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Estreia 11 jun, qui 22h10 > T2 (9 episódios)
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Estreia 5 jun, sex Estreia 27 jun, sáb > T3 (8 episódios)
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Estreia 12 jun, sex 21h30
QUIZ HBO
A 9 de setembro de 2001, Charles Ingram, então major
QUEM ESCREVERÁ A NOSSA HISTÓRIA
do Exército britânico, chegava ao fim da emissão de
Quem Quer Ser Milionário? desse dia com uma quantia FILMIN
de quatro mil libras e apenas uma das três ajudas
disponível para ser usada. Ninguém diria que, no dia Quando, em 1940, os nazis fecharam 450 mil judeus
seguinte, Ingram arrecadaria um milhão de libras, no Gueto de Varsóvia, um grupo secreto de jornalistas,
tornando-se o terceiro britânico a ganhar o prémio final. académicos e líderes da comunidade decidiu ripostar.
No entanto, a produtora do programa e as autoridades A revolta não se fez com a força das armas, mas
rapidamente se aperceberam de que Charles, a sua empunhando caneta e papel, a fim de deixar escrita, para
mulher, Diana, e o cúmplice, Tecwen Whittock, que estava a posteridade, a memória real da vida e da cultura do gueto,
sentado na plateia do programa, eram autores de um sem influência da propaganda nazi. O documentário Quem
esquema de batota que levou os três a tribunal. Numa Escreverá a Nossa História combina os escritos de arquivo
análise à cobertura feita pela Imprensa, a minissérie de Oyneg Shabes, nome de código do líder do grupo,
Quiz explora como Ingram e os cúmplices escaparam ao com novas entrevistas, imagens praticamente inéditas
assalto em televisão, até serem apanhados e julgados. e dramatizações que transportam o público para o gueto
e para as vidas do grupo de resistentes.
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Já disponível > 3 episódios X
Estreia 5 jun, sex
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Estreia 5 jun, sex > T4 (10 episódios)
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13-27 jun, sáb 21h25
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Realizado por Spike Lee, para a Netflix, Já disponível > 6 episódios
Da 5 Bloods conta a história de um grupo
de veteranos afro-americanos na Guerra
do Vietname, decididos a voltar aos campos
onde combateram para recuperar o corpo
do líder do pelotão e desenterrar um
tesouro escondido no tempo da guerra.
Paul, Otis, Eddie e Melvin deparam com
um país ainda vítima dos danos de uma
guerra imoral, sendo constantemente
confrontados com fantasmas do passado,
ao longo da demanda.
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Estreia 12 jun, sex
VIN HO S
Estufado indiano
Uma receita simples que recria a intensidade
deste país
CARIL DE GRÃO-DE-BICO, BERINGELA E MAÇÃ VERDE
INGREDIENTES PREPARAÇÃO
Para 4 pessoas Para o molho:
Molho de caril: Num robô de cozinha,
adicione todos os
• 1 chávena de café de óleo girassol
ingredientes à exceção do
• 1 cebola roxa cortada em cubos leite de coco e triture tudo
• 4 dentes de alho na velocidade máxima até
• 4 fatias finas de gengibre formar uma pasta.
(sem casca) Numa panela, coloque o
• 6 malaguetas verdes óleo e refogue a pasta até
com sementes cortadas esta libertar os aromas.
grosseiramente;
De seguida, junte o leite
• 1/2 colher de chá de cominhos de coco e envolva bem.
• 1 colher de chá de sementes Quando levantar fervura,
de coentros reduza o lume e deixe
• 200 g de coentros frescos cozinhar por mais 10
• 3 latas de leite de coco minutos.
• Sal q.b. Passe o molho por um
Para a preparação do caril: coador e reserve.
• 500 g de grão de bico Para a preparação do
(previamente cozido) caril:
• 3 tomates em cubos sem pele Coloque o preparado num
e sementes tacho e leve ao lume com
DANIEL GUERRA
CHEF KIKO
TERRAÇO EDITORIAL
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R. dos Fanqueiros, 276 > T. 91 062 7435 > ter-sáb 12h-23h
A VIDA PORTUGUESA
SER POETA É SER MAIS ALTO dizer que há todo um universo de coisas bonitas e bem
portuguesas para comprar, dos cremes Nally aos baralhos de
cartas da Litografia
Após o sucesso alcançado em maio, o escritor José Maia. S.L.F.
Luís Peixoto volta a conduzir mais três oficinas de
poesia online, em junho, julho e agosto. As próximas
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datas estão já agendadas: serão os dias 16, 18, 23, 25 de www.
junho, das 18h às 20h, na plataforma Zoom. Compostas avidaportuguesa.
por quatro sessões cada, as oficinas, organizadas pela pt
Câmara Municipal de Oeiras, estão pensadas para 20
participantes, no máximo. Um número que, diz o escritor,
“permite conhecer as pessoas, ler os seus trabalhos, dar
feedback e fazer um acompanhamento personalizado”.
E discutir o tema da poesia que é, como se sabe, “um
espaço de subjetividade, visões e perspetivas muito
grande”, explica José Luís Peixoto. S.P.
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Inscrições em www.cm-oeiras.pt > 16, 18, 23, 25 jun, ter,
qui 18h-20h > grátis
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Canal de YouTube da Etaste > até 10 ago, Campo Pequeno > Lisboa > T. 21 393 3770
seg > 6 jun, 21h30 (abertura de portas 20h30) >
€5-€10
MAUS HÁBITOS
DE VOLTA AO 4º ANDAR
No Porto, o Maus Hábitos já reabriu e fez-se valer da sua vertente de
restauração para retomar a programação. Sem festas, que se mantêm online,
há outros motivos para voltar a subir ao 4º piso mais criativo da cidade, para lá
da vista e das pizzas. Até final de junho, as terças serão dedicadas à literatura,
em Palavras à Mesa com leitura de contos por Ana Deus (Três Tristes Tigres);
as quartas, aos filmes, com o ciclo Cinema à Mesa; nas noites de quinta haverá
concertos intimistas com jantar, em Sons à Mesa (€10); e, aos sábados,
regressam, ao pátio, os Hábitos de Esplanada, com DJ sets durante a tarde.
Além de pizzas e saladas, servidas a partir do meio-dia, haverá um menu
especial de snacks, para comer à mão, e domingo será dia de brunch. S.S.O.
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R. Passos Manuel, 178, Porto > T. 22 112 4868 / 93 720 2918 > ter-sáb 12h-23h,
dom 10h-23h > reservas www.maushabitos.com
M A R AT O N A D O D E S E N H O
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Viarco – Fábrica Portuguesa de Lápis > R. Jaime Afreixo, 533, São João da Madeira > 5-7 jun, sex-dom
Coração Rebelde
Arundhati Roy
Ela escolheu
o ativismo em vez
dos festivais literários:
“O instinto levou-me
a pôr de lado Joyce
e Nabokov, a adiar
a leitura do grande
livro de Don DeLillo
e a substituí-los por
relatórios sobre
drenagem e irrigação,
por jornais e livros
e documentários
CÉU GUARDA
sobre barragens”,
conta Arundhati Roy,
contemplando as
aldeias do vale do rio
“Walk alone in an empty streets, walk alone in a silent Narmada, em 1999.
city”, ouve-se de forma quase profética em Panoptical Entre os romances
Architecture for Empty Streets in a Silent City, uma das O Deus das Pequenas
canções mais à Pop Dell’Arte de Transgressio Global, o Coisas (1997),
primeiro álbum, em dez anos, do grupo composto por João primeiro Booker Prize
Peste, Paulo Monteiro, Zé Pedro Moura e pelo novo para um autor da
baterista Ricardo Martins, cuja edição estava prevista para março, mas Índia, e O Ministério da
foi adiada devido à pandemia. Um longo processo que resultou não Felicidade Suprema
só num disco muito variado, em termos musicais e temáticos, mas Em 35 anos (2017), ela denunciou
também naquele que é o mais extenso trabalho da longa carreira de de um percurso as perseguições
35 anos dos Pop Dell’Arte. Ao todo, são mais de 80 minutos, divididos único na música à casta dos dálitas, as
por 22 faixas, que incluem a primeira versão do trabalho de outro portuguesa, batalhas ecológicas e
artista alguma vez gravada pelos Pop Dell’ Arte – do clássico El Transgressio as bombas nucleares,
Derecho de Vivir en Paz, do chileno Victor Jara. Também pela primeira Global, com opinou sobre o
vez, existem temas construídos a partir de poemas de outros autores, a marca da conflito em Caxemira
neste caso de Luís Vaz de Camões, do poeta romano Gaio Valério Sony Music, é e os atentados do
Catulo e de um autor anacreôntico, desconhecido, que João Peste apenas o quinto 11 de Setembro.
álbum dos Pop Coração Rebelde
canta no grego antigo original. A unir tudo isto há “um amplo conceito
Dell'Arte. Ainda (Asa, 368 págs.,
de transgressão”, inspirado pelas teorias do pensador francês Michel
surpreendentes €17,50) reúne seis
Foucault, sempre muito próximas do percurso e temáticas dos Pop e mais políticos ensaios numa voz que
Dell’Arte. Pelo meio, há momentos de rock and roll puro e duro, como do que nunca equilibra raiva, humor,
Freaky Dance; temas assumidamente políticos, como Sem Nome ou a consciência de ser
Anominous; de clara contestação à atual sociedade, em especial ao vista como ameaça
trabalho e às relações profissionais com “a nova classe social do “antinacional” e a
precariado”, nas palavras de João Peste; e há, até, uma canção dedicada crença de que “as
a Apolo, o que não deixa de ser curioso numa banda aparentemente revoluções podem
tão dionisíaca como os Pop Dell’Arte – ou então não, porque, afinal, começar, e muitas
sem ordem nunca poderia haveria transgressão. Miguel Judas vezes começaram,
pela leitura.” S.S.C.
Vídeos
Desde há algum tempo que a cantora
e compositora andava a ensaiar
pequenas montagens em vídeo. Ao
longo destes meses de confinamento,
aproveitou para “continuar ativa
Vontade
“Assim que e participar dessa forma em
possível, quero visitar uma programações online que começaram
velha amiga, uma jovem com a surgir”, conta. Neste momento, já
mais de 80 anos, e cozinhar-lhe anda a pensar “em vídeos e cenários
um arroz de pato” para utilizar nos concertos ao vivo”.
Palavras cruzadas
>> H O R IZONTAIS >> 1. Cordoalha que se fixa nas antenas do navio.
Mancebo na puberdade. // 2. Fratura. Vinho, como excipiente medicinal.
// 3. Cortejar a pessoa que se vai desposar. Aparelho com que se dirige
embarcação ou avião. // 4. Variedade de carbonato de cálcio, usado
especialmente para escrever no quadro preto. Pessoa ou coisa que
está próxima de quem fala. // 5. Antigo nome da nota musical dó. Fazer
barulho (reg.). Suf. de agente ou profissão. // 6. Porção de cereais que
se malham ou secam de uma vez na eira. Elemento de formação de
palavras que exprime a ideia de azedo, vinagre. // 7. Despejar. Artigo
(abrev.). // 8. Matemática (abrev.). Sugar (o leite) da mãe ou da ama.
// 9. Diz-se da lanterna que tem resguardos de lata à volta do vidro
(Alentejo). // 10. Requeri. Ordem oficial afixada em lugares públicos
ou publicada nos jornais. // 11. Casta de uva branca ou preta do Douro,
Beira e Alto Alentejo. Flanco. >> VERTICAIS >> 1. Carta geográfica
ou celeste. // 2. Audição. Indica lugar, tempo, modo, causa, fim e outras
relações (prep.). // 3. A parte oculta de qualquer coisa. Ninhada de ratos.
// 4. Comboio de alta velocidade (sigla, fr.). Medida itinerária usada na
Índia. Assumir uma expressão alegre. // 5. Mulher que cria criança alheia.
Arma branca, de lâmina curta e larga, com dois gumes. // 6. Expor
ao ar. Doçura (fig.). // 7. Sociedade Anónima (abrev.). Madeira (abrev.).
// 8. Espécie de estopa de lã ou pelo, feito por empastamento. Pousio
(reg.). // 9. Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de
nove. Espécie de manto oriental de seda com bordados a ouro.
// 10. Misericordioso. Vertigem. Prefixo indicativo de movimento,
direção, junção. // 11. Untar com óleo. Trinado, gorjeio.
Ratada. // 4. TGV, Gaz, Rir. // 5. Ama, Adaga. // 6. Arejar, Mel. // 7. SA, Mad. // 8. Feltro, Adil. // 9. Enea, Xamata. // 10. Bom, Oira, Ad. // 11. Olear, Trilo.
// 8. Mat, Mamar. // 9. Aramada. // 10. Pedi, Edital. // 11. Amaral, Lado. > > V E RT I CA I S > > 1. Sangue, Mapa. // 2. Oitiva, Em. // 3. Raiz,
> > H O R I ZO N TA I S > > 1. Sarta, Efebo. // 2. Agma, Enol. // 3. Noivar, Leme. // 4. Giz, Esta. // 5. Ut, Gajar, Or. // 6. Eirada, Oxi. // 7. Vazar, Art.
AXIS HOTEL
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Manuel Barros Moura (Radar) e Pedro Dias de Almeida (Cultura)
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Colunistas: António Pires de Lima, Capicua, Gonçalo Cadilhe, Isabel Moreira, do Monte Branco (Vinhos Rafeiro Alentejano)
José Eduardo Martins, José Manuel Pureza, Miguel Araújo, Pedro Norton,
Ricardo Araújo Pereira e Rita Rato
e calçado Seaside, estão de acordo para um
Colaboradores Texto: Manuel Gonçalves da Silva, Manuel Halpern, Miguel Judas brinde a novos tempos, sob o mote “Cada
Ilustração: João Fazenda (Boca do Inferno) e Susa Monteiro Copo é um Lugar por Conhecer”.
Centro de Documentação: Gesco
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Prefixação política
POR RICARDO ARAÚJO PEREIRA
O
s prefixos mudam as palavras de uma
forma tão decisiva que, muitas vezes,
esquecemos o termo original. Verifica-se
que temos mais necessidade da pala-
vra modificada e deixamos de dar uso
àquela a que acrescentámos o prefixo. Por
exemplo, é muito frequente dizermos que
determinada pessoa é impecável. No en-
tanto, são bastante raras as referências a
sujeitos pecáveis. Não por falta de sujeitos
pecáveis, que continuam a abundar, mas porque,
para esses, reservamos vocábulos mais fortes. Como,
por exemplo, inqualificável. Por contraponto às pes-
soas qualificáveis, das quais também não se costuma
ouvir falar.
Quando foi anunciado que António Costa tinha
convidado uma pessoa para intermediar as nego-
ciações entre os ministros, a oposição e os parcei-
ros sociais, levantou-se um problema de prefixação
política. Tratava-se, claramente, de um “paraminis-
tro”, estatuto que a oposição considerou inadmis-
sível. Tanto a oposição de hoje como a oposição de
2012, altura em que António Costa criticou Passos
Coelho por, na prática, fazer de António Borges um
“paraministro”. E o único crítico de António Cos-
ta com poder suficiente para atingir politicamente
António Costa é António Costa. De facto, o António
Costa de 2012 crítico de “paraministros” apareceu
nesta história como um “paraantóniocosta”, o que foi
nocivo para António Costa. Ficou claro, então, que o
homem convidado pelo primeiro-ministro teria de
desempenhar funções abaixo das de um “paraminis-
tro”. Talvez “paraparaministro” fosse uma designa-
ção possível, mas ainda assim um pouco delicada, e
portanto optou-se por “conselheiro”. Sucede que a
imprensa, avaliando a tarefa do conselheiro, consi-
derou que a qualificação mais apropriada seria a de
“superconsultor”. Portanto, coloca-se nova dúvida:
quantos degraus abaixo de “paraministro” estará O único crítico de António
um “superconsultor”? Correndo embora em pistas
semânticas paralelas, não estará o “superconsultor” Costa com poder suficiente
exactamente ao mesmo nível do “paraministro”? Vá- para atingir politicamente
rios comentadores políticos tentam agora fazer essa António Costa é António Costa.
ILUSTRAÇÃO: JOÃO FAZENDA
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