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ADMINISTRAR UM
quase
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS
INTRODUÇÃO
Entrevista concedida pelo Sr. José da Silva (nome fictício, para manter o sigilo), em
data recente (2002), devidamente traduzida para uma linguagem compreensível:
Montar meu próprio negócio? Você está doido? Porque faria isso se:
• todos me dizem que é muito melhor ser empregado: não correr riscos,
dinheirinho garantido no fim do mês, férias, 13º salário, finais de semana;
• não tenho dinheiro para montar meu próprio negócio – só para rico;
• minha mãe, meus amigos e alguns professores (só tiro nota baixa em
matemática) vivem dizendo que não presto para nada, que não vou dar
nada na vida, que não passo de um imprestável.
• não sei o que gostaria de fazer, nem nunca me preocupei com isso –
pego o que aparece; não sei o que poderia oferecer aos possíveis
“clientes” (já não tenho que aguentar os da loja onde trabalho, cada vez
mais chatos e exigentes?);
• tenho visto muitas empresas quebrarem por aí – o mar não está para
peixes – porque me arriscaria?
E quer saber de uma coisa: já estou cansado desse papo todo que não vai a lugar
nenhum. Cai fora, que vou dormir.
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QUALIFICAÇÕES DE UM EMPREENDEDOR
Existem várias listas das características de uma pessoa empreendedora. Todas
são ótimas. Existem também vários questionários para auto-avaliação, onde você poderá
verificar se tem as qualificações necessárias para ser um. Entretanto, uma me chamou a
atenção por ser ampla, completa e, acima de tudo, dirigida a pessoas humanas, normais.
• uma cabeça
• dois olhos
• duas orelhas
• uma boca
• dois braços
• duas mãos
• duas pernas
• dois pés, etc..
Além do mais, o fato de alguns não terem algumas das características acima não
impedirá que sejam empreendedores, caso o queiram.
Caso o queiram? Como assim?
Bem, além das características acima citadas, essas pessoas querem ser o que
fazer o que fazem. Duvida? Vá até eles e pergunte. Aproveite e pergunte também
são,
“porque querem ser o que são, fazer o que fazem”. As respostas poderão ser
do tipo:
• Gosto de vender;
• Gosto de costurar;
• Gosto de cozinhar, etc.
Observe que as respostas acima começam com a palavra Gosto.
Aproveite que está amolando e tirando eles do que gostam de fazer e faça outra
pergunta: quando começou o seu negócio, você... (trate-o por Senhor, afinal ele é um
empreendedor) o Senhor esperava alcançar o sucesso que teve? Ou foi fazendo o que
gostava de fazer e as coisas foram acontecendo? A resposta poderá ser do tipo: “comecei
em casa, aproveitando que não tinha nada que fazer e como gostava de cozinhar...” ou do
tipo: “queria fazer alguma coisa e refleti sobre o que gostava de fazer mais”.
Aproveite o gancho: Ah!, é simples assim? As coisas foram acontecendo, como se
fosse um filme do Rambo, onde tudo dá certo para o mocinho? A resposta poderá ser do
tipo: “não é bem assim - no começo foi simples e depois começaram a surgir
dificuldades e problemas.”
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É agora - enfie a faca: “e como conseguiu vencer essas dificuldades?
Debaixo de sua roupa há uma outra, azul, com um grande S no peito e uma capa
vermelha?” Segundo um deles: “Não é bem assim: quando você pega amor por algo,
você luta como um leão, busca tudo que é necessário dentro de si para manter o que
conquistou. Quando tem um problema que não sabe resolver, vai atrás: pergunta, lê,
pesquisa, enfim, faz tudo o que é necessário, até solucionar a
questão.”
O camarada já está ficando cansado de suas perguntas. Aproveite e lance: “já que
é tão simples assim, por que tão poucas pessoas procuram esse
caminho para suas vidas e preferem outros caminhos, até
mais difíceis?” Finalmente peguei o cara no pulo! Segundo o camarada acima: “eu
não disse que é simples. Às vezes, até pelo contrário: a gente tem vontade de desistir,
largar tudo e sair correndo. Mas aquilo é seu, é sua conquista e você se orgulha dela e
não vai entregá-la facilmente. Entretanto, existem mitos que procuram desviar as
pessoas, existe o pessimismo cultural (o brasileiro só serve para empregado), o
pessimismo familiar. Afinal, ninguém quer aumentar o número de concorrentes.
Existe também a ignorância das pessoas: não fazem porque não conhecem as
possibilidades, sejam as próprias, sejam as oferecidas pelo mercado.”
Caramba! Parece discurso de professor. Mas não deixa de ter seu lado real. Se as
pessoas aproveitassem suas potencialidades o mundo seria outro! Se tentassem,
tateando no escuro, levantando a cada tombo, acabariam por encontrar essas
potencialidades e a autoconfiança necessária para conseguir tudo que desejarem. Não
sabem que seu limite é definido por eles mesmos.
Por outro lado, alguns procedimentos devem ser observados, a fim de aumentar as
possibilidades de sucesso de qualquer empreendimento:
• Pesquisa e planejamento são essenciais para se reduzir os riscos;
• Mantenha-se bem informado com o que está acontecendo com seus clientes,
fornecedores, concorrentes, mercado, conjuntura econômica, economia
mundial, avanços tecnológicos, etc. e os reflexos no seu negócio;
Muita gente se perde no mundo dos negócios porque sua personalidade e seu
estilo de vida não se compatibilizam com o negócio em que atual. É feliz uma pessoa que
gosta de dormir e trabalha com padaria?
Assim, conhecer suas características pessoais e confrontá-las com as exigências
do negócio que se propõe é fundamental para que o “casamento” dê certo. Assim sendo,
esta parte do curso será destinada à reflexão a auto-análise, de acordo com as tarefas
abaixo:
1ª tarefa: cite as 10 coisas que mais gosta em você, por ordem de prioridade;
2ª tarefa: cite as 10 coisas de que mais se orgulhou de ter feito, também por ordem
de prioridade;
4ª tarefa: cite 10 coisas de que não gosta (ou não gostaria) de fazer, idem.
5ª tarefa: cite 10 coisas de seu dia a dia que detesta (ou detestaria) fazer, idem.
7ª tarefa: no caso acima, cite 10 coisas que acha que teria que fazer em seu
negócio.
8ª tarefa: no quadro abaixo, compare o que gosta de fazer com o que teria que
fazer em seu negócio (caso o leve adiante);
10ª tarefa: caso você seja empresário ou deseje sê-lo, por quê?
❒para ficar rico?
❒para ter uma vida mais tranqüila?
❒para ganhar dinheiro?
❒por que quer construir alguma coisa?
❒para “ aparecer para os outros?
❒para mostrar aos outros que é competente?
❒para ser dono do “próprio nariz?
❒outros
11ª tarefa: tabela de sentimentos (Dean, Amy D. - “Um sentido para a vida” – Ed. Best
Seller) - Sinto-me (marque com um X, após reflexão):
INTRODUÇÃO AO TEMA
• desempregado 19%
• Proteção da margem
o Para proteger a margem de contribuição deve fugir à
competição direta com grandes concorrentes estabelecidos
no mercado.
o Para isso deve procurar um nicho de mercado para seu
negócio que permita praticar preços mais elevados. Para
justificar o preço mais elevado é necessário ter algo mais a
oferecer ao seguimento de mercado.
ANÁLISES INICIAIS
E outras muito mais que existem no mercado, basta pesquisar, e ainda que a
sua criatividade visualizar.
As alternativas acima são indicadas para pessoas de 16 a 100 anos (lembre-
se de Bertrand Russel, que, com 100 anos, brigava contra a guerra do Vietnã, pelo
mundo afora).
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MÓDULO II – A GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
MERCADO
A ANÁLISE DE MERCADO
Necessidades não satisfeitas
▼
Identificação de oportunidades
▼
Pesquisas de mercado
▼
Elaboração do Plano de Negócios
▼
Implantação
E termina: “Como tudo na vida, o mundo dos negócios não difere do mundo dos
esportes e das artes. O sucesso de um atleta como Joaquim Cruz ou de um pianista
como Arthur Moreira Lima, por exemplo, é função direta do esforço que fizeram em muitas
horas diárias de treinamento.”
• Roteiro para se elaborar uma pesquisa (de acordo com o autor acima
mencionado)
o Defina a região ou área de atendimento da empresa e sua população
alvo;
o Obtenção do cadastro dessa população;
o Definição da amostra a ser pesquisada (1% a 5% já é confiável);
o Elaboração do questionário;
Aplicação do questionário;
o Tabular os dados
o Analisar os dados.
IMPLANTAÇÃO
A BUSCA DO CLIENTE
o A organização para a qual você trabalha, como um todo. Se for pequena, você
talvez conheça a organização inteira tão bem quanto conhece o seu departamento.
o Seu ramo. Os problemas que ocorrem em sua empresa talvez sejam endêmicos
em todo o setor.
o Sua profissão. Se você é contador, por exemplo, será que existem necessidades
não satisfeitas que atingem todos os contadores?
o Algum grupo, comunidade ou organização que você conheça. Eles podem estar
precisando de ajuda.
o Indivíduos como você. Se tiver necessidades não satisfeitas, pode ser que outras
pessoas como você tenham as mesmas.
• aproximadamente 65%
por indiferença da pessoa que
atende ou maus atendimentos.
• Clientes:
o Conheça suas necessidades;
o Como dimensionar o seu mercado;
o Como se comunicar com eficiência;
• Concorrência:
o Como ela trabalha;
o Como são seus produtos;
o Quais são seus preços;
o Como é seu atendimento;
o O que pensam seus clientes;
o Pontos fracos e fortes: como analisar e agregar valor a seus
produtos;
o Principais forças que determinam a concorrência;
• Valor agregado ao produto;
• Caracterização dos produtos;
• Capacidade de negociação dos clientes;
• Poder de barganha dos fornecedores;
• Entrada de novos concorrentes no mercado;
• Possibilidades de novos produtos.
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A DIVULGAÇÃO DA EMPRESA
Júlio Ribeiro assim inicia o prefácio do livro “A Comunicação da Pequena
Empresa”, de Nelson Gomes & Paulo Nassar – Ed. Globo:
“No dia 4 de abril de 1980 iniciei uma empresa de propaganda com o seguinte
ativo: eu, uma mesa, seis lápis, um pacote de papel, uma cadeira e um telefone. Clientes:
nenhum; faturamento no primeiro mês: zero. Perspectivas de faturamento para os
próximos meses: zero; funcionários: um. Metade das pessoas com quem conversei sobre
meus planos disse que a empresa iria fechar em seis meses. Essa empresa chamava-se
Talent e alguns anos depois já estava entre as vinte maiores do setor no Brasil, com um
faturamento anual de US$30.000.000. Hoje situa-se entre as dez maiores, com um
faturamento de US$100.000.000. Por que a Talent, com pouco capital, sem clientes e
aparentemente sem futuro, deu certo, enquanto outras empresas com muito mais
condições fecharam? Eu acho que a razão principal reside no fato de que, embora a
Talent fosse uma empresa pequena, eu nunca pensei como um empresário pequeno.”
E continua: “Na primeira semana, chamei a imprensa para uma entrevista coletiva.
Lógico que não foi ninguém. Mas um jornalista da Gazeta Mercantil ficou curioso e
telefonou. Ganhei duas colunas de notícia. Tirei cópias da matéria e mandei para
centenas de empresas. Por sorte, dois antigos amigos ocupavam posições importantes
em empresas que receberam o recorte. A roda começou a girar. Conseguir dois clientes.
Descobri que o conhecimento pessoal era uma das únicas formas de obter aval para uma
empresa que estava começando mas tinha o atrevimento de procurar clientes grandes.
Raciocinei: “Se ninguém souber que eu quero uma recomendação, jamais poderão me
dar”.
• O que divulgar? Em primeiro lugar não se esqueça que a sua empresa, o seu
produto ou, ainda, o seu serviço, é a imagem que você está divulgando:
o O que essa imagem divulga?
o O que seu produto transmite?
o O que você transmite: sua aparência, seus modos, sua voz, etc.?
o O que sua loja transmite?
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O que sua imagem transmite? O que você quer que ela transmita? O que o cliente espera que sua imagem
transmita?
• Problemas resolvidos.
• Que benefícios ele terá.
• Que terá bons resultados.
Já foi dito muitas e muitas vezes que o Capital de Giro é o combustível que move a
empresa. Nada mais correto. Administrar bem o Capital de Giro, bem como todo o resto, é
fundamental para a sobrevivência e o crescimento das empresas.
Este trabalho tem dois objetivos básicos:
O material a seguir exposto não é meramente teórico, mas foi testado por vários
anos, em várias empresas, pelo autor, o qual sempre obteve os resultados desejados.
Foram utilizados para diagnóstico e recuperação de empresas em dificuldades
financeiras.
Finalmente, a compreensão do material abrirá caminho para as outras técnicas que
seguirão, dada a interdependência entre elas. Uma correta visão das ligações e do todo,
é como visualizar as ligações financeiras de uma empresa e suas relações com o
ambiente.
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ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO:
ASPECTOS CONCEITUAIS
QUADRO I
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 5.000 Fornecedores
Estoque Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO: 5.000 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS: 0
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações
Veículos
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 0 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5.000
QUADRO II
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 5.000 – 500 – 500 = 4.000 Fornecedores
Estoque Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO: 4.000 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS: 0
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500 Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 1.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5.000
QUADRO IV
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 2.000 – 1.000 = 1.000 Fornecedores
Estoque 1.000 Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO: 2.000 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS: 0
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500 Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos 2.000
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5.000
QUADRO V
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 1.000 Fornecedores 1.000
Estoque 1.000 + 1.000 = 2.000 Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS: 1.000
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios - 500 Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos 2.000
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5.000
QUADRO VI
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 1.000 + 1.000 = 2.000 Fornecedores 1.000
Estoque 2.000 - 500 = 1.500 Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO = 3.500 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS: 1.000
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500 Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos 2.000
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5.000
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
VENDAS = 1.000
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
RESULTADO DO EXERCÍCIO
IR
LUCRO LÍQUIDO
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QUADRO VII
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 2.000 – 180 = 1.820 Fornecedores 1.000
Estoque 1.500 Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO = 3.320 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500 Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos 2.000
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5000
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
VENDAS = 1.000
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
RESULTADO DO EXERCÍCIO
IR
LUCRO LÍQUIDO
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QUADRO VIII
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 1.820 – 120 = 1.700 Fornecedores 1.000
Estoque 1.500 Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO: 3.200 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500 Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos 2.000
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5000
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
VENDAS = 1.000
RESULTADO DO EXERCÍCIO
IR
LUCRO LÍQUIDO
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QUADRO IX
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 1.700 Fornecedores 1.000
Estoque 1.500 Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos 60
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO: 3.200 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS: 1.060
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500 Lucros
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos 2.000
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5.000
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
VENDAS = 1.000
IR = 60
QUADRO X
o Apuração dos resultados e do Lucro Líquido, com determinação da empresa
em não distribuí-lo.
Investimentos Fontes
Capital de Giro Capital de Terceiros
Bancos 1.700 Fornecedores 1.000
Estoque 1.500 Empréstimos
Duplicatas a Receber Salário e Encargos
Impostos 60
TOTAL DO CAPITAL DE GIRO: 3.200 TOTAL DO CAPITAL DE TERCEIROS: 1.060
Capital Fixo Capital Próprio
Imóveis Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500 Lucros = 140
Máquinas e Equipamentos
Instalações 500
Veículos 2.000
TOTAL DO CAPITAL FIXO: 3.000 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO: 5.140
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
VENDAS = 1.000
IR = 60
Fontes
Capital de Terceiros (Fornecedores) R$ 1.000,00
Imposto (IR) a pagar R$ 60,00
Lucro Líquido do Exercício R$ 140,00
Total R$ 1.200,00
Fonte: SEBRAE
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• O plano de Marketing
o Descrição do produto e que necessidade dos clientes se propõe satisfazer;
o Mercado potencial;
o Necessidade dos clientes (pesquisa);
o Concorrência (pontos fracos e fortes, satisfação dos clientes, valor agregado);
o Fornecedores (localização, preço, formas de pagamento, atendimento,
qualidade, etc.);
o Riscos do negócio e como minimiza-los;
o Estratégia
Qualidade
Preço
Atendimento
Formas de pagamento
Pós-venda
Localização
Pontualidade na entrega
Garantias
Divulgação do produto
Promoções
• O plano financeiro
Capital de Giro
Investimento total
Produto Preço jan fev mar ab mai jun jul ago set out
Unitário q Valor q Valor q Valor r Valor q Valor q Valor q Valor q Valor q Valor q Valor
q
Total
q = quantidades previstas
Previsão dos custos variáveis
Discriminação Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total
Mercadorias
Simples
Com. s/vendas
Encargos
Energia
Manutenção
Outras
Total
Discriminação Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total
Mão-de-obra
Encargos
Pró-labore
Encargos
Aluguel
Água
Luz
Telefone
IPTU/IPVA
Combustíveis
Serviços terc.
Seguro
Depreciação
Outros
Total
Depreciação: Instalações, Móveis e Utensílios, Máquinas e Equipamentos: 10% ao ano; veículos: 20% ao ano
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Demonstração de Resultados
Discriminação Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total
Faturamento
Custos
Variáveis
Margem
Contribuição
Custos Fixos
Resultado
operacional
IR
Lucro líquido
Discriminação Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total
Entradas
Vendas a vista
Vendas prazo
Empréstimos
Outras
Total Entradas
Saídas
Fornecedores
Impostos
Folha (1)
Encargos (2)
Empréstimos
Aluguel
Água, luz, tel.
Seguro
Serviços terc.
Combustíveis
Outras
Total Saídas
Saldo (E-S)
Acumulado
(1) Folha: inclui salário + comissões + pró-labore – em dezembro o 13ª, sobre salário e comissões.
(2) Encargos mensais: inclui 20% sobre salário, comissões e pró-labore como INSS e 8% sobre salário e comissões p/ FGTS.
Os encargos referentes a empregados não foram considerados, porque são pagos no mesmo mês do salário.
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• Legislação tributária pertinente às micro e pequenas empresas
O PROCESSO ADMINISTRATIVO
• Planejamento
• Organização
• Direção
• Controle
PLANEJAMENTO
• Níveis de planejamento
Nível estratégico – proprietários
Nível gerencial - gerentes
Nível operacional - áreas operacionais: supervisores e funcionários
Obs.: no seu caso, que está iniciando uma empresa, tudo acima.
Tempo? Veja: o dia tem 24 horas – digamos que passe 8 horas
trabalhando em seu negócio: sobram 16 horas, inteirinhas, todinhas à
sua disposição para planejar, organizar e controlar. Isso não é ótimo?
Coisas como dormir, cerveja com os amigos, futebol, família (inclua-a
para ajudar no negócio), farras e outras amenidades serão muito
melhores quando estiver estável em seu novo negócio. Por outro lado,
ocorre que, em seu início, o empreendedor se dedica, praticamente,
às tarefas operacionais, deixando de monitorar o ambiente,
perdendo oportunidades e não vendo ameaças e riscos ao seu
negócio.
• Nível estratégico: o que fazer, quando: o assunto foi analisado anteriormente (se
não se lembra é porque estava dormindo na aula).
Ações Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Ah!, não se esqueça: TUDO POR ESCRITO. Se achou tudo isso muito pesado
para você é porque ainda não encontrou o que Gosta de fazer. Continue a busca. Fazer
cafuné na cabeça de sua gata é muito mais gostoso, mas não dá dinheiro e sem ele pode
ficar sem gata.
• Você planeja?
• Você organiza?
• Você dirige?
• Você controla?
• Você está bem informado com o que está acontecendo no mercado onde atua?
• Você se mantém bem informado com a evolução da conjuntura econômica e como
isso se reflete nos resultados da sua empresa?
• Você busca novas oportunidades?
• Você vende somente?
• Você elabora produtos na produção somente?
Para evitar que isso ocorra na sua empresa é necessário organizar sua empresa
em torno de funções e não em torno de pessoas. Isso implica, muitas vezes que todas
as funções sejam exercidas pela mesma pessoa.
Diretoria
DIREÇÃO
Responsabilidades da Direção como ação administrativa
• Proporcionar treinamento;
• Supervisão;
• Motivação;
Liderar é:
• saber definir objetivos e se concentrar neles;
• coordenar as tarefas;
Motivação:
• “Podemos comprar o tempo de uma pessoa. Podemos comprar a sua
presença física num dado local. Podemos até mesmo alugar à hora um
certo número de seus movimentos musculares especializados. Mas não
podemos comprar o seu entusiasmo. Não podemos comprar a sua
iniciativa. Não podemos comprar a devoção do coração, da mente e da
alma. Essas coisas tem que ser conquistadas.” (Clarence Francis:
For executives only).
AUTO-REALIZAÇÃO
E S T I M A
S O C I A L
S E G U R A N C A
F I S I O L Ó G I C A S
O PROCESSO DE CONTROLE
Digamos que o “pessoal” de sua empresa seja somente você mesmo. Isso não
implica que você não tenha que ter uma atitude profissional com esse “seu pessoal”.
Vamos considerar algumas questões quanto à qualificação e desempenho desse
“seu pessoal”:
Caso alguma resposta às perguntas acima seja NÃO, trate de treinar “seu
pessoal” enquanto é tempo, pois as consequências do despreparo são previsíveis
e, geralmente, desastrosas. Como fazer isso? Estudando, lendo, frequentando
cursos, se informando, enfim, CORRENDO ATRÁS.
O sistema ABC
É utilizado para identificar a importância dos itens de acordo com seu valor. Serão
controlados mais detalhadamente os itens de maior valor, enquanto os itens de menor
valor serão controlados com menos rigor e menos custo.
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Classificação:
• A: número pequeno de itens, mas de grande valor, com alta participação no
valor total dos estoques;
• B: número de itens que podem ser grande, médio ou pequeno, mas de valor
médio, isto é, não tão reduzidos nem tão altos;
• C: grande número de itens, de pequeno valor unitário, com pouca expressão no
estoque total.
“Como posso fazer previsões, se a empresa ainda não existe?” Parece coisa de um
javanês que conheço, chamado Manuel. Compre inicialmente pequenas quantidades dos
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produtos que seus clientes precisam, de acordo com suas pesquisas, e não aquilo
que gostou (erro também cometido pelo javanês acima).
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Plano de compras
Produto: Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total
Estoque Inicial
(+) Compras
(-) Vendas
Estoque Final
F I N A N C EI R O S
Fornecedores
Folha
IAPAS
FGTS
Outros encargos
Empréstimos
Despesas bancárias
ICMS
IR
IRRF
Outros impostos
Empréstimos terceiros
Empréstimos empr.grupo
Despesas de viagens
Aplicações financeiras
Outros pagamentos
TOTAL SAÍDAS
SALDO ( E - S )
Acumulado
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Fornecedores
Folha
IAPAS
FGTS
Outros encargos
Empréstimos
Despesas bancárias
ICMS
IR
IRRF
Outros impostos
Empréstimos terceiros
Empréstimos empr. grupo
Despesas de viagens
Aplicações financeiras
Outros pagamentos
TOTAL SAÍDAS
SALDO ( E - S )
ACUMULADO
62
Saldo inicial
Vendas a vista
Cobrança - carteira
Cobrança - bancos
Aplicações
Empréstimos - bancos
Outras
TOTAL ENTRADAS
Fornecedores
Folha
IAPAS
FGTS
Outros encargos
Empréstimos
Despesas bancárias
ICMS
IR
IRRF
Outros impostos
Empréstimos terceiros
Empréstimos empr. grupo
Despesas de viagens
Aplicações financeiras
Outros pagamentos
TOTAL SAÍDAS
SALDO ( E - S )
ACUMULADO
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Controle e administração dos custos
Custos Variáveis são aqueles que tendem a variar, de acordo com as flutuações
das atividades operacionais da empresa. Entre os custos variáveis citamos:
• mão-de-obra direta, encargos e benefícios (se vinculados ao
resultado)
• matérias-primas
• outros custos de fabricação
• comissões pagas a vendedores
• prêmios por produção
• energia industrial
• impostos e contribuições calculados sobre o faturamento
• mercadorias (de revenda)
Custos Semivariáveis, finalmente, são aqueles que incluem elementos fixos como
variáveis. Em sua maioria, os custos semivariáveis podem ser decompostos em seus
elementos fixos e variáveis. Abaixo citamos alguns exemplos:
• pagamentos a vendedores: salário fixo (1 salário mínimo, por
exemplo) até um determinado limite de vendas - acima desse limite,
comissões.
• custo de energia elétrica, que tem uma parte como gasto das
instalações administrativas e outras como parte das instalações
industriais, máquinas e equipamentos da produção.
• Com o resultado temos o valor em que as vendas podem cair sem que a empresa
tenha prejuízo ou seja, temos o nível de vendas no qual estas equivalem aos
custos.
• Uma das grandes vantagens da análise do ponto de equilíbrio é evidenciar a
estrutura do lucro através da decomposição de cada item de custo e de despesa
em duas partes: fixa e variável.
• Quanto mais baixo for o ponto de equilíbrio da empresa, tanto mais flexível ela
será. Deve, para isso, procurar manter o mais possível de custos variáveis e
substituir os custos fixos por variáveis, quando for possível (alugar imóveis,
máquinas e equipamentos, terceirizar serviços, contratar autônomos, etc.).
• Quanto menor for o custo fixo da empresa, menor será o seu risco.
• O que pode ser feito para melhorar o Ponto de Equilíbrio da Empresa:
• Reduzir os custos fixos
• Melhorar a Margem de Contribuição (Vendas – Custos
Variáveis)
• Vender mais
Capital de Giro
Ativo Passivo
Disponibilidades Fornecedores
Estoque Salários a pagar
Contas a receber Encargos
Despesas antecipadas Impostos
Outras Empréstimos
Outras
Total Ativo Circulante Total Passivo Circulante
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68
• Capital de giro = ativo circulante
• Capital circulante líquido negativo ( AC < PC ) = parte do ativo fixo está sendo
financiado com capital de curto prazo
CCL = AC - PC
Observações:
• Lembre-se, ainda, que o único dado certo é o vencimento das obrigações: o
estoque pode não ser vendido, o cliente pode atrasar seus pagamentos.
• Por outro lado, é preciso considerar o retorno obtido pelas aplicações em capital
de giro ou ativo fixo, a fim de obter um equilíbrio entre risco e rentabilidade.
Fornecedores
Emp.bancários
Salários
Encargos
Impostos
Outras contas
Passivo Circulante
CCL ( AC ─ PC )
70
Ciclo Financeiro
O ciclo operacional e financeiro representa o prazo que a empresa tem que aguardar
(com recursos próprios ou de terceiros) para suprir suas necessidades de estocagem,
produção, venda e recebimento, descontando-se os prazos concedidos por fornecedores,
impostos, funcionários e encargos. Para se apurar:
em que:
• CF = ciclo financeiro
• PME = prazo médio de estocagem
• PMR = prazo médio de recebimento
• PMP = prazo médio de pagamento
*
PME = estoque médio x 360
custo prod.vendidos
*
PMR = valores a receber (média) x 360
vendas do ano a prazo
* val. receber (média) = { (saldo inicial + saldo final) ÷ 2 } ou (saldos mensais ÷ 12)
*
PMP = fornecedores (média) x 360
compras do ano a prazo
Para melhorar sua situação nesse aspecto a empresa tem que ter um bom poder
de barganha, ou seja:
Preço de Venda
Para uma melhor avaliação dos resultados obtidos, esses índices devem ser
comparados com:
o Taxas de investimentos do mercado financeiro.
o Taxa mínima aceitável, definida pela empresa.
o Custo de oportunidade, ou seja, taxas obtidas em outras aplicações.
o Média do setor econômico da empresa.
o Concorrentes.
o Evolução histórica da empresa (no caso de empresas que já funcionam há
vários exercícios).
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INFORMAÇÕES
Tesouraria
Informações sobre o que nível de detalhe frequência
disponível caixas e bancos por caixa e banco diária
recebimentos do dia pagamentos de clientes por cliente diária
pagamentos do dia pagamentos a fornecedores por fornecedor diária
taxas financeiras taxas referente aplicações por banco diária
taxas financeiras taxas referente juros por banco diária
Contas a Receber
Informações sobre o que nível de detalhe frequência
programação semanal valores a receber por cliente/ por dia semanal
vendas do dia a prazo valores a receber por cliente diária
clientes inadimplentes duplicatas não pagas por vencimento/ cliente semanal
programação trimestre valores a receber por cliente mensal
solicitações de crédito vendas por cliente/valor na venda
limites de crédito limite venda por cliente por cliente/valor mensal
medidas p/ atraso medidas de cobrança por cliente semanal
Contas a Pagar
Informações sobre o que nível de detalhe frequência
programação semanal valores a pagar por despesa semanal
compras a prazo compras previstas de acordo com valor mensal
programação trimestre valores a pagar por vencimento/ tipo mensal
posição inadimplência duplicatas vencidas por fornecedor semanal
posição bancos valores a pagar por vencimento/banco semanal
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EPÍLOGO
Como?
É sim:
• o da sua vida!
• e é você que vai escrevê-lo!
Portanto, AJA!!!
JÁ!!!
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ANEXOS
À tarde, aparece na sua loja o Carlos, seu velho amigo de infância, pessoa correta
e honesta, que lhe informa que a mãe dele está muito mal e está liquidando o negócio
(dele), às pressas. O negócio é igual ao seu, só que em outro bairro. E lhe oferece:
Diante disso, você verifica a sua necessidade das mercadorias, apurando que seu
estoque está já no ponto de pedido e que, portanto, as mercadorias de seu colega virão
em boa hora, ainda mais com as vantagens oferecidas. Você aceita o negócio?
E, alguns meses para frente você quebra!!!! Porque?
Por que você leu e não entendeu e fez um negócio na hora errada.
Entre as várias notícias acima, vimos que o compulsório (dinheiro que todo banco é
obrigado a recolher ao Banco Central, sem remuneração) passou de 10% para 20%. Você
viu isso e, como não é economista, julga que não é obrigado a saber disso. Entretanto, o
“escorpião” não perdoa. Quer ver:
Mas, então, ser empregado é melhor, pois não corre esse tipo de risco. Será? Por
acaso, seus empregados continuaram no emprego, ou dançaram junto com você? Será
que receberão o que lhes é de direito? Você terá como honrar esse compromisso? Hoje
em dia, muitas pessoas perdem o emprego e não recebem nada. E nem sempre é
desonestidade do proprietário. O escorpião não perdoa, amigo!
Isso se aplica a tudo. Entra o talento, o conhecimento, a experiência, o bom senso,
a nossa análise, bem como de outros, mas de repente, seu vizinho esqueceu o botijão de
gás aberto e aí, bum! Por outro lado, alguém disse que, quando você sabe o que quer, o
universo conspira a seu favor. Quem sabe? Além disso, se você não se arrisca, não se
expõe, você não cresce e outro “alguém” disse também que “as únicas coisas de que me
arrependo, foram aquelas que não fiz.”
Podemos ver os acontecimentos de várias formas e, entre elas temos: