levemente extensível. Bom para biscoitos fermentados e
Composição química do trigo: Umidade 14%; Proteína 12%; utilizado na panificação.
Carboidratos 70%; Lipídeos 2%; Minerais 2%. Trigo mole ou brando: Grão farináceo, baixa tenacidade,
baixos teores de glúten, menor teor proteico (7-10%). São ramificada; • maior parte do amido; • a parte cristalina e
necessários cuidados especiais na moagem. Ideais para insolúvel é promovida pela amilopectina; • é responsável
biscoitos e bolos. pela capacidade de retrogradação do amido.
Segundo a legislação brasileira os requisitos de qualidade do Estrutura do grão de amido: • As moléculas de amilose e
trigo são definidos em função de que? Da Força do Glúten, amilopectina estão associadas entre si por ligações de H
da Estabilidade, do Peso do Hectolitro, do Número de Queda formando regiões cristalinas radialmente orientadas. • As
e dos limites máximos de tolerância de defeitos. áreas cristalinas mantém a estrutura do grânulo e controlam
________________________________________________ o comportamento do amido na água.
Propriedades físico-químicas (tecnológicas):
Milho: Farelo (5-6%): Epiderme, Mesocarpo, Cel. Cruzadas e
Gelatinização do Amido: • Quando uma suspensão de amido
tubulares, Cobertura da semente (testa), Camada de
é aquecida, os grânulos não mudam de aparência até que se
aleurona. Endosperma (80%): Córneo ou vítreo (translúcido),
atinja uma temperatura crítica, na qual o grânulo começa a
Farináceo (opaco). Germe (10-14%).
intumescer e simultaneamente perde suas características de
Endosperma córneo (vítreo): não existe espaço intersticial;
birrefringência (alterações na estrutura cristalina). Com o
grânulos de amido poliédricos se mantêm fortemente unidos
aquecimento, as ligações de hidrogênio se rompem, o
pela matriz proteica. A matriz proteica envolve também os
grânulo absorve água e mais e mais grânulos se tornam
corpos de zeína (principal proteína de reserva do milho).
inchados aumentando a viscosidade do meio até que o
Endosperma farináceo: grânulos de amido esféricos, grande
grânulos se rompem, a viscosidade diminui, e as moléculas de
quantidade de espaços intersticiais e a matriz protéica é
amilose e amilopectina são lixiviadas (principalmente a
isenta de corpos proteicos (zeína).
amilose) formando uma rede que envolve os grânulos ainda
Grãos duros: endosperma vítreo > opaco, o enlace amido -
não totalmente inchados, amilopectina etc.) formando uma
proteína bem fortalecido.
pasta. • “É o colapso da ordem molecular dentro do grânulo
Grãos moles: endosperma vítreo < opaco, o enlace amido -
de amido manifestada por mudanças irreversíveis nas
proteína mais fraco.
propriedades tais como inchamento granular, fusão de
Enlace amido-proteína no milho: não se desfaz apenas na
cristais, perda da birrefringência e solubilização do amido”.
presença de água.
• Aquecimento provoca quebra das ligações de H. • Os
É industrializado através de dois processos: moagem a seco
grupos OH são hidratados e o grânulo incha apresentando
e moagem úmida.
maior transparência e viscosidade do meio. • Rompimento da
Cereais – Amido ordem molecular • Inchamento do grânulo • Exudação dos
componentes moleculares (principalmente amilose) •
Amido: • Homopolímero de glicose composto por duas Ruptura total ou parcial dos grânulos • Está diretamente
macromoléculas (amilose e amilopectina). • É encontrado em relacionado ao desenvolvimento da viscosidade • Aumento
todas as partes da maioria das plantas superiores. •Teores de da solubilidade do amido.
amilose e amilopectina controlados geneticamente (1:3). • É Retrogradação do Amido: • Transformações que ocorrem
o maior constituinte das farinhas. • Devido as características durante resfriamento e armazenamento das pastas de amido
físico-químicas e tecnológicas o uso do amido na maioria dos gelatinizado. • É o processo que ocorre quando as cadeias de
processos de transformação de alimentos é quase amido começam a se reassociar numa estrutura ordenada. •
obrigatória, seja como matéria-prima (farinha) ou entrando É o processo de recristalização das moléculas de amido que
na formulação de alimentos como: espessante, estabilizante, ocorre pela forte tendência de formação de ligações de H
agente geleificante, diluente etc. entre moléculas adjacentes. • Geralmente vem acompanhada
Amidos normais: 20-30% amilose e 70 -80% amilopectina. de exsudação de umidade do gel (saída de água – sinérese). •
Amidos cerosos: 99-100% amilopectina. Soluções c/ baixas conc. amido (< 2%): tornam-se
Amidos c/ alto teor de amilose: 50 ou 70% amilose. progressivamente turvas devido a agregação e consequente
Amido melhora propriedades dos alimentos, quais? Facilitar insolubilização das moléculas de amido. • Pastas c/ altas
o processamento; Fornecer textura; Servir como espessante; concentração amido: formam géis que se tornam mais
Fornecer sólidos em suspensão; Proteger os alimentos rígidos e opacos com o tempo. A evolução da retrogradação é
durante processamento. acompanhada de exsudação da umidade (sinérese). •
Amido ocorre na forma de grânulos: A amilose e Aumento da firmeza • Resistência a hidrólise • Baixa
amilopectina são depositadas na forma radial, perpendicular solubilidade em água • Perda da habilidade de formar
à superfície do grânulo formando uma estrutura ordenada. complexos • Aumento da opacidade.
Amilose: • configuração helicoidal; • linear; • interior • Velocidade de retrogradação depende: do tipo amido, da
hidrofóbico; • formação complexo com iodo, alguns álcoois, massa molecular e da linearidade. • Tendência
ácidos graxos livres, ácidos graxos que fazem parte dos retrogradação de diferentes amidos: (Milho > Batata >
glicerídeos (mono e diglicerídeos); • a formação destes Mandioca > Milho ceroso); Amidos de cereais > amidos de
complexos provoca enrijecimento e compactação da hélice; • raízes e tubérculos.
A parte hidrofóbica do composto orgânico fica inserida no Viscosidade da pasta: • Capacidade do amido inchar e
interior da hélice. • Por ser linear, a amilose é a parte solúvel produzir pastas viscosas  Mais importante propriedade
do amido. prática do amido decorrente da gelatinização (propriedades
Amilopectina: • é um polímero maior; • altamente de pasta). • Inchamento e consequente desintegração dos
grânulos sob aquecimento prolongado  mudanças Ácidos: • causa hidrólise e  viscosidade • pH < 4.0: 
significativas na viscosidade e outras propriedades reológicas intumescimento dos grânulos,  temperatura de pasta, 
dos amidos. fragilidade do grânulo.
Claridade da pasta: • A aceitabilidade de um produto Lipídeos: • modifica o comportamento reológico da pasta •
depende da transparência da pasta de amido. • Amidos retardam a retrogradação.
usados como espessantes em recheios de torta ou como Fósforo: • Fosfolipídeos (cereais):  claridade da pasta 
cobertura: deve ser transparente. • Sobremesas pré- viscosidade. • Monoester-fosfato (raízes):  aumentam
preparadas: opacidade desejável. • Claridade da pasta  viscosidade  claridade da pasta  temp. gelatinização 
tendência a retrogradação. • Retrogradação  opacidade. retogradação.
Tipos de amidos e aplicações:
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Amidos nativos de mandioca, batata: gelatinizam mais
Medidas de viscosidade mais comuns: Viscoamilógrafo
facilmente, pastas mais viscosas e com baixa resistência ao
Brabender e Viscoanalisador rápido –RVA.
atrito e temperaturas altas. Amidos cereais (milho, trigo e
arroz): pastas opacas, géis firmes, leve sabor de cereais.
Amidos c/ alto teor de amilose: pastas opacas, géis muito
firmes. Amidos cerosos: pastas claras e coesivas, pouco
resistentes ao atrito.
Amido modificado: • Amido nativo nem sempre apresenta as
propriedades funcionais adequadas para sua utilização nos
mais diversos processos industriais. • Necessidade de
modificação para obtenção de amidos com propriedades
diferenciadas. • Modificações genéticas, químicas, físicas e
enzimáticas.

Proteínas de Cereais

Proteínas: Macromoléculas constituídas de aminoácidos


ligados entre si por ligações peptídicas. Estão presentes no
• Em geral, quanto maior o teor de amilose, maior o set-back endosperma do grão.
(tendencia à retrogradação). Dependendo Estruturas: Primária: sequência aminoacídica da molécula.
do tipo de amido (fonte botânica, amido nativo ou Secundária: primeiro grau de ordenamento das moléculas.
modificado), do nível de sólidos, do pH e do regime Terciária: resultado do enovelamento global da cadeia.
de aquecimento, vários perfis de gelatinização e Quaternária: corresponde a duas ou mais cadeias
empastamento podem ser gerados. polipeptídicas, idênticas ou não, que se agrupam e se ajustam
Propriedade de pasta: Amidos de raízes e tubérculos -> para formar a estrutura total da proteína.
•Baixa temperatura de pasta •Altas viscosidades (pico e Solubilidade: Albuminas: solúveis em água. Globulinas:
quebra) •Transparência da pasta •Fragilidade. Amidos de insolúveis em água e solúveis em soluções salinas.
cereais -> •Temperatura de pasta mais alta Prolaminas: insolúveis em água e soluções salinas; solúveis
•Maior consistência •Viscosidades mais baixas •Pastas em soluções alcoólicas 70%. Glutelinas: insolúveis em água,
opacas •Maior tendência a retrogradação. soluções salinas e alcoólicas; solúveis em soluções ácidas ou
Importância tecnológica da gelatinização: • Temperatura de alcalinas diluídas.
gelatinização, poder de inchamento, viscosidade e Tipos de proteínas: • albuminas e globulinas estão mais
estabilidade da pasta  importantes e determinam a concentradas nas células de aleurona, farelo e germe c/
utilização dos amidos. • Ex: embutidos de carne, iogurte, menores concentrações no endosperma; Possuem maior
requeijão: temp. gelatinização < temp. do processo. • equilíbrio aminoacídico e maior valor nutricional. •
Eficiência da hidrólise enzimática (gelatinizados). • Pastas prolaminas e glutelinas são as proteínas de reserva e as mais
mais estáveis: preferidos como espessantes em enlatados. • insolúveis.
Resistência a ruptura mecânica: pastas submetidas a _________________________________________________
agitação. • Responsável pelo encolhimento, sinérese e Proteínas do trigo: Proteínas não formadoras do glúten
endurecimento dos géis de amido conservados (15%): Albuminas (solúveis em água) e Globulinas (solúveis
principalmente a temp. de refrigeração. • Produtos em sol. salinas). Proteínas formadoras do glúten (85%):
refrigerados: > tendência retrogradação. • Pães, molhos, Gliadinas (solúveis em sol. alcoólica 70%) e Gluteninas
pudins: retrogradação deve ser evitada. • Superfície de (solúveis em sol. ácidas ou básicas diluídas).
batatas antes da fritura, aplicações industriais em que é Gliadina: • Grupo heterogêneo de prolaminas. • Apresenta-
necessário formação de filme: desejáveis. se na forma de monômeros esféricos agregados com aspecto
Efeito de outros componentes: microfibrilar estabilizados por pontes dissulfeto
Açúcar: • compete c/ amido pela água   água livre p/ intramoleculares e ligações eletrostáticas. • Quando
hidratação dos grânulos. • Inibição hidratação, inchamento, hidratada se torna pegajosa e extensível. • Tem pouca ou
ruptura • Temperatura de pasta  • Pico de viscosidade . nenhuma resistência à extensão (alta extensibilidade). •
Parece ser a responsável pela aderência da massa. • Importância tecnológica do Glúten: apresenta propriedades
Responsável pelas características de viscosidade e simultâneas de elasticidade e extensibilidade.
extensibilidade do glúten. Características do Glúten: • Insolúvel em água, porém
Glutenina: • são estabilizadas por pontes dissulfeto intra e apresenta alta capacidade de absorvê-la (2/3 do peso do
intermoleculares. • Fração menos solúvel das proteínas do glúten úmido corresponde à água absorvida). • O glúten
trigo. • são elásticas e resistentes. obtido da lavagem de um pedaço de massa contém cerca de
Proteínas do Glúten: Gliadinas e gluteninas estão na farinha 85% da proteína total da farinha. • Quantidade e qualidade
na forma de agregados. São responsáveis pela hidratação das das proteínas: diretamente relacionadas ao tipo de produto
proteínas e trabalho mecânico (formação do complexo final.
proteico (glúten)), com características de um filme com
propriedades viscoelásticas. A gliadina e glutenina são ricas
em aminoácidos sulfurados (cisteína e cistina), característica
que as tornam as principais responsáveis pelas propriedades
elásticas e extensíveis do glúten formado. A presença de
grupos tiol (SH) na estrutura proteica é de extrema
importância para o desenvolvimento do glúten. OBS: no caso
da massa de pão, são capazes de reter o CO2 produzido pelas
leveduras durante a fermentação e responsável pelo ______________________________________
crescimento da massa e do pão. Carboidratos da farinha: Açúcares, amido e pentosanas.
Glúten: O desenvolvimento do glúten começa na mistura Açúcares: Glicose e Maltose -> • importantes no processo de
(farinha mais água) - as proteínas são hidratadas e incham panificação • substrato para leveduras (fermentação).
(absorvem água). Com a contínua mistura, essas moléculas Açúcares redutores em combinação com aminoácidos livres
interagem umas com as outras estabelecendo ligações de -> • Reação de Maillard, aumentando a cor e o sabor
hidrogênio (grupos OH), interações hidrofóbicas, (forneamento).
eletrostáticas, e ligações dissulfeto intra e intermoleculares Amido: • Responsável por 1/3 da capacidade absorção água
(devido à oxidação dos grupos -SH favorecida pela da farinha. • Amilose e amilopectina (gelatinização e
incorporação de ar pela mistura) formando a rede de glúten. retrogradação): desenvolvimento do miolo. • No processo de
Elasticidade: propriedade de resistir a uma força de extensão extração: amido danificado (mais suscetível às amilases).
e voltar a posição original.  Amido danificado:  dureza dos grãos  carga alimentação
Extensibilidade: propriedade da massa estender-se no do moinho  diferencial de velocidde entre rolos de moagem.
sentido da força aplicada e permanecer na posição final.  Amido danificado:umidade do grãodistância entre rolos.
Proteína de outros grãos: não possuem a propriedade de A quantidade de amido danificado é importante para a
formar massa, como o trigo. produção de pão (5-10%): Este amido, ao contrário do amido
Proteínas do Milho: • Se localizam sobretudo no nativo, é facilmente degradado pelas amilases da farinha
endosperma córneo sob a forma de corpos proteicos produzindo maltose, um substrato que é usado diretamente
discretos e uma matriz proteica. Os corpos proteicos são pelas leveduras na fermentação. Durante o início do
compostos fundamentalmente por uma prolamina chamada assamento do pão (54 - 63ºC) os grânulos de amido começam
ZEÍNA. • Alto teor de ácido glutâmico, porém somente a gelatinizar e como resultado, o grânulo perde sua
chegam a metade (~18%) do que contém o trigo. • o ácido cristalinidade, tornando-se amorfo. A estrutura do grânulo é
glutâmico está presente como ácido e não como amida rompida e as moléculas, principalmente a amilose, são
(glutamina), desfavorece a formação de ligações de H. • As lixiviadas para fora do grânulo. No miolo do pão os grânulos
glutelinas formam uma rede onde ficam inseridos os grânulos de amido remanescentes ainda estão presentes (limitada
de amido e corpúsculos de zeína no endosperma córneo. • água) e a rede resultante da gelatinização das moléculas de
Essas proteínas tem baixo teor de lisina e triptofano. • amido tem um papel importante na sua formação.
Contém altos teores de leucina, alanina, glutamina e prolina. Farinha c/ alta atividade -amilase: amido mais degradado,
Proteínas do Arroz: • As mais nutritivas dos cereais durante o início do assamento, (começa a gelatinizar e se
igualando-se às do centeio e aveia, apesar de ligeiramente torna mais suscetível à enzima) – produz excesso de dextrinas
deficiente em lisina. • Composição de aminoácidos é bem (higroscópicas) - pão com miolo muito úmido.
equilibrada (valores de lisina ~ 3,5% da proteína total). A Farinha c/ baixa atividade -amilase: pouca dextrina é
fração de prolaminas varia de 3 a 5% e 80% de glutelina. As formada – pão com miolo muito seco e esfarelado.
albuminas chegam a 5% e as globulinas a 10%. • A maior O amido também é importante no processo de
parte das proteínas do arroz localizam-se nos chamados envelhecimento do pão: Durante o armazenamento do pão,
corpúsculos proteicos distribuídos por todo o endosperma. após o assamento, as moléculas de amido começam a se
agregar (retrogradação) formando regiões mais
Farinha de trigo
cristalinas que resultam na firmeza inicial do pão. A firmeza
Proteínas de reserva do trigo: gliadinas e gluteninas (glúten). do miolo durante o armazenamento é atribuída à agregação
Glúten: complexo proteico que ao se hidratar adquire das moléculas de amilopectina e em menor grau das
propriedades viscoelásticas essenciais à formação da massa. moléculas de amilose.
Pentosanas: Arabinoxilanas solúveis (25%) e insolúveis (75%)
e beta-glucanas. Ligam 10 x seu peso em água aumentando a Estufa com circulação de ar a 130°C por 1 hora ou Radiação
capacidade de absorção da farinha. Arabinoxilanas: Apesar Infra-vermelho. Teor de Cinzas: > teor de cinzas > grau de
de presentes em pequena quantidade, podem afetar a extração. Métodos: Curva de cinzas: controle do processo e
qualidade da farinha devido a sua capacidade de ligar grande da eficiência do moinho. Interfere na cor e textura do miolo,
quantidade de água. -glucanas: polímeros solúveis. volume do pão e sabor. Incineração a 550º C em mufla.
________________________________________________ Acidez: indica estado de conservação da farinha. Aumenta c/
Lipídeos da farinha de trigo: • Principais: ácido palmítico tempo de armazenamento; Temperatura e umidade elevadas
(C16:0), ácido oléico (C18:1) e ácido linoléico (C18:2). • e farinha c/ alta umidade >>> Alto teorde acidez >>> sabor e
Lipídeos polares (ligados ao glúten e ao amido). • Podem odor desagradáveis. Métodos: acidez titulável (KOH), pH.
sofrer hidrólise (lipase presente) aumentando a acidez e Teor de proteínas/Métodos: Método Kjeldahl (teor de
rancidez. • Oxidação (lipoxigenase): rancificação (estocagem nitrogênio) e Método infra vermelho próximo (NIR).
prolongada; > problema da farinha integral). Qualidade do glúten/Glúten úmido e seco.
______________________________________________ Capacidade de retenção de solvente: Em geral, quanto maior
Enzimas da farinha de trigo: Amilases: -amilase e - retenção de solvente melhor a qualidade de
amilase: atuam sobre amido liberando glicose maltose e panificação da farinha. Cor: A cor da farinha está diretamente
dextrinas. Proteases: atuam sobre o glúten; hidrolisam relacionada ao tipo de trigo utilizado na moagem e ao grau
ligações peptídicas liberando peptídeos e aminoácidos. de extração do produto. Granulometria.
Lipases (esterase): atuam sobre os lipídeos liberando ácidos Métodos reológicos:
graxos livres (> acidez). Lipoxigenases: na presença de Farinógrafo, extensógrafo, alveógrafo: qualidade do glúten.
oxigênio oxidam os lipídeos insaturados produtos de Viscoamilógrafo, RVA e falling number: qualidade em relação
oxidação (aldeídos, cetonas etc.) com odor e sabor ao amido e atividade de -amilase.
desagradável. Farinógrafo Brabender: Medida de torque ou consistência
__________________________________________ característica da massa durante a fase da mistura.
Minerais da farinha de trigo: • Conteúdo de cinzas do trigo: Extensógrafo Brabender e Alveógrafo Chopin: Medida de
1,4 –2,5 %. • Farinha: tipo 1 (0,8%); tipo 2 (1,4%) integral tensão e deformação da massa.
(2,5). • ~ 95% sais minerais (fosfatos e sulfatos de potássio, Maturógrafo Bradender: Produção e retenção de gás.
magnésio e cálcio). • Parte de fósforo está presente como ________________________________________________
ácido fítico. • Quanto > concentração de cinzas de uma Farinógrafo: misturador de massa que mede e registra a
farinha > grau de extração, > quantidade de farelo resistência ao torque durante a mistura da massa. Processo
incorporado à farinha < qualidade tecnológica da farinha. • de mistura relativamente suave e prolongado, a massa é
Curva de cinzas: controle do processo e da eficiência do formada e é desenvolvida até atingir a consistência máxima,
moinho. e finalmente é sobremisturada. A resistência da massa é
crescente no início do processo atingindo um máximo e
Qualidade da farinha de trigo passando a ser decrescente no estágio final. Avalia também a
Elementos de qualidade da farinha: Inerentes ao trigo: capacidade de absorção de água da farinha e as
genótipos, condições de cultivo, clima, doenças, solo. características de mistura e, desenvolvimento do glúten e
Induzidos pelo processo: escolha da mistura de trigo, estabilidade da massa à mistura. (umidade da farinha: 14%;
condições do processamento, maturação da farinha, temperatura de analise: 30ºC).
aditivação.
Como controlar a qualidade: grau de extração, granulometria
da farinha, amido danificado, atividade alfa-amilase.
Qualidade da farinha: depende do tipo de produto final
desejado – teor e qualidade das proteínas e teor de amido no
trigo. Cada produto requer farinha com características
tecnológicas específicas para sua elaboração.
Essas características estão associadas principalmente ao
conteúdo e qualidade das proteínas de reserva e atividade da
alfa-amilase.
Potencial de panificação da farinha: Eficiência da moagem:
determinação de minerais e de fibras relação c/ grau de
extração e cor (volume do pão diminui, textura áspera e
grosseira, cor mais escura e mudança no gosto). Estado de Absorção de água pela farinha: Em geral > absorção água >
conservação: umidade, acidez. Qualidade panificação: teor e força da farinha.
qualidade do glúten atividade alfa-amilase.
Métodos para determinar a qualidade da farinha:
Umidade: importância econômica; principal fator que
governa a conservação da farinha (≤15%) > umidade >
atividade enzimática > desenvolvimento de mo. Métodos:
Alveógrafo: Envolve a mistura da farinha c/ solução salina
padrão, laminação da massa na forma de uma folha fina e
Extensógrafo: Mede e registra a resistência à extensão e a
expansão dessa folha como uma bolha. A pressão dentro da
extensibilidade da massa (preparada no farinógrafo)
bolha é registrada com o tempo até a bolha
enquanto ela é esticada à velocidade constante. Qualidade da
estourar. Teste que analisa as propriedades de tenacidade
farinha com relação à elasticidade e extensibilidade. Avalia a
(P), de extensibilidade (L) e o trabalho mecânico (W),
influência de aditivos utilizados na massa (ácido ascórbico,
expresso em Joules, necessário para expandir a massa. A
protease). Auxilia no ajuste do tratamento de farinha
extensão da massa ocorre em duas direções (biaxial). Afetada
requerida para o uso específico. O uso do farinógrafo e
por: umidade da amostra, temperatura da água do banho,
extensógrafo fornece melhor caracterização tecnológica da
umidade relativa e temperatura do ambiente.
farinha.

A altura do pico relaciona-se a resistência da massa à


deformação, enquanto o comprimento relaciona-se à sua
Energia (A): área delimitada pela curva, expresa em cm2. Qto extensibilidade. A área sob a curva é a energia de
> a área > energia requerida p/ esticar a massa >>> mais forte deformação, expressa em 10-4 J e representa a
a farinha. Resistência à extensão ou Elasticidade: altura da energia requerida para expandir a massa e está relacionada à
curva a 50mm da origem, expressa em unidades força da farinha. Trigo duro >>> W.
extensográficas (UE). Resistência máxima: altura máxima da G: índice de expansão da massa (raiz quadrada do volume
curva, expressa em UE. Extensibilidade: comprimento do (mL) de ar necessário para estourar a bolha).
extensograma, expresso em mm. A extensibilidade indica Viscoamilógrafo e RVA: avaliação indireta da atividade de -
quantas vezes a massa foi estendida em relação ao seu amilase na farinha. Método usado para seguir as mudanças
comprimento original até romper-se. Número proporcional de viscosidade durante o cozimento de pastas de amidos. A
(D= R/E): relação entre resistência a extensão e qualidade de panificação da farinha depende em grande
extensibilidade. Indica o comportamento da massa. Maior D, parte da gelatinização do amido e da atividade amilolítica da
maior tendência da massa a encolher. Menor D, maior farinha e pode ser analisada pelo Viscoamilógrafo e RVA.
tendência da massa a fluir. Farinhas fortes: D > 2,5. Farinhas
fracas: D < 1,0. Número de oxidação: (Nox=AE/R): Indica a
grosso modo os requerimentos de oxidação das massas no
processo de panificação. > Nox: melhor a resposta da massa à
adição de agentes oxidantes. Nox 0-20 (muito negativo) 30-
40 (neutra) 50-60 (muito positivo).
Segundo a legislação, quais os requisitos de qualidade da
farinha de trigo: Força do glúten (W) (alveógrafo);
Estabilidade (min) (farinógrafo); Peso Hectolitro (Kg);
Atividade de alfa-amilase (Falling number); Limite de
tolerância de defeitos.

Produtos fermentados

Pão: “Produto obtido da farinha de trigo e ou outras farinhas,


adicionado de líquido, resultante do processo de
fermentação ou não e cocção, podendo conter outros
ingredientes, desde que não descaracterizem o produto.
Pode apresentar cobertura, recheio, formato e textura
diversos”.
Processo básico do pão: • Mistura dos ingredientes
• Fermentação • Divisão – Modelagem – Enformagem
• Fermentação Final (proffing) • Forneamento.
Ingredientes básicos do pão: Farinha, água, sal e fermento.
Falling number: Avaliação da atividade de alfa-amilase.
Ingredientes opcionais do pão: Adicionados para melhorar
Determina o poder diastático da farinha. Equipamento muito
cor , sabor, textura, valor nutricional. • Açúcares
utilizado pela indústria moageira p/ definir mesclas de trigo
• Gorduras • Leite • Aditivos (enzimas, oxidantes,
ou farinha. Rápida gelatinização do amido presente numa
emulsificantes, conservantes).
suspensão aquosa de farinha e na subsequente liquefação do
Legislação brasileira sobre farinha: elas são
gel formado pela ação da alfa-amilase presente na amostra.
obrigatoriamente adicionadas de ferro e ácido fólico. Pois a
Valor falling number, ou número de queda: tempo em
moagem elimina 70% do ferro natural existente no cereal.
segundos gasto para imergir o tubo viscosímetro no banho-
Características necessárias para o pão: • Farinha com alto
maria, misturar a suspensão e permitir que o agitador
teor de proteína de boa qualidade (~12%)
viscosímetro desça uma distância fixa através do gel formado
• Características equilibradas de elasticidade e
que se encontra em liquefação.
extensibilidade • Teor de amido danificado ( ~ 8%) –
O tempo é diretamente proporcional a viscosidade do gel
substrato para as leveduras durante fermentação • Poder
formado e esta é inversamente proporcional a atividade de
diastático adequado (alfa-amilase - FN 200 – 300s) • Nível de
alfa amilase da farinha.  FN atividade enzima. arabinoxilanas (pentosanas). • Viscosidade: massa precisa
ter suficiente fluidez p/ preencher o recipiente no qual vai ser
colocada. • Elasticidade: p/ crescer com a produção de gás
durante fermentação. • Plasticidade: relação
viscosidade/elasticidade.
Água: Imprescindível na formação da massa:  Regula
consistência e temperatura;  Hidrata proteínas (formação
do glúten - massa);  Solubiliza os ingredientes facilitando as
etapas do processamento;  Meio de transferência de
metabólitos para crescimento do fermento;  transporte de
Influência da temp. de pasta nas características do miolo do nutrientes;  contribui para a elasticidade, consistência da
pão:  temp. pasta, mais pobre é o miolo. Tem -se um menor massa, textura e maciez do pão.  Importante p/
desdobramento do amido pela ação da amilase durante o gelatinização do amido (formação do miolo). Quantidade =
cozimento. depende da capacidade de absorção de água da farinha
Influência da viscosidade a 50oC (resfriamento) na (farinhas fortes: > absorção água). MAIOR dureza da água 
qualidade do pão: Indica o comportamento do miolo durante MAIOR influência no pão. • Água mole: < 50 ppm sais
o envelhecimento, e função da retrogradação do amido. (carbonatos, cloretos, nitratos e sulfatos) – produz massa
Valores entre 450 a 750 UA: pão terá um envelhecimento pegajosa e mole (< fortalecimento do glúten). • Água
mais lento. Valores > 750 envelhecimento mais rápido. parcialmente dura: 50-100 ppm, ideal para PÃES,
determinada QTD de sais favorece o pão, atuando
principalmente no fortalecimento do glúten. • Água dura: >
100 ppm, massa rígida, retarda a fermentação.
Fermento: O fermento é o elemento responsável para que a
massa fique leve e macia. Se multiplica na massa e durante a
fermentação promove a formação e migração de CO2
(crescimento da massa e da porosidade), além da produção
de certos álcoois (etanol), aldeídos, cetonas e ácidos
desejáveis para melhorar o aroma e sabor do pão. Fermento
biológico: grande quantidade de células de Saccharomyces homogêneo. • Ponto de desenvolvimento máximo: filme
cerevisiae (leveduras usadas na fabricação de bebidas elástico. •Fornecimento contínuo de energia: ligações que
alcoólicas, pão, alguns bolos e biscoitos). Formas de mantém a rede protéica começam a se quebrar e não se
comercialização: restabelecem, enfraquecendo o glúten: massa libera água,
1. Fermento fresco prensado - maior teor de água (~70%), grudenta e pegajosa. • Durante a fase de mistura o ar é
deve ser mantido sob refrigeração. 2. Fermento seco aprisionado na massa e finamente disperso. Método de
instantâneo - ⇓ umidade até 5 – 9%, estocagem a T ambiente massa direta: Todos os ingredientes são adicionados de uma
por longos períodos sem perda de atividade. Dosagem: 45% só vez, obedecendo a ordem de colocação deles na massa.
da qtde. do fermento fresco prensado. Depois de formado o glúten, a massa é deixada fermentando,
Fermentação: produção de CO2 que dá volume ao pão. A moldada e novamente fermentada, antes do assamento.
transformação de glicose em álcool passa por vários estágios Vantagens: menores perdas durante a fermentação; tempo
resultando em vários produtos intermediários (aldeídos, de processamento e trabalho são menores; equipamento é
cetonas e ácidos) os quais influenciam no flavor. usado só uma vez. Desvantagem: menor flavor; pouca
Sal: • contribui para o sabor; • Influencia o desenvolvimento flexibilidade em relação ao tempo e condições de
do glúten • fortalece o glúten (reologia da massa) (dentro de fermentação. Método da esponja: Duas fases: esponja e
limites adequados) • controla a velocidade de fermentação estágio massa. São primeiro misturados parte da farinha, o
(produção e retenção do gás) • se elevarmos a concentração fermento e parte da água. Quando o crescimento máximo é
> 2,5%, a fermentação é inibida. atingido (2-3h), adiciona-se o restante dos ingredientes e
Açúcar: • Aumenta a velocidade da fermentação: substrato mistura-se novamente até o completo desenvolvimento de
para a levedura, principalmente p/ farinhas com < teor de glúten (utilizada no preparo do pão doce). A massa volta a
amido danificado. • Durante os primeiros instantes da fermentar novamente (20 – 60 min) antes das outras etapas.
fermentação o açúcar vai servir de alimento para as Vantagens: economia de 15 a 20% de fermento; maior
leveduras, fazendo-as multiplicarem-se, servindo flexibilidade (com relação ao tempo); pão com melhor
posteriormente como fonte de energia e carbono para as volume, textura, gosto e sabor. Desvantagens: maior tempo
outras etapas da fermentação. • Intensifica a cor da crosta e de fermentação; maior consumo de energia; maior custo de
melhora sabor/aroma do pão (reação Maillard). Funções: • mão de obra; maiores perdas na fermentação. Processo de
Diminui a consistência e a tenacidade da massa. • Aumenta a mistura rápida (Chorleywood): Uso de uma misturadora de
extensibilidade da massa. • Favorece a retenção de gás alta velocidade que fornece à massa quantidade de energia
carbônico e o volume dos pães. • Usado como alimento do suficiente para formar o glúten num tempo menor (4min)
fermento, acelera o desprendimento de gases. • Participa da dispensando a fermentação principal da massa. Além do
reação de Maillard, que está condicionada à temperatura e misturador, utiliza-se agentes oxidantes (para oxidar as
ao tempo de cozimento. • Formação da cor da crosta ligações quebradas durante a mistura intensiva); gordura (ou
(caramelização, Maillard). • Tende a melhorar o frescor do agentes emulsificantes) - para melhorar volume, cor e
miolo. • Retarda o desenvolvimento do mofo (nas massas maciez; aumento na água no processo. A energia térmica
ricas em açúcar). • Suaviza o sabor do produto obtido e, a gerada c/ a mistura aumenta a temperatura da massa. Deve-
partir de uma certa quantidade, serve para adoçá-lo. • se utilizar água resfriada (2 a 4 o C). Vantagens: economia de
Proporção: 2 a 10% (podendo chegar a 25% brioches) 60-70% do tempo do processo; economia de cerca de 20% de
• Acelera fermentação (até 3%): > 6% limita a fermentação. espaço; redução no custo total; menor dependência de
Gordura: • Exerce efeito lubrificante; • Confere maciez; operadores habilidosos; pão produzido tem um menor grau
brilho • Melhora a aparência, textura, cor da crosta e volume de envelhecimento; permite um melhor controle das
do pão; • Controla e retarda o envelhecimento do pão. • A condições higiênicas. Desvantagens: reduz o sabor; maior
gordura modifica a extensibilidade da massa. Sob pressão do preocupação com elevação excessiva da Tª (prejudica o
gás a massa pode ser mais esticada resultando em maior glúten). Do maker (processo contínuo): Misturadora de alta
volume. •Uso: 1 a 5% • Em excesso: enfraquece a massa. velocidade. A massa é injetada em quantidades individuais
Leite: • Aumenta a capacidade de absorção de água pela em misturadores menores de alta velocidade e o pão é feito 1
farinha; • Aumenta a tolerância da massa à mistura; a 1. A etapa de fermentação principal também é eliminada.
• Melhora a cor da crosta; • Torna mais macia a textura final Fatores que afetam o tempo da mistura:  Farinha
do produto. • Melhora a estrutura o miolo. (qualidade, teor protéico, amido, granulometria): aumenta. 
• Aumenta o valor nutricional do pão. • Em pães, utiliza-se o Absorção de água: aumenta.  Temperatura: diminui.  Sal:
leite desengordurado e desidratado. aumenta.  Agentes oxidantes: aumenta.  Agentes
Etapas do processamento do pão: redutores: diminuem.  Enzimas (proteases): diminuem.
Mistura: • Diretamente ligada à formação e desenvolvimento OBS: Tempo de mistura insuficiente: massa c/ grumos e
da massa. • Mistura os ingredientes (as proteínas do glúten pegajosa; < volume.
são hidratadas e incham), desenvolve o glúten, fornecendo Fermentação: Etapa básica do processo, responsável pela
características de viscosidade, elasticidade e plasticidade. granulosidade e textura do miolo, volume, sabor e aroma do
•Formação da massa: inicialmente a farinha absorve água e a pão. Início após a mistura. Término no forneamento com a
massa começa a se formar: molhada, grudenta e inativação das leveduras. Leveduras Sacharomyces Cerevisae
desuniforme. •C/ fornecimento de energia: estabelecimento consomem açúcar transformando-o em CO2 e álcool.
das interações químicas: massa de aspecto liso, firme e Produzem gás que expande a massa tornando-a mais leve e
aerada. Etapas da fermentação: • Desenvolvimento do água e outra substâncias voláteis como CO2, álcoois, ácidos
glúten; • Produção e retenção de gás; • Produção de sabor e orgânicos, ésteres e aldeídos que
aroma. Mudanças que ocorrem durante a fermentação: • escapam da massa a medida que a temperatura aumenta.
temperatura da massa sobe; • Aumenta o volume da massa; Mudanças com os constituintes da massa durante
• Varia a consistência da massa (fica mais leve e menos assamento: • Desnaturação do glúten: ~70ºC, a rede de
densa). Controle da Fermentação: • Tempo • Temperatura • glúten se desnatura formando uma estrutura rígida e porosa.
Quantidade de fermento. Influência do tempo de Ocorre perda de água da proteína. A água liberada na
fermentação: Pouco tempo: pão de menor volume; cor da desnaturação protéica é usada na gelatinização do amido. •
crosta marrom-avermelhada (sobrou açúcares); células do Gelatinização do amido: acima de 54ºC, grânulos de amido
miolo muito fechadas; crosta grossa; miolo escuro; aroma de começam a absorver água e a inchar. A água liberada na
fermento. Muito tempo: pão de menor volume; crosta de cor desnaturação do glúten permite continuar o processo. O
pálida; granulosidade do miolo grosseira; textura ruim; flavor amido parcialmente gelatinizado fica incrustado no
excessivamente ácido. Influência da temperatura durante “esqueleto protéico”, sustentando a estrutura após
fermentação: Alta temperatura: produção de gás muito resfriamento. Ação/Inativação das enzimas e fermento: no
rápida e o glúten não se desenvolve totalmente (estrutura início do aquecimento, alta ação enzimática (a-amilase atua
não fica suficientemente elástica para reter o gás) – menor sobre o amido que começa a gelatinizar) e com o aumento da
volume do pão. Baixa temperatura: o glúten se desenvolve Tª as enzimas e fermento se desnaturam e perdem atividade.
totalmente, mas QTD de outros produtos pode ser pequena; Produção de cor e aroma: Reações de Maillard (açúcares
massa tem que ser fermentada por mais tempo para bons redutores e grupos amino dos aa) provocam formação de
volumes e sabor /aroma. Fatores que influenciam na compostos escuros de sabor/aroma característicos. Alguns
produção de CO2: • 27 ºC e 75% UR (ideal p/ fermentação). compostos responsáveis pelo flavor se formam na região da
Açúcares: os primeiros estágios da fermentação são crosta e penetram no miolo ficando solubilizados nele e
sustentados pela glicose e sacarose presentes na farinha; a podendo ser liberados pelo reaquecimento. Apesar dos
maltose só é fermentada nos estágios finais. Temperatura: compostos aromáticos serem formados no assamento, não se
faixa ideal do fermento: 7-35ºC (não deve exceder 38ºC); < tem pão c/ bom aroma sem fermentação adequada. Efeito da
27 ºC efeito retardador na velocidade (mais tempo); > 27 ºC temperatura e umidade do forno: • Alta temperatura: maior
envolve outras fermentações. UR: UR < 70% - a superfície da enrijecimento da crosta o que impede o crescimento do pão.
massa fica seca e a formação de crosta retarda a • Baixa temperatura: ação enzimática pode se prolongar
fermentação. Sal, açúcar e água: até 2% de sal e 5% de havendo excesso de CO2 (colapso na massa) e de dextrinas
açúcar a fermentação é favorecida. É influenciada pelo tipo (seu excesso absorve muita água, podendo produzir um pão
de água e nutrientes do fermento. Enzimas proteolíticas: as com miolo gomoso e úmido). • Umidade: Não deve ser muito
proteases quebram as proteínas formando peptonas que baixa: p/ não ressecar a crosta (injeção de vapor de baixa
ajudam na formação da rede do glúten (grupos livres para pressão no início). • Tempo: depende do formato e
formar novas ligações). As peptonas sofrem ação da temperatura.
peptidase liberando AA livres (importante no forneamento)
Retrogradação e envelhecimento: À medida que o pão vai
(até um certo nível são desejáveis). pH: a redução do pH da
resfriando a crosta fica menos crocante, ocorre compactação
massa (6,0 – 4,0) tem efeito sobre a hidratação e inchaço do
do miolo e maior opacidade (formação de cristais) dele,
glúten, sobre a ação enzimática e reações químicas.
perda de sabor/aroma, baixa quantidade de amido solúvel,
Influencia na formação das ligações de H. pH < 4: sabor
migração da água do miolo para a crosta (borrachenta). O uso
desagradável e força do glúten comprometida. Outros
de surfactantes suaviza a retrogradação formando complexos
fatores: mistura adequada (bom desenvolvimento e
com amilose e amilopectina. Hipotése do pq isso ocorre:
formação do filme); sova; agentes oxidantes/redutores;
estrutura do pão fresco consiste de um gel firme de amilose
absorção de água.
que envolve grânulos de amido ricos em amilopectina
Divisão: em tamanhos adequados.
gelatinizada e então a firmeza ocorre quando as cadeias
Boleamento: forma superfície contínua com forma regular;
laterais da amilopectina se reassociam. Explica obtenção do
deixa descansar de 10 a 20 min (proffing intermediário).
pão com características de fresco após reaquecimento.
Molde: melhora a textura e estrutura do miolo, além de dar
Amilose exudada do grânulo se associa com o glúten. À
forma apropriada.
medida que o tempo passa ocorre aumento dessas
Fermentação final: Após moldada, massa continua a
interações aumentando a firmeza do miolo. Crosta menos
descansar (28-30ºC a 80-85% UR ~55 min).
crocante: relacionada c/ a migração da água do miolo p/
Forneamento: É feito o cozimento, transformando a massa
crosta. Ao difundir a água do miolo p/ a crosta esta perde
química e fisicamente (formando um produto digerível de
friabilidade e se torna borrachenta. Miolo: alterações
sabor e aroma agradável). Mudanças físicas durante
envolvem retrogradação do amido e ação das proteínas do
assamento: • Aumento de volume do pão: aumenta a taxa
glúten. A rigidez do miolo não é devido somente à
de produção de CO2; gases aquecidos se expandem; aumenta
desidratação, mas também à retrogradação do amido
a pressão interna aumentando a expansão da massa. •
envolvendo a amilopectina e interação amido-glúten.
Formação de um filme na superfície: semipermeável à saída
Aumento da opacidade do miolo é presumivelmente devido
de gases (CO2, vapor d´água, álcool) delimitando a estrutura
ao crescimento dos cristais (retrogradação) que no caso do
do produto. • Perda de peso: causada pela evaporação da
pão são fundidos a ~60 ºC.
Retardar ou amenizar o envelhecimento: uso de
emulsificantes; T de armazenamento; uso de enzimas.
Qualidade do pão: é avaliada levando-se em consideração as
características internas (características da crosta
fina, não dura ou borrachenta; cor do miolo; textura ou
maciez) e externas (volume; cor da crosta; quebra; simetria),
aroma e gosto do pão.
Congelamento de pães: Deficiências neste tipo de produto:
• Baixo volume; • Estrutura de miolo aberta e mais firme; •
Tempo de fermentação longo; • Potencial de panificação da
massa decresce substancialmente com o tempo de
armazenamento e com os ciclos de congelamento e Recepção: • Os grãos de trigo quando chegam ao moinho
descongelamento parciais, que podem ocorrer durante a apresentam misturados com várias impurezas. • Quanto mais
distribuição, transporte e armazenamento do produto. elevado o teor de impurezas, menor será o rendimento da
Glúten vital: é aquele tipo de glúten que não sofreu farinha.
desnaturação irreversível e, em contato com a água reidrata- Limpeza preliminar: • A limpeza preliminar é realizada para
se rapidamente recuperando sua funcionalidade intrínseca, retirar as impurezas mais grossas. • Essas impurezas podem
isto é, sua viscoelasticidade. Glúten vital (2%) diminui causar danos aos equipamentos de transporte ou bloquear a
drasticamente o tempo de fermentação. entrada dos moinhos.
Farinha de trigo para massa de pão francês congelado: O Classificação: Testes para classificar o trigo: A escolha dos
teor de proteínas das farinhas de trigo para massa congelada testes que serão realizados para classificar o trigo varia com
de pão francês: 11 - 13% não deve ultrapassar 13% para não as necessidades específicas do moinho. Os mais importantes
restringir o volume do pão. A qualidade da massa congelada estão relacionados: Conteúdo protéico e Propriedades
está mais relacionada com a força da farinha do que com a associadas à formação do glúten.
perda da atividade das leveduras durante o armazenamento -> Peso hectolitro (PH): Medida que indica o peso específico
sob congelamento. Pode-se adicionar Glúten Vital e agentes do grão, expressos em quilograma por 100 litros. • Trigos
oxidantes para melhorar as características da farinha. A duros apresentam densidade maior que 80 Kg/hL. • Trigos
quantidade de leveduras deve ser > do que a utilizada no brandos ou moles apresentam densidade de ~70Kg/hL.
processo convencional. -> Conteúdo proteico: ◦ Métodos demorados: Kjeldahl
Congelamento lento (1 e 3 °C/min): não afeta a performance (método clássico) e Dumas (substitui Kjeldahl) ◦ Métodos
da massa depois do descongelamento, garantindo alta taxa rápidos: NIR (infravermelho).
de sobrevivência das leveduras. Acredita-se que, durante o -> Qualidade do glúten: Alveografia, Farinografia,
congelamento lento, a água intracelular das células de Extensografia.
levedura migra para fora, formando gelo no seu exterior pois -> Umidade: Afetam a qualidade do grão de trigo e seus
a membrana da célula apresenta uma barreira efetiva a ele. produtos influenciando seu peso especifico, rendimento de
Taxa < 10 C/ min. moagem, conservação e características tecnológicas. Água
Congelamento rápido: efeito negativo sobre o fermento disponível afeta a germinação do grão.
aumentando a taxa de células inviáveis. Não permite que a -> Falling number: Determina a atividade da α-amilase para
água saia de dentro das células do fermento: formação de detectar danos causados na germinação da espiga. O teste
cristais de gelo intracelular que causam danos e lesões na baseia na viscosidade do amido gelatinizado. Quanto mais
parede celular e consequentemente a morte das células. viscosa a pasta menor a atividade α-amilase e então maior o
Porém menos danos relacionados à massa, e ao rompimento FN.
da rede proteica. Taxa < 100 C/ min. -> Dureza: Medida da textura do endosperma do trigo. A
textura é afetada pelo teor de amido e proteína do
Moagem seca do Trigo endosperma e sua ordenação. Os grãos duros apresentam
maior teor de proteína e requerem maior força para se
Moagem: • redução dos grãos à partículas menores. • Trigo: desintegrarem e apresentam maior tamanho de partículas.
envolve a separação do germe e farelo do endosperma e a Mistura: A qualidade do trigo esta relacionada com o destino
redução do endosperma a farinha. • Arroz e cevada: industrial da farinha produzida. Os parâmetros de qualidade
endosperma se mantém intactos. • Milho: a redução é feita (dureza, % de impurezas, rendimento da farinha de trigo, teor
para obtenção de uma sêmola mais grossa. de proteína, lipídeos e cinzas) mudam de acordo com o
Farelo: ⬆minerais e proteína. produto que se deseja produzir.
Gérmen: ⬆gordura e minerais. Limpeza: Durante a colheita e transporte muitos corpos
Endosperma: matriz protéica envolvendo os grânulos de estranhos podem vim junto com o trigo. Esses corpos
amido (dureza do grão). estranhos podem causar danos nos equipamentos ou
Endosperma moído: ⬆tempo de armazenamento, aumentar o nível de impurezas na farinha de trigo. O
⬆palatabilidade e ↓valor nutricional. processo de limpeza a seco dos grãos de trigo estão
agrupados por: • Tamanho: Sistema de peneiras que retira as purificação na forma de semolina. • A peneiração separa: ◦
matérias grosseiras e pequenas impurezas.• Magnetismo: Endosperma puro -> transferida para o sistema de coleta. ◦
Coleta qualquer contaminação de material ferroso. • Endosperma com farelo aderido -> sistema de purificação. ◦
Resistência ao ar: retira sujeiras leves (poeira e sujeira fina). Pequenas partículas de farelo -> removido do sistema depois
Remoção por fluxo controlado do ar. dos últimos separadores do rolo de trituração. •
Condicionamento dos grãos: Principal objetivo é assegurar Classificação: Sistema de peneiras. Purificadores: •
uma separação eficiente do farelo e endosperma. Condiciona Purificador é um leito–peneira oscilatório, montado em um
o trigo em um nível de umidade adequado para moagem. plano inclinado, sobre diversas tremonhas receptoras. • Ar é
Garantia de alto rendimento da farinha, com mínimo teor de aspirado para cima, através do material em peneiramento,
cinzas. No trigo bem condicionado: ◦ A quebra do farelo em que retira qualquer farelo presente. • Fluxo de ar pode variar
pedaços pequenos é evitada durante a moagem. ◦ O farelo enquanto os produtos passam no sentido descendente pelo
fica mais friável e é laminado durante a moagem. ◦ O comprimento da máquina, deixando o produto purificado cair
endosperma amolece facilitando a moagem. ◦ O farelo tem nas tremonhas abaixo dele, para seguir na direção do sistema
partículas maiores e mais grossas que o endosperma. ◦ O de redução. Sistema de redução: • Semolina purificada e
farelo é muito mais leve que o endosperma. ◦ A separação endosperma + farelo; endosperma; farelo são moídos em
das partículas é facilitada. Três fatores básicos afetam o rolos lisos. • Cada estágio de moagem no sistema de redução
condicionamento: ◦ UMIDADE ◦ TEMPERATURA ◦ TEMPO. produz farinha que apresenta características diferentes. • Se
Umidade: Influencia o comportamento da moagem através o grão inteiro for moído, separado e recombinado tem-se a
de mudanças nas suas características. Deformação do grão farinha integral. No sistema de redução, o objetivo é reduzir
durante a moagem. A quantidade de água a ser adicionada o tamanho do endosperma para se obter uma farinha com
depende: umidade e dureza dos grãos. ◦ trigo mole: 14-15% ◦ mínima danificação ao amido.  Os rolos de um moinho
trigo duro: 16,5% ◦ trigo durum >16,5%. Quanto mais duro e podem ser lisos ou ásperos. • Esse sistema produz uma
mais vítreo maior o teor de umidade que o grão deve atingir farinha mais branca (teor de cinzas) e com melhor
durante o condicionamento. Tempo: Precisa ser o necessário funcionalidade para panificação.
para permitir penetração de água desejada no grão. Tempo No final do processo de moagem: haverá diversas gamas de
varia com dureza do grão. ◦ Trigo mole necessita de menos produtos: ◦ Farinha branca específica e farinha de grau
tempo (6- 10h) que o duro (12h). A velocidade de penetração inferior. ◦ Farelos de trigo grosso e finos, para uso como
de água no grão é baixa e é necessário que ele atinja o ingredientes em diversos produtos de panificação, alimentos
equilíbrio. Temperaturas: Ambiente influencia na saudáveis e cereais matinais. ◦ Ração de trigo, usada como
temperagem. Temperaturas mais elevadas aceleram a alimento para animais, contendo os farelos mais finos e
velocidade de penetração de água no grão, mas não devem possivelmente o gérmen de trigo, e farinhas de grau inferior.
ultrapassar 48ºC para não comprometer a qualidade do Características do grão na moagem: • Trigo duro maior
glúten. quantidade de AD (5-10%). • Trigo mole menor tempo de
Moagem: O grão é quebrado e o endosperma raspado para condicionamento. • Trigo mole distribuição do tamanho de
separação do farelo e obtenção de farinha com teor de cinza partículas mais estreitas mais difícil peneiração. Menor
e cor específicas. A moagem dos grãos de trigo utiliza número de rolos no sistema de redução.
moinhos de rolos, que promove uma redução gradual de Moagem do trigo durum: objetivo é produzir sêmolas e
tamanho de partículas. No processo ocorre: ◦ Sistema de semolinas que possui tamanho de partícula maior (o sistema
quebra: trituração dos grãos. ◦ Extração e classificação: de redução pode ser reduzido p/ evitar a produção de
separação dos materiais moídos (farelo e endosperma) após farinha). •Processo de limpeza: mais longo. • Sistema de
a quebra dos grãos. ◦ Sistema de extração: remoção final do quebra: maior numero rolos. • Sistema de redução: menor
farelo. ◦ Purificadores: limpeza da semolina (fragmentos do número de rolos.
endosperma) e remoção do farelo. ◦ Sistema de redução:
redução da semolina em farinha. Sistema de quebra: • Rolos
corrugados giram em direções opostas (horário e anti-
horário) e em velocidades diferentes. • Ocorre compressão e
corte dos grãos. • O germe é removido nos dois primeiros
pares de rolos. • O germe é friável e tende a flotar e as
partículas de farelo formam flocos menos densos. • Moinho
de rolos. • A semolina (endosperma na forma de partículas
grosseiras) deve ser separada de cada grão sem desintegrar o
farelo. • Após a passagem em cada rolo o produto passa por
uma peneira para a separação em uma série de subfrações
antes de seguir outras etapas do processo. Extração e
classificação: • Partículas menores separadas por tamanho
para a separação de resíduos grosseiros (fragmentos de
farelo com algum endosperma). • Durante a quebra uma
pequena quantidade de endosperma é reduzido ao tamanho
de farinha. • O endosperma obtido segue para o sistema de

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