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LEGISLAÇÃO CÓDIGOS JURISPRUDÊNCIA FORMULÁRIOS EUR-LEX DICIONÁRIO FÓRUM JURÍDICO  

Requerimento de Procedimento Cautelar Especificado de Alimentos Provisórios (Artigos 384º a


387º do CPC)

REQUERIMENTO DE PROCEDIMENTO CAUTELAR ESPECIFICADO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS (ARTIGOS


384º A 387º DO CPC)

Comarca de Lisboa

Ex.mo Senhor Juiz


do

Juízo Local Cível de

LISBOA[1]

J…., viúvo, reformado, residente no Lar de Idosos …., sito em…., Évora, NIF….., vem requerer

PROCEDIMENTO CAUTELAR DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS[2]

contra

A…, casado, Economista, residente na Rua….., nº …., em Lisboa nos termos do nº 1 do artigo 384º do CPC

e pelos seguintes fundamentos:

O Requerente é pai do Requerido[3] conforme resulta de certidão de nascimento deste que se junta, e
cujo conteúdo se dá por integralmente reproduzido para todos os efeitos legais (doc. nº 1).

O requerido é fruto do casamento do Requerente com C …., cujo óbito[4] ocorreu em …., sendo este o
motivo da dissolução do casamento (doc. nº 2).

Desde o falecimento da Mãe do Requerido que o Requerente passou a viver no Lar de Idosos …..,
suportando, com a sua reforma de 750,00€ mensais, as despesas que lhe foram sendo cobradas pelo Lar,

Ainda lhe restando cerca de 150,00€ para poder efetuar pequenas compras, como alguma roupa ou
calçado ou para comprar um jornal desportivo que tanto prazer lhe dá ler.

 
/

Sucede, porém, que, em virtude de violentos cortes que viria a sofrer na sua pensão, o Requerente passou
a auferir 600€ mensais,

O que, não obstante o privar de efetuar algumas despesas com a satisfação de necessidades porventura
supér uas, ainda se ia revelando quantia su ciente para suportar a mensalidade do lar.

Tal situação, no entanto, viria a modi car-se no mês passado, quando o Requerente foi interpelado pela
Direção do Lar que, invocando cortes nos subsídios que lhe eram atribuídos pela Segurança Social, elevou
para 1.000,00€ o montante da prestar a pagar pelo Requerente para manter a sua residência no referido
Lar,

Sendo certo que o Requerente não tem qualquer outro local para onde ir.

Na sequência dessa interpelação – feita por carta cuja cópia se junta como documento nº 3 – foi dado ao
Requerente o prazo de 60 dias para começar a pagar novo montante mensal, sob pena de deixarem de
lhe ser prestados os serviços de hospedagem e assistência que lhe têm sido proporcionados.

10º

Confrontado com esta situação, o Requerente (a muito custo reconhece!) solicitou ao Requerido que o
ajudasse,

11º

“Lembrando-lhe” que estará em condições de o fazer, uma vez que é diretor de uma empresa
multinacional, auferindo ordenado mensal superior a 5.000,00€,

12º

Sendo certo, no entanto, que terá as suas despesas, uma vez que é casado (a sua mulher trabalha,
desconhecendo o Requerente qual o vencimento que aufere).

13º

E tem dois lhos menores que frequentam um bom Colégio particular, que, seguramente, será
dispendioso.

14º

Considera, no entanto, o Requerente, que o Requerido estará em condições se lhe proporcionar a quantia
mensal de que necessita – 400€ – para continuar internado no Lar,

15º

Revestindo, a necessidade do Requerente, a natureza de “alimentos” nos termos da disposição inserta no


nº 1 do artigo 2003º do C. Civil.

 
/
16º

A iniciativa do Requerente junto do seu lho não foi, no entanto, bem recebida, tendo-se este recusado a
contribuir para as necessidades do pai, negando-lhe assim, o pedido feito – o que força o Requerente a
lançar de um processo judicial.

17º

Nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 2009º do Código Civil, estão vinculadas à prestação de alimentos,
na falta de cônjuge, os descendentes,

18º

Sendo certo que o Requerido é o único lho do Requerente.

19º

A necessidade do Requerente na contribuição do Requerido é evidente e urgente, correndo o Requerente


o risco de ter de abandonar o Lar se não começar a pagar a quantia de 1.000,00€ mensais no prazo de 60
dias, que lhe foi concedido pela Instituição responsável pelo Lar.

20º

Nos termos do artigo 384º do CPC (que, nesta matéria, acompanha o disposto no nº 1 do artigo 2007º do
C. Civil) “O titular de direito a alimentos pode requerer a xação da quantia mensal que deva receber, a
título de alimentos provisórios, enquanto não houver pagamento da primeira prestação de nitiva.”

21º

Sendo os alimentos que vierem a ser previamente xados, devidos a partir do 1º dia do mês subsequente
à data da dedução do respectivo pedido, nos termos do nº 1 do artigo 386º do CPC.

22º

De acordo com o nº 1 do artigo 2004º do C. Civil “os alimentos serão proporcionados aos meios daqueles
que houver de prestá-los e à necessidade daquele que houver a recebê-los”.

23º

Resultando, do acima descrito, claramente evidenciada a necessidade do Requerente e su cientemente


elucidada a possibilidade do Requerido em os prestar.

Nestes termos deve o presente pedido ser julgado provado e procedente


sendo o Requerido condenado a pagar ao Requerente, a título de
alimentos provisórios, o montante mensal de 400,00€, o qual será devido a
partir do 1º dia do próximo mês.

Para tanto, deve ser designado dia para julgamento[5] e ordenada[6] a


citação do Requerido para aí comparecer, seguindo-se os demais termos
até nal.

TESTEMUNHAS:[7]

1) N……………………, diretor do Lar…………..

2) L……………., funcionário do Lar……………

ambos com residência pro ssional na Rua….., em Évora. /


 

JUNTA: 3 Documentos, Procuração, Documento Único de Cobrança e comprovativo do seu pagamento.

VALOR: 4.800,00 € (quatro mil e oitocentos euros)[8]

O ADVOGADO (NIF 000 000 000 – Ced. Prof. 0000)

Nome Pro ssional

Domicilio Pro ssional[9]

Telefone/Telefax

Endereço de correio eletrónico

[1] A propositura deste procedimento cautelar no Juízo local de Lisboa – e não no juízo de família e
menores ou na Conservatória do Registo Civil, como seria, à primeira vista, expectável – decorre da não
inclusão destas ações nas atribuições de competências estabelecidas pelas respectivas leis. De facto, dos
artigos 122º a 124º da Lei 62/2013 de 26 de Agosto, na redação que lhe foi dada pela Lei 40-A/2016 de 22
de Dezembro, resulta claro que aqueles juízos de família e menores se encontram vocacionadas para
dirimir as questões respeitantes a lhos ou entre cônjuges, excluindo do seu âmbito, as questões relativas
a alimentos devidos a lhos maiores, cuja competência é entregue às Conservatórias do Registo Civil pelo
Dec.-Lei n.º 272/2001 de 13 de Outubro, (pelo menos quanto à propositura, podendo a tramitação litigiosa
determinar o seu envio ao tribunal judicial competente em razão da matéria no âmbito da circunscrição a
que pertence a conservatória nos temos do artigo 8º daquele diploma). Excluídos estes, será competente
para apreciação deste pedido, formulado por um progenitor contra o seu lho, o juízo de competência
genérica ou o juízo local cível competente em razão do território, atenta a circunstância de o valor do
procedimento ser inferior a 50.000,00 €, que será, nos termos do artigo 80º, nº 1 do CPC o domicílio do
réu.

[2] Nos termos do nº 4 do artigo 376º do CPC, a este procedimento de xação de alimentos provisórios é
aplicável o regime de inversão do contencioso. Tal regime permitiria ao Requerente requerer a dispensa
de propositura da ação de que a providência estaria dependente, se o Juiz considerasse que a matéria
adquirida no procedimento lhe permitia formar convicção segura acerca da existência de direito
acautelado e a natureza da providência decretada fosse, como esta é, adequada a realizar a composição
de nitiva do litígio. De acordo com o nº 2 do artigo 369º do CPC tal dispensa pode ser requerida até ao
encerramento da audiência nal pelo que se optou por não incluir tal requerimento nesta peça. A
circunstância de, de acordo com a previsão do nº 3 do artigo 369º do CPC, o pedido de inversão do
contencioso interromper a o prazo de caducidade do direito acautelado quando este estiver sujeito a ela
pode tornar esta peça o momento indicado para apresentação deste pedido.

[3] Com a formulação da presente hipótese pretendeu-se evidenciar o conjunto de pessoas que nos
termos do artigo 2009º do Código Civil estão sujeitas à obrigação de alimentos, entre as quais se
encontram os descendentes referidos na alínea b) do nº 1 daquele preceito.

[4] Com a alegação e prova do falecimento do cônjuge o requerente está, de certo modo, a justi car a
escolha do Requerido feita em observância do que dispõe o nº 3 do artigo 2009º do Código Civil, nos
termos do qual “se algum dos vinculados não puder prestar os alimentos ou não puder saldar
integralmente a sua responsabilidade, o encargo recai sobre os onerados subsequentes”. Convém ter em
conta que o primeiro vinculado à prestação de alimentos será cônjuge ou o ex-cônjuge referido na alínea
a) daquela disposição legal.

[5] De acordo com o nº 1 do artigo 385º do CPC “recebida em juízo a petição de alimentos provisórios é
logo designado dia para o julgamento, sendo, de acordo com o nº 2 daquele preceito a contestação
apresentada na própria audiência. Curiosamente “julgamento” é o termo usado naquela disposição legal,
/
que não acolheu a expressão “audiência nal” que viria a ser consagrada, em substituição de audiência de
discussão e julgamento no CPC aprovado pela Lei 41/2013 de 26 de Junho. A circunstância de os meios de
prova do requerido serem apresentados na contestação obriga a que o requerido, quando pretenda
produzir prova por testemunhas, as apresente no dia designado para a audiência, sob pena de estas não
serem ouvidas.

[6] Nos termos da alínea b) do nº 4 do artigo 226º do CPC a citação depende de prévio despacho judicial
nos procedimentos cautelares e em todos os casos que incumba ao juiz decidir ao juiz decidir da prévia
audiência do requerido. Trata-se de uma exceção à regra da o ciosidade da citação enunciada no nº 1
daquele artigo, de acordo com o qual “incumbe à secretaria promover o ciosamente, sem necessidade de
despacho prévio, as diligências que se mostrem necessárias à efetivação da regular citação pessoal do
réu”.

[7] Na indicação da prova testemunhal em procedimento cautelar, deverá ser tida em conta a limitação
prevista no nº 1 do artigo 294º do CPC (5 testemunhas), aplicável por força do nº 3 do artigo 365º do CPC,
por sua vez aplicável a este procedimento cautelar especi cado nos termos do nº 1 do artigo 376º do CPC.
Deverá, igualmente, ser tida em conta a disposição inserta no nº 1 do artigo 498º do CPC, nos termos da
qual “as testemunhas são indicadas no rol pelos seus nomes, pro ssões e moradas”, quando estes
elementos sejam su cientes para as identi car.

[8] Nos termos da alínea) do nº 1 do artigo 304º do CPC nos procedimentos de alimentos provisórios o
respetivo valor processual é determinado pela mensalidade pedida, multiplicada por doze.

[9] Tratando-se do requerimento inicial de um procedimento judicial, considera-se ser-lhe aplicável o que
dispõe a alínea b) do artigo 552º do CPC, enunciador de requisitos da petição inicial, concretamente a
obrigação de o mandatário indicar o seu domicílio pro ssional. Tal como foi referido em nota de rodapé
dos formulários de petições iniciais considera-se dever interpretar esta norma no sentido de serem
facultados ao tribunal (e à parte contrária) todos os elementos de contacto do referido mandatário.

Os formulários e minutas disponibilizados terão necessariamente de sofrer os ajustes e acrescentos próprios relativos a
cada caso ou situação concreta.
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