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Responsável pela submissão: Agustín Arosteguy

E-mail de resposta: agarosteguy@yahoo.com.ar

Título completo: LAZER, TERRITÓRIO E POLÍTICA CULTURAL PÚBLICA

Resumo:

Este trabalho integra uma pesquisa de doutorado, desenvolvida na Universidade Federal


de Minas Gerais/Brasil, dedicada ao estudo de uma política cultural pública denominada
Ponto de Cultura/Cultura Viva. O seu objetivo geral é compreender de que maneira as
experiências de lazer desenvolvidas por dois Pontos de Cultura no município de Belo
Horizonte são apropriadas pelas pessoas que neles atuam (funcionários, educadores e
participantes das propostas) e instigam o estabelecimento de vínculos afetivos com o
território em termos de identificação, representatividade e pertencimento.
Paralelamente, a pesquisa indaga se essa política cultural pública promove o direito ao
lazer e à cultura nas cidades e se pode ser considerada uma ação revolucionária no
sentido de resistir e contestar a (re)produção capitalista do espaço. O marco teórico
buscou integrar a geografia humana, entendida como o estudo da interação entre a
sociedade e o espaço, e a geografia do lazer, sendo este abordado como uma
manifestação cultural humana que se concretiza num determinado território. Nessa
direção, o referencial teórico articula fundamentos sistematizados por Henri Lefebvre
(1991, 2016), David Harvey (2000, 2008, 2014), Milton Santos (2006, 2012), Yi-Fu
Tuan (2012), Rogério Haesbaert (1997, 1999, 2011), Gilmar Mascarenhas (2010),
Christianne Gomes (2004, 2011, 2014) e Manuel Cuenca (2006, 2009), entre outros
autores. Esta pesquisa, de abordagem qualitativa, envolveu análise documental,
observação e entrevistas, e contemplou alguns elementos da metodologia desenvolvida
por Marcelo Matos (2010), sobretudo no que diz respeito aos aportes que fundamentam
a dimensão simbólica, traduzida na afetividade dos habitantes pelo território em que
habitam. As análises empreendidas a partir das entrevistas e as anotações de campo
evidenciaram que as experiências de lazer desenvolvidas pelos Pontos de Cultura
pesquisados optam por atender demandas da comunidade relacionadas com a história e
a memória coletiva de cada bairro. Tais experiências incitam a configuração de vínculos
afetivos com o território em termos de identificação, representatividade e pertencimento
a partir da construção do sentido de lugar. Lugar esse que comporta muito mais que o
mero sentido geográfico de localização, pois se refere, em palavras de Matos (2010, p.
90): “às noções de seus significados; intimidade; familiaridade; identidade e
singularidade”. Dessa forma, compreende-se que o espaço vivido é o emaranhado de
paisagens composto por inúmeros lugares que permeiam e atravessam o cotidiano dos
indivíduos. Entretanto, cada pessoa se identifica mais com uns lugares que com outros,
e a partir daí estabelece uma relação de reconhecimento que faz com que assimile e
incorpore o seu conteúdo simbólico. Foi constatado, ainda, que a escolha do território
representa uma decisão afetiva e simbólica que vai além do trabalho e do aspecto
meramente econômico. Como esta investigação buscou-se percorrer e aprofundar um
caminho ainda incipiente nos estudos do lazer no Brasil, acredita-se que ela pode
contribuir com os estudos e reflexões sobre as ligações entre o ser humano e o território.

Palavras-chave: Lazer. Território. Direito ao lazer. Identidade. Política Cultural Pública.

Autor/autores do trabalho: AROSTEGUY, Agustin; GOMES, Christianne (orientadora).

Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) / FAPEMIG / Grupo de


Pesquisa LUCE, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Área Temática escolhida: 13. Lazer, Cidade e Urbanização.

Classificação: Pesquisa Científica

Tipo de Apresentação: Apresentação oral

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