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LEGISLAÇÃO CÓDIGOS JURISPRUDÊNCIA FORMULÁRIOS EUR-LEX DICIONÁRIO FÓRUM JURÍDICO  

Requerimento de Procedimento Cautelar Especificado de Arbitramento de Reparação Provisória


por Danos Corporais (Artigos 388º nº 1 a 390 º CPC)

REQUERIMENTO DE PROCEDIMENTO CAUTELAR ESPECIFICADO DE ARBITRAMENTO DE REPARAÇÃO


PROVISÓRIA POR DANOS CORPORAIS (ARTIGOS 388º Nº 1 A 390 º CPC)

Comarca de Viana do Castelo

Ex.mo Senhor Juiz do

Juízo de Competência Genérica de

Caminha[1]

A….., solteiro, maior …..NIF …, residente na Rua ……….. nº…. da cidade de Lisboa,

Vem requerer

ARBITRAMENTO DE REPARAÇÃO PROVISÓRIA

Contra

SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES L…, S.A., NIPC….., com sede na Rua ….., nº…., em Faro,

nos termos dos artigos 388º e 389º, ambos do Código do Processo Civil, e pelos seguintes fundamentos:

1.º

No dia 5 de Janeiro de 2016, pelas 10 horas da manhã, quando o Requerente passeava a pé pela rua ….,
em pleno centro da cidade de Caminha, ocorreu a queda de andaimes de uma obra de construção civil,
levada a cabo pela Ré,

2.º

Tendo, uma parte considerável das estruturas que formavam aqueles andaimes, sido projetada, vindo a
cair sobre o Requerente, provocando-lhe graves ferimentos,

3.º

Concretamente traumatismo craniano e factura dos ossos da bacia,

4.º

Que motivaram o seu internamento hospitalar pelo período de 2 meses,

5.º
/
Após o que o Requerente regressou a casa, encontrando-se incapacitado de trabalhar – não sabe durante
quanto tempo – na sua atividade pro ssional de professor de dança, que, em regime de prestação de
serviços, exercia para o Ginásio A…., na Rua….., em Lisboa.

6.º

A queda da estrutura dos andaimes resultou da sua má montagem, uma vez que se veri cou faltarem
parafusos necessários à estabilização da estrutura,

7.º

Sendo a montagem do andaime efetuada no dia anterior ao da sua queda pelos trabalhadores da
Requerida, sob as ordens e direção desta, E destinando-se, aquele andaime, a permitir os trabalhos de
reparação e pintura da fachada do prédio sito na referida rua, com os nºs de polícia …., sendo estes
trabalhos, também, realizados pelos trabalhadores da Requerida.

9.º

No momento do acidente, encontravam-se aliás, a trabalhar em cima do andaime, vários trabalhadores


da Requerida que, igualmente, se acidentaram na queda da estrutura do andaime.

10.º

O acidente foi objeto de cobertura noticiosa por um canal de televisão, tendo sido noticiado no Jornal Z….
do dia seguinte (doc. nº 2).

11.º

É, assim, a Requerida responsável pelos danos sofridos pelo Requerente, cuja compensação virá a ser
peticionada em ação a intentar contra a mesma.

12.º

Sucede, porém, que, como anteriormente foi referido, o Requerente está incapacitado de exercer a sua
atividade pro ssional, não sabendo ainda quando poderá voltar a fazê-lo. Ora,

13.º

O Requerente retirava da sua atividade pro ssional a quantia mensal de 1.500,00€ (como resulta dos
recibos de honorários que, mensalmente, emitia a favor da Sociedade proprietária do ginásio, de que
junta os referentes aos meses anteriores ao acidente – Docs. nº 2 a 5)

14.º

Com a qual fazia face as despesas respeitantes à renda da sua habitação – 500€ mensais – consumos de
água e luz (em média 100,00€ mensais), gastando, ainda pelo menos 300,00€ com a satisfação das suas
necessidades básicas, como alimentação e higiene pessoal.

15.º

Não tendo, o Requente, direito a subsídio de doença, a privação do rendimento resultante da sua
atividade, coloca-o numa situação de incapacidade de solver compromissos básicos elementares,

16.º

O que torna a mesma con gurável como uma situação de necessidade, exigida pelo nº 1 do artigo 388º do
CPC,
/
 

17.º

Sendo inquestionável que tal situação de necessidade decorre dos danos corporais acima descritos que,
por sua vez, resultam de comportamento negligente, pelo qual é responsável a Requerida,

18.º

Que, assim, tem obrigação de indemnizar o Requerente.

19.º

Nos termos do nº 1 do artigo 388º do CPC, como dependência da ação de indemnização fundada em
morte ou lesão corporal, podem os lesados, requerer o arbitramento de quantia certa, sob a forma de
renda mensal, como reparação provisória do dano,

20.º

Sendo esta providência, quando requerida, deferida desde que se veri que uma situação de necessidade
em consequência dos danos sofridos e esteja indicada a existência de obrigação de indemnizar a cargo da
requerida, nos termos do nº 2 do referido artigo 388º do CPC.

21.º

O montante a xar equitativamente pelo tribunal deverá ser aquele que seja considerado su ciente para
provar a satisfação das necessidades básicas do lesado, acima enunciadas,

22.º

Considerando-se adequada a xação de uma renda mensal de 1.000,00€[2], que a Requerida deve pagar
ao Requerente, enquanto se mantiver a sua situação de incapacidade para o exercício da sua atividade
pro ssional, ou ao trânsito em julgado da decisão que venha a condenar a Requerida no pagamento ao
Requerente de uma indemnização, xada em termos de nitivos, dependendo da ocorrência em primeiro
lugar de qualquer destas circunstâncias.

23.º

A referida renda será devida a partir do 1º dia do mês subjacente ao do mês subjacente ao da propositura
do presente procedimento, nos termos do nº 1 do artigo 386º do CPC, aplicável por força do nº 1 do artigo
389º daquele Código.

24.º

Nos termos do nº 3 do artigo 388º do CPC, todas as importâncias que vierem a ser pagas ao Requerente
pela Requerida serão deduzidas na indemnização nal que esta for condenada a pagar-lhe.

Nestes termos, deve o presente procedimento ser julgado provado e


procedente, sendo xada a quantia mensal de 1.000,00€ a pagar pela
Requerida ao Requerente, com início a partir do próximo mês, sendo a
quantia que vier a ser paga pela Requerida em cumprimento da decisão,
deduzida na indemnização nal em que a Requerida for condenada[3] [4].

Para tanto, deve ser designado dia para julgamento[5] e ordenada[6] a


citação da Requerida para aí comparecer, seguindo-se os demais termos
até nal.

 
/
TESTEMUNHAS:[7]

1) F……….., residente em……, pro ssional de ……..

2) H……….., residente em……, pro ssional de ……..

3) A ……….., residente em……, pro ssional de ……..

JUNTA: 3 documentos, procuração, Documento Único de Cobrança e comprovativo do seu pagamento.

VALOR: 12.000,00€ (doze mil euros)[8]

O ADVOGADO (NIF 000 000 000 – Ced. Prof. 0000)

Nome Pro ssional

Domicilio Pro ssional[9]

Telefone/Telefax

Endereço de correio eletrónico

[1] Na elaboração de um requerimento de procedimento cautelar especi cado deverão ser tidos em conta
os artigos 78º (de nidor dos critérios de competência, em razão de território dos procedimentos
cautelares e diligências antecipadas) e 304º (valor dos incidentes e procedimentos cautelares) ambos do
CPC. No caso concreto a ação de nitiva de que este procedimento depende (e depende mesmo, uma vez
que não é admissível a inversão do contencioso) será uma ação de responsabilidade civil extracontratual
cuja competência territorial é regulada pelo nº 2 do artigo 71º do CPC nos termos do qual “se a ação se
destinar a efetivar responsabilidade civil baseada em facto ilícito ou fundada no risco o tribunal
competente é o correspondente ao lugar onde o facto ocorreu.” De nido o Tribunal competente em razão
do território e o valor a atribuir ao procedimento importa ter em conta Mapa III anexo ao Dec.-Lei
49/2012, de 27 de Março e o que dispõem os artigos 117º e 130º da Lei 62/2013 de 26 de Agosto na
redação que lhes foi dada, respetivamente, pelo Dec.-Lei 86/2016 de 27 de Dezembro e pela Lei 40-A/2016
de 22 de Dezembro. A escolha do Juízo de Competência Genérica de Caminha resulta da conjugação dos
preceitos citados.

[2] Embora, como resulta do requerimento, o prejuízo mensal decorrente da incapacidade do Requerente
para o trabalho seja superior aos 1.000,00€ peticionados, considera-se dever ser este último o montante
mensal peticionado, por ser este o necessário ao sustento (aqui considerado como montante adequado à
satisfação das suas necessidades básicas) do Requerente. Deve, a este propósito, recordar-se que se está
perante uma liquidação provisória, muitas vezes fundada em indícios, cuja apreciação em sede de decisão
de nitiva, será submetida a critérios mais exigentes. Não é, aliás, de excluir, que a decisão de nitiva possa
não ser coincidente com a decisão do procedimento em matéria de apreciação de responsabilidade da
requerida, sendo expressão dessa possibilidade, a disposição inserta no nº 2 do artigo 390º do CPC.

[3] Atenta a natureza deste procedimento cautelar não pode ser requerida inversão do contencioso pelo
que a providencia decretada caducará se o Requerente não propuser ação de nitiva da qual a providência
depende, no prazo de 30 dias contados da noti cação ao Requerente do trânsito em julgado da decisão
que a haja ordenado, nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 373º do CPC. Em caso de caducidade da
providência decretada, o requerente deverá restituir todas as prestações recebidas, nos termos previstos
para o enriquecimento sem causa: é o que prevê o nº 1 do artigo 390º do CPC.

[4] Nos termos do nº 2 do artigo 364º do CPC, “requerido antes de propositura da ação, é o procedimento
apensado aos autos desta, logo que a ação seja instaurada e se a ação vier a correr noutro Tribunal, para
aí é remetido o apenso, cando o juiz com competência exclusiva para os termos subsequentes à
remessa. No caso presente, sendo competente na razão de território o Tribunal de Viana no Castelo,
serão competentes para a ação de nitiva o juízo de competência genérica de Caminha ou o juízo central
/
cível de Viana do Castelo (um dos seus juizes), respetivamente, se a ação tiver um valor igual ou inferior a
50.000,00€, ou superior a 50.000,00€, nos termos dos artigos 130º e 117º, ambos da Lei 62/2013 de 26 de
Agosto, na redação que lhe foi dada pela Lei 40-A/2016 de 22 de Dezembro.

[5] Nos termos do nº 1 do artigo 389º do CPC “é aplicável ao processamento” desta providência “o
disposto acerca dos alimentos provisórios, regulado nos artigos 384º a 387º do CPC. De acordo com o nº 1
do artigo 385º do CPC “recebida em juízo a petição de alimentos provisórios é logo designado dia para o
julgamento, sendo, de acordo com o nº 2 daquele preceito a contestação apresentada na própria
audiência. Curiosamente “julgamento” é o termo usado naquela disposição legal, que não acolheu a
expressão “audiência nal” que viria a ser consagrada, em substituição de audiência de discussão e
julgamento no CPC, aprovado pela Lei 41/2013 de 26 de Junho. A circunstância de os meios de prova do
requerido serem apresentados na contestação obriga a que o requerido, quando pretenda produzir prova
por testemunhas, as apresente no dia designado para a audiência, sob pena de estas não serem ouvidas.

[6] Nos termos da alínea b) do nº 4 do artigo 226º do CPC a citação depende de prévio despacho judicial
nos procedimentos cautelares e em todos os casos que incumba ao juiz Decidir da prévia audiência do
requerido. Trata-se de uma exceção à regra da o ciosidade da citação enunciada no nº 1 daquele artigo,
de acordo com o qual “incumbe à secretaria promover o ciosamente, sem necessidade de despacho
prévio, as diligências que se mostrem necessárias à efetivação da regular citação pessoal do réu”.

[7] Na indicação da prova testemunhal em procedimento cautelar, deverá ser tida em conta a limitação
prevista no nº 1 do artigo 294º do CPC (5 testemunhas), aplicável por força do nº 3 do artigo 365º do CPC,
por sua vez aplicável este procedimento cautelar especí co nos termos do nº 1 do artigo 376º do CPC.

[8] O valor do procedimento do calculado com base no critério enunciado na alínea a) do nº 3 do artigo
304º do CPC, sendo o correspondente a doze vezes a mensalidade peticionada.

[9] Tratando-se do requerimento inicial de um procedimento judicial, considera-se ser-lhe aplicável o que
dispõe a alínea b) do artigo 552º do CPC, enunciador de requisitos da petição inicial, concretamente a
obrigação de o mandatário indicar o seu domicílio pro ssional. Tal como foi referido em nota de rodapé
dos formulários de petições iniciais considera-se dever interpretar esta norma no sentido de serem
facultados ao tribunal (e à parte contrária) todos os elementos de contacto do referido mandatário.

Os formulários e minutas disponibilizados terão necessariamente de sofrer os ajustes e acrescentos próprios relativos a
cada caso ou situação concreta.
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