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Anais
Goiânia,
03 de janeiro de 2018
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada à fonte
ISBN 978-85-495-0188-2
CDU: 02
A revisão gramatical e as ideias expressas e/ou defendidas são de inteira responsabilidade dos autores.
SOBRE O XL ENEBD
GT 1 - ............................................................................................................................................................. 7
ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO DA HEMEROTECA DO CCJ: a questão da acessibilidade e a
preservação documental ........................................................................................................................... 8
A ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO EM BIBLIOTECAS PARA DEFICIENTES VISUAIS DO
DISTRITO FEDERAL: análise da biblioteca Braille Dorina Nowill ...................................................... 21
PANORAMA SOBRE PRÁTICAS INFORMACIONAIS: sob a perspectiva da Competência em
Informação na inclusão social ................................................................................................................ 36
GT 2. ............................................................................................................................................................. 49
AUDIOLIVRO E A HISTÓRIA DO LIVRO E DA LEITURA.............................................................. 50
A BIBLIOTECA E O LIVRO NA ERA DIGITAL ................................................................................ 61
DISPONIBILIZAÇÃO DE DOCUMENTOS EM FORMATO ELETRÔNICO E DIGITAL NO
BRASIL: Aspectos práticos e legais na gestão da informação ................................................................ 76
O USO SUBJETIVO DA FOLKSONOMIA NO AMBIENTE TECNOLÓGICO: TAGS, USUÁRIOS E
SEUS CONCEITOS .............................................................................................................................. 94
OS BENEFÍCIOS DO USO DE ONTOLOGIAS PELA WEB SEMÂNTICA ..................................... 109
GT 3. ........................................................................................................................................................... 119
A INFLUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES DAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS NA
CONSTRUÇÃO DO RESPEITO À DIVERSIDADE .......................................................................... 120
A INTEGRALIZAÇÃO DA DISCIPLINA DE LIBRAS NOS CURSOS DE BIBLIOTECONOMIA
PELO BRASIL .................................................................................................................................... 135
A LITERATURA LGBT E O PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO COMO MEDIADOR-EDUCADOR .... 151
ACESSO A INFORMAÇÃO PARA DEFICIENTES VISUAIS: um processo de inclusão social. ....... 165
A LICENCIATURA EM BIBLIOTECONOMIA E A ANÁLISE DE SUA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
............................................................................................................................................................ 176
DEIXA ESSE POVO SOFRIDO MOSTRAR SEU VALOR: memória, samba e oralidade a partir do
repertório de Jovelina Pérola Negra ..................................................................................................... 190
INCLUSÃO SOCIAL, DEFICIÊNCIA E BIBLIOTECAS PÚBLICAS: uma análise a partir de políticas
públicas e do Manifesto da IFLA ......................................................................................................... 203
LEITURA TERAPÊUTICA: A BIBLIOTERAPIA SOB O OLHAR DO BIBLIOTECÁRIO .............. 218
MEDIAÇÃO DA LITERATURA INFANTIL E CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA: A IMPORTÂNCIA
DE PROTAGONISTAS NEGROS NO CONTEXTO BRASILEIRO .................................................. 230
O DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR NA PERSPECTIVA DAS
TEORIAS CRÍTICAS E PÓS-CRÍTICAS DO CURRÍCULO.............................................................. 245
RESUMO
No presente artigo, buscou-se analisar os aspectos internos da Hemeroteca do Centro de
Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco por meio de análise SWOT
dessa unidade. Por meio do método exploratório e descritivo, a pesquisa possibilitou a
identificação das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, assim como foi possível
encontrar possíveis soluções para as principais problemáticas que envolvem a
Hemeroteca. O estudo de caso revelou duas fraquezas consideradas de primeira ordem.
A primeira diz respeito ao mau acondicionamento do acervo, que ocasionou grandes
prejuízos e perdas à coleção de Jornais raros de Pernambuco datados do século XIX e
XX. Tais perdas foram ocasionadas principalmente por ataque de agentes biológicos e
físicos de deterioração, além das sujidades e estado precário do ambiente em que se
encontravam. A segunda diz respeito a inefetividade da acessibilidade interna do edifício.
A principal contribuição do estudo reside na solução desses problemas ao indicar os
passos necessários para o acondicionamento adequado e proteção dos documentos contra
os agentes de deterioração físicos, químicos e biológicos que podem atacar os periódicos
da Hemeroteca, assim como indicar as possíveis soluções para a otimização do acesso à
Hemeroteca para as pessoas com necessidades especiais.
ABSTRACT
1
¹Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: kzlfeitosa@gmail.com
²
Acadêmico do curso Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: pv_crispim@hotmail.com
³
Docente do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: salcedo.da@gmail.com
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da Informação – ENEBD 2017
In this article, we sought to analyze the internal aspects of the Hemeroteca of the Center
of Law Sciences of the Federal University of Pernambuco through SWOT analysis of the
unit. Through the exploratory and descriptive method the research made it possible to
identify the strengths, weaknesses, threats and opportunities, as well as possible solutions
to the main problems that involve the unit. The case study revealed two weaknesses
considered to be of the first order. The first one concerns the bad packaging of the
collection, which caused great damagess and losses to the collection of rare newspapers
of Pernambuco dating from the 19th and 20th centuries. These losses were mainly caused
by the attack of biological and physical agents of deterioration, besides the soils and
precarious state of the environment in which they were. The second one concerns the
ineffectiveness of the building's internal accessibility. The main contribution of the study
is to solve these problems by indicating the necessary steps for the adequate packaging
and protection of the documents against the physical, chemical and biological
deterioration agents that can attack the journals of the Library, as well as to indicate the
possible solutions for the optimization of the access to the Library for people with special
needs.
1 INTRODUÇÃO
Uma unidade informacional é caracterizada por ser uma entidade que trata, coleta,
organiza e disponibiliza para os usuários as informações em potencial existentes em seu
acervo. O desenvolvimento da análise interna de uma unidade implica diretamente na
otimização dos serviços prestados aos usuários. Este trabalho possibilita uma melhor
compreensão dos problemas, servindo de base para a possibilidade de tornar o ambiente
um espaço positivamente potencializado para seu público.
A pesquisa que trata este artigo fez uma análise do ambiente interno da
Hemeroteca vinculada à Biblioteca do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade
Federal de Pernambuco (CCJ), uma unidade de informação singular, que possui
interessantes particularidades. Como objetivo geral a pesquisa buscou apresentar os dados
obtidos por meio da análise SWOT, feita na Hemeroteca do CCJ, com enfoque nos
problemas considerados de primeira ordem pelos avaliadores, que tomaram por base os
critérios apontados pela literatura.
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Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
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Para alcançar esse objetivo, foram realizadas quatro ações específicas, a saber: 1)
Revisar os conceitos de gestão, planejamento estratégico e análise SWOT na literatura
científica nas áreas de Ciência da Informação e Administração; 2) Visitar a unidade
informacional para entrevista com a gestora; 3) Analisar os pontos fortes e fracos da
organização e as oportunidades e ameaças às quais ela está exposta; e 4) formular a análise
SWOT.
As metodologias utilizadas, conforme o objetivo do estudo, foram a exploratória
e a descritiva. Desde a perspectiva dos procedimentos a pesquisa foi bibliográfica e
documental em conformidade com a indicação de Gil (2007). Assim, a revisão da
literatura especializada foi feita, principalmente, em livros e artigos científicos. Para
recuperar essa literatura foi utilizada a Base de Dados Referenciais de Artigos de
Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI) e a base de revistas científicas brasileira
Scientific Electronic Library Online (SciELO).
A Hemeroteca do CCJ, localizada na cidade do Recife, Estado de Pernambuco,
foi o estudo de caso da pesquisa. Uma visita técnica proporcionou o contato direto com o
ambiente e também com a gestora, possibilitando o embasamento para construção da
análise SWOT. Também foi feito um estudo aprofundado sobre quais são as
características de uma hemeroteca e sua relação com os potenciais serviços de informação
e a demanda por um planejamento estratégico.
2 A HEMEROTECA
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ambiente.” Neste sentido, o planejamento estratégico completo requer muito mais esforço
e dedicação do que normalmente se imagina, mas se feito com qualidade, formarão o
caminho para alcançar as metas da unidade.
Desta forma, uma análise SWOT é uma ferramenta utilizada, sob a perspectiva da
administração, para fazer a análise do ambiente interno e serve como informação de
tomada Esta ferramenta pode ser utilizada para qualquer tipo de análise de situação. A
técnica de análise SWOT foi elaborada pelo norte-americano Albert Humphrey, durante
o desenvolvimento de um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford entre as
décadas de 1960 e 1970 (RODRIGUES et al., 2005).
O termo SWOT diz respeito a sigla das
palavras Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats, que significam
respectivamente forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Essas quatro dimensões
possuem particularidades distintas, como bem apontam Chiavenato e Sapiro (2003), a
saber: a) As forças são as vantagens internas da empresa em relação às concorrentes, como
por exemplo a qualidade do produto oferecido e bom serviço prestado ao cliente; b) As
fraquezas são as desvantagens internas da empresa em relação às concorrentes. Alguns
exemplos são os altos custos de produção, má imagem, instalações desadequadas etc; c)
as oportunidades são aspectos externos positivos que podem potencializar a vantagem
competitiva da empresa, assim como: mudanças nos gostos dos clientes, falência de
empresa concorrente etc; e d) as ameaças são aspectos externos negativos que podem por
em risco a vantagem competitiva da empresa. Ex.: novos competidores, perda de
trabalhadores fundamentais, etc.
A aplicação da análise Swot na Hemeroteca trouxe à tona os grandes problemas
que a unidade enfrenta e também com quais vantagens internas e externas a mesma pode
contar. Os dados obtidos na análise podem ser observados no quadro a seguir:
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Fonte: os autores
Após o levantamento de dados, o foco do estudo foi voltado para os problemas
considerados de primeira ordem, que tratam da inefetividade da acessibilidade ao prédio
da Hemeroteca e do estado muito precário de conservação de jornais raros,
acondicionados no depósito da Hemeroteca do CCJ, e que não foram contemplados no
projeto de resgate documental de 2009 (figura 1).
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encontram os documentos, ou seja, o controle dos agentes físicos (luz, temperatura e U.R)
junto com a higienização regular do ambiente, também resolvem este problema.
5 A QUESTÃO DA ACESSIBILIDADE
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As portas de acesso e corredores do prédio são largos e existe uma rampa de acesso
na entrada, o que facilita a locomoção, todavia a área de circulação e algumas seções da
unidade informacional possuem degraus, o que inviabiliza a entrada de pessoas com
mobilidade reduzida. Atualmente a parte superior do prédio não está ativa, de forma que
suas atividades são feitas no térreo. Caso se faça necessário o uso das instalações do
primeiro andar, esse fluxo também terá um caráter restritivo, visto que o elevador
existente no prédio não está funcionando. Além disso, é inexistente a sinalização tátil no
chão, degraus e corrimão, para deficientes visuais.
Diante de todas as limitações visualizadas no edifício e tendo em vista que a solução
de todos os problemas levantados requer um planejamento e investimento à longo prazo,
é salutar sugerir a elaboração de uma política interna que leve em consideração à
acessibilidade em todos os ambientes e serviços, de forma que existam materiais e
equipamentos adequados e apoio técnico profissional, de acordo com as especificidades
de cada pessoa com deficiência, conforme indica a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência. A própria Lei indica no seu artigo 57, especificamente, que as
edificações públicas e privadas de uso coletivo, que existem nos dias atuais, devem
garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas dependências e serviços,
tendo como referência as normas de acessibilidade vigentes, ou seja, deve haver uma
readequação de todo o ambiente.
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6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
RODRIGUES, Jorge Nascimento; et al. 50 Gurus Para o Século XXI. 1. ed. Lisboa:
Centro Atlântico.PT, 2005.
SPINELLI, Jayme; BRANDÃO, Emiliana; FRANÇA, Camila. Manual técnico de
preservação e conservação documento extrajudiciais CNJ. Rio de Janeiro: Biblioteca
Nacional, 2011.
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RESUMO
As bibliotecas públicas têm como uma de suas funções serem agentes sociais e culturais
no contexto de determinada comunidade, sendo necessário observar as particularidades
de cada grupo, conforme o tipo de material bibliográfico e/ou as características especiais
de seus usuários, como os deficientes visuais, que são abarcados pelas bibliotecas
especiais. O profissional que atua nesse tipo de unidade informacional é responsável pelo
intermédio e acesso da informação, permitindo que seus usuários possam aproveitar desse
acesso. Com base no estudo de caso, de caráter cross sectional, na literatura sobre o
assunto, analisando autores como: Lemos, Figueiredo, Cunha, Silva, entre outros e por
meio de entrevista com a coordenadora da Biblioteca Braille Dorina Nowill no Distrito
Federal buscando averiguar os serviços disponibilizados, investigando se os materiais
oferecidos condizem com os materiais básicos que devem conter em uma biblioteca para
deficientes visuais e se esta atinge muitos deficientes visuais, visando apurar se a
biblioteca cumpre seu papel social. Apesar de a biblioteca apresentar pontos
desfavoráveis, como a falta de estrutura física e a ausência de bibliotecários, a mesma
disponibiliza funcionários qualificados e prestativos, além de oferecer uma quantidade
considerável de materiais e suportes informacionais, dado que a demanda não é
abundante, promovendo ainda a inclusão por meio de eventos culturais. Diante disso,
considera-se que as necessidades informacionais dos usuários são atendidas.
2
Acadêmica do curso de Biblioteconomia (Universidade de Brasília - UnB). E-mail:
gislenelopes15@gmail.com
3
Acadêmica do curso de Biblioteconomia (Universidade de Brasília - UnB). E-mail:
thays.barbosa1@gmail.com
4
Acadêmica do curso de Biblioteconomia (Universidade de Brasília - UnB). E-mail: erika-
tinoco@outlook.com
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ABSTRACT
The Public libraries have as one of their functions to be social and cultural agent in the
context of a Community, being necessary to observe the particularities of each group,
according to the type of bibliographic material, and the special characteristics of theirs
users, such as the visually impaired, covered by special libraries. The professional that
work in this type of informational unit is responsible for the mediation and access of the
information, allowing to the users to take advantage of this access. Based on a cross
sectional, study case, present in the literature, analyzing authors as: Lemos, Figueiredo,
Cunha, Silva, among others and through interviews with the Biblioteca Braille Dorina
Nowill Coordinator, in the Distrito Federal, was sought ascertain the services provided
by investigating whether the materials offered match the basic materials that should be
contained in a library for the visually impaired and if it affects many visually impaired,
in order to determine if the library fulfills his social role. Although the library present
unfavorable points, such as the lack of physical structure and the absence of librarians. It
provides qualified and helpful Employees, as well as offers a considerable amount of
materials and informational supports, given that the demand is not abundant, also
promoting the inclusion through cultural events. Therefore, is considered that the
information needs of the users are met.
1 INTRODUÇÃO
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A demanda de deficientes no Brasil é uma realidade que não pode ser ignorada no
momento de promover o acesso à informação, estima-se que no Brasil, segundo dados do
IBGE, obtidos no site da EBC, cerca de 6,2% da população possui algum tipo de
deficiência, sendo que dentre essas pessoas, 3,6% são de deficientes visuais. A deficiência
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4 A BIBLIOTECA
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Livro do Cego no Brasil em São Paulo, hoje Fundação Dorina Nowill. Ainda segundo a
autora a principal finalidade da biblioteca braille é o fomento de questões como “inclusão,
educação, socialização de pessoas com deficiência visual por meio de um espaço
público”, que ofereça serviços de ordem social como oficinas de música, artesanato,
alfabetização em braille e acesso aos materiais bibliográficos, pesquisa, uso no local e
empréstimo domiciliar.
Tendo como arcabouço a dissertação da mesma autora, são elencadas algumas das
atividades presentes na Biblioteca Braille Dorina Nowill que promovem o processo de
inclusão:
● Atividades relacionadas à área de biblioteconomia e a leitura: Projeto Luz &
Autor em Braille, Revelando Autores em Braille e a alfabetização em Braille, estante de
Escritores Brasilienses, Telecentro adaptado às pessoas com deficiência visual, dentre
outras.
● Atividades relacionadas à promoção da biblioteca: Biblioteca Itinerante, Oficina
Musical e Poética, Recitais Lítero-musicais.
● Atividades relacionadas a práticas sociais: Solidários da Visão, Acessibilidade e
Turismo, Voluntariado em Ação, Capoterapia e/ou dançaterapia
4.1.1 Metodologia
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bibliográfica, é sempre realizada, segundo Lima e Mioto (2007, p. 44) para “[...]
fundamentar teoricamente o objeto de estudo, contribuindo com elementos que subsidiam
a análise futura dos dados obtidos.”
A análise dessa pesquisa será elaborada com base nas próprias observações do
pesquisador a respeito da biblioteca, acervo e profissional atuante, juntamente a análise
das respostas fornecidas pela coordenadora da biblioteca no dia da visita, assim como
será apresentada um breve histórico a respeito da biblioteca. A visita foi realizada no dia
29 de maio de 2017 no período da manhã e foi fundamentada em diálogo aberto com a
coordenadora da biblioteca Leonilde Fontes, intercalada com perguntas já
preestabelecidas pelas pesquisadoras.
4.1.2 Entrevista
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5 CONCLUSÃO
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com seus usuários e outras instituições que necessitem de algum material específico do
seu acervo. Apesar da ausência de bibliotecários existem profissionais que desempenham
com qualidade as funções que seriam de competências dos bibliotecários, estando
habilitados por meio de cursos de especialização para dar suporte a manutenção da
biblioteca em relação ao atendimento a deficientes visuais. Em termos arquitetônicos, a
biblioteca não possui estrutura de excelência para atender seus usuários e comportar o
acervo, considerando o espaço pequeno e comportando muitas sessões em um mesmo
lugar, um exemplo disso é que a sala de estudo e leitura comporta uma cozinha dando-se
esta divisão por um armário de guarda-volumes. O tratamento técnico não é realizado
dado à ausência de um profissional especializado na área, contudo, os livros foram
catalogados por meio da ação de um voluntário da área de biblioteconomia.
A localização da biblioteca também pode ser um empecilho para a chegada desses
usuários por não ficar localizada na parte central da capital Federal levando usuários que
moram na parte norte da capital a ter que usar mais de um transporte público para chegar
ao local.
O ambiente da biblioteca promove a relação entre os sujeitos, viabilizando o
reconhecimento do outro e possibilitando o entendimento de que todos são portadores dos
mesmos direitos, por meio das ações culturais que esta realiza como o ensino de braille a
videntes e não videntes, desfile de moda para aumentar a autoestima dessas pessoas que
muitas vezes se sentem excluídas da sociedade, sendo feita a venda das roupas usadas no
desfile para angariar fundos para a biblioteca.
Como estudos futuros sugere-se a produção de literatura voltada para a temática das
bibliotecas especiais físicas, percebe-se grande preocupação com a parte de inclusão
digital negligenciando que as bibliotecas físicas é uma das fontes de acesso digital a
muitos deficientes visuais que não possuem acesso à internet em casa, como também no
suporte para que estes obtenham sua independência digital. Sugere-se também que as
universidades revisem seus currículos a fim de que haja inclusão de disciplinas que
complementem a formação de bibliotecários para trabalhar com pessoas com
deficiências. Os estudantes de biblioteconomia muitas vezes não saem qualificados da
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universidade para trabalhar com esse tipo de usuário, ocasionando a ocupação desse tipo
de biblioteca por outros profissionais.
REFERÊNCIAS
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CUNHA, Miriam Vieira da. O papel social do bibliotecário. In: Encontros Bibli:
revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, n. 15, 2003. Disponível
em: <http://www.redalyc.org/pdf/147/14701504.pdf>. Acesso em: 02 jun 2017. Acesso
em: 03 jun. 2017
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SILVA, Vanessa Barbosa da; SOUZA, Daniel Armando de. Considerações sobre a
implantação do sistema de bibliotecas públicas do Distrito Federal. In: RBBD. Revista
Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 8, n. 1, p. 35-50, 2012. Disponível
em: <https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/viewFile/188/219>. Acesso em: 02 jun. 2017
VILLELA, Flávia. IBGE: 6,2% da população têm algum tipo de deficiência. EBC
Agência Brasil. 2015. Disponível em:
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-
algum-tipo-de-deficiencia> Acesso em: 20 maio 2017
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PANORAMA SOBRE PRÁTICAS INFORMACIONAIS: sob a perspectiva da
Competência em Informação na inclusão social
RODRIGUES, Paula5
ZATTAR, Marianna6
RESUMO
Apresenta uma revisão de literatura sobre a temática da Prática informacional no contexto
dos estudos da Competência em Informação, a fim de estabelecer o panorama da temática
inserida nos estudos científicos. Indica como referencial os estudos de Savolainen e
Dudziak. Utiliza como campo de pesquisa as bases de dados referenciais de cobertura
internacional e nacional, para destacar a tendência da produtividade científica dos países
e identificar como se dá a pesquisa sobre a temática no Brasil, respectivamente. Para isso,
estabelece um estudo de natureza exploratória e descritiva a partir da abordagem quanti-
qualitativa. Realiza um levantamento dos artigos nas bases de dados Web of Science
(WoS) e Base de Dados em Ciência da Informação Acervo de Publicações Brasileiras em
Ciência da Informação (Brapci). Aponta os principais assuntos indexados como palavras-
chave nos artigos, o estado da produção científica e as revistas que publicaram sobre a
temática. Conclui que o incentivo ao desenvolvimento dos estudos sobre práticas
informacionais nos diversos cenários sociais contribui como uma das medidas para
reduzir a ausência de acesso ou desconhecimento do uso informacional.
ABSTRACT
This study presents a literature review about Information Practice on information literacy
context, in order to establish the overview of the theme inserted in the scientific studies.
It indicates as reference the studies of Savolainen e Dudziak. It uses as a search field the
reference databases of international and national coverage to highlight the productivity
tendency countries and to identify how are the thematic research in Brazil. For this
purpose, it establish an exploratory nature study and descriptive based on the quanti-
qualitative approach. It performs of the articles survey on Web of Science (WoS) and
5
Acadêmica do curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação na Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). paulagr@ufrj.br
6
Professora do curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação na Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ). mzattar@facc.ufrj.br
36
Base de Dados em Ciência da Informação Acervo de Publicações Brasileiras em Ciência
da Informação (Brapci). It points out the main subjects indexed as keywords in the
articles, the state of the scientific production and the magazines that published about the
thematic. It concludes that incentive the development of studies of information practices
contributes to social contexts in general, as a way to reduce lack of access or ignorance
of informational use.
1 INTRODUÇÃO
37
população que não possui conhecimento sobre como buscar e usar a informação
disponível.
38
Dudziak (2003) propõe que a Competência em Informação, no inglês Information
Literacy, consiste na aprendizagem contínua que permite o desenvolvimento de
habilidades necessárias para que o indivíduo adquira ciência dos acontecimentos que
ocorrem no contexto ao qual está inserido. Desta maneira, o conceito atribuído às práticas
informacionais, o qual considera o indivíduo como potencial transformador do seu
contexto social, apresenta correlação com o discurso difundido pela competência em
informação. Ambos os estudos convergem para a capacidade do indivíduo em transformar
sua realidade mediante ao caminho de aprendizagem percorrido ao longo da vida.
Dado papel fundamental da informação para uma nação, em 2009 o presidente
dos Estados Unidos, Barack Obama, publicou um documento7 reconhecendo a relevância
do incentivo às práticas de competência em informação para o país e proclamando o mês
de outubro para tal conscientização. Assim, existem medidas que colaboram para
promoção de ações que conscientizam e capacitam a população para lidar com a dinâmica
informacional.
O desenvolvimento social de uma nação depende de como ela lida com o conteúdo
informacional que recebe e produz. Nesse sentido, o tipo de ação tomada para administrar
o fluxo informacional determina o rumo do desenvolvimento social, econômico e político
de um país. Dessa maneira, o reconhecimento do papel da competência em informação
pelos Estados Unidos, considerada uma potência em termos de avanço social e
desenvolvimento econômico, reafirma o valor da informação no contexto da sociedade
globalizada.
A Competência em informação aliada do estudo das práticas informacionais
desenvolve métodos que capacitam os indivíduos para atuarem perante as expectativas
sociais. Portanto, o cenário ideal é, certamente, onde existe a colaboração entre a
competência em informação e a prática informacional para elaboração de projetos que
promovam a inclusão e a construção social.
3 METODOLOGIA
7
Em 2009, o mês de outubro foi proclamado pelo presidente dos Estados Unidos da América como National
Information Literacy Awareness Month ou Mês Nacional de Conscientização da Competência em
Informação.
39
A metodologia aplicada compreende a pesquisa exploratória de natureza quanti-
qualitativa. Os estudos exploratórios consistem em “[...] desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou
hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores” (GIL, 2002, p. 27). Dessa forma, foram
utilizados na busca8 o termo “Information practice” na WoS e, considerando a variação
linguística, os termos “prática informacional” e “práticas informacionais” na Brapci. A
preferência por artigos e o recorte temporal no período de 2006 a 2016 se deram devido
a maior atualização das discussões.
Optou-se por utilizar a WoS como um dos campos de pesquisa em razão da sua
multidisciplinariedade e atual relevância para a comunidade científica. Dessa maneira,
seria possível identificar qual (is) país (es) possui (em) maior produção científica, bem
como as principais áreas que abordam a temática nas suas discussões teóricas e práticas.
No caso da Brapci, a escolha se deu em decorrência dela apresentar no cenário
brasileiro o papel de reunir os artigos publicados nas revistas científicas brasileiras mais
conceituadas e, principalmente, por ser de conteúdo especializado na área da Ciência da
informação. Com isso, permite a visualização do estado da produção científica sobre
prática informacional no Brasil.
8
Realizada na segunda quinzena do mês de maio/2017, por meio do acesso institucional fornecido pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ao Portal de Periódicos da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
9
Como estratégia de busca recomendada pela base de dados para garantir que o termo fosse recuperado foi
utilizada a expressão incluindo as aspas. O termo Information Practice faz referência na língua inglesa à
Prática Informacional.
10
A busca por tópico inclui os campos título, palavra-chave e resumo. Assim, é possível buscar um termo
simultaneamente.
40
Fonte: Elaborada a partir da WoS (2017).
41
Os resultados obtidos na WoS apontaram para a concentração de 60 artigos
publicados da área da Ciência Sociais, onde somente a Ciência em Informação apresenta
um total de 53 publicações. Em seguida, a área das Ciências da Saúde com 39 artigos
publicados.
Os dados observados representam a Ciência que possui a informação como
principal objeto de estudo e as Ciências da Saúde que possuem alto grau de atualização.
Ambas as ciências se caracterizam pela aproximação com as práticas sociais e, certamente
por isso, parte dos estudos são direcionados para a interação entre indivíduos.
É necessário ressaltar que o total de publicações recuperadas e classificadas por
áreas do conhecimento pela WoS apresentou um quantitativo maior que o total de artigos
recuperados na busca (Figura 1) em decorrência da interdisciplinaridade. Dessa forma,
observou-se que é possível que um artigo seja classificado na base de dados em mais de
uma área do conhecimento.
Na Brapci foi realizada a busca11 por dois termos para assegurar a recuperação de
todos os artigos indexados sobre a temática. Dessa forma, a primeira busca se deu pela
expressão “Prática informacional”. Nos campos título e resumo, no entanto não foi obtido
nenhum resultado. Ao utilizar o campo palavra-chave no intervalo de 2006 a 2016,
resultou no total de 2 artigos listados a seguir por ordem cronológica decrescente.
11
A busca na Brapci é realizada separadamente, isto é, não é possível contemplar mais de um
campo de busca simultaneamente
42
Quadro 1 – Termos designados pelos autores recuperados na primeira busca
Artigo Palavras-chave
Informação. Prática informacional. Prática sindical. Bancários.
A
Sindicatos. Mundo do trabalho. Processo de trabalho bancário.
Prática informacional. Comunidades discursivas. Análise de
B
domínio.
Fonte: Elaborado a partir da Brapci (2017).
A segunda busca foi realizada por meio do termo “Práticas informacionais”. A partir dos
campos título e palavra-chave, assim como na busca anterior foi estabelecido o intervalo
temporal de 2006 a 2016, foram recuperados um total12 de 11 artigos listados a seguir por
ordem cronológica decrescente.
12
O total representa o somatório da busca nos campos título (2) e palavra-chave (9). Foram recuperados 4
artigos indexados com o termo de busca em ambos os campos.
43
f. AGUILAR, Alejandra. Identidade/diversidade cultural no ciberespaço: práticas
informacionais e de inclusão digital nas comunidades indígenas no Brasil. Informação
& Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 22, n. 1, 2012.
g. MORIGI, Valdir José; KREBS, Luciana Monteiro. Redes de mobilização social: as
práticas informacionais do Greenpeace. Informação & Sociedade: Estudos, João
Pessoa, v. 22, n. 3, 2012.
h. PINHO NETO, Júlio Afonso Sá de. A inclusão digital dos agentes de limpeza urbana
e dos agentes ambientais da coleta seletiva de lixo da cidade de João Pessoa/PB.
Informação & Sociedade: estudos, João Pessoa, v.22, Número Especial, 2012.
i. PINTO, Flávia Virgínia Melo; ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. Contribuição ao
campo de usuários da informação: em busca dos paradoxos das práticas informacionais.
Transinformação, Campinas, v. 24, n. 3, 2012.
j. ORRICO, Evelyn Goyannes Dill. Memória e discurso no entremeio das práticas
informacionais contemporâneas. Liinc em revista, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, 2010.
k. BÉGAULT, Béatrice. O periódico científico, um papel para a mediação de
informação entre pesquisadores: qual seu futuro no ambiente digital? Revista Eletrônica
de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 3, n. 3, 2009.
Diante dos artigos recuperados foi identificado que o autor com maior número de
publicações sobre a temática é Carlos Alberto de Ávila Araújo com 3 artigos. Os
principais termos relacionados às pesquisas sobre Práticas informacionais identificados a
partir da segunda busca, estão dispostos a seguir no Quadro 2.
44
Ciência da Informação e Museologia. Práticas informacionais –
E
Exposições museológicas. Semiótica - Método de pesquisa
Sociedade da informação. Inclusão digital. Tecnologias de Informação
F
e Comunicação - TIC. Práticas informacionais. Povos indígenas.
45
Fonte: Elaborada a partir da Brapci (2017).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
46
sobre as práticas informacionais aplicadas na sociedade e, certamente, com o seu
desenvolvimento socioeconômico. Sendo assim, pode-se destacar como uma das
possíveis causas para a notável frequência dos EUA na produção científica sobre a
temática, o reconhecimento do papel fundamental que o estímulo à aprendizagem
contínua como um olhar que propicia o desenvolvimento científico, socioeconômico e
político da sociedade e, especialmente, das nações.
A necessidade de realizar estudos sobre prática informacional surge não somente
da demanda social como também da econômica, visto que a informação possui um
importante papel nas decisões estratégicas. Dessa forma, a sua ausência afeta
principalmente, a parcela da população que mais carece de condições para buscá-la e usá-
la. Portanto, aumentar a visibilidade e, consequentemente, os estudos sobre a temática é
relevante para todas as áreas que requerem o avanço de ações e políticas sociais. Diante
disso, esta pesquisa pretende contribuir para incentivar o surgimento de outros estudos, a
fim de possibilitar que a temática se desenvolva e seja reconhecida como um dos fatores
de transformação social, sobretudo no contexto brasileiro.
REFERÊNCIAS
47
MARTELETO, R. M. Cultura da modernidade: discussões e práticas informacionais.
Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, v. 23, n. 2, p. 115-
137, 1994. Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/a/2738>. Acesso em: 15
maio 2017.
WEB OF SCIENCE. [Website]. [S.l.]: Thomson Reuters, 2017. Disponível em: <
http://thomsonreuters.com/en/products-services/scholarly-scientific-research/scholarly-
search-and-discovery/web-of-science.html>. Acesso em: 15 maio 201
48
GT 2.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
49
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
BATISTA, Vanessa13
SOUZA, Claudia Barbosa dos Santos de 14
RESUMO
HEAR BOOK AND THE HISTORY OF THE BOOK AND THE READING
ABSTRACT
This work deals with the history of the evolution of the book, from the parchment to the
audiobook as a way of fomenting the new way of reading. It intends to identify the
audiobook as a new support to disseminate reading practice for users who do not have
visual impairment. It uses as methodological procedures in this work the analysis and
identification of relevant research topics: librarianship, book history and libraries, etc. It
intends to articulate the understanding between theory in detriment to the observation of
the use of the audiobook as a recreational activity. It is observed that the change in
50
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
information media caused behavioral changes reflected in the habit of reading. At first
the audiobook was designed to care for the visually impaired, however, nowadays, it
includes users, readers of traditional books, creating a new kind of public.
1 INTRODUÇÃO
51
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Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
52
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5 A PRÁTICA DA LEITURA
55
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Corrobora para essa confirmação que a evolução dos suportes documentais para
produção do livro, tem como objetivo atender o usuário em diversas situações. Contudo,
muitos autores enfatizam o uso do audiolivro somente para os portadores de deficiência
visual. Todavia, na história do audiolivro no Brasil, os autores ressaltam que o público-
alvo mudou abrangendo “um público menor e diversificado de pessoas que não são
portadoras de deficiências visuais e que não tem tempo para ler durante suas atividades
diárias”. (MENEZES; FRANKLIN, 2007, p.62)
Além da diversidade de usuários (leitores) a literatura aponta as diversas
modalidades de leitura, elencadas por Fonseca (2007, p.71-82):
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a sociedade em que vivemos, com todas as tarefas que acabamos por
acumular, o audiolivro torna-se uma excelente opção para os que, teoricamente, não
57
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teriam tempo para praticar a leitura de um livro da forma como estamos habituados. Sendo
assim, usar um aplicativo de livro falado e ouvi-lo enquanto estamos, por exemplo, em
um engarrafamento, é uma opção do uso. Além de leitores atarefados, outro ótimo
público-alvo são os idosos, tendo em vista que muitos devido à idade avançada, já não
têm a mesma qualidade de visão de outrora, então ouvir um livro torna-se muito mais
atrativo. Propiciando assim, um novo nicho para a Indústria e mercado editorial.
O estudo sobre a evolução das tecnologias de informação em detrimento a
mudança de suporte informacional impactou significativamente no contexto social,
cultural e até político. No entanto, durante esta pesquisa percebemos que ainda há muito
a ser estudado, pois restringir a utilização do audiolivro somente como uma tecnologia
assistiva é simplesmente reduzir seu potencial no que tange a disseminação da prática da
leitura na sociedade atual. Certo disto, este trabalho necessitará de um nível de
aprofundamento para posicionarmos a dimensão deste novo público, sem desmerecer os
usuários que possuem deficiência visual.
REFERÊNCIAS
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XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
EL FAR, Alessandra. O livro e a leitura no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2006.
Startup Ubook recebe aporte de R$ 3,2 milhões. Estadão Jornal Digital. Disponível
em: <http://link.estadao.com.br/noticias/empresas,startup-ubook-recebe-aporte-de-r-3-
2-milhoes,70001728235>. Acesso em: 08 jul 2017.
Amazon volta a investir em livro impresso e abre até livraria. Folha de São Paulo.
Disponível em: <http://folha.com/no1857548>. Acesso em: 06 jun 2017.
INATOMI, Aline Yuko; NASCIMENTO, Isaura Mendes do. O livro eletrônico como
marco evolutivo no contexto da história do livro. 2011. 71 f. Disponível em:
<http://bdm.unb.br/handle/10483/7089>. Acesso em: 07 jul. 2017.
59
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Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
SANTOS, Fábio Júnior Tomaz de. Do volumen à tela - o livro, o leitor e a leitura dos
primórdios à era digital. 2010. 59f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em
Novas Tecnologias na Educação) - Universidade Estadual da Paraíba, Paraíba, 2010.
SOUZA, Maria Salete Daros de.; Celva, Rubia Aparecida.; Helvadjian, Vanessa.
AUDIOLIVRO: UM SUPORTE PARA A EDUCAÇÃO LITERÁRIA. Centro
Universitario de Brusque, Brusque, Santa Catarina. Brasil. Leitura: teoria & pratica,
Brasil, 2010 Vol. 28 N.. 55 Dic, Pag. 28-36.
60
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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da Informação – ENEBD 2017
RESUMO
ABSTRACT
Shows the evolution of the book from the clay tablets to the modern tablet , showing
media information specifically the printed book , since its origin and its ramifications ,
the digital book and its new technologies . Discusses elements related to the transition
from printed to digital book, and how the librarian must face this change and also its role
in mediating the information in this new type of support . Points out features of digital
libraries following the development of new forms of technology as well as digital
61
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
collections projects that are being implemented in Brazil and worldwide. We conclude
that it is necessary that the librarian assumes a new profile , not only tuned the new
technologies also more focused on the educational act. Through literature searches and
interviews with users it appears that not only is there needs to be investment in new
technology that can meet the diverse layers of society , but above all , there needs to be
investing in the rehabilitation process for the digital social environment and especially
for new readers .
1 INTRODUÇÃO
62
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Umberto Eco e Jean Claude-Carrière, no livro Não contem com o fim do livro
trazem a tona essa discussão ao declarar que:
63
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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da Informação – ENEBD 2017
não pode fazer uma colher melhor do que uma colher. (ECO;
CLAUDE-CARRIÈRE, 2010, p.16).
Com isso, afirma categoricamente que, não acredita no fim do livro, pois
o mesmo já é uma invenção consolidada, e mesmo com todos os avanços tecnológicos o
livro não deixará de existir. Em contrapartida, Versignassi (2012) acredita que o livro
impresso está com os dias contados. E em resposta aos autores supracitados, diz:
64
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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da Informação – ENEBD 2017
lendo, além de poder retirar o que o leitor já havia adquirido. E a pirataria, já que no
mundo virtual ela é bastante praticada e pouco controlada. Existem ainda as limitações
das sensações durante a leitura como, por exemplo, não se pode folhear o livro, segurar a
capa, ler a orelha, cheirar o papel, sentir a gramatura e as texturas das páginas da mesma
forma que é possível fazer com o impresso.
O livro físico ainda é mais democrático em relação ao digital, pois grande parte
da população ainda não tem acesso à tecnologia. No entanto, o livro digital precisa ser
visto como mais uma ferramenta da informação que ampliará as possibilidades de leitura.
“Livro fluido, livro da leitura em aberto, é o livro do vir-a-ser da literatura porque não o
formato, nem o suporte, mas as recomposições do sentido e da linguagem”
(BEIGUELMAN,2003, p.68).
Não estamos livres da mudança, precisamos é estarmos preparado para ela. E fazer
do livro digital, assim como o impresso, fonte de informação e incentivo a leitura.
Apesar dos prós e contras do livro digital os leitores e as bibliotecas precisam se
preparar e buscar alternativas para aceitar os avanços tecnológicos dentro de suas futuras
necessidades com a leitura. Pois o que torna vivo o hábito de ler não é o suporte, mas a
forma de como a informação é passada. O conhecimento não se configura no formato dos
livros, mas sim nas pessoas, para que isso ocorra, as bibliotecas precisam se e a sociedade
precisar acompanhar criar alternativas de estimulo a leitura tanto no meio impresso,
quando no digital.
3 BIBLIOTECAS DIGITAIS
As bibliotecas são instituições que tem como objetivo: selecionar, organizar, dar
acesso e preservar a memória cultural, cientifica e social. Com o advento das novas
tecnologias a biblioteca tradicional constituída de papel adquiriu uma nova forma de
suporte da informação: o formato digital.
De acordo com LEVY (1999, p.39) o suporte digital não contém um texto legível
por humanos, mas uma série de códigos informáticos que são convertidos para a tela em
forma de texto legível, essa digitalização ou potencialização do texto de acordo com o
65
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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da Informação – ENEBD 2017
autor causa uma nova forma de ler e interagir com o que é lido, se no livro uma das formas
de interação seria a marcação e anotações de páginas, a digitalização causaria uma
plasticidade na informação que passaria a ser mole, móvel, maleável e inquebrável.
Falar de biblioteca digital na transição e acompanhar o desenvolvimento de novas
formas de tecnologia é no mínimo curioso e intrigante, pois não se sabe ao certo o que
essas mudanças acarretarão em relação ao sistema educacional. KUNY (1998) apud
LUCAS,2004, p. 17 diz que uma biblioteca eletrônica compreende tanto materiais como
serviços que empregam eletricidade para que sejam usados.
Atualmente as expressões biblioteca virtual e eletrônica são usadas como
sinônimo para facilitar o entendimento de suas funções. Alguns autores como
TAMMARO e SALARELLI (2008,p.76) dizem que todo essa transformação tecnológica
não afetará o conceito de biblioteca que continuará sendo um conjunto organizado de
livros, considerando válido esse conceito mesmo para bibliotecas digitais.
Um exemplo de empresa que está participando nesse processo de transformação
da informação impressa para a digital é o Google o que facilita o acesso ao conhecimento
já que qualquer navegador/leitor que possua as noções para utilizar um aparelho
eletrônico e tenha a capacidade de fazer pesquisa pode ter acesso às informações à que
busca, como esse serviço pode ser utilizado em qualquer lugar o usuário para localizar à
informação que deseja deve saber o que quer, como fazer uso dessa busca, filtrar,
selecionar , organizar e armazenar a informação com todos os esses serviços que executa
acaba tornando-se seu ‘próprio bibliotecário’. Para FONSECA (2007, p.xix) toda a
questão do serviço de referência é mais importante do que toda a administração e
processamento técnico do acervo em si, já que a biblioteca existe para atender as
necessidades informacionais do usuário e a interdisciplinaridade deve ser a característica
da nova missão do bibliotecário.
(KUNY,1998 apud LUCAS,2004, p. 17) trata de alguns mitos e desafios
referentes as bibliotecas digitais que são: A internet é a biblioteca digital, a realidade de
uma única biblioteca digital, Bibliotecas digitais fornecerão acesso mais igualitário em
qualquer lugar e a qualquer tempo, Bibliotecas digitais serão mais baratas que bibliotecas
impressas. A internet mais precisamente a Web 2.0 funciona como uma plataforma
66
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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da Informação – ENEBD 2017
O mundo digital a cada dia que passa vai se firmando cada vez mais no mundo
das informações devido a sua facilidade de acesso para os internautas. A explosão
informacional impulsiona o crescimento de novas tecnologias de informação que criam
um espaço virtual com peculiaridades até então impensáveis para a humanidade. Essas
tecnologias possibilitam a utilização de recursos eletrônicos que favorecem o
aprimoramento e a agilização do processo de propagação da informação. Dessa forma,
são potencializados os recursos de acesso, disseminação, cooperação e difusão do
conhecimento, principalmente nos casos de pontos de acesso que antes não utilizavam de
tal meio e que hoje procuram se adequar criando projetos que viabilizem suas
informações, inserindo assim, a biblioteca física no meio digital, montando os seus
67
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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da Informação – ENEBD 2017
acervos e compartilhando com a sociedade. A cada dia que passa surge uma nova notícia
de propostas como essa em relação à criação de acervos digitais. Dentre os diversos
projetos já existentes, estão:
É a mais antiga biblioteca digital do mundo, tendo sido criada em 1971 por
Michael Hart, estudante da Universidade de Illinois (EUA). Trata-se de um projeto
colaborativo, desenvolvido com a ajuda de voluntários em todo o mundo, que reúne obras
em domínio público digitalizadas, para serem “baixadas” gratuitamente; "A missão do
Projeto Gutenberg é simples: 'Encorajar a criação e distribuição de livros eletrônicos.'"
( HART - 2004).
A maior parte do acervo é composta por livros de literatura. Estes são, sobretudo,
obras da tradição cultural Ocidental, mas outros tipos de obras também se fazem
presentes, como; livros de referência e periódicos, romances, poesia, contos e teatro, o
Projeto Gutenberg também tem livros de culinária. O acervo do Projeto Gutenberg
também tem alguns itens contextuai, tais como ficheiros de áudio e partituras musicais.
A maioria dos lançamentos são em Inglês, mas existem também números significativos
em outras línguas. Em Agosto de 2006, as línguas que não o Inglês mais representadas
eram (por ordem): Francês, Alemão, Finlandês, Neozelandês, Espanhol e Português.
p.253)
Devido a isso alguns países estão interligando o físico ao meio digital na tentativa
de fazer com que as bibliotecas não sofram nenhum dano com a tecnologia, pelo
contrário, que ambas trabalhem juntas em função de melhoria para os usuários e leitores.
O maior exemplo vem da Dinamarca, onde a futura biblioteca de Aarhus será parte de um
grande complexo urbano, inserido nos planos de revitalização da baía da cidade. Esse
complexo, a ser concluído em 2015, vai incluir repartições públicas, espaços para shows,
cursos e reuniões, áreas para serem alugadas à iniciativa privada e um café com vista para
a baía. Além de móveis modulados, os quais permitirão que as salas da biblioteca sejam
usadas para diferentes propósitos ao longo dos anos, de acordo com a demanda dos
usuários. Os fatos levam sempre o profissional que trabalha com a informação, procurar
aprimorar os meios utilizados, assim como houve a evolução do papiro ao pergaminho e
ao códex há a necessidade de aprimorar também o suporte com relação a informação. É
perceptível que o maior desafio encontrado está no ramo cultural. Mudar a forma de se
relacionar com o público significa também mudar o acervo, incorporando os suportes já
existentes aos novos meios tecnológicos como DVDs, games, e-books e leitores digitais.
E também inserir as formas de mediação de leituras nesse meio, afim de que possa
aumentar o interesse do público, principalmente em relação aos novos leitores que se
constitui de crianças que estão passando por esse período de transição do físico para o
digital.
Para entender o papel do bibliotecário como mediador devemos antes saber o que
é mediação, segundo o Dicionário Aurélio mediar é intervir como mediador e segundo
definições da internet, mediar é ouvir, perguntar, dialogar a fim de cooperar.
Tendo em vista essa definição o bibliotecário se torna um mediador quando
responde questionamentos, ouve e cria laços com os usuários, a fim de lhes oferecer
acesso às informações, e ao conhecimento. Colocar-se no lugar do outro a fim de ajudá-
lo a encontrar o que procura. Deve construir pontes entre a informação e o usuário.
71
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar no avanço tecnológico levanta uma questão que tem sido bastante polêmica
nos últimos anos: será que o advento do livro digital vai acabar com o funcionamento das
bibliotecas físicas? É preciso destacar que o conhecimento não estar nos livros e sim nas
pessoas, ou seja, não é o livro digital a ameaça para o fim da biblioteca, mas a forma
como as pessoas estão sendo educadas para o meio digital, mais especificamente, o virtual
que tem sido um agravante para a sociedade. A biblioteca física vem aos poucos
adaptando suas funcionalidades para o meio virtual a fim de poder melhor atender os seus
usuários. É preciso que o bibliotecário assuma um novo perfil, quebrar o estereótipo de
profissional acomodado e passar a atuar além do balcão criando alternativas de leituras
no meio virtual e também aproximação com outras áreas do conhecimento vinculadas a
biblioteconomia como, por exemplo, a informática.
A era digital carrega consigo algumas incertezas, como já foi mencionado, a cada
dia que passa surge uma novidade e isso faz com que esse período de transição do físico
para o digital levante alguns questionamentos sobre a sua forma, função, significado e
mudança de costume nas pessoas. Nem todos tem acesso ao livro digital e isso faz com
que o livro de papel seja mais acessível. Porém não é só preciso haver investimentos para
que essa nova tecnologia possa atender as diversas camadas da sociedade, mas, antes de
tudo, é preciso haver investir no processo de reeducação digital para o meio social e,
sobretudo, para os novos leitores.
REFERÊNCIAS
BELO, André. História & livro e leitura. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. 116 p.
73
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
HAGLOCH, Susan B. Info mediators still needed.Library Journal, v.121, n.14, p.150-
151, 1996
75
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
RESUMO
ABSTRACT
76
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
principles, which in its essence, cares for the quality of the acts practiced by the
Administration aiming at the development of the Country and benefit of Society.
1 INTRODUÇÃO
De encontro a essa opinião levantam-se outros teóricos que têm preferido adotar
uma postura mais cautelosa com relação à transposição generalizada de conteúdos, do
formato analógico para plataformas informatizadas. É o caso de Belloto (2007), o qual
defende que:
77
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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da Informação – ENEBD 2017
Assim sendo, o Projeto de 2007 atribuiria às cópias digitais (ou seja, aos
documentos eletrônicos resultantes do processo de digitalização) o mesmo caráter legal
até então concedido apenas aos documentos microfilmados – assegurados por intermédio
da Lei 5.433/68, regulamentada através do Decreto 1.799/96, que versa sobre o recurso
de microfilmagem. Para tal, o projeto impunha como condição a garantia da integridade,
da autenticidade e, quando o caso, da confidencialidade dos dados por meio da adoção de
79
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
a sanção da Lei 11.419 de 19 de dezembro de 2006, que regularizou o uso dos meios
informatizados para apoio e desempenho de atos inerentes à Justiça Civil, à Justiça Penal,
à Justiça do Trabalho, e aos Juizados Especiais Cível, Criminal e de Família.
Com relação aos efeitos gerados pelos exemplares digitais e à abrangência dos
mesmos, duas substanciais diferenças se notam entre as considerações dispostas pela
anterior (Lei 11.419, então abraçada pelo Judiciário brasileiro em dezembro de 2006), e
as pela ulterior (Lei 12.682, que regulamentaria, a partir de 2012, a prática da
digitalização de documentos físicos e a formação de arquivos digitais no Brasil):
a) ao propor norma específica (Lei 11.419/06), o Judiciário brasileiro não
determinou o uso de qualquer certificado digital (ICP-Brasil) para validação
das cópias disponibilizadas em meio eletrônico como sendo detentoras de
confidencialidade, autenticidade e, de integridade – ao contrário do que exige
a Legislação de 2012;
b) a Lei 11.419/06, norma específica do Judiciário brasileiro se aplica, tanto aos
exemplares digitais que são fruto da digitalização de informações
inicialmente registradas em suporte físico, quanto ao exemplares digitais
originalmente concebidos em meio digital – ao contrário do que disserta a
Legislação de 2012, amparada sobre o Parecer 73.947/10.
Dessa forma, para o Judiciário brasileiro, todo documento concebido
eletronicamente, com procedência garantida por meio de assinatura digital, que forem
arrolados a autos processuais do Judiciário, seriam tidos como equivalentes aos seus
originais, quer seja para a produção de provas, quer seja para a garantia de direitos. Tal
presunção de autenticidade e integridade (atribuídas pela Lei 11.419/06) independem do
fato de o documento possuir ou não certificado virtual (ICP-Brasil).
A partir dessa iniciativa do Judiciário, em 2006, as cópias digitalizadas ganham
novo status de importância: não seriam vistas como documentos cuja finalidade seria
apenas de consulta (para tomada de decisões administrativas, em empresas privadas), mas
como documentos com valor legal, de prova (para tomada de decisões jurídicas).
Outra instituição que incorporou a prática de arquivamento em formato digital, e
isso antes mesmo da aprovação da Lei regulamentadora de 2012, foi o Conselho Federal
81
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
No mais, salienta-se que a Portaria em questão não foi prevista e sancionada com
o objetivo de dar às cópias digitais o status de originalidade – como propunham as demais
normativas no âmbito das deliberações do Poder Judiciário (a partir de 2006), do CFM (a
partir de 2007), e do CCT (em 2010, com o Parecer Nº 73.947) – mas de:
83
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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Em vista disso, importa que aqui se elenque algumas das principais vantagens
proporcionadas pela disponibilização de cópias digitais para documentos originados em
suportes convencionais, a saber:
4. facilita o acesso e o compartilhamento por indivíduos e/ou entre instituições;
5. facilita a criação de múltiplas cópias – capazes de servir às diversas
finalidades e demandas informacionais;
6. possibilita maior agilidade no processo de recuperação da informação,
quando comparado ao método tradicional de arquivamento em suporte físico;
7. fomenta o conhecimento científico através da difusão de acervos, por meio
da adoção de repositórios digitais;
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das abordagens iniciais em torno dos referenciais teóricos propostos, foi
possível extrair análises decorrentes das múltiplas vantagens e, também, das dificuldades
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REFERÊNCIAS
<http://www.senado.leg.br/atividade/rotinas/materia/getPDF.asp?t=47359&tp=1>.
Acesso em: 17 jul. 2016.
CASTRO, José Márcio de; ABREU, Paulo Gustavo Frankilin de. Influência da
inteligência competitiva em processos decisórios no ciclo de vida das organizações.
Ciência da Informação, v.35, n.3, Brasília, set./dez. 2006.
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REDAÇÃO Canaltech. Bancos gastam mais com TI do que outros negócios, afirma
estudo. Canaltech, [S.l], 28 dez. 2012. Mercado.
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RESUMO
Divulgar a utilização da nomenclatura e as conjunturas acerca da folksonomia, além de discutir
as problemáticas de sua utilização em meio digital, com estudos apoiados em relativos
periódicos, que possibilitaram um conhecimento prévio sobre o tema, partindo de um dos
objetivos da pesquisa expandir a questão da falta de bibliografia em português sobre a temática
e ressaltar o uso subjetivo das hashtags. Em sistema de armazenamento de dados voltado para
a Ciência da Informação, buscou-se investigar a qualidade de recuperação associada ao termo
estudado e em seguida os analisar, segundo fontes de informações consultadas. É prestado
neste trabalho o resultado da aplicação de um questionário para subsidiar o que temos por
missão: ressaltar o desconhecimento do usuário sobre a folksonomia, mesmo que as utilizem
diariamente em suas redes sociais.
ABSTRACT
Disseminate the use of the nomenclature folksonomy and discuss the problems of its use in the
digital media, studies supported in magazines, that made possible the previous knowledge on
the subject, of one of the objectives, to expand the question of the lack of literature. The
folksonomy. And highlight the subjective use of hashtags by the analysis of the research. In the
data storage system that faces information science, we seek to investigate the quality of the
recovery associated with the term studied and then analyze it, according to the sources of
information consulted. This article provides the results of applying a questionnaire to support
our mission: to emphasize folksonomy's user ignorance, even if it is used daily in their social
networks.
15
Acadêmica em Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco -UFPE. Departamento de
Ciência da Informação. E-mail: manuela_maranhao@live.com.
16
Acadêmica em Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco -UFPE. Departamento de
Ciência da Informação. E-mail: cavalcantialbuquerquee@gmail.com.
17
Acadêmica em Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco -UFPE. Departamento de
Ciência da Informação. E-mail: raizalribeiro@gmail.com.
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1 INTRODUÇÃO
18Neste artigo foi preferida a utilização do termo “Folksonomia” ao invés de “indexação social”, o
objetivo da utilização dessa nomenclatura deu-se para proporcionar o conhecimento e costume para
com a palavra. (as autoras)
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uso, a alteração, o acúmulo, e até mesmo o ato de ignorar os anúncios”. Sabendo disso, os
usuários comuns de redes sociais utilizam suas nomenclaturas de forma livre, sem nenhuma
verificação anterior, já os profissionais da informação tendem a requerer a um vocabulário
controlado, proporcionando resultados mais exatos em sua busca, porém, requerendo
concomitantemente tempo e custo.
O que na biblioteconomia se estabelece como padrão metodológico, por onde na
indexação se tem a maneira que proporcionará ao usuário recuperar a informação sem nenhum
ruído e de maneira formal, no estudo tratado a preocupação está em agregar mais palavras-
chaves para representar um único documento, assim, sua recuperação passa a ser exaustiva,
proporcionando uma boa busca para quem deseja quantidade de conteúdo e uma recuperação
nem sempre bem selecionada para os que se preocupam na qualidade da revocação
informacional buscada.
Para melhor entendimento do estudo, se entende por necessário descrever o que são as
hashtags para que assim possamos a diferenciar da indexação, as apresentamos como: palavras-
chave que são atribuídas pelo sujeito-navegador para indexar de forma livre a informação ou
parte de informação, e atribuir sentidos que o utilizador considera válido em conteúdo da
grandeza digital, utilizando a linguagem natural, ou seja, linguagem e vocabulário do próprio
sujeito-navegador. Esse processo é diferente da indexação tratada no âmbito da Ciência da
Informação e na Biblioteconomia, por onde há uma metodologia prévia para a realização da
indexação de assunto em um documento, como descrito por Lancaster (2004, p.5):
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que os usuários se mantenham informados por tal questão. Além desse propósito, entendemos
que a pesquisa poderá ajudar na propagação do conhecimento sobre a temática, não somente
no âmbito acadêmico, como também entre os usuários comuns que utilizam as anteriormente
referidas hashtags.
Entendemos que para as palavras indexadoras serem utilizadas de forma mais
conscientes, não gerando uma certa poluição de informações e automaticamente criando um
tipo de controle linguístico para uma maior facilidade de acesso a determinada informação,
vêm-se propor uma maior disseminação da temática, uma vez que entendemos seu uso como
subjetivo pelos usuários, deixando evidente que não se propõe no estudo um controle vocabular,
e sim uma utilização ciente.
Neste sentido, o objetivo geral é verificar com um grupo de usuários se estes
reconhecem o termo folksonomia como a ação de indexar conteúdos, apontando também as
dificuldades de encontrar fontes de informação, pautando sobre as dificuldades encontradas em
levantamento de dados bibliográficos e artigos de periódicos especializados para uma temática
tão considerável e ao mesmo tempo tão invisível socialmente. Para tanto, a presente pesquisa
se configura como sendo de natureza explicativa, pois explora o conhecimento do ser humano
enquanto usuário e indexador autônomo. Busca ajudar no entendimento e reconhecimento do
papel da temática, destacado a falta de conhecimento da nomenclatura, que em demasiado é
tratada como tags, hashtags ou etiqueta. Foi aplicada uma pesquisa qualitativa com os usuários,
evidenciando o quanto uma palavra pode mudar o sentido do entendimento do assunto proposto,
sendo assim, a investigação ajudará a apontar tais fatos pertinentes a sociedade utilizadora dos
elementos digitais e sociais abordados.
Temos como métodos de coleta de dados, a pesquisa bibliográfica e o questionário de
aplicabilidade ao usuário, que foi composto por 3 (três) perguntas, a fim de averiguar o
conhecimento de cada pesquisado sobre o tema, mostrado em seu levantamento, questões afim
de obter o resultado pautado do conhecimento dos usuários que utilizam em grande escala sem
conhecimento prévio do que entendemos por folksonomia. Por conseguinte, trataremos da
pesquisa elaborada, explicando os detalhes do que se teve por resultado.
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denominação a palavra “etiqueta”, sinal esse mais utilizado com sentido de hashtags na língua
inglesa, língua pela qual surgiu sua denominação.
As tags viram hiperlinks, formando um complexo de ligações dentro da rede, sendo
elas indexadas por mecanismos de busca. A utilização desse seguimento é inviável para quem
deseja fonte de informação segura, pois há milhares de informações acumuladas junto a uma
simples tag, sendo assim a principal desvantagem da utilização desse recurso, além disso,
qualquer usuário que utiliza esse tipo de metadados está sujeito a exposição, devido à
exploração ininterrupta do que vem acompanhado junto a tag, seja uma imagem, uma
confidência ou até mesmo dados pessoais.
O surgimento dessa explosão de pequenos tópicos junto a um símbolo considerado
numérico começou a se popularizar de maneira mais abrangente em 2007, sendo o primeiro site
a usar a hashtags o del.icio.us19 site que oferece um serviço on-line, permitindo adicionar e
pesquisar bookmarks20 e propiciado pesquisa em modo livre de marcadores (pois o próprio
usuário realiza a sua indexação). Para Amstel, 2017. p.13. “O crescimento vertiginoso dos
websites que adotaram a folksonomia demonstra que se trata de uma estratégia promissora para
a classificação de informações na Web”. De acordo com o estudo realizado nessa pesquisa,
elaborou-se uma tabela para um melhor entendimento do que seria as vantagens e desvantagens
da Folksonomia:
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evidenciado por sua nomenclatura de origem procedeu aplicar uma análise da base de dados
BRAPCI acerca das informações recuperadas com o tema.
21A BRAPCI amplia o espaço documentário permitido ao pesquisador, facilita a visão de conjunto da produção
na área, ao mesmo tempo, que revela especificidades do domínio científico. Os saberes e as pesquisas
publicados e organizados para fácil recuperação clarificam as posições teóricas dos pesquisadores.
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Fonte: as autoras
Durante a busca, a própria base de dados BRAPCI deu como sugestões as palavras que
temos abaixo, sugerindo que os trabalhos recuperados também poderiam ser assemelhados
através destas palavras:
Os termos destacados, que possuem caráter de compreensão não relevantes para a busca,
evidenciando a amostra de uma das características da problemática no uso das hashtags. Sendo
estes conteúdos com pouca ou nenhuma relação, onde o usuário indexa como acha mais
interessante para si, podendo prejudicar o leitor que busca por determinado termo em
especificidade, encontrando dificuldades para acessá-lo de modo rápido e prático. Isso gera uma
falta de padronização no uso das hashtags no campo da informação, onde só dificulta a busca
por determinado documento. Isso mostra que cada indivíduo possui um entendimento
diversificado da folksonomia, do que é indexar, de como é buscar por algo de forma prática,
sendo assim, podendo muitas vezes surgir a ambiguidade e acabar perdendo o real sentido do
documento.
4 RESULTADO DA PESQUISA
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O questionário a cima foi criado pelo site Google docs, uma ferramenta de criação de
formulários digitais, com o intuito de facilitar o trabalho do pesquisador. A seguir serão
comentadas as perguntas individualmente para uma melhor compreensão do que os usuários
entendem por folksonomia, realizada com 36 pessoas de diferentes seguimentos curriculares.
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Fonte: as autoras
Fonte: as autoras
Com essa questão, o objetivo era saber se os usuários utilizavam a folksonomia por ‘tag
social’, 50% respondeu dizendo que sim, isso mostra uma controvérsia com as primeiras
questões, mostrando que o conhecimento da área é limitado. As pessoas usam a folksonomia no
dia a dia sem saber que de fato estão colocando a hashtag em suas publicações, em seus
documentos, entre outras coisas, todos os dias. A falta de publicações maiores na área gera uma
defasagem no conhecimento ao público geral.
Nessa amostra, Percebeu-se a falta de conhecimento da grande parte dos questionados
a respeito da folksonomia, sendo assim extraído o modo subjetivo de sua utilização, os usuários
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utilizam hastags sem nenhum conhecimento prévio, partindo do pressuposto de que a indexação
que poderia ser utilizada baseada na resposta dos usuários nestas redes sociais, assim como são
utilizadas em outros meios informáticos como o captcha22, ponderada pelo google, ao digitar
as palavras mostradas em uma imagem, o usuário indexa de maneira gratuita os dados. Em
contrapartida, em redes sociais, podem ser consideradas falhas, pois, não possui um caráter de
entendimento dos internautas a respeito da qualidade de indexação, muito menos, o quanto pode
atrapalhar uma busca em rede.
Fonte: as autoras
Grande parte da utilização das hashtags é dada através do uso do Facebook, rede social
mais utilizada no momento. Em seguida verificam-se algumas das respostas dos usuários a
respeito do seu critério para a utilização das hashtags:
22
CAPTCHA é um acrônimo da expressão: teste de Turing público completamente automatizado para
diferenciação entre computadores e humanos, teste de desafio cognitivo, utilizado como ferramenta anti-spam. (as
autoras)
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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informação, que deve ser pauta constante da Biblioteconomia, além disso, sugere-se o uso da
folksonomia para a melhor disseminação da informação no meio acadêmico.
REFERÊNCIAS
LANCASTER, F. Wilfrid. Indexação e resumos: teoria e prática. 2. ed. Brasília, DF: Briquet
de Lemos, 2004. xviii, 452 p.
RUT, Karina: Google utiliza la verificación Captchas para indexar las direcciones de
Google Maps. Disponível em: <http://www.batanga.com/tech/13580/google-utiliza-la-
verificacion-captchas-para-indexar-las-direcciones-de-google-maps> Acesso em: 12 dez.
2015.
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REGLY, Tainá23
RESUMO
Apresenta uma reunião de definições derivadas da literatura científica sobre Web Semântica
e Ontologia. Retrata as origens da Web Semântica a partir da Web estática e sintática, sua
integração - e não substituição - à Web Social e como essa nova Web pretende dar significado
às informações desestruturadas presentes na internet. Aponta fatores essenciais para a
formulação de Ontologias que atendam às necessidades da Web Semântica. Indica divisões
a que as Ontologias devem ser submetidas para dar conta de representar um documento e
permitir uma recuperação mais eficaz. Conclui relacionando os conceitos de Web Semântica
e Ontologia e apontando os benefícios dessa associação para o processo de busca e
recuperação da informação.
ABSTRACT
It presents a compilation of concepts from the scientific literature about Semantic Web and
Ontology. Indicates the Semantic Web origins, it transition from static to syntactic, it
integration - not substitution - to the Social Web and how this new kind of Web intends to
structure and provide meaning to the spread information around the internet. Introduce some
essential factors for the creation of Ontologies that meet the needs from Semantic Web.
Shows some divisions which Ontologies should be submitted to describe a document and
23
Acadêmica do curso de Biblioteconomia e Documentação na Universidade Federal Fluminense – UFF.
tainaregly@hotmail.com
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1 INTRODUÇÃO
2 WEB SEMÂNTICA
Tim Berners Lee, o criador do World Wide Web (WWW), idealizou uma nova
estrutura onde máquinas seriam capazes de entender a Web da mesma forma que humanos e
que trouxesse maior dinamicidade ao processo de busca e recuperação da informação. Essa
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3 ONTOLOGIA
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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SERAFIM, Giane Cristina. Web semântica: técnicas e ferramentas para tornar mais
efetiva a busca informacional na Web. 2014. 80f. Trabalho de Conclusão de Curso-
Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Biblioteconomia, Florianópolis,
2014.
SILVA, Eduardo Menna da; GAUTHIER, Fernando Alvaro Ostuni. Arquitetura para
recuperação de informação em documentos anotados usando semântica. 2008. 99 f.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico.
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, Florianópolis, 2008.
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GT 3.
PROFISSIONAIS DA INFORMAÇÃO:
EDUCAR PARA A DIVERSIDADE.
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RESUMO
Embasa-se em uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de explorar a diversidade de
representações e posicionamentos nas coleções das bibliotecas públicas brasileiras.
Reflete sobre as influências dessas coleções na sociedade. Aborda brevemente a
diversidade cultural presente no Brasil. Contextualiza a questão da diversidade no campo
do Desenvolvimento de Coleções. Pontua algumas proposições acerca do conceito de
Cultura. Descreve alguns conflitos culturais que existem na realidade brasileira.
Apresenta o Desenvolvimento de Coleções em Bibliotecas Públicas. Diferencia Seleção
de Censura. Correlaciona a perspectiva de autores de diferentes áreas do conhecimento
nas questões supracitadas. Enfatiza a importância da leitura para a melhor compreensão
das culturas. Conclui que o bibliotecário pode, através do seu acervo e da leitura, educar
para a diversidade.
ABSTRACT
Bases on a bibliographical research intending to explore the diversity of representations
and placements in the colections of public libraries. Reflects on the influencies of these
colections in society. Adresses briefly the cultural diversity in Brazil. Contextualizes the
question of diversity in the Collection Development field. Punctuate some propositions
over the concept of Culture. Describes some culturals conflicts that exist in the Brazilian
reality. Presents the Collections Development in public libraries. Differs Selection from
Censorship. Interrelate the perspective of authors from different domains of knowledge
in the aforementioned issues. Emphasizes the importance of reading for a better
understanding of cultures. Concludes that the librarian can, through collection and
reading, educates for diversity.
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1 INTRODUÇÃO
O Brasil, originalmente povoado por diversas tribos indígenas, foi colonizado por
portugueses, e depois se tornou o lar de imigrantes da África, Ásia e Europa. Como
consequência disso, a população brasileira atual é fruto das mais diversas combinações
de línguas, culturas, ideias, raças, misticismo e grupos étnicos, ou seja, somos um país
miscigenado, diverso por natureza. Em função disso, encontramos diversas realidades
sociais, conhecimentos, sotaques, ideologias, tradições, comidas típicas entre outros
aspectos da vida dos brasileiros. No entanto, nem todos os grupos que compõem a
sociedade brasileira tiveram igual voz, visto que, alguns grupos, ditos mais civilizados,
se consolidaram com mais força política e regeram a sociedade brasileira a sua maneira
enquanto outros permaneceram a margem desse poder.
Como reflexo disso o Brasil lidera os índices mundiais de assassinatos de pessoas
LGBT (acrônimo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros,
em uso desde os anos 1990), mata-se mais aqui do que nos 13 países do Oriente e África
onde há pena de morte contra os LGBT, de acordo com o relatório do projeto “quem a
homofobia matou hoje”, idealizado Grupo Gay da Bahia (2016), associação de defesa dos
direitos humanos dos homossexuais no Brasil. O Brasil também ocupa o quinto lugar no
ranking de homicídios entre o público feminino (Feminicídio), segundo a ONU Brasil
(2016). No ano de 2015 foram contabilizados 182 casos de violência contra os indígenas
e 725 casos de violência contra o patrimônio indígena em todo o Brasil, de acordo com o
Relatório de Violência contra os povos indígenas no Brasil, idealizado pelo Conselho
Indigenista Missionário (2016). Conforme o Mapa da Violência de 2016: homicídios por
arma de fogo no Brasil, a taxa de vitimização negra 25 no país era de 158,9% em 2014 (O
último Mapa foi publicado em 2015 e contabiliza os homicídios até 2014), ou seja,
morrem, proporcionalmente, 158,9% mais negros que brancos.
25 Waiselfisz (2015, p. 60) entende a vitimização negra como a relação entre as taxas de Homicídios
por Arma de Fogo (HAF) de brancos e as taxas de HAF de negros. O índice positivo indica que o percentual
(%) de mortes negras foi maior que o de brancos. Quando o índice é negativo, o percentual de mortes de
brancos é maior que o de mortes negras.
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26 Biblioteca Pública: Tem por objetivo atender por meio do seu acervo e de seus serviços os
diferentes interesses de leitura e informação da comunidade em que está localizada, colaborando para
ampliar o acesso à informação, à leitura e ao livro, de forma gratuita. Atende a todos os públicos, bebês,
crianças, jovens, adultos, pessoas da melhor idade e pessoas com deficiência e segue os preceitos
estabelecidos no Manifesto da IFLA/Unesco sobre Bibliotecas Públicas. É considerada um equipamento
cultural. É criada e mantida pelo Estado (vínculo municipal, estadual ou federal). (SNBP, 2017)
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ou homogênea. Logo, as coleções das bibliotecas públicas brasileiras devem refletir essa
dinamicidade da cultura para que continuem a servir aos interesses do seu público ao
longo da história.
São diversos os fatores que afetam a formação do acervo de uma biblioteca pública
no Brasil e todos alteram a representatividade (relativo à representação, que pode ser de
uma pessoa, um grupo, uma comunidade, uma cultura, entre outros) do resultado final.
Para desenvolver conceitos como o de representatividade, primeiro é preciso
compreender e desenvolver conceitos como cultura e diversidade.
Ainda não há um consenso na maneira de se definir cultura, por isso existem várias
definições de cultura. Devido ao nosso interesse pelos fluxos informacionais produzidos
pelos mais diferentes grupos que compõem o corpo social, procuramos na Antropologia
as assertivas que nortearão o nosso trabalho a fim de refletir sobre do desenvolvimento e
usos da ideia de cultura.
A primeira proposição que devemos ter em mente acerca da cultura é que ela não é
inerente ao indivíduo, mas sim aprendida por ele. “Em primeiro lugar a cultura não é uma
questão de raça. Ela é aprendida, e não transmitida por genes” (KUPER, 2002, p. 288).
Aprendizado esse que continuará ao longo vida do indivíduo, dado que assim como a
memória a cultura também está suscetível a mudanças ao longo da história. “Não há
possibilidade de estagnação nos materiais culturais, porque eles estão sendo
constantemente gerados, à medida que são induzidos a partir das experiências das
pessoas” (BARTH, 2005, p. 17, grifo nosso).
A cultura abrange desde as idealizações abstratas até as realizações materiais de
uma comunidade, é um conceito bem amplo que definirá os hábitos e comportamento de
indivíduos e ao mesmo tempo é definida por eles (BARTH, 2005, p. 16-17). Como os
sujeitos pertencentes a determinada cultura também tem o poder de influenciá-la, a partir
de suas experiências, a percepção de cultura também se torna extremamente subjetiva.
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Julgamos que o negro, pela cor da sua pele, tem tendência para determinados tipos
de comportamentos. De acordo com Matos (2010), as teorias bioantropológicas do século
XIX foram criadas com a finalidade de legitimar o poder de um determinado grupo social
mediante a criação de uma lógica que deu ao negro o estigma de criminoso, seja mediante
aos esteriótipos ou pela repressão da cultura negra. Estigma esse que dentro de outra
lógica, muito anterior a essa, foi utilizado para justificar o processo de escravidão desde
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27 A chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século
XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a
exploração da costa da África e a colonização das Américas. Os demais impérios coloniais rapidamente
aderiram à prática da compra e venda de seres humanos, no célebre "comércio triangular" entre a África
(captura de escravos) a América (venda e troca por matéria prima) e a Europa (para a venda das riquezas
obtidas e a retomada do empreendimento, em futuras viagens). (ESCRAVIDÃO, 2017)
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Para Vergueiro (1987, p. 21, grifo do autor), “a liberdade intelectual dos usuários
de bibliotecas é, teoricamente, considerada um direito assegurado pela grande maioria
dos bibliotecários” e qualquer tentativa que se faça de demover esse direito deve ser
recebida com veementes protestos e reações. Logo, as políticas de seleção, estabelecidas
pelas bibliotecas, deveriam assegurar que cada acervo seja culturalmente relevante para
o público de sua biblioteca, para tal essas políticas devem estar em consonância com as
necessidades das comunidades a que servem.
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Dentro dessa perspectiva, uma história contada de uma única maneira apresenta-
se como um perigo, pois tende a validar somente uma ideologia como verdade, o
presente trabalho defende que haja um equilíbrio de histórias e perspectivas e estas
estejam representadas na biblioteca pública.
Petit (2013, p. 148) sugere que “quando um jovem vem de um meio em que
predomina o medo do livro, um mediador pode autorizar, legitimar, um desejo inseguro
de ler ou aprender ou até mesmo revelar esse desejo”. No Brasil o hábito de comprar
livros não é comum para a grande maioria das famílias, principalmente nas comunidades
mais pobres, as bibliotecas públicas e comunitárias28, atuantes em sua região, são
ferramentas de democratização do acesso à leitura, pois apresentam a oportunidade da
leitura fora do ambiente escolar, onde ela deixa de ser um prazer e passa a ser vista como
uma obrigação.
A leitura por si só pode estimular uma reflexão própria, abalar certezas já
preconcebidas ou induzida por terceiros (PETIT, 2013, p. 147). Não há domínio sobre o
que os leitores pensam durante a interpretação de um texto, as palavras têm o poder de
retirá-los do chamado senso comum, ou seja, conjunto de ideias aceitas sem reflexão.
Entendemos que ler torna-se um exercício de liberdade, o poder como um direito ao qual
Foucault (1979) se refere, um direito à cidadania, por meio do qual grupos mais expostos
à exclusão social podem pleitear sua inclusão na sociedade. Ao promover os diferentes
pontos de vista e diversificar a gama de assuntos abordados em seu acervo, a biblioteca
28 Biblioteca Comunitária: Espaço de incentivo à leitura e acesso ao livro. É criada e mantida pela
comunidade local, sem vínculo direto com o Estado. (SNBP, 2017)
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inclui novos setores que também fazem parte da sociedade brasileira preservando o seu
legado.
A fim de afastar decisões passionais, preconceitos e outras limitações no processo
de escolha por parte dos mediadores ou bibliotecários, bibliotecas organizam políticas de
seleção, que devem atender as comunidades a que servem. No entanto, as opções de
escolha dos usuários das bibliotecas públicas brasileiras são reduzidas e isso, além de
empobrecer a capacidade crítica dos usuários que leem repetidamente a mesma história
em diferentes versões, também afasta pessoas que não encontram lugar para se reconhecer
dentro da biblioteca. O problema não é o que existe, mas o que não existe, o que não está
lá. Devido aos movimentos sociais organizados pelas classes marginalizadas na luta
pelos seus direitos, a pluralidade das vozes na literatura aumentou, mas as bibliotecas
ainda não refletem essa mudança da sociedade e da literatura.
De acordo com Vergueiro (2010, p. 17), “a política de seleção procura garantir que
todo o material incorporado no acervo segundo razões objetivas predeterminadas e não
segundo idiossincrasias ou preferências pessoais” Logo, se houver lacunas, elas existirão
por acaso e não por interferências baseadas nas opiniões pessoais da equipe. São os
critérios estabelecidos pela política que impedem que o bibliotecário haja como censor
ao privilegiar uma política cultural em detrimento de outras, por suas próprias convicções
e preconceitos.
Em seu trabalho de conclusão de curso, Aglinkas (2008, p. 48–65) identifica dois
pontos de vista: os que são a favor da censura, como modo de proteção e controle da
sociedade, e os que são contra a censura e a favor da liberdade intelectual. Liberdade
intelectual essa que, de acordo com Vergueiro (1987, p. 21), é um direito dos usuários e
deve ser assegurado pelos bibliotecários, mesmo que o material de interesse da
comunidade seja oposto às suas convicções pessoais.
Censura não é uma incumbência do bibliotecário. Censura não faz parte do processo
de seleção nem é seu sinônimo. Aglinkas (2008, p. 49) diferencia censura e seleção da
seguinte maneira: “Cada um impõe um tipo de restrição mas com objetivos diferentes.
Enquanto a censura já tem claro seu posicionamento restritivo de delimitação de certo
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conteúdo, a seleção se coloca como filtro […]. Garante assim, a especificidade temática,
ou melhor, o foco”.
Muitas informações e expressões culturais são produzidas, mas não chegam nas
mãos dos usuários interessados devido às barreiras ideológicas, morais, legais, editoriais
entre outras. Bibliotecas, principalmente as públicas, dado o seu impacto na preservação
da memória dos grupos sociais, devem objetivar a representatividade e promover a
variedade de posicionamentos das comunidades atendidas, por mais controversos que
sejam; democratizar o acesso e o uso da informação a fim de preservar e reforçar os
discursos identitários dos grupos que constituem a sociedade brasileira.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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da Informação – ENEBD 2017
KUPER, Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, SP: EDUSC, 2002.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14. ed. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Ed., 2001. (Antropologia Social).
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XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7448#_ftn4>.
Acesso em 28 maio 2017.
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2006. 89p. (Coleção
Primeiros Passos, 110).
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WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2016: Homicídios por Armas de Fogo
no Brasil. Rio de Janeiro: Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, 2015.
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RESUMO
ABSTRACT
It discusses the completion of the LIBRAS (sign language) course in Librarianship
courses in Brazil, highlighting its importance for the process of inclusion of deaf students
in the teaching-learning environment. It presents in its elaboration concepts about social
inclusion, sign language and academic curriculum as a way to guide the discussions. The
methodology used for its nature was to the bibliographical and documentary research,
identifying the curricular matrices of each school of Librarianship by the country, and for
29
Graduando em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail:
manoelmessiasufc@gmail.com
30
Doutoranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professora do Curso
de
Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: aureamag@yahoo.com
31
Graduanda em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail:
thaianabds@gmail.com
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the purpose, descriptive research. It is concluded that the LIBRAS discipline is of great
importance for the future librarian, and its insertion in the curricular matrices of the
librarianship courses should be present with the intention of discussing questions about
the professional perspectives of Librarianship and related areas in consonance with The
demands of contemporary inclusion.
1 INTRODUÇÃO
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2 MEDOTOLOGIA,
3 INCLUSÃO SOCIAL
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consigo o alfabeto manual e alguns sinais. De acordo com Ramos (2012), Dom Pedro II
se interessou pela língua de sinais, pois sua filha, a princesa Isabel era mãe de um filho
surdo e era casada com o conde D`Eu que era parcialmente surdo.
Em 1857 foi criada no Brasil, através da Lei nº 839 de 26 de setembro de 1857,
a primeira escola de surdos no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Surdos, e que
atualmente é o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), voltado à educação
literária e ensino profissionalizante de meninos.
Essa língua é derivada tanto da língua de sinais nativa quanto da língua gestual
francesa, apresentando semelhanças com outras línguas de origens europeias e
americanas. Contudo, é preciso salientar que a LIBRAS não é apenas gestos que traduzem
a língua portuguesa, mas é uma língua a parte que possui níveis linguísticos como
fonologia, morfologia, sintaxe e semânticos bem definidos. A diferença está na sua
modalidade de articulação em onde se faz necessário que se conheça tanto a sua gramática
para combinar as frases para estabelecer uma comunicação com o outro quanto conhecer
os sinais.
Mencionamos ainda a Lei nº 10.436 que regulamenta a inserção da disciplina de
LIBRAS na matriz curricular como disciplina obrigatória na formação de professores
para o exercício do magistério, em nível médio e superior. Ela foi regulamentada em 22
de dezembro de 2005, pelo Decreto de nº. 5.626/05. O que demonstra a sua importância
e necessidade dentro da educação e também para a inclusão social de estudantes e para a
sociedade como um todo.
Entretanto, não podemos nos privar de mencionar aqui os preconceitos que
acometem a vida do indivíduo surdo, e que não de é hoje que isso ocorre. Segundo Castro
e Carvalho (2011) já na antiguidade, outros povos tiveram atitudes abusivas contra os
indivíduos com deficiência auditiva como Esparta, China, Atenas, Gália e Roma. Ou seja,
já no passado percebem-se as grandes dificuldades para que os surdos fossem
reconhecidos na sociedade. No atual contexto, esse preconceito esta aos poucos se
estabilizando, entretanto ainda falta apoio por parte do governo brasileiro para que os
mesmos consigam condições e oportunidades igualitárias para construir uma vida mais
digna e em sociedade.
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Segundo Quadros e Karnopp (2004, p. 30) “as línguas de sinais são, portanto,
consideradas pela linguística como línguas naturais ou como um sistema linguístico
legítimo e não como um problema do surdo ou como uma patologia da linguagem”.
Podemos nomeá-las como línguas de modalidade gestual-visual (ou espaço-visual), por
se tratar de uma informação que é recebida pelos olhos e produzida pelas mãos.
A Língua Brasileira de Sinais esta conquistando espaço na sociedade, uma vez
que os portadores de deficiência auditivos há muitos anos lutam pelos os seus direitos.
Desse modo, através de anos de afinco os surdos conquistaram o direito de usar uma
língua que possibilitasse não só a comunicação, mas também a sua efetiva participação
na sociedade (SILVA et al, 2008, p. 4).
4.1 A Inclusão da disciplina de Libras no currículo dos cursos de Biblioteconomia
Em suma, o currículo ou como comumente chamam de grade curricular,
apresenta uma lista de disciplinas que serão fundamentais para a formação do futuro
profissional e sua criação se dá sob o ponto de vista dos formadores ou docentes. De
acordo com Vasconcellos (2009 apud MACHADO, 2012, p. 27) currículo significa
carreira, curso, percurso, lugar onde se corre, campo.
A necessidade de “humanizar” o profissional, expandindo seus estudos baseados
no papel que a informação exerce na sociedade, o que ela significa e a sua interferência
na vida das pessoas significa intensificar esses estudos, uma vez que, essa profissão atua
em prol a determinadas necessidades tanto informacionais como sociais.
Contudo, com as mudanças político-sociais e culturais implicam em adequações
dentro dos currículos como o intuito de atender as demandas impostas pela sociedade, de
modo que o estudante de Biblioteconomia esteja por dentro dessas transformações
sociais. Uma mudança curricular deve ocorrer de forma conjunta, ou seja, dialogar com
os docentes do curso, alunos e entidades de classe.
Nessa perspectiva, a disciplina de LIBRAS está sendo incorporada nos cursos
de Biblioteconomia tendo em vista que a inclusão social e a participação do surdo na atual
sociedade da informação se fazem presentes, o que implica no direcionamento social do
bibliotecário para a inserção do sujeito surdo na biblioteca e nos produtos e serviços nela
ofertados, para que este possa exercer a sua cidadania participando de maneira ativa no
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meio social. Assim, o deficiente auditivo perceberá que a sua língua materna está sendo
respeitada e assimilada pela sociedade.
O futuro bibliotecário deve ter em mente que aprender a língua de sinais facilita
o atendimento, a comunicação e desse modo compreender como o surdo percebe o mundo
de maneira holística, isto é, seu modo de pensar, sentir e agir.
Também não podemos esquecer que a disciplina proporciona ao estudante de
Biblioteconomia a compreensão das dificuldades encontradas pelo surdo na sociedade e
os preconceitos por ele vividos, fazendo com que o estudante pense e repense o papel que
o bibliotecário tem enquanto profissional e como cidadão.
Ter a língua de sinais no currículo da universidade gera uma mudança social não
somente pela sua presença, mas também pela aceitação e compreensão por parte dos
alunos. Ela não deve ser vista apenas como uma disciplina obrigatória em um curso de
graduação mas também deve ser vista como parte da formação acadêmica e profissional
do discente.
Sendo assim, a obrigatoriedade dessa disciplina deveria se fazer presente, assim
como já acontece nos cursos de licenciatura, onde a mesma é vista como uma forma de
contribuir para o aprendizado e inclusão do estudante no contexto social, quebrando as
barreiras educacionais, sociais e culturais.
Antes de tudo, não devemos nos esquecer do papel humanístico que a profissão
de bibliotecário desempenha e que, ainda na graduação, aprendemos que somos
prestadores de serviços para os usuários, ou seja, devemos nos moldar em relação as
necessidades tanto informacionais quanto comunicacionais dos usuários. Daí a
necessidades de estarmos por dentro da língua de sinais, tanto para nos comunicar e
dialogar com o surdo, como também para entender a cultura e o mundo do surdo, e dessa
forma, criar ferramentas e serviços que atendam a esse público.
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Como forma de reforçar as inferências acerca dessa discussão, foi realizada buscas
nas grades curriculares dos cursos de Biblioteconomia existentes no Brasil. Dos 34 cursos
existentes, verificou-se que em 14 cursos a disciplina de LIBRAS está presente na matriz
curricular. Foi ainda constatado que em 12 cursos era ofertada como disciplina optativa e
nas outras 2 era ofertada como disciplina eletiva 32 .
A escolha dos cursos se deu em função de analisar em âmbito nacional os
currículos oferecidos pelas universidades de cada estado ou região do país. Segue abaixo
a lista das escolas de Biblioteconomia que oferecem a disciplina e sua respectiva
modalidade (obrigatória, optativa ou eletiva).
32
Disciplinas eletivas são disciplinas que podem ser cursadas à livre escolha do aluno e que não
estão previstas no currículo do curso, e que não exigem pré-requisito.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERENCIAS
CASTRO, Alberto Rainha de; CARVALHO, Ilza Silva de. Comunicação por língua
brasileira de sinais: livro básico. 4 ed. Brasília, DF: Senac, 2011. 272 p.
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RESUMO
ABSTRACT
Approach at analyzing how the librarianship professional can exert his role of
disseminator of the information for the benefit of the LGBT community, emphasizing in
the infanto-juvenil literature. As main composition of the theoretical reference was used,
33
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco, UFPE.
girlainepergentino@gmail.com
34
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco, UFPE.
mayaraatanasio@gmail.com
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Carvalho (2016), Lazari (2015) and Lopes (2005). The article will use the type of
exploratory research that intends to verify trying to explore the phenomenon in order to
familiarize itself with the subject so that the research is understood with excellence. Even
with many awareness campaigns, violence and discrimination targeted at the LGBT
community is still present. In order to ease the symptoms associated with ignorance about
the subject, LGBT literature has been gaining visibility and market space for different age
groups. With this in mind, this article aims to relate the books developed in the theme to
the role of the librarian as an active and propagating agent of information, thus stimulating
the awareness of the children and youth public from this type of literary universe,
emphasizing that this junction is of great value Within the LGBT community, as it assists
in the deconstruction of prejudice, giving due recognition to the members who are part of
the community.
1 INTRODUÇÃO
Como educador, o bibliotecário deve atender e auxiliar o usuário nos aspectos aos
quais ele achar necessário, quanto ao bibliotecário do setor de referências, cabe a ele dar
prioridade às necessidades daqueles que o buscam. Dentro deste estudo queremos
explorar e desenvolver como o bibliotecário pode ser mediador e educador na hora em
que o usuário buscar informações sobre uma temática ao qual ele não está familiarizado
ou até mesmo, quando houver a necessidade de realizar uma mediação mais aprofundada
entre o usuário e o tema.
Há diversos fatores que podem fazer com que o usuário infanto-juvenil busque
uma literatura voltada ao cunho LGBT, dessa forma o bibliotecário deve fazer o papel de
mediador entre a busca e a recuperação do documento dando suporte e buscando entre os
termos utilizados pelo usuário a literatura que se encaixa nos aspectos solicitados, além
de interagir com contações de histórias e outros métodos, como pode ocorrer com os
usuários infantis. Com base nesse levantamento preliminar, este trabalho objetiva analisar
como a literatura LGBT pode ser trabalhada pelo bibliotecário em sua função de
mediador-educador com o público infanto-juvenil.
2 MOVIMENTO LGBT
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Mas ainda não podemos excluir o grau de violência existente no Brasil, estando
entre os 20 países com o mais alto índice, chegando a ficar acima de países que convivem
com a guerra. Os cidadãos em geral convivem com a insegurança diariamente e
infelizmente o número de violência com pessoas da comunidade LGBT é expressivo,
segundo dados recentes a cada 25 horas uma pessoa da comunidade morre devido à
intolerância e ignorância da sociedade, os travestis e transexuais são as vítimas mais
presentes nessa estatística. De acordo com Junqueira (2009, p.72)
154
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Sendo assim, um dos melhores meios para a inclusão social na tentativa de diminuir a
discriminação, ainda é a educação. Extremamente importante desde a infância – quando
as crianças estão aprendendo ainda sobre a comunidade ao qual ela pertence - a educação
vinda de educadores, mediadores, psicólogos e pais vão ser cruciais no desenvolvimento
da personalidade da criança. Kramer (1999, p.1) ainda relata que:
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A literatura pode ser apresentada ao leitor das mais diversas maneiras, com os
avanços da tecnologia e com a democratização das bibliotecas, se faz possível encontrar
um vasto acervo de obras literárias, que são passíveis de serem acessadas a qualquer
momento. As inserções de livros literários nas bibliotecas são indispensáveis e se tornam
ainda mais importantes nos espaços que atendem o público infanto-juvenil, pois a
literatura na infância é a porta de entrada para o mundo dos livros e da leitura, sendo uma
peça chave para o desenvolvimento do intelecto da criança e do adolescente. Porto (2016,
p.2) aponta como a literatura pode atuar dentro da sociedade quebrando paradigmas,
afirmando que:
Como representação social, a literatura tem (des)construído
imagens de determinados grupos sociais, como os de mulheres e
pobres, disponibilizado espaços para a presença de vozes
historicamente silenciadas, dentre as quais as de etnias afro-
brasileiras e indígenas, e ainda oportunizando que temas caros à
discussão no Brasil sejam tratados de forma mais livre e ampla
nos textos literários em prosa e verso, a exemplo da
homossexualidade. (PORTO, 2016, p.2)
156
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Para as crianças, a exposição a literatura e aos livros desde cedo, nutre o gosto
pela leitura, além disso, a “Literatura é um veículo poderoso para ajudar as crianças a
compreender os seus lares, as comunidades e o mundo"(CARVALHO apud SANTORA,
p.5). Comumente nos livros literários infantis encontram-se histórias corriqueiras, como
contos de fadas, histórias de heróis ou até mesmo situações cotidianas, no entanto, com
as grandes demandas da sociedade em relação a conscientização contra os variados tipos
de preconceito, espaços são abertos para que os autores venham a abordar temáticas mais
relevantes dentro dos livros infantis, assim como explica Ramos (2009, p.309):
157
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Livros como estes tendem a fazer alusões a seres inanimados, e utiliza-se de metáforas
para representar a homossexualidade de forma plena.
Para a grande parte das crianças, a aproximação com a leitura só ocorre no
ambiente escolar, seguindo esse pressuposto, Rowel (2007, p. 2) explica que, "livros gay-
friendly podem fazer uma diferença positiva na sala de aula: as crianças de famílias de
pais do mesmo sexo sentem que suas famílias são incluídas e outras crianças aprendem
sobre e obtém respeito e aceitação por outros tipos de família", sendo possível driblar de
maneira precoce o preconceito de gênero, assim como afirma Ramos (2009, p.309):
35
Penteado feminino no qual se amarra o cabelo todo para trás.
158
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[...] na busca por uma sociedade mais justa, com o fim das
desigualdades sociais, cabe ao profissional da informação um
papel de mediador da informação, onde ao mesmo tempo ele
utiliza novas tecnologias alicerçadas ao desenvolvimento social,
ou seja, ele desenvolve um papel fundamental para acabar com a
exclusão digital e a falta de acesso à informação. (SANTOS et al,
2014, p.5 apud TARAPANOFF; SUAIDEN; OLIVEIRA, 2002)
160
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa maneira, o artigo objetivou expor o quão inseguro é viver dentro de um país que
possui uma cultura por vezes machista e heterossexista, onde ainda é presente o
preconceito relacionado ao desconhecimento sobre a temática. Acreditamos que a
educação seja a maior arma contra a ignorância e intolerância, sendo assim, necessita-se
que o assunto seja abordado com mais naturalidade e que se crie uma didática tranquila,
para que o resultado possa ser satisfatório. É importante citar a literatura LGBT como um
dos maiores e melhores passos para a criação de respeito e acolhimento desde a infância.
Em resumo, pode-se notar que o papel do profissional bibliotecário como mediador de
informações na infância é de extrema relevância para a construção dos hábitos de leitura
do indivíduo. Com a demanda crescente da sociedade para uma renovação das funções
do bibliotecário, se tornou indispensável que o novo profissional contasse com métodos
mais humanísticos no exercício da profissão. No entanto, além da mediação, surge o ato
de leitura, onde o profissional se torna ponte entre a informação e a criança.
Para realizar esta ponte é necessário que o profissional se aproprie das temáticas
que serão passadas. Quando falamos de literatura LGBT ainda é possível notar certa
reação, ligada a não aceitação, por parte de muitas pessoas, inclusive, pais ou responsáveis
e até mesmo professores, que dentro de sala de aula temem abordar tal tema.
161
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O Brasil apoia a campanha contra a LGBTfobia, no entanto, muito ainda deve ser feito
para que a população pare de olhar com indiferença para a comunidade LGBT. A
conscientização do indivíduo, deve começar de cedo e é neste cenário que as literaturas
LGBT surgem como ponte de acesso entre a temática e as crianças, já que abordam de
forma lúdica o que muitos podem presenciar na vida real, facilitando a compreensão do
meio que ele está inserido e ajudando a comunidade LGBT a se libertar desta falta de
conhecimento que assola a sociedade.
REFERÊNCIAS
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RESUMO
No contexto atual onde se discute constantemente a inclusão social, o estudo e o incentivo
na ampliação da acessibilidade têm ganhado força e relevância com o objetivo de
melhorar a capacidade de adaptação dos espaços físicos, do atendimento e dos serviços
oferecidos, diminuindo a falta de comunicação entre a sociedade e pessoas em condições
desfavorecidas. O seguinte trabalho, embasado na literatura da área de Ciência da
Informação, apresenta aspectos do processo de inclusão, adaptação de profissionais e
ambientes, e a formação do acervo especializado de bibliotecas e centros de informação,
focando especificamente na inclusão dos deficientes visuais. Percorrendo conceitos,
práticas profissionais, adequação de ambiente e oferta de serviços especializados
apresenta aspectos que devem ser tratados e aplicados de forma a garantir acesso a
informação aos portadores de deficiência visual, visto que a informação e o conhecimento
podem oferecer maior estabilidade profissional e pessoal, além de incluir e permitir o
desenvolvimento cognitivo de tais usuários proporcionando a estes, inserção na sociedade
e no mercado de trabalho.
ABSTRACT
In the present context where social inclusion is always discussed, the study and the
stimulus for extension of accessibility has increased in strength and relevance, with the
objective to improve the adaptability of physical spaces, and the services treatment
offered, decreasing the lack of communication between society and disadvantaged
people. This academic work is based on literature from the information science and shows
aspects of inclusion process, adaptation of professionals and of ambients, the construction
36
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). E-
mail: karinaaganette@gmail.com.
37
Acadêmico do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). E-mail:
maguiarcarvalho.bh@hotmail.com.
38
Acadêmico do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). E-
mail: augustok3d@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
A informação tem sido tanto produto final quanto moeda de troca no atual
cenário globalizado de alta competitividade. Segundo Inomata (2003) a informação no
que diz respeito à inovação
2 DEFICIENTE VISUAL
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Essas subdivisões chamam a atenção para como a comunidade com esse tipo
de deficiência é diversa, portanto diversa também são suas necessidades, o que
posteriormente evidencia a necessidade de um estudo exaustivo dos usuários com
deficiência que uma biblioteca pretende atender para que os serviços sejam desenvolvidos
considerando tais especificidades. A pesquisa realizada pelo IBGE (2010) corrobora com
a urgência em se pensar em tal público visto que a mesma, dentre outras questões
analisadas, expõe que cerca de 20% da população brasileira vive com alguma deficiência
visual em algum nível, evidencia também a demanda emergente por serviços e propostas
capazes de promover a inclusão social.
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4 DESENVOLVIMENTO DO ACERVO
público. Em síntese, o processo pode ser caracterizado a partir de um fluxo de seis etapas
como mostra a Figura 1, baseada nas considerações de Vergueiro (1989).
172
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIA
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RESUMO
Apresenta o curso de Licenciatura em Biblioteconomia da Universidade de Estado do Rio
de Janeiro mencionando os fatos históricos mais relevantes. Delimita as funções dos
Licenciado e Bacharel de acordo com legislação vigente. Enumera os discentes
matriculados no curso de Licenciatura em Biblioteconomia dos anos de 2010 a 2015.
Aponta a quantidade das contribuições científicas produzidas pelos docentes e discentes
do curso, e sua contribuição para a Biblioteconomia como um todo. Enfatiza a
importância da contribuição científica para o desenvolvimento acadêmico e profissional.
Utiliza o software Excel para organização e análise dos dados coletados, e a Plataforma
Lattes para identificação da produção científica desenvolvida pelos discentes. Entre 2010
e 2015 foram matriculados 107 discentes, dentre os quais produziram nove Trabalhos de
Conclusão de Curso, 55 artigos/apresentações/livros e 19 projetos de Ensino, Pesquisa e
Extensão. Conclui que a produção científica realizada pelos docentes e discentes do curso
de Licenciatura em Biblioteconomia, tanto contribuiu para a comunidade científica como
chancelou a necessidade da criação de professores dedicados ao ensino de futuros
profissionais de ensino fundamental e médio que serão de auxílio e assistência para o
Bibliotecário (profissional Bacharel em Biblioteconomia).
ABSTRACT
It presents the Licentiate course in Library Science of the State University of Rio de
Janeiro mentioning the most relevant historical facts. Delimits the functions of the
Licensee and Bachelor in accordance with current legislation. It lists the students enrolled
39
Acadêmico(a) do curso de Licenciatura em Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro - UNIRIO. janafg@gmail.com
40
Acadêmico(a) do curso de Licenciatura em Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro - UNIRIO. isabellalimaux@gmail.com
41
Acadêmico(a) do curso de Licenciatura em Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro - UNIRIO. aisabel46@gmail.com
176
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in the Bachelor's degree in Library Science from the years 2010 to 2015. It points out the
amount of scientific contributions produced by the course's teachers and students, and
their contribution to Librarianship as a whole. Emphasizes the importance of scientific
contribution to academic and professional development. It uses the Excel software to
organize and analyze the collected data, and the Lattes Platform to identify the scientific
production developed by the students. Between 2010 and 2015, 107 students were
enrolled, among which they produced nine Completion Works, 55 articles / presentations
/ books and 19 Teaching, Research and Extension projects. It concludes that the scientific
production carried out by the professors and students of the Licentiate degree in
Librarianship has contributed both to the scientific community and has called for the
creation of teachers dedicated to the teaching of future primary and secondary education
professionals who will be of assistance and assistance for the Librarian (Professional
Bachelor of Librarianship).
1 INTRODUÇÃO
177
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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não existia a Licenciatura, entretanto, o bacharel não tem formação pedagógica ao longo
do curso de graduação para desempenhar essa atribuição no Ensino Médio e Pós-Médio.
Desse modo, a pesquisa vem apresentar a trajetória do curso de Licenciatura em
Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com sua contribuição
acadêmica e profissional.
2 HISTÓRICO DO CURSO
178
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179
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ANO HISTÓRICO
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ANO HISTÓRICO
182
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desse programa.
Para isso, o projeto pedagógico foi todo revisto e atualizado para atender
demandas do Estado do Rio de Janeiro no que dizia respeito à formação de professores
para cursos técnicos em Biblioteconomia e também de profissionais para atuar nas escolas
na melhoria da educação conforme destaca o próprio projeto pedagógico de
Biblioteconomia.
183
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184
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2012/2 4
2013/1 6
2013/2 7
2014/1 7
2014/2 13
2015/1 6
2015/2 34
Fonte: Secretaria Acadêmica da Escola de Biblioteconomia (SIE), (2015)
186
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
187
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REFERÊNCIAS
188
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189
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RESUMO
LET THIS SUFFERED PEOPLE SHOW THEIR VALUE: memory, samba and
orality from the repertoire of Jovelina Pérola Negra
ABSTRACT
This article discusses concepts of memory, orality and identity and your relation to samba.
Methodologically presents a review of literature regarding collective memory, oral
tradition, identity and ethnicity. Discusses samba as a memory of the city of Rio de
Janeiro and representation of Brazilian culture, especially in the suburbs and favelas. As
a general objective is to debate about orality in the formation of black identity through
the repertoire of Jovelina "Pérola Negra", which uses the samba to report daily facts of
the black simple inhabitant of the suburb of Rio de Janeiro, considering the vast
discography of the singer, we establish the Songs "33, destino de D. Pedro II" and "Sonho
Juvenil" as object of study.
42
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
luane.sporto@gmail.com
43
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
laura.mmsantos@gmail.com
190
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Keywords: Memory. Orality. Identity. Jovelina Pérola Negra. Samba. Rio de Janeiro.
1 INTRODUÇÃO
191
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Pomian (2000) descreve memória como o elemento que permite o ser vivo
remontar o tempo, para relacionar-se com passado, mesmo estando no presente, tendo
dentre outros objetivos, o de formar uma identidade que possa ser reforçada por
momentos vividos e preservados e, por escolha ou não, descartados.
Jöel Candau, em seu ensaio de antropologia, intitulado Memória e identidade
(2011), trata a questão da identidade delimitando-a, inicialmente, como um estado
construído socialmente “de certa maneira sempre acontecendo no quadro de uma relação
dialógica com o outro” (2011, p. 09).
192
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193
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vendedora de linguiça, fez seu nome no samba com músicas nas quais é possível vivenciar
ao seu lado estas experiências.
Guaraci Sant’Anna, o poeta do morro, foi o compositor por trás de alguns dos
maiores sucessos de D. Jovelina. Parece haver alguma confusão e ambiguidade, no que
se refere a existência de vários compositores de samba de nome Guará atuantes na mesma
época. No entanto, os registros levantados nos LPs “sangue bom” e “luz do repente”
atribuem autoridade à alcunha Guará, que tudo indica ser Guaraci Sant’Anna
Compositor das faixas “Catatau”, “Sorriso Aberto” e tantos outros sambas
cantados por Jovelina e que embasam críticas sociais, Guará, expõe uma realidade pouco
debatida ou mesmo lembrada. Merece ser mencionado neste trabalho, enquanto
autoridade intelectual que produziu os dois principais objetos deste estudo, as faixas “33,
destino de D. Pedro II” ao lado de Jorginho das Rosas e “Sonho Juvenil”.
Entre tantas músicas, Guará presenteou Jovelina com algumas especiais, sendo
uma delas “33, destino de D. Pedro II”. Composta pelo poeta ao lado de Jorginho das
Rosas foi samba-enredo de 1984 do Grêmio Recreativo Escola de Samba Em Cima da
Hora e posteriormente, faixa do álbum Sangue Bom, 1991.
Dado ao contexto histórico no qual o Rio de Janeiro está inserido, onde os negros
foram prioritariamente marginalizados, passando a ocupar espaços periféricos no que
hoje entendemos como subúrbio e favelas, regiões afastadas do centro comercial da
cidade, o trem, referenciado na música como estrada de ferro D. Pedro II, atual estação
Central do Brasil, faz parte do cotidiano da classe trabalhadora.
Como ambiente, o trem é culturalmente rico, sendo um local de livre
manifestação. Ao viajar de trem, como canta Jovelina na letra de Guará, é possível
encontrar ambulantes vendendo os mais diversos produtos, de doces à eletrônicos por
preços, geralmente, acessíveis. Jogos e rodas de samba, são a maneira que o carioca
encontra de aproveitar descontraidamente o longo tempo passado no transporte público,
porém, andar de trem não é algo tão glamoroso assim, a crítica, intrínseca a esta canção,
aborda o sucateamento das ferrovias e a falta de segurança, parte do dia a dia de quem
utiliza esse transporte.
Ao transformar em música essa experiência individual, que também é coletiva, Jovelina,
que também foi ambulante, dialoga com o conceito de memória e construção de
identidade do trabalhador suburbano.
“Sonho Juvenil” ou Garota Zona Sul como ficou popularmente conhecido mais
um presente do poeta Guaraci Sant’Anna à D. Jovelina, faixa exclusiva do LP Luz do
Repente, 1987. Uma música Lado B, até hoje cantada e conhecida nas rodas de samba,
traz em seus versos o relato do sonho suburbano de “atravessar o Rebouças”, túnel que
conecta a zona norte a zona sul da cidade, crescer e se tornar aquilo que acredita ser
melhor.
197
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de D. Pedro II” mora em outro município, passa horas no trem, no ônibus, lidando com
as cobranças do patrão e a insegurança iminente para ganhar o pão.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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cantigas documentadas, mas se faz necessário atentar para a possível perda de toda essa
tradição em algumas décadas.
REFERÊNCIAS
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na roda. Tese de Doutorado – Universidade Estadual de Campinas, 2004.
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JOVELINA PÉROLA NEGRA. Sorriso Aberto. Rio de Janeiro: RGE, 1988. 1 disco
sonoro. Lado A. Faixa 4.
CANDAU, Joël. Memória e identidade. Trad. Maria Letícia Ferreira. São Paulo:
Contexto, 2011.
200
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Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
GUARÁ; ROSAS, Jorginho das. 33, destino de D. Pedro II. Intérprete: Jovelina Pérola
Negra. In: JOVELINA PÉROLA NEGRA. Sangue Bom. Rio de Janeiro: Som Livre,
1991. 1 CD. Faixa 3.
______. Sonho Juvenil (Garota Zona Sul). Intérprete: Jovelina Pérola Negra. In:
JOVELINA PÉROLA NEGRA. Luz do Repente. Rio de Janeiro: RGE, 1987. 1 disco
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Campinas: Editora da UNICAMP, 2003.
NAPOLITANO, Marcos. História & música: história cultural da música popular. Belo
Horizonte: Autêntica, 2002. (Coleção História &... Reflexões, 2.).
201
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NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História:
revista do Programa de Estudos Pós-graduados em História e do Departamento de
História da PUC/SP, São Paulo, n.10, p. 7-28, dez. 1993.
TIA DOCA; COSTA, Jadilson. Orgulho Negro (Negro é Raiz). Intérprete: Jovelina
Pérola Negra. In: JOVELINA PÉROLA NEGRA. Amigos Chegados. Rio de Janeiro,
Som Livre, 1990. 1 CD, faixa 7.
202
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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ROSA, Victor44
SILVA, Laiza Lima da 45
RESUMO
Aborda a relação entre bibliotecas públicas e inclusão social de pessoas com deficiência,
a partir de políticas públicas. Objetiva apontar em duas políticas públicas – a Lei
Brasileira de Inclusão e o Plano Nacional de Cultura – e no Manifesto da IFLA/UNESCO
para bibliotecas públicas as indicações sobre o papel da biblioteca no processo de inclusão
das pessoas com deficiência. Para isso, a partir da consulta as políticas, localiza nos
documentos termos relacionados aos temas do estudo. Trata do papel da biblioteca
pública no processo de inclusão a partir de textos estudados em disciplinas que versavam
sobre os temas. Reconhece que a biblioteca pública, no processo de inclusão, pode
desempenhar um papel significativo e que as políticas podem servir de instrumento de
amparo a algumas ações. Conclui que as políticas públicas relacionadas à Cultura ou a
biblioteca pública estabelecem poucas relações com as pessoas com deficiência e que,
por sua vez, a Lei de Inclusão pouca aborda o papel da biblioteca. Por fim, tece sugestões
para novos trabalhos.
ABSTRACT
44
Acadêmico do curso de Licenciatura em Biblioteconomia da Escola de Biblioteconomia (EB) da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
e-mail do autor: victor.soares.rosa@gmail.com
45
Acadêmica do curso de Bacharelado em Biblioteconomia Noturno da Escola de Biblioteconomia (EB)
da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
e-mail da autora: laizaunirio@gmail.com
203
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It addresses the relationship between public libraries and the social inclusion of people
with disabilities, based on public policies. It aims to point out in three public policies -
the Brazilian Inclusion Law, The National Cultural Plan of Brazil and The IFLA /
UNESCO Manifesto for public libraries - indications of the role of libraries for the
inclusion process of people with disabilities. For this, from the query as policies, finds in
the text of the documents terms related to the study themes. It discusses the role of the
public library in the process of inclusion through texts studied in subjects dealing with
themes. It recognizes that the public library in the process of inclusion can have a
significant role and that public policies can serve as an instrument of protection and guide
to some actions. It concludes that the public policies related to Culture or to public library
are less related to disabled persons than they could, and that the Brazilian Law of
Inclusion give few directions for the actions of public libraries. Finally, it makes
suggestions for new papers.
1 INTRODUÇÃO
204
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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205
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espaços públicos. Outro documento normativo analisado, embora não seja uma política
estabelecida pelo Estado e, por isso não ser uma política pública, é o Manifesto da
Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Bibliotecas (IFLA) para
bibliotecas públicas.
Neste sentido, o presente trabalho objetiva apontar nas políticas selecionadas as
normativas relacionadas a bibliotecas e/ou ao acesso a cultura e/ou a inclusão de pessoas
com deficiência.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para que os objetivos sejam atingidos, a metodologia foi empregada a partir das
recomendações de Gil (2010), o que caracterizou esta pesquisa como exploratória, quanto
aos seus objetivos, por proporcionar maior aproximação ao problema e construir
hipóteses e, quanto aos seus procedimentos técnicos, determinou-se ser esta uma pesquisa
bibliográfica e documental, a partir da consulta a livros, artigos científicos e trabalhos em
anais de congressos, assim como a manifestos, diretrizes, leis, programas, entre outros
documentos.
A seleção das políticas analisadas – LBI, PNC e o Manifesto da IFLA – se deu
por um critério de relevância e abrangência. A LBI é uma lei nacional, instituída tendo
como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização
das Nações Unidas (ONU) e sendo, no Brasil, considerada o Estatuto da Pessoa com
Deficiência. O PNC é uma política cultural também de amplitude nacional destinada um
projeto de desenvolvimento cultural no Brasil a partir de aparelhos e ações culturais,
destinando metas a serem atingidas a médio prazo. E o Manifesto da IFLA para
bibliotecas públicas tem amplitude internacional, tendo sido elaborado pelo principal
organismo de associações bibliotecárias mundialmente, a IFLA, em conjunto com a
Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNESCO), servindo de
diretriz para os serviços de qualquer biblioteca pública no mundo.
A pesquisa bibliográfica envolveu a seleção de textos estudados na disciplina
Políticas Públicas para a Biblioteconomia, para uma aproximação com o universo da
206
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207
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Por isso, políticas públicas podem ser um instrumento de importância no fazer das
bibliotecas. Podem servir de justificativa, auxílio ou guia para a elaboração de serviços.
Para discutir Políticas Públicas, o texto de Souza é a base. A autora elabora uma revisão
de literatura, abordando o desenvolvimento da noção de políticas públicas, estabelecendo
um tratamento como uma área de conhecimento nas Ciências Sociais e como um
documento produzido pelo Estado.
Na concepção da autora,
O que se vê é que a política pública é uma das formas pelas quais o governo diz
que vai fazer algo ou tentar desenvolver algo em torno de um objeto. A formulação destas
políticas pode levar em consideração a participação de grupos de interesses e movimentos
sociais (SOUZA, 2006), ou seja, pode partir de atores sociais que militem por suas
demandas.
209
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Por ser uma lei que trata especificamente da inclusão de pessoas com deficiência,
o único termo de busca utilizado foi “biblioteca”. Foi realizada pelo modo de busca em
ambientes da Web pelos comandos de teclado de computador “ctrl” e “f”.
O termo foi recuperado apenas duas vezes, ambas no artigo 68 da lei, parágrafo
primeiro. O texto do artigo diz:
Já o texto do parágrafo:
A busca pelas metas relacionadas às pessoas com deficiência foi realizada das
seguintes formas: buscando-se pelo filtro “Tags” e pelo campo de busca “Palavra-chave”
na seção do sítio eletrônico do PNC “Acompanhe as metas”.
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partir das propostas de Desenho Universal e da Norma Brasileira 9050 que dá necessárias
recomendações sobre acessibilidade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo de apontar nas políticas escolhidas o papel da biblioteca pública (para a LBI
que tem seu escopo específico) ou a participação da pessoa com deficiência (para o PNC
e o Manifesto da IFLA) foi atingido e, embora o objetivo não estivesse pautado em uma
análise, foram expostas algumas considerações sobre os resultados encontrados.
Percebeu-se que, no âmbito da LBI, a biblioteca, embora seja mencionada, não tem uma
participação efetiva apontada. Já no contexto do PNC, as metas tinham uma amplitude e,
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embora duas reconhecessem bibliotecas acessíveis para pessoas com deficiência, não era
possível acompanhar a situação da meta. Por fim, no Manifesto, não havia menção
explícita de ações para pessoas com deficiência, no entanto, seu discurso é o de promoção
da igualdade e cidadania. Apesar de minimamente, as três políticas consideram a
biblioteca pública um espaço de inclusão.
O que se propõe para trabalhos futuros é identificar na ação cotidiana da biblioteca, a
partir de visitação a estes espaços e realização de entrevistas e questionários com seus
gestores e usuários, a aplicação destas políticas em seu fazer diário de modo a identificar
se há ações que façam o usuário com deficiência se sentir incluído.
Finalmente, diante da proposta do evento de discutir inclusão das minorias sociais e
reconhecendo as pessoas com deficiência como um grupo socialmente excluído nas
sociedades ao longo das décadas, este trabalho, no contexto do grupo de trabalho 03 de
educar para a diversidade, pode trazer importantes discussões sobre esse grupo específico
e contribuir para a revisão de práticas nos espaços de trabalho, especialmente as
bibliotecas públicas, no fazer dos profissionais de Biblioteconomia.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 [: Lei Brasileira de Inclusão]. [s. l.],
2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm>. Acessado em: 30 maio 2017.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
216
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de
Janeiro: WVA, 1997.
217
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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RESUMO
ABSTRACT
Bibliotherapy was introduced more than five decades among Brazilian scholars, yet its
history goes back millennia. Nevertheless, it is not adequately disseminated and used in
Brazil, this work will make a brief visit to the past of this treatment and will then discuss
the methods, specificities and diverse applications of bibliotherapy as an effective
treatment against the "soul evils" as well As its effectiveness in improving even
physiological pain with the treatment being performed adequately. Such affirmations will
be arranged along with their recognized sources by the academic means to attest their
veracity and verifiability.
Keywords: Bibliotherapy. Library Science. Reading.
1 INTRODUÇÃO
46
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade de Informação e Comunicação
(Universidade Federal de Goiás).apollyany@gmail.com
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importantes, sendo utilizados em uma vasta gama de atividades, uma delas é um método
terapêutico, a biblioterapia, que tem colaborado com tratamentos neurológicos,
psicológicos e fisiológicos. Conhecida também como leitura terapêutica, a biblioterapia
é um recurso comprovado cientificamente que possui a capacidade de exercer uma
influência psicológica positiva, culminando em resultados positivos ao paciente.
Apesar de a biblioterapia ser uma área associada diretamente ao ramo da psicologia,
ela ainda é inerente ao serviço da informação, logo, o profissional bibliotecário pode atuar
na área unindo as técnicas da profissão a um trabalho de cunho social (Silva, 2013)
logrando a um resultado benéfico.
Assim, esse artigo tem como objetivo principal expor a atuação do profissional
bibliotecário atuante com a biblioterapia, descrevendo as principais características do
profissional dentro dessa área. Incluindo os benefícios que a leitura terapêutica traz aos
pacientes que a aderem, descrevendo um pouco da sua história e seus tipos.
Diante do contexto apresentado pela biblioterapia, o artigo replicará os benefícios da
biblioterapia e visa expor o profissional da informação, o bibliotecário, atuando dentro
dessa área. Este trabalho contribuirá para futuras conclusões que possam ser realizadas,
com pesquisas em campo e/ou teórica com uma abrangência mais detalhada da relação
do sujeito com e a leitura e os seus resultados.
1.1 METODOLOGIA
O método usado para a realização desse trabalho foi pelo processo qualitativo de
pesquisa, no qual houve levantamento de dados para se obter um aprofundamento no
conhecimento desejado. Houve uma averiguação para o projeto em base teórica,
realizando pesquisa documental e também revisão bibliográfica, onde foram utilizados
dados, teses, dissertações e pesquisas sobre o tema proposto.
Para se realizar a análise de dados suficiente para o projeto, foi realizado pesquisas
em alguns sites específicos para artigos, teses entre outros do gênero. Como o site da
Scielo, pubmed e também o Google Acadêmico. Os termos mais utilizados para a busca
foram “biblioterapia”, “bibliotecário + biblioterapia” e também “perfil + bibliotecário +
219
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século XXI”. Como resultado da pesquisa, vários artigos foram selecionados e alguns
foram bastante utilizados (e mencionados ao longo do o artigo) como Caldin (2011),
Valencia e Magalhães (2015).
220
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Guedes e Ferreira (2008 apud Silva, 2011) dividem a biblioterapia em três tipos;
a institucional, a clínica e a desenvolvimental:
221
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Acredita-se que a biblioterapia pode ser proposta para todas as idades, em grupo
ou individual, em qualquer tipo de instituição seja privada ou pública. O importante é que
a história ou até mesmo o livro a ser indicado seja adequado. Visto que a presente pesquisa
focou na biblioteca escolar. A literatura especializada recomenda e sugere para o público
infantil a utilização da literatura infantil, porque é capaz de mexer com o imaginário da
criança. No caso de jovens e adultos as crônicas e poesias são ótimas opções para leitura
terapêutica, nunca deixando de lado a dificuldade da pessoa para que haja o envolvimento
do leitor/ouvinte com o enredo da história. Por isso: [...] o papel do bibliotecário na
biblioterapia é definido, em grande parte pela formação profissional específica do
bibliotecário e sua interação com outros profissionais. O contexto no qual o programa é
planejado e aplicado, os objetivos que pretende atingir, e os usuários aos quais destina
são outros fatores determinantes. (CASTRO e PINHEIRO, 2005, p. 4 apud PEREIRA,
2014, p.18).
Pereira (2014), nos lembra que a biblioterapia não funciona em um “passo de
mágica”, sendo um tratamento que requer planejamento, é multidisciplinar e necessita de
um ambiente adequado. A formação do grupo deve ser de acordo com as necessidades e
problemas dos indivíduos e seleção dos materiais a serem utilizados na leitura devem ser
condizentes a essas necessidades do grupo.
Assim, Almeida et al (2012) resumem a definição da biblioterapia como sendo
uma prática que utiliza textos (livros, contos, resenhas, poemas etc.) na tentativa de ajudar
pessoas com problemas, tanto físicos quanto mentais, a encontrar solução ou alívio para
a adversidade sofrida, sendo que esse serviço pode ser promovida pelas mais diversas
áreas do conhecimento, como a biblioteconomia.
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XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
da Informação – ENEBD 2017
as autoras, a leitura terapêutica existiu no Egito Antigo, com o Faraó Ramsés II, onde esse
ordenava que em todas as peças de seu acervo fosse colocado a frase “Remédios da
Alma”, lembrando também que as bibliotecas desses povos eram chamadas de “Casa de
Vida” por estarem ligadas diretamente com a espiritualidade. Em continuação as autoras,
Valencia e Magalhães (2015), corroboram a existência dessa prática entre os romanos e
também na Grécia Antiga, onde já se recomendava a leitura como auxiliar ao tratamento
médico.
Em 1980, com o médico Benjamin Rusch, a biblioterapia começa a ser inserida
aos pacientes com problemas psiquiátricos, idosos e problemas relacionados com a
sensibilidade humana, como a melancolia, tristeza, ansiedade, mania, entre outros
(VALENCIA e MAGALHÃES, 2015).
Porém, foi apenas no ano de 1904, que houve a integração da biblioteconomia
nessa área, com a ajuda da bibliotecária chefe da biblioteca de Massachusett (Pereira,
1996 apud Almeida et al, 2012).
Para Bezerra (2011 apud Pereira, 2014), foi a partir dos projetos desenvolvidos
em diversos locais que a biblioterapia se disseminou chegando no século XXI ao Brasil.
“A leitura terapêutica é praticada há muito tempo não somente com a preocupação da
saúde mental e física, mas há o cuidado com indivíduo em si para permitir que ele liberte-
se de si próprio, por isso a biblioterapia” (PEREIRA, 2014).
3 O BIBLIOTECÁRIO E A BIBLIOTERAPIA
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técnicas mantidas pela profissão, ele deve estar inserido em várias facetas do mercado,
sendo o próprio um profissional multifacetado (SILVA, 2011).
Estamos inseridos em uma sociedade da informação, onde há uma valorização no
conhecimento e inovações. Assim, a tendência mercadológica é que os campos de atuação
tornem-se multidisciplinares, é o que acontece com a área da biblioterapia que para Silva
(2011), a biblioterapia não deixa de ser um serviço de informação, por isso o profissional
bibliotecário pode desenvolver projetos na área mas também deve estar adequado ao
ambiente de escolha.
Para Pereira (1996 apud Silva, 2013) o profissional da informação que trabalha
com a biblioterapia deve estender a algumas qualidades pra atuar nessa área, ele deve ter
estabilidade emocional, controle de preconceitos, ser tolerante, paciente, objetivo,
observador, flexível, dominar os sentimentos e passar ao usuário alegria. Esse mesmo
profissional que escolher essa área não trabalhará de forma isolada, existem áreas que
corroboram na terapia, como os profissionais de enfermagem, medicina e psicologia
(SILVA, 2011).
Para Leite (2009), existem algumas diretrizes básicas para o bibliotecário que
queira trabalhar com a biblioterapia, que são: escolher um local adequado para a
realização da terapia, formação de grupos de leitura, a realização de uma lista com a
escolha dos materiais selecionados de acordo com a necessidade das pessoas envolvidas.
Esse profissional também deve estar atualizado a respeito da prática desenvolvida e, se
achar pertinente, deve manter contato com profissionais de outras áreas, para
compartilhar ideias, conhecer outros grupos e até tirar dúvidas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sobre tudo o que foi apresentado, é explícito que as palavras são o elemento essencial
para a terapia de leitura, pois elas convencem, emocionam, incentivam e criam vínculo
entre o paciente e a história. O leitor se envolve emocionalmente na história tratada pelo
livro, carregando do que ele aprendeu em sua própria história. (VALENCIA;
MAGALHÃES, 2015). Assim, as histórias lidas são capazes de atingir várias sensações
a quem está lendo, sendo capazes de auxiliar em problemas enfrentados, tanto emocional,
psicológico ou até fisiológico.
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A biblioterapia não é jovem quanto se acredita, a leitura como terapia já existia na desde
a época do Egito Antigo, sendo aprimorada e estudada, chegando ao que conhecemos
hoje, uma terapia reconhecida a com respostas positivas para aqueles que a utilizam.
Sendo uma área multidisciplinar, a biblioterapia consegue agregar várias técnicas e
conceitos, forçando o profissional que escolher trabalhar nessa área a abrir o leque de
conhecimento para um melhor aproveitamento.
O profissional bibliotecário pode escolher em trabalhar nessa área, porém o mesmo deve-
se capacitar estudar e se nortear de informações sobre o tratamento, pois como foi dito a
cima, a terapia não se pode limitar apenas a uma técnica. Infelizmente, a área da leitura
terapêutica ainda é reconhecida muito mais entre os profissionais da saúde quanto aos
bibliotecários, fazendo que o número desses profissionais da informação fique a baixa
nesse mercado.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Maria Jéssica X.; SOUSA, Ana Lívia M.; DANTAS, Francisca
Valesca V.. Biblioterapia aplicada em portadores de autismo. In: ENCONTRO
UNIVERSITÁRIO DA UFC, 4., 2012, Juazeiro do Norte, CE. Anais Eletrônicos...
Juazeiro do Norte, CE: UFC, 2012.
ALMEIDA, Edson M.; GOMES, Micarla do N.; SILVA, Diogo M. S.; SILVA, Mona
Lisa. . Biblioterapia: O bibliotecário com agente integrador e socializador da
informação. In: ENCONTRO REGIONAL DE ESTUDANTES DE
BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO, CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E
GESTÃO DA INFORMAÇÃO – EREBD N/NE, 15, 2012, São Luiz. Anais...
Maranhão: Encontro Regional de Estudantes de Biblioteconomia, Documentação,
Ciência da Informação e Gestão da Informação, 2012. v. 3, p. 1 - 15.
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Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão
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da Informação – ENEBD 2017
STANCKI, Rodolfo. Leitura Terapêutica. Gazeta do povo, abr. 2013, Disponível <
http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/comportamento/leitura-terapeutica/>,
Acessado 19 de jan. de 2017.
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RESUMO
O presente artigo visa discutir a importância da mediação da literatura infantil com
personagens negros no processo de formação identitária das crianças negras no contexto
brasileiro, historicamente marcado pelas relações raciais. Justifica-se pela necessidade de
repensar as práticas do profissional da informação numa sociedade ainda permeada por
relações desiguais visando destacar suas possibilidades de atuação de na sociedade. A
pesquisa caracteriza-se como descritiva quanto a sua natureza e bibliográfica quanto ao
método utilizado, que consistiu na revisão bibliográfica das temáticas, realizada nas bases
de dados Scielo e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
e com a utilização de livros que abordam literatura infantil, identidade e mediação
encontrados em referências de, pelo menos, três artigos sobre esses temas localizados no
portal da Capes. Conclui-se que, embora a produção de livros de literatura infantil atual
já contemple personagens negros, muito ainda precisa ser feito no sentido da mediação
desses materiais, pois o problema do racismo persiste nas produções e na sociedade como
um todo, devendo o bibliotecário estar atento a essas questões e realizar a mediação de
materiais que contribuam de forma positiva no processo de construção da identidade de
crianças negras.
47
Acadêmico (a) do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal da Bahia
(UFBA). larissaqueiroz@outlook.com.
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ABSTRACT
This article aims to discuss the importance of mediation of children 's literature with black
characters in the process of identity formation of black children in the Brazilian context,
historically marked by racial relations. It is justified by the need to rethink the practices
of the information professional in a society still permeated by unequal relationships in
order to highlight their possibilities of acting in society. The research is characterized as
descriptive as to its nature and bibliographical as to the method used, which consisted in
the bibliographic review of the themes, carried out in the Scielo databases and
Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (Capes) and the use of
books Which deal with children's literature, identity and mediation found in references of
at least three articles on these themes located in the Capes portal. It is concluded that,
although the production of current children's literature already includes black characters,
much still needs to be done in the mediation of these materials, since the problem of
racism persists in productions and society as a whole, and the librarian must be Attentive
to these issues and to mediate materials that contribute positively to the process of
building the identity of black children.
1 INTRODUÇÃO
O papel do bibliotecário na mediação de livros de literatura infantil se faz
necessário em uma sociedade em que o hábito de leitura ainda é tão pouco praticado, seja
por falta de recursos das famílias para comprar livros, seja pela forma como as escolas
ainda trabalham a leitura como algo obrigatório e chato, visto como um fardo para os
pequenos leitores. Existe ainda a necessidade da leitura crítica por parte de algumas obras
que, embora feitas para crianças, são criadas por adultos inseridos em um contexto social
em que, muitas vezes, as ideologias sociais dominantes são preconceituosas em relação a
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Inicialmente é feita uma breve explanação sobre literatura infantil e seu histórico,
e após isso analisa-se a representação do negro nos livros de literatura infantil no Brasil.
É realizada ainda uma breve discussão sobre a construção da identidade da criança negra
no contexto sócio-histórico brasileiro para só então avaliar de que forma deve ser
232
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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Meirelles (1984) chama atenção para o fato de que a literatura vai muito além do
texto escrito, existiu antes dele e mantém-se ainda hoje através da oralidade em algumas
sociedades. O que se infere disso é que a literatura não só esteve presente desde muito
tempo na história da humanidade, como também o fato de que conceituá-la pode ser muito
difícil, uma vez que, ao contrário do que se possa pensar, ela não está relacionada apenas
a textos escritos, mas também a contos transmitidos oralmente. Sobre literatura e
literatura infantil, Meirelles afirma:
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Mas ainda hoje, a influência europeia se faz presente no que diz respeito à
literatura infantil no Brasil e aos clássicos como Branca de Neve, Cinderela, Alice no
País das Maravilhas são, muitas vezes, as principais referências as que as que crianças
são apresentadas no campo literário, o que faz pensar a questão da falta de
representatividade étnica nos livros de literatura infantil. Não bastasse isso, mesmo alguns
clássicos nacionais reforçam estereótipos negativos acerca dos negros, sendo por tanto
necessário não apenas a inserção de livros com personagens negros nas bibliotecas, mas
também o desenvolvimento de uma visão crítica sobre a representação do negro em
algumas histórias.
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Sendo a literatura um fenômeno social, ela não poderia se manter alheia a esse
cenário. Inicialmente, o negro não aparecia nas produções e quando começa a surgir, é de
forma estereotipada, tal como afirma Gouvêa
Autores como Del Picha, Maria Velloso, Tales de Andrade e o grande escritor
Monteiro Lobato produziram histórias nas quais os negros são representados de forma
estereotipada, aparecendo como um personagem secundário e subserviente, ou violento,
ou ignorante e ainda com características fantásticas, relacionadas ao misticismo. Observa-
se que esses estereótipos derivavam-se de características associadas aos negros em
decorrência de sua posição social: a benevolência e passividade seriam a imagem da negra
idosa que cuidava das crianças brancas, a violência relacionava-se ao negro
marginalizado e desamparado pelo Estado, que recorria ao crime para sobreviver, a
48
Termo utilizado por Viviane Barbosa Fernandes (2016) para se referir às teorias raciais do século XIX.
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ignorância ao fato de que a grande maioria não tinha acesso ao estudo e o misticismo às
práticas religiosas tradicionais que muitos negros praticavam (GOUVÊA, 2005). Tudo
isso é reforçado com a depreciação das características físicas dos personagens. Em
Memórias de Emília, de Monteiro Lobato, a famosa boneca de pano, Sítio do Pica Pau
Amarelo diz a Tia Anastácia (uma cozinheira negra):
Negra beiçuda! Deus que te marcou, alguma coisa em ti achou. Quando ele
preteja uma criatura é por castigo. Essa burrona teve medo de cortar a ponta da
asa do anjinho. Eu bem que avisei. Eu vivia insistindo. Hoje mesmo eu insisti.
E ela com esse beição todo: ‘Não tenho coragem... é sacrilégio...’ Sacrilégio é
esse nariz chato. (LOBATO, 2004 apud SILVA; SILVA, 2011, p. 6).
Pois muito bem. A vaca é tudo isso que acabo de dizer e muito mais. No
entanto, se você comparar a mais suja negra de rua com uma vaca dizendo:
‘Você é uma vaca’, a negra rompe num escândalo medonho e se estiver armada
de revólver, dá tiro. . (LOBRATO, 1936 apud GOUVÊA, 2005 p. 86).
Havia uma cabana escondida numa porção de árvores. Todos os que passavam
por lá se benziam. É que corria a fama por toda a redondeza que ali morava um
feiticeiro. De fato, o dono daquela cabana era um preto velho, muito feio, muito
misterioso. (DEL PICHA, 1932 apud GOUVÊA, 2005, p. 87).
Silva e Silva (2011, p. 7) afirmam que apenas a partir da década de 1980 é que se
tem uma mudança nesse “lamentável quadro que tantos malefícios trouxe para a formação
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de crianças e jovens brasileiros”. No livro Menina bonita de laço de fita, de Ana Maria
Machado, por exemplo, a protagonista é uma personagem negra, que tem suas
características ressaltadas de forma positiva. Isso é de extrema importância para
formação da identidade das crianças, uma vez que esse processo “vai passar
inevitavelmente pelos referenciais a que elas forem apresentadas” (MARIOSA; REIS,
2011, p. 42), incluindo os livros de literatura que forem lidos durante essa fase.
Assim, tal processo é compreendido como algo mutável, que sofre influência dos
espaços pelos quais as pessoas passam e da forma como elas se veem enxergadas pelos
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Inicialmente visto como mercadoria, o negro no período escravocrata não era visto
como um ser humano, nem ao menos respeitado como um animal deve ser. A exploração
do seu corpo ia além das fronteiras do trabalho opressor e alcançava as mais humilhantes
formas de perversidade, tal como demonstra a citação abaixo:
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(2004 apud PINTO; FERREIRA, 2014, p. 259) afirma que “a tese de que a nação
brasileira ‘embranqueceria’ e vinculada a ela a adoção de um sistema amplo de
classificação se apresentaram como solução para o caso especial brasileiro”.
O fato é que o negro devia ser excluído da sociedade de alguma forma. Ele não
era aceito, sua imagem era vista como sinônimo de atraso e ignorância, mas que poderia
ser tolerado caso se aproximasse mais do modelo branco e civilizado, considerado padrão.
Mais tarde, durante o século XX, o surgimento do mito da democracia racial, que
sugere uma convivência harmoniosa entre as raças, gera ainda outra problemática: a de
que, devido a esse convívio pacífico, oriundo do processo de miscigenação da qual todos
fazem parte, não existe racismo no Brasil. Isso gera um silenciamento em torno da
questão, impedindo que aqueles que sofrem com o problema possam denunciar o que
ocorre. O chamado racismo à brasileira, diferente do que ocorreu nos Estados Unidos,
onde os negros foram perseguidos e segregados de forma muito mais marcada, é tão grave
quanto qualquer outro, pois incute a ideia de inferioridade dos indivíduos por suas
características fenotípicas (PINTO; FERREIRA, 2014).
Mas ainda há muito para ser feito, pois os problemas decorrentes do racismo
persistem e certamente não desaparecerão em pouco tempo. Seja na família (pessoas
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Em face do que foi exposto, percebe-se que a literatura infantil com protagonismo
de personagens negros pode ajudar despertar nas crianças dessa cor um sentimento
positivo em relação à própria identidade e consequentemente valorizar sua autoestima,
sendo de extrema importância que os profissionais comprometidos com a educação, a arte
e a cultura desenvolvam ações nesse sentido. Fleck, Cunha e Caldin, em texto publicado
em 2016 (p. 195) afirmam:
240
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Souto (2010) baseia-se nos estudos de Carol Khulthal para analisar o conceito de
mediação e o entende como “a intervenção humana para assistir a busca de informações
e uso” e o mediador “uma pessoa que ajuda, guia, orienta e intervém no processo de busca
de informação de outra pessoa”. (KHULTHAU apud SOUTO, 2010, p. 76). A autora
propõe cinco níveis de mediação, sendo eles: organizador (mediação implícita ou
indireta), localizador, identificador, conselheiro e orientador.
Segundo a autora, o nível organizador é o mais superficial e ocorre sem que haja
a interação entre o bibliotecário e o usuário da informação – o leitor. O nível localizador
seria o momento de busca, em que necessariamente precisa haver a interação, já que há
uma necessidade manifesta, da mesma forma que na identificação. Os níveis conselheiro
e orientador são aos mais complexos e exigem do profissional da informação um
conhecimento mais aprofundado sobre o usuário/leitor, para que se possa direcioná-lo ao
material mais adequado.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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OLIVEIRA, P. P. Onde estão os meus heróis?: uma reflexão sobre literatura infantil e
identidade da criança negra. 2004. 53 f. TCC (Graduação em Pedagogia) - Universidade
Federal da Bahia. Faculdade de Educação, Salvador, 2004.
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ROSA, Victor49
RESUMO
Reflete sobre o desenvolvimento da coleção da biblioteca escolar à luz das teorias críticas
e pós-críticas do currículo. Objetiva discutir e relacionar, através destes objetos, os
campos da Biblioteconomia e Educação pelo levantamento de questionamentos e
apontamento de algumas considerações. Reconhece que a atividade de seleção permeia
os dois campos (Desenvolvimento de Coleções e Currículo) e que a ação selecionar
envolve operações de poder. Diante das questões centrais das teorias críticas e pós-críticas
do currículo – como identidade, reprodução social, reprodução cultural,
multiculturalismo, diferença, entre outras categorias – problematiza a coleção escolar,
apontando que ela pode ser uma das formas pelas quais a comunidade escolar se sinta
representada. Consiste em um estudo exploratório, elaborado a partir de pesquisa
bibliográfica, utilizando fontes para os textos indicados nos programas das disciplinas
que abordam estas temáticas. Conclui que Currículo, Biblioteca Escolar e
Desenvolvimento de Coleções são campos que se relacionam, tece sugestões para novos
estudos e, sobretudo, considera que a biblioteca escolar, assim como o currículo, é capaz
de forjar identidades.
ABSTRACT
It reflects on the development of the school library collection in the light of the curriculum
critical and post-critical theories. It aims to discuss and relate Library Science and
Education throughout questioning and indicating some points of view. It recognizes that
the selection process is in both areas and consists on operations of power. Faced with
issues such as identity, social reproduction, cultural reproduction, multiculturalism,
difference, among other categories, it problematizes the library school collection,
pointing out that it can be one of the ways the school community feels represented. It
consists on an exploratory study, based on bibliographical research, using as sources texts
from the programs of the disciplines that deal with these themes. It concludes that
49
Acadêmico do curso de Licenciatura em Biblioteconomia da Escola de Biblioteconomia (EB) da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
e-mail: victor.soares.rosa@gmail.com
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Curriculum, Library School and Collections Development are related areas and suggests
that there are new studies that can be done. Overall, considers that the library school, just
like curriculum, is also able to develop identities.
1 INTRODUÇÃO
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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escolar (2005) e ao texto de Fragoso (2002). Nossas referências para DC são retiradas do
programa da disciplina Formação e Desenvolvimento de Coleções, sendo elas: Vergueiro
(2010) e Weitzel (2006). No âmbito do Currículo, nossa referência é Silva (2016), atual
leitura na disciplina de Currículo.
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Para a abordagem de DC, estes são os elementos que serão necessários a nossa
análise posterior. Pensarmos DC implica em decisões, mesmo que com a possível
participação ativa de outros sujeitos, as etapas que envolvem seleção suscitam
questionamentos e cuidados por sempre, mesmo baseado em normativas, envolverem
escolhas que podem falhar na tentativa de serem democráticas e por acreditamos que
sempre privilegiam um determinado grupo em detrimento de outro.
Partimos de Silva (2016) por ser ele quem nos apresenta, em uma visão histórica,
a trajetória do Currículo enquanto campo de conhecimentos. Assim como o autor,
apontaremos os discursos sobre Currículo, divididos em três grupos principais: as teorias
tradicionais, as teorias críticas e as teorias pós-críticas. É importante destacar, sobretudo,
que currículo é seleção, um processo geralmente pautado pela pergunta “o que ensinar?”.
A literatura desta área tem forte influência norte-americana. Assim começam as
teorias tradicionais: o cenário é uma década de 20 em que os Estados Unidos passam por
um processo de industrialização e de imigração de outros povos para seu território. Em
um contexto de educação de massas, Bobbitt concebe um modelo industrial, que se
assemelha a um modelo de produção fabril, no qual considera que a educação deve ter
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currículo como um documento que forja identidades, logo questiona: por que privilegiar
uma determinada subjetividade ou identidade e não outra? (SILVA, 2016).
O currículo é este aspecto tão importante na vida de um indivíduo porque – tal
como etimologicamente se concebe a palavra currículo (do latim currere: pista de corrida,
ou, em outra leitura, a ação de correr) como o ato percorrer a pista – ao fim dele, do
currículo, ao fim da corrida, nós seremos alguma coisa e, neste sentido, conforme Silva
(2016), currículo forja identidades, ele é um documento de identidade.
4 AS REFLEXÕES
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
258
GT LIVRE
RESUMO
Intenta discutir, ainda que superficialmente, temas como a compreensão da língua sinalizada
como idioma que é, a normalização de Surdos, a representatividade da comunidade Surda na
literatura e nas bibliotecas, a importância da existência de marcos culturais para a formação da
identidade surda, a fim de se desconstruir o mito da surdez. Utiliza como metodologia, revisão
de literatura especializada para definir conceitos e relatar exemplos. Faz uso das experiências
relatadas por Emmanuelle Laborit, na obra literária O voo da gaivota (1994), para ilustrar as
situações propostas. Relata parte da história do povo surdo e de sua língua, assim como as
repressões e preconceitos que estes vêm sofrendo no decorrer dos séculos. Define o conceito
de identidade cultural. Conta parte da história Surda e as formas de repressão e tentativas de
normalização sofridas. Relata a importância dos livros e das bibliotecas como fomentadores de
identidades culturais não somente junto aos ouvintes, mas também a comunidade Surda. Aponta
para a divergência entre acessibilidade e inclusão, e destaca a necessidade de bibliotecas
inclusivas e não apenas acessíveis. Apresenta, em anexo, trecho de história infantil que ilustra
a representação Surda na literatura.
ABSTRACT
Attempts to discuss, albeit superficially, topics such as the understanding of the language
signaled as a language, the deaf normalization, the representation of the Deaf community in
literature and libraries, the importance of the existence of cultural milestones for the formation
of the deaf identity, the In order to deconstruct the myth of deafness. It uses as methodology,
review of specialized literature to define concepts and report examples. It makes use of the
50 50
Bacharel do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro- UNIRIO. mo.barreto@live.com
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
experiences reported by Emmanuelle Laborit, in the literary work The flight of the seagull
(1994), to illustrate the proposed situations. It tells about the history of the deaf people and their
language, as well as the repressions and prejudices that they have been suffering over the
centuries. Defines the concept of cultural identity. It tells of the Deaf story and the forms of
repression and attempted normalization suffered. It reports on the importance of books and
libraries as fosters of cultural identities not only to the listeners, but also Deaf community. It
points to the divergence between accessibility and inclusion, and highlights the need for
inclusive libraries and not just accessible libraries. It presents, in annex, excerpt of children's
story that illustrates the Deaf representation in literature.
1 INTRODUÇÃO
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Baseia boa parte dos argumentos aqui trazidos nos relatos de integrantes da própria
comunidade Surda, além dos trazidos pela escritora supracitada, e em discussões levantadas
durante o estudo da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Visa possibilitar a quebra de certos paradigmas ligados a este povo, buscando colaborar
para a desconstrução do mito da surdez. Assim como propiciar uma reflexão por parte da
comunidade ouvinte, principalmente a aqueles envolvidos com a disseminação da informação,
sobre sua relação com a comunidade Surda, que vem sendo, ao mesmo tempo extremamente
próxima e extremante distante – podendo-se conviver toda uma vida com uma pessoa surda,
sem se quer notar-se sua condição.
Como nos conta a história, a marginalização do povo Surdo ocorre desde a idade antiga,
ora sendo tratados unicamente como incapazes e necessitadas de caridade, ora sendo
bestializados e punidos, mas poucas vezes tratados como iguais, em meio a sociedade ouvinte.
A dificuldade de boa parte da comunidade ouvinte em aceitar a comunidade surda como
diferente enquanto constituição de língua, e consequentemente de subjetividade, mas como
igual no fator humano e nas capacidades cognitivas e de interação, dificultou, e muito a vida
deste segundo grupo.
Tentativas de proibição da linguagem gestual, programas de estudo visando a
normalização do Surdo, através de medidas médicas, pedagógicas e terapêuticas, pouco
visavam o bem-estar da comunidade, mas objetivavam afirmar a língua oral como soberana e
criaram o que Laborit (1994, p.4) chama de “[...] muro invisível [...] [feito] ao mesmo tempo
de vidro transparente e de betão. ”
Embora tendo resistido nos “guetos” dos institutos e associações, a língua gestual ainda
luta para ser vista como uma língua – tal qual o Português ou Inglês – e não como um suporte
no qual se apoiam os Surdos.
Pensemos da seguinte maneira: alguém nascido em um país estrangeiro, ao viajar para
fora de sua terra natal, não são tratados como pessoas menores ou incapazes. Com costumes e
cultura diferente da das pessoas que habitam o país visitado, sim, mas não deficientes. Se
pensarmos na língua inglesa, então, costumamos achar mais estranho alguém, que não tem esta
língua como materna, não saber receber um britânico – por exemplo – falando o inglês, do que
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
um britânico viajar para um país, que não tem o inglês como língua oficial, sem falar uma
palavra da língua local. Por que, então, um Surdo, que não faz uso da língua portuguesa – de
forma oral –, mas sim da LIBRAS, não pode ser tratado apenas como alguém com cultura e
hábitos diferentes daqueles dos ouvintes?
Isso se dá porque temos a dificuldade de enxergar o outro por inteiro, o conjunto que
nos faz humanos. Separamos as pessoas pelos pedaços que diferem dos nossos, ao invés de
olharmos todo o conjunto, que é tão comum a todos nós. Vemos a pele, os olhos, os membros,
a classe social, o aparelho reprodutor, a sexualidade, o ouvido. Tudo separadamente, como se
não fossem partes de um todo, cheio de complexidades, belezas e dificuldades, que pouco
diferem de um indivíduo a outro.
Quando passamos a entender a língua gestual como forma de constituição de indivíduos,
construtora de subjetividade e produtora de cultura, vemos que não há o que sobrepujar, o que
impedir ou eliminar. Mas que ainda há muito mais a se aprender.
Comecemos, aqui, com o testemunho de Laborit sobre o que vem a ser um livro.
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Português, tranquilamente adentra uma instituição, como a que estamos nos referindo, assina
um livro, põe seus pertences em um armário, pesquisa e localiza o material desejado no
catálogo, preenche, por escrito uma ficha de empréstimo e faz uso do material e/ou espaço.
Reclama-se uma biblioteca, e uma biblioteconomia, inclusiva. Onde a cultura Surda e ouvinte
tenha o mesmo peso, e receba o mesmo respeito, reconhecimento e atenção. Pleiteia-se um
ambiente onde, ao transitar dentre as prateleiras, o indivíduo surdo se reconheça nos autores e
nas histórias por eles contadas e enxergue as mesmas possibilidades de vida.
"Sou surda." Agora sei o que fazer. Faço como eles, uma vez que sou
surda como eles. Vou estudar, trabalhar, viver, falar, pois eles fazem-
no também! Vou ser feliz, pois eles também o são. Porque só vejo
pessoas felizes à minha volta, pessoas com futuro. São adultos, têm um
emprego; também eu um dia hei de trabalhar. Tenho, pois, dons
subitamente revelados, capacidades, possibilidades, esperança.
(LABORIT, 1994, p. 44)
Pode perceber, através do relato da autora – ao expor sua experiência quando, ainda
criança, entrou em contato pela primeira vez com uma comunidade Surda ativa – a importância,
principalmente para os mais jovens, da criação dos referidos marcos. Até este momento
Emanuelle acreditava que Surdos se quer chegavam a idade adulta, uma vez que em sua cidade
a comunidade além de ser pequena, era constituída basicamente por crianças. Este problema,
poderia ter sido facilmente sanado se, por exemplo, a biblioteca pública local possuísse um
acervo representativo deste povo.
4 A BANDEIRA
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Este processo de celebração móvel é uma construção que perpassa a linguagem, como
construção de subjetividade, a convivência com os pares, ou compatriotas, e chega até a
representação política e em materiais de cultura – tal qual a literatura, cinema, teatro, etc.
Criar um marco cultural é estabelecer uma ponte entre o indivíduo e todo um mar de
possibilidades de vida, é permitir que este se reconheça como constituinte de um todo, sentir-
se parte de uma coletividade e perceber que não está só em suas lutas e alegrias.
Emmanuelle Laborit relata um episódio que ilustra esta identificação, relato que é
reproduzido a seguir. “Tarzan não falava, o que o tornava real aos meus olhos. Aquela imagem
marcou-me, comparava-o ao surdo que não pode falar, imaginei-o igual a mim, incapaz de
comunicar. ” (LABORIT, 1994, p. 46).
A criação de marcos demonstra ao indivíduo suas possibilidades, mas, mais importantes
que isso, demonstra àqueles que fazem parte de um outro contexto (nesse caso aos ouvintes)
que existe algo para além de sua própria coletividade. Uma comunidade tão complexa e
maravilhosa quanto a que ele mesmo está inserido. Uma outra realidade, nem melhor, nem pior
do que a sua própria, mas diferente.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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preconceitos, e até mesmo o desconhecimento que esta comunidade usuária ainda vem
sofrendo, tanto da população ouvinte em geral, quanto dos próprios bibliotecários.
Destaca-se a relevância da construção das bibliotecas como ambientes inclusivos,
promotores de encontros de diferenças, e não de fragmentação. Enquanto bibliotecários,
devemos ter em mente a preocupação com nossos usuários e o entendimento de que a produção
e consumo de conhecimento é universal, e não restrito a uma única comunidade.
Que possamos, efetivamente, fornecer a cada leitor seu livro e a cada livro seu leitor –
como nos indica Ranganathan em sua obra As cinco leis da Biblioteconomia (2009) – e ajudar
a construir, também junto à comunidade Surda, seus marcos culturais, assim como temos feito
com a comunidade ouvinte.
Espera-se que esta discussão possa promover reais reflexões, e quem sabe até mesmo
mudanças efetivas, nas formas individuais de pensar, nas bibliotecas, e até mesmos nos
currículos dos bibliotecários, frente as formas de representação, atendimento e respeito à
comunidade Surda, brasileira e internacional.
REFERÊNCIAS
EIJI, Hugo. Cultura Surda: Repositório online de produções culturais das comunidades
surdas. Disponível em: < https://culturasurda.net> Acesso em: 23 maio 2017.
LABORIT, Emmanuelle. O voo da gaivota. São Paulo: Best Seller, p. 284-299, 1994.
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A BIBLIOTECA VIROU NOTÍCIA: uma análise dos casos de roubo e furto de obras
raras no Brasil a partir das notícias veiculadas na mídia
RESUMO
Pesquisa desenvolvida no âmbito da biblioteconomia, na temática dos livros raros. Analisa
casos de roubo e furto de obras raras, por meio de mapeamento dos casos de roubo e furto de
obras raras registrados na mídia digital. Para o recorte temporal, foi escolhido o período que
abrange os últimos cinco anos, de 2012 a 2017. Distingue a tipologia dos crimes praticados em
acervos raros. Metodologicamente, desenvolve uma revisão de literatura acerca dos conceitos
de livros raros e gerenciamento de risco. A partir desta análise o artigo fomenta a discussão
acerca do desenvolvimento de ações preventivas voltadas para a segurança em acervos e
coleções especiais.
Palavras-chave: Unidades de informação – Obras raras. Livros raros. Roubo de livros.
Bibliotecas – Medidas de segurança.
THE LIBRARY TURNED NEWS: an analysis of the cases of theft and robbery of rare
books in Brazil from the news published in the media
ABSTRACT
Research developed in the scope of library science, in the rare books theme. It Analysis cases
of theft of rare books, by mapping the cases theft of rare books registered in the digital media.
For the temporal cut, it was chosen the period that abrange the last five years, from 2012
to 2017. It distinguishes the typology of crimes committed in rare collections.
Methodologically, it develops a literature review about the concept of rare books and risk
management. From this analysis the article foments the discussion about the development of
preventive actions targeting security in collections and special collections.
Keywords: Information units – Rare books. Rare books. Theft of books. Libraries – Security
measures.
51
Acadêmico do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
fentanes.biblio@gmail.com
52
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
laura.mmsantos@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
Notícias sobre furtos e roubos de obras raras em acervos culturais e de memória vêm
estampando as principais páginas dos veículos de comunicação digital do país, trazendo à tona
uma realidade pouco discutida na comunidade científica e na sociedade como um todo.
Tendo em vista a natureza dos documentos que compreendem um acervo raro e da sua
importância para a construção da memória nacional, medidas preventivas que visam à
integridade desse material devem estar impressas nas políticas de preservação e segurança das
unidades responsáveis pela sua salvaguarda.
O interesse da pesquisa está voltado na busca de mecanismos de segurança que garantam
a preservação da memória representada pelo patrimônio bibliográfico.
A fim de fomentar a discussão sobre medidas preventivas voltadas para a segurança de
acervos raros iniciamos uma investigação, de forma empírica, analisando notícias divulgadas
nas mídias digitais relacionadas a roubo e furto de obras raras em bibliotecas no Brasil. É
relevante ressaltar que para esse estudo serão considerados os casos noticiados no território
brasileiro no período que abrange os últimos cinco anos, de 2012 a 2017.
Portanto, para a imersão no universo que compreende o corpus desta pesquisa foi
necessário conhecer o que foi produzido pelos pesquisadores brasileiros sobre o tema, além de
evidenciar os conceitos de obra rara, com as tipologias de crimes relacionados a esses acervos,
assim como a discussão acerca do desenvolvimento de medidas de gerenciamento de riscos
voltadas para segurança.
2 OBRAS RARAS
Gauz (1994) descreve o setor de obras raras como um dos mais incompreendidos das
bibliotecas devido principalmente a natureza das restrições de uso que esse tipo de material
exige. Ao mesmo tempo em que exercem prestígio e valorizam a coleção, por serem raros,
diferentes, pouco comuns e às vezes únicos.
Conceituar obra rara é uma tarefa de difícil realização, fato que ocupa teóricos,
bibliófilos, curadores de acervo, entre outros. No entanto, em linhas gerais e de maneira bem
simplificada pode-se definir da seguinte maneira:
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livro raro é aquele difícil de encontrar por ser muito antigo, ou por
tratar-se (sic) de um exemplar manuscrito, ou ainda por ter pertencido
a uma personalidade de reconhecida projeção e influência no país e
mesmo fora dele [...], ou reconhecidamente importantes para
determinada área do conhecimento. (RODRIGUES, 2006, p. 115).
Pinheiro (1989) propõe uma abordagem metodológica do que deve ser levado em
consideração ao identificar uma obra rara:
1. Limite histórico: usa como referencial a história do livro;
2. Aspecto bibliológico: observa as características além da informação textual presente no
livro, considerando-o em vários casos como obra de arte;
3. Valor cultural: traz o valor histórico para a construção da memória coletiva de um povo
ou nação;
4. Pesquisa bibliográfica: pode revelar a escassez de um título e o situar dentro do contexto
em que foi produzido, trazendo dados que muitas vezes não são possíveis de identificar no
próprio exemplar, como tiragem, impressor, importância do ilustrador, do autor, entre outros
aspectos;
5. Características do exemplar: são aquelas extrínsecas à publicação, verificáveis nas
inserções, subtrações e complementações que foram adquiridas posteriormente à sua produção.
Pelas características que os tornam raros, muitas vezes preciosos e até únicos, esses
livros, assim como as obras de arte, podem alcançar grandes valores monetários.
O valor agregado a uma obra rara resulta da ponderação entre seu valor intelectual e seu
valor material, à luz da pesquisa bibliográfica e das características bibliológicas nela
observadas. Sendo levados em consideração principalmente sua integridade, idade,
proveniência e importância histórica.
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3 GERENCIAMENTO DE RISCO
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Roubo e furto não se caracterizam no mesmo âmbito legal, sendo distinguidos pelo
Código Penal (CP). Por roubo está previsto no Art. 157° do CP como "subtração de coisa móvel
alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-
la, por qualquer meio, reduzido a impossibilidade de resistência” (BRASIL, 1940). Por sua vez,
furto “define-se por subtração de algo móvel pertencente à outra pessoa para si ou para outrem”
(BRASIL, 1940) como está disposto no Art. 155 do CP.
Assim, percebe-se que a diferença entre furto e roubo é determinada pelo emprego ou
não de violência, grave ameaça ou qualquer meio que reduza a capacidade de resistência da
vítima. Portanto, ao analisarmos o corpus dessa pesquisa, que diz respeito aos delitos cometidos
na subtração de obras raras de acervos de bibliotecas, podemos destacar que, sobretudo, trata-
se de furtos, praticados sem ameaça ou violência e muita das vezes sem a percepção imediata
do ato. Quando a instituição vem a dar por falta do item o criminoso não se encontra mais na
dependência furtada.
Os atos criminosos de furto ou roubo efetuados por indivíduos externos ou internos à
instituição acarretam a perda total, destruição ou desfiguração de itens e elementos
patrimoniais.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Data(s) Item(ns)
Data do Tipologia
da(s) Fonte(s) Instituição Cidade subtraíd
crime do Crime
notícia(s) o(s)
G1;
Estadão;
Folha de 3 obras
Fev./2012; São Paulo; Instituto de São Paulo- (15
Fev./2012 Roubo
Abr./2014 Extra; O Botânica SP volumes
Globo; )
Último
Segundo
Agência
Dez./ Brasil Escola de
Rio de
2012; (EBC); Fev./2006 Belas Artes - Furto 1 obra
Janeiro-RJ
Fev./ 2013 Folha de UFRJ
São Paulo;
53
Links para as fontes se encontram nas referências.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Terra
Estadão; Centro de
Ago./2013 Correio Ciências, Aprox.
Ago./201 Campinas-
; Popular; Letras e Roubo 100
3 SP
Nov./2013 Último Artes obras
Segundo (CCLA)
107
gravuras
,6
Biblioteca
Mar. São Paulo- álbuns
Estadão Jul./2006 Mário de Furto
/2016 SP de
Andrade
gravuras
e 14
obras
Biblioteca Aprox.
G1;
de 5 obras
Estadão; Ago./201 São Paulo-
Out./2016 Arquitetura Furto e
Folha de 6 SP
e Urbanismo algumas
São Paulo;
- USP gravuras
Isto é; O
Dia,
Biblioteca
Estadão, Aprox.
Pedro Rio de
Abr./2017 Agência [?]/2006 Furto 303
Calmon - Janeiro-RJ
Brasil, obras
UFRJ
Exame;
Terra
Fonte: Elaborado pelos autores
diz ainda que o caso foi resolvido e que os ladrões, sendo um deles funcionários da biblioteca,
foram presos e responsabilizados pelo crime.
As matérias sobre o furto da biblioteca da Faculdade de Arte e Urbanismo da USP
voltam a aparecer nos portais de notícias em 2016, ocasião em que a Polícia Civil prende os
principais suspeitos de terem cometido esse delito. Segundo reportagem do G1, Estadão e Folha
de São Paulo os meliantes se identificam como membros dos corpos discente e docente da
universidade para terem acesso aos livros raros. Nos três dias em que estiveram na biblioteca
da FAU, furtaram cerca de cinco livros raros, e algumas gravuras, de acordo com depoimento
dos funcionários. A dupla foi presa, e com eles foram encontrados além de três obras da
biblioteca da universidade, obras que continham carimbo da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, e alguns envelopes com endereços, que segundo o site, era o destino das obras furtadas.
O mais recente furto de obras raras, noticiado pelos portais Isto é, O Dia, Estadão,
Agência Brasil, Exame e Terra, em abril de 2017 aconteceu em 2016 na antiga biblioteca central
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, hoje biblioteca Pedro Calmon, durante reformas do
prédio onde está localizado o acervo raro da instituição. Após o levantamento feito pela
biblioteca, descobriu-se que o furto era o maior já registrado na história do país. No total foram
levadas cerca de 420 obras do acervo, sendo 303 raras como, por exemplo, grande parte da
coleção brasiliana e 16 volumes da primeira edição dos sermões do Padre Antônio Vieira,
datados do ano de 1610. A instituição atentou-se ao furto quando a Polícia Civil prende em
outubro de 2016, os suspeitos tidos com os responsáveis pelo crime cometido na Universidade
de Arquitetura e Urbanismo da USP. Com eles algumas obras raras foram encontradas bem
como o ex-libris da UFRJ jogados na lixeira próxima a casa de um dos ladrões, fazendo com
que a biblioteca se atentasse ao furto.
Uma característica em comum que todos esses crimes têm é de que as notícias relatam
que não são crimes aleatórios, e sim por interesses específicos, ou seja, crimes possivelmente
encomendados por pessoas que conhecem o valor monetário que uma obra rara pode alcançar,
como por exemplo, colecionadores, bibliófilos e até estudantes de biblioteconomia. Isso está
relacionado ao fato de que a quadrilha que atua na maioria destes relatos é liderada por um ex-
estudante de biblioteconomia e conhecedor de livros raros. Ele já foi condenado pelo crime de
furto três vezes e indiciado pelo crime outras inúmeras. Segundo notícia veiculada no portal
Folha de S. Paulo, em 2012, ainda quando estava preso, conseguia comandar furtos e roubos de
dentro da prisão.
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REFERÊNCIAS
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OBRAS raras são roubadas do Instituto de Botânica de São Paulo. Último Segundo, 03 fev.
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possivel-roubo-de-obras-3870949> Acesso em: 06 jun 2017.
PF alertou Instituto de Botânica de SP sobre possível roubo de obras. O Globo, 03 fev. 2012.
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sobre-possivel-roubo-de-obras-3870949>. Acesso em: 06 jun. 2017.
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_____. Que é livro raro? uma metodologia para o estabelecimento de critérios de raridade
bibliográfica. Rio de Janeiro: Presença, 1989. 71 p.
POLÍCIA Civil prende quadrilha que roubava obras de arte. Estadão, 7 nov. 2013.
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2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/10/policia-prende-ladroes-
especializados-em-furtar-livros-raros-de-bibliotecas.html> Acesso em: 06 jun. 2017.
POLÍCIA prende suspeito com livros roubados do Instituto de Botânica. G1, 03 abr. 2012.
Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/04/policia-prende-suspeito-com-
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POLÍCIA prende suspeito e recupera livros raros roubados do Instituto de Botânica. Último
Segundo, 03 abr. 2012. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/policia-
prende-suspeito-e-recupera-parte-de-livros-roubados/n1597730487799.html>. Acesso em: 06
jun. 2017.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
POLÍCIA quer Interpol na busca de obras raras do CCLA em Campinas. Último Segundo, 13
ago. 2013. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/2013-08-13/policia-quer-
interpol-na-busca-de-obras-raras-do-ccla-em-campinas.html> Acesso em: 06 jun. 2017.
TOMAZ, K. Instituto de Botânica foi alertado pela PF sobre risco de roubo de obras. G1, 03
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botanica-foi-alertado-pela-pf-sobre-risco-de-roubo-de-obras.html>. Acesso em: 06 jun. 2017.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
UFRJ sofre o maior furto de livros raros do Brasil. Estadão, 30 abr. 2017. Disponível em:
<http://brasil.estadao.com.br/noticias/rio-de-janeiro,ufrj-sofre-o-maior-furto-de-livros-raros-
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UFRJ sofre o maior furto de livros raros do Brasil. Exame, 30 abr. 2017. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/brasil/ufrj-sofre-o-maior-furto-de-livros-raros-do-brasil/>. Acesso
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UFRJ sofre o maior furto de livros raros do Brasil. IstoÉ, 30 abr. 2017. Disponível em:
<http://istoe.com.br/ufrj-sofre-o-maior-furto-de-livros-raros-do-brasil/>. Acesso em: 27 maio
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UFRJ sofre o maior furto de livros raros do Brasil. O Dia, 29 abr. 2017. Disponível em:
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VIGILIO, P. Furto de obra rara da biblioteca de Belas Artes do Rio tramita na Justiça;
acusada nega envolvimento no caso. EBC, 02 fev. 2013. Disponível em:
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artes-do-rio-tramita-na-justica>. Acesso em: 06 jun. 2017.
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RESUMO
Apresenta e analisa a presença de conteúdos ligados à Filosofia nos currículos dos Cursos de
Biblioteconomia do Nordeste do Brasil, bem como a influência da Filosofia na criação e
desenvolvimento dos sistemas de classificação bibliográficos, que norteiam as atividades do
bibliotecário, além de auxiliarem na recuperação da informação. Discorre a acerca da lógica
filosófica, da classificação do conhecimento até os sistemas de classificação bibliográficos
(especificamente a CDD e a CDU) e como esses sistemas contribuem para a recuperação da
informação. Objetiva proporcionar uma reflexão sobre a importância do ensino de Filosofia nos
cursos de Biblioteconomia, sobre como ela influenciou a criação dos sistemas de classificação
bibliográficos, como também verificar em quais escolas de Biblioteconomia da Região
Nordeste – por meio da análise de suas ementas - oferecem disciplinas de cunho filosófico aos
futuros bibliotecários. A pesquisa se configura por uma abordagem qualitativa de natureza
exploratória, bibliográfica e documental. Trata-se de uma contribuição para gerar discussões
acerca do ensino de Filosofia nos cursos de Biblioteconomia, ensejando reflexões sobre a
necessidade do conhecimento dessa disciplina como parte da formação básica do bibliotecário.
54
Graduando em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail:
manoelmessiasufc@gmail.com
55
Graduanda em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: thaianabds@gmail.com
56
Doutor em Ciência da Informação pela UFPB, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da
Informação e do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail:
hrtabosa@gmail.com
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
It presents and analyzes the presence of content related to Philosophy in the curricula of the
Courses of Librarianship in the Northeast of Brazil, as well as the influence of Philosophy in
the creation and development of bibliographic classification systems, which guide the activities
of the librarian, besides helping in the recovery of information. It discusses the philosophical
logic, from the classification of knowledge to the bibliographic classification systems
(specifically DDC and UDC) and how these systems contribute to the retrieval of information.
It aims to provide a reflection on the importance of Philosophy teaching in the courses of
Librarianship, on how it influenced the creation of bibliographic classification systems, as well
as to verify in which schools of Librarianship of the Northeast Region - through the analysis of
their menus - offer disciplines Of a philosophical nature to future librarians. The research is
configured by a qualitative approach of exploratory, bibliographic and documentary nature. It
is a contribution to generate discussions about the teaching of Philosophy in the courses of
Librarianship, giving reflections on the necessity of the knowledge of this discipline as part of
the basic formation of the librarian
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo analisar a presença de disciplinas relacionadas 57à
Filosofia nos dez cursos de Biblioteconomia da Região Nordeste e suas ementas. Também visa
compreender a influência da Filosofia na criação e desenvolvimento dos sistemas de
classificação bibliográficos, que norteiam as atividades do bibliotecário, além de auxiliarem na
recuperação da informação.
Explicita Lodetti (2006, p. 16) que “[...] todas as áreas do ensino, todo acadêmico e
todo professor necessita conhecer o valor da filosofia, a qual sempre esteve em constante
diálogo com a ciência ou com as ciências”. E com a Biblioteconomia não é diferente, pois a
Filosofia lhe empresta todo o contexto metodológico, fundamentalmente cientifico, para fazer
da Biblioteconomia uma ciência (SOUZA, 1986, p. 194). Seguindo essa premissa é de suma
importância que os acadêmicos de Biblioteconomia e bibliotecários conheçam a contribuição
da Filosofia para a área.
Em nossa pesquisa, elegermos como metodologia a pesquisa bibliográfica, também
conhecida como pesquisa teórico-conceitual, que é desenvolvida a partir de materiais
57
As disciplinas relacionadas à Filosofia estão denominadas como: Filosofia, Introdução à Filosofia,
Introdução à Lógica, Lógica e Lógica Formal.
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bibliográficos para fundamentar as nossas reflexões acerca do tema abordado para, então,
desenvolver a pesquisa a partir de uma abordagem qualitativa e de caráter exploratório.
Caracteriza-se também como pesquisa documental, de acordo com Severino (2007), pois
tivemos como corpus documental para análise, currículos e projetos pedagógicos dos Cursos
de Biblioteconomia situados no Nordeste do Brasil.
Inicialmente foi feito um recorte histórico acerca da Filosofia e sua contribuição para
o desenvolvimento das classificações bibliográficas na área de Biblioteconomia. Após essa
breve apresentação sobre o tema, discorreremos acerca da importância que os sistemas de
classificação bibliográficos representam à eficiente e eficaz recuperação da informação. Por
fim, serão apresentados o levantamento realizado em nosso corpus documental, verificando
quais cursos de Biblioteconomia oferecem disciplinas relacionadas à Filosofia e a análise das
suas ementas com o propósito de verificar a presença de regularidades no conteúdo das
disciplinas.
A palavra Filosofia é composta de duas outras palavras de origem grega: philo, que
significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais e sophos, que traduzimos como sábio
(CHAUÍ,2000, p. 19).
• Critério da imutabilidade e
• Critério da modalidade prática.
O ato de classificar o conhecimento é uma “arte” tão antiga quanto à humanidade como
afirma Dahlberg (1976, p. 352)
A antiga arte,de classificar, tão antiga quanto à humanidade, apenas
recentemente adquiriu uma base teórica adequada - base esta que nos
permite presumir que ela progrediu do status de arte para o de ciência.
Quando apenas uma arte, a classificação foi aplicada de diversos modos
e formas â medida que nosso conhecimento se desenvolvia. Deixou suas
marcas em todos os arranjos sistemáticos que entraram na composição
dos trabalhos de grandes filósofos, a começar pelo Indic Vedas, a
Bíblia, as coleções enciclopédicas de tudo o que era conhecida numa
determinada época, como por exemplo, a enciclopédia do egípcio
Amenope (1250 A.C.) e de Caius Plinius Secundus (23-79 D.C.), e
ainda as grandes enciclopédias da Idade Média, como as de Isidro de
Sevilla, Vincent de Beauvais, Bartholomaeus Anglicus, Brunetto Latini
e as da Renascença, como as de Georg Valla, Rafael Maffei, Johann
Heinrich Alsted, Wolfgang Ratke.
Filosofia Poética
Produtiva Estética
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Artes
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entenderá como usar de forma eficiente esses sistemas de classificação nas unidades de
informação para organização e o mais importante a recuperação da informação.
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Das dez escolas pesquisadas, apenas a Universidade Federal de Sergipe (UFS) não
apresenta nenhuma disciplina relacionada à Filosofia. Entretanto, ao analisarmos esse currículo,
podemos encontrar conceitos do conhecimento filosófico em outra disciplina, nomeada como
Introdução à Psicologia. Além disso, encontramos outros assuntos relacionados aos
conhecimentos científico, religioso e do senso comum.
Das nove universidades onde constam disciplinas ligadas à Filosofia, em apenas três
delas (UESPI, UFCA e UFPB) não foi possível encontrar informações acerca da ementa.
Um dado muito importante que ressaltamos é que, na UFC e na UFCA, os professores
que ministram as aulas dessas disciplinas são professores advindos do Departamento de
Filosofia. Há ainda a hipótese de que na UESPI e na UFPB, essa disciplina seja ministrada por
professores dos departamentos de Filosofia e que a ementa esteja nos projetos pedagógicos
desse curso. No caso da UFCA, não foi possível ter acesso ao projeto pedagógico do curso de
Biblioteconomia e nem de Filosofia, pois as páginas Web que dão acesso aos documentos
estavam indisponíveis no momento da coleta dos dados.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Biblioteconomia possui uma longa história e esse percurso se deu a partir de várias
influências que colaboraram para que esse campo do conhecimento seja o que se tornou hoje.
Baseado nesse ponto de vista, a influência e a importância da Filosofia no ensino
biblioteconômico não podem ser ignoradas ou mesmo subestimadas. Assim sendo, a inserção
da Filosofia como disciplina nos currículos dos Cursos de Biblioteconomia é de suma
importância para compreendermos, entre outros temas e aspectos, a criação e formação dos
sistemas de classificação bibliográfica, que auxiliam na organização e, posteriormente, na
recuperação da informação.
Os sistemas de classificação bibliográfica têm a tarefa de organizar o conhecimento de
forma que possa torná-la mais acessível para o usuário, sendo que os mais conhecidos (CDD e
CDU) organizam o conhecimento de acordo com a classificação do conhecimento produzido
pela sociedade em que atua. O conhecimento só atinge sua dimensão social quando é registrado,
organizado e recuperado pela sociedade.
O que notamos nesse levantamento realizado nos cursos de Biblioteconomia da Região
Nordeste é que o ensino de Filosofia ainda é bastante generalista. O que seria interessante é que
houvesse, por parte dos professores de Filosofia, um maior entendimento sobre a contribuição
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dessa disciplina para a formação dos alunos de Biblioteconomia e no fazer bibliotecário, para,
desse modo, procurar aplicar, dar direcionamentos e/ou criar exemplos da aplicação do
conhecimento da disciplina em nosso contexto.
REFERÊNCIAS
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uma análise comparativa entre a Classificação Decimal Universal - CDU e a Classificação
Decimal de Dewey – CDD. Biblos: Revista do Instituto de Ciências Humanas e da
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ARAÚJO, Vitor Paiva Machado Martins de; SILVA, Luciana Candida da. Sistemas de
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usuário neste processo?. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 18., 2014.Anais eletrônicos...Disponível em:
<https://www.bu.ufmg.br/snbu2014/trabalhos/index.php/sn_20_bu_14/sn_20_bu_14/paper/vi
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
POPKIN, Richard H.; STROLL, Avrum. Philosophy made simple. New York: Doubleday,
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2017.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
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A Quadrilha junina como expressão da memória social: um breve relato das quadrilhas
Pernambucanas
ABSTRACT
This article aims to reflect on the relationship between social memory and culture aimed at
making a relationship by studying the history of the June gangs . The purpose of the article is
to dialogue with the concepts of this triad ascertaining what content they need to stay clear
visibility and to give importance to such a topic rarely addressed and of such seriousness, and
therefore is configured as literature . Data collection was conducted through survey and analysis
of ideas brought by articles and books dealing with the theme presented. It was concluded that
the subject addressed is of huge value to the organs responsible for the preservation of national
culture, in the sense that the June gang is recognized as intangible cultural heritage and that it
is necessary to study their memory.
1 INTRODUÇÃO
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Graduando de Biblioteconomia na UFPE; Email: Pv_crispim@hotmail.com
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
O argumento central sobre o qual se constrói esse artigo verifica-se na construção da memória
social onde se encontra ligada fortemente a cultura, que por si só dá uma identidade sobre o que
foi a concepção de construção das atitudes e evolução humana, sendo assim, tem como foco
exclusivo a quadrilha junina em Pernambuco que é uma dança tradicional e que está no Brasil
desde o seu descobrimento, passando por várias mudanças, mas nunca perdendo o seu espaço
na sociedade.
O presente trabalho se configura como pesquisa bibliográfica, e a coleta das informações
foi realizada através do levantamento e análise de ideias trazidas por artigos e livros que tratam
a temática apresentada. Para Gil (2002) a pesquisa bibliográfica é a elaboração a partir de
material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente
com material disponibilizado na Internet.
Dessa forma, o objetivo geral foi mostrar a importância da memória social e sua
concepção sobra cultura e formação de ideais para um determinado fim, expressando a
importância da quadrilha junina para os pernambucanos e os nordestinos como um todo.
Para reflexão desta relação foi necessário definir um conceito sobre memória social,
item este que compõe a segunda sessão desse artigo. Em seguida na terceira sessão, foi
explanada a história da quadrilha junina, desde sua origem até sua chegada ao Brasil e
demonstrando passo a passo da construção do concurso Pernambucano de quadrilhas juninas,
concurso esse um dos maiores em Pernambuco, onde a quadrilha junina está presente na
memória da população, tema este de grande riqueza e que merece sim ser estudado e valorizado,
tal como deveria sim ser nomeado como patrimônio imaterial de Pernambuco.
Memória é um termo usado geralmente para representar algo que aconteceu e ficou inerte no
tempo; pode tratar dos processos cognitivos do cérebro humano; ou pode ser atribuído a
capacidade humana de reter fatos e experiências do passado e retransmiti-los às novas gerações
através de diferentes suportes.
A maior verdade sobre memória é que não se pode lembrar tudo que aconteceu e/ou foi
ensinado ao longo da vida, a mente humana retém apenas o que é necessário para a existência
futura. Nesse aspecto, onde entra a memória no contexto social?
A memória não está ligada a único foco, mas a um conjunto de atribuições que
fundamentam o homem como um todo
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Diante desse exemplo, podemos afirmar que a memória social é importante para que os
indivíduos estejam inseridos em um processo de pertencimento, crucial para a sociedade, onde
os agrupamentos são formas de compartilhamento de pontos de vista, tradições, histórias, etc.
Com isso analisamos a quadrilha junina como um ato cultural que se fundamentou na
memória da sociedade, atribuindo novas percepções e não deixando de ser tradição e nem
perdendo seu espaço com as diversas variações do tempo.
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e saber, através da caricatura do homem do campo e da vida rural. Essa é a quadrilha matuta,
reconhecida e legitimada como portadora da tradição.
Meados dos anos 1980, a sociedade civil se reúne (entidades de classe, sindicatos), num
movimento histórico de reivindicação por eleições presidenciais diretas, que devolva ao Brasil
a liberdade de expressão política depois de um longo período de censura oficial. Nesse clima
efervescente que domina o cenário nacional, cresce no Recife outro movimento, também civil,
protagonizado por jovens, que encontra nas expressões culturais do Ciclo Junino, uma forma
de se manifestar publicamente por meio da arte de brincar quadrilha junina.
Hoje em dia as quadrilhas juninas estão cada vez mais evoluídas e luxuosas, em parte
estão voltando ao luxo de origem e cada vez mais tornando seus padrões diferenciados da
Quadrilha Junina Matuta e embarcando em novos horizontes, construindo sua própria história
e ganhado cada vez mais espaço na cultura pernambucana e nacional.
Elizabeth Cristina de Andrade Lima (2002) em seu estudo sobre as festas juninas toma
como conclusão que os debates acerca da tradição se polarizam entre “saudosistas” e
“inovadores”.
Presos a uma criação imagética e discursiva de vertentes folclóricas,
os “saudosistas” clamam pelo respeito às origens das quadrilhas
juninas e outros, tentando imprimir a idéia do novo, como inovação
e não como “quebra da tradição”, defendem o seu ponto de vista,
afirmando que a redefinição colabora para que as quadrilhas juninas
continuem a ser uma das principais atrações das festas juninas
(LIMA,2002, p. 129).
Tendo em vista que na inovação não se perde da tradição deixada, a história futura das
quadrilhas juninas não deixará de ser cultura, passará apenas a ter uma nova identidade através
dos processos de ressignificação, que criam novas nuances nesse espaço social, político e
cultural, a exemplo dos concursos de quadrilhas juninas, que a cada ano renovam conceitos,
porém, ainda edificados sob o patamar da tradição, como por exemplo, a permanência de
elementos como o casamento matuto e o marcador, conforme podemos observar nas imagens
abaixo.
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campeã do concurso a quadrilha 19 São João do Carneirinho (do bairro Engenho do Meio) e,
em segundo lugar, a Xique Xique no Remelexe (do bairro Brasília Teimosa).
Em 1986, o Pernambucano (forma popular de chamar o concurso) assume um formato
descentralizado, realizado nos dias de São João, em diferentes arraiais espalhados pelo Recife
e Região Metropolitana. “O concurso era realizado nos arraiais das quadrilhas BokoMoko (do
bairro UR 5), Kokota (Associação dos Moradores da UR 11), Pelo Avesso (do bairro UR 6),
Deixa Meu Pé Quieto (bairro do Ipsep), no Vasco da Gama, em Brasília Teimosa, no Encanta
Moça (bairro do Pina), Centro Social Urbano BiduKrause (do bairro Totó). A etapa final
acontecia no Pátio de São Pedro”, diz Graça Xavier a uma entrevista a Mário Ribeiro Santos
(2010, p.19), na época, integrante da equipe do concurso.
O Festival apresentava um formato que obedecia aos dois modelos de quadrilhas da
época: as tradicionais e as estilizadas, avaliadas por duas comissões julgadoras que foram
formadas por indicação direta dos organizadores.
Entre os jurados que foram até os arraiais assistindo às apresentações das quadrilhas
(cerca de oitenta) nesse período, destacaram-se: Carlos Varella, Alfredo Borba, Cirinéia
Amaral, Jurandir Austtermann, Lula Gonzaga, Liane Borba, Hermó- genes Araújo, Paulo
Fernando, Albemar Araújo, Osvaldo Araújo, entre outros, que se dividiam no julgamento dos
itens: entrada e saída da quadrilha, marcador, animação, alinhamento e figurino.
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presentes. Outra atividade foi a palestra (Rivalidade não Rima com Violência), no Teatro
Hermilo Borba Filho. Além de outras ações como o Pré-Junino, o Quadrilhão, o Festival
Pernambucano de Quadrilhas Juninas da FEQUAJUPE (Adulto e Infantil), organização de
Cartões Postais das Quadrilhas, exposições como a realizada na Casa do Carnaval, em
novembro de 2005, Quadrilha Junina: do fazer cotidiano ao espetáculo.”Cita Mário Ribeiro em
uma entrevista com Mário Ribeiro Santos (2010, p.21).
Segundo a atual presidente Michelly Miguel as atuais atividades na FEQUAJUPE são:
A folibrilha que é o bloco de carnaval dos quadrilheiros, O pré-junino que é o encontro de várias
quadrilhas, onde demonstram o que vem em seu tema no ano da apresentação entre outras
palestras e reuniões. No ano de 2017 cadastradas na FEQUAJUPE estavam em
aproximadamente 94 quadrilhas juninas que abrilhantaram os arraias.
Cerca de quatro mil jovens participam direta ou indiretamente nas apresentações juninas
hoje em Pernambuco, ser quadrilheiro é estar em um espaço urbanizado diferenciado
Quadrilha junina é uma tradição que continua em alta, e por isso mesmo vai continuar
como uma situação para preservação, resgate e criação de conceitos, sentimentos, percepções e
memórias que sempre estarão ligadas a cultura e história da civilização, um movimento que
sempre foi ligado à cultura e como vimosa cada ano estão se modernizando e deixando legados
para a sociedade, fazendo assim parte crucial da memória social do homem, em especial para o
Nordeste Brasileiro. Legado este que é considerado Patrimônio imaterial do Brasil.
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Fonte: http://redeglobo.globo.com/globonordeste/noticia/2015/06/seis-grupos-
empolgam-2-noite-do-festival-de-quadrilhas-da-globo-ne.html
Fonte: o autor
3.2 Quadrilhas juninas como patrimônio imaterial do Brasil
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos memória social como objeto fundamental de estudo, pois é através de recortes e
conclusões de memória humana que é criada a memória social, sendo assim, pode-se entender
a evolução e costumes de uma sociedade, com esse aspecto constrói-se um elo entre a cultura e
a memória, para esse desfecho atribuímos à quadrilha junina como meio de estudo. Todavia
cabe aqui lembrar Tavares (2005, p. 106) que afirma: “Como tudo é feito na base da memória,
cada versão é diferente da anterior. É raro que se encontrem duas versões exatamente iguais;
mas não importa. Cada uma é tão legítima quanto às outras”.
Viu-se a necessidade de explanar a história da quadrilha junina no Brasil e de como ela
veio parar no nordeste com foco em Pernambuco, e de seu crescimento e transformações ao
longo dos anos, não deixando sua origem mais aprimorando seus conceitos e métodos de
apresentação e dessa maneira analisar como esse meio é importante para o Brasil, pois carrega
na sua origem o ato de ser patrimônio cultural imaterial brasileiro. Foi um pouco difícil achar
um desfecho para esse trabalho por falta de referências a serem seguidas com essa explanação,
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
sendo assim, que fique aberto para abordagem e propagação de trabalhos como estes e que
também sejam temas de trabalhos de conclusões de cursos, dissertações e até teses, e que a
interdisciplinaridade entre ciência da informação, antropologia e artes possa mais vezes
acontecer.
REFERÊNCIAS
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RESUMO
O planejamento estratégico busca direcionar a empresa para o futuro, analisando suas
oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos, estabelecendo uma estratégia adequada para
cada tipo de empresa. O Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães que é subordinado da Fundação
Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) é o objeto de pesquisa deste estudo, a qual teve como propósito a
elaboração da análise de SWOT da instituição, apontando assim, a sua missão, forças, ameaças,
fraquezas e oportunidades. O método da pesquisa foi de cunho descritivo e exploratória, e os
dados coletados para a elaboração do artigo realizou-se mediante as visitas técnicas e da
literatura científica, fazendo assim o levantamento preciso para identificar os principais pontos
da análise de SWOT, com foco de analisar possíveis riscos, e estabelecer contramedidas com
intuito de eliminar os riscos posteriores e aplicar medidas benéficas a unidade de informação.
Através desta análise, se é notável que com o planejamento estratégico, a empresa se conhece
melhor, podendo assim, fazer seu planejamento, definir suas metas e identificar quais meios
serão necessários para alcançá-las.
ABSTRACT
Strategic planning seeks to direct a company into the future, analyzing its opportunities, threats,
strengths and weaknesses, recommending a strategy appropriate to each type of company. The
Aggeu Magalhães Research Center, which is subordinate to the Oswaldo Cruz Foundation
(FIOCRUZ), is the research object of this study, a quality as a proposal for the elaboration of
SWOT analysis, thus indicating its mission, strengths, threats, weaknesses and opportunities.
59
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Biblioteconomia (UFPE). E-mail:
gercelma.ferreira@gmail.com
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The research method for the elaboration of the article and the analysis, and the data collected
for the elaboration of the article was made through technical visits and the scientific literature,
thus making a precise survey to identify the main points of SWOT analysis, with Focus on
analyzing risks, and establishing countermeasures in order to eliminate risks and post measures
beneficial to the information unit. Through this analysis, if it is remarkable that with the
strategic planning, a better known company, so you can do your planning, define your goals
and identify the necessary means to achieve them..
1 INTRODUÇÃO
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4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Para que aconteça tal sucesso é fundamental garantir mobilizações de recursos que
assegure qualidade, no qual iremos descobrir através da análise de SWOT aplicada na unidade
de informação FIOCRUZ-PE para posteriormente estabelecermos ideias para melhorias na
mesma.
5 METODOLOGIA DA PESQUISA
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A partir das informações obtidas nas visitas in loco realizadas na unidade de informação, foi
possível identificar as forças e fraquezas que são relacionadas ao ambiente interno da
organização, assim como as oportunidades e ameaças, que estão ligadas ao ambiente externo.
E consecutivamente, evidenciando seu problema de primeira ordem, apontando sugestões para
a referida biblioteca.
6 ANÁLISE DE SWOT
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estas plataformas oferecem muitas vantagens, não só ao aluno, mas também para a
instituição.
É perceptível que os pontos fracos requer bastante atenção, pois os mesmos, podem
comprometer seriamente o crescimento do CPqAM, como por exemplo, o problema
identificado de primeira ordem que foi o da Deficiência dos recursos financeiros da unidade.
Por meio desta análise, é notável existência de diversos pontos fortes no CPqAM,
inclusive alguns que aumentam a probabilidade de sucesso muito maior, como por exemplo, a
infraestrutura avançada de pesquisa e a longa experiência em saúde pública.
Os pontos fortes devem ser utilizados como um diferencial, de forma que o modo no
qual é gerado continue ou até mesmo melhorem.
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A partir das oportunidades, nota-se que o CPqAM possui oportunidades que lhe proporciona
condições bastantes favoráveis.
7.1 Contramedida
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisas sociais. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23.ed. rev. e atual. São
Paulo: Cortez, 2007.p.123.
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RESUMO
Apresenta a situação das bibliotecas escolares na rede de ensino público estadual, em específico
nas escolas de ensino médio da cidade de Goiânia no estado de Goiás, tendo em vista o que é
previsto na Lei 12.244/2010, que versa sobre a universalização das bibliotecas e a presença de
um bibliotecário como responsável pela gestão da mesma. O presente trabalho foi estruturado
através de revisão bibliográfica de artigos publicados em periódicos e coleta de dados junto aos
órgãos competentes. Aborda as definições de biblioteca e biblioteca escolar, bem como os
desafios e problemas enfrentados por bibliotecários no contexto da educação brasileira.
ABSTRACT
It presents the situation of school libraries in the state public education network, specifically in
the high schools of the city of Goiânia in the state of Goiás, in view of what is provided for in
Law 12244/2010, which deals with the universalization of libraries and The presence of a
librarian as responsible for the management of the same. The present work was structured
through a bibliographical review of articles published in periodicals and data collection with
the competent bodies. It addresses the definitions of library and school library, as well as the
challenges and problems faced by librarians in the context of Brazilian education.
Keywords: Library. Librarian. School Library. Law 12.244 / 2010. Public school.
1 INTRODUÇÃO
60
Discente do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás. E-mail:
adilsonribeiro@outlook.com
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como é explanado por Campello (2012) que faz uma revisão dos estudos na área entre os anos
de 1979 e 2011 no Brasil.
O exercício da função de bibliotecário é regulamentada pela Lei Federal 4.084 de 30 de
junho de 1962, e registrada na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do trabalho
como sendo privativa dos bacharéis em Biblioteconomia.
Tendo isso em vista, e congruente ao que prevê a lei, a gestão e direção de uma Biblioteca só
poderão ser exercidas, por uma pessoa com formação superior no curso de Biblioteconomia,
porém quando analisamos a história da Biblioteca escolar no Brasil, esta pesquisa, bem como
literatura estudada para estruturação da mesa, aponta que a lei que regulamenta e delimita o
exercício desta profissão, não vinha sendo cumprida.
A promulgação da lei 12.244/2010 que versa sobre a universalização das bibliotecas nas
instituições de ensino públicas e privadas no Brasil, com certeza, foi um grande marco e
conquista para a classe dos bibliotecários no campo educacional. Correspondente ao que é
apresentado pelo texto da lei, todas as instituições de ensino país devem possuir uma biblioteca,
com um bibliotecário (previsto pela lei 4.084/1962) responsável pela gestão e direção da
mesma. O estabelecido deverá ser cumprido num prazo máximo de dez anos, contados a partir
de sua promulgação.
O presente trabalho tem como objetivo, haja vista que já estamos bem próximo do fim do prazo
estipulado, analisar o cumprimento da lei 12.244 nas escolas públicas estaduais de ensino médio
na cidade de Goiânia. A metodologia utilizada para estruturação deste artigo foi a de revisão
bibliográfica de monografias e artigos publicados em periódicos, bem como a análise dos dados
obtidos junto aos órgãos estaduais competentes.
Como referencial teórico, utilizamos a obra de Ronaldo da Mota Vieira, “Introdução à teoria
geral da Biblioteconomia” publicada em 2014 e a pesquisa feita pelas professoras do curso de
Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás: Drª. Andréa Pereira dos Santos, Drª Suely
Henrique de Aquino Gomes, Ma. Maria das Graças Monteiro e Dra. Janaina Ferreira Fialho
(UFS).
2 DESENVOLVIMENTO
Por biblioteca, entende-se consoante ao exposto por Vieira (2014) um conceito que vai
além de um acervo de documentos impressos em papel, pois atualmente a “biblioteca pode ser
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
considerada como uma coleção de livros e outros suportes informacionais organizados de forma
que atendam as necessidades informacionais de seus usuários.”(VIEIRA, 2014, p. 3)
Vieira (2014) ainda ressalta que devemos levar em consideração que na atualidade, em
decorrência da era digital, nós nos deparamos com dois tipos distintos de bibliotecas, as que
contam com espaço físico e as virtuais.
Existe ainda uma tipologia que deve ser considerada, que divide as bibliotecas em nacionais,
especializadas, escolares, universitárias, públicas e demais variações. Ateremos-nos aqui
apenas a biblioteca escolar.
Segundo Vieira (2014, p. 26) a biblioteca escolar é uma “[…] biblioteca especializada
em fornecer o material bibliográfico necessário e exigido por professores para atender às
necessidades informacionais dos alunos daquela unidade.” Ainda segundo o autor a biblioteca
deve funcionar como uma extensão das atividades desenvolvidas em sala de aula. Castro Filho
e Coppola Júnior (2012) concordam com o que é exposto por Vieira, quando apontam que a
biblioteca, uma vez inserida no contexto da instituição de ensino, tem como finalidade atender
as demandas da comunidade escolar.
O manifesto da IFLA/UNESCO traz a missão das Bibliotecas escolares:
Campello et. al (2012) em estudo sobre a situação das bibliotecas brasileiras, ao discorrer sobre
a função da biblioteca escolar, identificou três conceitos que se relacionam com a biblioteca.
São esses a escola, a leitura e a aprendizagem. De acordo com o exposto, a biblioteca se torna
parte essencial da escola, e à educação de qualidade.
No que se refere a leitura, a biblioteca é vista como tendo a competência através de seus meios
para contribuir com formação do pensamento crítico do indivíduo, uma vez que fomenta a
prática da leitura, auxiliando também na formação do leitor.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Tendo em vista isso, o bibliotecário escolar deve direcionar seus esforços no seu público-alvo,
os leitores, que são os estudantes da instituição de ensino na qual trabalha. Suas ações devem
ter como objetivo disseminar a informação, fomentar a pesquisa e aproximar os alunos da
biblioteca.
Porém, uma das maiores dificuldade que o bibliotecário encontra para desempenhar suas
funções é justamente a falta de interação entre o corpo pedagógico e o bibliotecário. Muitos
professores ainda mantêm a visão de que biblioteca e sala de aula estão em universos distintos.
Como mostra Carvalho (1984, p. 34 apud CAMPELLO et. al, 2012, p. 9) “escola e biblioteca
são inseparáveis.”, portanto é necessário se lembrar que a biblioteca é um elemento essencial
para a escola, por extensão o trabalho do profissional bibliotecário toma o mesmo valor. É
preciso que haja essa maior participação e interação entre as equipes. “[…] a biblioteca só
adquire centralidade na escola se os professores repensarem suas práticas pedagógicas.”
(CAMPELLO et. al, 2012, p. 9)
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
O estudo realizado por Campello et. al (2012) publicado na Biblioteca Escolar em revista trouxe
e situação das bibliotecas escolares pelo Brasil pouco após a promulgação da lei 12.244/2010.
Além disso, ainda foram diagnosticados problemas referentes a catalogação deste acervo.
Campello et. al (2012) ainda chama a atenção para o fato que grande parte das bibliotecas não
têm seus acervos catalogados.
O problema mais grave apresentado pelo estudo se encontra no quesito “pessoal”. Conforme
Abreu (2002) a análise dos dados aponta que o problema mais evidente é o de pessoal, e este é
um problema que continua persistindo com o decorrer dos anos. Os dados encontrados foram
os seguintes:
O estudo realizado por Campello (2012) mostra que a realidade das Bibliotecas escolares, no
período dos anos 1979 a 2011 em nível de Brasil era bem precária e insatisfatória. O descaso
das instituições que mantinham esses espaços era com certeza um fator determinante para tal
precariedade. A falta de reconhecimento da função do bibliotecário e da Biblioteca no processo
de letramento informacional é um problema gravíssimo, o que acaba acarretando outros
problemas de igual gravidade como: Falta de pessoal especializado, acervo adequado e
estrutura.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Os registros históricos da Prefeitura de Goiânia (2017) mostram que a cidade foi fundada em
24 de outubro de 1993, e planejada para ser habitada por 50 mil habitantes. O nome da cidade
foi escolhido pelo Engenheiro Atílio Corrêa de Lima, em uma alternativa a “Petrônia”, nome
proposto originalmente, que seria uma homenagem a Pedro Ludovico Teixeira, que viria a se
tornar o primeiro prefeito da capital.
A “Marcha para o Oeste”, ação fortemente promovida pelo Governo de Getúlio Vargas foi
decisiva para a construção da nova capital, que até então era na Cidade de Goyás. Goiânia então
foi projetada para ser a capital política e administrativa do Estado de Goiás.
Seu projeto arquitetônico foi fortemente influenciado pelo estilo Art Déco, fazendo com que
Goiânia seja até os dias atuais o maior sítio Art. Déco da América Latina. A cidade sofreu um
aumento populacional na década de 60, atingindo a marca de 1 milhão de habitantes. Hoje
Goiânia possui 1,3 milhão de habitantes e a segunda cidade mais populosa do centro-oeste, e a
sexta maior cidade do Brasil em tamanho.
O curso de Biblioteconomia, em Goiânia, é oferecido somente na Universidade Federal de
Goiás - UFG, apenas no Campus Samambaia na capital do Estado. Foi fundado em 1980, sendo
reconhecido pelo Ministério da Educação em 2 de julho de 198561. Além disso, a instituição de
ensino mais próxima, que oferece o curso é a Universidade de Brasília - UnB.
2.3.2 A situação das bibliotecas escolares nas escolas públicas estaduais de Goiânia
Em conformidade com o que é exposto por Santos et. al (2015?), a atual Resolução do
Conselho de Educação de Goiás (CEE/ n.º 5 de 10 de junho de 2011) prevê que uma escola só
pode funcionar ou pedir licença para funcionamento, caso tenha em sua estrutura física uma
biblioteca e na gestão da mesma um bibliotecário formado. Além destes requisitos ainda
existem padrões mínimos a seres seguidos para o funcionamento e desenvolvimento da
biblioteca escolar.
Art. 119. A Biblioteca escolar é um componente essencial, situado no
espaço físico da escola, que objetiva reunir, tratar e disponibilizar
informações a professores, estudantes, funcionários e à comunidade
61
Informações extraídas do site da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de
Goiás. Disponível em: <https://biblioteconomia.fic.ufg.br/p/838-apresentacao>. Acesso em: 07 de junho de 2017.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Conforme diz o texto da Resolução o responsável pela por gerenciar, bem como capacitar e
treinar a equipe auxiliar na gestão da biblioteca, deve ser um bibliotecário com formação
superior em Biblioteconomia.
Evidenciado pela pesquisa de Santos et al. (2015?), em 2001 foi criado o Programa de
Bibliotecas das Escolas Estaduais (PBEE), que tinha como objetivo atender os estudantes da
segunda fase do ensino fundamental e ensino médio, além de atender as demandas dos
professores. O acervo era formado por livros de literatura e livros informativos das disciplinas
do currículo estabelecido pelo Ministério da Educação.
62
Resolução do Conselho Estadual de Educação de Goiás. Disponível em:
<http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-12/2011-5-normativa-parecer.pdf>. Acesso em: 07 de junho
de 2017
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
A realidade apontada mostra que tanto a lei federal, como a Resolução do CEE não está sendo
seguida nas escolas públicas estaduais de ensino médio. Os dados encontrados no Censo escolar
de 2015, realizado pelo Instituto de Mauro Borges de estatísticas e estudos socioeconômicos -
IMB (2016), bem como na pesquisa realizada por Santos et al. (2015?) foram os seguintes:
Goiás possui 1.150 escolas públicas mantidas pelo Estado de Goiás. Um total de 982 destas
instituições de ensino colaborou com a pesquisa realizada, e 763 responderam que possuem
biblioteca de acordo com o que prevê a lei e a resolução, no que se diz respeito à estrutura e
acervo. Em Goiânia há 109 escolas estaduais públicas e de ensino médio, e 102 alegam ter
biblioteca, em consonância com previsto na legislação.
Quanto à presença de um bibliotecário, bacharel em Biblioteconomia, a resposta foi negativa
em todos os casos, haja vista que não existe o cargo de Bibliotecário, no quadro funcional da
Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte - SEDUCE. Assim como apontado na
revisão de Campello (2012), o maior problema enfrentado pelas Bibliotecas escolares na cidade
de Goiânia é com pessoal. Não existe a frente da gestão destes espaços, profissionais formados
e com capacidade técnica para gerir um local, que como já abordado é de extrema importância
para produção de conhecimento e formação do intelecto. Existe a promessa desde o ano de
2010, por parte do Governo do estado de Goiás, para realização de um Concurso Público para
o cargo de Bibliotecário, para que os mesmo possam assumir a direção de tais locais. Porém até
a presente data nada passou de promessas.
Geralmente são alocados profissionais em fase de readaptação ou próximos da aposentadoria
para dirigir a Biblioteca escolar. Muitos desses servidores tentam dar o seu melhor para
promover a maior interação ente usurário e a biblioteca, mas a falta de conhecimento técnico é
muitas vezes fator determinante para o insucesso. É claro que também não podemos descartar
aqueles profissionais que também não dão o devido reconhecimento a Biblioteca, e que a veem
apenas como mais um espaço dentro do ambiente escolar (muitas vezes utilizado para castigar
os alunos) e por isso a tratam com descaso e não despendem esforço algum para que ela seja
mais bem utilizada.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
que as Bibliotecas escolares na rede de ensino médio público estadual de Goiânia (em
conformidade com o último censo escolar estadual realizado e publicado no ano de 2016) não
se difere muito do que era a realidade das Bibliotecas escolares brasileiras nos período dos
anos de 1979 a 2011.
Houve uma pequena evolução quando falamos de acervo e até mesmo de estrutura, porém a
situação ainda é grave quando falamos da atuação do bacharel em Biblioteconomia a frente da
gestão da biblioteca escolar. Fatores agravantes para esse cenário são a falta de profissionais
formados no curso, pois hoje existe um déficit grande no mercado, bem como a desvalorização
dos profissionais que já atuam na área.
Salários baixos e a falta de informações sobre esse mercado e a atuação do profissional, muitas
vezes desmotivam discentes a concluírem a graduação. A falta de contato com um bibliotecário
formado durante a educação básica e a pouca disseminação do curso de Biblioteconomia para
futuros ingressantes na Universidade também contribui para a pouca quantidade de
profissionais formados.
É necessária uma comoção da classe junto aos órgãos competentes exigir o cumprimento da lei
promulgada, bem como a fiscalização destes órgãos nas instituições de ensino. É preciso
também que continue sendo cobrada a realização do Concurso Público para a contratação de
bibliotecários na composição do quadro de servidores da SEDUCE. Outra sugestão ação
proposta é a atuação da Universidade junto as escolas de educação básica (sejam elas públicas
ou privadas) para promover o curso de Biblioteconomia para os alunos e também a
conscientização das direções do papel fundamental do bibliotecário e de sua atuação junto ao
corpo pedagógico na educação e no letramento informacional do pesquisador juvenil.
REFERÊNCIAS
ABREU, Vera Lúcia Furst Gonçalves de et al. Diagnóstico das bibliotecas escolares da rede
estadual de ensino de Belo Horizonte – MG. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 20., 2002,
Fortaleza. Anais... Fortaleza: Associação dos Bibliotecários do Ceará, 2002.
BRASIL. Lei n.º 4.084, de 30 de junho de 1962. Dispõe sobre a profissão do bibliotecário e
regula seu exercício. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 2 jul. 1962.
CAMPELLO, Bernadete Santos et. al. Situação das bibliotecas escolares no Brasil: o que
sabemos?. In: Biblioteca Escolar em Revista, Ribeirão Preto, v. 1, n. 1, p. 1-29, 2012.
CASTRO FILHO, Cláudio Marcondes de; COPPOLA JUNIOR, Claudinei. Biblioteca escolar
e a lei 12.244/2010: caminhos para implantação. In: Biblioteca Escolar em Revista, Ribeirão
Preto, v. 1, n. 1, p. 30-41, 2012.
GOIÁS (Estado). Censo Escolar 2015: Análise do censo escolar da educação básica: As
escolas militares em foco. Goiânia: Instituto Mauro Borges, 2016.
SANTOS, Andrea Pereira dos et. al. Diagnóstico das Bibliotecas Escolares do Estado de
Goiás e elaboração de proposta para criação da Rede Estadual de Bibliotecas Escolares.
Goiânia: [s.n], [2015?].
UNESCO. Manifesto IFLA/UNESCO para biblioteca escolar. Trad. Neusa Dias Macedo.
São Paulo: IFLA, 2000.
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ABSTRACT
This article approaches the problem of the disorganization of the information on the Web and
aims to contribute some attempts proposed by some specialists for the organization in the
network. It addresses the current problematic in the Web environment and its differences in
relation to the traditional forms of organization, in order to point out the possible solutions
currently proposed. For David Weinberger, in his book The new digital disorder (2007), the
forms of organization that already exist in the network that aim at facilitated access of
information, as for example Wikipedia, seek above all the organization of knowledge.
Complementing Weinberger, Pierre Lévy, in his works Collective Intelligence (2003) and The
Technologies of Intelligence (2010), argues that knowledge shared by any person in society
constitutes a collective intelligence in the network. Finally, this collaboration of society for the
transmission of knowledge shows the necessity of the organization of cyberspace.
63
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E-mail:
bika.adami17@hotmail.com
64
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E-mail:
carol_literaria@yahoo.com.br
65
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E-mail:
isabel_gules@hotmail.com
66
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E-mail:
bruna.hilbert@hotmail.com
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1 INTRODUÇÃO
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
2 A CONFIGURAÇÃO DA (DES)ORGANIZAÇÃO
Em 1989, o cientista da computação Tim Berners-Lee veio a criar a Web. Com o passar
dos anos, a rede foi sendo cada vez mais ampliada e desenvolvida, passando a se configurar na
forma como se conhece hoje.
Em um primeiro momento, o invento de Lee não afetou diretamente as bibliotecas nem
o mundo. Demorou um pouco para que todas as pessoas tivessem acesso à rede, até se chegar
ao emaranhado de metadados distribuídos pela Web na atualidade. De acordo com Malini
(2009), a princípio quem tinha acesso à Web eram hackers ou pessoas envolvidas diretamente
com o assunto e que tinham informações sobre como acessar a rede. Após poucos anos, o acesso
tornou-se globalizado, e hoje bilhões de pessoas acessam a Internet e compartilham
informações com milhares de outras pessoas. Uma pesquisa anual feita pelo Facebook, para o
seu projeto Internet.org (FACEBOOK, 2015), constatou que, até dezembro de 2015, 3,2 bilhões
de pessoas já estavam conectadas à Internet no mundo.
O crescente número de pessoas conectadas à rede fez crescer também o número de
informações nela contidas e a necessidade de uma organização para que buscas simples tenham
respostas rápidas e eficientes.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Uma das tentativas de organizar essa “bagunça” de metadados67 foi a criação das tags.68
Weinberger (2007) dá diversos exemplos do funcionamento das tags e porque se tornaram
fundamentais para a recuperação de informação e organização na Web. O autor explica que,
com as tags, as pessoas podem categorizar fotos, vídeos, dados, textos ou qualquer tipo de
informação na Web. O autor retrata melhor essa lógica citando o seguinte exemplo:
Weinberger (2007) traz esse exemplo mostrando como seria difícil localizar essa foto
na coleção de fotos do Bettmann Archive, que “[...] conta com 11 milhões de fotos e negativos
de valor inestimável.” (WEINBERGER, 2007, p. 18). Porém, se essa mesma foto estivesse
disponível na Web em um site como o Flickr, que reúne milhões de fotos para
compartilhamento, utilizando sistemas como tags, a busca teria um tempo muito menor.
Colocando, por exemplo, todas as informações que quiser sobre essa foto com hashtags como
“#GuerraCivil”, “#SoldadodeMassachussetts”, “#PartiuGuerraCivil”, uma pessoa que digitasse
qualquer uma delas encontraria com mais facilidade a foto do soldado do que uma busca no
arquivo físico da coleção Bettmann Archive, que, além da dificuldade de procura devido ao
número gigantesco de fotos, fica localizada em uma caverna na Pensilvânia, a quase 70 metros
da superfície (WEINBERGER, 2007).
Apesar de todas as diferenças de se lidar com a informação física e com a digital, tanto
a Web, quanto a Biblioteconomia partem do princípio de que a organização da informação é
fundamental para que possa ser posteriormente recuperada.
67
Segundo Marcondes (2005), metadados “[...] são dados associados a um recurso Web, um documento eletrônico,
por exemplo, que permitem recuperá-lo, descrevê-lo e avaliar sua relevância, manipulá-lo (o tamanho de um
documento, ao se fazer dowloading ou o seu formato, para sabermos se dispomos do programa adequado para
manipulá-lo), gerenciá-lo, utilizá-lo, enfim.”
68
De acordo com a nota da tradutora Alessandra Mussi Araújo (WEINBERGER, 2007, p. 92), “Tags são estruturas
de marcação que consistem em breves instruções, tendo uma marca de início e outra de fim. Há tendência, nos
dias atuais, de se usar as tags apenas como delimitadores de estilo e/ou conteúdo, tanto em HTML quanto em
XML.”
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Além das formas já citadas, há diversas tentativas de organizar tudo, como o Google
Maps (organização do espaço, mostrando mapas de milhares de lugares e a possibilidade de
“[...] outros programas incorporarem mapas do Google a suas próprias ofertas [...]”
(WEINBERGER, 2007, p. 159), o Flickr (organização voltada a fotos publicadas), o Twitter
(organização do pensamento, postagens de frases que o próprio usuário escreve e divulga), o
You Tube (organização de vídeos da Web), Whats App (sistema para envio direto de
mensagens), Spotify (organização de músicas), entre muitos outros tipos de organização dentro
da rede, mas que, se não informadas corretamente, podem se perder em meio ao universo
infinito da Web.
Weinberger (2007, p. 14) traz no início do seu livro a resposta para essa pergunta: “[...]
a solução à superabundância de informações é um número ainda maior de informações.” A
única forma possível conhecida para organizar o problema desse caos decorrente da
desorganização das informações na Web é adicionar mais informações a essas informações.
Esse é um paradoxo que se enfrenta cada dia mais na rede.
Weinberger (2007) traz a lógica de Dewey sobre como funciona o sistema de
classificação comparando esse método a uma “árvore do conhecimento”, na qual uma
informação é ligada a outra, que está relacionada a outra e assim por diante. Essa lógica no
mundo físico dos livros parece mais simples do que na Internet, pois, se essa mesma árvore for
para o mundo das tecnologias, formará uma miscelânea, como mostrado na Figura 1.
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No entanto, após analisar que seria quase impossível colocar as informações da Web em
“caixinhas” únicas e sem movimentação, Weinberger (2007, p. 45) percebe que a lógica da
árvore não é muito viável para a lógica da Internet, pois “[...] nada tem seu lugar. Tudo tem
seus lugares [...]”. Essa afirmação ainda é válida, mesmo que já tenha se passado dez anos desde
a publicação do seu livro.
Deve-se levar em consideração que o mundo físico permite que cada coisa tenha seu
lugar. Um livro ocupa um lugar na estante, em uma classificação, em um assunto. Já na Web,
um livro pode ocupar mais de uma categoria. O site da Amazon brasileira é um exemplo.
Quando se acessa o site, percebe-se que os livros mais procurados do momento aparecem na
categoria “mais vendidos em livros”, mas, ao mesmo tempo, também aparecem dentro de outras
categorias. Um exemplo seria o livro O oráculo oculto, do autor Rick Riordan, como mostrado
na Figura 2.
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Quando se acessa o site, esse livro está na classificação dos mais vendidos, ao mesmo
tempo que está nas categorias literatura e ficção, literatura infantojuvenil e geral, como
mostrado na Figura 3. Esse método de “jogar informações na cara do usuário” é amplamente
usado pela Amazon, pois assim é mais fácil mostrar aos leitores as ofertas. Seguindo essa lógica,
a partir do momento que o provável comprador entra no site e se depara com milhares de ofertas,
com o mesmo livro em diversas categorias – mostrando o quanto ele tem sido muito procurado
e comprado por outros internautas, provavelmente, com uma promoção imperdível – faz com
que o usuário potencial fique mais suscetível a executar a compra. Essa facilidade que a Web
traz de poder categorizar a informação em diversas categorias também é usada para vender,
como faz a Amazon.
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Portanto, reafirma-se a ideia de Weinberger (2007) ao dizer que uma só coisa pode ter
vários lugares no ciberespaço, e provavelmente essa seja a grande solução para a bagunça. O
autor chega à seguinte conclusão: “Portanto, o mundo digital permite-nos transcender a regra
mais fundamental de arrumação do mundo real: em vez de tudo ter o seu lugar, é melhor que
as coisas sejam designadas a vários lugares ao mesmo tempo.” (WEINBERGER, 2007, p. 15).
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Com o advento da tecnologia, a classificação física veio a ser unida ao sistema da Web,
e isso veio a proporcionar muitos benefícios para todos que querem ter acesso à informação.
Um exemplo dessa união é a Wikipedia. A ideia de criar uma enciclopédia on-line, em
que qualquer pessoa possa compartilhar seu conhecimento com o mundo mostra como a Web
pode ser fascinante. Assim, nota-se como a inteligência coletiva proposta por Lévy (2003, 2010)
existe e pode dar certo, pois, segundo ele, funciona como “[...] uma inteligência distribuída por
toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma
mobilização efetiva das competências” (LÉVY, 2003, p. 28). Isso pode ser visto em um site
como a Wikipedia, que, apesar de muitos o desmerecerem, ainda assim é o quinto site mais
visitado do mundo, segundo uma pesquisa disponibilizada no site Olhar Digital (2013),
realizada pelo Business Insider, utilizando dados da comScore, especialista em métricas
digitais. Bembem e Santos (2013), ao analisarem os argumentos de Lévy, afirmam que “O
ciberespaço permite que os indivíduos se mantenham interligados independentemente do local
geográfico em que se situam. Ele desterritorializa os saberes e funciona como suporte ao
desenvolvimento da inteligência coletiva” (BEMBEM; SANTOS, 2013, p. 142). Por isso, sites
enciclopédicos e afins desempenham papel importante no contexto da Web no século XXI, pois
representam o início do intelectualismo coletivo no ciberespaço, estando aberto para qualquer
pessoa. Se, para Lévy (2003, 2010), o saber está acumulado na própria humanidade, então todo
e qualquer indivíduo pode vir a oferecer conhecimento. Bembem e Santos (2013)
complementam essa ideia:
69
LÉVY, Pierre. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2000.
350
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Após explicar quais são as ordens da ordem, Chianca (2014) também resume qual é a
nova ordem da ordem, que vem a ser a passagem de ideias, transformadas em informações e,
por fim, em conhecimento.
Weinberger (2007, p. 7) chama de “miscelânea” a desordem digital, pois se configura
em uma confusão na qual diversas informações podem ser perdidas caso não haja uma forma
de recuperação. Chianca (2014) explica as ideias de Weinberger:
Weinberger (2007) afirma, sobre o assunto, que “À medida que inventamos novos
princípios de organização que fazem sentido num mundo do conhecimento livre das limitações
físicas, as informações simplesmente não querem ser livres, querem fazer parte de uma
miscelânea.” (WEINBERGER, 2007. p. 7).
Para fins de melhor representação do que Weinberger reflete em seu livro, a Figura 4
mostra como a informação é recuperada e como é o funcionamento de alguns meios de acesso
à informação na Web.
Figura 4 – Recuperação da informação na Web
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Percebe-se logo que a forma mais efetiva de organização na Web é não tentar levar a
lógica de aninhamento do mundo físico para o mundo cibernético, mas deixar que tudo possa
ocupar mais de um lugar na rede, disponibilizar uma informação com o maior número de
categorias possíveis, não tentar ordenar, deixar a informação livre e compartilhar o
conhecimento.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
REFERÊNCIAS
______. O oráculo oculto: livro 1; série as provações de Apolo. São Paulo, 2016b.
Disponível em: <https://www.amazon.com.br/Or%C3%A1culo-Oculto-Livro-S%C3%A9rie-
Prova%C3%A7%C3%B5es/dp/8580579287/ref=zg_bs_books_69>. Acesso em: 23 maio
2016.
BARROS, Moreno. A nova desordem digital. [S. l.], 27 maio 2008. Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/moreno/a-nova-desordem-digital>. Acesso em: 22 maio 2016.
BEMBEM, Angela Halen Claro; SANTOS, Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa.
Inteligência coletiva: um olhar sobre a produção de Pierre Lévy. Perspectivas em Ciências
da Informação, Belo Horizonte, v. 18, n. 4, p. 139-151, out./dez. 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/pci/v18n4/10.pdf>. Acesso em: 22 maio 2016.
CHIANCA, Cauê. Apresentação do livro Nova Ordem Digital / Presentation of the book
New Digital Disorder. [S. l.], 05 jun. 2014. Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/chianca1/nova-desordem-digital-35547030>. Acesso em: 04 jun.
2016.
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Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
FACEBOOK. State of connectivity 2015: a report on global internet access. [S. l.], 2015.
Disponível em: <https://fbnewsroomus.files.wordpress.com/2016/02/state-of-connectivity-
2015-2016-02-21-final.pdf>. Acesso em: 19 maio 2016.
FONTOURA, Marcelo Carneiro da. A documentação de Paul Otlet: uma proposta para a
organização racional da produção intelectual do homem. 2012. 219 f. Dissertação (Mestrado
em Ciência da Informação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2012. Disponível em:
<http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/10431/documentacao_paulotlet_fonto
ura.pdf?sequence=1>. Acesso em: 05 jun. 2016.
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 4. ed. São
Paulo: Loyola, 2003.
MALINI, Fábio. O valor no capitalismo cognitivo e a cultura hacker. Liinc em Revista, Rio
de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 191-205, set. 2009. Disponível em:
<http://liinc.revista.ibict.br/index.php/liinc/article/view/311/216>. Acesso em: 03 jun. 2016.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
OLHAR DIGITAL. Os 20 sites mais acessados do mundo. [S. l.], 2013. Disponível em:
<http://olhardigital.uol.com.br/noticia/os-20-sites-mais-acessados-do-mundo/32477>. Acesso
em: 23 maio 2016.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
RESUMO
Trata sobre a imagem do bibliotecário pelos usuários da rede social de leitura Skoob. Através
da aplicação de um questionário, pode-se identificar o perfil dos usuários da rede, seu grau de
instrução, faixa etária e a imagem do bibliotecário no imaginário coletivo da rede social. A
pesquisa é descritiva e explicativa, e se configura com uma abordagem quanti-qualitativa de
natureza bibliográfica e exploratória. Os procedimentos metodológicos adotados neste trabalho
remetem ao exercício de identificação, sistematização dos dados coletados, análise de
referências sobre a temática pertinente nos campos de investigação: Biblioteconomia, Ciência
da Informação, e Gestão em Unidades de Informação, buscando articular o entendimento entre
a teoria em detrimento a resposta ao estudo de usuários na rede social Skoob. Demonstra a
necessidade de um trabalho de revitalização da imagem do bibliotecário a começar pela
graduação em consonância aos profissionais estabelecidos no mercado de trabalho. Propõe que
seja efetuado um trabalho de conscientização da importância do bibliotecário perante a
sociedade. Ainda há a necessidade urgente de desmitificar o trabalho do bibliotecário perante a
sociedade, suas competências transdisciplinares e a sua importância social, para então, começar
a mudar a imagem estereotipada e consolidada culturalmente.
ABSTRACT
It deals with the librarian’s image perception by the Skoob readers' network.
By means of applying a questionnaire, it is possible to identify the network users’ profile, their
education level, age group and the librarian’s image in the social network collective imaginary.
70
Graduando em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail:
manoelmessiasufc@gmail.com
71
Graduanda em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: thaianabds@gmail.com
72
Arquivista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e graduanda em Biblioteconomia pela
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). E-mail: claudia.bs.souza@gmail.com
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
1 INTRODUÇÃO
No entanto, a realidade encontrada na página da rede social Skoob - o que você está
lendo? é preocupante, pois os usuários da rede, se utilizam de charges de tom jocoso para
denegrir a profissão do bibliotecário. Mesmo sendo adeptos a leitura, amantes de livros, não
conseguem vislumbrar o papel social e estratégico do bibliotecário.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
1.1 Justificativa
questionário, testes e observação participante ou não. Bibliográfica por ser desenvolvida com
base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas [...]. (VERGARA,
2010, p.43)
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
antigo. Como afirma Milanesi (2002, p.16) o bibliotecário da Antiguidade era uma espécie de
curioso e que “mais se afirmou como um devotado e estranho guardião do saber”.
Na Idade Média, as bibliotecas ligadas às ordens religiosas, e sua localização se dava
em mosteiros e conventos, que naquela época, eram os responsáveis pela preservação da cultura
antiga, principalmente da cultura greco-romana. Seu acesso era restrito aos monges copistas
que se encarregavam de transcrever todo o conhecimento contido nos livros para pergaminhos,
e este só poderiam ser manuseados pelos mesmos.
Com as mudanças intelectuais e sociais durante o período do Renascimento e com o
surgimento das universidades que visavam atender os estudantes universitários, criou-se o
primeiro catálogo unificado, que continha: o nome dos autores e obras, além da indicação das
bibliotecas onde poderiam encontrar tais obras. A partir da criação das bibliotecas universitárias
que surgiram na época do Renascimento foi que “o bibliotecário surgiu de fato como o
organizador da informação e [...] consolidou seu papel como disseminador do conhecimento”
(SANTOS, 2010, p.8).
No século XIX, as atividades ligadas à Biblioteconomia se desenvolveram de forma
efetiva, pois era exigido que o bibliotecário já possuísse práticas e técnicas apropriadas para a
sistematização das informações já existentes nos acervos das bibliotecas. Citando como
exemplo o caso da primeira edição da Classificação Decimal de Dewey (CDD) de Melvil
Dewey em 1876, nos Estados Unidos, considerado o primeiro sistema de classificação de
assuntos que passou a ser adotado nas bibliotecas, até os dias atuais.
Segundo Becker e Salgado (1995), a primeira escola de Biblioteconomia foi fundada
em 1821, na cidade de Paris com caráter erudito. Já em 1887, surgiu, nos Estados Unidos, a
segunda escola para formação de bibliotecários fundada por Melvil Dewey, com um enfoque
tecnicista, se diferenciando da escola francesa. Com isso, percebe-se dois modelos distintos de
ensino e formação em Biblioteconomia: o francês (mais humanístico) e o norte-americano (mais
pragmático e tecnicista), ambos foram implementados no século XIX.
No Brasil, o Curso de Biblioteconomia nasceu no ano de 1911, na Biblioteca Nacional
, no Rio de Janeiro com duração de apenas um ano e com quatro disciplinas a ser lecionadas:
Bibliografia, Paleografia e Diplomática, Iconografia e Numismática, mas seu início se deu
apenas em 1915 e com fim das atividades em 1922 (CASTRO, 2002). Esse período do curso é
marcado pela influência francesa, que apresentava um cunho mais humanístico, enfatizando os
aspectos culturais e informativos. Fonseca (1957) narra as etapas da Biblioteconomia brasileira,
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em que a primeira fase ocorreu de 1879 a 1929, onde o curso foi dirigido pela Biblioteca
Nacional e com influência francesa; a segunda, compreende os anos de 1929 a 1962, em que se
desenvolveu a influência norte americana e a terceira, a partir de 1962 se caracteriza pela
uniformidade dos cursos a partir do currículo mínimo, já com a tentativa de reunir as duas visões
(humanista e tecnicista).
Segundo Mueller (1985, p.3) a Biblioteca Nacional através da reforma dos programas
e elevação para nível universitário em 1962 do curso oferecido para formação de bibliotecários
pela entidade, contribuiu de forma significativa para regulamentação da profissão.
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O SKOOB é uma rede social colaborativa criada em janeiro de 2009 pelo desenvolvedor
Lindenberg Moreira. É considerada uma estante virtual, onde leitores podem compartilhar os
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livros que leu, os que gostaram ou não, além de poder cadastrar novas publicações, efetuar
trocas de livros, fazer contato com autores e editoras. Um espaço aberto para receber resenhas
das publicações lidas e criar laços de amizade através da leitura.
Como consequência natural, há em paralelo a rede social advinda do SKOOB,
denominada Skoob: o que você está lendo? Este foi o universo escolhido para conceber esta
pesquisa.
Foram sujeitos desta pesquisa 190 (cento e noventa) pessoas, denominadas como
Skoobers, que se prontificaram a responder o questionário virtual. Considerando o total de
respondentes, no que se refere ao gênero dos entrevistados, observamos que 169 (cento e
sessenta e nove) mulheres, representam 89% do total, e 21 homens, equivalendo a 11% do total
de depoentes.
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pessoa apontou arquivos, equivalendo 0,5 % e nenhum respondente apontou empresas como
local de trabalho do bibliotecário.
Quanto ao acervo que o bibliotecário trabalha, grande parte dos entrevistados, 175
(cento e setenta e cinco) pessoas responderam que o bibliotecário pode trabalhar com todos os
tipos de acervo: livros, ebooks, jornais, revistas, mídias, equivalendo 92.1%; 15 (quinze)
pessoas apontaram os livros e ebooks, equivalendo a 7.9%; Revistas, livros e mídias não foram
apontadas exclusivamente como acervo administrado pelo bibliotecário.
Quanto ao ambiente na biblioteca, grande parte dos entrevistados, 69 (sessenta e nove),
preferem um ambiente de silêncio absoluto, equivalendo a 36% do total de entrevistados; 45
(quarenta e cinco) pessoas preferem sala fechada para estudos, equivalendo 24%; 45 (quarenta
e cinco) pessoas preferem ambientes interativos (contendo equipamentos audiovisuais),
equivalendo 24%; 31 (trinta e um) pessoas preferem o ambiente aberto - salão, equivalendo a
16% do total dos pesquisados.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 4.084, de 30 de Junho de 1962. Dispõe sôbre a profissão de bibliotecário e regula
seu exercício. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-
1969/L4084.htm>. Acesso em: 22 maio 2017.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
WALTER, Maria Tereza Machado Teles; BAPTISTA, Sofia Galvão. A força dos estereótipos
na construção da imagem dos bibliotecários. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa, v.17, n.3, p. 27-
38, set.\dez. 2007. Disponíel em:
<http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/962> acesso em: 22 maio 2017.
WALTER, Maria Tereza Machado Teles; EIRÃO, Tiago Gomes; REIS, Luciana Araújo.
Regulamentos, orçamentos, etcétera: miniguia. Brasília: Briquet de Lemos, 2010.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
RESUMO
Trata sobre a imagem do bibliotecário pelos usuários da rede social de leitura Skoob. Através
da aplicação de um questionário, pode-se identificar o perfil dos usuários da rede, seu grau de
instrução, faixa etária e a imagem do bibliotecário no imaginário coletivo da rede social. A
pesquisa é descritiva e explicativa, e se configura com uma abordagem quanti-qualitativa de
natureza bibliográfica e exploratória. Os procedimentos metodológicos adotados neste trabalho
remetem ao exercício de identificação, sistematização dos dados coletados, análise de
referências sobre a temática pertinente nos campos de investigação: Biblioteconomia, Ciência
da Informação, e Gestão em Unidades de Informação, buscando articular o entendimento entre
a teoria em detrimento a resposta ao estudo de usuários na rede social Skoob. Demonstra a
necessidade de um trabalho de revitalização da imagem do bibliotecário a começar pela
graduação em consonância aos profissionais estabelecidos no mercado de trabalho. Propõe que
seja efetuado um trabalho de conscientização da importância do bibliotecário perante a
sociedade. Ainda há a necessidade urgente de desmitificar o trabalho do bibliotecário perante a
sociedade, suas competências transdisciplinares e a sua importância social, para então, começar
a mudar a imagem estereotipada e consolidada culturalmente.
ABSTRACT
It deals with the librarian’s image perception by the Skoob readers' network.
By means of applying a questionnaire, it is possible to identify the network users’ profile, their
education level, age group and the librarian’s image in the social network collective imaginary.
The research is descriptive and explanatory, and it is configured with a quantitative-qualitative
73
Graduando em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail:
manoelmessiasufc@gmail.com
74
Graduanda em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: thaianabds@gmail.com
75
Arquivista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e graduanda em Biblioteconomia pela
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). E-mail: claudia.bs.souza@gmail.com
370
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Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da
Informação – ENEBD 2017
Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
1 INTRODUÇÃO
No entanto, a realidade encontrada na página da rede social Skoob - o que você está
lendo? é preocupante, pois os usuários da rede, se utilizam de charges de tom jocoso para
denegrir a profissão do bibliotecário. Mesmo sendo adeptos a leitura, amantes de livros, não
conseguem vislumbrar o papel social e estratégico do bibliotecário.
371
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da
Informação – ENEBD 2017
Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
1.1 Justificativa
fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de
questionário, testes e observação participante ou não. Bibliográfica por ser desenvolvida com
base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas [...]. (VERGARA,
2010, p.43)
373
XL Encontro Nacional de Estudantes de
Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da
Informação – ENEBD 2017
Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Os dados foram tabulados com intuito de expressar de forma clara e objetiva uma
possível resposta a problemática existente e propor ações para que sejam minimizados, ou até
mesmo mitigados.
A escolha da metodologia utilizada decorreu da necessidade de analisar o perfil dos
usuários da rede social Skoob, identificando sua percepção quanto a imagem, o fazer, o local e
os objetos que o bibliotecário trabalha.
374
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
apenas em 1915 e com fim das atividades em 1922 (CASTRO, 2002). Esse período do curso é
marcado pela influência francesa, que apresentava um cunho mais humanístico, enfatizando os
aspectos culturais e informativos. Fonseca (1957) narra as etapas da Biblioteconomia brasileira,
em que a primeira fase ocorreu de 1879 a 1929, onde o curso foi dirigido pela Biblioteca
Nacional e com influência francesa; a segunda, compreende os anos de 1929 a 1962, em que se
desenvolveu a influência norte americana e a terceira, a partir de 1962 se caracteriza pela
uniformidade dos cursos a partir do currículo mínimo, já com a tentativa de reunir as duas visões
(humanista e tecnicista).
Segundo Mueller (1985, p.3) a Biblioteca Nacional através da reforma dos programas
e elevação para nível universitário em 1962 do curso oferecido para formação de bibliotecários
pela entidade, contribuiu de forma significativa para regulamentação da profissão.
377
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
O SKOOB é uma rede social colaborativa criada em janeiro de 2009 pelo desenvolvedor
Lindenberg Moreira. É considerada uma estante virtual, onde leitores podem compartilhar os
livros que leu, os que gostaram ou não, além de poder cadastrar novas publicações, efetuar
trocas de livros, fazer contato com autores e editoras. Um espaço aberto para receber resenhas
das publicações lidas e criar laços de amizade através da leitura.
Como consequência natural, há em paralelo a rede social advinda do SKOOB,
denominada Skoob: o que você está lendo? Este foi o universo escolhido para conceber esta
pesquisa.
Foram sujeitos desta pesquisa 190 (cento e noventa) pessoas, denominadas como
Skoobers, que se prontificaram a responder o questionário virtual. Considerando o total de
respondentes, no que se refere ao gênero dos entrevistados, observamos que 169 (cento e
sessenta e nove) mulheres, representam 89% do total, e 21 homens, equivalendo a 11% do total
de depoentes.
Quanto ao local de trabalho do (a) bibliotecário (a), grande parte dos entrevistados 160
(cento e sessenta) equivalendo a 83.7 %, afirmaram que o bibliotecário trabalha em: bibliotecas,
em centros culturais, em escolas, em arquivos; 26 (vinte e seis) pessoas responderam que o
bibliotecário atua em bibliotecas, equivalendo a 13.7%; 2 (duas) pessoas apontaram centro
culturais, equivalendo a 1.1%; 1 (uma) pessoa apontou escolas, equivalendo 0,5 %; 1 (uma)
pessoa apontou arquivos, equivalendo 0,5 % e nenhum respondente apontou empresas como
local de trabalho do bibliotecário.
Quanto ao acervo que o bibliotecário trabalha, grande parte dos entrevistados, 175
(cento e setenta e cinco) pessoas responderam que o bibliotecário pode trabalhar com todos os
tipos de acervo: livros, ebooks, jornais, revistas, mídias, equivalendo 92.1%; 15 (quinze)
pessoas apontaram os livros e ebooks, equivalendo a 7.9%; Revistas, livros e mídias não foram
apontadas exclusivamente como acervo administrado pelo bibliotecário.
Quanto ao ambiente na biblioteca, grande parte dos entrevistados, 69 (sessenta e nove),
preferem um ambiente de silêncio absoluto, equivalendo a 36% do total de entrevistados; 45
(quarenta e cinco) pessoas preferem sala fechada para estudos, equivalendo 24%; 45 (quarenta
e cinco) pessoas preferem ambientes interativos (contendo equipamentos audiovisuais),
equivalendo 24%; 31 (trinta e um) pessoas preferem o ambiente aberto - salão, equivalendo a
16% do total dos pesquisados.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
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seu exercício. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-
1969/L4084.htm>. Acesso em: 22 maio 2017.
WALTER, Maria Tereza Machado Teles; BAPTISTA, Sofia Galvão. A força dos estereótipos
na construção da imagem dos bibliotecários. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa, v.17, n.3, p. 27-
38, set.\dez. 2007. Disponíel em:
<http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/962> acesso em: 22 maio 2017.
WALTER, Maria Tereza Machado Teles; EIRÃO, Tiago Gomes; REIS, Luciana Araújo.
Regulamentos, orçamentos, etcétera: miniguia. Brasília: Briquet de Lemos, 2010.
382
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
ABSTRACT
This work presents an account of student experience on a project in a community library, where
films and documentaries were shown to a group of seniors. The aim of this paper is to show
how the student realized the cultural action as a tool that reduces the challenge of
including seniors within the library. For that, this work used the concept of cultural action
proposed by Coelho Neto. In this respect, it was found that the cultural actions developed in
libraries contribute to the inclusion of older people in the information environment.
1 Introdução
[...] ao fazer sua opção para atuar como agente cultural, o bibliotecário
deve dar início a um processo de ação cultural emancipatória, de
conteúdo ideológico, que propicie a emergência das manifestações
culturais do público infantil e adulto [...] (CABRAL, 1999, p.39).
Sendo assim, o estudo de ações culturais como iniciativa para inclusão de idosos torna-
se importante para a formação dos novos profissionais, pois a inclusão de minorias é um dos
desafios dos futuros agentes culturais inseridos nas unidades de informação.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
donos do poder empenharam esforços na neutralização destes espaços como espaço público.
(SILVA, 2014, p.41).
De uma forma geral, cabe às bibliotecas públicas, a responsabilidade pela formação de
hábitos de leitura e de esclarecimento da sociedade. Segundo Manifesto da UNESCO:
386
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
não são conduzidas a um resultado, a informação é discutida e refletida fazendo com que o
sujeito participe ativamente do processo de criação das próprias ideias.
Já a animação cultural, é exatamente o contrário da ação cultural todo o processo é
conduzido pelo agente cultural o sujeito participa passivamente.
387
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
aluna a uma reflexão acerca de como problemas vivenciados na comunidade podem ser
trabalhados em unidades de informação de forma que incluam os idosos na sua participação.
Na segunda fase do projeto, a aluna participou ativamente de toda a preparação para a
exibição dos filmes e documentários. Tendo como contribuição para o seu aprendizado
compreender o processo de seleção dos filmes adequados pudessem alcançar a compreensão do
público e toda a parte administrativa que antecede a execução do projeto.
Nos dias de exibição dos filmes, a aluna pode ver como se desenvolvem as ações
culturais na unidade de informação. A equipe organizava e dava o ponto de partida de todo o
processo da ação, e ia acompanhando junto com os participantes que dando suas ideias, opiniões
e experiências iam transformando a ação.
Os diálogos que tínhamos após a exibição dos filmes são um exemplo de como esse
processo acontecia. Ao perguntá-los como eles faziam para reutilizar o lixo doméstico evitando
poluição e descarte incorreto, a aluna esperava receber respostas sobre o descarte de resíduos
sólidos e foi surpreendida com respostas sobre reutilização de alimentos, como: receitas de
bolinho feito com sobras de arroz; como fazer suco da casca da cenoura e do abacaxi; receitas
de doce de banana muito madura, etc. Sem serem induzidos a responder forçadamente ao
questionamento sobre resíduos sólidos os participantes começaram a trocar receitas e
experiências que despertavam um maior interesse e que demonstraram que aquelas informações
eram relevantes para outro problema da comunidade, o fator econômico.
Na etapa final, a equipe organizou uma tarde de encontro, onde foi exibido um vídeo
que continha um depoimento de uma aluna do curso de biblioteconomia, e dos membros da
comunidade que participaram do projeto expressando quais foram as suas impressões e qual a
contribuição do projeto para eles.
Ao final do projeto, a aluna considerou importante que os conceitos trabalhados, as
experiências e impressões fossem divulgadas para que a comunidade acadêmica pudesse
conhecer o projeto, e a partir de suas realizações desenvolver outros projetos de inclusão de
idosos em bibliotecas.
5 Considerações finais
uma novidade, está longe de seu esgotamento por se tratar de uma ação humana dinâmica que
pode ser trabalhada acompanhando as características e necessidades do grupo envolvido.
A parceria firmada entre a universidade e a comunidade do bairro do Coroado no grupo
da ASSIC, teve o caráter de ação cultural ao promover aos idosos tardes de exibição de filmes
e documentários, em que eles puderam refletir sobre as temáticas propostas pelo projeto.
Após a exibição de cada sessão de filmes e documentários foram propostos diálogos
onde todos puderam participar ativamente suscitando assuntos relativos a experiências vividas
no bairro. As principais questões giravam em torno de: Como o bairro era antes? Quais foram
as principais mudanças que aconteceram? Se esse crescimento trouxe benefícios aos
moradores? Se o tratamento do lixo e das águas do rio que corta o bairro acompanhou esse
crescimento?
O projeto demonstrou-se importante para a formação dos alunos ao apresentar ações
diferentes das que geralmente cabem à rotina de processamento técnico de uma biblioteca,
causando um impacto positivo aos que puderam perceber que promover ações em bibliotecas
comunitárias, escolares e públicas é fundamental para a aproximação dos seus usuários.
Ao participar de uma ação os idosos envolvidos puderam conhecer serviços da
biblioteca que dão sentido ao ato informar-se e informar, fortalecendo formação da cidadania
deles e da comunidade universitária, fazendo que se tornem conscientes da importância de sua
participação no desenvolvimento da sociedade.
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 2. ed. Cotia, SP: Martins Fontes, 1998.
389
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FAVERO, O, org. Cultura popular e educação; memória dos anos 60. Rio de Janeiro:
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391
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392
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
RESUMO
Apresenta um breve percurso histórico acerca das origens da classificação. Inicialmente, ela
surgiu da necessidade de demarcar a ciência e os saberes conforme suas diferenças e
semelhanças. Posteriormente, o desenvolvimento das classificações filosóficas recebeu
contribuições de diversos pensadores, rearranjando as formas de classificar as ciências. As
origens filosóficas da classificação objetivavam a divisão das ciências de forma hierárquica.
Contudo, devido à finalidade das classificações bibliográficas (ordenação de arquivos e livros
nas estantes), para que houvesse o desenvolvimento delas, houve a necessidade de diferenciação
do ramo filosófico. Após a Antiguidade, amparando-se nas classificações iniciais, sistemas de
classificações bibliográficas foram desenvolvidos, como por exemplo, o Sistema de
Classificação de Dewey e o Sistema de Classificação Universal. Nessa breve explanação das
origens e distinções, a pesquisa focou na revisão sucinta da bibliografia básica. E dessa síntese
se constatou o quanto as classificações filosóficas foram cruciais para o desenvolvimento das
classificações bibliográficas, bem como para o entendimento e até mesmo aprimoramento das
classificações bibliográficas.
ABSTRACT
Presents a brief history of the origins of classification. Initially, it arose from the need to
demarcate science and knowledge according to their differences and similarities. Subsequently,
the development of philosophical classifications received contributions from various thinkers,
rearranging the ways of classifying the sciences. The philosophical origins of classification
aimed at the division of the sciences in a hierarchical way. However, due to the purpose of the
bibliographic classifications (ordering archives and books on the shelves), for the development
of them, there was a need for differentiation of the philosophical branch. After antiquity, based
on the initial classifications, bibliographic classification systems were developed, such as the
Dewey Classification System and the Universal Classification System. In this brief explanation
of origins and distinctions, the research focused on the succinct revision of the basic
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
bibliography. And from this synthesis it was verified how the philosophical classifications were
crucial for the development of the bibliographical classifications, as well as for the
understanding and even improvement of the bibliographical classifications
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITUAÇÃO TEÓRICA
É notório a necessidade de classificar as ciências e/ou saberes de acordo com áreas as quais
fazem parte. Piedade (1977, p. 9) define a classificação como um processo de dividir em grupos
ou classes, segundo as diferenças e semelhanças. É dispor os conceitos, segundo suas semelhas
e diferenças, em certo número de grupos metodicamente distribuídos. Esse conceito frisa
basicamente o ato de organizar os elementos e/ou saberes conforme as suas similaridades e
diferenças, para que haja simplificação em suas recuperações e nos estudos/pesquisas que
venham acontecer. De maneira mais específica, a respeito da classificação das ciências, Pombo
(19??, p. 3) a conceitua como uma “atividade própria da filosofia das ciências”.
No campo da Ciência da Informação, mais especificamente na Biblioteconomia, a
teoria da classificação é um conjunto de proposições e princípios desenvolvidos em associação
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com a prática, manifestando o seu conteúdo como uma disciplina intelectual. (ANJOS, 2008).
Essa teoria, a qual é trabalhada no campo da Biblioteconomia, se desenvolveu gradativamente
com base nas classificações filosóficas, as quais são “voltadas para uma classificação mais
elaborada, sofisticada, dos conhecimentos humanos”. (ARAÚJO, 2006, p. 121). E nas
classificações bibliográficas, essas voltadas para a organização de acervo em conformidade com
as semelhanças e diferenças, como enfatizou Barbosa (1969), de que as classificações
bibliográficas centraram-se na finalidade de dar aos livros um lugar determinado nas estantes.
Mas para chegar ao que conhecemos hoje, no campo informacional, o desenvolvimento
das classificações passou por um longo processo. “As classificações filosóficas são criadas
pelos filósofos, com a finalidade de definir, esquematizar, e hierarquizar o conhecimento,
preocupados com a ordem das ciências ou a ordem das coisas” (PIEDADE, 1977, p. 60). Ou
seja, os filósofos não estavam preocupados em elaborar um sistema de classificação voltado
para a organização, mas sim para a categorização. Explicitar os campos dos conhecimentos
ditos como os mais importantes.
E como já foi dito, “as classificações bibliográficas são sistemas destinados a servir de
base à organização de documentos nas estantes, em catálogos, em bibliografia, etc”.
(PIEDADE, 1977, p. 60). Essas sim são focadas no quesito organização, não tendo como
princípio a hierarquização. As classificações bibliográficas são voltadas para a estruturação e
depósito de arquivos e documentos, de modo que a recuperação da informação seja fácil e ágil.
3 CLASSIFICAÇÕES FILOSÓFICAS
Depois de Platão, o filósofo Aristóteles, o qual desenvolveu a divisão dicotômica das coisas e
a divisão tritônica do conhecimento, aprimorou o seu sistema de classificação, dividindo as
ciências da seguinte forma:
• Ciências teóricas;
• Ciências práticas;
• Ciências poéticas.
Piedade (1977, p. 61) explica cada uma dessas ciências, classificadas por Aristóteles da
seguinte maneira:
As ciências teóricas se limitam a constatar a verdade, sendo elas: a
Matemática, a Física e a Teologia. As ciências práticas determinam as
regras que devem ser seguidas no nosso cotidiano, sendo elas: a Ética,
a Economia e a Política e as ciências poéticas, as quais indicam os meios
a usar na produção de obras exteriores, sendo elas: a Retórica, a Poética
e a Dialética.
Árvore de Porfírio
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
• Aritmética;
• Astronomia;
• Música.
Salientado por Piedade (1977, p. 63), essas disciplinas coadjuvaram para os estudos
preparatórios para estudos superiores, isto é:
• Teologia;
• Metafísica;
• Ética;
• História.
No campo da ciência da informação, estritamente na biblioteconomia, o filósofo inglês,
Francis Bacon, influenciou várias classificações bibliográficas. (PIEDADE, 1977).
Segundo Piedade (1977, p. 63), “Bacon divide as ciências segundo as faculdades
humanas em jogo: a memória, a imaginação e a razão”. Segue abaixo a explicação e as
subdivisões de cada uma dessas ciências:
• Química;
• Biologia;
• Sociologia;
• Moral.
Percebe-se que não há muita diferença das principais disciplinas que atualmente são
ministradas atualmente nas escolas. Nesse caso, ausentaram-se apenas as disciplinas como
História e Geografia. Mais uma vez as grades curriculares de ensino sendo influenciadas pelo
aprimoramento das classificações.
Já o filósofo alemão Wundt apresentou a seguinte classificação:
• Ciências formais;
• Ciências reais;
• Ciências da natureza:
Fenomenológicas;
Genéricas;
Sistemáticas;
• Ciências de Espírito:
Fenomenológicas;
Genéticas;
Sistemáticas;
Sobre as classificações apresentadas por Wundt, Piedade (1997, p. 63) as explica da seguinte
maneira: “As fenomenológicas investigam os fenômenos e são: da natureza: Física, Química,
Fisiologia. Do espírito: Psicologia. As sistemáticas tratam dos objetos da natureza: Mineralogia,
Botânica, Zoologia etc. Do espírito: Direito, Economia, Política etc”.
Depreende-se que por meio da análise das classificações elaboradas por Wundt, o mesmo não
cita a filosofia como ciência, Anjos (2008, p. 72) explica que “Wundt tratou a ciência e a
Filosofia como conhecimentos totalmente separados. Dividiu a Filosofia em Doutrina do
Conhecimento e Doutrina dos Princípios (subdividida em Metafísica Geral e Metafísica
Especial”. Ou seja, mesmo a Filosofia, conhecida como a mãe das Ciências, Wundt em sua
concepção de classificações das ciências a considerou como um fundamento, não apontando
em suas divisões.
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A teoria da classificação filosófica foi estruturada mediante o subsídio de outros filósofos não
expostos acima, mas cabe citar alguns deles. Anjos (2008) em sua tese de doutorado evidenciou
também os seguintes filósofos: Descartes, Hobbes, Hegel, Diderot, entre outros.
Todos esses filósofos que aqui foram ressaltados, por meio de seus estudos, propuseram
diversas formas de classificações das ciências, que consequentemente, serviram de
embasamento para o desenvolvimento das classificações bibliográficas, as quais serão
discutidas posteriormente.
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Outros atributos presentes nas classificações filosóficas que serviram de estímulo para o
desenvolvimento da classificação bibliográfica foram:
5 METODOLOGIA
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fazermos a análise do breve referencial teórico acerca da classificação filosófica, bem como
suas contribuições para o desenvolvimento da classificação bibliográfica, constata-se que a
teoria da classificação filosófica serviu sim de base para a criação da classificação bibliográfica.
402
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
REFERÊNCIAS
POMBO, Olga. Da classificação dos seres à classificação dos saberes. [S.l: s.n], [19??].
404
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
RESUMO
Analisa as pesquisas desenvolvidas sobre indexação de documentos audiovisuais e o
delineamento teórico por elas assumidas. Tem como objetivo identificar os trabalhos
publicados na temática em questão e os aspectos neles contemplados, como forma de
estabelecer um quadro conceitual demonstrativo da evolução do assunto nas publicações
periódicas nacionais. Enquanto estudo exploratório-descritivo, de tipo bibliográfico e com
abordagem quanti-qualitativa, foi conduzido a partir de levantamento efetuado na Base de
Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI), mediante
utilização dos termos: documento audiovisual, documentação audiovisual e indexação de
documento audiovisual. Os resultados indicam que são escassos os trabalhos sobre indexação
de documentos audiovisuais em periódicos nacionais de Ciência da Informação. O assunto é
contemplado de modo um tanto breve em boa parte das publicações, estando em apenas 3
discutido de forma abrangente. Conclui-se que o quadro conceitual demonstrativo é que a
maioria dos artigos não tem como tema central a temática aqui estudada, mas sim assuntos que
a envolvem.
ABSTRACT
It analyses the searches development in indexing of audiovisual documents and the delineation
theoretical by they assumed. It aims identify the articles published in theme citated and the
questions contemplated on the works, for establish a conceptual framework demonstrative of
the development of the subject in national journals. Exploratory descriptive study, of type
bibliographic and with quanti-qualitative approach was conducted as of survey carried out in
Database Reference of Articles of Periodicals in Information Science (BRAPCI), by using of
terms: audiovisual document, audiovisual documentation and indexing of audiovisual
documents. The results indicate that works on indexing of audiovisual documents is scarce in
national journals of information science. The subject is contemplated of mode somewhat short
76
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Goiás (UFG). E-mail:
annakarolinasilva30@gmail.com
77
Docente do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Goiás (UFG). E-mail:
laispereira2@yahoo.com.br
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
in most of publications, being discussed comprehensive form in only three. It concludes that
the conceptual framework demonstrative is that the most part of the articles don’t have as
central theme the thematic studied, but rather of the subjects that involves.
1 INTRODUÇÃO
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processo mais desafiador e minucioso, porque este tipo de documento exige a percepção de
questões não diretamente descritas ou visivelmente representadas.
Para Cunha e Cavalcanti (2008, p. 132) documento pode ser definido como “qualquer
tipo de registro, sejam quais forem os seus dados ou configurações, quer se encontre em papel,
pergaminho ou filme, ou em qualquer outro material”. Ou seja, o documento constitui um
registro que traz consigo conjuntos de informações, estando presente em diversos tipos de
suporte.
Já documento audiovisual, segundo Cirne e Ferreira (2002), são informações veiculadas
por meio de um código de imagens fixas ou móveis, e de sons, necessitando de equipamentos
adequados para serem visto ou ouvidos. Ao tratar da indexação desse tipo de documento,
Chellappa (1995 apud PINTO, 2001, p. 229) evidencia que:
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tentativas de buscar novos caminhos e encontrar novas formas para ir automatizando total ou
parcialmente estas operações”.
3 METODOLOGIA
78
Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/brapci/>.
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documentação audiovisual
fílmica
Busca e organização da FREIRE, Isa Maria 2015 Revista Brasileira
informação audiovisual na web: FREIRE, Gustavo de Biblioteconomia
experiência no Laboratório de Henrique de Araújo e Documentação
Tecnologias Intelectuais BARROS, Niedja
Nascimento
Documentos e informações SANTOS, Francisco 2013 DataGramaZero
audiovisuais: a teoria arquivística Edvander Pires
e as técnicas da Biblioteconomia
aplicadas à organização de
arquivos de TV
Hacía la indización automática CALDERA-SERRANO, 2013 Perspectivas em
de documentos audiovisuales Jorge Gestão &
televisivos Conhecimento
Las nuevas tecnologias y el MOREIRO GONZÁLEZ, 2000 Informação &
tratamiento documental de los José A. Sociedade
materiales digitales, en especial
la imagen
Resumiendo documentos CALDERA-SERRANO, 2014 Perspectivas em
audiovisuales televisivos: Jorge Ciência da
propuesta metodológica Informação
Pelo exposto no quadro, nota-se que são todos artigos mais recentes, dos anos 2000 em
diante, não havendo produções com abrangência sobre indexação de documentos audiovisuais
nas décadas de 1970 a 1990. Além do que 2013 é o ano com maior ocorrência, tendo duas
publicações.
No que diz respeito aos autores apenas Caldera-Serrano aparece em mais de uma
produção, sendo a primeira de 2013 e a segunda de 2014. Já em relação às revistas, não há
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
predominância de trabalhos em nenhuma delas. Cada qual tem somente um artigo publicado no
assunto.
Em termos qualitativos, observando-se o delineamento teórico e os aspectos
contemplados nos artigos, percebe-se que cada um destes trata a indexação de documentos
audiovisuais de uma forma e em profundidades diferentes. Ainda assim, na grande maioria o
assunto carece de aprofundamento, como se constata a partir dos desdobramentos expostos na
sequência.
O artigo 1 “Acervos imagéticos e memória” aborda de forma superficial a indexação de
documentos audiovisuais. Foca nas discussões sobre imagem e memória, trazendo a vertente
do tratamento desse tipo de acervo apenas no último tópico do texto. Diferencia os tipos de
imagem e fala das instituições que as preservam, além dos aspectos comunicacionais que estas
evocam. No enlace final cita aspectos relacionados à análise documentária e à contextualização
das imagens, junto a um pequeno constructo sobre a escolha do termo de indexação.
No artigo 2 “Análise crítica do software Ant Movie Catalog sob o ponto de vista da
organização da documentação audiovisual fílmica” há uma discussão bastante incipiente no
tema, apesar de haver uma seção nominada de documentos audiovisuais e recuperação da
informação fílmica. O trabalho se envolve em uma abordagem sobre o software em questão e
sua descrição minuciosa, tratando em um ou outro momento das possibilidades de indexação
de filmes no Ant Movie, mais como forma de apresentar funcionalidades deste, não de abordar
a atividade de indexação em si.
O artigo 3 “Busca e organização da informação audiovisual na web: experiência no
Laboratório de Tecnologias Intelectuais” traz a indexação de audiovisuais de modo um tanto
breve. A produção relata os trabalhos em torno de um projeto da Universidade Federal da
Paraíba, voltado à disponibilização de fontes virtuais para apoio à aprendizagem nos cursos de
Biblioteconomia, Arquivologia, Museologia e Ciência da Informação. Nesse ínterim, cita o
trabalho de catalogação, classificação e indexação dos vídeos desenvolvido por uma bolsista.
Não há, contudo, qualquer discussão teórica no tema, apenas curto relato sobre a prática de
categorização dos vídeos.
No artigo 4 “Documentos e Informações Audiovisuais: a teoria arquivística e as técnicas
da Biblioteconomia aplicadas à organização de arquivos de TV”, o assunto é tratado de modo
abrangente, sendo trabalhado na perspectiva arquivística e no universo dos arquivos de TV. Há
uma seção nominada para o tratamento da informação que aborda de forma ampla a indexação
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escassa. Além de serem poucas produções, constata-se em muitas delas a falta de centralidade
no tema, de modo que o delineamento teórico estabelece-se em torno de outras questões e a
ação de indexar audiovisuais acaba por ser brevemente explicitada.
Ao final da análise percebe-se que a abordagem amplamente desenvolvida na temática
surge em apenas 3 das 7 publicações encontradas. Uma traz a indexação de documentos
audiovisuais de forma razoável, com um certo desdobramento teórico, mas ainda assim sem
discuti-la de modo abrangente. Outros 3 artigos o fazem de modo ainda mais resumido, tratando
o assunto superficialmente.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CINTRA, Anna Maria Marques. Elementos de linguística para estudos de indexação. Ciência
da Informação, Brasília, v. 12, n. 1, p. 5-22, 1983.
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RESUMO
Analisa a forma de abordagem da temática inteligência competitiva em publicações nacionais
da área de Ciência da Informação, destacando o ano de maior produção no tema, os autores e
as revistas que mais publicam no assunto. Objetiva identificar como a inteligência competitiva
vem sendo trabalhada pelos pesquisadores e que abrangência tem assumido.
Metodologicamente tem-se um estudo de tipo descritivo e bibliográfico, com abordagem
quanti-qualitativa. A coleta de dados priorizou a busca por assunto utilizando a palavra-chave
inteligência competitiva. O levantamento foi conduzido na Base de Dados Referenciais de
Artigos de Periódicos da Ciência da Informação (BRAPCI), com delimitação entre os anos de
1997 e 2017. Os resultados obtidos pela análise quantitativa indicam que predominam
publicações nos anos de 2016 e 2009, de doutores da região Sudeste do país, como Valentim e
Nassif, e nas revistas Perspectivas em Ciência da Informação e DataGramaZero. A via
qualitativa demonstra que a inteligência competitiva é abordada prioritariamente a partir de
estudos teóricos. Conclui-se que a temática estudada tem se desdobrado na Ciência da
Informação sob a forma de pesquisas na literatura, gerando em suma, trabalhos com discussões
conceituais, estruturais, integrativas, acadêmicas e profissionais da inteligência competitiva.
ABSTRACT
It analyzes the approach to the issue of competitive intelligence in national journals of
Information Science, highlighting the year of the greatest theme production, the authors and the
magazines that the most publish in the subject. Aims to identify how the competitive
intelligence it being worked and your coverage. Descriptive and bibliographic study, with
approach quantitative and qualitative. The data collection it was made by subject using the
keyword competitive intelligence. The search it was made in Base de Dados Referenciais de
Artigos de Periódicos da Ciência da Informação (BRAPCI), between the years of 1997 and
2017. The obtained results by quantitative analysis indicate that there are more publications in
the years of 2016 and 2009, of doctors from the southeast region of the country, such as
79
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Goiás (UFG). E-mail:
beatrizstephanysanches@hotmail.com
80
Docente do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Goiás (UFG). E-mail:
laispereira2@yahoo.com.br
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Valentim and Nassif, and in the journals Perspectivas em Ciência da Informação and
DataGramaZero. The qualitative approach demonstrate that competitive intelligence is
discussed primarily from theoretical studies. It concludes that subject has unfolded in Science
Information in the form of researches in the literature, generating in short, articles with
conceptual, structural, integrative, academic and professional discussions of competitive
intelligence.
1 INTRODUÇÃO
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2 INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
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disponíveis a partir de fontes públicas ou até mesmo de dentro da própria organização”. A esse
levantamento informacional dá-se o nome de monitora
mento ambiental. Como destaca Oliveira (2016, p. 173), a atividade de monitoramento:
está no cerne da questão, e é o que irá garantir a obtenção de
informações estratégicas internas e externas que podem contribuir
sobremaneira para a mudança de rumo e o enfrentamento de desafios
para os quais a organização não tenha se atentado até então. Além disso,
favorece a previsibilidade de ações dos concorrentes e comportamentos
reativos e de posicionamento mais adequado.
Valentim (2002, não paginado) fala de três ambientes nas organizações: o que “está
ligado ao próprio organograma”, o “relacionado a estrutura de recursos humanos” e o
“composto pela estrutura informacional”. Para a autora, a partir do “reconhecimento desses três
ambientes [...], pode-se mapear os fluxos informais de informação existentes na organização,
assim como pode-se estabelecer fluxos formais de informação para consumo da própria
organização” (Loc. cit.).
O monitoramento da ambiência e o mapeamento dos fluxos de informação viabilizarão
ações adequadas e direcionadas da organização, amparando a tomada de decisão e os processos
de trabalho com o fornecimento de informação sensível, pontualmente trabalhada para
aplicação estratégica. Por conta disso, nenhuma fonte deve ser desprezada. Em resumo:
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
momento seguinte envolve o trabalho sobre o conjunto obtido para tratamento e atribuição de
significado e a consequente distribuição ou repasse ao gestor que é o tomador de decisão e irá
se apropriar do conteúdo informacional para propósitos gerenciais específicos. Como destacam
Teixeira e Valentim (2016, p. 7):
3 METODOLOGIA
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língua portuguesa e disponibilizadas na íntegra. A seleção foi importante por conta da existência
de textos digitalizados, estruturados como resenha, trabalhos sem vinculação a um periódico,
etc.
Com isso, o estudo bibliográfico envolveu as seguintes etapas: estabelecimento da
temática; determinação da base de dados para a pesquisa; busca na base pelo termo "Inteligência
Competitiva"; análise de conteúdo dos textos e sistematização dos dados em quadros e tabelas.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Pode-se observar que os anos de maior produção em IC são: 2016, com 5 artigos; e
2009, com 4 publicações. Os anos de 2007, 2011 e 2012 têm todos, 3 trabalhos publicados. Nas
demais ocasiões aparecem textos de forma mais escassa.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Em se tratando dos autores que mais publicam na área de inteligência competitiva, tem-
se o seguinte panorama:
N° de
Autor Formação acadêmica na época da publicação
publicações
Marta Lígia Pomim Valentim 4 Dra. em Ciência da Informação e Documentação
Mônica Erichsen Nassif 3 Dra. em Ciência da Informação
Roniberto Morato Amaral 3 Dr. em Engenharia de Produção
Dário Henrique Alliprandini 2 Dr. em Engenharia Mecânica
José Márcio Castro 2 Dr. em Administração
Leonardo Guimarães Garcia 2 Dr. em Ciência e Engenharia dos materiais
Leandro Innocentini L. Faria 2 Dr. em Ciência e Engenharia dos materiais
Paula Carina de Araújo 2 Ma. em Ciência e Tecnologia da Informação
Rogério H. de Araújo Júnior 2 Dr. em Ciência da Informação
Valmira Perucchi 2 Doutoranda em Ciência da Informação
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Publicações Qualis
Revista Científica Local
sobre IC 2015
Perspectivas em Ciência da Informação 5 A1 Belo Horizonte – MG
DataGramaZero 5 B3 Rio de Janeiro – RJ
Ciência da Informação 4 B1 Brasília – DF
Perspectivas em Gestão & Conhecimento 4 B1 João Pessoa – PB
Informação & Informação 3 A2 Londrina – PR
Encontros Bibli 2 A2 Florianópolis – SC
InCID 2 B1 Ribeirão Preto – SP
Revista ACB 2 B2 Florianópolis – SC
Informação & Sociedade 1 A1 João Pessoa – PB
Em Questão 1 A2 Porto Alegre – RS
Revista Digital de Biblioteconomia e CI 1 B1 Campinas – SP
Revista de Biblioteconomia de Brasília 1 N/E81 Brasília – DF
Arquivística.net 1 N/E Rio de Janeiro – RJ
81
Qualificação não encontrada no Qualis Periódicos. Disponível em: <https://sucupira.capes.gov.br/
sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf>.
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científica, que a região Sudeste se destaca das demais (43,75%), seguida das regiões Sul (25%),
Centro-Oeste (15,65%) e Nordeste (15,65%).
A análise detida do conteúdo dos artigos, que permitiu verificar a forma de abordagem
das produções, revelou que a maioria dos trabalhos são de caráter teórico, ou seja, estudos
voltados à literatura publicada sobre o tema. Dentre os 32 artigos analisados, 21 abordam a IC
de forma teórica e apenas 11 de maneira prática, com coleta de dados em campo.
Observou-se a recorrência de artigos com o viés teórico que perpassavam por dois
grandes eixos em termos metodológicos, sendo eles: revisões de literatura e estudos métricos.
A forma de abordagem da inteligência competitiva nos estudos de ordem teórica é distinta.
As revisões de literatura expõem tanto os conceitos, ciclos e/ou profissionais da IC,
quanto os pontos de convergência entre a inteligência competitiva e outras temáticas, como
gestão de documentos e Ciência da Informação. Também foi encontrada uma revisão acerca da
informação como ferramenta auxiliar à tomada de decisão. Despontam aqui as vertentes
conceitual, estrutural, integrativa e profissional de pesquisa sobre inteligência competitiva.
Nas pesquisas ditas integrativas de IC, em geral, trabalha-se com os processos ou
componentes essenciais para uma aplicação adequada da mesma, como: gestão da informação,
gestão do conhecimento, cultura organizacional, memória organizacional, prospecção e
monitoramento, fluxos informacionais, avanços tecnológicos e o trinômio dado, informação e
conhecimento. Tais investigações aparecem em bom número.
Também se observa um conjunto de estudos que foram produzidos acerca das
disciplinas ofertadas com a temática IC em graduações em Ciência da Informação e o cenário
que a mesma tem no contexto acadêmico, assim como as competências que são necessárias aos
profissionais formados na área. Evidencia-se aqui a vertente acadêmica de pesquisa em
inteligência competitiva.
Já os artigos constituídos a partir de estudos métricos demonstram que foram
desenvolvidos com o intuito de perceber a recorrência da temática inteligência competitiva em
produções científicas, a formação acadêmica dos pesquisadores da área, assim como sua
vertente de atuação. Percebe-se ainda a presença de produções que almejam identificar a prática
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
A pesquisa evidenciou que nas duas últimas décadas a inteligência competitiva vem
sendo trabalhada com mais recorrência pelos pesquisadores de maneira teórica (65,62%) e que
as produções científicas que começaram a ser produzidas de forma tímida na primeira década
– 1997 a 2007 – abordada pelo estudo (31,25%), aumentaram de forma significativa sua
abrangência desde então (68,75%). Em bases gerais tem-se um desenvolvimento considerável
do tema em publicações nacionais da área de Ciência da Informação.
Quanto à identificação de como a IC vem sendo abordada pode-se destacar a evidência
de que há uma diversidade de estudos, a maioria dos quais teóricos, apesar de pesquisas de
ordem prática também aparecerem em bom número, mas em menor quantidade em relação aos
primeiros. Infere-se, portanto, que os pesquisadores da Ciência da Informação têm se dedicado
a investigar inteligência competitiva mediante prospecção na literatura, mas também a partir de
constatações em campo.
Nota-se uma tendência teórica pautada na compreensão do processo, o que permite
inferir que a comunicação científica em IC se estabelece sob bases epistemológicas. Esse
cenário é extremamente favorável, posto que contribui para que o assunto avance, ganhe novas
interpretações, se fundamente a partir de novas bases e eixos conceituais, e acima de tudo,
encontre eco para desdobramentos nas mais distintas vias que cercam o tema.
Como destacado na análise, há produções com perspectiva conceitual, estrutural, integrativa,
acadêmica e profissional, no caso das investigações teóricas. Ainda assim, algumas pesquisas
práticas em IC dedicam-se a uma perspectiva organizacional. Logo a abrangência da
inteligência competitiva em artigos é enorme, reunindo desde conteúdos acerca das etapas que
compõem o ciclo da inteligência conforme a literatura, até a aplicação prática da mesma na
ambiência organizacional, por exemplo.
É observado que os artigos teóricos assim como os práticos, em sua maioria, se iniciam
de maneiras análogas. Antes de começarem a discorrer sobre a temática IC propriamente dita,
apresentam um panorama geral acerca dos avanços tecnológicos das últimas décadas e como
estes influenciam o cenário contemporâneo. Isso visto que os referidos avanços estão
diretamente ligados ao acirramento competitivo do mercado, operando tanto como causa, como
solução da conjuntura.
Novos estudos podem aprofundar a análise para além de artigos de periódicos, buscando
estabelecer maior fundamentação sobre os eixos aqui delimitados para a IC. Além disso outras
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO JÚNIOR, Rogério Henrique de; PERUCCHI, Valmira; LOPES, Paulo Roberto
Danelon. Análise bibliométrica dos temas inteligência competitiva, gestão do conhecimento e
conhecimento organizacional, no repositório institucional da Universidade de Brasília.
Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 18, n. 4, p. 54-69, out./dez.
2013.
ARAÚJO JÚNIOR, Rogério Henrique de; SOUSA, Renato Tarciso Barbosa de;
ALBUQUERQUE, Sérgio Farias de. Métodos, técnicas e instrumentos de organização e
gestão da informação nas organizações. In: BAPTISTA, Dulce Maria; ARAÚJO JÚNIOR,
Rogério Henrique de (Orgs.). Organização da informação: abordagens e práticas. Brasília,
DF: Thesaurus, 2015. p. 44-68.
OLIVEIRA, Lais Pereira de. Contribuição integrada entre gestão documental e Inteligência
Competitiva nas organizações. Acesso Livre, Rio de Janeiro, n. 5, jan./jun. 2016.
PERUCCHI, Valmira; ARAÚJO JÚNIOR, Rogério Henrique de. Produção científica sobre
inteligência competitiva da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília.
Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 37-56, abr./jun.
2012.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
TRIGO, Miguel R.; SOARES, Bruno; QUONIAM, Luc Marie. Inteligência competitiva e
inovação estratégica: a IC acompanhando a evolução mundial. In: STAREC, Claudio (Org.).
Gestão da informação, inovação e inteligência competitiva: como transformar a
informação em vantagem competitiva nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 59-78.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
RESUMO
Apresenta uma análise dos Códigos de Ética do Bibliotecário do Conselho Federal de
Biblioteconomia (CFB) e da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas e
Instituições para Bibliotecários e outros Profissionais da Informação (IFLA), ressaltando suas
semelhanças e diferenças. Procurar despertar no futuro bibliotecário a busca por uma
consciência ética, não voltada exclusivamente para uma ética normativa, apresentada pelo
código de ética profissional, mas também uma ética orientativa apresentada pelo código de ética
da IFLA. Para fins de obtenção e análise dos dados, utilizou-se de uma pesquisa bibliográfica
abordando questões básicas como ética e ética profissional. Tem finalidade de levantar uma
reflexão sobre a importância do estudo da ética profissional bibliotecária. Conclui-se
ressaltando a necessidade de se discutir dentro dos meios acadêmico e profissional, buscando
intensificar as reflexões sobre o fazer bibliotecário.
Palavras-chave: Ética. Ética profissional. Código de Ética do Bibliotecário. Código de Ética
da IFLA.
ABSTRACT
It presents an analysis of the Code of Ethics of the Librarian of The Conselho Federal de
Biblioteconomia (CFB) and of The International Federation of Library Associations and
Institutions (IFLA), highlighting their similarities and differences. To seek to awaken in the
future librarian the search for an ethical conscience, not exclusively focused on a normative
ethics, presented by the code of professional ethics, but also a guiding ethics presented by the
IFLA code of ethics. In order to obtain and analyze the data, a bibliographic research was used,
addressing basic questions such as ethics and professional ethics. It has the purpose of raising
a reflection about the importance of the study of professional librarian ethics. It concludes by
82
Graduando em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail:
manoelmessiasufc@gmail.com
83
Doutoranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professora do Curso de
Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: aureamag@yahoo.com
84
Graduanda em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: thaianabds@gmail.com
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
emphasizing the need to discuss within the academic and professional milieu, seeking to
intensify the reflections on the making of librarians.
Keywords: Ethic. Professional ethics. Code of Ethics of the Librarian. IFLA Code of Ethics..
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
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3 ÉTICA
Ética é um termo que tem origem no grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa).
É um termo que está ligado à política e justiça. Quando falamos em política, nos referimos não
só à política em sentido ideológico e/ou partidário, mas de regras de convivência em grupo e
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
sociedade. Caso essas regras de conduta não sejam respeitadas é necessário que haja punição
ao infrator, nesse caso se faz “justiça”.
Segundo Germano Júnior, Guerra e Santos (2016, p.3)
Ética é a ciência do comportamento humano. Segundo Acis (2017, p. 21) ética é “[...] de
caráter universal, trata-se do estudo do juízo de valores referentes à conduta humana, suscetível
de qualificação de ponto do bem e do mal universal”. Nas relações humanas, principalmente no
âmbito profissional, é primordial que sejamos éticos com nossos pares. Não devemos prejudicar
os outros, devemos observar e cumprir os códigos de ética de classe e das instituições em que
atuamos.
É nosso dever sermos éticos e procuramos uma boa convivência pautada nos princípios
dos direitos e deveres. Ser ético é agir corretamente em qualquer adversidade da vida seja em
âmbito familiar, privado, profissional e público.
De acordo com Acis (2017, p 20) “[...] pode-se afirmar que todo “código de ética”
existente não passa de um “código de moral ou de conduta”, pois a ética está acima de
qualquer código”. Ou seja, devemos ser éticos independentemente da existência de códigos de
ética para nos orientar.
Infelizmente, no Brasil o ensino de ética é muito deficitário. Algumas pessoas só obtém
o ensino sobre esse assunto no período do Ensino Médio ou apenas quando chegam ao Ensino
Superior através das disciplinas introdutórias de Filosofia e de Ética Profissional.
Durante a Ditadura Militar a disciplina de Filosofia foi retirada das escolas públicas. E no
lugar desta foi posto o ensino de “Moral e Cívica” de maneira alienadora e superficial. No ano
de 2006 a disciplina foi reintroduzida de maneira não muito efetiva nas escolas. E novamente
no ano de 2017, a disciplina de Filosofia juntamente com História e Sociologia, foi retirada por
meio de Medida Provisória da “Reforma do Ensino Médio”.
Isso faz com que o entendimento do que é ética para alguns indivíduos seja de difícil
compreensão. Desse modo, se faz necessário que o tema “ética” faça parte das matrizes
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4 ÉTICA PROFISSIONAL
A ética profissional tem origem na Grécia Antiga em uma época em que as organizações
de trabalho não eram norteadas pelas profissões, mas pelo trabalho escravo. Os escravos
elaboravam regras de condutas que deveriam terem entre si e com seus amos.
Já durante a Idade Média, as Corporações de Ofícios e Ligas de Comércio tinham suas
próprias regras de conduta profissional. Essas entidades surgiram com a necessidade de
fortalecer e regulamentar os ofícios dos artesãos e comerciantes que se uniam essas entidades
para defender seus interesses.
As associações e conselhos de classe são provenientes dessas corporações e ligas da Idade
Média, assim como seus códigos de éticas dos conselhos também provinham das regras de
condutas dessas entidades.
De acordo com ermano Júnior, Guerra e Santos (2016, p.5)
O bibliotecário que atua em âmbito nacional deve cumprir e observar o Código de Ética
do CFB, pois em caso de descumprimento o profissional pode receber sanções. Também este
deve estar atento ao código de conduta ou de ética da instituição para não sofrer punições.
Também é de boa conduta ética observar o Código de Ética da IFLA apesar de não ter o
mesmo caráter punitivo dos anteriores. O bibliotecário que não age de maneira ética, além de
não ser bem visto por seus colegas corre o risco de perder ótimas oportunidades profissionais
por essa conduta. A conduta ética contribuir para alargamento do networking do profissional.
Também é de suma importância que o acadêmico de Biblioteconomia observe os códigos
de ética do CFB e da IFLA em seus estágios, pois o mesmo é considerado um primeiro contato
do acadêmico com o mundo profissional. Um estagiário que atua observando os códigos de
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eticamente nas suas ações como também ajudar as associações85 da classe biblioteconômica a
elaborarem seus próprios códigos de ética, a IFLA elaborou um documento intitulado “Código
de Ética da IFLA para bibliotecários e outros profissionais da informação”.
Já no preâmbulo do documento, diz-se qual é sua função:
85
Associações de classe no sentido que além de associações inclui também os conselhos e sindicatos de
classe. O termo associação aqui tem o mesmo sentido de entidades de classe.
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Além disso, também são dispostos no código o tratamento de nossos colegas de área
com justiça e respeito:
Apesar de não tem um valor legal como o Código de Ética Profissional do CFB, é
um documento de orientação ética internacional das atividades biblioteconômicas e é de suma
importância que bibliotecários e entidades de classe da área sigam suas orientações.
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O Código de Ética do CFB tem valor normativo, ou seja, tem força de regra, e é
elaborado para nortear a conduta profissional de bibliotecários que atuam em território nacional.
Caso um bibliotecário infrinja o Código de Ética do CFB está sujeito a sofrer sanções sendo a
mais grave a cassação do registro profissional e o impedimento legal de exercício da profissão.
Já o Código de Ética da IFLA apresenta um valor orientativo para bibliotecários e
profissionais da informação, bem como para as instituições de classe ligadas a estas
(associações, conselhos, sindicatos etc.), que criam seus próprios códigos de ética. Apesar de
não ter valor normativo, como o Código Ética do CFB, é recomendado que ele seja devidamente
observado pelo profissional bibliotecário.
Entre semelhanças entre os códigos encontramos o repúdio a corrupção e à
discriminação. Segundo o Código de Ética do CFB sobre a corrupção diz
transitada em julgado;
n) recusar a prestar contas de bens e numerário que lhes sejam confiados
em razão de cargo, emprego ou função;
o) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos
Conselho Federal e Regionais, bem como deixar de atender a suas
requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo
determinado;
p) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou
cometer atos discriminatórios e abuso de poder; (CFB, 2002).
preconceituoso com seus colegas de profissão e usuários. Afirma Germano Júnior, Guerra e
Santos (2016, p.6)
No século XXI é inaceitável qualquer tipo de discriminação. No caso
de discriminação por “cor” quem comete essa inflação pode responder
por injúria racial está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código
Penal ou crime de racismo, previsto na Lei nº. 7.716/1989. Além disso,
o profissional pode sofrer ações administrativas na instituição em que
atuar e em casos extremos podendo ser desligado.
O bibliotecário que tem posturas discriminatórias age de forma reprovável tanto pelo
Código de Ética do CFB como também pelo Código de Ética da IFLA. Além de estar sujeito a
punição pelo Código de Ética do CFB como ações administrativas e judiciais.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DIEHL, Astor Antônio; TATIM, Denise Carvalho. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas:
métodos e técnicas. São Paulo: Pearson, 2004.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3. ed. São Paulo:Atlas, 1993.
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RESUMO
ABSTRACT
Analyses the indexing of contents in librarians blogs, mapping the way of information
organization through the attribution of terms in the posts made in this web atmosphere.
Methodologically, it consists in exploratory-descriptive study with quantitative approach,
having the data gathering been done trough a online questionnaire applied to professionals. The
results indicate that the subject indexing in the blogs investigated is made trough simple and
compound words, with the usage of acronyms and also foreign terms and considering
86
Graduada em Biblioteconomia na Universidade Federal de Goiás (UFG). E-mail: dayaneluciano.21@live.com
87
Docente do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Goiás (UFG). E-mail:
laispereira2@yahoo.com.br
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predominantly, the content of posts. Besides that, the usage of tags is seen by most of
participants as relevant for the information recovery. Concludes that the digital information
organization, specifically in blogs, is similar to the treatment process in the traditional way. The
fact of being librarians influences in the vision that they have about treatment and retrieval,
even on a online platform, causing them to devote themselves to the usage of tags and the
purpose of representation of information.
1 INTRODUÇÃO
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2 INDEXAÇÃO
Indexação é uma atividade desenvolvida por bibliotecários para representação do assunto dos
documentos. A partir da leitura e análise detida do item o profissional descreve em palavras-
chave o conteúdo tratado no material. Nesse sentido, a indexação é extremamente importante
por fomentar diretamente a recuperação da informação. Pode-se afirmar que “a indexação é
uma operação delicada, por vezes complicada, que ainda não obteve grandes suportes técnicos.
É entendida como processo básico na recuperação da informação” (DIAS; NAVES, 2007, p.
30).
No âmbito da organização da informação, a indexação está localizada no eixo da descrição
temática, juntamente com a classificação e a estruturação de resumos. São todos processos que
possibilitam evidenciar a tematicidade do documento. De acordo com Lancaster (2004, p. 6) “a
indexação de assuntos e a redação de resumos são atividades intimamente relacionadas, pois
ambas implicam a preparação de uma representação do conteúdo temático dos documentos”.
As palavras selecionadas e atribuídas pelo indexador serão os termos que o usuário manipulará
no sistema de recuperação da informação, durante suas pesquisas. Por isso a proximidade e a
expressiva inter-relação entre indexação e recuperação. Feitosa (2006, p. 28) afirma que
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Postagens são feitas com os mais diversos propósitos, abrangendo assuntos variados.
Corroborando com essa ideia, Câmara (2011, p. 33) explica que blogs “são ferramentas da web
2.0 que permitem a publicação de informações, ideias e notícias do ponto de vista do usuário,
dono do blog, sendo excelentes meios de comunicação [...]”. Vários bibliotecários são
mantenedores de blogs e apresentam informações de seu campo de atuação, sobre concursos e
oportunidades de emprego, acerca de eventos e publicações na área, etc.
Com essa facilidade de ter e manusear uma plataforma digital, seus mantenedores colaboram
com a disseminação informacional, oferecendo conteúdo gratuito e enriquecendo a blogosfera.
Como diz Cunha (2009) o blog pode ser uma fonte informal de comunicação, que chama a
atenção dos bibliotecários por suas características como o imediatismo, interatividade e
informalidade.
3 METODOLOGIA
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Quanto ao uso de termos nas postagens feitas em seus blogs, questionou-se acerca da
importância disto para a recuperação da informação, já que na literatura a indexação
corresponde a palavras-chave empregadas com a finalidade de representação de assunto, para
que se possa recuperar o documento posteriormente. A maior parte dos respondentes considera
que as tags são sim importantes para a recuperação, como exposto a seguir:
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Diante dessa constatação e buscando compreender de que maneira as tags são atribuídas às
postagens, ou seja, como se dá a indexação do conteúdo digital nos blogs, os bibliotecários
foram questionados sobre forma de emprego dos termos. Em se tratando da liberdade de indexar
conteúdos no ambiente digital, observou-se que os profissionais bibliotecários pesquisados
atribuem termos simples e compostos (vide gráfico 3) de forma equilibrada às suas postagens.
Tal situação pode estar diretamente relacionada ao tipo de informação postada no blog e à
necessidade de caracterização do assunto em conformidade com a mesma. Mesmo porque
alguns discorrem sobre eventos na área de Biblioteconomia, falam de obras e de processos de
trabalho, enfim, o que necessariamente levará à utilização de um nome composto ou simples a
depender do caso, por ser mais representativo.
A representação numérica dos blogs que utilizam siglas e palavras estrangeiras em suas
descrições foi de 19% e 25%, respectivamente, como se observa a seguir:
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É interessante ressaltar que não constam somente tais tipos de termo nos posts, mas que estes
contribuem para representar o texto pela própria natureza do conteúdo. Percebeu-se na análise
detida dos blogs que algumas siglas estavam remetendo a algumas instituições, por exemplo.
As palavras estrangeiras se fazem presentes no conteúdo e consequentemente na indexação do
documento para melhor representa-lo.
Finalmente, questionados sobre a forma de atribuição das tags, constatou-se que:
Com se observa no gráfico acima, mais de 70% dos bibliotecários atribui as tags a partir
do conteúdo da postagem. Evidencia-se, com isso, uma grande proximidade com o processo de
indexação tradicional, desenvolvido a partir da análise do documento e do que ele traz em
termos de conteúdo. No caso dos respondentes que marcaram a opção outros, tem-se:
R 6 “Tags são irrelevantes, o que importa para recuperação é o título do post”. R 9 “Potenciais
leitores”.
Esses respondentes possuem a visão de aplicação de tags diferenciadas, talvez pelo modo como
conduzem o blog. O respondente 6 diz que as tags se tornam irrelevantes pelo fato de seus
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leitores estarem acostumados a recuperarem pelo título, já o respondente 9 afirma que a forma
de “taguear” atrai leitores específicos (potenciais leitores), sendo tendencioso na representação
de assunto.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo exposto, conclui-se que a indexação é um processo reconhecido que colabora com
a organização e posteriormente recupera a informação. Nesse meio web potencializado com
uso de tags, tal atividade descritiva faz parte da representação de conteúdos correlacionado com
o assunto prescrito.
Gradativamente a plataforma digital ganha espaço, com isso os profissionais
bibliotecários mostraram que estão se inserindo e colaborando com a disseminação da
informação nos blogs. A partir dos resultados percebe-se que a indexação desses conteúdos é
feita com termos simples ou compostos de forma ponderada e equilibrada, as palavras
estrangeiras e siglas são aplicadas de acordo com o conteúdo dos posts, fazendo parte do grupo
de palavras-chave na plataforma.
É importante salientar que a maioria desses profissionais mantenedores e responsáveis
pelas publicações, reconhecem as tags como importantes para a recuperação da informação,
confirmando o que afirmam Dias e Naves (2007), de que a indexação é um processo para
facilitar a recuperação. Assim parte relevante dos pesquisados considera que o conteúdo do post
é essencial para atribuição de tags, de modo que os mesmos são coesos para indexar,
considerando a lógica descritiva de análise de assuntos.
Um mantenedor afirma que a recuperação do conteúdo parte de um pressuposto
específico, considerando o título da publicação. Já outro diz que o que intervém na sua
atribuição de tags são seus potenciais leitores, podendo esses serem leitores específicos. Foram
duas respostas diferenciadas, que partem de algum método que tais profissionais possuem para
a divulgação, visualização e incentivo a leitura de seus posts.
Cada blog possui sua finalidade de criação, o que impede o leitor de ficar perdido sobre
as informações contidas na plataforma, pois se tratando de assuntos específicos, navegar no site
e encontrar informações não será problema. Necessariamente entender do assunto para abordar
determinadas finalidades é essencial para favorecer segurança informacional ao leitor, sendo
profissionais, acadêmicas ou pessoais.
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REFERÊNCIAS
CÂMARA, Rafael Silva da. Biblioteca 2.0: análise da aplicabilidade de recursos da web 2.0
em unidades de informação. 2011. 80 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Biblioteconomia) – Curso de Graduação em Biblioteconomia, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Natal, 2011.
CUNHA, Murilo Bastos da. Blogs da biblioteconomia: novo potencial para a atualização
profissional. INFOHOME. Disponível em: <
http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=480>. Acesso em: 23 maio 2017.
DIAS, Eduardo Wense; NAVES, Madalena, Martins Lopes. Análise de assunto: teoria e
prática. Brasília: Thesaurus, 2007.
FEITOSA, Ailton. Organização da informação na web: das tags a web semântica. Brasília,
DF: Thesaurus, 2006. v. 2.
INAFUKO, Laura Akie Saito; VIDOTTI, Silvana Aparecida Borsetti Gregório. Diretrizes para
o desenvolvimento e a avaliação de blogs de biblioteca. Encontros Bibli: Revista Eletrônica
de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 17, n. 35, p. 145-166, 2012.
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WAJSFELD, Pedro88
RESUMO
Apresenta os gêneros cinematográficos como forma de comunicação entre o usuário e o
documento. Objetiva descrever os gêneros cinematográficos dentro da literatura da área do
Cinema para fins de indexação, através dos códigos e expectativas que cada gênero proporciona
para o espectador/usuário. Descreve a necessidade da análise dos gêneros cinematográficos para
contextos de recuperação da informação em bases de dados e as dimensões de mediação do
bibliotecário entre o usuário e o sistema. Conclui que a análise de gêneros é importante para a
análise de filmes como um todo para que se possa chegar a uma especificidade maior dentro da
análise de imagens e sugere trabalhos aprofundados para elaboração de estratégias para análise
de filmes.
Palavras-chave: Cinema. Gênero Cinematográfico. Análise de imagem.
1 INTRODUÇÃO
Cinema e Biblioteconomia possuem uma relação estreita. Tal qual toda área do
conhecimento, o Cinema, além de ser uma forma de arte, gera informação. Quando não tratada
a informação pode ficar perdida e desconexa, dificultando a vida do usuário na hora da
recuperação, seja para fins de estudo, trabalho ou apenas entretenimento.
Compreender as regras e códigos de comunicação da linguagem cinematográfica torna
o bibliotecário, que trabalha com essa arte (em meios digitais como Netflix, Amazon Prime,
88
Acadêmico do curso de Biblioteconomia e Documentação na Universidade Federal Fluminense (UFF).
pedro.wajsfeld@gmail.com
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Hulu, etc.) ou em meios físicos (bibliotecas, cinematecas, etc.), apto a analisar e tornar os filmes
recuperáveis.
Num conjunto altamente complexo de informações o conhecimento do profissional da
informação sobre o domínio do conhecimento onde trabalha tem impacto direto no
funcionamento do sistema e deve atender as necessidades dos usuários.
O artigo busca tratar do tema de análise de filmes com base em seus gêneros, que são a
primeira forma de comunicação do usuário com o cinema. Depois de um breve apanhado
histórico da arte é abordado quais são os gêneros cinematográficos e algumas de suas
ramificações e por fim a necessidade do profissional da informação no tratamento dessas obras.
2 O CINEMA
O Cinema começa a surgir no início do Século XIX. Nessa época a humanidade ainda
estava aperfeiçoando a fotografia e suas capacidades e vários jogos óticos como o thaumatrópio
foram criados. Essas técnicas de reprodução de imagens impressas em papel a uma velocidade
alta cria a sensação de movimento e dá a animação do cinema. Em 28 de dezembro de 1895 os
irmãos Auguste e Louis Lumière fizeram a primeira exibição paga de um filme em Paris. No
Salão Grand Café foi exibido “L'Arrivée d'un Train à La Ciotat” para um público de cerca de
30 pessoas com ingressos custando aproximadamente 1 franco. O pequeno documentário (ele
tem apenas 50 segundos de duração) criou comoção pela cidade. Era uma revolução ver uma
imagem em movimento sendo projetada numa tela. Nascia ali a 7ª arte.
No Brasil a primeira exibição ocorreu em 1896 graças ao exibidor belga Henri Paillie.
Em 8 de julho de 1896 ele alugou uma sala no Jornal do Commercio na Rua do Ouvidor no
Centro do Rio de Janeiro. Foram exibidos 8 pequenos filmes aproximadamente 1 minuto cada
apenas para a elite social da cidade devido aos elevados preços dos ingressos.
O impacto que o cinema causou na cultura ocidental foi estrondoso tanto que logo nas
primeiras décadas do Século XX já se pensava o cinema como forma de arte e institutos foram
criados para o estudo da arte cinematográfica. Uma das mais importantes é a Academia de Artes
e Ciências Cinematográficas criada em 1927 nos Estados Unidos.
Como a tecnologia ainda era rudimentar os filmes não possuíam sons, muito menos
cores. Esses elementos foram sendo incorporados aos poucos devido aos custos de produção.
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Hoje em dia o cinema cria tecnologias que se tornam referências (como o 3D que James
Cameron consolidou em Avatar, 2009) e é uma importante ferramenta sociocultural que reflete
os valores, comportamentos, códigos sociais e culturais de toda a sociedade revelando as
nuances que existem nas mais variadas culturas.
O Cinema, como toda forma ciência, cria códigos próprios para sua realização. Seus
realizadores precisam ser capazes de dialogar com toda a equipe sem ruídos na comunicação.
É imprescindível que todos estejam cientes das nuances do filme que está em produção.
Segundo Bahiana (2012), os gêneros são essa espinha dorsal. Segundo a autora “gêneros
existem e servem de código de compreensão tanto para realizadores quanto para nós, na sala
escura”.
Os gêneros nascem com os estudos de Aristóteles na poética onde o filósofo faz um
estudo do que forma as artes. Quando trazido para o cinema no século XX são definidos cinco
gêneros cinematográficos essenciais, segundo Bahiana, 2012:
- Drama
- Comédia
- Ação/Aventura
- Ficção científica/Fantasia
- Thriller (onde compreende-se filmes de terror e suspense)
Gênero, em outras palavras, é uma ferramenta que deve ser usada com
sabedoria, mas não tanto: a definição do artefato individual nos termos
genéricos pode ser útil, mas não deve ser seguida a todo custo. Não é
todo aspecto do texto do gênero que deve ser necessária ou puramente
atribuível à sua identidade genérica, por isso não há necessidade de
inventar requintes absurdos de denominação genérica ou tornar a malha
da rede de classificação ou definição tão elaborada a ponto de não
permitir mais a passagem de luz através dela. (LANGFORD, 2005, p.7)
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
O Drama pode ser considerando o “maior padrão” para a narrativa no cinema. Ele é o
gênero que pode se encaixar em todos os outros quando levado ao pé da letra afinal o Drama
pressupõe uma grande questão ou conflito que os personagens precisam enfrentar e esse é o
motriz para qualquer filme.
O drama pode assumir várias características que podem ser classificadas como subgêneros.
Ele se molda de acordo com a necessidade do roteiro e pode ser
● Drama Épico ou Histórico;
● Drama de guerra;
● Drama romântico;
● Drama policial;
● Western;
● Drama musical;
● Animação Dramática;
● Comédia dramática ou “Dramédia”.
O Drama é um gênero forte e muito explorado pela necessidade de catarse que todos os
humanos têm; ele pode atravessar a fronteiras culturais por tratar de temas mais universais como
superação de um grande obstáculo (BAHIANA, 2012).
A Comédia pode ser considerada uma irmã menos rebuscada do Drama. Ela se
caracteriza pelo absurdo das situações onde os heróis possuem boas intenções, mas sempre
falham e provocam o riso. Ela busca tons mais leves para os filmes e a catarse das situações
pelo riso: a plateia é convidada a rir com o protagonista e não do protagonista.
Esse gênero não pede tanta complexidade como o drama. Ele deve ser simples e
acessível e gerar simpatia nos espectadores.
A Comédia também se subdivide em gêneros menores cada um com suas características e
idiossincrasias próprias (mesmo que guardem alguma relação em comum). São eles:
9. Alta Comédia
10. Comédia de Situação
11. Baixa Comédia
12. Farsa
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2011). Esse gênero surge juntamente com o cinema tento o seu primeiro filme
reconhecidamente registrado em 1902.
Mas a ficção científica costuma ser associada a outros gêneros para explorar diversos
aspectos psicológicos, filosóficos e metafísicos da condição humana. O mais comum sendo o
terror/horror (OLIVEIRA, 2011).
2.1.5 Thriller
Esse é o gênero que tem um objetivo simples: provocar a catarse através do medo. Mas
não qualquer medo, o medo trágico de Aristóteles. O objetivo final é fazer com que os
espectadores se identifiquem com o protagonista para que as emoções não sejam apenas jogadas
na tela. É preciso que o público crie um laço com o personagem e sofre a antecipação com o
que pode vir a acontecer através de jogos de luz em cena, cenários claustrofóbicos, ocultação
de informações, sensações de perda (BAHIANA, 2012).
Assim o thriller é um gênero que requer atenção redobrada dos realizadores pois se mal
realizado é fácil cair no ridículo e parecer uma comédia ruim ou simplesmente ser uma exibição
de horrores como tortura.
Considerando o que foi dito até aqui e o quão complexo é o universo de informações
cinematográficas é essencial que toda essa informação seja tratada. São muitas as terminologias,
formas de organização do conhecimento e meandros que a arte construiu.
É necessário então que se pense sobre a organização do cinema além de uma simples
ficha técnica. Nas palavras de Moura (2006):
cinematográfica. Quando levado em consideração que é uma forma de arte que gera informação
é necessário que esta seja organizada para evitar perda.
Tendo essa necessidade em vista Cordeiro (2013) diz que
Essa dificuldade descrita pela autora deve ser sanada criando políticas bem definidas de
indexação para filmes seja qual for o ambiente informacional. Os filmes oferecem um universo
muito amplo de informações.
Vale notar que os autores elencam critérios diferentes para a análise dos filmes. Cordeiro
(2013) lista quatro itens para análise do conteúdo de filmes:
g) Dimensão geração da imagem/filme e comportamento de busca da informação no
processo de trabalho
h) Dimensão contexto de produção
i) Dimensão natureza da expressão visual.
j) Dimensão literatura de/sobre
Entender o cinema, seus movimentos, estilos e estética, jogos de cena, análise de temas,
gêneros, forma de estruturação são os componentes para a indexação dos filmes. É necessário
tempo para análise de um filme devido à quantidade de informações que uma obra pode ter.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Por se tratar de um trabalho longo e complexo chegar em níveis mais específicos dentro
da análise de imagens pode se mostrar altamente difícil. É necessário que o bibliotecário esteja
atento as nuances que a obra cinematográfica pode ter e como os elementos impactam
diretamente no produto da indexação.
Fica, portanto, a necessidade de se pensar em estratégias que permitam ao indexador
obter bons resultados na hora da indexação desse tipo de documento sem que seja
comprometida a eficiência do sistema em que se está inserido.
REFERÊNCIAS
ARISTÓTELES. Poética. São Paulo, SP: Nova Cultural, 1999. (Os pensadores).
BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
BRANDT, Mariana Baptista. Etiquetagem e Folksonomia: uma análise sob a óptica dos
processos de organização e recuperação da informação na web. 2009. 142 f.
CORDEIRO, Rosa Inês Novais de. Análise de Imagens e Filmes: alguns princípios para sua
indexação e recuperação. Ponto de Acesso, Salvador, v. 7, n. 1, p. 67-80, 2013.
FRIZON, Georgi Allievi; BAPTISTA, Dulce Maria. Indexação e representação: uma reflexão
diante de novas tipologias documentais. In.: BAPTISTA, Dulce Maria (org.); Rogério
Henrique de Araújo Júnior (org.). Organização da informação: abordagens práticas. Brasília,
DF: Thesaurus, 2015. p. 159-187.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas, SP: Papirus, 2003, (Campo
imagético).
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
SANTANA, Carolina89
TEIXEIRA, Gabriel90
RESUMO
Apresenta um estudo das práticas informacionais dos usuários do Twitter com o objetivo de
estudar a rede social como fonte de informação no desenvolvimento da prática informacional.
Para isso, utiliza a noção de Prática Informacional (Araújo, 2012 e Savolainen, 2007). Indica
um questionário para coleta de dados usada nos procedimentos metodológicos de uma pesquisa
de natureza exploratória de abordagem qualitativa. Demonstra como resultados que o contexto
em que um indivíduo está inserido pode afetar a interação no processo e nas experiências da
construção coletiva da informação.
Palavras-chave: Prática informacional. Estudo de usuários. Twitter.
ABSTRACT
It presents a study of informational practices of Twitter users in order to study the social
network as an information source in the development of informational practice. For this, it uses
the notion of Informational Practice (Araújo, 2012 and Savolainen, 2007). Indicates a
questionnaire to collect data used in the methodological procedures of an exploratory research
of qualitative approach. It demonstrates as results that the context in which an individual is
inserted can affect the interaction in the process and in the experiences of the collective
construction of the information.
Keywords: Information practice. Users studies. Twitter.
1 INTRODUÇÃO
89
Acadêmica do curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação na Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E-mail: carolinaalm.santana@gmail.com
90
Acadêmico do curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação na Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E-mail: gabrielteixeira831@gmail.com
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
as mudanças que aconteceram ao longo dos anos nos processos e atividades, tais como o
processamento automático da informação em grande velocidade, o registro e armazenamento
de dados a baixo custo, o acesso à informação a distância e principalmente a avaliação e
monitoramento de uso da informação (SANTOS, 2001).
Dentre as mudanças que ocorreram nos últimos anos destacam-se aquelas relacionadas
às redes sociais eletrônicas, como o Facebook, LinkedIn, Instagram, etc., que, grosso modo,
são meios de ampla produção de informação e consequentemente de disseminação da mesma.
Um exemplo de rede social eletrônica bastante popular é o Twitter que possui um grande fluxo
de produção e veiculação de informações.
No campo de estudos da informação indica-se que as pesquisas que procuram investigar
como os indivíduos em contextos específicos interagem com a informação pelo que muitos
autores chamam de prática informacional, conforme indicado por Savolainen (2007) e Araújo
(2012).
Assim sendo, pensando no contexto das redes sociais eletrônicas o presente trabalho
tem como objetivo estudar o Twitter como fonte de informação no desenvolvimento da prática
informacional. Considera-se que a importância deste estudo está no desenvolvimento de uma
pesquisa que pretende contemplar uma esfera pública eletrônica/ digital e, com isso, demonstra
uma perspectiva diferente da comumente observada na perspectiva dos estudos em
Biblioteconomia. Prova disso foi o resultado da busca realizada com o termo Twitter na Base
de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI) que
retornou 52 artigos.
2 FONTE DE INFORMAÇÃO
“literatura primária” e são aqueles que se apresentam e são disseminados exatamente na forma
com que são produzidos por seus autores. Como exemplos devem ser destacados os periódicos
científicos, os anais de conferência, as monografias e os relatórios técnicos”.
A autora ainda exemplifica como fontes secundárias as “[...] bibliografias, os
dicionários e enciclopédias, os manuais, as publicações ou periódicos de indexação e resumos,
artigos de revisão, catálogos etc.”, ou seja, fontes de informação que auxiliem a recuperação
das fontes primárias.
Já as fontes terciárias que são justamente as mais difíceis de serem definidas, por sua
proximidade com o conceito das fontes secundárias. São aquelas que permitem a recuperação
de fontes primárias e secundárias, como por exemplo, bibliografias de bibliografias, catálogos
coletivos e bibliotecas.
As fontes de informação midiáticas englobam um conceito relativamente novo. Ainda
que no campo de estudos da Ciência da Informação haja predominância de pesquisas focadas
em fontes de informação tradicionais, como as exemplificadas anteriormente, o uso de fontes
midiáticas aumentou consideravelmente com a presença da internet na vida de quase metade
dos brasileiros nos últimos anos e, nesse contexto, o Twitter destaca-se como um espaço que
compõe o grupo de midias sociais nas quais o jovem brasileiro gasta cerca de seis horas do seu
dia (CERIGATTO; CASARIN, 2017).
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
[...] não significa nem que ele seja totalmente determinado pelo
coletivo, nem isolado deste: ele é ao mesmo tempo construtor
desse coletivo [...] e também construído por ele. E, por fim,
acessar e usar informação tanto uma ação cognitiva quanto,
também, uma ação emocional, cultural, contextual [...]
(ARAÚJO, 2012, p. 150).
A interação usuário-informação no paradigma social pode ser vista como uma forma de
prática informacional em redes sociais. Para Marteleto (1995 apud PINTO; ARAÚJO, 2012) o
estudo das práticas informacionais “considera os significados atribuídos pelos sujeitos durante
as ações de buscar, usar e disseminar a informação nos ‘espaços construídos e concretos de
realização’ de tais práticas.” Com isso, pode-se afirmar que as redes sociais se enquadram no
conceito de “espaço construído”, apresentado pela autora, ou seja, as redes sociais são neste
caso, os ambientes a quais os indivíduos pertencem e influenciam em seu relacionamento com
a informação. É importante apenas ressaltar que esse elemento não é o fator determinante para
o desenvolvimento do processo como um todo, o conhecimento adquirido previamente, a
vivência, e outras questões que o indivíduo traz em si, influenciam a maneira que o mesmo se
relaciona com a informação.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
2.2 TWITTER
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de uma pesquisa do tipo aplicada onde se visa obter conhecimento da prática
informacional de um determinado grupo de usuário no Twitter. A pesquisa aplicada, para Gil
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Para isso, parte-se de uma abordagem qualitativa, uma vez que foi utilizado um
questionário aplicado à amostra construída pelo critério de acessibilidade (no sentido de ser
acessível).
O universo da pesquisa é composto por um número de 861 perfis de usuários presentes
na rede social dos autores deste estudo e, assim sendo, para selecionar a amostra tomou-se como
base na frequência de interações entre os autores e os perfis que o seguem e as atualizações
periódicas na timeline do Twitter. Com isso, foi possível chegar à uma amostra de 30 perfis,
sendo 15 perfis da rede de cada autor, para a aplicação do questionário.
A coleta dos dados da pesquisa teve como objetivo realizar uma pesquisa por meio da
aplicação de um formulário; analisar os dados obtidos no formulário para gerar os resultados;
observar os resultados estruturados a fim de formular considerações acerca do objeto a partir
de um questionário composto por 10 perguntas com questões abertas e fechadas. Para isso foi
utilizada a plataforma online SurveyMonkey para o compartilhamento do questionário (Quadro
1).
Quadro 1: Questionário
QUESTÕES
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
7 Você costuma verificar a veracidade das notícias que circulam pelo Twitter?
9 Você costuma utilizar algum dos recursos do Twitter (moments, hashtags, explorar,
trending topics) para se manter atualizado?
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
4 RESULTADOS DA PESQUISA
Após o período de uma semana disponível na rede, entre os dias 17 à 24 de maio do ano
corrente, o questionário permitiu analisar cada uma das questões, sendo possível chegar aos
resultados descritos a seguir.
Em relação à faixa etária (questão 1) revelou-se que cerca de 86,67% dos usuários
entrevistados possui entre 18 e 24 anos, 10% apenas tem idade entre 25 e 31 anos e em um
índice menor ainda 3,33% tem mais de 31 anos. Isso confere um número predominante de
jovens adultos conectados à rede. Referente ao tempo de cadastro na rede (questão 2), 63,33%
do total da amostra possuem conta no Twitter há mais de seis anos, 23,33% possuem conta no
Twitter entre três e seis anos, 6,67% entre um e dois anos e menos de um ano respectivamente
O que indica a popularidade da rede ainda nos seus primeiros anos.
A respeito do conteúdo de interesse dos usuários (questão 3), observou-se uma
porcentagem bastante equilibrada nos temas propostos. A busca por conteúdo humorístico soma
96,67% das opiniões coletadas, em seguida está o interesse por perfis de notícias, que representa
80% das respostas dos usuários que participaram do questionário, informações relacionadas à
cultura e política ocupam a terceira posição neste quesito, ambas representando 63,33%, em
quarto lugar está a preferência por outros conteúdos, dos quais se destaca a procura por perfis
ligados a música e esportes. Moda e gastronomia também tem seu espaço no interesse dos
usuários, representando 16,67% e 6,67% das preferências respectivamente.
O conteúdo compartilhado pelos usuários (questão 4) engloba assuntos variados,
geralmente são similares aos perfis que os usuários seguem. Mas como em todas as redes sociais
percebe-se uma grande tendência ao compartilhamento de informações e opiniões pessoais.
Uma curiosidade percebida foi que 100% da amostra respondeu ter tomado
conhecimento de uma notícia em primeira mão por meio do Twitter (questão 5). Fato que pode
ser explicado pelo Twitter ter sua timeline atualizada em tempo real a medidas que os conteúdos
são postados e pela ausência de algoritmos que filtrem esses conteúdos. Em concordância com
a frase anterior, 96,67% da amostra, que corresponde a 29 usuários, soube de algum boato no
Twitter (questão 6). Por ter características de informação em tempo real, conteúdos são
rapidamente vinculados e disseminados na rede, seja pela forma de comentários, interações ou
retweet (RT). No entanto apenas 10% dos usuários confiam nas notícias em primeira mão do
Twitter enquanto 90% tende a procurar em outras fontes a veracidade do que é vinculado e
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
reproduzido (questão 7). Esse comportamento pode ser explicado por causa da natureza aberta
do Twitter que permite que conteúdo sejam postados sem verificação.
A respeito das ferramentas de busca do Twitter, 83,33% dos usuários costumam utilizar
as ferramentas disponíveis (questão 8). Perguntados para qual finalidade do uso dessa
ferramenta, observou-se resultados variados nas respostas e outros mais recorrentes. Figuram
entre os mais recorrentes a busca por notícias, perfis de outros usuários, quais assuntos estão
em destaque bem como o que estam comentando a respeito desses assuntos pelo emprego de
hashtag. Dos mais específicos estão: a busca da opinião de pessoas sobre determinados
produtos, notícias locais sobre trânsito, imagens de animes, busca pelo perfil de personalidades
(famosos), o uso da hashtag de programas de televisão para acompanhar os comentários sobre,
examinar a origem dos assuntos dos trending topics e identificar os perfis fontes das notícias
em destaques nos trending topics. Percebeu-se nas respostas que a motivação pela qual o
usuário realiza sua busca é especificamente pelo conteúdo de interesse.
Sobre os recursos disponíveis no Twitter (questão 9), 63,33% dos usuários dizem fazer
uso contra 36,67% que não fazem. Perguntados sobre quais costumam usar se obteve como
preferência as hashtags, seguidas pelos trending topics, depois pelo moments e por último o
explorar. Para 70% da amostra (questão 10), o Twitter é sim considerado uma fonte de
informação confiável.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notou-se que um dos grandes atributos identificados é que para o grande volume de
conteúdo disponível, o Twitter dispõe de mais de um (quatro) recurso para o usuário, além de
revelar como este conhece e utiliza-os ou conhece e opta pelo outro. Isso evidencia uma maior
autonomia na prática informacional exercida pelos usuários que possuem mais de uma maneira
de encontrar aquilo que deseja de forma eficiente. Uma curiosidade está no que aponta o estudo
quanto a confiança da rede, a maioria diz confiar no Twitter no entanto procura em outras fontes
a confirmação das notícias postadas nele.
REFERÊNCIAS
CUNHA, M. B. Para saber mais: fontes de informação e ciência e tecnologia. Brasília, DF:
Briquet de Lemos, 2001.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
ABSTRACT
The objective of this study is based on creating a tutorial for the Library of Theses and
Dissertations of UFMG, with the intention of to allow for the consultant the view of all
possibilities of navigation in the website of BDTD-UFMG. The own base was used like inputs
and all navigation’s possibilities of the online library was studied, the screens were printed and
organized in an explanatory presentation model. This process resulted a tutorial in format . ppsx
- available on the website of Library Teacher Etelvina Lima and on BDTD, both of UFMG -
show the importance of the librarian like professional able to perceive the information gaps e
anticipate a future demand.
1. INTRODUÇÃO
Os serviços de informação estão vinculados à biblioteca desde a sua origem, uma vez
que a própria biblioteca se posiciona como um serviço - em sua essência - de informação. Os
produtos e serviços de informação em suas variáveis facetas, seja no suporte físico ou digital,
no tangível ou intangível, têm como objetivo principal sanar as lacunas informacionais
específicas do produto para o qual foram criados. Tais serviços de informação se moldam a
partir da natureza da informação com as quais se vinculam, por esse motivo estão sujeitos a
enormes variabilidades e as especificidades desses serviços e produtos também estão ligados
ao tempo e suas evoluções.
Na atualidade, essas ferramentas foram transpostas para as novas plataformas digitais,
alguns desses produtos e serviços de informação se mantêm fiéis aos moldes oferecidos pelas
bibliotecas tradicionais, porém, outros foram criados absorvendo as novas oportunidades
disponíveis no ciberespaço da internet. O presente estudo discorre sobre os produtos e serviços
de informação dentro das bibliotecas, a transição das bibliotecas tradicionais para as digitais, a
função das Bibliotecas Digitais de Teses e Dissertações e, por fim, apresenta a criação do
Tutorial da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG (BDTD-UFMG).
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
91
AZEVEDO, Ana. Serviço de Informação. FEUP/ MGI, 2001. 35 transparências color.
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Em seus primórdios as bibliotecas eram utilizadas apenas como locais de guarda, com
o passar dos séculos sua potencialidade se expande e sua força de impacto na sociedade se torna
notável, tal instituição passa a ser percebida como uma aliada não só na organização e
disponibilização da informação ou como suporte acadêmico, escolar e empresarial, mas
também como uma instituição capaz de desenvolver uma função cultural, informacional,
recreativa e educacional na comunidade na qual está inserida. Todas essas mutações se deram
a partir das contribuições socioculturais de cada fase da humanidade que, aos poucos, foram
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
Assim como em outros momentos da história, a biblioteca absorve esses novos fenômenos e
evolui aos poucos, no contexto da biblioteca digital essa transformação ocorreu de acordo com
as evoluções tecnológicas. Para Levacov (1997) a construção das bibliotecas digitais ocorreram
em dois momentos, o primeiro se dá a partir do controle do inventário e circulação, da criação
dos catálogos, da automação da atividade de indexação e, mais tarde, as versões eletrônicas de
obras de referência, geralmente em CD-ROM. O segundo momento ocorre com o
armazenamento e recuperação de versões eletrônicas da própria informação através dos índices
de periódicos, sumários, abstracts e, na contemporaneidade, dos textos completos e os acessos
à bases de dados online. Para Sayão (2008-09)
Por sua vez, a biblioteca eletrônica está vinculada à ideia de trabalhar eletronicamente os
processos básicos de uma biblioteca. Nas palavras de Marchiori (1997)
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
E por fim, as bibliotecas digitais têm como objeto de trabalho a informação digital e não
possui livros na forma física palpável, ou seja, as bibliotecas digitais se moldam a partir da
intangibilidade, fato que permite o acesso sem as barreiras de tempo e espaço além de permitir
compartilhamento fácil e instantâneo com um custo relativamente baixo.
92
SAYAO, 2008-2009, p. 7.
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e porque esse usuário escolhe e utiliza ou não determinado serviço ou produto de informação
informacional, possibilitando-se a avaliação e adequação do mesmo” (BORGES, 2007, p. 119).
Dessa maneira, podem-se determinar futuras melhorias e apropriações dos serviços ou
produtos, de acordo com o comportamento e necessidade do usuário.
A partir dessas considerações percebeu-se que na atual configuração de busca de uma
Biblioteca Digital – na qual o usuário, de imediato, nem sempre conta com o auxílio do
profissional da informação – um produto que permita ao consulente conhecer todas as
possibilidades da BDTD-UFMG ampliaria sua capacidade navegação. Tendo em vista que um
tutorial se refere a um “programa contido em documento impresso ou digital que fornece
instruções práticas sobre um assunto” (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 369), conclui-se que
tal serviço atenderia a essa demanda.
3. METODOLOGIA
4. RESULTADO
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para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
As imagens acima representam as três telas iniciais do tutorial. Como apresentado, buscou-se
indicar de maneira clara as especificidades de cada campo a fim de demonstrar ao usuário as
várias possibilidades de navegação da biblioteca.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A criação desse tutorial sobreveio de uma premissa que visualiza o bibliotecário como um
especialista capaz de antecipar a demanda informacional do usuário, portanto, tal profissional
precisa ocupar seu espaço diante tais lacunas. A partir disso, elaborou-se produto que irá
auxiliar o usuário em sua navegação de maneira estruturada e de simples entendimento.
Ademais, percebeu-se que, assim como na BDTD-UFMG, há vários ambientes, fora e dentro
do meio digital, que necessita desse feeling e que tal percepção resultará em ampliação do
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campo de trabalho além de construir caminhos que permitirão maior compreensão do ambiente
informacional explorado.
O tutorial tende a auxiliar o usuário que, de alguma forma, encontra dificuldades para navegar
pelo sistema da BDTD-UFMG. Esse tipo de serviço poupa tempo dos profissionais que atuam
na referência da biblioteca digital, pois esses não recebem mais perguntas básicas sobre o
funcionamento e organização do website. REFERÊNCIAS
FERREIRA, José Rincon. A biblioteca digital. Revista USP, São Paulo, v. 35, p. 46-53,
set./nov. 1997.
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da informação
para a inclusão das minorias sociais no contexto da sociedade.
SAYÃO, Luis Fernando. Afinal o que é biblioteca digital? Revista USP, São Paulo, v. 80, p.
6-17, dez./fev. 2008-09.
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informação para a inclusão das minorias sociais no contexto da
sociedade.
RESUMO
Trata de uma pesquisa de satisfação e efetividade quanto ao serviço de referência da
biblioteca do Tribunal Regional do Trabalho - 18º região. Objetiva conhecer e mensurar
este processo pela perspectiva tanto dos usuários quanto dos profissionais envolvidos.
Estabelece um diagnóstico do serviço na referida unidade, aponta o perfil do consulente
e cruza as variáveis com base nas diretrizes teóricas que orientam estudos de usos e
usuários da informação. Parte da premissa de que se soubessem a potencialidade do
serviço de referência, as buscas seriam mais consistentes e o retorno à altura das
expectativas. Utilizou questionário com questões abertas e fechadas como método para
coleta de dados; o primeiro para propor indicadores de qualidade pelos 26 usuários
escolhidos aleatoriamente, mas constituintes do quórum; o segundo como um roteiro pré-
estabelecido de caráter flexível a título de contextualização da atividade pelo
bibliotecário. Com base na literatura, a pesquisa é classificada como aplicada, quali-
quantitativa, exploratória-descritiva e estudo de caso experimental. Justifica-se pela
demanda de atividades dessa natureza nunca antes realizadas na biblioteca e pela
necessidade de atentar aos novos paradigmas sociais da área, em que o usuário é
participativo na criação de produtos e serviços para a unidade de informação. Conclui,
portanto, confirmando a hipótese de que, embora usem o serviço, desconhecem sua
totalidade.
ABSTRACT
This is a survey of satisfaction and effectiveness regarding the reference service of the
library of the Regional Labor Court - 18th region. It aims to know and measure this
93
Acadêmico do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Goiás – UFG. E-mail:
vitor_paiva_machado@hotmail.com
94
Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Goiás – UFG. E-mail:
maylda.silva123@gmail.com
95
Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Goiás – UFG. E-mail:
anapaulafonsecaafv@hotmail.com
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sociedade.
process from the perspective of both the users and the professionals involved. It
establishes a diagnosis of the service in said unit, points the profile of the querent and
crosses the variables based on the theoretical guidelines that guide studies of uses and
information users. Based on the premise that if they knew the potential of the referral
service, the searches would be more consistent and return to live up to expectations. Has
used a questionnaire with open and closed questions as a method for data collection; the
first to propose quality indicators by the 26 randomly chosen users, but constituents of
the quorum; the second as a pre-established itinerary of flexible character as
contextualization of the activity by the librarian. Based on the literature, the research is
classified as applied, qualitative-quantitative, exploratory-descriptive and experimental
case study. It is justified by the demand for activities of this nature never before carried
out in the library and by the need to pay attention to the new social paradigms of the area,
in which the user is participatory in the creation of products and services for the
information unit. It concludes, therefore, confirming the hypothesis that, although they
use the service, they do not know its totality
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
2 SERVIÇO DE REFERÊNCIA
A arte de produzir informações surgiu desde os primeiros indícios da fala e escrita. Com
o passar dos séculos, os registros só aumentaram e a necessidade de organizá-los também,
pois essas informações só se tornam eficazes e precisas quando representadas em algum
lugar.
Ao longo da evolução da escrita, o suporte de informação foi o
que mais se destacou, mudando à medida que a sociedade
descobria novos recursos para registrar a própria história,
pensamentos, leis e produção científica de uma área especifica do
conhecimento (ARAÚJO; FACHIN, 2015, p. 82).
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
informação para a inclusão das minorias sociais no contexto da
sociedade.
Este tipo de serviços pode ser considerado como auxílio na busca de informações para os
usuários, no qual o objetivo é atender o público de forma competente quando o consulente
realizar a busca da informação desejada. É importante lembrar que há vários serviços em
diferentes ambientes e fontes, sendo elas físicas ou virtuais, dependendo também de suas
especificidades.
Para que o desempenho desses serviços seja atingido de maneira positiva, é necessário
que tenha não só uma estrutura organizacional. De acordo com Grogran (2001), o
processo de referência possui uma sequência lógica, no qual o papel e as habilidades do
bibliotecário são de extrema importância. O mesmo autor classifica em oito etapas, sendo
elas: problema, a necessidade de informação, questão inicial, questão negociada,
estratégia de busca, processo de busca, resposta e solução; no qual o bibliotecário entra
em ação a partir da terceira etapa – a questão negociada.
Para Figueiredo (1992), os processos de referência são classificados em seis etapas:
seleção da mensagem, negociação da questão, desenvolvimento da estratégia de busca, a
busca, seleção da resposta e renegociação. Portanto, o consulente está envolvido
diretamente em apenas quatro destas etapas – seleção da mensagem, negociação, seleção
da resposta e renegociação.
Nesse contexto, Silva (2005) utiliza uma abordagem menos detalhada, mas não deixa de
ressaltar sobre o processo de referência.
497
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
informação para a inclusão das minorias sociais no contexto da
sociedade.
para o usuário, mas, atualmente, estão interessados em ensinar como buscar a informação
em fontes adequadas tornando-os autônomos em suas buscas.
Nos paradigmas atuais da informação, pode-se dizer que o ambiente virtual foi
“territorializado”, de modo que o sujeito habita este locus na mesma intensidade com que
a própria realidade. Esse contexto é levado também às unidades de informação, as quais
precisam se adaptar para atender seus consulentes em suas novas especificidades. Tornou-
se uma tendência em inúmeras bibliotecas, que lançam mão de chats, e-mails, bate-papos
entre ouras ferramentas dadas pelas tecnologias para atender a demanda sem que haja a
presença física. De acordo com Serafim (2010, p. 4), a referência virtual “é o serviço que
possibilita ao usuário conectar-se remotamente com um sistema de informação,
utilizando-se dos meios de comunicação, com destaque para rede de computadores”. Não
obstante,
• Atendimento presencial.
500
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
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sociedade.
Profissional I Profissional II
Importância do
bibliotecário no processo Muito importante Fundamental
de referência
Atendimento às
necessidades dos Atende integralmente Atende razoavelmente
usuários pelo serviço
Satisfação do
profissional com o Satisfeito Parcialmente satisfeito
serviço ofertado
Capacitação e treinamento
Sugestão Verba para inovação
em novas bases de dados
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
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sociedade.
4% 23%
Muito Importante
Importante
73% Regular
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
informação para a inclusão das minorias sociais no contexto da
sociedade.
0%
8% 0% Excelente
0%
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
92%
Após análise da referência pelos usuários externos, é necessário dizer que sugere-
se à biblioteca que fique aberta por mais tempo. Analisando o perfil, nota-se que são em
sua maioria pessoas que estudam para concursos e em alguns casos raros estudantes de
ensino médio. Isso explica o fato de que, embora a maioria qualifique o serviço, poucos
usam ou conhecem de fato, porque a finalidade e frequência de uso da biblioteca são
bastante específicas. Foi observado que os bibliotecários preocupam mais com produtos
e solicitam atendimento para localizarem material na estante, não na pesquisa
propriamente dita e utilizam, portanto, principalmente a dimensão do espaço físico.
O serviço oferecido pela biblioteca, considerando tamanho e condições em que se
encontra, é bastante satisfatório, posto que atende às varas do interior de Goiás, e isso é
feito através dos serviços de intercâmbio que muito contribui e faz com que as obras
circulem e cumpram com sua função. Observa-se a prioridade dada à referência, uma vez
503
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
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que existe um profissional exclusivo para essa função. Entretanto, confirma-se a hipótese
de que os usuários desconhecem o serviço e fazem uso superficial do atendimento.
Acontece, também, muito em função de esse profissional não ser especializado, embora
tenha aptidões para executar a tarefa.
Propõe-se uma intervenção na unidade para que seja feito um trabalho de
marketing a fim de dar visibilidade à biblioteca e ressaltar que lá existem não só produtos
como serviços, sobretudo apoio às necessidades de informação. Sugerem-se campanhas
que aproximem essa seção aos interesses de seus usuários e que reforcem a ideia de que
ali é mais que um espaço físico agradável, propicio à intelecção, mas um ambiente de
encontro entre informações e pessoas para produção do pensamento. Sem um serviço de
referência efetivo, a biblioteca não só não se materializa com toda sua competência, como
contraria sua função de satisfazer o usuário nas suas demandas e torna-se um lugar estéril,
distante do historicamente do momento atual.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O serviço de referência ganhou destaque nas bibliotecas já que, por vezes, é uma
das principais utilidades no mundo globalizado. Hoje é, sem dúvida, um instrumento de
aproximação entre as necessidades de informação e a torrente informacional. Por isso, no
âmbito jurídico, pode ser um fator decisivo para a sua finalidade, pois é preciso estar
sempre atento às novas formas de produzir e compartilhar informações.
Percebe-se que a biblioteca contemporânea precisa levar a informação a todos os
domínios de maneira democrática. Quanto mais capacitado o profissional à frente da
referência estiver, melhor serviço será destinado ao usuário em seu momento de busca.
Assim, deve também estar sempre atento às mudanças comportamentais dos seus
usuários e suas respectivas buscas por informação, pois o alicerce do trabalho é a
satisfação do usuário, não o serviço em si. Para isso, é fundamental que o profissional
tenha qualificação, aprimoramento e educação continuada, para exercer da melhor forma
e com os melhores recursos à sua disposição. É imprescindível que estejam cada vez
mais motivados a inovar e mudar a forma de trabalho, tendo como principal meta a
disseminação da informação para o atendimento do usuário, pensando na biblioteca não
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Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
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sociedade.
apenas como local físico onde se regista e armazena conteúdos, mas como um ambiente
ideológico onde se produz e dissemina conhecimento de forma personalizada.
Pode-se dizer que os objetivos do estudo foram atingidos, de modo que a pesquisa
configurou um instrumento de mudança na biblioteca em questão. O serviço de
referência, após verificação, permitiu interferências por conter duas facetas: a vertente de
quem oferta e as lentes de quem é atendido. O presente estudo é pedra de toque para que
a Ciência da Informação, de maneira geral, volte a atenção às suas atividades-fins, visto
a relevância da satisfação do usuário para garantir a manutenção da prática à medida em
que tenha suas inquietudes intelectuais respondidas efetivamente. Além disso, fica
evidente que a área precisa trazer o consulente para a unidade, fazendo com que ele seja
agente de mudança e construção do ambiente o qual pertence e usufrui.
REFERÊNCIAS
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sociedade.
RESUMOS EXPANDIDOS
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TOMOYOSE, Kazumi96
GALHARDO JÚNIOR, Fúlvio José97
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
96
Acadêmica no curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação na Universidade Federal de São Carlos
– UFSCar.
kazumi2075@gmail.com
97
Acadêmico no curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação na Universidade Federal de São Carlos
– UFSCar.
fulviogalhardo@gmail.com
508
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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
509
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3 DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
510
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511
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512
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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98
Disponível em: <http://dados.gov.br/>. Acesso em: 21 maio 2017.
513
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99
Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6749>. Acesso em 21
mai. 2017.
514
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Carta dos direitos dos usuários da saúde. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2011. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/abril/17/AF-
Carta-Usuarios-Saude-site.pdf>. Acesso em 15 maio 2017.
515
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516
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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo geral analisar o enfoque de conteúdo da Coleção
Pernambuco Imortal do Jornal do Commércio. A metodologia utilizada conforme o
objetivo da pesquisa é descritiva. A coleção Pernambuco Imortal, publicada em 1995,
surgiu de uma parceria entre o Jornal do Commercio e o Governo do Estado, cujo objetivo
era fazer um resgate à pernambucanidade, tornando a história acessível a todos que se
interessassem pelos fatos e personalidades que ajudaram a escrever a história
pernambucana. Disponibiliza informações de suma importância sobre a História não só
de Pernambuco, mas do desenvolvimento da nação Brasileira. Informa sobre a história
desde a colonização até a instalação da República.
1 INTRODUÇÃO
100
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: kzlfeitosa@gmail.com
² Acadêmica do curso Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: eduardaroberta1@gmail.com
³Acadêmico do curso Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: josealmeidalinsneto@outlook.com
4
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: camila_fanini@hotmail.com
5
Docente do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
E-mail: salcedo.da@gmail.com
517
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Esta produção tem por objetivo geral analisar o enfoque de conteúdo da produção
da Coleção Pernambuco Imortal do Jornal do Commércio. A metodologia utilizada
conforme o objetivo da pesquisa é descritiva. Desde a perspectiva dos procedimentos a
pesquisa é bibliográfica e documental (GIL, 2007). Foi desenvolvida com base em
material já elaborado, principalmente em artigos científicos. Toda essa determinação de
518
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normas será feita através da realidade de cada instituição, direcionando o uso racional dos
recursos financeiros, para que o acervo cresça em quantidade e qualidade.
2 REVISÃO DE LITERATURA
519
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velocidade das informações que surgiam a todo o momento. Houve um tempo em que,
segundo Milanesi (2002), algumas bibliotecas adotavam uma política de coleções de
armazenar toda produção documental produzida, causando um grande caos bibliográfico,
acontecia desta forma porque acreditava-se que as bibliotecas com grandes acervos
indicavam status e prestígio, na época era tido como verdade que as bibliotecas com
grandes acervos, poderiam ofertar uma grande variedade de documentos que atenderiam
todas as necessidades informacionais de cada pessoa.
Segundo Vergueiro (1989) o processo de desenvolvimento de coleções só passou
a ser estudado e analisado a partir da década de 1960 e início da de 1970, uma grande
partes dos bibliotecários começaram a desenvolver coleções por meio das seleções e do
descarte, transformando as coleções em algo mais coerente. Concomitantemente,
começaram a ser desenvolvidos vários estudos sobre o desenvolvimento de coleções em
Bibliotecas, pesquisadores notaram que nenhuma biblioteca é capaz de adquirir tudo que
era produzido no mundo, os bibliotecários perceberam que não podiam ser guardiões do
conhecimento humano produzido e registrado. Para Vergueiro (1989, p. 13): [...] está bem
claro que nenhuma bibliotecas pode ser autossuficiente, dando-se ao luxo de suprir todas
as necessidades de seus usuários com recursos próprios.
Ao que diz respeito ao desenvolvimento de coleções sob um olhar moderno pode-
se afirmar que é uma das funções básicas e primordiais do Bibliotecário enquanto gestor
de uma unidade de informação. É um processo que inclui principalmente planejamento e
de tomada de decisão que implica em sistematizar e criar mecanismos de seleção,
aquisição, avaliação contínua e descarte de materiais, com o objetivo final de promover
o acesso e compartilhamento de informações.
Para Vergueiro (1989, p. 15),
520
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3 ANÁLISE DA COLEÇÃO
521
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522
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estado.
Pernambuco é uma terra ativa, de muitos movimentos nativistas, que tiveram
impacto histórico para o Brasil. Sua importância histórica ocorre desde os primeiros anos
de colonização, culminando com a Revolução de 1817, o maior movimento do Brasil em
busca de autonomia, antes da Guerra da Independência. Foi a capitania de mais notável
desenvolvimento econômico da primeira metade do século XVI e abrigou a mais
importante colonização européia, não portuguesa, no Brasil.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
523
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RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido no intuito de apontar diretrizes para o
processo de elaboração da Política de Desenvolvimento de Coleções (PDC) da Biblioteca
de Obras Raras da Faculdade Direito do Recife (FDR), da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), para a própria comunidade da instituição. Desta forma, a
metodologia utilizada, nesta pesquisa, foi a descritiva-qualitativa, que através da coleta
de dados por meio de encontros para discussões a cerca da temática com os profissionais
de forma geral da Biblioteca e entrevistas com o grupo bibliotecários da instituição para
explicitar suas experiências com a PDC da mesma. Contudo pode-se considerar que este
estudo traz informações importantes para reflexões sobre a elaboração da Política de
Desenvolvimento de Coleções e sua aplicabilidade em coleções de obras raras.
101
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
trajano.adalberto@hotmail.com
102
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
alessandraluz8@gmail.com
103
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
cristian_henrique@hotmail.com
104
Acadêmico(a) do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
rutelimanasc@gmail.com
525
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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ABSTRACT
The present work was developed in order to point out guidelines for the process of
elaboration of the collections Development Policy (PDC) of the Library of rare works of
the law School of Recife (FDR), the Federal University of Pernambuco (UFPE), to the
community of the institution. In this way, the methodology used, in this research, was the
descriptive-qualitative, which through collecting data through meetings for discussions
about the thematic with the professionals in general form of the library and interviews
with the group librarians of the institution to clarify their experiences with the PDC of it.
However, it can be considered that this study brings important information to reflections
on the elaboration of the development policy of collections and its applicability in
collections of rare works.
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO GERAL
Apontar diretrizes para apoiar o processo de elaboração da politica de
desenvolvimento da coleção especial da Faculdade de Direito do Recife.
526
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3 METODOLOGIA
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
528
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Fonte: os autores.
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Fonte: os autores.
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RESUMO
No presente artigo, buscou-se propor o desenvolvimento do processamento técnico das
obras que constituem o acervo da Biblioteca Maximiano Accioly Campos, tais como: a
criação de um novo inventário, catalogação, indexação e classificação. A metodologia
utilizada conforme o objetivo do projeto é descritiva e também pode ser caracterizada
como pesquisa de campo configurada com a observação sistemática e propositiva.. Após
ser feita a visita técnica à Biblioteca da Escola foi possível delimitar quais as necessidades
de primeira ordem da unidade, no que tange à organização de seu acervo.
1 INTRODUÇÃO
531
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E-mail: eduardaroberta1@gmail.com
³Acadêmico do curso Biblioteconomia na Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE).
E-mail: josealmeidalinsneto@outlook.com
4Docente do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE).
E-mail: salcedo.da@gmail.com
532
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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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Foi feita uma visita técnica à Biblioteca da ETEMAC, que deu embasamento para
a construção o relatório técnico da visita através das informações coletadas. Durante a
visita foi possível Diagnosticar os problemas da biblioteca, a saber: 1) O horário de
funcionamento da biblioteca não é favorável para os estudantes, tendo em vista que em
todos os horários de intervalo entre as aulas, a biblioteca esta fechada; 2) A biblioteca
serve de depósito para o material escolar que chega para ser distribuído aos alunos,
ficando amontoados no meio do acervo; 3) Não existe um bibliotecário responsável pela
biblioteca, e a pessoa responsável (secretária da instituição) não pode dedicar-se
integralmente às atividades da biblioteca. 4) Não existe um controle de obras que
constituem o acervo. A lista que deveria ser o inventário da biblioteca, está desatualizada.
5) O serviço de empréstimo não é bem planejado por muitas vezes os alunos acabam não
devolvendo os livros. 6) Os títulos existentes estão dispostos nas instantes de modo
generalizado, divididos em grandes áreas do conhecimento, tais como: Ficção, Literatura,
Matematica, Geografia, entre outras. Esse modo de classificação tem sido um problema
para os estudantes que realizam as buscas no acervo. 7) A biblioteca recebe doações e
muitos títulos ainda não estão disponíveis para consulta/empréstimo, sendo armazenados
no almoxarifado. 8) Boa parte das cadeiras e as duas mesas da biblioteca estão quebradas,
o que implica que a biblioteca não oferece boas acomodações para quem está fazendo
suas pesquisas.
Foi necessário estabelecer um enfoque para proposição de soluções. Foram
coletados dados acerca do quantitativo estimado do acervo, tipos de coleções existentes,
infraestrutura disponível para tratamento do acervo, assim como identificar as principais
necessidades da unidade. A partir das informações registradas perante observação do
ambiente foram pensadas algumas soluções para a organização do acervo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
534
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técnica foi possível identificar que não existe um controle minímo e atualizado da situação
do acervo. Posteriormente seria feita a representação temática das obras por meio da
descrição e identificação dos documentos de acordo com os seus assuntos. Seria feito o
processo de descrição de conteúdo pelo qual é determinado seu assunto principal, sendo
este posteriormente traduzido pela sua notação de acordo com a tabela classificativa
utilizada. De acordo com o estudo realizado indica-se que sejam utilizadas, no processo
de classificação de assuntos, as tabelas da Classificação Decimal de Dewey (CDD).
Juntamente com as notações criadas com o auxílio da CDD, seria utilizada a tabela Cutter-
Sanborn e a classificação por cores, para auxiliar na visualização dos itens informacionais
expostos para o usuário.
Levando em consideração que qualquer atividade a ser executada na biblioteca
deve priorizar o custo mínimo, é indicado o uso do Software gratuito Biblivre 5.0 para a
catalogação e geração de etiquetas. Essa sugestão foi decisão unânime da equipe
visitante, após avaliação dos dados levantados e da identificação da necessidade maior da
biblioteca que é tornar-se um acervo efetivamente circulante, pois do modo que encontra-
se não é possível encontrar os títulos requeridos com facilidade, muito mesmo realizar o
serviço de empréstimo, por não existir uma sistemização segura que garanta o bom
funcionamento deste serviço.
Todas as dificuldades visualizadas na visita serviram de incentivo para a
elaboração de um projeto que objetiva o uso eficiente dos recursos da Biblioteca
Maximiano Accioly Campos, tendo em vista o uso eficiente dos serviços de uma unidade
de informação depende diretamente da organização do material de seu acervo.
De uma forma geral, a realização do serviço proposto causará um impacto positivo
grande no significado da unidade para o seu público-alvo, os estudantes da ETEMAC. A
biblioteca funcionará, de fato, como um espaço de aprendizagem permanente e cíclica
servindo como um espaço para ações pedagógicas, assim como espaço de apoio à
construção do conhecimento e de suporte a pesquisas.
535
XL Encontro Nacional de Estudantes de
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É correto afirmar que o desempenho escolar pode fluir melhor quando a escola
tem uma biblioteca dinâmica que possibilita aos alunos o suporte necessário para as suas
necessidades informacionais.
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Manifesto IFLA/UNESCO para biblioteca escolar. 1999. Disponível em:
<http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/portuguese-brazil.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2015.
536
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MADUELL, Bianka105
LUCE, Bruno106
RESUMO
O Projeto de Extensão Tesouros de Papel, que possuiu metodologia qualitativa de
pesquisa-ação, tem por objetivo realizar ações de incentivo à leitura, especialmente em
locais de vulnerabilidade social, em Porto Alegre e região metropolitana (Rio Grande do
Sul) através de contação de histórias. Faz parte do Projeto a instalação de Gelatecas
(geladeiras estragadas preparadas para aguardar livros) com foco no inventivo a leitura
para adultos, permitindo a rotação de livros, histórias e informação. A colaboração e
participação dos acadêmicos em Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS) faz com que o Projeto permaneça vivo e atuando para oferecer uma nova
perspectiva a crianças carentes por intermédio da leitura e a adultos por meio do acesso
fácil e gratuito a livros. O Projeto é prestigiado dentro e fora da Universidade, com
prêmios e menções honrosas.
Palavras-chave: Incentivo à leitura. Contação de histórias. Gelateca. Vulnerabilidade
Social. Tesouros de Papel.
105
Acadêmica do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
biiamaduell@gmail.com
106
Acadêmico do curso de Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)..
brunofluce@gmail.com
537
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1 INTRODUÇÃO
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539
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540
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como Gelatecas onde armazenam livros em seu interior, como uma forma de incentivar a
troca entre a população da capital. O Projeto inaugurou três Gelatecas em Porto Alegre,
localizadas na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, outra na Casa de Cultura
Mario Quintana (Fotos 7 e 8) e a terceira na Praça Oliveira Rolim (Fotos 5 e 6), no bairro
Sarandi. As Gelatecas foram planejadas para atender a públicos de diversos níveis
socioeconômicos e faixas etárias, proporcionando a troca de livros entre os próprios
usuários gerando um fluxo, acervo diversificado e, também, o incentivo à leitura em
adultos e em crianças que vivem em locais onde não há bibliotecas por perto.
Além das Gelatecas foram feitas ações em creches comunitárias, ONGs, praças
(Foto 4) e espaços públicos. Durante a 62ª feira do livro de Porto Alegre o Tesouros de
Papel realizou sessões de contação de histórias no Cisne Branco, barco turístico da capital
gaúcha. Também foram feitas ações fora de Porto Alegre, na cidade Nova Hamburgo.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
situação que está sendo investigada, [...] através do trabalho intensivo de campo.”, para
isso o Projeto mantém ações mensais em ONGs e creches diferentes na mesma situação
de vulnerabilidade e atua de perto nas Gelatecas semanalmente, assim, mantendo o
contato direto com seus beneficiários e incentivando o hábito da leitura.
Ao fim, observa-se que através de leitura diversas realizadas em cada ação: com
variedade de locais e públicos, percebe-se que o Projeto possuiu caráter empírico por
intermédio do resgate das análises com base no ponto de vista de cada voluntário.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 11. ed. São Paulo:
Cortez, 2010. 164 p. (Biblioteca da educação - Escola; Vol.16).
544
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da Informação – ENEBD 2017
Desafios dos bibliotecários, documentalistas, cientistas e gestores da
informação para a inclusão das minorias sociais no contexto da
sociedade.
REGLY, Tainá107
WAJSFELD, Pedro108
RESUMO
Analisa o impacto que o advento da Web 2.0, com o seu foco nas mídias sociais e
interatividade na rede, teve sobre as bibliotecas. Conceitua o Serviço de Referência e
Informação como um dos mais importantes da biblioteca tendo em vista que este é o
primeiro contato do usuário com a Unidade de Informação. Discorre sobre os conceitos
encontrados na literatura científica sobre Serviço de Referência e Informação Virtual e
Serviço de Referência e Informação Digital buscando estabelecer suas diferenças
conceituais. Conclui que não fica claro na literatura que eles tenham sentidos diferentes,
sugerindo que sejam feitos estudos mais profundos sobre ambos a fim de esclarecer a
confusão terminológica
ABSTRACT
It analyzes the impact that the advent of web 2.0, with its focus on social media and
interactivity on the internet, had on libraries. It conceptualizes the Reference services as
one of the most important of the library in view that this is the first contact with the
information unit. It discusses the concepts found in the scientific literature on the virtual
Reference services and digital Reference services seeking to establish their differences
conceptions. It concludes that it is not clear in the literature that they have different
meanings. It suggests that more in-depth studies must be conducted in order to clarify
terminological confusion.
107
Acadêmica do curso de Biblioteconomia e Documentação na Universidade Federal Fluminense (UFF).
tainaregly@hotmail.com
108
Acadêmico do curso de Biblioteconomia e Documentação na Universidade Federal Fluminense (UFF).
pedro.wajsfeld@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
Desse modo, é imprescindível que o SRI consiga atender seus usuários. Entretanto
com o advento da Web 2.0, novas necessidades foram surgindo tanto para os usuários
quanto para as bibliotecas, que se transformaram no que podemos chamar de bibliotecas
2.0. O SRI teve que se adaptar às novas tecnologias e buscar seus usuários em novos sites
informacionais como blogs, redes sociais, plataformas de compartilhamento de vídeos, e-
mail, mensagens de texto e etc. Através dessas plataformas, os usuários passaram a ter
mais contato com a biblioteca e ter acesso à informação com mais facilidade e rapidez.
Contudo, constata-se que ainda há imprecisão terminológica quando se pensa em
Serviço de Referência e Informação Digital (SRID) e Serviço de Referência e Informação
Virtual (SRIV). O presente trabalho pretende expor essa confusão conceitual, e para tal,
serão analisadas algumas definições a partir de textos científicos da área da Ciência da
Informação.
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A partir dos anos 2000, surgiu uma nova forma de utilização da Web: os usuários
deixam de ser passivos, apenas recebendo e consumindo informação, para se tornarem
também agentes produtores e disseminadores de informação. A Web 2.0, também
conhecida como social, revolucionou a internet por permitir que seus usuários pudessem
criar novos conteúdos e ao mesmo tempo consumir informações postadas por outros
usuários e, assim, interagirem entre si.
Segundo Silva e Rufino (2016), a Web Social permite que seus usuários se
comuniquem e os relaciona de acordo com seus interesses comuns para o exercício de
diversas atividades. O foco nessa Web não está na tecnologia, visto que, para utilizá-la,
as pessoas não necessitam ter habilidades para programação em computadores,
culminando em seu fácil acesso e operação.
Fica claro que a Web 2.0 tem um grande foco na participação do usuário. Desse
modo, quando a biblioteca entra nesse novo universo digital de interação, ela não pode
mais ser acessível somente ao ambiente físico, deve atender também às novas demandas
e necessidades informacionais, adequando serviços e até mesmo incorporando novas
finalidades às suas atividades sempre visando à integração do usuário ao ambiente; seja
ele físico (no próprio espaço da biblioteca), seja ele virtual (bibliotecas digitais e site da
biblioteca como ferramentas de interação entre os próprios usuários ou dos usuários com
os bibliotecários).
A biblioteca na Web 2.0 deve então ser pensada como uma Biblioteca 2.0. Ainda
de acordo com Silva e Rufino (2016) apud Maness (2007), a Biblioteca 2.0 é um ambiente
destinado à interação, colaboração e de diálogo das tecnologias da web com os serviços
e coleções de bibliotecas. Esse novo tipo de biblioteca surge com mudanças que ampliam
seu poder de alcance e possibilitam um melhor atendimento ao público da era da internet.
Contudo, as ações não devem partir exclusivamente da instituição, a interação dos
usuários nesse ambiente seja comentando, avaliando ou exercendo qualquer outro tipo de
atividade, é essencial para a continuidade e crescimento da biblioteca no ambiente Web.
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O SRIV possibilita que as bibliotecas alcancem usuários que nunca foram sequer
considerados potenciais e invistam numa aproximação para satisfazer suas necessidades
informacionais. O SRV se mostra como uma nova ferramenta capaz de melhorar os
serviços da biblioteca e ajudá-la a se adequar ao mundo da Web.
Para Alves e Vidotti (2006) o Serviço de Referência e Informação Digital (SRID)
tem a função de fazer interface com o usuário, educar esse usuário, disseminar a
informação, divulgar a biblioteca e administrar o Serviço de Referência.
O Serviço de Referência e Informação se transforma em digital ao utilizar
ferramentas disponibilizadas pelas tecnologias e internet para atingir seu principal
objetivo: atender às necessidades informacionais dos usuários ao facilitar seu acesso aos
recursos e informações solicitadas. Além disso, outros aspectos podem ser elencados
como primordiais no SRID: ser fundamentado e estruturado no levantamento das
necessidades informacionais da comunidade que atendida pelo serviço; ter sincronia,
realizada em tempo real, possibilitando o atendimento através de ferramentas disponíveis
na Internet, como o e-mail, o chat, a videoconferência; possuir uma navegação simples,
através de uma interface facilitada, que permita e indique outros sites para melhor atender
a questão levantada pelo usuário; elaborar respostas consistentes, objetivas, claras e
relevantes e de maneira rápida, que possibilitem a construção de uma base de
conhecimentos, utilizando os recursos das TIC’s e da cooperação entre bibliotecas
digitais, para a ligação com outras bases de dados e textos completos para, deste modo,
aperfeiçoar o atendimento ao usuário no ambiente digital (ALVES E VIDOTTI, 2006).
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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SILVA, Márcio Bezerra da; RUFINO, Fernanda Maciel. A Web 2.0 na informatização
de bibliotecas: um estudo propositivo. Ponto de Acesso, Salvador v. 10, n. 2, 2016
SOUZA, Nivea Camara Rocha de; VILLALOBOS, Ana Paula de Oliveira. A Web 2.0
como canal de mediação e comunicação entre a biblioteca e seus usuários Encontro
Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, v. 15, 2014 (Anais de eventos-GT8)
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