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O mecanismo da projeção

Imaginar é evocar objetos ou seres, colocando-os em determinada


situação e fazendo-os viver determinados papéis.È um processo comum a
todas as criaturas humanas e consiste numa reconstrução, até
transformação do real em função dos significados que lhe são atribuídos.
Por isso, a imaginação é a base da criatividade.

A imaginação, enquanto processo, pode ser desencadeada, estimulada,


por meio do encontro emocional entre o ser e o real.

Sob o ponto de vista etimológico, imaginação é correspondente à imago,


que significa representação, imitação, imagem. Imaginar é correlato de
simbolizar. O ser humano, para representar a realidade, utiliza-se de
símbolos que estão disponíveis no universo cultural a que pertence. Por
isso cada cultura produz seus próprios mitos, lendas, sagas, coerentes
com sua própria história.

A imaginação situa-se no âmbito da subjetividade, enquanto que a


simbolização cumpre a função objetiva de representá-la. As produções
imaginárias se dão de forma simbólica por meio de todas as formas de
linguagem: dança, música, poesia, literatura, teatro etc... O símbolo é
aquilo que revela ocultando, que media a relação do imaginário com o real.
Pela imaginação, o sujeito cria vínculos com o mundo e interioriza
significados relacionados as suas experiências de vida.

Os símbolos possuem conteúdos manifestos e latentes. Os primeiros


dizem respeito aos significados que são compartilhados socialmente. São
de natureza objetiva e comum às pessoas de uma mesma cultura; os
segundos referem-se às formas particulares de cada sujeito criar
significações para o que lhe acontece, utilizando o repertório lingüístico que
domina.São de natureza subjetiva e diferem de sujeito para sujeito.

Quando simboliza, o ser humano trabalha as angústias e os fantasmas que


cria no decorrer de sua existência.Por seu intermédio a realidade humana
é interpretada e compreendida.

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No contexto do diagnóstico psicopedagógico as técnicas
projetivas são utilizadas como um meio de análise e depuração do sistema
de hipóteses e só devem ser aplicadas quando há suspeita de implicações
emocionais ou vínculos negativos com a aprendizagem.

A projeção é um dos mecanismos de defesa conceituados pela psicanálise.


Nas provas projetivas o mecanismo da projeção é do tipo de
deslocamento, ou seja, o sujeito projeta para fora de si o que se recusa a
reconhecer em si mesmo ou ser em si. Ele desloca para um objeto ou para
outro ser os conteúdos latentes contidos nos símbolos.

Piaget considera que, por meio do jogo simbólico, a criança do período pré-
operatório assimila o real ao EU e consegue com este artifício suportar
suas vivências pessoais e familiares, seus conflitos e problemas. Os
adultos não fazem o mesmo quando assistem novelas e filmes?

Pela prova projetiva procura-se conseguir que o inconsciente se manifeste,


liberto dos entraves que habitualmente o impedem de expressar-se. Ao se
solicitar ao sujeito que imagine, a partir de uma situação que lhe sirva
como estímulo, ele reaviva em seu inconsciente as marcas deixadas por
um acontecimento que pode ter acontecido no real eexpressa seus
sentimentos a este respeito, com muito mais facilidade.

A projeção é um mecanismo altamente subjetivo e expressa não a


realidade como ela é, mas como o sujeito a vê. Essa compreensão é
crucial para o terapeuta não confundir a realidade objetiva com a vivência
particular do indivíduo.

As situações que servem para desencadear as projeções devem ser


adaptadas ao tipo de investigação e à população estudada.

A projeção com animais é muito utilizada com crianças.Eles aparecem com


freqüência nas histórias, fábulas, quadrinhos, desenhos animados, criando
um mundo fantástico no qual tudo pode acontecer e incentivando a
imaginação.

O sujeito testado identifica-se mais ou menos conscientemente com a personagem


que está no centro da história.

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Provas projetivas psicopedagógicas
O professor Jorge Visca foi o estudioso que compilou e organizou provas
projetivas psicopedagógicas, contribuindo sobremaneira para o
desenvolvimento da teoria psicopedagógica neste âmbito.

Em sua opinião, as provas projetivas psicopedagógicas são recursos,


dentre outros, para a compreensão das variáveis emocionais que
condicionam, de forma positiva ou negativa, a aprendizagem.

Ele considera que a diferença entre uma técnica projetiva psicológica e


uma psicopedagógica é que, nesta última, o foco é sempre o processo de
aprendizagem, as significações do ato de aprender e as relações
vinculares que se formam com o conhecimento e as figuras ensinantes.

Quando Alícia Fernández desenvolve o conceito de modalidade de aprendizagem,


crucial para a psicopedagogia, ela salienta que o que ensinante e aprendente trocam
entre si não são os conteúdos de conhecimento, mas a maneira particular de cada
um se vincular com o conhecimento. Por isso, para aplicar testes projetivos
psicopedagógicos, o profissional precisa conhecer sobre vínculos.Os vínculos

A psicologia social, ao se interessar em pesquisar as relações


interpessoais, as relações dos indivíduos com grupos e ou com a
sociedade em geral, cria o conceito de vínculo. Uma teoria assim
construída possui uma dinâmica inspirada na psicanálise, que se dedicou
ao estudo das relações objetais, e teve em Pichon Riviére1 seu propositor.

A maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona com outro ou


outros, criando uma estrutura singular para cada caso e cada momento é o
que se denomina vínculo. De acordo com essa teoria, cada ser humano
introjeta elementos da realidade exterior constituindo um verdadeiro mundo

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interno e os indivíduos se relacionam também por intermédio
destes mundos subjetivos.

Os estudos de psicologia social apontam vínculos que podemos denominar


normais até aqueles que podemos chamar de patológicos. Estes últimos
estão relacionados com as estruturas clínicas propostas pela psicanálise:
na neurose obsessiva o vinculo se caracteriza pelo controle do Alter Ego
ou do outro e por um "dar voltas" em torno do objeto por meio de rituais
particulares que expressam uma necessidade de controle. Na psicose, o
vinculo paranóide, o vinculo depressivo e o vinculo maníaco também se
caracterizam por serem vínculos de controle, semelhantes ao da neurose
obsessiva. Na esquizofrenia, todos esses tipos de vínculos podem
aparecer juntos, alternadamente ou com predominância de um deles, mas
com uma característica adicional.

Vejamos como se apresentam:

 Vínculo paranóico: caracteriza-se pela desconfiança, pela


exigência que o sujeito experimenta em relação aos outros;

 Vínculo depressivo: caracteriza-se por estar permanentemente


carregado de culpa e expiação:

 Vínculo obsessivo: se relaciona com o controle e a ordem;

 Vínculo hipocondríaco: é aquele que o individuo estabelece com


os outros através de seu corpo, da saúde e da queixa;

 Vínculo histérico: é baseado na representação, sendo sua principal


característica a plasticidade e a dramaticidade. Por trás da
representação se expressa uma fantasia, isto é, a pessoa está
querendo dizer alguma coisa, está representando alguma coisa
com aquele sintoma. Na histeria de angústia o vínculo se
caracteriza pelo medo que pode se localizar em um determinado
lugar. Na fobia, o medo pode ser a do interior (claustrofobia) ou a
do exterior (agarofobia). Todas as outras fobias derivam dessas
duas e o medo é a expressão da angústia inicial que não pode ser
representada de outra forma pelo sujeito.

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Os vínculos que o ser humano estabelece com os objetos e
as pessoas são mistos: em cada pessoa pode haver uma vinculação
normal e outra, patológica, dependendo da situação.

E o vínculo normal? Como se apresenta e como é possível compreendê-


lo? Para isso, é preciso partir da análise de uma das principais
características das relações de objeto: o objeto diferenciado e o objeto não-
diferenciado. O objeto não diferenciado é aquele que vive em situação
parasitária, simbiótica. Quando o objeto e o sujeito têm limites precisos, já
não estão mutuamente confundidos, estão diferenciados. Os vínculos
estabelecidos com objetos não diferenciados são aqueles de natureza
patológica porque expressam o estado de confusão entre o sujeito e o
objeto. Vínculos entre sujeitos e objetos muito diferenciados não existem
de fato porque a relação estabelecida é de indiferença. Sendo assim, o
vínculo considerado normal é aquele em que não há nem muito
distanciamento nem grande proximidade entre sujeito e objeto, permitindo-
lhe buscar a maneira mais adequada e menos angustiante para se
relacionar com a realidade, possibilitando a eclosão de sua autoria e
criatividade e a produção de conhecimentos.

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