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LEGISLAÇÃO CÓDIGOS JURISPRUDÊNCIA FORMULÁRIOS EUR-LEX DICIONÁRIO FÓRUM JURÍDICO  

Requerimento de Procedimento Cautelar Comum (Artigos 362º a 376º CPC)

REQUERIMENTO DE PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM (ARTIGOS 362º A 376º CPC)

Comarca de Coimbra

Exmo. Senhor Juiz do Juízo

Central Cível de
COIMBRA[1]

E…., SOCIEDADE DE RESTAURAÇÃO LDA., NIPC….,  com sede em……, Braga

vem requerer

PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM

contra

C….. SOCIEDADE FRANQUIADORA, S.A., NIPC….., com sede na Rua….., em Coimbra,

nos termos e pelos fundamentos seguintes:

A Requerente exerce a sua actividade na área da restauração, explorando um estabelecimento com a


denominação “PRATOS DELICIOSOS”, sito na Rua …., na cidade de Braga, ao abrigo de contrato de
franquia celebrado com a Requerida em …., cujos termos se encontram re etidos no documento cuja
cópia se junta (doc. nº 1).

De tal contrato resulta, no que aos presentes autos importa, a obrigação de a Requerida enquanto
franquiadora, como contrapartida do pagamento pela Requerente de 75.000,00 € (setenta e cinco mil
euros), não permitir, durante o período de 5 anos, a abertura de qualquer outro estabelecimento de
restauração semelhante, num raio de 2,0 Km, considerado o estabelecimento explorado pela Requerente,

Sendo esta obrigação contratual clara – resultante, aliás, de cláusula proposta pela própria Requerida – e
justi cada pela circunstância de, de acordo com o mesmo contrato, o estabelecimento explorado pela
Requerente dever obedecer, em matéria de cor dominante, mobiliário e decoração, ao modelo adotado
pela Requerida,

/
Sendo os produtos aí fornecidos facilmente associados à Requerida e confecionados com produtos
selecionados pela Requerida de acordo com as receitas fornecidas pela mesma à Recorrente em
cumprimento daquele contrato.

Ora, nestas condições, o surgimento de um estabelecimento praticamente igual ao da Requerente, nas


proximidades deste, antes de decorrido o prazo considerado mínimo indispensável para criação e
delização da clientela, foi contratualmente proibido, por proposta da própria Requerida,

Assim preservando o interesse legítimo da Requerente na a rmação e implantação do seu espaço no


mercado.

Sucede, porém, que, apesar de terem decorrido apenas nove meses sobre a celebração do contrato – e
não mais de mais de seis meses sobre a abertura do estabelecimento da Requerente ao público – a
Requerida, contrariando a obrigação contratual que ela própria propôs, decidiu abrir um restaurante,
explorando-o directamente,

Encontrando-se já a realizar obras de instalação do estabelecimento de restauração – que, pelos sinais já


visíveis, será em tudo idêntico ao da Requerente – e num espaço mais amplo e, até, mais central que o da
Requerente.

Situado a apenas 300 metros do estabelecimento da Requerente – como se pode veri car pela imagem de
satélite extraída da internet em que se vêem os dois espaços (doc. nº 2) – o que não só viola frontalmente
as obrigações contratuais assumidas pela Requerida, mas também terá como consequência direta a
perda da pouca clientela que a Requerente já conseguiu (o que será inevitável, atenta as melhores
condições que poderão ser oferecidas no novo local),

10º

Tornando, porventura, de nitivamente votado ao insucesso a projeto de crescimento, implantação e


xação de clientela por parte da Requerente, para o que, de acordo com estudos feitos pela própria
Requerida, serão necessários os cinco anos previstos no contrato, sendo esta, aliás, a razão de ser da
introdução daquela cláusula no contrato.

11º

A abertura do estabelecimento de restauração nas condições acima referidas criará à Requerente sérios
prejuízos, porventura irreparáveis através de uma simples ação de condenação, uma vez que nada poderá
compensar a Requerente da perda do negócio que se antevê venha a resultar da abertura do novo
estabelecimento de restauração,

12º

Sendo certo que, de acordo com informação visível no próprio local da obra, se prevê que tal abertura ao
público venha a ocorrer dentro de seis semanas.

13º

/
A Requerida terá, aliás, atenta a sua dimensão e conhecimento profundo do negócio em causa, muito
maiores capacidades do que a Requerente para promover bons serviços, quer em matéria de instalações,
quer em matéria de serviços fornecidos,

14º

Pelo que não será difícil desviar a clientela, ainda em formação, que tem frequentado o estabelecimento
da Requerente.

15º

Nos termos do nº 1 do artigo 362º do CPC, “sempre que alguém mostre fundado receio de que outrem
cause lesão grave ou di cilmente reparável ao seu direito, pode requerer a providência conservatória ou
antecipatória, concretamente adequada a assegurar a efectividade do direito anunciado,

16º

Sendo certo que tal receio existe e que o dano resultante para a Requerente da abertura do restaurante
pela Requerida será di cilmente reparável através de uma ação de indemnização por incumprimento do
contrato,

17º

Sendo evidente que o seu direito à atividade comercial que, contratualmente lhe foi reconhecido pela
Requerida, cará irremediavelmente afetado pela atuação da Requerida, se esta ocorrer nos termos
descritos.

18º

Nestas circunstâncias, só a suspensão da abertura prevista do estabelecimento comercial pela Requerida


pode garantir a preservação do direito da Requerente,

19º

Devendo ser ordenado à Requerida que se abstenha da prática de qualquer ato que perturbe o exercício
da actividade contratualmente reconhecida à Requerente nos termos do contrato celebrado entre as
partes.

20º

Da cláusula “x” do contrato celebrado entre Requerente e Requerida resulta ter sido estabelecido como
foro competente para dirimir qualquer litígio decorrente de incumprimento ou interpretação do contrato
o juízo cível de Coimbra, sendo, atenta a contenção dos prejuízos previsivelmente decorrentes da atuação
da Requerida que se espera conseguir através deste procedimento, competente para a apreciação da
ação de nitiva o Juízo Central de Coimbra, pelo que esta instância é a competente para a apreciação do
presente procedimento cautelar, nos termos das disposições conjugadas das alíneas c) do nº 1 do artigo
78º do CPC e c) do nº 1 do artigo 117º da Lei 62/2013 de 26 de Agosto, na redação que lhe foi dada pela Lei
40-A/2016 de 22 de Dezembro.

Nestes termos, deve ser ordenado à Requerida que suspenda a abertura do


restaurante “……..” que pretende instalar na Rua …., não abrindo outro
restaurante ou em qualquer outro local num raio de 2,0 Kms da sede da
Requerente, nem permitindo tal abertura seja feita por terceira pessoa, com sua
autorização para usar os seus sinais distintivos de comércio, devendo a
Requerida abster-se de praticar qualquer ato que perturbe a exploração do
estabelecimento comercial da Requerente, acima identi cado nesta peça
processual[2]
/
 

Para tanto, deve ser ordenada[3] a citação da Requerida[4] para contestar,


querendo, no prazo[5] e sob cominação legais[6], seguindo-se os demais termos
até nal.

TESTEMUNHAS,[7] cuja noti cação se requer[8]:

1) F……….., residente em……, pro ssional de ……..

2) H……….., residente em……, pro ssional de ……..

3) A ……….., residente em……, pro ssional de ……..

JUNTA: Dois documentos, procuração, Documento Único de Cobrança e comprovativo do seu pagamento

VALOR: 75.000,00 € (setenta e cinco mil euros)[9]

O ADVOGADO (NIF 000 000 000 – Ced. Prof. 0000)

Nome Pro ssional

Domicilio Pro ssional[10]

Telefone/Telefax

Endereço de correio eletrónico

[1] Da alínea c) do nº 1 do artigo 78º do CPC resulta que para os procedimentos cautelares não
especialmente previstos nas restantes alíneas daquele preceito legal será competente o tribunal em que
deva ser proposta a ação respetiva. Prescrevendo a alínea c) do nº 1 do artigo 117º da Lei 62/2013 de 26
de Agosto, na redação que lhe foi dada pela Lei 40-A/2016 de 22 de Dezembro, que compete ao Juízo
central cível preparar e julgar os procedimentos cautelares a que correspondam ações da sua
competência, será este o juízo competente atenta a convenção inserta no contrato e reproduzida pela
requerente no artigo 20º deste requerimento que confere ao competente juízo cível de Coimbra a
competência para dirimir qualquer con ito resultante do incumprimento do contrato.

[2] Atendendo à circunstância de não ter ocorrido, ainda, a abertura do estabelecimento de restauração
pela requerida, podemos admitir que a ação de nitiva de que este procedimento estaria dependente teria
como pedido principal o de ser condenada a requerida a abster-se de abrir ou permitir a abertura por
terceiro de tal estabelecimento, o que permitia classi car a providência requerida como antecipatória da
decisão de nitiva. Assim sendo, considera-se admissível que a Requerente possa vir a pedir, até ao
encerramento da audiência nal, a dispensa do ónus de propositura de ação principal de que este
procedimento estaria dependente. A jurisprudência tem considerado, precisamente, a natureza
antecipatória ou conservatória da providência como critério essencial de admissibilidade de
decretamento da inversão do contencioso, sendo a resposta positiva para os procedimentos
antecipatórios e negativa para os meramente conservatórios. Concordamos com esta interpretação que
parece corresponder à previsão do legislador enunciada no nº 4 do artigo 376º do CPC, nos termos do
qual “o regime de inversão do contencioso é aplicável, com as devidas adaptações, à restituição provisória
da posse, à suspensão das deliberações sociais, aos alimentos provisórios, ao embargo de obra nova, bem
como às demais providências previstas em legislação avulsa cuja natureza permita realizar a composição
de nitiva do litígio”. Com todo o respeito pelos ilustres autores que defendem a possibilidade de num
procedimento de arresto ser decretada a inversão do contencioso (tese com a qual não estamos de
acordo) só numa providência de natureza antecipatória será possível ao tribunal realizar a composição
de nitiva do litígio, sendo, assim, apenas nestas, admissível a inversão do contencioso.

/
[3] Nos termos da alínea b) do nº 4 do artigo 226º do CPC a citação depende de prévio despacho judicial
nos procedimentos cautelares e em todos os casos que incumba ao juiz decidir da prévia audiência do
requerido. Trata-se de uma exceção à regra da o ciosidade da citação enunciada no nº 1 daquele artigo,
de acordo com o qual “incumbe à secretaria promover o ciosamente, sem necessidade de despacho
prévio, as diligências que se mostrem necessárias à efetivação da regular citação pessoal do réu”.

[4] A audição prévia do requerido constitui o regime-regra na tramitação do procedimento cautelar


comum, enunciado no nº 1 do artigo 366º do CPC, nos termos do qual “o tribunal ouve o requerido” (este
é o princípio aplicável ao procedimento cautelar comum), “exceto quando a audiência puser em risco sério
o m ou a e cácia da providência”. Quando considerar estar perante uma situação subsumível nesta
previsão, o requerente deverá pedir ao tribunal que a providência seja decretada sem audiência prévia do
requerido. Esta é uma diferença relativamente à tramitação do procedimento de restituição provisória de
posse, cujo regime- regra é, precisamente, a não audiência prévia do requerido, enunciada no artigo 378º
do CPC.

[5] Nos termos das disposições conjugadas do nº 2 do artigo 293º e do nº 3 do artigo 365º, ambos do CPC,
o prazo para deduzir oposição será de dez dias. Tal como sucede com o requerimento inicial, também a
oposição deve conter o rol de testemunhas e a indicação de todos os meios de prova que o requerido
entenda adequados.

[6] Nos termos do nº 5 do artigo 366º do CPC a revelia do requerido que haja sido citado tem os efeitos
previstos no processo comum de declaração. Esses efeitos são enunciados no nº 1 do artigo 567º do CPC
nos termos do qual, nessa situação, “consideram-se confessados os factos articulados pelo autor”.

[7] Na indicação da prova testemunhal em procedimento cautelar, deverá ser tida em conta a limitação
prevista no nº 1 do artigo 294º do CPC (5 testemunhas), aplicável por força do nº 3 do artigo 365º do CPC.
Deverá, igualmente, ser tida em conta a disposição inserta no nº 1 do artigo 498º do CPC, nos termos da
qual “as testemunhas são indicadas no rol pelos seus nomes, pro ssões e moradas”, quando estes
elementos sejam su cientes para as identi car.

[8] Impõe-se, ainda, na indicação de testemunhas ter em conta a previsão do nº 2 do artigo 507º do CPC,
cuja aplicação não se considera afastada na generalidade dos procedimentos cautelares, da qual decorre
que as testemunhas serão apresentadas pelas partes, salvo se tiver sido requerida, pela parte que as
indicou, a sua noti cação.

[9] Na xação do valor de um procedimento cautelar devem ter-se em consideração, em primeiro lugar,
as disposições insertas no artigo 304º do CPC, regulador desta matéria especí ca do valor a atribuir os
incidentes e aos procedimentos cautelares. Na falta de previsão expressa ou aplicável por analogia (como
será, evidentemente, o caso de um procedimento cautelar comum para defesa da posse mediante
providência prevista no artigo 379º do CPC) deverá recorrer-se ao critério geral de xação do valor,
enunciado no nº 1 do artigo 296º do CPC, nos termos do qual “a toda a causa deve ser atribuído um valor
certo, expresso em moeda legal, o qual representa a utilidade económica imediata do pedido”. No caso
concreto, sendo declarado que o valor da contrapartida da obrigação de abstenção pela requerida de
comportamento semelhante ao que lhe vem atribuído terá sido de 75.000,00€, este será o valor
correspondente à utilidade imediata do procedimento.

[10] Tratando-se do requerimento inicial de um procedimento judicial, considera-se ser-lhe aplicável o que
dispõe a alínea b) do artigo 552º do CPC, enunciador de requisitos da petição inicial, concretamente a
obrigação de o mandatário indicar o seu domicílio pro ssional. Tal como foi referido em nota de rodapé
dos formulários de petições iniciais, considera-se dever interpretar esta norma no sentido de serem
facultados ao tribunal (e à parte contrária) todos os elementos de contacto do referido mandatário.

Os formulários e minutas disponibilizados terão necessariamente de sofrer os ajustes e acrescentos próprios relativos a
cada caso ou situação concreta.
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