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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE ESTRUTURA DA MATÉRIA 2

ABSORÇÃO DE RADIAÇÃO β

São Cristóvão
2018
JONATHAN UENDLER OLIVEIRA CRUZ
JUERLANE DE LIMA SOARES
LAYRA SOUZA DE OLIVEIRA
RENATHA DIAS DANTAS

ABSORÇÃO DE RADIAÇÃO β

Relatório apresentado ao professor Frederico


Guilherme Cunha como avaliação na disciplina de
Laboratório de Estrutura da Matéria 2.

São Cristóvão
2018
Sumário

1. Introdução.................................................................................................................. 4
2 Objetivos ........................................................................................................................ 6
3. Materiais e Métodos ..................................................................................................... 6
3.1 Materiais ........................................................................................................... 6

3.2 Métodos ............................................................................................................ 6

4. Discussão ...................................................................................................................... 8
5. Conclusão .................................................................................................................. 15
6. Referências Bibliográficas......................................................................................... 15
1. Introdução
Radiação é uma propagação de energia, através do espaço, partindo de uma
fonte emitindo em todas as direções. São produzidas por processos de ajustes que
ocorrem no núcleo, nas camadas eletrônicas, pela interação de outras radiações,
partículas com o núcleo ou com o átomo. É comprovado a sua existência, porém as
radiações são invisíveis aos olhos humanos e dentre elas se encontram a alfa, beta e a
gama. Em muitos elementos da tabela periódica o número de prótons é diferente do de
nêutrons. Muitos núcleos atômicos são radioativos. Isto significa que eles decaem
espontaneamente, ou seja, um núcleo de um dado número atômico Z (o número de
prótons no núcleo) e número de massa M (número de prótons somado ao número de
nêutrons) se transforma em um novo núcleo com um número atômico Z’ ou um novo
número de massa M’, ou ambos.

Radiação alfa (α)


Essa radiação possui carga positiva, é constituída por 2 prótons e 2 nêutrons, a
barreira que não permite sua penetração é a folha de papel alumínio. A radiação alfa
possui uma massa e carga elétrica relativamente maior que as demais radiações, além de
ser muito energética. São núcleos do átomo de Hélio (4 2He).

Radiação Beta (β)


A radiação beta é a que possui carga negativa, por isso se assemelha aos
elétrons. Os raios beta são mais penetrantes e menos energéticos que as partículas alfa,
conseguem atravessar o papel alumínio, mas são facilmente barrados por pedaços de
madeira. As partículas β são: elétrons (e −) ou pósitrons (e +).

Radiação Gama (γ)


A Radiação gama não é muito energética, mas é extremamente penetrante,
podendo atravessar o corpo humano, é detida somente por uma parede grossa de
concreto ou por algum tipo de metal. Por tais características, essa radiação é nociva à
saúde humana, ela pode causar má formação nas células. As partículas γ são fótons de
alta energia.
Após o decaimento nuclear (emissão das partículas α ou β), o núcleo do
elemento resultante pode ter quantidades adicionais de energia, que é liberada pelo
núcleo em forma de raios.

Figura 1: Emissão de radiação em diferentes materiais

É sabido que em um exato instante de tempo o decaimento de um núcleo não


pode ser observado, pois trata-se de um evento aleatório, porém quando observamos um
número muito grande de eventos, por exemplo, N eventos, a variação de decaimento em
um instante muito pequeno de tempo pode ser escrito como:
t
N   N
 (1)
Onde τ é o tempo de vida média do decaimento do núcleo.
Se considerarmos que no intante t = 0 a quantidade de nucleos é N0, logo em um
instante t qualquer, o número de núcleos será:

N  N0et / (2)

Assim podemos determinar a taxa com que os núcleos decaem, sendo então:

R   0  et 
N
(3)
  

Quando a vida média é significativamente longa comparada com o tempo da


realização do experimento a taxa de decaimento R do núcleo fica constante. A
atenuação da radiação beta é caracterizada pela lei do inverso do quadrado, onde esta é
de grande valia para os conhecimentos na Física. Quando uma fonte pontual e uniforme
se propaga em grande quantidade por todo o espaço de forma radial, as grandezas como
força e energia são conservadas.
A intensidade com que a fonte se propaga no espaço é definida como sendo a
Potência por unidade de área dada por:

P
I (4)
4 r 2

Ou seja, a intensidade diminui com o inverso do quadrado 1/r 2.

2 Objetivos
Estudar o efeito da radiação ionizante do núcleo de 90Sr que emite radiação Beta,
para compreender como a radiação é absorvida em diferentes materiais.
Verificar a lei do Inverso Quadrado.

3. Materiais e Métodos

3.1 Materiais
 Detector da radiação Aware integrado ao computador;
 Fonte radioativa de 90Sr;
 Paquímetro;
 Placas absorvedoras de compensado, alumínio, fenolite, aço e papelão.

3.2 Métodos
O experimento foi realizado em três etapas:
 Primeira Etapa: Determinação da Radiação de fundo
Alinhamos a fonte e o detector, a uma distância de 0 cm, abrimos o software
Aware e realizamos 10 contagens da radiação de fundo. A partir desses dados
foram calculados a média, o desvio padrão e a incerteza das medidas.

 Segunda Etapa: Atenuação da radiação por diversos materiais


Posicionamos a placa de alumínio entre a fonte e o detector, a cada 10
contagens eram adicionadas uma placa e esperado 1 minuto para que o detector
não captasse contagens incertas, repetindo esse processo até chegar a 5 placas de
alumínio. O procedimento foi repetido para as placas de compensado, fenolite,
aço e papelão. A partir desses dados foram calculados a média, o desvio padrão
e a incerteza das medidas.

 Terceira Etapa: Verificação da Lei do Inverso Quadrado


Nessa etapa alinhamos a fonte e o detector, ajustando na régua uma
distância de 0 cm e a partir disso fizemos 10 contagens da radiação ambiente.
Aumentamos gradativamente a distância em 1 cm até chegar em 10 cm, com 10
contagens para cada. A partir desses dados foram calculados a média, o desvio
padrão e a incerteza das medidas.
4. Discussão

4.1 Parte 1
Para realizar a medição da radiação de fundo, foi necessário isolar uma fonte
radioativa e assim medir a radiação proveniente do ambiente, para isso foram feitas 10
contagens através do software Aware. A Tabela 1 contém esses valores e sua respectiva
média, desvio padrão e incerteza.
A média é calculada por:
∑𝑛𝑖 𝑥𝑖
𝑥𝑚 =
𝑛
O desvio padrão:

𝑛
(𝑥𝑖 − 𝑥𝑚 )2
𝜎 = √∑
𝑛−1
𝑖=1

A incerteza:
𝜎
𝜎𝐴 =
√𝑛

Tabela 1: Radiação de fundo


Desvio Incerteza
Radiação de Fundo Média
Padrão
11 23 46 23 11 34 23 23 11 46 25,1 13,1947 4,1725

4.2 Parte 2
Através dos dados coletados da interação radiação beta com diferentes materiais
(compensado, alumínio, fenolite, aço e papelão), foram realizadas 10 contagens para
cada material e assim calculadas suas respectivas médias, desvio padrão e incerteza,
variando a sua espessura de acordo com o material.
Tabela 2:Radiação beta no Compensado
Espessura Desvio Incerte
(cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média
Padrão za
0,22 9,337 9,954 10,217 9,554 9,543 9,794 9,966 9,36 10,08 9,954 9,7759 0,3084 0,0975
0,46 9,52 9,531 9,12 9,303 9,646 9,977 10,149 9,417 9,234 9,577 9,5474 0,3189 0,1009
0,7 1,600 1,646 1,68 1,623 1,886 1,829 1,829 1,577 1,943 1,760 1,7373 0,1295 0,0409
0,93 0,160 0,114 0,091 0,126 0,103 0,114 0,114 0,137 0,149 0,194 0,1302 0,0306 0,0097
1,18 0,034 0,046 0,034 0,046 0,069 0,023 0,023 0,046 0,080 0,034 0,0435 0,0186 0,0059
1,42 0,046 0,023 0,034 0,023 0,011 0,034 0,046 0,046 0,023 0,046 0,0332 0,0127 0,0040

Tabela 3: Radiação beta no Alumínio


Espessu Desvio Incerte
ra (cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média
Padrão za
0,056 9,954 10,526 11,029 10,126 10,080 11,040 10,274 10,263 10,034 10,137 10,3463 0,3953 0,1250
0,112 2,274 2,194 2,023 2,126 2,183 2,183 2,126 1,874 2,457 2,034 2,1474 0,1566 0,0495
0,163 0,674 0,720 0,834 0,709 0,697 0,663 0,800 0,743 0,651 0,549 0,704 0,0798 0,0252
0,216 0,286 0,217 0,229 0,251 0,274 0,183 0,171 0,194 0,274 0,183 0,2262 0,0430 0,0136
0,269 0,069 0,091 0,114 0,069 0,069 0,069 0,091 0,08 0,034 0,023 0,0709 0,0267 0,0084

Tabela 4: Radiação beta no Fenolite


Espessura Desvio
(cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média
Padrão
Incerteza

0,11 5,257 5,211 5,051 4,960 5,029 4,537 5,474 5,131 4,743 5,211 5,0604 0,2679 0,0847
0,25 0,617 0,674 0,731 0,800 0,766 0,869 0,823 0,697 0,754 0,720 0,7451 0,0742 0,0234
0,45 0,149 0,16 0,183 0,160 0,149 0,183 0,183 0,171 0,171 0,171 0,168 0,0131 0,0042
0,69 0,034 0,046 0,034 0,034 0,057 0,046 0,023 0,023 0,023 0,046 0,0366 0,0118 0,0037

Tabela 5: Radiação beta no Aço


Espessura Desvio
(cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média
Padrão
Incerteza
0,058 0,994 0,926 0,880 0,994 0,766 0,891 0,891 0,949 0,891 0,880 0,9062 0,0661 0,0209
0,114 0,046 0,046 0,034 0,023 0,046 0,046 0,046 0,057 0,023 0,023 0,039 0,0123 0,0038
0,172 0,023 0,011 0,023 0,023 0,011 0,034 0,023 0,069 0 0,034 0,0251 0,0187 0,0059
0227 0,034 0,023 0,034 0,023 0,011 0,034 0,023 0,034 0,011 0,023 0,025 0,0090 0,0028

Tabela 6: Radiação beta no Papelão


Espessu Desvio Incerte
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média
ra (cm) Padrão za
0,16 13,451 13,383 12,754 13,257 13,531 13,771 13,451 13,589 13,074 13,246 13,3507 0,2866 0,0906
0,342 9,143 8,926 8,926 8,789 8,549 8,617 8,411 9,360 9,006 8,526 8,8253 0,3022 0,0956
0,522 5,314 5,337 5,543 5,349 5,303 5,566 5,211 5,829 5,726 4,743 5,3921 0,3034 0,0959
Através dessas tabelas, foram construídos gráficos a partir do logaritmo do n° de
decaimentos em função da espessura dos materiais (compensado, alumínio, fenolite, aço
e papelão), com o objetivo de obter os coeficientes de atenuação linear desses materiais.

Gráfico 1: Logaritmo do n° de decaimentos em função da espessura para o Compensado

Gráfico 2: Logaritmo do n° de decaimentos em função da espessura para o Alumínio


Gráfico 3: Logaritmo do n° de decaimentos em função da espessura para o Fenolite

Gráfico 4: Logaritmo do n° de decaimentos em função da espessura para o Aço


Gráfico 5: Logaritmo do n° de decaimentos em função da espessura para o Papelão

Através dos Gráfico 1 a 5 e das equações abaixo, podemos encontrar os coeficientes


de atenuação λ e absorbância µ.
−𝑡
𝑁 = 𝑁0 𝑒 λ
∆𝑡
∆𝑁 = −𝑁𝑒 λ
−𝑡
ln(𝑁) = ln(𝑁0 ) +
λ

Assim,
Tabela 8:Coeficientes de atenuação e absorbância de cada material
Material µ (cm) λ (cm-1)
Compensado 0,3636 2,7504
Alumínio 0,0446 22,3971
Fenolite 0,1216 8,2255
Aço 0,0715 13,9910
Papelão 0,3993 2,5043
4.3 Parte 3

Para comprovar a lei do inverso quadrado foi coletado 10 valores para a


interação da radiação beta, aumentando a distância em relação ao detector, assim foram
obtidos os dados da tabela abaixo.

Tabela 9: Radiação beta em relação à distância

Distância Desvio
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média Incerteza
(cm) Padrão

0 9,566 8,686 9,086 8,343 0,848 0,904 9,074 8,663 8,914 9,257 7,3341 3,4205 1,0817

1 6,023 6,937 6,617 6,823 0,624 6,709 6,377 6,754 6,137 6,286 5,9287 1,8886 0,5972
2 0,456 4,375 4,652 4,331 5,029 4,629 4,423 4,423 4,823 4,447 4,1588 1,3196 0,4173
3 3,611 3,234 3,451 3,326 3,783 0,336 3,429 3,463 3,074 3,314 3,1021 0,9914 0,3135
4 2,709 0,288 2,869 2,629 0,272 2,663 2,629 2,766 2,914 2,617 2,2356 1,0357 0,3275
5 2,091 0,232 0,203 2,377 0,224 2,137 2,069 0,224 2,229 2,274 1,406 1,0239 0,3238
6 1,874 0,184 1,429 1,806 1,737 1,771 1,646 0,192 1,989 2,069 1,4697 0,6981 0,2208
7 1,623 1,589 1,474 1,566 1,383 1,646 1,794 1,497 1,531 1,509 1,5612 0,1121 0,0355
8 1,371 1,383 1,337 1,143 1,326 1,349 0,152 1,017 1,429 1,257 1,1764 0,3808 0,1204
9 1,303 1,177 1,051 1,097 0,971 1,074 0,88 1,017 1,097 1,154 1,0821 0,1164 0,0368
10 0,971 0,891 0,857 0,926 1,04 1,029 0,949 1,063 1,131 0,949 0,9806 0,0841 0,0266

Gráfico 6: Logaritmo do n° de decaimentos em função do logaritmo da distância

De acordo com a Lei do inverso quadrado, o valor do coeficiente angular deve


aproximar-se de (-2), o que por sua vez comprova a validade dessa lei.

Coeficiente angular: -0,8172 +/- 0,0566


Através desses dados, pode-se observar que o valor não ficou próximo do
esperado tendo um erro percentual de 59,14%.

4.4 QUESTÃO

1. Como esta radiação é absorvida (ou espalhada)?

As partículas beta são atenuadas exponencialmente na maior parte de seu


alcance num meio material, e o coeficiente de atenuação apresenta uma dependência
com a energia máxima do espectro beta. A atenuação exponencial é o resultado de uma
complexa combinação do espectro contínuo em energia da radiação beta, com a
atenuação isolada de cada elétron. A determinação da atenuação da radiação beta por
um absorvedor conhecido serve como modo preliminar de determinação de sua energia
máxima.

Algumas vezes é definido um coeficiente de absorção η dado por:

onde I0 é a taxa de contagem sem o absorvedor, I é a taxa de contagem com o


absorvedor e x é a espessura do absorvedor (em g/cm2 ).

Figura 2: Atenuação de partículas beta no alumínio, no cobre e na prata.


5. Conclusões
Através desse experimento ficou evidente que a atenuação da radiação ocorre
exponencialmente em função da espessura do material absorvedor (compensado,
alumínio, fenolite, aço e papelão), ou seja, quanto maior a espessura do material menor
é a contagem da radiação.
Dos materiais analisados, o alumínio foi o material que demonstrou ser o melhor
absorvedor de radiação beta (β), já materiais como compensado, fenolite e papelão
mostraram pequena atenuação.
Através do comportamento do gráfico 6 pode-se observar que o coeficiente
angular se distanciou um pouco do que era esperado, tendo um erro percentual de
59,14%.

6. Referências Bibliográficas
Frederico Guilherme Cunha, Apostila de laboratório Estrutura da Matéria D, Absorção
de Radiação β, DFI-UFS, 2007.
http://alunosonline.uol.com.br/quimica/radiacoes-alfa-beta-gama.html
http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/Laboratorio_de_Mecanica_Q
uantica_e_de_Fisica_Nuclear_Aula_4.pdf

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