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Jussara Hoffmann
Esta obra discute a avaliação numa perspectiva construtivista que se contraponha à prática
de avaliação tradicional, buscando o sentido em direção a uma escola igualitária e libertadora
desde a educação infantil, o ensino fundamental, médio, até a universidade.
A autora pesquisou as causas do fracasso escolar junto aos professores (30) de escolas
estaduais de educação infantil, ensino fundamental e médio, os quais responderam:
1. o aluno não se interessa pelo conteúdo da escola. (10)
2. o aluno apresenta problemas de relacionamento com professores e colegas. (10)
3. o aluno não apresenta maturidade. (06)
4. o aluno não tem oportunidade de expressar suas idéias ao professor. (03)
5. o professor apresenta falta de conhecimento quanto a questões de aprendizagem. (1)
Neste sentido, deve-se ter uma visão construtivista do erro em termos da correção das
tarefas feitas pelos alunos em todas as situações de aprendizagem. Os erros e as dúvidas
dos alunos são componentes significativos ao desenvolvimento da ação educacional, pois
permitirá ao docente a observação e investigação de como o aluno se coloca diante da
realidade ao construir seu conhecimento.
Na avaliação mediadora o professor deve interpretar a prova não para saber o que o aluno
não sabe, mas para pensar nas estratégias pedagógicas que ele deverá utilizar para interagir
com esse aluno. Para que isso aconteça, o desenvolvimento dessa prática avaliativa deverá
desvelar a trajetória de vida do aluno durante a qual ocorrem mudanças em múltiplas
dimensões.
As diferentes posturas também se revelam nas expectativas dos alunos (pedindo para
professor dar nota em toda atividade; não aceitando que sua tarefa tenha erro), dos pais
( não aceitando que não se corrija o caderno de seu filho), dos professores (corrijo tudo, não
corrijo, o que fazer?).
Não significa aceitar tudo o que a criança faz. Considerar, valorizar, não significa observar e
deixar como está. Ao contrário exige do professor a reflexão teórica necessária para o
planejamento de situações provocativas ao aluno que favoreçam a sua descoberta. As
tarefas de aprendizagem são pontos de partida do professor no sentido de gerar conflitos
entre as crianças pela confrontação entre elas a respeito de diferentes soluções pensadas em
evolução.
A ação mediadora do professor, a sua intervenção pedagógica, desafiadora, não pode ser
uniforme em todas as situações de tarefas dos alunos. Os erros que a criança apresenta
podem ser de natureza diversa. Nenhum extremo é válido: considerar que sempre devemos
dizer a resposta certa ou no outro extremo, considerar que todo e qualquer erro que o aluno
cometa tenha o caráter construtivo e que ele poderá descobrir todas as respostas.
A tarefa do aluno está presente entre uma tarefa do aluno e a posterior. A tarefa do
professor consiste em favorecer a este aluno o alcance de um saber competente e a
aproximação com a verdade científica.
Há muitas crenças que a avaliação mediadora é restrita aos professores das séries iniciais do
ensino fundamental, mas a autora revela o desenvolvimento desta perspectiva no ensino
médio e no ensino universitário através de pesquisas realizadas.