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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Departamento de Produção

Coordenação de Produção e diretoria: Fábio Figueirôa


Diretoria administrativa: Raquel Figueirôa
Design e Diagramação: Fabiano Soares Costa
Edição de videoaulas: José Roberto

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUSA...............................................................................................................................5
MATEMÁTICA...........................................................................................................................................51
RACIOCÍNIO LÓGICO............................................................................................................................82
INFORMÁTICA........................................................................................................................................111
CONHECIMENTOS GERAIS DA BARRA DOS COQUEIROS........................................................144
ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO DA BARRA DOS COQUEIROS.........................................149
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS.................................................195
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS SOBRE EDUCAÇÃO..................................................................323
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LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA
1.1. Compreensão e a partir de textos que as questões normal-
interpretação de textos mente cobram a aplicação das regras gra-
de gêneros variados maticais nos grandes concursos de hoje
em dia. Por isso é cada vez mais impor-
Compreensão e interpretação de textos tante observar os comandos das questões.
é um tema que nos acompanha na vida Normalmente o candidato é convidado a:
escolar, nos vestibulares, no Enem e em
todos os concursos públicos. Comumente • identificar: Reconhecer elementos fun-
encontrarmos pessoas que se queixam de damentais apresentados no texto.
que não sabem compreender e interpre-
tar textos. Muitas pessoas se acham in- • comparar: Descobrir as relações de se-
capazes de resolver questões sobre com- melhanças ou de diferenças entre situ-
preensão e interpretação de textos. ações apresentadas no texto.

Nos concursos públicos, este tema está • comentar: Relacionar o conteúdo apre-
presente nas mais variadas formas. Nas sentado com uma realidade, opinando a
provas, há sempre vários textos, alguns respeito.
bem grandes, sobre os quais há muitas
perguntas com o objetivo de testar a ha- • resumir: Concentrar as ideias centrais
bilidade do concurseiro em leitura, com- em um só parágrafo.
preensão e interpretação de textos. É
preciso ler com muita atenção, reler, e na • parafrasear: Reescrever o texto com
hora de examinar cada alternativa, voltar outras palavras.
aos trechos citados para responder com
muita confiança. • continuar: Dar continuidade ao texto
apresentado, mantendo a mesma linha
Entender as técnicas de compreensão e temática.
interpretação de textos, além de ser im-
portante para responder as questões es- Por isso, considera-se que são condições
pecíficas, é fundamental para que você básicas para o candidatofazer uma correta
compreenda o enunciado das questões interpretação de textos: o conhecimento
de atualidades, de matemática, de direito histórico (aí incluída a prática da leitura),
e de raciocínio lógico, por exemplo. Mui- o conhecimento gramatical e semânti-
tos candidatos, embora tenham bastante co (significado das palavras, aí incluídos
conhecimentos das matérias que caem homônimos, parônimos, sinônimos, de-
nas provas, erram nas questões, simples- notação, conotação), e a capacidade de
mente porque não entendem o que a ban- observação, de síntese e de raciocínio”¹.
ca examinadora está pedindo. Já Nos próximos posts vamos ver alguns
pensou, nadar, nadar, nadar... e morrer conceitos como a diferença entre com-
na praia? Então não deixe de estudar e preensão e interpretação de textos, língua
preste atenção nas dicas que vamos dar e fala, denotação e conotação, funções da
neste blog.”As questões de compreensão linguagem, intertextualidade e figuras de
e interpretação de textos vêm ganhando linguagens.
espaço nos concursos públicos. Também é
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LÍNGUA PORTUGUESA

Outras dicas: 4º - Faça exercícios de sinônimos e antôn-


imos.
Dicas para analisar, compreender e inter-
pretar textos 5º - Leia verdadeiramente. Somos um
País de poucas leituras. Veja o que diz a
É comum encontrarmos alunos se queix- reportagem, a seguir, sobre os estudantes
ando de que não sabem interpretar tex- brasileiros. Dados do Programa Internac-
tos. Muitos têm aversão a exercícios nessa ional de Avaliação de Alunos (Pisa) reve-
categoria. Acham monótono, sem graça, lam que, entre os 32 países submetidos ao
e outras vezes dizem: cada um tem o seu exame para medir a capacidade de leitura
próprio entendimento do texto ou cada dos alunos, o Brasil é o pior da turma.A
um interpreta a sua maneira. No texto lit- julgar pelos resultados do Pisa, divulgados
erário, essa idéia tem algum fundamento, no dia 5 de dezembro, em Brasília, os es-
tendo em vista a linguagem conotativa, os tudantes brasileiros pouco entendem do
símbolos criados, mas em texto não-lit- que lêem. O Brasil ficou em último lugar,
erário isso é um equívoco. Diante desse numa pesquisa que envolveu 32 países
problema, seguem algumas dicas para e avaliou, sobretudo, a compreensão de
você analisar, compreender e interpretar textos. No Brasil, as provas foram aplica-
com mais proficiência. das em 4,8 mil alunos, da 7ª série ao 2º
ano do Ensino Médio.
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por
ela. Quando nós passamos a gostar de 6º - Leia algumas vezes o texto, pois a
algo, compreendemos melhor seu fun- primeira impressão pode ser falsa. É pre-
cionamento. Nesse caso, as palavras tor- ciso paciência para ler outras vezes. Antes
nam-se familiares a nós mesmos. Não se de responder as questões, retorne ao tex-
deixe levar pela falsa impressão de que ler to para sanar as dúvidas.
não faz diferença. Também não se intim-
ide caso alguém diga que você lê porcar- 7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a
ia. Leia tudo que tenha vontade, pois com interpretação está voltada a uma linha do
o tempo você se tornará mais seleto e texto e por isso você deve voltar ao pará-
perceberá que algumas leituras foram su- grafo para localizar o que se afirma. Out-
perficiais e, às vezes, até ridículas. Porém ras vezes, a questão está voltada à idéia
elas foram o ponto de partida e o estímu- geral do texto.
lo para se chegar a uma leitura mais re-
finada. Existe tempo para cada tempo de 8º - Fique atento a leituras de texto de to-
nossas vidas. Não fique chateado com co- das as áreas do conhecimento, porque al-
mentários desagradáveis. gumas perguntas extrapolam ao que está
escrito. Veja um exemplo disso:
2º - Seja curioso, investigue as palavras
que circulam em seu meio.

3º - Aumente seu vocabulário e sua cultu-


ra. Além da leitura, um bom exercício para
ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas.
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Texto: a) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de


artes.
Pode dizer-se que a presença do negro b) Só o Diego da M110 fez o trabalho de
representou sempre fator obrigatório no artes.
desenvolvimento dos latifúndios coloni- c) Os alunos dedicados passaram no ves-
ais. Os antigos moradores da terra foram, tibular.
eventualmente, prestimosos colabora- d) Os alunos, dedicados, passaram no ves-
dores da indústria extrativa, na caça, na tibular.
pesca, em determinados ofícios mecâni- e) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo
cos e na criação do gado. Dificilmente se Rossi.
acomodavam, porém, ao trabalho acura- f) Marcão canta Garçom, de Reginaldo
do e metódico que exige a exploração Rossi.
dos canaviais. Sua tendência espontânea
era para as atividades menos sedentári- Explicações:
as e que pudessem exercer-se sem regu-
laridade forçada e sem vigilância e fiscal- A. Diego fez sozinho o trabalho de artes.
ização de estranhos. B. Apenas o Diego fez o trabalho de artes.
C. Havia, nesse caso, alunos dedicados e
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes) não-dedicados e, passaram no vestibu-
lar, somente, os que se dedicaram, re-
- Infere-se do texto que os antigos mora- stringindo o grupo de alunos.
dores da terra eram: D. Nesse outro caso, todos os alunos eram
dedicados.
a) os portugueses. E. Marcão é chamado para cantar.
b) os negros. F. Marcão pratica a ação de cantar.
c) os índios.
d) tanto os índios quanto aos negros. 10º - Leia o trecho e analise a afirmação
e) a miscigenação de portugueses e índi- que foi feita sobre ele.
os.
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, “Sempre fez parte do desafio do mag-
2ª edição. Rio de Janeiro : Impetus, 2003.) istério administrar adolescente com
hormônios em ebulição e com o desejo
Resposta: Letra C. Apesar do autor não ter natural da idade de desafiar as regras. A
citado o nome dos índios, é possível con- diferença é que, hoje, em muitos casos, a
cluir pelas características apresentadas no relação comercial entre a escola e os pais
texto. Essa resposta se sobrepõe à autoridade do professor.”
exige conhecimento que extrapola o tex- (VEJA, p. 63, 11 maio 2005.)
to.
Frase para análise.
9º - Tome cuidado com as vírgulas. Veja
por exemplo a diferença de sentido nas • Desafiar as regras é uma ati-
frases a seguir. tude própria do adolescente das escolas
privadas. E esse é o grande desafio do pro-
fessor moderno.
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1 – Não é mencionado que a escola seja A paráfrase pode ser construída de várias
da rede privada. formas, veja algumas delas.

2 – O desafio não é apenas do professor A. substituição de locuções por palavras;


atual, mas sempre fez parte do desafio do B. uso de sinônimos;
magistério. Outra questão é que o grande C. mudança de discurso direto por indire-
desafio não é só administrar os desafios às to e vice-versa;
regras, isso é parte do desafio, há também D. converter a voz ativa para a passiva;
os hormônios em ebulição que fazem par- E. emprego de antonomásias ou perí-
te do desafio do magistério. frases (Rui Barbosa = A águia de Haia;
o povo lusitano = portugueses).
11º - Atenção ao uso da paráfrase (ree-
scritura do texto sem prejuízo do sentido 12º - Observe a mudança de posição de
original). palavras ou de expressões nas frases.

Veja o exemplo: Exemplos:

Frase original: Estava eu hoje cedo, para- a) Certos alunos no Brasil não convivem
do em um sinal de trânsito, quando olho com a falta de professores.
na esquina, próximo a uma porta, uma b) Alunos certos no Brasil não convivem
loirona a me olhar e eu olhava também. com a falta de professores.
(Concurso TRE/ SC – 2005) c) Os alunos determinados pediram ajuda
aos professores.
A frase parafraseada é: d) Determinados alunos pediram ajuda
aos professores.
A. Parado em um sinal de trânsito hoje
cedo, numa esquina, próximo a uma Explicações:
porta, eu olhei para uma loira e ela
também me olhou. a) Certos alunos = qualquer aluno
B. Hoje cedo, eu estava parado em um si- b) Alunos certos = aluno correto
nal de trânsito, quando ao olhar para c) Alunos determinados = alunos decidi-
uma esquina, meus olhos deram com dos
os olhos de uma loirona. d) Determinados alunos = qualquer aluno
C. Hoje cedo, estava eu parado em um si-
nal de trânsito quando vi, numa esqui-
na, próxima a uma porta, uma louraça
a me olhar.
D. Estava eu hoje cedo parado em um
sinal de trânsito, quando olho na es-
quina, próximo a uma porta, vejo uma
loiraça a me olhar também.

Resposta: Letra C.
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Veja as diferenças entre analisar, com- cias históricas em que o texto foi escri-
preender e interpretar to. Por exemplo, para entender que, no
poema Canção do Exílio, de Gonçalves
1. O que se pretende com a análise textu- Dias, o advérbio aqui e lá é, respectiva-
al? mente, Portugal e Brasil, você tem que
saber onde o poeta escreveu seu poe-
• identificar o gênero; a tipologia; as fig- ma naquela época.
uras de linguagem; • observe se há no texto intertextual-
• verificar o significado das palavras; idade por meio da paráfrase, paródia
• contextualizar a obra no espaço e tem- ou citação.
po;
• esclarecer fatos históricos pertinentes 4. Afinal o que é interpretar?
ao texto;
• conhecer dados biográficos do autor; • Interpretar é concluir, deduzir a partir
• relacionar o título ao texto; dos dados coletados.
• levantar o problema abordado;
• apreender a idéia central e as se-
cundárias do texto; 5. Existe interpretação crítica?
• buscar a intenção do texto;
• verificar a coesão e coerência textual; • Sim, a interpretação crítica consiste em
• reconhecer se há intertextualidade. concluir os dados e, em seguida, julgar,
opinar a respeito das conclusões.
2. Qual o objetivo da análise?

• levantar elementos para a com- PROFESSOR ADORA


preensão e, posteriormente, fazer jul- COMPLICAR NA PROVA!
gamento crítico.
Será mesmo que o professor adora com-
3. Para compreender bem é necessário plicar na prova? Não, mas ele deseja que
que o leitor: você amplie o vocabulário e compreenda
os enunciados. E isso vem com a prática, a
• conheça os recursos lingüísticos.Por leitura e o estudo. Podemos começar pela
exemplo, a regência verbal não com- leitura de alguns verbos, que são utiliza-
preendida pelo leitor pode levá-lo ao dos nos enunciados de muitas provas.
erro. Veja: Assisti o doente diferente
de assisti ao doente. No primeiro caso,
a pessoa ajuda ao doente; no segundo, Afirmar: certificar, comprovar, declarar.
ela vê o doente.
• perceba as referências geográficas, mi- Explicar: expor, justificar, expressar, sig-
tológicas, lendárias, econômicas, reli- nificar.
giosas, políticas e históricas para que
faça as possíveis associações. Caracterizar: distinguir, destacar o caráter,
• esclareça as suas dúvidas de léxico. as particularidades.
• esteja familiarizado com as circunstân-
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Consistir: ser, equivaler, traduzir-se por Determinar: precisar, indicar (algo) a par-
(determinada coisa), ser feito, formado ou tir de uma análise, de uma medida, de
composto de. uma avaliação; definir.

Associar: estabelecer uma correspondên- Citar: transcrever, referir ou mencionar


cia entre duas coisas, unir-se, agregar. como autoridade ou exemplo ou em apoio
do que se afirma.
Comparar: relacionar (coisas animadas
ou inanimadas, concretas ou abstratas, Indicar: fazer com que, por meio de ges-
da mesma natureza ou que apresentem tos, sinais, símbolos, algo ou alguém seja
similitudes) para procurar as relações de visto; assinalar, designar, mostrar.
semelhança ou de disparidade que en-
tre elas existam; aproximar dois ou mais Deduzir: concluir (algo) pelo raciocínio; in-
itens de espécie ou de natureza diferente, ferir.
mostrando entre eles um ponto de analo-
gia ou semelhança. Inferir-se: concluir, deduzir.

Justificar: provar, demonstrar, argumen- Equivaler: ser idêntico no peso, na força,


tar, explicar. no valor etc.

Relacionar: fazer comparação, conexão, Propor: submeter (algo) à apreciação


ligação, adquirir relações. (de alguém); oferecer como opção; apre-
sentar, sugerir.
Definir: revelar, estabelecer limites, indic-
ar a significação precisa de, retratar, con- Depreender: alcançar clareza intelectual
ceituar, explicar o significado. a respeito de; entender, perceber, com-
preender; tirar por conclusão, chegar à
Diferenciar: fazer ou estabelecer distinção conclusão de; inferir, deduzir.
entre, reconhecer as diferenças.
Aludir: fazer rápida menção a; referir-se.
Classificar: distribuir em classes e nos re- (Fonte: dicionário Houaiss)
spectivos grupos, de acordo com um sis-
tema ou método de classificação; deter-
minar a classe, ordem, família, gênero e
espécie; pôr em determinada ordem, ar- PARA DAR AQUELE REFORÇO!
rumar (coleções, documentos etc.). (click na imagem)

Identificar: distinguir os traços carac-


terísticos de; reconhecer; permitir a iden-
tificação, tornar conhecido.

Referir-se: fazer menção, reportar-se,


aludir-se.
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1.2. Tipologia textual e Gêneros textuais


gêneros textuais
São as espécies de textos efetivamente
Conhecer as diferenças entre tipos e produzidos em nosso cotidiano, cumprin-
gêneros textuais faz toda a diferença para do funções em situações comunicativas e
quem quer interpretar adequadamente que apresentam características gerais co-
um texto muns — como forma, estrutura linguística
e assunto — facilmente identificáveis.
A compreensão e identificação dos gêner-
os textuais é um tema recorrente em con- Possuem função comunicativa e estão in-
cursos e vestibulares. Entretanto, existem seridos em um contexto cultural.
também os chamados “tipos textuais”,
que são comumente confundidos com Possuem um conjunto ilimitado de carac-
os gêneros, induzindo inúmeros candida- terísticas, que são determinadas de acor-
tos ao erro. As diferenças entre gêneros e do com o estilo do autor, conteúdo, com-
tipos textuais existem e são bem impor- posição e função.
tantes!
São infinitos os exemplos de gêneros: re-
Gêneros e tipos textuais são elementos ceita culinária, blog, e-mail, lista de com-
distintos, observe: pras, bula de remédios, telefonema, carta
comercial, carta argumentativa etc.

Tipos Textuais Podemos afirmar que a tipologia textu-


al está relacionada com a forma como
São composições linguísticas que têm um texto apresenta-se e é caracterizada
como característica a predominância de pela presença de certos traços linguísti-
certas estruturas sintáticas, tempos e cos predominantes. O gênero textual ex-
modos verbais, classes gramaticais, com- erce funções sociais específicas, que são
binações etc., de acordo com sua função pressentidas e vivenciadas pelos usuários
e intencionalidade no interior do gêne- da língua.
ro textual. Se os gêneros textuais são in-
úmeros, a tipologia textual é limitada. Fontes: Mundo Educação e Conhecimento
São tipos textuais: Narrativo, Descritivo, literatura
Argumentativo, Expositivo (que é o texto
informativo) e Injuntivo (ordem).
São tipos textuais:
Geralmente variam entre 5 e 9 tipos.
Narrativo, Descritivo, Argumentativo, Ex-
positivo (que é o texto informativo), Dis-
sertativo e Injuntivo (ordem).
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Narrativo Expositivo

Modalidade em que se conta um fato, Apresenta informações sobre assuntos,


fictício ou não, que ocorreu num deter- expõe ideias; explica, avalia, reflete. (ana-
minado tempo e lugar, envolvendo cer- lisa ideias).
tos personagens. Refere-se a objetos do
mundo real. Há uma relação de anterior- Estrutura básica:
idade e posterioridade. O tempo verbal ideia principal;
predominante é o passado. Estamos cer- desenvolvimento;
cados de narrações desde as que nos con- conclusão.
tam histórias infantis, como o Chapeuzin- Uso de linguagem clara.
ho Vermelho ou a Bela Adormecida, até as
picantes piadas do cotidiano. Ex: Ensaios, artigos científicos, exposições,
etc…

Descritivo
Dissertativo
Um texto em que se faz um retrato por
escrito de um lugar, uma pessoa, um an- Dissertar é o mesmo que desenvolver ou
imal ou um objeto. A classe de palavras explicar um assunto, discorrer sobre ele.
mais utilizada nessa produção é o ad- Assim, o texto dissertativo pertence ao
jetivo, pela sua função caracterizadora. grupo dos textos expositivos, juntamente
Numa abordagem mais abstrata, pode-se com o texto de apresentação científica, o
até descrever sensações ou sentimentos. relatório, o texto didático, o artigo enci-
Não há relação de anterioridade e poste- clopédico. Em princípio, o texto dissertati-
rioridade! Significa”criar” com palavras a vo não está preocupado com a persuasão
imagem do objeto descrito. É fazer uma e sim, com a transmissão de conhecimen-
descrição minuciosa do objeto ou da per- to, sendo, portanto, um texto informativo.
sonagem a que o texto se refere.

Injuntivo
Argumentativo
Indica como realizar uma ação. É também
Os textos argumentativos, ao contrário, utilizado para predizer acontecimentos e
têm por finalidade principal persuadir o comportamentos. Utiliza linguagem obje-
leitor sobre o ponto de vista do autor a re- tiva e simples. Os verbos são, na sua maio-
speito do assunto. Quando o texto, além ria, empregados no modo imperativo. Há
de explicar, também persuade o interlocu- também o uso do futuro do presente. Ex:
tor e modifica seu comportamento, temos Receita de um bolo e Manuais.
um texto dissertativo-argumentativo.
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1.3. Ortografia oficial preencher...)

Emprego das letras K, W e Y 3) Após a sílaba inicial “me-”.

Utilizam-se nos seguintes casos: Exemplos: mexer, mexerica, mexicano,


mexilhão
a) Em antropônimos originários de outras Exceção: mecha
línguas e seus derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, dar- 4) Em vocábulos de origem indígena ou
winismo; Taylor, taylorista. africana e nas palavras inglesas aportu-
guesadas.
b) Em topônimos originários de outras lín- Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará,
guas e seus derivados. xerife, xampu
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
5) Nas seguintes palavras:
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em pala- bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa,
vras adotadas como unidades de medida lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá,
de curso internacional. praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xax-
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg im, xícara, xale, xingar, etc.
(quilograma), km (quilômetro), Watt.
Emprega-se o dígrafo Ch:
EMPREGO DO X E DO Ch
1) Nos seguintes vocábulos:
Emprega-se o X: bochecha, bucha, cachimbo, chalé, char-
que, chimarrão, chuchu, chute, cochilo,
1) Após um ditongo. debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha,
Exemplos: caixa, frouxo, peixe mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
Exceção: recauchutar e seus derivados
Para representar o fonema /j/ na forma es-
2) Após a sílaba inicial “en”. crita, a grafia considerada correta é aque-
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca la que ocorre de acordo com a origem da
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que palavra.
recebem o prefixo “en-”
Veja os exemplos:
Exemplos: encharcar (de charco), en-
chiqueirar (de chiqueiro), encher e gesso: Origina-se do grego gypsos
seus derivados (enchente, enchimento, jipe: Origina-se do inglês jeep.
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Emprega-se o G: 2) Nas palavras de origem tupi, africana,


árabe ou exótica
1) Nos substantivos terminados em Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jer-
-agem, -igem, -ugem ico, manjericão, Moji
Exemplos: barragem, miragem, viagem,
origem, ferrugem 3) Nas palavras derivadas de outras que
Exceção: pajem já apresentam j
Exemplos: laranja- laranjeira, loja- lojista,
2) Nas palavras terminadas em lisonja - lisonjeador, nojonojeira, cereja-
-ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio cerejeira, varejo- varejista, rijo- enrijecer,
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, jeito- ajeitar
relógio, refúgio
4) Nos seguintes vocábulos:
3) Nas palavras derivadas de outras que berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majesta-
se grafam com g de, jeito, jejum, laje, traje, pegajento
Exemplos: engessar (de gesso), massag-
ista (de massagem), vertiginoso (de ver-
tigem) Emprego das Letras S e Z

4) Nos seguintes vocábulos: Emprega-se o S:


Exemplos: algema, auge, bege, estrangei-
ro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemo- 1) Nas palavras derivadas de outras que
nia, herege, megera, monge, rabugento, já apresentam s no radical
vagem. Exemplos: análise- analisar, catálise- catal-
isador, casa- casinha, casebre, liso- alisar
Emprega-se o J:
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem na-
1) Nas formas dos verbos terminados em cionalidade, título ou origem
-jar ou -jear Exemplos: burguês- burguesa, inglês- in-
Exemplos: glesa, chinês- chinesa, milanês- milanesa
arranjar: arranjo, arranje, arranjem
despejar: despejo, despeje, despejem 3) Nos sufixos formadores de adjetivos
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando -ense, -oso e -osa
enferrujar: enferruje, enferrujem Exemplos: catarinense, gostoso- gostosa,
viajar: viajo, viaje, viajem amoroso- amorosa, palmeirense, gasoso-
gasosa, teimoso- teimosa
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
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Exemplos: catequese, diocese, poetisa, 1.4. Acentuação gráfica


profetisa, sacerdotisa, glicose, metamor-
fose, virose O acento gráfico é apenas um sinal de
escrita e não deve ser confundido com o
5) Após ditongos acento tônico.
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea
O acento tônico tem maior intensidade de
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, voz apresentada por uma sílaba quando
bem como em seus derivados pronunciamos determinadas palavras:
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puser-
am, pusera, pusesse, puséssemos, quis, Ela era uma criança muito sábia.Margari-
quisemos, quiseram, quiser, quisera, da não sabia nada sobre a prova.
quiséssemos, repus, repusera, repusesse,
repuséssemos O sabiá tem o canto mais lindo.

7) Nos seguintes nomes próprios person- As sílabas que formam cada uma das pa-
ativos: lavras destacadas são pronunciadas com
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, maior ou menor intensidade.
Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás
sá bi a
8) Nos seguintes vocábulos:
abuso, asilo, através, aviso, besouro, bra- sa bi a
sa, cortesia, decisão, despesa, empre-
sa, freguesia, fusível, maisena, mesada, sa bi á
paisagem, paraíso, pêsames, presépio,
presídio, querosene, raposa, surpresa, te- A sílaba em destaque em cada um dos ex-
soura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc. emplos é pronunciada com maior força
em relação às outras. É nela que recai o
Emprego da Letra Z: acento tônico, sendo, portanto, chamada
sílaba tônica. As sílabas restantes recebem
A letra “z” é utilizada em derivadas de pa-
lavras primitivas que possuem a mesma o nome de sílabas átonas.
letra; sufixo -ez ou -eza; sufixo que forma
um verbo terminado em -izar.

Cruzeiro, enraizado, timidez, modernizar,


riqueza, palidez, atualizar, organizar.
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Acentos gráficos Classificação das palavras quanto à


posição do acento tônico
A sílaba tônica pode ser indicada, na escri-
ta, por um sinal sobre a vogal: sábia. Esse Em relação ao acento tônico, é possível
sinal, inclinado para a direita (´), indica observar que o mesmo pode recair na úl-
que a tônica tem som aberto e recebe o tima, na penúltima ou na antepenúltima
nome de acento agudo. Se a sílaba tôni- sílaba.
ca é fechada, temos o acento circunflexo
(^): avô. O acento grave, inclinado para a ca-quíes-té-ril
esquerda (`), possui outra função, que é
assinalar uma fusão, a crase. ló-gi-ca

Monossílabos tônicos e átonos Estando o acento tônico na última síla-


ba, a palavra é chamada de oxítona; se o
As palavras de apenas uma sílaba também acento incide na penúltima sílaba, a pala-
podem ser pronunciadas com maior ou vra é paroxítona, se recai na antepenúlti-
menor intensidade de voz: ma sílaba, a palavra é proparoxítona.

Estou com um nó na garganta desde on- Hiatos, ditongos e tritongos


tem.
A sequência de fonemas vocálicos numa
Recebi um telefone pedindo para eu palavra dá-se o nome de encontro vocáli-
aguardar no parque. co. Este pode ser hiato, ditongo ou triton-
go.
As palavras destacadas apresentam ap-
enas uma sílaba: são monossílabos. Com- • Hiato = é a sequência de vogal com vo-
parando nó e no é possível perceber que gal em sílabas separadas: po-e-ta; sa-
nó é mais forte do que no. A primeira é ú-de; ca-í-da.
um monossílabo tônico, já segunda é um • Ditongo = é a sequência de vogal com
monossílabo átono. semivogal (decrescente) ou semivogal
com vogal (crescente) na mesma síla-
Para identificar se um monossílabo é tôni- ba: vai-da-de; can-tei, ár-duo.
co ou átono, é preciso pronunciá-lo numa • Tritongo = é a sequência de semivogal
frase. Mesmo sem o acento, se a pronun- com vogal e outra semivogal na mes-
cia for mais forte, é tônico, se for mais ma sílaba: em-xa-guei; i-guais; a-guou
fraca, átono.
17
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Os hiatos e os ditongos são importantes No entanto, isso não ocorre com os ver-
para o estudo da acentuação gráfica. bos monossilábicos terminados em “-em”,
uma vez que a terceira pessoa termina em
Regras de acentuação: “-êm”, permanecendo acentuada.

Monossílabos tônicosAcentuam-se grafi-


camente os terminados por: Logo:Ele tem – Eles têm
Ela vem – Elas vêm
-a(s) → chá(s), má(s)
-e(s) → pé(s), vê(s) OxítonasLevam acento todas as oxítonas
-o(s) → só(s), pôs terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)” e
“em(ens)”, seguidas ou não de “s”.
Logo, não se acentuam monossílabos
tônicos como: cajá – até – jiló – armazém – parabéns

tu, nus, quis, noz, vez, par… Sendo assim, não se acentuam oxítonos
como: saci(s), tatu(s), talvez, tambor e etc.
Vale lembrar que:
Paroxítonas
Os monossílabos tônicos formados por
ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o São acentuados graficamente todos os
acento: paroxítonos, exceto os terminados por
–a(s), -e(s), -o(s) (desde que não formem
Exemplos: réis, véu, dói. ditongos), -am, -em e ens:

No caso dos verbos monossilábicos termi- útil, caráter, pólen, tórax, bíceps, imã,
nados em “-ê”, em que a terceira pessoa glória, série, empório, jóquei, órfão,
do plural termina em “-eem”, forma ver- órgão…
bal que antes era acentuada, agora, por
conta do novo acordo ortográfico não leva Paroxítonos como imã, órfã etc não termi-
acento. nam por –a, mas por ã.

Assim: Ele vê – Eles veem Paroxítonos como glória, série, empório e


etc. não terminam, respectivamente, por
Ele crê – Eles creem –a, -e e –o, mas por ditongo crescente.
Ele lê – Eles leem
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Não são acentuados graficamente os pre- * De acordo com a nova ortografia, os di-
fixos paroxítonos terminados por –i e –r: tongos terminados em –ei e –oi não são
semi, super, hiper, mini… mais acentuados.

Não se acentuam as paroxítonas forma- Proparoxítonos Todos os proparoxítonos


das pelos ditongos orais abertos –ei e –oi: são acentuados, sem exceção: médico,
ideia, geleia, boleia, assembléia, jiboia, álibi, ômega, etc.
paranoia, claraboia, espermatozoide, an-
droide … HiatosAcentuam-se as letras –i e –u desde
sejam a segunda vogal tônica de um hiato
Não se acentuam as vogas i e u, precedi- e estejam sozinhas ou seguidas de –s na
das de ditongos, das palavras paroxítonas: sílaba: caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú) e
sainha, cheinho, feiura e etc. etc.

Abaixo, um exemplário de terminações de Quando o –i é seguido de –nh, não recebe


paroxítonos que devem receber acento acento: rainha, bainha, moinho etc.
gráfico:
O –i e o –u não recebem acento quando
l: afável, incrível, útil… aparecem repetidos: xiita, juuna e etc
-r: caráter, éter, mártir…
-n: hífen, próton… Hiatos formados por –ee e –oo não devem
ser acentuados: creem, deem, leem, ma-
Observação: quando grafadas no plural, goo, enjoo e etc.
não recebem acento: polens, hifens…
Acento diferencialO acento diferencial foi
-x: látex, tórax… eliminado na última reforma ortográfi-
-os: fórceps, bíceps… ca, em 2008. Assim, apenas as palavras
-ã(s): ímã, órfãs… seguintes devem receber acento:
-ão(s): sótão(s), bênção(s)…
-um(s): fórum, álbum… Pôde ( 3ª pessoa do singular do pretéri-
-on(s): elétron, próton… to perfeito do indicativo do verbo poder)
-i(s): táxi, júri… para diferenciar de pode (3ª pessoa do
-u(s): Vênus, ônus… singular do presente do indicativo desse
-ei(s): pônei, jóquei… verbo);
-ditongo oral (crescente ou decrescente),
seguido ou não de “s”: história, série,
água, mágoa…
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Têm (3ª pessoa do plural do presente do É a palavra que nomeia os seres em geral,
indicativo do verbo ter) e seus derivados desde objetos, fenômenos, lugares, quali-
(contêm, detêm, mantêm etc.) para difer- dades, ações, dentre outros.
enciar do tem (3ª pessoa do singular do
presente do indicativo desse verbo e seus Exemplos: Ana, Brasil, beleza.
derivados);
O verbo pôr para diferenciar da prep- Flexões: Gênero (masculino e feminino),
osição por. número (singular e plural) e grau (aumen-
tativo e diminutivo).
PARA DAR AQUELE REFORÇO!
(click na imagem)
Verbo

É a palavra que indica ações, estado ou


fenômeno da natureza.

Exemplos: existir, sou, chovendo.

Flexões: Pessoa (primeira, segunda e ter-


ceira), número (singular e plural), tempo
(presente, passado e futuro), modo (indic-
ativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ati-
1.5. Classes de palavras va, passiva e reflexiva).

As classes de palavras ou classes gramat- Adjetivo


icais são dez: substantivo, verbo, adjetivo,
pronome, artigo, numeral, preposição, É a palavra que caracteriza, atribui quali-
conjunção, interjeição e advérbio. dades aos substantivos.

Essas categorias são divididas em palavras Exemplos: feliz, superinteressante, amáv-


variáveis (aquelas que variam em gênero, el.
número ou grau) e palavras invariáveis (as
que não variam). Flexões: Gênero (uniforme e biforme),
número (simples e composto) e grau
Palavras Variáveis e Flexões (comparativo e superlativo).

Substantivo
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome É a palavra que liga dois termos ou duas


orações de mesmo valor gramatical.
É a palavra que substitui ou acompanha o
substantivo, indicando a relação das pes- Exemplos: mas, portanto, conforme.
soas do discurso.
Interjeição
Exemplos: eu, contigo, aquele.
Flexões: Gênero, número e pessoa. É a palavra que exprime emoções e senti-
mentos.
Artigo
Exemplos: Olá!, Viva! Psiu!
É a palavra que antecede o substantivo.
Advérbio
Exemplos: o, as, uns, uma.
É a palavra que modifica o verbo, o adjeti-
Flexões: Gênero e número. vo ou outro advérbio, exprimindo circun-
stâncias de tempo, modo, intensidade,
Numeral entre outros.
Exemplos: melhor, demais, ali.
É a palavra que indica a posição ou o
número de elementos. Embora seja considerado invariáv-
el porque não sofre flexão de gênero e
Exemplos: um, primeiro, dezena. número, os advérbios apresentam flexões
de grau: comparativo e superlativo.
Flexões: Gênero, número e grau.

1.6 - Uso do sinal


Palavras Invariáveis indicativo de crase
Preposição Crase (Regras)

É a palavra que liga dois elementos da Conceito: é a fusão de duas vogais da mes-
oração. ma natureza. No português assinalamos a
crase com o acento grave (`). Observe:
Exemplos: a, após, para. Obedecemos ao regulamento.
                  ( a + o )
Conjunção
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Não há crase, pois o encontro ocorreu en- I. se pudermos empregar a combinação


tre duas vogais diferentes. Mas: da antes da palavra, é sinal de que ela
aceita o artigo
Obedecemos à norma. II. se pudermos empregar apenas a prep-
                ( a + a ) osição de, é sinal de que não aceita.
Ex: Vim da Bahia. (aceita)
Há crase pois temos a união de duas vogais Vim de Brasília (não aceita)
iguais ( a + a = à ) Vim da Itália. (aceita)
Vim de Roma. (não aceita)
Regra Geral:
Nunca ocorre crase:
Haverá crase sempre que:
1) Antes de masculino.
I. o termo antecedente exija a prep- Caminhava a passo lento.
osição a; (preposição)
II. o termo consequente aceite o artigo a.
2) Antes de verbo.
Fui à cidade. Estou disposto a falar.
( a + a = preposição + artigo ) (preposição)
( substantivo feminino )
3) Antes de pronomes em geral.
Conheço a cidade. Eu me referi a esta menina.
( verbo transitivo direto – não exige prep- (preposição e pronome demonstrativo)
osição )
( artigo) Eu falei a ela.
( substantivo feminino) (preposição e pronome pessoal)

Vou a Brasília. 4) Antes de pronomes de tratamento.


( verbo que exige preposição a) Dirijo-me a Vossa Senhoria.
( preposição) (preposição)
( palavra que não aceita artigo)
Observações:
Observação:
1. Há três pronomes de tratamento que
Para saber se uma palavra aceita ou não aceitam o artigo e, obviamente, a crase:
o artigo, senhora, senhorita e dona.
basta usar o seguinte artifício: Dirijo-me à senhora.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

2. Haverá crase antes dos pronomes que (preposição)


aceitarem o artigo, tais como: mesma,
própria... Observação:
Eu me referi à mesma pessoa.
Se o mesmo a vier seguido de s haverá
3) Com as expressões formadas de pala- crase.
vras repetidas. Falei às pessoas estranhas.
Venceu de ponta a ponta. (a + as = preposição + artigo)
(preposição)
Sempre ocorre crase:
Observação:
1) Na indicação pontual do número de
É fácil demonstrar que entre expressões horas.
desse tipo ocorre apenas a preposição: Às duas horas chegamos.
Caminhavam passo a passo. (a + as)
(preposição)
Para comprovar que, nesse caso, ocorre
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser preposição + artigo, basta confrontar com
o artigo o e teríamos o seguinte: uma expressão masculina correlata.
Caminhavam passo ao passo – o que não Ao meio-dia chegamos.
ocorre. (a + o)

6) Antes dos nomes de cidade. 2) Com a expressão à moda de e à manei-


Cheguei a Curitiba. ra de.
(preposição) A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo
que parte da expressão (moda de) venha
implícita.
Observação: Se o nome da cidade vier de- Escreve à (moda de) Alencar.
terminado por algum adjunto adnominal,
ocorrerá a crase. 3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são
Cheguei à Curitiba dos pinheirais. aquelas que se referem a verbos, expri-
(adjunto adnominal) mindo circunstâncias de tempo, de lugar,
de modo...
7) Quando um a (sem o s de plural) vem Chegaram à noite.
antes de um nome plural. (expressão adverbial feminina de tempo)
Falei a pessoas estranhas.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Caminhava às pressas. Casos especiais:


(expressão adverbial feminina de modo)
1) Crase antes de casa.
Ando à procura de meus livros. A palavra casa, no sentido de lar, residên-
(expressão adverbial feminina de fim) cia própria da pessoa, se não vier determi-
nada por um adjunto adnominal não acei-
Observações: ta o artigo, portanto não ocorre a crase.

No caso das expressões adverbiais femi- Por outro lado, se vier determinada por
ninas, muitas vezes empregamos o acen- um adjunto adnominal, aceita o artigo e
to indicatório de crase (`), sem que tenha ocorre a crase. Ex: Volte a casa cedo.
havido a fusão de dois as. É que a tradição (preposição sem artigo)
e o uso do idioma se impuseram de tal
sorte que, ainda quando não haja razão Volte à casa dos seus pais.
suficiente, empregamos o acento de crase (preposição sem artigo)
em tais ocasiões. (adjunto adnominal)

4) Uso facultativo da crase 2) Crase antes de terra.


Antes de nomes próprios de pessoas fem- A palavra terra, no sentido de chão firme,
ininos e antes de pronomes possessivos tomada em oposição a mar ou ar, se não
femininos, pode ou não ocorrer a crase. vier determinada, não aceita o artigo e
não ocorre a crase.
Ex: Falei à Maria. Ex: Já chegaram a terra.
(preposição + artigo) (preposição sem artigo)
Falei à sua classe.
(preposição + artigo) Se, entretanto, vier determinada, aceita o
Falei a Maria. artigo e ocorre a crase.
(preposição sem artigo) Ex: Já chegaram à terra dos antepassados.
Falei a sua classe. (preposição + artigo)
(preposição sem artigo) (adjunto adnominal)

Note que os nomes próprios de pessoa


femininos e os pronomes possessivos
femininos aceitam ou não o artigo antes
de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer
a crase ou não.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

3) Crase antes dos pronomes relativos. Chegou até à muralha.


Antes dos pronomes relativos quem e (locução prepositiva = até a)
cujo não ocorre crase. (artigo = a)
Ex: Chegou até a muralha.
Achei a pessoa a quem procuravas. (preposição sozinha = até)
Compreendo a situação a cuja gravidade (artigo = a)
você se referiu.
6) Crase antes do que.
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá Em geral, não ocorre crase antes do que.
crase se o masculino correspondente for
ao qual, aos quais. Ex: Esta é a cena a que me referi.
Ex: Pode, entretanto, ocorrer antes do que
Esta é a festa à qual me referi. uma crase da preposição a com o pronome
Este é o filme ao qual me referi. demonstrativo a (equivalente a aquela).
Estas são as festas às quais me referi. Para empregar corretamente a crase an-
Estes são os filmes aos quais me referi. tes do que convém pautar-se pelo seguin-
te artifício:
4) Crase com os pronomes demonstra-
tivos aquele (s), aquela (s), aquilo. I. se, com antecedente masculino, ocorrer
Sempre que o termo antecedente exigir a ao que / aos que, com o feminino ocor-
preposição a e vier seguido dos pronomes rerá crase;
demonstrativos: aquele, aqueles, aquela,
aquelas, aquilo, haverá crase. Ex: Houve um palpite anterior ao que você
deu.
Ex: (a+o)
Falei àquele amigo. Houve uma sugestão anterior à que você
Dirijo-me àquela cidade. deu.
Aspiro a isto e àquilo. (a+a)
Fez referência àquelas situações.
II. se, com antecedente masculino, ocor-
5) Crase depois da preposição até. rer a que, no feminino não ocorrerá crase.
Se a preposição até vier seguida de um
nome feminino, poderá ou não ocorrer a Ex: Não gostei do filme a que você se
crase. Isto porque essa preposição pode referia.
ser empregada sozinha (até) ou em lo- (ocorreu a que, não tem artigo)
cução com a preposição a (até a). Não gostei da peça a que você se referia.
Ex: (ocorreu a que, não tem artigo)
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: dos termos de cada oração.

O mesmo fenômeno de crase (preposição Neste texto, daremos uma breve noção do
a + pronome demonstrativo a) que ocorre que é frase, oração, período e falaremos
antes do que, pode ocorrer antes do de. dos termos que compõem as orações:
Ex:
Meu palpite é igual ao de todos. TERMOS ESSENCIAIS
(a + o = preposição + pronome demon-
strativo) Sujeito
Predicado
Minha opinião é igual à de todos. Predicativo
(a + a = preposição + pronome demonstra-
tivo) TERMOS INTEGRANTES

7) há / a Objeto direto
Nas expressões indicativas de tempo, é Objeto direto preposicionado
preciso não confundir a grafia do a (prep- Objeto direto pleonástico
osição) com a grafia do há (verbo haver). Objeto indireto
Objeto indireto pleonástico
Para evitar enganos, basta lembrar que, Complemento nominal
nas referidas expressões: Agente da passiva
a (preposição) indica tempo futuro (a ser
transcorrido); TERMOS ACESSÓRIOS
há (verbo haver) indica tempo passado (já
transcorrido). Adjunto adnominal
Ex: Adjunto adverbial
Daqui a pouco terminaremos a aula. Aposto
Há pouco recebi o seu recado. Vocativo

1.7 - Sintaxe da oração Abordaremos o período composto por co-


ordenação e o por subordinação na pági-
e do período na de classificação das orações. Uma out-
ra postagem deste blog trata da análise de
A análise sintática examina a estrutura
orações, uma revisão de muitos assuntos
de um período que pode ser dividido em
vistos aqui.
orações e determina a função sintática
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

FRASE servem que cada oração tem seu verbo.


Orações coordenadas e subordinadas
É todo enunciado capaz de transmitir tudo fazem parte do período composto e serão
que pensamos a quem nos ouve: estudadas em outros artigos deste blog.
Cuidado!
Que horror! TERMOS ESSENCIAIS
Por que agridem a natureza?
SUJEITO
ORAÇÃO
É o ser do qual se diz alguma coisa. É
É a frase que apresenta sujeito e predica- constituído de um nome, pronome ou
do ou apenas predicado: qualquer termo substantivado. O sujeito
Nossa viagem será longa. possui umnúcleo que é o nome ou pro-
Choveu durante a noite. nome e ao redor dele podem aparecer
palavras secundárias como artigos e adje-
PERÍODO tivos:
Todos os ligeiros rumores da mata tinham
É um enunciado composto de uma ou uma voz para a selvagem filha do sertão.
mais orações. Pode sersimples (apenas Sujeito: Todos os ligeiros rumores da mata.
uma oração) ou composto (mais de uma Núcleo do sujeito: rumores
oração). De uma forma prática, cada O sujeito pode ser:
oração é organizada em torno de um ver-
bo: Simples ou Composto
Período simples:
O amor vence sempre. Simples
Período composto:
O comandante garante que a tropa che- Um só núcleo do sujeito:
gará a tempo. O gato bebeu o leite.
Composto
Notem que, no simples, só existe um ver-
bo ou locução verbal. Pode ser chamado Mais de um núcleo:
também de oração absoluta. No compos- Jairo e Mônica foram à escola juntos.
to, existem 2 ou mais verbos ou locuções
verbais. No exemplo acima, temos a
oração principal (O comandante garante)
e a segunda oração, que, no caso, é subor-
dinada (que a tropa chegará a tempo). Ob-
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Expresso ou Oculto 2) Usando-se o verbo na 3ª pessoa do sin-


gular acompanhado do pronome se, que
Expresso neste caso passa a ser índice de indeter-
minação do sujeito:
Quando está explícito: Aqui se vive bem.
Eu viajarei amanhã.
3) Segundo Cegalla, usando-se o verbo no
Oculto infinitivo impessoal: (Item controverso)
Quando está implícito: É triste assistir a estas cenas repulsivas.
Viajarei amanhã. (sujeito oculto: Eu, de-
duzido da desinência do verbo) agente, Orações sem sujeito
paciente ou agente e paciente
São constituídas com verbos impessoais.
Agente O conteúdo verbal não é atribuído a nen-
Aquele que pratica a ação imposta pelo hum ser:
verbo: Ventava muito durante o desfile.
O remorso atormenta o criminoso.
São verbos impessoais:1) Haver no senti-
Paciente do de existir, ocorrer, acontecer:
Havia quadros nas paredes.
Aquele que sofre a ação:
O criminoso é atormentado pelo remorso. 2) Fazer, passar, ser e estar com referência
ao tempo:
Agente e Paciente Faz muito calor naquela cidade.

Aquele que pratica e sofre a ação imposta 3) Chover, ventar, nevar, gear, relampejar,
por verbos reflexivos: amanhecer, anoitecer e outros que expri-
O vidraceiro feriu-se. mem fenômenos meteorológicos:

Indeterminado Ontem choveu muito.

Quando não se indica o agente da ação ATENÇÃO: Usados em sentido figurado,


verbal. Pode-se apresentar de três formas: esse verbos têm sujeito.
1) Usando-se o verbo na 3ª pessoa do plu- Choveram pétalas sobre a imagem da san-
ral: ta.
Atropelaram uma senhora na esquina.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

PREDICADO O verbo não precisa de complemento.


Carlos morreu.
Há três tipos de predicado: Sujeito: Carlos
Nominal Predicado verbal: morreu (verbo intransi-
Verbal tivo)
Verbo-nominal
Transitivo direto
PREDICADO NOMINAL
O verbo precisa de complemento que é li-
Seu núcleo é um nome (substantivo, adje- gado a ele de forma direta, ou seja, sem o
tivo, pronome). É ligado ao sujeito por um auxílio de preposição. Este complemento
verbo de ligação: chama-se objeto direto.
Nossas praias são lindíssimas.
Comprei um novo aparelho.
Sujeito: Nossas praias Sujeito: Eu (oculto)
Núcleo do sujeito: praias Predicado verbal: comprei um novo apa-
Predicado nominal: são lindíssimas relho.
Verbo de ligação: são Verbo transitivo direto: comprei
Predicativo do sujeito: lindíssimas Objeto direto: um novo aparelho.

ATENÇÃO: O predicativo do sujeito é uma Transitivo indireto


qualidade ligada ao sujeito pelo verbo de
ligação. São verbos de ligação: ser, estar, O verbo precisa de complemento que é li-
permanecer, ficar, parecer, etc. gado a ele de forma indireta, ou seja, com
o auxílio de preposição. Este complemen-
PREDICADO VERBAL to chama-se objeto indireto.
Todos precisam de afeto.
Seu núcleo é um verbo seguido ou não de
complemento ou termos Sujeito: Todos
acessórios. Classifica-se em: Predicado verbal: precisam de afeto
Intransitivo Verbo transitivo indireto: precisam
Transitivo direto Objeto indireto: de afeto
Transitivo indireto
Transitivo direto e indireto Transitivo direto e indireto

Intransitivo O verbo necessita dos dois complemen-


tos: o direto e o indireto.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

A empresa fornece comida aos tra- ATENÇÃO!! O predicativo do objeto é uma


balhadores. qualidade ligada ao objeto: O avarento
Sujeito: A empresa comerciante está pobre.
Núcleo do sujeito: empresa
Predicado verbal: fornece comida aos tra- PREDICATIVO
balhadores
Verbo transitivo direto e indireto: fornece Há o predicativo do sujeito e do objeto.
Objeto direto: comida
Objeto indireto: aos trabalhadores PREDICATIVO DO SUJEITO

PREDICADO VERBO-NOMINAL É o termo que exprime um atributo, quali-


dade, estado ou modo de ser do
Tem dois núcleos significativos: um verbo sujeito, ao qual se prende por um verbo
e um nome. Formado por um verbo tran- de ligação, que está presente no predica-
sitivo ou intransitivo e um predicativo do do nominal e no verbo-nominal.
sujeito ou do objeto. A casa era de vidro.
A vida tornou-se insuportável.
Isabel fez os doces nervosa. A ilha parecia um monstro.
Sujeito: Isabel O menino abriu a porta ansioso.
Predicado verbo-nominal: fez os doces
nervosa PREDICATIVO DO OBJETO
Verbo transitivo direto: fez
Objeto direto: os doces É o termo que se refere ao objeto de um
Predicativo do sujeito: nervosa (...fez os verbo transitivo.
doces e estava nervosa) O juiz declarou o réu inocente.
A ganância deixou pobre o avarento com- Alguns chamam-no (de) impostor.
erciante. Os inimigos chamam-lhe (de) traidor.
Sujeito: A ganância A mãe viu-o desanimado.
Núcleo do sujeito: ganância

Predicado verbo-nominal: deixou pobre o


avarento comerciante
Verbo transitivo direto: deixou
Objeto direto: o avarento comerciante
Predicativo do objeto: pobre
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

TERMOS INTEGRANTES Judas traiu a Cristo.


Não amo a ninguém, Pedro.
OBJETO DIRETO
OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO
É o complemento de verbos transitivos di-
retos. Este complemento, normalmente, Quando se quer chamar atenção para o
vem ligado ao verbo sem auxílio de prep- objeto direto que precede o verbo, cos-
osição. tuma-se repeti-lo por meio do pronome
oblíquo. A esse objeto repetido sob forma
João comprou uma bola. pronominal chama-se pleonástico, enfáti-
co ou redundante.
ATENÇÃO!! O objeto direto torna-se sujei- O dinheiro, Jaime os trazia escondico nas
to da voz passiva. mangas da camisa.
Uma bola foi comprada por João.
OBJETO INDIRETO
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
É o complemento de verbos transitivos in-
É o complemento de verbos transitivos di- diretos. Esse complemento vem
retos com o auxílio de preposição, geral- ligado ao verbo por meio de preposição.
mente a preposição a. Isso acontece prin- Os filhos precisam de carinho.
cipalmente: Assisti ao jogo.

1) quando o objeto direto é pronome pes- OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO


soal tônico(obrigatoriamente preposicio-
nado): À semelhança do objeto direto, o objeto
Deste modo, prejudicas a ti e a ela. indireto pode vir repetido ou
2) quando o objeto é pronome relativo reforçado por ênfase:
quem (obrigatoriamente preposicionado): A mim ensinou-me tudo.
Pedro Severiano tinha um filho a quem
idolatrava. COMPLEMENTO NOMINAL

3) Para evitar ambiguidades (obrigatoria- É o complemento de nomes (substantivos,


mente preposicionado): adjetivos e advérbios) sempre regido de
Convence, enfim, ao pai o filho amado. preposição, reclamado pela sua signifi-
cação transitiva incompleta.
4) Com os verbos que exprimem senti-
mentos, referindo-se apessoas:
31
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Representa o recebedor, o paciente, o al- 2) pelos artigos:


voda declaração expressa por um nome. O ovo é a cruz que a galinha carrega na
A defesa da pátria. vida.
O respeito às leis.
ATENÇÃO!! COMPLEMENTO NOMINAL X 3) pelos pronomes adjetivos:
OBJETO INDIRETO Vários vendedores de artesanato expun-
ham suas mercadorias.
A diferença entre o complemento nominal
e o objeto indireto é que este complemen- 4) pelos numerais:
ta verbos e aquele complementa nomes. Casara-se havia duas semanas.

AGENTE DA PASSIVA 5) pelas locuções adjetivas:


Tinha uma memória de prodígio.
É o complemento de um verbo na voz pas-
siva. Representa o ser que pratica a ação ATENÇÃO!! ADJUNTO ADNOMINAL X
expressa pelo verbo passivo. Geralmente, COMPLEMENTO NOMINAL
vem acompanhado pela preposição por:
Uma bola foi comprada por João. (João Não se deve confundir o adjunto adnomi-
praticou a ação de comprar) nal formado por locução adjetiva e o com-
plemento nominal. Este é o paciente da
ATENÇÃO!! Na voz passiva pronominal ou ação expressa por um nome transitivo.
sintética não se declara o agente: Aquele representa o agente da ação ou a
origem, qualidade de alguém ou de algu-
Assobiavam-se as canções dele nas ruas. ma coisa.

TERMOS ACESSÓRIOS Eleição do presidente. (Presidente é pa-


ciente da eleição, sofre a ação)
ADJUNTO ADNOMINAL Discurso do presidente. (Presidente é
agente do discurso, pratica a ação)
É o termo de valor adjetivo que serve para O complemento nominal vem ligado por
especificar ou delimitar o significado de preposição ao substantivo, ao adjetivo ou
um substantivo. Pode ser expresso: ao advérbio cujo sentido integra ou limita.
1) pelos adjetivos: Já o adjunto adnominal serve para especi-
Na areia podemos fazer até castelos so- ficar ou delimitar o significado de um sub-
berbos, onde abrigar o nosso íntimoson- stantivo.
ho.
32
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

ADJUNTO ADVERBIAL do sujeito)

É o termo que exprime uma circunstân- VOCATIVO [do latim vocare = chamar]
cia (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em
outras palavras, que modifica o sentido de É o termo usado para chamar alguém ou
um verbo, adjetivo ou advérbio. Pode vir alguma coisa.
representado: A ordem, meus amigos, é a base do gor-
verno.
1) por advérbio: Meu nobre perdigueiro, vem comigo!
Aqui não passa ninguém.
ATENÇÃO!! O vocativo é um termo à par-
2) por locução adverbial: te. Não pertence à estrutura da oração,
Lá embaixo aparece Jacarecanga sob o sol por isso não se anexa ao sujeito nem ao
do meio-dia. predicado.

3) por oração adverbial:


Fechemos os olhos até que o sol comece 1.9. Pontuação
a declinar.
A regra básica da concordância verbal é o
APOSTO verbo concordar em número (singular ou
plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujei-
É uma palavra ou expressão que explica to da frase.
ou esclarece, desenvolve ou resume outro
termo da oração: Sujeito simples – o verbo concordará com
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um ele em número e pessoa.
monarca sábio.
Casas e pastos, árvores e planatações, Ex.: O artista excursionará por várias ci-
tudo foi destruído pela enchente. dades do interior.
Prezamos acima de tudo duas coisas: a
vida e a liberdade. Sujeito composto – em regra geral, o ver-
Minha irmã Beatriz é linda. bo vai para o plural.

ATENÇÃO!! O aposto não pode ser for- Ex.: Sua avareza e seu egoísmo fizeram
mado por adjetivos. Nestes casos, tem- com que todos o bandonassem.
se um predicativo.
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se
às ondas. (Audaciosos =predicativo
33
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Se o sujeito vier depois do verbo, concor- 5. Quando o sujeito é representado por


da com o núcleo mais próximo, ou vai para expressões como a maioria de, a maior
o plural. Ex.: “Ainda reinavam (ou reinava) parte de e um nome no plural, o verbo
a confusão e a tristeza” (Dinah S. de Que- concorda no singular (realçando o todo)
iroz). Se o sujeito vier composto por pro- ou no plural (destacando a ação dos in-
nomes pessoais diferentes – o verbo con- divíduos).
cordará conforme a prioridade gramatical
das pessoas. Ex.: Eu e você somos pessoas Ex.: A maioria dos jovens quer as refor-
responsáveis. Atenção! Tu e ela estudais / mas. (ou) A maioria dos jovens querem as
estudam. A segunda forma é mais usada reformas.
atualmente.
6. Não sou daqueles que recusa / recusam
3. Expressões não só...mas também, tan- as obrigações. Nesse caso, o referente do
to/quanto que relacionam sujeitos com- pronome relativo que é daqueles, a regra
postos permitem a concordância do verbo fundamental de concordância com o sujei-
no singular ou no plural. to deverá levar o verbo para a 3ª pessoa
do plural. Entretanto, também é aceito
Ex.: Tanto o rapaz quanto o amigo obtiver- quando refletimos em uma concordância
am/obteve nota máxima na redação do com um daqueles que.
ENEM.
7. Verbo ser + pronome pessoal + que – o
4. Sujeito composto ligado por ou: - in- verbo concorda com o pronome pessoal.
dicando exclusão, ou sinonímia – o verbo
fica no singular. Ex.: Sou eu que executo a obra. Seremos
nós que executaremos a obra.
Ex.: Maria ou Joana será representante.
- indicando inclusão, ou antonímia – o ver- Verbo ser + pronome pessoal + quem – o
bo fica no plural. verbo concorda com o pronome pessoal
ou fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: O amor ou o ódio estão presentes.
- indicando retificação – o verbo concorda Ex.: Sou eu quem inicio a leitura. Sou eu
com o núcleo mais próximo. quem inicia a leitura.

Ex.: O aluno ou os alunos cuidarão da ex-


posição.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

8. Nomes próprios locativos ou intitula- nome que vem depois.


tivos – se precedidos de artigo plural, o
verbo irá para o plural; não sendo assim, Ex.: Quem eram os culpados?
irá para o singular.
c) 1º TERMO – SUJEITO = substantivo; 2º
Ex.: Os Estados Unidos reforçam as suas termo = pronome pessoal, o verbo con-
bases. corda com o pronome pessoal.
Minas Gerais progride muito.
Ex: Os defensores somos nós.
9. Pronome relativo antecedido da ex-
pressão “um dos”, “uma das” – verbo na d) Nas expressões é muito, é pouco, é
3ª pessoa do singular ou do plural. mais de, é tanto, é bastante + determi-
nação de preço, medida ou quantidade:
Ex.: Ela é uma das que mais impressiona verbo no singular.
(ou impressionam).
Ex.: Dez reais é quase nada.
Quando apresenta uma ideia de seletivi-
dade, fica obrigatoriamente no singular. e) Indicando hora, data ou distância – o
verbo concorda com o predicativo.
Ex.: Aquela é uma das peças de Nelson
Rodrigues que hoje se apresentará neste Ex.: São três horas. Hoje são 15 de feverei-
teatro. ro.

10. Concordância do verbo ser: 11. PASSIVO – NA VOZ PASSIVA SINTÉTI-


CA, com o pronome apassivador SE, o
a) sujeito nome de coisa ou um dos pro- verbo concorda com o sujeito paciente
nomes nada, tudo, isso ou aquilo + verbo (que é um aparente objeto direto).
ser + PREDICATIVO no plural: verbo no
singular ou no plural (mais comum). Ex.: Escutavam-se vozes.

Ex.: “A pátria não é ninguém: são todos.” INDETERMINADO – com o pronome inde-
(Rui Barbosa) terminador do sujeito, o verbo fica na 3ª
pessoa do singular.

b) NAS ORAÇÕES INTERROGATIVAS inici- Ex.: Precisa-se de operários.


adas pelos pronomes quem, que, o que–
verbo ser concorda com o nome ou pro-
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

CONCORDÂNCIA NOMINAL próximo.

As relações que as palavras estabelecem Ex.: Mantenha desligadas as lâmpadas e


com o substantivo que as rege constitui o os eletrodomésticos.
que em gramática se chama de sintagma
nominal. Essa relação caracteriza os casos d) Substantivos com sentido equivalente
de concordância nominal. ou expressam gradação, o adjetivo con-
corda com o mais próximo.
1. Concordância de gênero e número
entre o núcleo nominal e os artigos que Ex.: Revelava pura alma e espírito.
o precedem, os pronomes indefinidos
variáveis, os demonstrativos, os posses- CASOS PARTICULARES
sivos, os numerais cardinais e os adjetivos.
1. POSSÍVEL
Ex.: Um luar claro e belíssimo.
a) precedido de o mais,o menor, o melhor,
2. Concordância do adjetivo com dois ou o pior – singular;
mais substantivos
b) precedido de os mais, os menores, os
a) Substantivos do mesmo gênero, o adje- melhores, os piores – plural.
tivo irá para o plural desse gênero ou con-
cordará com o mais próximo (concordân- Ex.: Estampas o mais possível claras. / Es-
cia atrativa). tampas as mais claras possíveis.

Ex.: Bondade e alegria raras ou rara. 2. ANEXO / INCLUSO – adjetivos, concor-


dam com o substantivo a que se referem.
b) Substantivos de gêneros diferentes,
o adjetivo irá para o masculino plural ou Ex.: Envio-lhe anexos / inclusos os doc-
concordará com o mais próximo. umentos. (em anexo, junto a são invar-
iáveis)
3. LESO (adjetivo = lesado, prejudicado)
Ex.: Atitude e caráter apropriados ou ap- concorda com o substantivo com o qual
ropriado. forma uma composição.
Ex.: Cometeu crime de lesa-pátria.
c) Adjetivo anteposto aos substantivos,
nos dois casos acima, a norma geral é
que ele concorde com o substantivo mais
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

4. PREDICATIVO Ex.: Ela é pseudo-administradora, por isso


a) substantivo com sentido indetermina- fiquemos sempre alerta.
do (sem artigo) – adjetivo no masculino.
9. QUITE = LIVRE – concorda com aquele a
Ex.: É proibido entrada; que se refere.
b) substantivo com sentido determinado
(com artigo) – adjetivo concorda com o Ex.: Estamos quites com a mensalidade.
substantivo.
10. OBRIGADO, MESMO, PRÓPRIO – con-
Ex.: É necessária muita cautela. cordam com o gênero e número da pes-
soa a que se referem.
5. MEIO – numeral = metade (variável)
Ex.: Ela disse:
Ex.: Falou meias verdades. - Muito obrigada, eu mesma cuidarei do
assunto.
Advérbio = parcialmente (variável).

Ex.: Encontrava-se meio fatigada. 1.9. Concordância


6. MUITO, POUCO, BASTANTE, TANTO –
Verbal e Nominal
PRONOMES – (variáveis).
Crase (Regras)
Ex.: Li bastantes livros. ADVÉRBIOS (invar-
Conceito: é a fusão de duas vogais da mes-
iáveis).
ma natureza. No português assinalamos a
crase com o acento grave (`). Observe:
Ex.: Estavam bastante felizes.
Obedecemos ao regulamento.
7. SÓ – adjetivo = sozinho (variável).
                  ( a + o )
Ex.: Eles se sentiam sós. Palavra denotati-
va de exclusão (invariável).
Não há crase, pois o encontro ocorreu en-
Ex.: Só os alunos compareceram à reunião
tre duas vogais diferentes. Mas:
(= somente).
Obedecemos à norma.
8. PSEUDO, ALERTA, SALVO, EXCETO – são
                ( a + a )
palavras invariáveis.
Há crase pois temos a união de duas vogais
37
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

iguais ( a + a = à ) Ex: Vim da Bahia. (aceita)


Vim de Brasília (não aceita)
Regra Geral: Vim da Itália. (aceita)
Vim de Roma. (não aceita)
Haverá crase sempre que:
Nunca ocorre crase:
III. o termo antecedente exija a prep-
osição a; 1) Antes de masculino.
IV. o termo consequente aceite o artigo a. Caminhava a passo lento.
(preposição)
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo ) 2) Antes de verbo.
( substantivo feminino ) Estou disposto a falar.
(preposição)
Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige prep- 3) Antes de pronomes em geral.
osição ) Eu me referi a esta menina.
( artigo) (preposição e pronome demonstrativo)
( substantivo feminino)
Eu falei a ela.
Vou a Brasília. (preposição e pronome pessoal)
( verbo que exige preposição a) 4) Antes de pronomes de tratamento.
( preposição) Dirijo-me a Vossa Senhoria.
( palavra que não aceita artigo) (preposição)

Observação: Observações:

Para saber se uma palavra aceita ou não o 1. Há três pronomes de tratamento que
artigo, basta usar o seguinte artifício: aceitam o artigo e, obviamente, a crase:
senhora, senhorita e dona.
III. se pudermos empregar a combinação Dirijo-me à senhora.
da antes da palavra, é sinal de que ela
aceita o artigo 2. Haverá crase antes dos pronomes que
aceitarem o artigo, tais como: mesma,
IV. se pudermos empregar apenas a prep- própria...
osição de, é sinal de que não aceita. Eu me referi à mesma pessoa.
38
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

3) Com as expressões formadas de pala- Observação:


vras repetidas.
Venceu de ponta a ponta. Se o mesmo a vier seguido de s haverá
(preposição) crase.

Observação: Falei às pessoas estranhas.


(a + as = preposição + artigo)
É fácil demonstrar que entre expressões
desse tipo ocorre apenas a preposição: Sempre ocorre crase:
Caminhavam passo a passo.
(preposição) 1) Na indicação pontual do número de
horas.
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser
o artigo o e teríamos o seguinte: Às duas horas chegamos.
Caminhavam passo ao passo – o que não (a + as)
ocorre.
Para comprovar que, nesse caso, ocorre
6) Antes dos nomes de cidade. preposição + artigo, basta confrontar com
Cheguei a Curitiba. uma expressão masculina correlata.
(preposição)
Ao meio-dia chegamos.
(a + o)
Observação: Se o nome da cidade vier de-
terminado por algum adjunto adnominal, 2) Com a expressão à moda de e à manei-
ocorrerá a crase. ra de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo
Cheguei à Curitiba dos pinheirais. que parte da expressão (moda de) venha
(adjunto adnominal) implícita.

Escreve à (moda de) Alencar.


7) Quando um a (sem o s de plural) vem
antes de um nome plural. 3) Nas expressões adverbiais femininas.

Falei a pessoas estranhas. Expressões adverbiais femininas são


(preposição) aquelas que se referem a verbos, expri-
mindo circunstâncias de tempo, de lugar,
de modo...
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Chegaram à noite. femininos e os pronomes possessivos


(expressão adverbial feminina de tempo) femininos aceitam ou não o artigo antes
de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer
Caminhava às pressas. a crase ou não.
(expressão adverbial feminina de modo)
Casos especiais:
Ando à procura de meus livros.
(expressão adverbial feminina de fim) 1) Crase antes de casa.

Observações: A palavra casa, no sentido de lar, residên-


cia própria da pessoa, se não vier determi-
No caso das expressões adverbiais femi- nada por um adjunto adnominal não acei-
ninas, muitas vezes empregamos o acen- ta o artigo, portanto não ocorre a crase.
to indicatório de crase (`), sem que tenha
havido a fusão de dois as. É que a tradição Por outro lado, se vier determinada por
e o uso do idioma se impuseram de tal um adjunto adnominal, aceita o artigo e
sorte que, ainda quando não haja razão ocorre a crase. Ex: Volte a casa cedo.
suficiente, empregamos o acento de crase (preposição sem artigo)
em tais ocasiões.
Volte à casa dos seus pais.
4) Uso facultativo da crase (preposição sem artigo)
Antes de nomes próprios de pessoas fem- (adjunto adnominal)
ininos e antes de pronomes possessivos
femininos, pode ou não ocorrer a crase. 2) Crase antes de terra.

Ex: Falei à Maria. A palavra terra, no sentido de chão firme,


(preposição + artigo) tomada em oposição a mar ou ar, se não
vier determinada, não aceita o artigo e
Falei à sua classe. não ocorre a crase.
(preposição + artigo)
Falei a Maria. Ex: Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo) (preposição sem artigo)

Falei a sua classe. Se, entretanto, vier determinada, aceita o


(preposição sem artigo) artigo e ocorre a crase.

Note que os nomes próprios de pessoa


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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Ex: Já chegaram à terra dos antepassados. 5) Crase depois da preposição até.


(preposição + artigo)
(adjunto adnominal) Se a preposição até vier seguida de um
nome feminino, poderá ou não ocorrer a
3) Crase antes dos pronomes relativos. crase. Isto porque essa preposição pode
Antes dos pronomes relativos quem e ser empregada sozinha (até) ou em lo-
cujo não ocorre crase. cução com a preposição a (até a).

Ex: Ex:
Achei a pessoa a quem procuravas. Chegou até à muralha.
Compreendo a situação a cuja gravidade (locução prepositiva = até a)
você se referiu. (artigo = a)

Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá


crase se o masculino correspondente for Chegou até a muralha.
ao qual, aos quais. (preposição sozinha = até)
(artigo = a)
Ex:
Esta é a festa à qual me referi. 6) Crase antes do que.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi. Em geral, não ocorre crase antes do que.
Estes são os filmes aos quais me referi.
Ex: Esta é a cena a que me referi.
4) Crase com os pronomes demonstra-
tivos aquele (s), aquela (s), aquilo. Pode, entretanto, ocorrer antes do que
uma crase da preposição a com o pronome
Sempre que o termo antecedente exigir a demonstrativo a (equivalente a aquela).
preposição a e vier seguido dos pronomes
demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, Para empregar corretamente a crase an-
aquelas, aquilo, haverá crase. tes do que convém pautar-se pelo seguin-
te artifício:
Ex: I. se, com antecedente masculino, ocorrer
Falei àquele amigo. ao que / aos que, com o feminino ocor-
Dirijo-me àquela cidade. rerá crase;
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.
41
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Ex: Houve um palpite anterior ao que você osição) com a grafia do há (verbo haver).
deu.
(a+o) Para evitar enganos, basta lembrar que,
nas referidas expressões:
Houve uma sugestão anterior à que você
deu. a (preposição) indica tempo futuro (a ser
(a+a) transcorrido);
há (verbo haver) indica tempo passado (já
II. se, com antecedente masculino, ocor- transcorrido).
rer a que, no feminino não ocorrerá crase.
Ex:
Ex: Não gostei do filme a que você se Daqui a pouco terminaremos a aula.
referia. Há pouco recebi o seu recado.
(ocorreu a que, não tem artigo)

Não gostei da peça a que você se referia. 1.10. Regência Verbal e Nominal
(ocorreu a que, não tem artigo)
Regência verbal é a relação de subordi-
Observação: nação que ocorre entre um verbo e seus
O mesmo fenômeno de crase (preposição complementos.
a + pronome demonstrativo a) que ocorre
antes do que, pode ocorrer antes do de. Há pouco tempo foi exibido na televisão
um anúncio cujo texto dizia:
Ex:
Meu palpite é igual ao de todos. “… a marca que o mundo confia.”
(a + o = preposição + pronome demon-
strativo) Acontece que quem confia, “confia em”.
Logo, o correto seria dizer:
Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstra- “… a marca em que o mundo confia.”
tivo)

7) há / a

Nas expressões indicativas de tempo, é


preciso não confundir a grafia do a (prep-
42
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

As pessoas falam “A rua que eu moro”, VERBOS INTRANSITIVOS


“Os países que eu fui”, “A comida que eu
mais gosto”. O correto seria dizer “A rua São os verbos que não necessitam ser
em que moro” (quem mora, mora em...), completados. Sozinhos, indicam a ação ou
“Os países a que fui” (quem vai, vai a...), o fato.
“A comida de que mais gosto” (quem gos-
ta, gosta de...). Comparecer, Chegar, Ir, Vir, Voltar, Cair e
Dirigir-se:
O problema também está presente em
uma letra da dupla Roberto e Erasmo Car- Estes verbos aparentam ter complemen-
los, “Emoções”. to, por exemplo, “Quem vai, vai a algum
lugar”. Porém a indicação de lugar é cir-
“… são tantas já vividas são momentos cunstância, não complementação. Classi-
que eu não me esqueci…” ficamos este complemento como Adjunto
Adverbial de Lugar. É importante observar
Se eu me esqueci, eu “me esqueci de”. que a regência destes verbos exige a prep-
Quem esquece, “esquece algo”. Quem se osição a na indicação de destino e de na
esquece, “esquece-se de algo”. Logo, o indicação de procedência. Só se usa a
correto seria “são momentos de que não preposição em na indicação de meio, in-
me esqueci.” Pode-se, também, eliminar strumento.
a preposição de e o pronome me. Ficaria
“são momentos que eu não esqueci”. Irei em Santiago de Cuba; (errado)
Em um jornal de grande circulação o texto Irei a Santiago de Cuba;
de uma campanha afirmava: Vou em São Paulo; (errado)
“A gente nunca esquece do aniversário de Vou a São Paulo;
um amigo.” Muitos não compareceram na prova do
Enem; (errado)
O que poderia ser corretamente escrito Muitos não compareceram à prova do
das seguintes formas: Enem;
Jesus dirigiu-se aos apóstolos andando so-
“A gente nunca esquece o aniversário de bre o mar;
um amigo.” A comida caiu no chão; (errado)
(quem esquece, esquece algo) A comida caiu ao chão;
“A gente nunca se esquece do aniversário Você caiu do céu;
de um amigo.” Voltei de lá;
(quem se esquece, esquece-se de...) Cheguei de Curitiba há meia hora;
43
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

OBS: O fenômeno denominado crase O objeto direto pode ser representado por
também ocorrerá quando houver um ver- um substantivo, palavra substantivada,
bo intransitivo regendo a preposição a, oração (oração subordinada substanti-
seguido de um substantivo feminino, que va objetiva direta) ou pronome oblíquo.
exija o artigo a, como no terceiro exemplo Uma vez que pronomes oblíquos tônicos
acima. (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas) só
são usados com preposição, quando estes
Morar, Residir e Situar-se: representam objeto direto, tem-se um ob-
jeto direto preposicionado.
São intransitivos mas costumam estar
acompanhados de adjunto adverbial, reg- Vamos à lista, então, dos mais importantes
endo a preposição em. verbos transitivos diretos:
Moro / Resido em Londrina;
Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis; Desfrutar e Usufruir:
Não utilize a preposição a para logra-
douros. São VTD, apesar de serem muito usados
Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (erra- com a preposição de.
do)
Moro a cem metros da estrada; Desfrutei os bens deixados por meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que
Deitar-se e Levantar-se: menos o usufruem.
Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo. Desfrutaremos da aposentadoria na vel-
hice.
Verbos Transitivos Diretos
Compartilhar:
São verbos que indicam que o sujeito
pratica a ação, sofrida por outro termo, É VTD, apesar de ser muito usado com a
denominado <objeto direto>. Por essa preposição de.
razão, uma das maneiras mais fáceis de Berenice compartilhou o meu sofrimento.
analisar se um verbo é transitivo dire- Compartilharam de tudo durante a vida.
to é passar a oração para a voz passiva,
pois somente verbo transitivo direto ad-
mite tal transformação, além dos verbos
(des)obedecer, pagar, perdoar, aludir,
apelar, responder, assistir(ver), que ad-
mitem a passiva mesmo não sendo VTD.
(Motivo: eram diretos antigamente.)
44
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Verbos Transitivos Indiretos Todos falam desse filme, mas eu não assiti
a ele ainda.
São verbos que se ligam ao complemento Constar (de, em):
por meio de uma preposição. O comple-
mento é denominado <objeto indireto>. Quando se usa o verbo constar com o sen-
O objeto indireto pode ser representado tido de “estar escrito, registrado ou men-
por substantivo, palavra substantivada, cionado” ou “fazer parte, incluir-se”, as
oração (oração subordinada substantiva preposições – de e em – são corretas :
objetiva indireta) ou pronome oblíquo.
Seu nome consta da lista de aprovados.
OBS: Estes verbos admitem os pronomes Consta nos autos que...
lhe, lhes como objeto indireto; Consta dos autos que...
alguns, porém, não. Vou fazer constar o incidente em meu
relatório.
Obedeceu ao chefe => Obedeceu a ele =>
Obedeceu-lhe. Já quando constar tem o significado de
“ser composto, constituído ou formado;
Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, consistir em algo”, usa-se apenas a prep-
aspirar, recorrer, depender. Os gramáticos osição de:
não trazem as razões históricas para esse A casa consta de partes grandes e areja-
modo peculiar de construção de alguns das.
verbos. Nem precisariam fazê-lo, assim Seu relatório constava de 50 páginas.
como não precisam justificar o motivo de
um determinado verbo ser hoje transiti- Obedecer e Desobedecer (a):
vo direto e outro, transitivo indireto. Às Obedeço a todas as regras da empresa.
vezes, os verbos são sinônimos, mas apre-
sentam diferentes transitividades. Em ver- Revidar (a):
dade, a função primordial da Gramática
não é fixar regras impositivas de cima para Ele revidou ao ataque instintivamente.
baixo, mas sistematizar os fatos e as con-
dutas que encontra na língua como man- Responder (a):
ifestação.
Responda aos testes com atenção.
Assistir(ver), Aspirar, Visar, Aludir, Refer-
ir-se (a):
45
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Simpatizar e Antipatizar (com): Agradecer, Pagar e Perdoar:


São VTDI, com a preposição a. O objeto
Não são verbos pronominais, portanto direto sempre será a coisa, e o objeto in-
não se deve dizer simpatizar-se, nem an- direto, a pessoa.
tipatizar-se. Agradeci a ela o convite.
Paguei a conta ao Banco.
Sempre simpatizei com ele, mas antipati- Se o time rival ganhasse, a torcida não per-
zo com seu irmão. doaria aos jogadores a derrota em casa.

Sobressair (em): Pedir:

Não é verbo pronominal, portanto não se É VTDI, com a preposição a. A frase deve
deve usar sobressair-se. ser sintaticamente estruturada assim:

No colegial, sobressaía em todas as “Quem pede, pede algo a/para alguém”;


matérias. “Quem pede, pede que alguém faça algo”;
Pedimos a todos que trouxessem os livros.
Torcer (por, para): Pedimos que todos trouxessem os livros.
É inadequado ao padrão culto da língua:
Pode ser também verbo intransitivo. So- “Pedir para que alguém faça algo”.
mente neste caso, usa-se com a prep-
osição para, que dará início a Oração Sub- Preferir:
ordinada Adverbial de Finalidade. Para
ficar mais fácil, memorize assim: É VTDI, com a preposição a. Não admite
ênfase, como: mais, muito mais, mil vezes.
Torcer por + substantivo ou pronome. Prefiro estar só a ficar mal acompanhado.
Torcer para + oração (com verbo).
Estamos torcendo por você. Informar, avisar, advertir, certificar, comu-
Estamos torcendo para você conseguir nicar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir:
seu intento. São VTDI, admitindo duas construções:
“Quem informa, informa algo a alguém”;
VERBOS BITRANSITIVOS “Quem informa, informa alguém de/sobre
algo.”
Também chamados de transitivo diretos e Informamos aos usuários que não nos re-
indiretos. São os verbos que possuem os sponsabilizamos por furtos ou roubos.
dois complementos - objeto direto e obje- Informamos os usuários de que não nos
to indireto. responsabilizamos por furtos ou roubos.
46
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LÍNGUA PORTUGUESA

Regência oscilante / Mais de uma Regên- Gosto de assistir aos jogos do Santos.
cia O descanso semanal remunerado assiste
ao trabalhador.
Aspirar:
Será VTD, quando significar sorver, absor- Será VI quando implicar morada.
ver. Assisto em Londrina desde que nasci.
O papa assiste no Vaticano.
Como é bom aspirar a brisa da tarde.
Será VTI, com a preposição a, quando sig- Chamar:
nificar almejar, objetivar.
Aspiramos a uma vaga naquela universi- Pode ser VTD ou VTI com a preposição a
dade. quando significar dar qualidade.
A qualidade pode vir precedida da prep-
Agradar: osição de, ou não.
Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de
Será VTI, com a preposição a, quando sig- bobo)
nificar ser agradável; satisfazer. Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de
Para agradar ao pai, estudou com afinco o bobo)
ano todo. Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
Será VTD, quando significar acariciar ou
contentar. Será VTI com a preposição por quando sig-
A garotinha ficou agradando o cachorrin- nificar invocar.
ho por horas. Chamei por você insistentemente, mas
não me ouviu.
Assistir:
Será VTD, quando significar convocar.
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a Chamei todos os sócios para participarem
quando significar ajudar, prestar assistên- da reunião.
cia.
Minha família sempre assistiu o Lar dos Será VTDI, com a preposição a, quando
Velhinhos. significar repreender.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Chamei os meninos à atenção, pois con-
Velhinhos. versavam na sala de aula.
Chamei-o à atenção.
Será VTI com a preposição a quando sig-
nificar ver ou ter direito.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: Não confundir com a express]ao sem Atenderam ao meu pedido prontamente.
crase “chamar a atenção”, que não signifi- Anteceder:
ca repreender, mas fazer ser notado.
O cartaz chamava a atenção de todos que Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
por ali passavam. A velhice antecede a morte.
A velhice antecede à morte.
Casar:
Esquecer e Lembrar:
Será VI quando por si só apresentar senti-
do completo. Serão VTD quando não forem pronomi-
Eles casaram (ou se casaram – na quali- nais, ou seja, quando não forem
dade de pronome reflexivo). acompanhados de pronome oblíquo
átono (esquecer-se, lembrar-se):
Será VTI quando requisitar um comple- Esqueci que havíamos combinado sair.
mento regido pelo uso da preposição: Ela não lembrou o meu nome.
Ele se casou com a melhor amiga.

Será VTDI quando requisitar os dois com- Esquecer-se e Lembrar-se:


plementos:
O vizinho casou sua filha com meu primo. Serão VTI, com a preposição de, quando
forem pronominais:
Custar: Esqueci-me de que havíamos combinado
Será VI quando significar ter preço. sair.
Estes sapatos custaram muito. Ela lembrou-se do meu nome.
Será VTDI, com a preposição a, quando
significar causar trabalho, transtorno. Implicar:
Sua irresponsabilidade custou sofrimento
a toda a família. Será VTD, quando significar fazer supor,
Será VTI com a preposição a quando sig- dar a entender, produzir como conse-
nificar ser difícil. Nesse caso o verbo custar quência, acarretar.
terá como sujeito aquilo que é difícil. A Os precedentes daquele juiz implicam
pessoa a quem algo é difícil será objeto grande honestidade.
indireto.
Custou-lhe acreditar em Maria. Suas palavras implicam denúncia contra o
Custou a ele acreditar em Maria. deputado.
As despesas extras implicam em gastos
Ele custou a acreditar... (está errado) desnecessários.
Atender:
Será VTI, com a preposição com, quando
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. significar antipatizar. Não sei por que o
Atenderam o meu pedido prontamente. professor implica comigo.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Os alunos implicaram com o professor. Será VTI, com a preposição a, quando sig-
nificar dar início.
Será VTDI, com a preposição em, quando Os fiscais procederam à prova com atraso.
significar envolver alguém em algo. Im-
plicaram o advogado em negócios ilícitos. Será VI quando significar ter fundamento.
Ela implicou-se em atos ilícitos. Suas palavras não procedem.

Namorar:
Renunciar:
Apesar de ser muito usado com a prep- Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
osição com, que só deveria ser usada para Nunca renuncie seus sonhos.
iniciar adjunto adverbial de companhia, Nunca renuncie a seus sonhos.
será VTD quando possuir os significados
de inspirar amor a, galantear, cortejar, Satisfazer:
apaixonar, seduzir, atrair, olhar com in-
sistência, cobiçar. Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Não satisfaça todos os seus desejos.
Joana namorava o filho do delegado. Não satisfaça a todos os seus desejos.
O mendigo namorava a torta que estava
sobre a mesa. Abdicar:
Eu estava namorando este cargo há anos.
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição
Pode ser também VI: de, e também VI.
Comecei a namorar muito cedo. O Imperador abdicou o trono.
O Imperador abdicou do trono.
Presidir: O Imperador abdicou.
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Presidir o país. Gozar:
Presidir ao país.
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de.
Ele não goza sua melhor forma física.
Proceder: Ele não goza de sua melhor forma física.
Será VTI, com a preposição de, quando
significar derivar-se, originar-se. Atentar:
Esse mau humor de Pedro procede da ed-
ucação que recebeu. Pode ser VTD ou VTI, com as preposições
em, para ou por.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Atente o ouvido. Podem ser VI ou VTI, com a preposição a.


Deram-se bem os que atentaram nisso. Muitos alunos faltaram hoje.
Não atentes para os elementos supérflu- Três homens faltaram ao trabalho hoje.
os. Resta aos vestibulandos estudar bastante.
Atente por si, enquanto é tempo.
Pisar:
Cogitar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, ad-
em ou de: mitirá a preposição em, iniciando
Começou a cogitar uma viagem pelo lito- Adjunto Adverbial de Lugar.
ral brasileiro. Pisei a grama para poder entrar em casa.
Hei de cogitar no caso. Não pise no tapete, menino!
O diretor cogitou de demitir-se.
Prevenir
Consentir:
Pode ser VTD fazendo referência a evitar
Pode se VTD ou VTI, com a preposição em. dano:
Como o pai desse garoto consente tantos A precaução previne acontecimentos ine-
agravos? sperados.
Consentimos em que saíssem mais cedo.
Pode ser VTDI referindo-se ao ato de avis-
Ansiar: ar com antecedência.

Pode ser VTD ou VTI, com a preposição Prevenimos os moradores de que haveria
por: corte de energia.
Ansiamos dias melhores.
Ansiamos por dias melhores. Querer:

Almejar: Será VTI, com a preposição a, quando sig-


nificar estimar.
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição Quero aos meus amigos, como aos meus
por, ou VTDI, com a preposição a. irmãos.
Almejamos dias melhores.
Almejamos por dias melhores. Será VTD, quando significar desejar, ter a
Almejamos dias melhores ao nosso país. intenção ou vontade de, tencionar.
Sempre quis seu bem.
Faltar, Bastar e Restar: Quero que me digam quem é o culpado.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Visar: alheio a, de liberal com


ambicioso de apto a, para
Será VTI, com a preposição a, quando sig- análogo a grato a
nificar almejar, objetivar. bacharel em indeciso em
Sempre visei a uma vida melhor. capacidade de, para natural de
contemporâneo a, nocivo a
Será VTD, quando significar mirar, ou dar de
visto. contíguo a paralelo a
O atirador visou o alvo, mas errou o tiro. curioso a, de propício a
O gerente visou o cheque do cliente. falto de sensível a
incompatível com próximo a, de
Proibir: inepto para satisfeito com, de,
em, por
Pode ser VTD. Proibir alguma coisa: misericordioso com, suspeito de
A lei brasileira proíbe o aborto. para com
preferível a longe de
Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma propenso a, para perto de
coisa / Proibir alguma coisa a alguém: hábil em
O pai proibiu o filho de viajar.
A ANVISA proíbe oferecer prêmios à in- Exemplos:
dústria farmacêutica.
Está alheio a tudo.
REGÊNCIA NOMINAL Está apto ao trabalho.
Gente ávida por dominar.
Regência Nominal é o nome da relação en- Contemporâneo da Revolução Francesa.
tre um substantivo, adjetivo ou advérbio É coisa curiosa de ver.
transitivo e seu respectivo complemento Homem inepto para a matemática.
nominal. Essa relação é intermediada por Era propenso ao magistério.
uma preposição.
No estudo da regência nominal, deve-se
levar em conta que muitos nomes seguem
exatamente o mesmo regime dos verbos
correspondentes.
Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos no-
mes cognatos.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

MATEMÁTICA
2.1 - Conjuntos
D = {w,x,y,z}
A teoria dos conjuntos é a teoria matemática
capaz de agrupar elementos. Logo,

Dessa forma, os elementos (que podem ser w ∈ D (w pertence ao conjunto D)


qualquer coisa: números, pessoas, frutas) são j ∉ D (j não pertence ao conjunto D)
indicados por letra minúscula e definidos como
um dos componentes do conjunto. Relação de Inclusão

Exemplo: o elemento “a” ou a pessoa “x” A relação de inclusão aponta se tal conjunto
está contido (⊂), não está contido (⊄) ou se
Assim, enquanto os elementos do conjunto um conjunto contém o outro (⊃), por exemplo:
são indicados pela letra minúscula, os conjun-
tos, são representados por letras maiúsculas e, A = {a,e,i,o,u}
normalmente, dentro de chaves ({ }). B = {a,e,i,o,u,m,n,o}
C = {p,q,r,s,t}
Além disso, os elementos são separados por
vírgula ou ponto e vírgula, por exemplo: Logo,

A = {a,e,i,o,u} A ⊂ B (A está contido em B, ou seja, todos os


elementos de A estão em B)
Diagrama de Euler-Vem C ⊄ B (C não está contido em B, na medida em
que os elementos do conjuntos são diferentes)
No modelo de Diagrama de Euler-Vem (Diagra- B ⊃ A (B contém A, donde os elementos de A
ma de Venn), os conjuntos são representados estão em B)
graficamente:
Conjunto Vazio

O conjunto vazio é o conjunto em que não há


elementos; é representado por duas chaves { }
ou pelo símbolo Ø. Note que o conjunto vazio
está contido (⊂) em todos os conjuntos.

União, Intersecção e Diferença entre Conjun-


tos
Teoria dos Conjuntos
A união dos conjuntos, representada pela let-
Relação de Pertinência ra (U), corresponde a união dos elementos de
dois conjuntos, por exemplo:
A relação de pertinência é um conceito muito
importante na “Teoria dos Conjuntos”. A = {a,e,i,o,u}
B = {1,2,3,4}
Ela indica se o elemento pertence (∈) ou não Logo,
pertence (∉) ao determinado conjunto, por ex-
AB = {a,e,i,o,u,1,2,3,4}
emplo:
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

União de conjuntos Diferença entre conjuntos

A intersecção dos conjuntos, representada pelo Igualdade dos Conjuntos


símbolo (∩), corresponde aos elementos em co-
mum de dois conjuntos, por exemplo: Na igualdade dos conjuntos, os elementos de
dois conjuntos são idênticos, por exemplo nos
conjuntos A e B:
C = {a, b, c, d, e} ∩ D = {b, c, d}
A = {1,2,3,4,5}
Logo,
B = {3,5,4,1,2}
CD = {b, c, d}
Logo,

A = B (A igual a B).

Operações com Conjuntos

As operações com conjuntos são as operações fei-


tas com os elementos que formam uma coleção.
São elas: união, intersecção e diferença.
Intersecção de conjuntos
Lembre-se que na matemática os conjuntos rep-
A diferença entre conjuntos corresponde ao con- resentam a reunião de diversos objetos. Quando
junto de elementos que estão no primeiro con- os elementos que formam o conjunto são númer-
junto, e não aparecem no segundo, por exemplo: os, são chamados de conjuntos numéricos.

A = {a, b, c, d, e} - B={b, c, d} Os conjuntos numéricos são:

Números Naturais (N)


Números Inteiros (Z)
Logo, Números Racionais (Q)
Números Irracionais (I)
A-B = {a,e} Números Reais (R)

Conjunto Complementar
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

foi concebido pelos hindus e divulgado no oci-


Dado um conjunto A, podemos encontrar o con- dente pelos árabes, por isso, é também chamado
junto complementar de A que é determinado pe- de “sistema de numeração indo-arábico”.
los elementos de um conjunto universo que não
pertençam a A.

Este conjunto pode ser representado por AC ou


CAU ou Ā

Quando temos um conjunto B, tal que B está con-


tido em A (B ⊂ A), a diferença A - B é igual ao
complemento de B.

Exemplo: Evolução do sistema de numeração decimal

Dados os conjuntos A= {a, b, c, d, e, f} e B = {d, e,


f, g, h}, indique o conjunto diferença entre eles. Características

Para encontrar a diferença, primeiro devemos • Possui símbolos diferentes para representar
identificar quais elementos pertencem ao con- quantidades de 1 a 9 e um símbolo para rep-
junto A e que também aparecem ao conjunto B. resentar a ausência de quantidade (zero).
• Como é um sistema posicional, mesmo tendo
No exemplo, identificamos que os elementos d, e poucos símbolos, é possível representar to-
e f pertencem a ambos os conjuntos. Assim, va- dos os números.
mos retirar esses elementos do resultado. Logo, o • As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e
conjunto diferença de A menos B sera dado por: recebem as seguintes denominações:

A – B = {a, b, c} 10 unidades = 1 dezena


10 dezenas = 1 centena
10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por
2.2 - Sistema de Numeração diante
Decimal e Outras Bases

O sistema de numeração decimal é de base 10,


ou seja utiliza 10 algarismos (símbolos) diferentes
para representar todos os números.

Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,


9, é um sistema posicional, ou seja, a posição do
algarismo no número modifica o seu valor.

É o sistema de numeração que nós usamos. Ele


Exemplos
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

ta e três.
2) 12839696

Separando os blocos de 3 algarismos temos:


12.839.696

O número então será lido como: doze milhões,


oitocentos e trinta e nove mil, seiscentos e no-
venta e seis.

Outras Bases Decimais

Sistema de Base 2 ( Sistema Binário )


Ordens e Classes

No sistema de numeração decimal cada algar- No Sistema Binário contamos de dois em dois
ismo representa uma ordem, começando da e sabemos que cada 2 unidades de
direita para a esquerda e a cada três ordens 1ª ordem equivalem a 1 unidade de 2ª ordem.
temos uma classe. Cada 2 unidades de 2ª ordem equivalem a 1
unidade de 3ª ordem. Cada 2 unidades de 3ª
ordem equivalem a 1 unidade de 4ª ordem, e
assim sucessivamente.

Tabela posição-valor

Para fazer a leitura de números muito grandes,


dividimos os algarismos do número em class-
es (blocos de 3 ordens), colocando um ponto
para separar as classes, começando da direita
para a esquerda.

Exemplos No sistema binário contamos de 2 em 2. Com


isso formamos 21 grupos de 2 e mais 1 uni-
1) 57283 dade. Como cada dois grupos desses 21 gru-
Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos pos formam uma unidade de ordem superi-
da direita para a esquerda e colocamos um or, teremos 21 : 2 = 10 unidades de terceira
ponto para separar o número: 57. 283. ordem e uma unidade de segunda ordem de
resto. Como cada dois grupos desses 10 gru-
No quadro acima vemos que 57 pertence pos formam uma unidade de ordem superior,
a classe dos milhares e 283 a classe das un- teremos 10 : 2 = 5 unidades de quarta ordem
idades simples. Assim, o número será lido e zero unidades de terceira ordem.
como: cinquenta e sete mil, duzentos e oiten- Como cada dois grupos desses 5 grupos formam
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

uma unidade de ordem superior, teremos 5 : 2


= 2 unidades de quinta ordem e uma unidade de
quarta ordem. Como cada dois grupos desses 2
grupos formam uma unidade de ordem superior,
teremos 2 : 2 = 1 unidade de sexta ordem e zero
unidades de quinta ordem.

Dessa forma : 43(10) = 101011(2)

Sistema de Base 3 ( Sistema Ternário ) No sistema quaternário contamos de 4 em 4. Com


isso formamos 10 grupos de 4 e mais 3 unidades.
No Sistema Ternário contamos de três em três e Como cada 4 grupos desses 10 grupos formam
sabemos que cada 3 unidades de uma unidade de ordem superior, teremos 10 :
1ª ordem equivalem a 1 unidade de 2ª ordem. 4 = 2 unidades de terceira ordem e 2 unidades
Cada 3 unidades de 2ª ordem equivalem a 1 uni- de segunda ordem de resto. Como cada 3 grupos
dade de 3ª ordem. Cada 3 unidades de 3ª ordem desses 4 grupos formam uma unidade de ordem
equivalem a 1 unidade de 4ª ordem, e assim su- superior, teremos 4 : 3 = 1 unidades de quarta
cessivamente. ordem e uma unidade de terceira ordem.

Dessa forma : 43(10) = 223(4)

Sistema de Base 8 ( Sistema octal ou octagenário)

No Sistema de base oito contamos de oito em


oito e sabemos que cada 8 unidades de 1ª or-
dem equivalem a 1 unidade de 2ª ordem. Cada 8
unidades de 2ª ordem equivalem a 1 unidade de
3ª ordem. Cada 8 unidades de 3ª ordem equiva-
(10) = 1121(3) lem a 1 unidade de 4ª ordem, e assim sucessiva-
mente.
Sistema de Base 4
( Sistema quaternário )

No Sistema Quaternário contamos de quatro em


quatro e sabemos que cada 4 unidades de 1ª or-
dem equivalem a 1 unidade de 2ª ordem. Cada 4
unidades de 2ª ordem equivalem a 1 unidade de
3ª ordem. Cada 4 unidades de 3ª ordem equiv-
alem a 1 unidade de 4ª ordem, e assim sucessi-
vamente.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

No sistema octal contamos de 8 em 8. Com isso 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.


formamos 5 grupos de 8 e mais 3 unidades.
Como a quantidade 5 grupos é inferior a 8, já Exemplo: 753(8) ; 6714(8)
concluímos a transformação solicitada.
Na base 16, seriam os 10 algarismos usados na
Dessa forma : 43(10) = 53(8) base 10 e mais os símbolos A, B, C, D, E e F, rep-
resentando respectivamente 10, 11, 12, 13, 14 e
Notação 15 unidades.

Quando escrevemos numa base diferente da Exemplo: 9AE0(16) ; 84CD(16)


decimal, grifamos o número com um índice que
determina a sua base de numeração. Sempre De um modo geral, temos que uma base b
que um número for apresentado sem índice que qualquer utilizará b algarismos, onde b varia en-
indique sua base de numeração, entenderemos tre 0 e b - 1.
que a base é dez. Sempre que outra base for uti- Mudança de Base
lizada, essa base terá de ser, obrigatoriamente,
indicada. Mudança da Base Decimal para uma Base
Qualquer
Se o número ABC estiver escrito na base n, es-
creveremos : ABC(n) ou ABCn ou (ABC)n Para transformarmos da base decimal para uma
base qualquer devemos dividir sucessivamente
o número e a seguir os quocientes obtidos pelo
algarismo representativo dessa base até que a
Na base 10, dispomos de 10 algarismos para a divisão não seja mais possível.
representação do número:
Só um exemplo tornará mais clara essa definição.
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Exemplo 01 - Transforme para a base 5 o número
Na base 2 utilizamos apenas 2 algarismos: 0 e 1. 269. Como a base 5 trabalha em grupos de 5,
devemos dividir, sucessivamente, essas 269 un-
Exemplo: 1001(2) ; 100010101(2) idades por 5.

Na base 4 utilizamos apenas os 4 primeiros algar-


ismos: 0, 1, 2 e 3.

Exemplo: 3201(4) ; 22031(4) ou dessa forma, mais prática

Na base 7 utilizamos os 7 primeiros algarismos: 0,


1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Exemplo: 562(7) ; 3405(7)

Na base 8, seriam os 8 primeiros os algarismos: 0,


57
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

E lendo o número de trás para frente, e con- devemos dividir, sucessivamente, essas 97 uni-
siderando, apenas o último quociente e os dades por 2.
demais restos, teremos a nossa solução:

269 = 2034(5)

Esse número não pode ser lido como dois mil


e trinta e quatro na base cinco, já que essa
leitura é específica da base decimal. O corre-
to será: dois, zero, três, quatro na base cinco.

Exemplo 02 - Transforme para a base 8 o


número 531. Como a base 8 trabalha em gru-
pos de 8, devemos dividir, sucessivamente,
essas 531 unidades por 8. E lendo o número de trás para frente, e consid-
erando, apenas o último quociente e os demais
restos, teremos a nossa solução: 97 = 1000011(2)

Como já sabemos, esse número deverá ser lido


como: um, zero, zero, zero, zero, um, um na base
ou dessa forma, mais prática
dois.

Exemplo 04 - Transforme para a base 12 o núme-


ro 1579, considerando A = 10 e B = 11. Como a
base 12 trabalha em grupos de 12, devemos di-
vidir, sucessivamente, essas 1579 unidades por
12.

E lendo o número de trás para frente, e consid-


E lendo o número de trás para frente, e consid- erando, apenas o último quociente e os demais
erando, apenas o último quociente e os demais restos, e, também, lembrando que A = 10 e B =
restos, teremos a nossa solução: 11, teremos a nossa solução: 1579 = AB7(12)
531 = 1023(8)

Esse número não pode ser lido como mil e vinte e


três na base oito, já que essa leitura é específica
da base decimal. O correto será: um, zero, dois,
três na base cinco.

Exemplo 03 - Transforme para a base 2 o núme-


ro 97. Como a base 2 trabalha em grupos de 2,
58
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

2.3 - Operações com Percebe-se que na divisão é possível descobrir


Números Naturais qual o valor multiplicado leva ao primeiro núme-
ro. Veja: 15 x 2 = 30. Essa divisão é exata. Há di-
Números Naturais visões que sobram o “resto” e há vírgulas, com
números decimais também.
Os números naturais são aqueles que usamos
diariamente para contar objetos, números. Por Números fracionários
exemplo: 1, 2, 55, 325 e assim por diante. Com
os números naturais e possível realizar diversas Os números fracionários são aqueles representa-
operações matemáticas: adição, subtração, mul- dos por frações. No momento de realizar as op-
tiplicação e divisão. erações, é preciso rever algumas dicas práticas.

Veja: Adição e Subtração

• 24 + 50 = 74 Se as frações tiverem o mesmo denominador,


basta somar os numeradores. Exemplo: 2/5 +
10/5 = 12/5. O mesmo vale para a subtração de
denominadores iguais. Porém, se tiver o denomi-
Você iguala as casas das dezenas e faz a conta, nador diferente, é necessário descobrir o denom-
adicionando números. A ordem dos números na inador comum. Veja:
adição não influencia no resultado.
2/5+ 5/10 + 9/2
• 89 – 70 = 19
Faça o MMC (mínimo múltiplo comum) com os
Na subtração, é preciso retirar de um número denominadores e veja com quantos números é
para o outro. Pode ser que dê negativo também, possível chegar a um denominador comum.
entretanto, na maioria das vezes é preciso veri-
ficar se deve “emprestar” do número esquerdo 2, 5, 10 | 2
para realizar a operação corretamente. A ordem
dos números influencia o resultado em uma ex- 1, 5, 5 | 5
pressão maior.
1, 1, 1 – 2 x 5 = 10 é o denominador comum.
• 5 x 100 = 500
Em seguida divida o denominador comum pelos
A multiplicação dos números naturais envolve denominadores
adicionar novos números, dobrando, triplicando
o valor. Logo, 5 vezes o número 100 é a mesma 10/5 = 2; 10/10 = 1; 10/2 = 5
coisa que 100 + 100 + 100 + 100 + 100. A ordem
não influencia o resultado. O número um é um Agora basta multiplicar o quociente em cada di-
elemento neutro, não alterando o resultado. visão pelo numerador e encontrar o resultado
(vale também para subtração):
• 30 / 2 = 15
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

2x2/10 + 1x5/10 + 5x9/10 = 54/10 1º) Potenciação e Radiciação


2º) Multiplicação e Divisão
Multiplicação 3º) Soma e Subtração

Na multiplicação dos números fracionários, bas- Se a expressão apresentar mais de uma operação
ta multiplicar denominador com denominador e com a mesma prioridade, deve-se começar com
numerador com numerador. Exemplo: a que aparece primeiro (da esquerda para a di-
reita).
5/8 x 9/15 = 45/120
Confira abaixo três exemplos de expressões
Divisão numéricas com potência, raiz quadrada e frações.

Na divisão é preciso multiplicar a primeira fração a) 87 + 7 . 85 - 120 =


pela inversão da outra. Por exemplo: 87 + 595 - 120 =
682 - 120 = 562
8/9 : 3/24 = 8/9 x 24/3 = 72/18
b) 25 + 6 2 : 12 - √169 + 42 =
Com os números fracionários, você pode redu- 25 + 36 : 12 - 13 + 42 =
zi-los até uma fração mais simples, se ambos nu- 25 + 3 - 13 + 42 =
merador e denominador conseguirem ser divid- 28 - 13 + 42 =
idos pelo mesmo número. A fração 72/18 pode 15 + 42 = 57
ser dividida por 2: 36/9. Agora pode ser dividida
por 3, ambos os números: 6/3 e então o número
pode ficar inteiro, dando o resultado de 2 (con-
tinuar dividindo).

2.4 - Expressões Numéricas

Expressões numéricas são sequências de duas


ou mais operações que devem ser realizadas res-
peitando determinada ordem.

Para encontrar sempre um mesmo valor quan-


do calculamos uma expressão numérica, usamos
regras que definem a ordem que as operações
serão feitas. Usando símbolos

Ordem das operações Nas expressões numéricas usamos parênte-


ses ( ), colchetes [ ] e chaves { } sempre que for
Devemos resolver as operações que aparecem necessário alterar a prioridade das operações.
em uma expressão numérica, na seguinte ordem:
60
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Quando aparecer esses símbolos, iremos resolv- 2) 237 não é divisível por 2, pois não é um núme-
er a expressão da seguinte forma: ro par.

1º) as operações que estão dentro dos parênte-


ses
2º) as operações que estão dentro dos colchetes Divisibilidade por 3
3º) as operações que estão dentro das chaves
Um número é divisível por 3 quando a soma dos
Exemplos valores absolutos dos seus algarismos for divisív-
el por 3.
a) 5 . ( 64 - 12 : 4 ) =
5 . ( 64 - 3 ) = Exemplo:
5 . 61 = 305 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algaris-
mos é igual a 2+3+4=9, e como 9 é divisível por 3,
b) 480 : { 20 . [ 86 - 12 . (5 + 2 ) ] 2 } = então 234 é divisível por 3.
480 : { 20 . [ 86 - 12 . 7 ] 2 } =
480 : { 20 . [ 86 - 84 ] 2 } = Divisibilidade por 4
480 : { 20 . [ 2 ] 2 } =
480 : { 20 . 4 } = Um número é divisível por 4 quando termina em
480 : 80 = 6 00 ou quando o número formado pelos dois últi-
mos algarismos da direita for divisível por 4.
c) - [ - 12 - ( - 5 + 3 ) ] =
- [ - 12 - ( - 2 ) ] = Exemplo:
- [ - 12 + 2 ] = 1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
- [ - 10] = + 10 4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.

2.5 - Critérios de Divisibilidade 3850 não é divisível por 4, pois não termina em
e Números Primos 00 e 50 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5
Para alguns números como o dois, o três, o cinco
e outros, existem regras que permitem verificar a
Um número natural é divisível por 5 quando ele
divisibilidade sem se efetuar a divisão. Essas re-
termina em 0 ou 5.
gras são chamadas de critérios de divisibilidade.
Exemplos:
Divisibilidade por 2
1) 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
Um número natural é divisível por 2 quando ele
2) 90 é divisível por 5, pois termina em 0.
termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja,
quando ele é par.
3) 87 não é divisível por 5, pois não termina em
0 nem em 5.
Exemplos:
1) 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
61
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Divisibilidade por 6 por 9, então 2871 é divisível por 9.

Um número é divisível por 6 quando é divisível Divisibilidade por 10


por 2 e por 3.
Um número natural é divisível por 10 quando ele
Exemplos: termina em 0.
1) 312 é divisível por 6, porque é divisível por 2
(par) e por 3 (soma: 6). Exemplos:
1) 4150 é divisível por 10, pois termina em 0.
2) 5214 é divisível por 6, porque é divisível por 2 2) 2106 não é divisível por 10, pois não termina
(par) e por 3 (soma: 12). em 0.
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3) 716 não é divisível por 6, (é divisível por 2, mas
não é divisível por 3). Divisibilidade por 11

4) 3405 não é divisível por 6 (é divisível por 3, Um número é divisível por 11 quando a diferença
mas não é divisível por 2). entre as somas dos valores absolutos dos algar-
ismos de ordem ímpar e a dos de ordem par é
Divisibilidade por 8 divisível por 11.

Um número é divisível por 8 quando termina em O algarismo das unidades é de 1ª ordem, o das
000, ou quando o número formado pelos três úl- dezenas de 2ª ordem, o das centenas de 3ª or-
timos algarismos da direita for divisível por 8. dem, e assim sucessivamente.

Exemplos: Exemplos:
1) 87549
1) 7000 é divisível por 8, pois termina em 000. Si (soma das ordens ímpares) = 9+5+8 = 22
2) 56104 é divisível por 8, pois 104 é divisível por Sp (soma das ordens pares) = 4+7 = 11
8. Si-Sp = 22-11 = 11
3) 61112 é divisível por 8, pois 112 é divisível por Como 11 é divisível por 11, então o número
8. 87549 é divisível por 11.
4) 78164 não é divisível por 8, pois 164 não é di-
visível por 8. 2) 439087
Si (soma das ordens ímpares) = 7+0+3 = 10
Divisibilidade por 9 Sp (soma das ordens pares) = 8+9+4 = 21
Si-Sp = 10-21
Um número é divisível por 9 quando a soma dos Como a subtração não pode ser realizada, acres-
valores absolutos dos seus algarismos for divisív- centa-se o menor múltiplo de 11 (diferente de
el por 9. zero) ao minuendo, para que a subtração possa
ser realizada: 10+11 = 21. Então temos a sub-
Exemplo: tração 21-21 = 0.
2871 é divisível por 9, pois a soma de seus algar- Como zero é divisível por 11, o número 439087 é
ismos é igual a 2+8+7+1=18, e como 18 é divisível divisível por 11.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Divisibilidade por 12 um produto com fatores. Podemos entender a


fatoração como sendo a simplificação das sen-
Um número é divisível por 12 quando é divisível tenças matemáticas.
por 3 e por 4.
Ao escrever um polinômio como a multiplicação
Exemplos: de outros polinômios, frequentemente consegui-
1) 720 é divisível por 12, porque é divisível por 3 mos simplificar a expressão.
(soma=9) e por 4 (dois últimos algarismos, 20).
2) 870 não é divisível por 12 (é divisível por 3, Confira abaixo os tipos de fatoração de polinômi-
mas não é divisível por 4). os:
3) 340 não é divisível por 12 (é divisível por 4,
mas não é divisível por 3). Fator Comum em Evidência

Divisibilidade por 15 Usamos esse tipo de fatoração quando existe


um fator que se repete em todos os termos do
Um número é divisível por 15 quando é divisível polinômio.
por 3 e por 5.
Esse fator, que pode conter número e letras, será
Exemplos: colocado na frente dos parênteses.
1) 105 é divisível por 15, porque é divisível por 3
(soma=6) e por 5 (termina em 5). Dentro dos parênteses ficará o resultado da di-
2) 324 não é divisível por 15 (é divisível por 3, visão de cada termo do polinômio pelo fator co-
mas não é divisível por 5). mum.
3) 530 não é divisível por 15 (é divisível por 5,
mas não é divisível por 3). Na prática, vamos fazer os seguintes passos:

Divisibilidade por 25 1º) Identificar se existe algum número que divide


todos os coeficientes do polinômio e letras que
Um número é divisível por 25 quando os dois al- se repetem em todos os termos.
garismos finais forem 00, 25, 50 ou 75. 2º) Colocar os fatores comuns (número e letras)
na frente dos parênteses (em evidência).
Exemplos: 3º) Colocar dentro dos parênteses o resultado da
200, 525, 850 e 975 são divisíveis por 25. divisão de cada fator do polinômio pelo fator que
está em evidência. No caso das letras, usamos a
regra da divisão de potências de mesma base.
2.6 - Fatoração
Exemplos

Fatoração é um processo utilizado na matemática a) Qual é a forma fatorada do polinômio 12x +


que consiste em representar um número ou uma 6y - 9z?
expressão como produto de fatores.

Fatorar significa transformar a soma e a sub-


tração de expressões algébricas ou equações em
63
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Primeiro, identificamos que o número 3 divide muns dos agrupamentos em evidência.


todos os coeficientes e que não existe nenhuma
letra que se repete. Exemplo

Colocamos o número 3 na frente dos parênteses, Fatore o polinômio mx + 3nx + my + 3ny


dividimos todos os termos por três e o resultado
iremos colocar dentro dos parênteses: Os termos mx e 3nx tem como fator comum o x.
Já os termos my e 3ny possuem como fator co-
12x + 6y - 9z = 3 (4x + 2y - 3z) mum o y.

b) Fatore 2a2b + 3a3c - a4. Colocando esses fatores em evidência:

Como não existe número que divide ao mes- x (m + 3n) + y (m + 3n)


mo tempo 2, 3 e 1, não iremos colocar nenhum
número na frente dos parênteses. Note que o (m + 3n) agora também se repete nos
dois termos.
A letra a se repete em todos os termos. O fator
comum será o a2, que é o menor expoente do a Colocando novamente em evidência, encon-
na expressão. tramos a forma fatorada do polinômio:

Dividimos cada termo do polinômio por a2: mx + 3nx + my + 3ny = (m + 3n) (x + y)

2a2 b : a2 = 2a2 - 2 b = 2b Trinômio Quadrado Perfeito

3a3c : a2 = 3a3 - 2 c = 3ac Trinômios são polinômios com 3 termos.

a4 : a2 = a2 Os trinômios quadrados perfeitos a2 + 2ab + b2 e


a2 - 2ab + b2 resultam do produto notável do tipo
Colocamos o a2 na frente dos parênteses e os re- (a + b)2 e (a - b)2.
sultados das divisões dentro dos parênteses:
Assim, a fatoração do trinômio quadrado perfeito
2a b + 3a c - a = a (2b + 3ac - a )
2 3 4 2 2
será:

Agrupamento a2 + 2ab + b2 = (a + b)2 (quadrado da soma de dois


termos)
No polinômio que não exista um fator que se
repita em todos os termos, podemos usar a fa- a2 - 2ab + b2 = (a - b)2 (quadrado da diferença de
toração por agrupamento. dois termos)

Para isso, devemos identificar os termos que po- Para saber se realmente um trinômio é quadrado
dem ser agrupados por fatores comuns. perfeito, fazemos o seguinte:

Nesse tipo de fatoração, colocamos os fatores co-


64
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

1º) Calcular a raiz quadrada dos termos que apa- Assim, a fatoração de polinômios desse tipo será:
recem ao quadrado.
2º) Multiplicar os valores encontrados por 2. a2 - b2 = (a + b) . (a - b)
3º) Comparar o valor encontrado com o termo
que não apresenta quadrados. Se forem iguais, é Para fatorar, devemos calcular a raiz quadrada
um quadrado perfeito. dos dois termos.

Exemplos Depois, escrever o produto da soma dos valores


encontrados pela diferença desses valores.
a) Fatorar o polinômio x2 + 6x + 9
Exemplo
Primeiro, temos que testar se o polinômio é
quadrado perfeito. Fatorar o binômio 9x2 - 25.

√x2 = x e √9 = 3 Primeiro, encontrar a raiz quadrada dos termos:

Multiplicando por 2, encontramos: 2 . 3 . x = 6x √9x2 = 3x e √25 = 5

Como o valor encontrado é igual ao termo que Escrever esses valores como produto da soma
não está ao quadrado, o polinômio é quadrado pela diferença:
perfeito.
9x2 - 25 = (3x + 5) . (3x - 5)
Assim, a fatoração será:
Cubo Perfeito
x + 6x + 9 = (x + 3)
2 2

Os polinômios a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 e a3 - 3a2b +


b) Fatorar o polinômio x2 - 8xy + 9y2 3ab2 - b3 resultam do produto notável do tipo (a
+ b)3 ou (a - b)3.
Testando se é trinômio quadrado perfeito:
√x2 = x e √9y2 = 3y Assim, a forma fatorada do cubo perfeito é:

Fazendo a multiplicação: 2 . x . 3y = 6xy a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3

O valor encontrado não coincide com o termo do a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3


polinômio (8xy ≠ 6xy).
Para fatorar polinômios desse tipo, devemos cal-
Como não é um trinômio quadrado perfeito, não cular a raiz cúbica dos termos ao cubo.
podemos usar esse tipo de fatoração.
Depois, é necessário confirmar se o polinômio é
Diferença de Dois Quadrados cubo perfeito.

Para fatorar polinômios do tipo a2 - b2 usamos o Se for, elevamos ao cubo a soma ou a subtração
produto notável da soma pela diferença. dos valores das raízes cúbicas encontradas.
65
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MATEMÁTICA

Exemplos 2.7 - Números Racionais


a) Fatorar o polinômio x3 + 6x2 + 12x + 8 Os Números Racionais são os números repre-
sentados por frações ou números decimais.
Primeiro, vamos calcular a raiz cúbica dos termos
ao cubo: São compostos de números inteiros, perten-
centes ao conjunto dos Números Reais (R) junto
3√ x3 = x e 3√ 8 = 2 aos Números Irracionais (I).

Depois, confirmar se é cubo perfeito: Observe que o conjunto dos Números Racionais,
representado pela letra maiúscula Q, é formado
3 . x2 . 2 = 6x2 pelos conjunto dos Números Naturais N = {0, 1,
2, 3, 4, 5,...} e dos Números Inteiros Z={..., -3, -2,
3 . x . 22 = 12x -1, 0, 1, 2, 3,...}:

Como os termos encontrados são iguais aos ter- Q = {x = Números Racionais , com a Z e b Z*}
mos do polinômio, então é um cubo perfeito.
A fração formada pelos elementos a e b onde “a”
Assim, a fatoração será: pertence ao conjunto dos números inteiros (Z) e
“b” ao conjunto dos números inteiros não-nulos
x3 + 6x2 + 12x + 8 = (x + 2)3 (Z*), ou seja, sem o zero, por exemplo:

b) Fatorar o polinômio a3 - 9a2 + 27a - 27 Q= 1/2, 3/4, –5/4.

Primeiro vamos calcular a raiz cúbica dos termos Exemplos de Números Racionais
ao cubo:
Observe alguns exemplos de números racionais:
√ a3 = a e 3√ - 27 = - 3
3

Números Inteiros
Depois confirmar se é cubo perfeito:

3 . a2 . (- 3) = - 9a2

3 . a . (- 3)2 = 27a

Como os termos encontrados são iguais aos ter- Números Decimais Exatos
mos do polinômio, então é um cubo perfeito.

Assim, a fatoração será:

a3 - 9a2 + 27a - 27 = (a - 3)3


66
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

2.8 - Grau, quadrática,


exponencial e logaritmos

A função quadrática, também chamada de função


polinomial de 2º grau, é uma função representa-
Números Periódicos (Dízimas Periódicas) da pela seguinte expressão:

f(x) = ax2 + bx + c

Donde a, b e c são números reais e a ≠ 0.

Exemplo: f(x) = 4x2 + 6x + 10,

sendo,

a=2
b=3
c=5

Classificação dos Números Racionais (Q) Nesse caso, o polinômio da função quadrática é
de grau 2.
• Racionais não-nulos (Q*): Representado
pelo acréscimo do ‘*’ ao lado da letra Q, esse Como Resolver a Função Quadrática?
conjunto é composto dos números racionais
sem o zero (0). Confira abaixo o passo-a-passo por meio um ex-
• Racionais não-negativos: (Q+): Representa- emplo de resolução de função quadrática:
do pelo acréscimo do sinal ‘+’ ao lado da letra
Q, esse conjunto é composto dos números Exemplo:
racionais positivos e o zero.
• Racionais não-positivos: (Q- ): Representado Determine a, b e c na função quadrática dada
pelo acréscimo do sinal ‘_’ ao lado da letra por: f(x) = ax2 + bx + c, sendo:
Q, esse conjunto é composto dos números
racionais negativos e o zero. f (–1) = 8
• Racionais positivos: (Q*+): Representado f (0) = 4
pelo acréscimo dos sinais ‘*’ e ‘+’, esse con- f (2) = 2
junto é composto dos números racionais pos-
itivos. Primeiramente, vamos substituir o x pelos va-
• Racionais negativos (Q*-): Representado lores de cada função e assim teremos:
pelo acréscimo dos sinais ‘*’ e ‘_’, esse con-
junto é composto dos números racionais neg- f (–1) = 8
ativos. a (–1)2 + b (–1) + c = 8
a – b + c = 8 (equação I)
67
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

f (0) = 4
a . 02 + b . 0 + c = 4 a=1
c = 4 (equação II) b=–3
c=4
f (2) = 2 Gráficos
a . 22 + b . 2 + c = 2
4a + 2b + c = 2 (equação III) Os gráficos das funções polinomiais são repre-
sentados por curvas, chamadas de parábolas.
Pela segunda função f (0) = 4, já temos o valor de
c = 4. Assim, vamos substituir o valor obtido para Dependendo do valor de a na expressão y = ax2 +
c nas equações I e III para determinar as outras bx + c, a parábola pode ser:
incógnitas (a e b):
• a > 0: a parábola apresenta uma concavidade
(Equação I) voltada para cima.
• a < 0: a parábola apresenta uma concavidade
a–b+4=8 voltada para baixo.
a–b=4
a=b+4

Já que temos a equação de a pela Equação I, va-


mos substituir na III para determinar o valor de b:

(Equação III)

4a + 2b + 4 = 2 Sendo assim, o valor de a vai definir a concavi-


4a + 2b = – 2 dade da parábola.
4 (b + a) + 2b = – 2
4b + 16 + 2b = – 2 A partir dos pares ordenados dados (x; y), pode-
6b = – 18 mos construir a parábola num plano cartesiano,
b=–3 por meio da ligação entre os pontos encontrados.
Por fim, para encontrar o valor de a substituímos Obs: os gráficos de funções de 1º grau são repre-
os valores de b e c que já foram encontrados. sentados por retas e não parábolas.
Logo:
Função Exponencial
(Equação I)
a–b+c=8 Função Exponencial é aquela que a variável está
a – (– 3) + 4 = 8 no expoente e cuja base é sempre maior que zero
a=–3+4 e diferente de um.
a=1

Sendo assim, os valores das incógnitas da função


quadrática dada são:
68
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Essas restrições são necessárias, pois 1 elevado a


qualquer número resulta em 1. Assim, em vez de
exponencial, estaríamos diante de uma função
constante.

Além disso, a base não pode ser negativa, nem


igual a zero, pois para alguns expoentes a função
não estaria definida.

Por exemplo, a base igual a - 3 e o expoente igual


a 1/2. Como no conjunto dos números reais não
existe raiz quadrada de número negativo, não ex-
istiria imagem da função para esse valor.

Exemplos:
Função Crescente ou Decrescente
f(x) = 4x
f(x) = (0,1)x A função exponencial pode ser crescente ou de-
f(x) = (2/3)x crescente.

Nos exemplos acima 4, 0,1 e 2/3 são as bases, en- Será crescente quando a base for maior que 1.
quanto x é o expoente. Por exemplo, a função y = 2x é uma função cres-
cente.
Gráfico
Para constatar que essa função é crescente,
O gráfico da função exponencial passa pelo pon- atribuímos valores para x no expoente da função
to (0,1), pois todo número elevado a zero é igual e encontramos a sua imagem. Os valores encon-
a 1.Além disso, a curva exponencial não toca no trados estão na tabela abaixo.
eixo x.

Na função exponencial a base é sempre maior


que zero, portanto a função terá sempre imagem
positiva. Assim sendo, não apresenta pontos nos
quadrantes III e IV (imagem negativa).

Abaixo representamos o gráfico da função expo-


nencial.
69
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Observando a tabela, notamos que quando au-


mentamos o valor de x, a sua imagem também
aumenta. Abaixo, representamos o gráfico desta
função.

Gráfico da função crescente

Por sua vez, as funções cujas bases são valores


maiores que zero e menores que 1, são decres-
centes. Por exemplo, f(x) = (1/2)x é uma função
decrescente.

Calculamos a imagem de alguns valores de x e o


resultado encontra-se na tabela abaixo.

Função Logarítmica

A inversa da função exponencial é a função loga-


rítmica. A função logarítmica é definida como f(x)
= logax, com a real positivo e a ≠ 1.

Sendo, o logaritmo de um número definido como


Notamos que para esta função, enquanto os va- o expoente ao qual se deve elevar a base a para
lores de x aumentam, os valores das respectivas obter o número x, ou seja, y = logax ↔ ay = x.
imagens diminuem. Desta forma, constatamos
que a função f(x) = (1/2)x é uma função decres- Uma relação importante é que o gráfico de duas
cente. funções inversas são simétricos em relação a bis-
setriz dos quadrantes I e III.
Com os valores encontrados na tabela, traçamos
o gráfico dessa função. Note que quanto maior Desta maneira, conhecendo o gráfico da função
o x, mais perto do zero a curva exponencial fica. exponencial de mesma base, por simetria pode-
mos construir o gráfico da função logarítmica.
70
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

No gráfico acima, observamos que enquanto a


função exponencial cresce rapidamente, a função
logarítmica cresce lentamente.
Figura do Círculo Trigonométrico dos ângulos
expressos em graus e radianos

2.9 - Funções
Funções Periódicas

As funções trigonométricas, também chamadas As funções periódicas são funções que possuem
de funções circulares, estão relacionadas com as um comportamento periódico. Ou seja, que
demais voltas no ciclo trigonométrico. ocorrem em determinados intervalos de tempo.

As principais funções trigonométricas são: O período corresponde ao menor intervalo de


tempo em que acontece a repetição de determi-
• Função Seno nado fenômeno.
• Função Cosseno
• Função Tangente Uma função f: A ―› B é periódica se existir um
número real positivo p tal que
No círculo trigonométrico temos que cada
número real está associado a um ponto da cir- f(x) = f (x+p), ∀ x ∈ A
cunferência.
O menor valor positivo de p é chamado de perío-
do de f.

Note que as funções trigonométricas são exem-


plos de funções periódicas visto que apresentam
certos fenômenos periódicos.
Função Seno

A função seno é uma função periódica e seu


período é 2π. Ela é expressa por:
71
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

função f(x) = sen x

No círculo trigonométrico, o sinal da função seno


é positivo quando x pertence ao primeiro e se-
gundo quadrantes. Já no terceiro e quarto quad-
rantes, o sinal é negativo.

Função Cosseno

A função cosseno é uma função periódica e seu


período é 2π. Ela é expressa por:

função f(x) = cos x

No círculo trigonométrico, o sinal da função cos-


seno é positivo quando x pertence ao primeiro
e quarto quadrantes. Já no segundo e terceiro
quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, no primeiro e quarto quadrantes a


função f é crescente. Já no segundo e terceiro
quadrantes a função f é decrescente.

O domínio e o contradomínio da função seno


são iguais a R. Ou seja, ela está definida para to-
dos os valores reais: Dom(sen)=R.

Já o conjunto da imagem da função seno corre-


sponde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < sen x < 1.
Em relação à simetria, a função seno é uma
função ímpar: sen(-x) = -sen(x).

O gráfico da função seno f(x) = sen x é uma curva Além disso, no primeiro e segundo quadrantes a
chamada de senoide: função f é decrescente. Já no terceiro e quarto
quadrantes a função f é crescente.

O domínio e o contradomínio da função cosseno


são iguais a R. Ou seja, ela está definida para to-
dos os valores reais: Dom(cos)=R.
72
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Já o conjunto da imagem da função cosseno cor- função ímpar: tg(-x) = -tg(-x).


responde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < cos x < 1.
O gráfico da função tangente f(x) = tg x é uma
Em relação à simetria, a função cosseno é uma curva chamada de tangentoide:
função par: cos(-x) = cos(x).

O gráfico da função cosseno f(x) = cos x é uma


curva chamada de cossenoide:

2.10 - Matrizes e Determinantes

As Matrizes e os Determinantes são concei-


tos utilizados na matemática e em outras áreas
Função Tangente como, por exemplo, da informática.

A função tangente é uma função periódica e seu São representadas na forma de tabelas que cor-
período é π. Ela é expressa por: respondem a união de números reais ou com-
plexos, organizados em linhas e colunas.
função f(x) = tg x
Matriz
No círculo trigonométrico, o sinal da função tan-
gente é positivo quando x pertence ao primeiro A Matriz é um conjunto de elementos dispostos
e terceiro quadrantes. Já no segundo e quarto em linhas e colunas. As linhas são representadas
quadrantes, o sinal é negativo. pela letra ‘m’ enquanto as colunas pela letra ‘n’,
onde n ≥ 1 e m ≥ 1.
Sinal função tangente
Nas matrizes podemos calcular as quatro oper-
Além disso, a função f definida por f(x) = tg x é ações: soma, subtração, divisão e multiplicação:
sempre crescente em todos os quadrantes do cír-
culo trigonométrico. Exemplos:

O domínio da função tangente é: Dom(tan)={x ∈| Uma matriz de ordem m por n (m x n)


R ≠ x ≠ de π/2 + kπ; K ∈ Z}. Assim, não definimos
tg x, se x = π/2 + kπ. A = | 1 0 2 4 5|

Já o conjunto da imagem da função tangente cor- Logo, A é uma matriz de ordem 1 (com 1 linha)
responde a R, ou seja, o conjunto dos números por 5 (5 colunas)
reais.
Lê-se Matriz de 1 x 5
Em relação à simetria, a função tangente é uma
73
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Encontrar as diagonais e multiplicar os elemen-


tos, não esquecendo de trocar o sinal no resulta-
do da diagonal secundária:

Diagonal principal (da esquerda para a direita):


(1,-9,1) (5,6,3) (6,-7,2)
Diagonal secundária (da direita para a esquerda):
Logo B é uma matriz de ordem 3 (com 3 linha) (5,-7,1) (1,6,2) (6,-9,3)
por 1 (1 colunas) Portanto, o Determinante da matriz 3x3 = 182.

Lê-se Matriz de 3 x 1 Curiosidades

• Pierre Frédéric Sarrus (1798-1861) foi um


Determinante matemático francês que inventou um méto-
do para o encontrar os determinantes das
O Determinante é um tipo de matriz, chamada matrizes quadradas de ordem 3 (3x3) conhe-
de “Matriz Quadrada” que apresenta o mesmo cido como a “Regra de Sarrus”.
número de linhas e de colunas, ou seja, quando • O “Teorema de Laplace”, um método para
m = n. calcular o determinante de qualquer tipo
de matriz quadrada, foi inventado pelo
Neste caso, é chamada de Matriz Quadrada de matemático e físico francês Pierre Simon
ordem n. Em outras palavras, toda matriz quad- Marquis de Laplace (1749-1827).
rada possui um determinante, seja ele um núme-
ro ou uma função associado à ela: • Os determinantes considerados nulos são
aqueles em que a soma dos elementos de
Exemplo: qualquer das diagonais seja igual a zero.

• São tipos de Matrizes Quadradas: Matriz


Identidade, Matriz Inversa, Matriz Singular,
Matriz Simétrica, Matriz Positiva Definida
e Matriz Negativa. Há também as matrizes
Assim, para calcular o Determinante da Matriz transpostas e opostas.
Quadrada:

• Deve se repetir as 2 primeiras colunas


74
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

2.11 - Sistemas Lineares (D ≠ 0).


• Sistema Possível e Indeterminado (SPI): as
Sistemas Lineares são conjuntos de equações soluções possíveis são infinitas, o que acon-
associadas entre elas que apresentam a forma a tece quando o determinante é igual a zero (D
seguir: = 0).
• Sistema Impossível (SI): não é possível apre-
sentar qualquer tipo de solução, o que acon-
tece quando o determinante principal é igual
a zero (D = 0) e um ou mais determinantes
secundários são diferentes de zero (D ≠ 0).

As matrizes associadas a um sistema linear po-


dem ser completas ou incompletas. São comple-
tas as matrizes que consideram os termos inde-
A chave do lado esquerdo é o símbolo usado pendentes das equações.
para sinalizar que as equações fazem parte de
um sistema. O resultado do sistema é dado pelo Os sistemas lineares são classificados como nor-
resultado de cada equação. mais quando o número de coeficientes é o mes-
mo que o número de incógnitas. Além disso,
Os coeficientes amxm, am2xm2, am3xm3, ... , an, an2, quando o determinante da matriz incompleta
an3 das incógnitas x1, xm2,xm3, ... , xn, xn2, xn3 são desse sistema não é igual a zero.
números reais.
Exercícios Resolvidos
Ao mesmo tempo, b também é um número real
que é chamado de termo independente. Vamos resolver passo a passo cada equação a fim
de classificá-las em SPD, SPI ou SI.
Sistemas lineares homogêneos são aqueles cujo
termo independente é igual a 0 (zero): a1x1 + a2x2 Exemplo 1 - Sistema Linear com 2 Equações
= 0.
Portanto, aqueles que apresentam termo inde-
pendente diferente de 0 (zero) indica que o siste-
ma não é homogêneo: a1x1 + a2x2 = 3.

Classificação

Os sistemas lineares podem ser classificados


conforme o número de soluções possíveis. Lem-
brando que a solução das equações é encontrado
pela substituição das variáveis por valores.

• Sistema Possível e Determinado (SPD): há


apenas uma solução possível, o que acontece
quando o determinante é diferente de zero
75
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Exemplo 2 - Sistema Linear com 3 Equações

Como o determinante principal é igual a zero e


Se D = 0, podemos estar diante de um SPI ou de um determinante secundário também é igual a
um SI. Assim, para saber qual a classificação cor- zero, sabemos que esse sistema é classificado
reta, vamos ter de calcular os determinantes se- como SPI.ilidade.
cundários.
Nos determinantes secundários são utilizados os
termos independentes das equações. Os termos 2.12 - Probabilidade e Estatística
independentes substituirão uma das incógnitas
escolhidas.
Probabilidade

Na matemática, a probabilidade permite obter


Vamos resolver o determinante secundário Dx,
o cálculo das ocorrências possíveis num exper-
por isso, vamos substituir o x pelos termos inde-
imento aleatório (fenômeno aleatório). Em out-
pendentes.
ras palavras, a probabilidade analisa as “chances”
de obter determinado resultado.

A teoria das probabilidades inclui conceitos


matemáticos que foram explorados já na antigui-
dade. O termo derivado do latim “probare” cor-
responde ao verbo provar ou testar.
76
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

Experimento Aleatório Da mesma forma, o espaço amostral no lança-


mento de um dado, são as seis faces que o
O experimento ou evento aleatório é aquele que compõem: S = {1, 2, 3, 4, 5 e 6}.
pode ocorrer e resultar de diferentes maneiras
cada vez que é lançado. Ou seja, não sabemos Note que os subconjuntos de um espaço amos-
seu resultado, porém podemos calcular quais re- tral são denominados “eventos”, ou seja, no con-
sultados possíveis podemos obter. junto de cartas, há 52 eventos possíveis, enquan-
to no dado há seis.

Assim, podemos concluir que a probabilidade é


Por exemplo, podemos citar um dado, com 6 fac- calculada pela divisão de eventos pelo espaço
es, donde cada face é um número de 1 a 6. amostral.

Fórmula da Probabilidade Análise Combinatória

Assim, se num fenômeno aleatório as possibili- A análise combinatória, ou simplesmente combi-


dades são igualmente prováveis, a probabilidade natória, é um método para obter resultados den-
de ocorrer um evento é medida pela divisão en- tre a probabilidade relacionada com a contagem
tre o número de eventos favoráveis e o número dos números.
total de resultados possíveis:

Exercícios Resolvidos

1. Se lançarmos um dado de 6 faces, qual a prob-


abilidade de sair o número seis?

Segundo a teoria da probabilidade, ela é calcu-


Donde lada pela divisão entre o número de eventos fa-
voráveis e o número de eventos possíveis, nesse
P: probabilidade caso:
na: número de casos (eventos) favoráveis
n: número de casos (eventos) possíveis

Espaço Amostral

Representado pela letra S, o espaço amostral


corresponde ao conjunto de resultados possíveis na (casos favoráveis): 1 lado (lado seis)
obtidos a partir de um evento ou fenômeno n (casos possíveis) : 6 lados
aleatório.
Logo,
Por exemplo num baralho de cartas, onde o es-
paço amostral corresponde às 52 cartas que P = 1/6
compõem o baralho. P = 0,166 ou 16,6%
77
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

2. O baralho de cartas é formado por 52 cartas recolha de dados pode solucionar um prob-
divididas em quatro naipes (copas, paus, ouros lema
e espadas) sendo 13 cartas de cada naipe. Des- 2. Planejamento: elaborar como fazer o levan-
sa forma, se retirar uma carta do baralho, qual tamento dos dados
a probabilidade de sair uma carta do naipe de 3. Coleta de dados: reunir dados após o plan-
paus? eamento do trabalho pretendido, bem
como definição da periodicidade da coleta
Segundo a teoria da probabilidade, devemos ob- (contínua, periódica, ocasional ou indireta)
ter o número de evento favoráveis e possíveis, 4. Correção dos dados coletados: conferir da-
para assim, calcular, através da fórmula: dos para afastar algum erro por parte da pes-
soa que os coletou
5. Apuração dos dados: organização e con-
tagem dos dados
6. Apresentação dos dados: montagem de
suportes que demonstrem o resultado da co-
leta dos dados (gráficos e tabelas)
7. Análise dos dados: exame detalhado e inter-
na: 13 (total de cartas do naipe de paus) pretação dos dados
n: 52 (total de cartas do baralho)
Aliada à probabilidade, pode ser aplicada nas
Logo, mais diversas áreas. São exemplos a análise dos
dados sociais, econômicos e demográficos. É o
P = 13/52 que faz o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia
P = 0,25 ou 25% e Estatística.

O IBGE é o órgão que fornece ao nosso país os


Estatística dados necessários para a definição do modelo de
planejamento mais adequado nas políticas públi-
Estatística é uma ciência exata que estuda a co- cas.
leta, a organização, a análise e registro de dados
por amostras. A palavra estatística, do latim status + pseudo
prefixo latino -isticum, relaciona-e com “estado”.
Utilizada desde a Antiguidade, quando se regis-
travam os nascimentos e as mortes das pessoas, No início, a palavra era usada para se referir ao
é um método de pesquisa fundamental para “cidadão político”. Posteriormente, passou a ser
tomar decisões. Isso porque fundamenta suas utilizada em alemão com o sentido de “conjunto
conclusões nos estudos realizados. de dados do Estado”, de onde decorre o seu sig-
nificado desde o século XIX.

Para tanto, as fases do método estatístico são:

1. Definição do problema: determinar como a


78
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

2.13 - QUESTÕES IBFC e IBADE IBFC 2018


Cargo: Procurador Jurídico Adjunto
1. Matemática - Aritmética e Algebra - Institu- Banca: Instituto Brasileiro de Formação e Capa-
to Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) citação (IBFC)
- 2018 - Secretaria de Estado de Planejamento e
Gestão - SE (SEPLAG/SE) - Especialista em Políti- Felipe recebeu seu salário e gastou, num primei-
cas Públicas ro momento, 3/5 para pagar uma dívida e do va-
lor que sobrou gastou a terça parte na compra
Uma rede de lojas fez um levantamento da de um tablet. Se após os dois gastos Felipe ficou
quantidade de queixas apresentadas por seus ainda com R$ 616,00, então para o tablet Felipe
clientes ao longo de uma semana, nas 16 lojas utilizou um valor, em reais, entre:
da rede em uma região. O resultado é apresen-
tado no gráfico abaixo. Acerca do levantamento A. 300 e 400
realizado, em relação ao número de queixas por B. 500 e 700
loja, analise: C. 800 e 1000
D. 1200 e 1400

3. Concurso: Câmara de Feira de Santana - BA


2018
Cargo: Procurador Jurídico Adjunto
Banca: Instituto Brasileiro de Formação e Capa-
citação (IBFC)

Numa pesquisa de mercado sobre a preferência


entre três produtos participaram 300 pessoas
que opinaram uma única vez. O resultado foi:
Baseando-se em sua análise, assinale a alterna- 23% escolheram o produto A, 24% escolheram
tiva correta: o produto B, 15% escolheram o produto C, 11%
escolheram os produtos A e B, 9% escolheram
A. A moda na distribuição de queixas por loja é os produtos B e C, 7% escolheram os produtos A
igual a 4 queixas por loja e C, 5% escolheram os três. Nessas condições, é
correto afirmar que:
B. A moda na distribuição de queixas por loja é
menor que a média A. exatamente 70 pessoas escolheram somente
um dos produtos
C. A média de queixas por loja foi inferior a 3
B. exatamente 36 pessoas escolheram pelo me-
D. O total de queixas ao longo da semana, so- nos dois dos produtos
mando-se todas as lojas, foi menor que 50
C. exatamente 180 pessoas escolheram nenhum
dos três produtos
2. Concurso: Câmara de Feira de Santana - BA
79
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

D. exatamente 130 pessoas escolheram pelo me- 7. Prefeitura de Divinópolis - MG - Técnico de en-
nos um dos produtos fermagem (IBFC - 2018)

João gastou 20% de 50% de seu salário com pre-


4. A soma dos dois próximos termos da sequên- sentes para seus sobrinhos. Se o salário de João
cia lógica 3,4,7,10,11,16,15,22,..., indica a idade é R$ 1.600,00, então o valor gasto por João com
de Ana hoje. Desse modo, a idade de Ana daqui presentes para seus sobrinhos foi:
3 anos será igual a:
A. R$ 320,00
A. 47 B. R$ 800,00
B. 50 C. R$ 160,00
C. 51 D. R$ 480,00
D. 52

8. Prefeitura de Divinópolis - MG - Técnico de en-


5. Câmara de Feira de Santana - BA - Procurador fermagem (IBFC - 2018)
Jurídico (IBFC - 2018)
Ana tem 2/9 do valor necessário para comprar
Felipe recebeu seu salário e gastou, num primei- um produto. Se com mais R$ 252,00 ela compra
ro momento, 3/5 para pagar uma dívida e do va- o produto,então o valor que Ana possui é igual
lor que sobrou gastou a terça parte na compra a:
de um tablet. Se após os dois gastos Felipe fcou
ainda com R$ 616,00, então para o tablet Felipe A. R$ 72,00
utilizou um valor, em reais, entre: B. R$ 324,00
C. R$ 252,00
A. 300 e 400 D. R$ 56,00
B. 500 e 700
C. 800 e 1000
D. 1200 e 1400 9. Câmara Municipal de Araraquara - SP - Agente
Administrativo (IBFC - 2017)

6. Prefeitura de Divinópolis - MG - Técnico de en- O sexto termo de uma P.G. (progressão geomé-
fermagem (IBFC - 2018) trica), representa o valor, em reais, de tributos
pagos sobre o salário de Paulo. Se a soma entre
A soma dos 7 primeiros termos da sequencia ló- o segundo e quarto termos da P.G. é igual a 60 e
gica 2,5,8,11,..., é: a soma entre o terceiro e quinto termos da P.G.
é 180, então o valor de tributos pagos por Paulo
A. 57 é igual a:
B. 68
C. 77 A. R$ 768,00
D. 80 B. R$ 532,00
C. R$ 972,00
D. R$ 486,00
80
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

10. EMBASA - Agente Operacional (IBFC - 2017) 12. IPERON - RO - Auditor (IBADE - 2017)

Substituindo o valor da raiz da função , na fun- Qual a probabilidade de um candidato desse


concurso, ao resolver as cinco questões de racio-
ção g(x) = x2 - 4x + 5, encontramos
cínio lógico matemático, com cinco opções cada
como resultado:
questão, acertar exatamente quatro questões?
A. 12
B. 15
C. 16
D. 17 A.

IBADE B.

11. IPERON - RO - Auditor (IBADE - 2017) Consi-


dere três doces da culinária rondoniense a base
de Cupuaçu: C.

A: Bolo de cupuaçu;

B: Bombom de cupuaçu; D.

C: Torta mousse de cupuaçu.

O resultado de uma pesquisa em que todos es- E.


colheram pelo menos um desses doces, foi re-
gistrado por uma doceira na tabela a seguir:

De acordo com os dados da tabela anterior, o


número de consumidores que preferem pelo me-
nos dois doces a base de cupuaçu é:

A. 46.
B. 82.
C. 58.
D. 39.
E. 94.
81
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

MATEMÁTICA

13. IPERON - RO - Técnico em Informática (IBADE


- 2017)

Em um grupo de técnicos em TI, todos optaram


por pelo menos um dos três programas anali-
sados e os dados foram registrados na tabela a
seguir:

GABARITO
1. C 2. A 3. C 4. B 5. A 6. C 7. C
8. A 9. D 1 0 . 1 1 . 1 2 . 1 3 . 1 4 .
De acordo com os dados da tabela anterior, e D C C C C
sabendo que 33 técnicos em TI optaram exata-
mente pelos três programas, pode-se afirmar
que o número de técnicos em TI que optaram
por exatamente dois desses três programas foi:

A. 36
B. 44
C. 72
D. 24
E. 11

14. Câmara de Feira de Santana - BA - Professor


- Matemática (IBADE - 2017)

Encontre o conjunto solução da equação logarít-


mica a seguir:

log7 (x) + log49(x + 1)² + log1/7(6)= 0

A. S = {-2.3}
B. S = {-6, 1}
C. S = {2}
D. S = {3}
E. S = {-3, 2}
RACIOCÍNIO LÓGICO - 1ª PARTE  LÓGICA

82
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS
TIPOS DE SENTENÇAS
CONECTIVOS
RACIOCÍNIO LÓGICO
EQUIVALÊNCIAS E IMPLICAÇÕES LÓGICAS
SILOGISMOS E LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
3 - RACIOCÍNIO LÓGICO
QUANTIFICADORES E DIAGRAMAS LÓGICOS
ESTRUTURAS LÓGICAS
3.1. Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições; valores lógicos das
proposições; sentenças abertas; proposições simples; proposições compostas.

Tipos de Sentenças:

1) Imperativas  Expressam uma ordem.


Exemplos: “Faça o dever”; “Silêncio”;
2) Exclamativas  Trazem uma interjeição.
Exemplos: “Bom dia!”; “Que carrão!”;
3) Interrogativas  Formulam uma pergunta.
Exemplos: “Que horas são?”; “Será que vai chover hoje?”;
4) Declarativas  Fazem uma afirmação.
Exemplos: “A lua é um satélite natural da Terra”; “A prata é um vegetal”.
Só podemos considerar como proposições as sentenças declarativas para as quais pudermos
atribuir um valor-verdade, VERDADEIRO (V) ou FALSO (F).
Já para as sentenças imperativas, exclamativas e interrogativas, não é possível atribuir um
valor-verdade e por isso não podem ser consideradas proposições.
Também não serão proposições as sentenças declarativas abertas, como por exemplo:
• “Ele foi um craque do futebol”;
• “X + 2 = 7”.
Na primeira sentença, o sujeito é indeterminado e não podemos atribuir um valor-verdade para a
declaração. Se “ele” se referir a Pelé, será verdadeira, mas para outros sujeitos, poderá ser falsa.
Na segunda sentença, X é uma incógnita e não podemos atribuir valor-verdade para a afirmação.
Para X = 5, a declaração será verdadeira, mas para qualquer outro valor será falsa.
Outro caso de sentença declarativa em que não podemos atribuir um valor-verdade é o paradoxo. Por
exemplo, a declaração: “Esta sentença é falsa”. Se a considerarmos como verdadeira, então ela não pode ser
falsa e se a considerarmos como falsa, ela passaria a ser verdadeira.
Portanto a definição de proposição pode ser dada por: “São proposições as sentenças declarativas
para as quais podemos atribuir um valor-verdade (V ou F)”.

Princípios básicos da Lógica Proposicional:


i) Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo (Princípio da Não-Contradição);
ii) Uma proposição só admite V ou F, não havendo uma terceira hipótese (Princípio do Terceiro Excluído);

Somente as proposições serão objeto de nosso estudo e podem ser:


RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 1
Simples – quando for uma proposição única;
Compostas – quando forem usados conectivos (explicaremos o significado de conectivos mais
adiante), unindo, ligando ou conectando duas ou mais proposições.
O uso das Tabelas Verdade facilitará a verificação do valor-verdade das proposições compostas.
Número de linhas de uma Tabela Verdade:
Dependerá do número de proposições envolvidas. Para uma proposição simples, é claro que o
1
número de linhas será igual a 2 (2 ), pois essa proposição (p) só poderá ser V ou F. A Tabela Verdade será:
p
V
F

Para uma proposição composta, o número de linhas da Tabela Verdade dependerá do número de
proposições simples que a compõem. Para uma proposição composta por duas proposições (p, q), o nº de
2
linhas será igual a 4 (2 ), pois podemos ter quatro situações: as duas verdadeiras, as duas falsas, apenas a
1ª verdadeira ou apenas a 2ª verdadeira. A Tabela Verdade será:
83
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO
Somente as proposições serão objeto de nosso estudo e podem ser:
Simples – quando for uma proposição única;
Compostas – quando forem usados conectivos (explicaremos o significado de conectivos mais
adiante), unindo, ligando ou conectando duas ou mais proposições.
3.2 - facilitará
O uso das Tabelas Verdade TabelaaVerdade e Questões
verificação do valor-verdade das proposições compostas.
Número de linhas de uma Tabela Verdade:
Dependerá do número de proposições envolvidas. Para uma proposição simples, é claro que o
1
número de linhas será igual a 2 (2 ), pois essa proposição (p) só poderá ser V ou F. A Tabela Verdade será:
p
V
F

Para uma proposição composta, o número de linhas da Tabela Verdade dependerá do número de
proposições simples que a compõem. Para uma proposição composta por duas proposições (p, q), o nº de
2
linhas será igual a 4 (2 ), pois podemos ter quatro situações: as duas verdadeiras, as duas falsas, apenas a
1ª verdadeira ou apenas a 2ª verdadeira. A Tabela Verdade será:
p q
V V
V F
F V
F F

3
Para uma proposição composta por três proposições (p, q, r), o nº de linhas será igual a 8 (2 ), pois
podemos ter oito situações: (VVV), (VVF), (VFV), (VFF), (FVV), (FVF), (FFV) ou (FFF).
A Tabela Verdade será:
p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Podemos então inferir que a fórmula para o número de linhas da T.V. de uma proposição composta é:
n
2 , onde n será o número de proposições simples que a compõe.
Podemos observar também, que uma forma prática de construir a Tabela Verdade é fazer, na 1ª
coluna, “blocos” de V e de F com a metade do número de linhas encontrado para a T.V. Na 2ª coluna,
“blocos” de V e de F com a metade do número de linhas dos blocos da 1ª coluna. Na 3ª coluna, “blocos” de
V e de F com a metade do número de linhas dos blocos da coluna anterior, e assim por diante, até que
intercalemos V com F. Por exemplo, se tivéssemos quatro proposições (p, q, r, s), a nossa T.V. teria 16
4
linhas (2 ). Na 1ª coluna (p) colocaríamos 8 V’s seguidos e depois 8 F’s seguidos. Na 2ª coluna (q)
colocaríamos 4 V’s seguidos e depois 4 F’s seguidos. Na 3ª coluna (r) colocaríamos 2 V’s seguidos e depois
2 F’s seguidos. E, finalmente na 4ª coluna (s) intercalaríamos V com F.

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 2


84
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

3.3 - Conectivos Lógicos, Observações da Conjunção,


Observações da Disjunção, Observações da Condicional e Questões.

Conectivos:
Os conectivos são operadores lógicos. Assim como na aritmética os sinais de soma (+), subtração (−),
multiplicação (x) e divisão (÷) definem o resultado de uma operação aritmética, na proposição composta o
resultado lógico (V ou F) dependerá não apenas do valor lógico das proposições simples que a compõem,
mas também dos conectivos que as une. Cada um dos conectivos (∧, ∨, →, ↔; ∨) tem definição própria como
veremos logo adiante. Exemplos:
Com os valores numéricos 10 e 2, obteremos resultados diferentes, dependendo do operador
aritmético utilizado:
10 + 2 = 12; 10 – 2 = 8; 10 x 2 = 20; 10 ÷ 2 = 5.
Com os valores lógicos V e F (nesta ordem) para duas proposições, também vamos obter
resultados diferentes, dependendo do operador lógico utilizado:
V ∧ F = F; V ∨ F = V; V → F = F; V ↔ F = F; V ∨ F = V.

Modificador:
Faz a negação de uma proposição (simples ou composta).
Pode ser simbolizado por “~” ou “¬” (símbolo mais utilizado nas provas da Cespe/UnB), cujo
significado (“não”), também pode ser lido como: “é falso que”; “não é verdade que”.
O modificador inverte o significado lógico das proposições. Se a proposição originalmente era
Verdadeira, com o uso do modificador, passa a ser Falsa. E se originalmente era Falsa, após o uso do
modificador passa a ser Verdadeira.
Exemplos:
1) Seja p a proposição simples: “Salvador é capital da Bahia” (proposição verdadeira).
A sua negação, ~p, poderá ser lida como:
“Salvador não é capital da Bahia”;
“É falso que Salvador é capital da Bahia”;
“Não é verdade que Salvador é capital da Bahia” (sentenças falsas).

2) Seja p a sentença: “Aristóteles foi um filósofo italiano” (sentença falsa).


A sua negação, ~p, poderá ser lida como:
“Aristóteles não foi um filósofo italiano”;
“Não é verdade que Aristóteles foi um filósofo italiano”;
“É falso que Aristóteles foi um filósofo italiano” (sentenças verdadeiras).

Podemos montar a seguinte Tabela Verdade para uma proposição (p) e sua negação (~p):
p ~p
V F
F V

Observação: O sinal “~” abrange apenas a proposição mais próxima, salvo o caso de parêntesis.
Exemplos: ~p ∨ q ∨ r, o sinal ~ modifica (nega) somente o p;
~(p ∨ q) ∨ r, o sinal ~ modifica (nega) toda a disjunção (p ∨ q).

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 3


85
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Conectivo da Conjunção – Símbolo: “∧


∧” – Significado: “e”.
A proposição composta p ∧ q é chamada conjunção das proposições p, q.
Se duas proposições simples estiverem unidas por esse conectivo, a proposição composta somente
será Verdadeira se ambas as proposições forem verdadeiras e será Falsa nos demais casos. Colocando
os possíveis valores de p e de q numa Tabela Verdade e usando esse operador teremos os seguintes
resultados possíveis (na 3ª coluna):
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

Conectivo da Disjunção – Símbolo: “∨


∨” – Significado: “ou” (inclusivo).
A proposição composta p ∨ q é chamada disjunção das proposições p, q. O símbolo (∨)
corresponde ao “ou” inclusivo, também chamado de soma lógica.
Se duas proposições simples estiverem unidas pelo conectivo "ou" inclusivo, a proposição composta
será Verdadeira se pelo menos uma das proposições for verdadeira, sendo Verdadeira também se as duas
forem verdadeiras (ou seja, inclui a interseção das duas proposições verdadeiras) e somente será Falsa se
ambas forem falsas. Colocando os possíveis valores de p e de q numa Tabela Verdade e usando esse
operador teremos os seguintes resultados possíveis (na 3ª coluna):
p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F

Mais adiante veremos o conectivo ∨ que corresponde ao “ou” exclusivo (um ou outro, mas não
ambos), que exclui a interseção das duas proposições verdadeiras, ou seja, neste caso será F e não V.

Conectivo Condicional – Símbolo: “→


→” – Significado: “se ... então”.
Quando duas proposições são conectadas com a palavra “se” antes da primeira e a inserção da
palavra “então” entre elas, a proposição resultante é chamada de proposição condicional, hipotética,
implicativa ou uma implicação. O componente que se encontra entre o “se” e o “então” costuma ser
chamado de antecedente (ou implicante) e o componente que se segue à palavra “então” é chamado de
conseqüente (ou implicado).
Uma proposição condicional afirma que seu antecedente implica seu conseqüente. Não afirma que
seu antecedente seja verdadeiro, mas tão somente que, se seu antecedente for verdadeiro, então seu
consequente deverá ser também verdadeiro. O significado essencial de uma proposição condicional está na
relação de implicação que se afirma existir entre o antecedente e o conseqüente, nesta ordem.
O condicional p → q pode ser lido também de uma das seguintes maneiras:
p implica (ou acarreta) q;
p somente se q;
p é condição suficiente para q;
q é condição necessária de p.

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 4


86
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Repare que o uso do conectivo ∨ (ou exclusivo) resulta, na sua Tabela Verdade, em valores
contrários aos do uso do conectivo bicondicional. Portanto, a proposição composta p ∨ q (p ou q, mas não
ambos) equivale à negação de p ↔ q.

Propriedade Comutativa:
Verifica-se que ocorre essa propriedade para quatro dos cinco conectivos, pois:
1) A proposição q ∧ p equivalerá à proposição p ∧ q, isto é, produzirão os mesmos valores lógicos na T.V.;
2) Idem para a proposição q ∨ p, que é equivalente à proposição p ∨ q;
3) Idem para q ↔ p, que é equivalente à proposição p ↔ q;
4) Idem para a disjunção exclusiva, pois q ∨ p, que é equivalente à proposição p ∨ q;

O único conectivo que não goza dessa propriedade é o condicional, pois a proposição q → p não
equivalerá à proposição p → q, como podemos demonstrar na Tabela Verdade abaixo:
p q p→q q→p
V V V V
V F F V
F V V F
F F V V

Equivalências Lógicas (⇔
⇔):
Devemos fazer uma distinção entre os símbolos ↔ e ⇔: O primeiro símbolo (↔ ↔) representa uma
operação entre duas proposições enquanto o segundo símbolo (⇔
⇔) representa uma relação (de equivalência).
Como já falamos antes, quando definimos os conectivos, podemos comparar com os operadores
aritméticos. Por exemplo: 7 + 5 = 3 • 4 = 12. O sinal + é o operador da soma, o sinal • é o operador do
produto e o sinal = define uma relação (no caso, de igualdade) entre as duas operações. Na lógica, os
conectivos são operadores lógicos e, quando duas proposições diferentes tiverem os mesmos resultados
em todas as linhas de suas Tabelas Verdade, teremos uma relação de equivalência lógica.
Podemos verificar se ocorre uma equivalência lógica entre duas proposições quando, ao ligarmos
estas com o operador ↔, ocorrer uma Tautologia (V em todas as linhas da Tabela Verdade). Vejamos um
exemplo para melhor entendimento: verificar se ocorre a equivalência [p ∧ (q ∨ r)] ⇔ [(p ∧ q) ∨ (p ∧ r)].
Fazendo a Tabela Verdade temos:
p q r q∨
∨r p ∧ (q∨
∨r) (p∧
∧q) (p∧
∧r) (p∧
∧q) ∨ (p∧
∧r) [p ∧ (q∨
∨r)] ↔ [(p∧
∧q) ∨ (p∧
∧r)]
V V V V V V V V V
V V F V V V F V V
V F V V V F V V V
V F F F F F F F V
F V V V F F F F V
F V F V F F F F V
F F V V F F F F V
F F F F F F F F V

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 6


87
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Regras para as Operações de Negação:


I) DUPLA NEGAÇÃO: ~(~p) ⇔ p.
A negação da negação (dupla negação) retorna ao valor-verdade da proposição original;
Regras para as Operações de Negação:
II) NEGAÇÃO DA CONJUNÇÃO: ~(p ∧ q) ⇔ ~p ∨ ~q.
I) DUPLA NEGAÇÃO: ~(~p) ⇔ p.
Equivale a fazer a disjunção entre as negações das proposições simples;
A negação da negação (dupla negação) retorna ao valor-verdade da proposição original;
III) NEGAÇÃO DA DISJUNÇÃO: ~(p ∨ q) ⇔ ~p ∧ ~q.
II) NEGAÇÃO DA CONJUNÇÃO: ~(p ∧ q) ⇔ ~p ∨ ~q.
Equivale a fazer a conjunção entre as negações das proposições simples;
Equivale a fazer a disjunção entre as negações das proposições simples;
IV) NEGAÇÃO DA CONDICIONAL: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q.
III) NEGAÇÃO DA DISJUNÇÃO: ~(p ∨ q) ⇔ ~p ∧ ~q.
Equivale a fazer a conjunção entre o antecedente e a negação do consequente;
Equivale a fazer a conjunção entre as negações das proposições simples;
V) NEGAÇÃO DA BICONDICIONAL: ~(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ~q) ∨ (~p ∧ q) ⇔ p ∨ q.
IV) NEGAÇÃO DA CONDICIONAL: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q.
Equivale
Equivale à Disjunção
a fazer Exclusiva,
a conjunção como
entre já observado
o antecedente e anteriormente.
a negação do consequente;
V) NEGAÇÃO DA BICONDICIONAL: ~(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ~q) ∨ (~p ∧ q) ⇔ p ∨ q.
Estas propriedades podem ser facilmente comprovadas construindo-se a Tabela Verdade para cada
uma delas e, assim,
Equivale verificar que
à Disjunção ocorrem
Exclusiva, as equivalências
como já observado supracitadas.
anteriormente.

Tautologia
Estas (ou proposição
propriedades logicamente
podem ser verdadeira): construindo-se a Tabela Verdade para cada
facilmente comprovadas
uma delas e, assim, verificar que ocorrem as equivalências supracitadas.
Temos uma Tautologia quando, para uma proposição composta, obtemos V em todas as linhas da
3.4 - Tautologia,
Tabela Verdade, ou Contigência, Proposições
seja, essa proposição Equivalentes,
será sempre Principais
V independentemente equivalências,
das proposições simples que
Condições
a compõe. Suficiente e Necessária
Tautologia (ou proposição logicamente verdadeira):
Exemplo:
Temos uma[p ∧Tautologia
(q ∨ r)] ↔quando,
[(p ∧ q) ∨para
(p ∧uma
r)] é proposição
uma Tautologia. Verifique
composta, a T.V.:V em todas as linhas da
obtemos
Tabela Verdade, ou seja, essa proposição será sempre V independentemente das proposições simples que
p q r q∨∨r p ∧ (q∨∨r) (p∧∧q) (p∧
∧r) (p∧
∧q) ∨ (p∧
∧r) [p ∧ (q∨∨r)] ↔ [(p∧∧q) ∨ (p∧
∧r)]
a compõe.
V V V V V V V V V
V V F [p V∧ (q ∨ r)] ↔
Exemplo: V [(p ∧ q) ∨V(p ∧ r)] éFuma Tautologia.
V Verifique a T.V.: V
p
V q
F r
V q∨
V∨r p ∧V (q∨
∨r) (p∧∧q)
F (p∧
∧r)
V (p∧
∧q) V
∨ (p∧
∧r) [p ∧ (q∨∨r)] ↔ V[(p∧
∧q) ∨ (p∧
∧r)]
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V F
V V
F
V V V
F V F
V F
V F F
V V
F
V V
F F
V V F
V F F
V F
V V
F
V F V
F V
F F F F F V
F F
V F
V F
V F F F F V
F V F V F F F F V
F Contradição
F V V (ou proposição
F logicamente
F Ffalsa): F V
F Temos
F F umaFContradiçãoF quando, Fpara umaFproposição composta,
F obtemos F em todas
V as linhas da
Tabela Verdade, ou seja, essa proposição será sempre F independentemente das proposições simples que
a compõe.
Contradição (ou proposição logicamente falsa):
Exemplo:
Temos uma~[(p ∧ q) → (p ∨quando,
Contradição q)] é uma Contradição.
para Verifique
uma proposição a T.V.: obtemos F em todas as linhas da
composta,
Tabela Verdade, ou seja, essa proposição será sempre F independentemente das proposições simples que
p q (p ∧ q) (p ∨ q) (p ∧ q) → (p ∨ q) ~[(p ∧ q) → (p ∨ q)]
a compõe.
V V V V V F
V F ~[(p ∧Fq) → (p ∨Vq)] é uma Contradição.
Exemplo: V Verifique a T.V.:
F
p
F q
V (p F
∧ q) (p V ∨ q) (p ∧ q) →
V (p ∨ q) ~[(p ∧ q) F→ (p ∨ q)]
F
V F
V F
V F
V V F
V F F V V F
F V F V V F
F F F F V F
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88
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Contingência:
Temos uma Contingência quando, para uma proposição composta, a Tabela Verdade dessa
proposição nos fornece alguns V e alguns F.
Exemplo: p → [p → (q ∧ ~p)] é uma Contingência. Verifique a T.V.:
Contingência:
p
Temos quma ~p
Contingência
(q ∧ ~p) quando,
p → (q para
∧ ~p) umap proposição
→ [p → (q ∧composta,
~p)] a Tabela Verdade dessa
proposiçãoVnos fornece
V F algunsFV e alguns F. F F
V F p →F[p → (q F
Exemplo: ∧ ~p)] é uma Contingência.
F F a T.V.:
Verifique
F V V V V V
p q ~p (q ∧ ~p) p → (q ∧ ~p) p → [p → (q ∧ ~p)]
F F V F V V
V V F F F F
V F F F F F
Implicações
F V Lógicas
V (Símbolo:
V ⇒ )V V
F como
Assim F V equivalências,
nas F paraVa implicação devemos V distinguir os símbolos → e ⇒.
3.5 - Argumento, Argumentos Válido e Inválido e Questões
→) representa uma operação entre duas proposições enquanto o segundo
O primeiro símbolo (→
⇒) representa
símbolo Implicações
(⇒ uma relação.
Lógicas (Símbolo: ⇒)
Podemos dizer que, operando a proposição q com a proposição p através do conectivo →, resultará
Assim como nas equivalências, para a implicação devemos distinguir os símbolos → e ⇒.
a proposição q → p. Podemos estabelecer uma relação da proposição p com a proposição composta q → p
através Odo primeiro
símbolo ⇒símbolo
. →) representa uma operação entre duas proposições enquanto o segundo
(→
símbolo (⇒⇒) representa uma relação.
Por exemplo: ao estabelecermos que p ⇒ q → p estamos dizendo que a proposição p implica q → p,
ou seja, Podemos dizer que, operando
estamos estabelecendo a proposição
uma relação q com aentre
(de implicação) proposição p através do conectivo →, resultará
estas proposições.
a proposição q → p. Podemos estabelecer uma relação da proposição p com a proposição composta q → p
E quando ocorrerá implicação entre duas proposições? Quando na Tabela Verdade não ocorrer VF
através do símbolo ⇒.
(nessa ordem) ou então, ao ligarmos as duas proposições com o operador → ocorrer uma Tautologia.
Por exemplo: ao estabelecermos que p ⇒ q → p estamos dizendo que a proposição p implica q → p,
ou seja, Exemplo, para melhor entendimento:
estamos estabelecendo verificar
uma relação (de se ocorre
implicação) a implicação
entre p ∧ q ⇒ p ∨ q.
estas proposições.
E quando
p q ocorrerá
(p ∧ q)implicação
(p ∨ q) entre duas proposições? Quando na Tabela Verdade não ocorrer VF
Fazendo a T.V e comparando o valor-verdade (em negrito)
(nessa ordem)
V ou
V então,V ao V as duas proposições com o operador → ocorrer uma Tautologia.
ligarmos
das duas colunas referentes às proposições implicadas,
V
Exemplo, F
F para melhor V
entendimento: verificar se ocorre
verificamos que em a implicação
nenhuma das p ∧ linhas
q ⇒ p ocorre
∨ q. a ordem VF.
F V F V Temos apenas VV, FV e FF. Portanto, podemos afirmar que
p q (p ∧ q) (p ∨ q)
F F F F ocorre a implicação
Fazendo lógica, isto é,
a T.V e comparando p ∧ q implica p(em
o valor-verdade ∨ q.negrito)
V V V V
das duas colunas referentes às proposições implicadas,
V F F V verificamos
A outra forma de verificarmos a implicação lógicaque emincluir
seria nenhuma
mais das
umalinhas
colunaocorre a ordem
à direita VF.
na Tabela
F V F V
Verdade e, unindo as duas proposições com oTemos apenas
conectivo VV, FV→e, FF.
(operador) Portanto,
resultar numa podemos
Tautologia.afirmar que
F F F F ocorre a implicação lógica, isto é, p ∧ q implica p ∨ q.
p q (p ∧ q) (p ∨ q) (p ∧ q) → (p ∨ q)
V
A outra V
forma deV verificarmos
V a implicaçãoV lógica seria incluir mais uma coluna à direita na Tabela
Como a última coluna resultou numa
Verdade e,Vunindo
F as duas
F proposições
V V
com o conectivo (operador) → , resultar podemos
Tautologia, numa Tautologia.
afirmar que ocorre
F V F V V a implicação.
p q (p ∧ q) (p ∨ q) (p ∧ q) → (p ∨ q)
F F F F V
V V V V V
Como a última coluna resultou numa
V F F V V
Implicações Notáveis (Regras de Inferência): Tautologia, podemos afirmar que ocorre
F V F V V a implicação.
Temos várias implicações notáveis, mas as duas mais importantes são:
F F F F V
I) Regra Modus Ponens: dada por (p → q) ∧ p ⇒ q
Implicações Notáveis (Regras de Inferência):
II) Regra Modus Tollens: dada por (p → q) ∧ ~q ⇒ ~p
Temos várias implicações notáveis, mas as duas mais importantes são:
Estas implicações serão detalhadas mais adiante, quando tratarmos da Validade dos Argumentos
Lógicos.I) Regra Modus Ponens: dada por (p → q) ∧ p ⇒ q
II) Regra Modus Tollens: dada por (p → q) ∧ ~q ⇒ ~p
Estas implicações serão detalhadas mais adiante, quando tratarmos da Validade dos Argumentos
Lógicos.
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89
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Relações entre as implicações:


1ª) p ⇒ q e q ⇒ p (implicações recíprocas):
Duas proposições recíprocas não são logicamente equivalentes; uma pode ser verdadeira sem que
a outra o seja;
2ª) p ⇒ q e ~p ⇒ ~q (implicações inversas):
Duas proposições inversas não são logicamente equivalentes; uma pode ser verdadeira sem que a
outra o seja;
3ª) p ⇒ q e ~q ⇒ ~p (implicações contrapositivas):
Duas proposições contrapositivas SÃO logicamente equivalentes.
Sempre que uma É VERDADEIRA, a outra também SERÁ VERDADEIRA.
Exemplo: Considere a proposição: “Se ela é uma boa cozinheira, então, ela é pobre” (p → q).
Determine:
a) A proposição recíproca;
b) A proposição inversa;
c) A proposição contrapositiva.
Respostas:
a) A proposição recíproca será: “Se ela é pobre, então, ela é uma boa cozinheira” (q → p);
b) A proposição inversa será: “Se ela não é uma boa cozinheira, então, ela não é pobre” (~p → ~q);
c) A proposição contrapositiva: “Se ela não é pobre, então, ela não é uma boa cozinheira” (~q → ~p).
As duas primeiras não são equivalentes à proposição original, isto é, não têm os mesmos resultados
nas linhas de suas Tabelas Verdade. Somente para a contrapositiva, teremos uma equivalência com a
proposição inicial, ou seja: p → q ⇔ ~q → ~p. Demonstração, através das Tabelas Verdade:
Recíproca Inversa Contrapositiva
p q p→q q→p ~p ~q ~p → ~q ~q → ~p
V V V V F F V V
V F F V F V V F
F V V F V F F V
F F V V V V V V

Formas de encontrar uma Equivalência Lógica para uma Proposição Condicional (p → q):
É um assunto bastante cobrado nas provas de Raciocínio Lógico. Temos duas formas de encontrar
a proposição logicamente equivalente a uma Proposição Condicional (p → q).
1ª Forma: Por Contraposição. Como demonstrado acima, p → q e ~q → ~p são logicamente
equivalentes, isto é, têm o mesmo valor-verdade. Se a proposição p → q for verdadeira, ~q → ~p também
será verdadeira. Se a proposição p → q for falsa, ~q → ~p também o será.
2ª Forma: Por Dupla Negação. Como vimos anteriormente, a negação da negação retorna ao
valor-verdade da proposição original, produzindo uma equivalência lógica. Negando a proposição
condicional (ver regra IV), teremos: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q. Fazendo mais uma negação no resultado (p ∧ ~q)
da primeira negação e observando a regra número II, teremos: ~(p ∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q.
Portanto, p → q ⇔ ~p ∨ q, ou seja, estas duas proposições serão logicamente equivalentes.

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90
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Silogismo:
É um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de
três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas
premissas, é possível deduzir uma conclusão. Sua origem está ligada ao berço da civilização ocidental, a
Grécia antiga com o pensamento do filósofo Aristóteles.
Argumentação Lógica:
Chama-se argumento toda afirmação de que uma dada seqüência finita de proposições P1, P2, P3, ..., Pn
têm como consequência uma proposição final Q. As proposições P1, P2, P3, ..., Pn são chamadas de
premissas do argumento e a proposição final Q chama-se conclusão do argumento.
A seqüência de premissas e conclusão poderá estar disposta horizontalmente ou verticalmente.
No 1º caso temos: P1, P2, P3, ..., Pn  Q onde o símbolo  (traço de asserção) significa “acarreta”, ou
seja, as premissas P1, P2, P3, ..., Pn, acarretam uma conclusão Q.
Nos diversos exemplos de silogismos dispostos abaixo, será demonstrado o 2º caso (disposição
vertical), com a conclusão precedida por ∴ (símbolo de conclusão).

Os argumentos são divididos em dois grupos:


1) ARGUMENTOS INDUTIVOS  Quando suas premissas NÃO fornecerem o apoio completo para
ratificar as conclusões. Exemplo:
• O Fluminense é um bom time de futebol
• O Palmeiras é um bom time de futebol
• O Grêmio é um bom time de futebol
∴ Todos os times de futebol do Brasil são bons
Resultado: A conclusão possui informações que ultrapassam as fornecidas nas premissas e não se
aplica a validade ou não para argumentos indutivos.
A validade é uma propriedade dos argumentos DEDUTIVOS, e dependerá da forma lógica das
proposições e não do conteúdo delas.

2) ARGUMENTOS DEDUTIVOS  Quando suas premissas fornecem prova conclusiva da


veracidade da conclusão, isto é, o argumento é dedutivo quando a conclusão é completamente derivada
das premissas.
Exemplo 1:
• Todas as mulheres são bonitas
• Todas as loiras são mulheres
∴ Todas as loiras são bonitas

Repare que a validade do argumento depende apenas da estrutura dos enunciados.


Se dissermos:
B
• Todo M é B
• Todo L é M M
∴ Todo L é B
L
O argumento continua sendo válido.

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 10


91
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Observação Importante: Não devemos confundir veracidade das premissas com validade do
argumento, pois mesmo com premissas falsas e conclusão falsa, o argumento poderá ser válido (ou não),
dependerá da sua estrutura lógica.
Exemplo 2:
• Todos os pássaros têm asas (V)
• Todas as gaivotas são pássaros (V)
∴ Todas as gaivotas têm asas (V)
Neste exemplo, tivemos todas as premissas verdadeiras e conclusão verdadeira, sendo válido o
argumento (veja no diagrama que não há como negar que todo G tem asas). Mas se trocarmos as palavras
“pássaros” por “peixes” e “gaivotas” por “gatos”, ainda assim o argumento será válido. Veja o exemplo 3.
Exemplo 3:
TÊM ASAS
• Todos os peixes têm asas (F)
• Todos os gatos são peixes (F) P
∴ Todos os gatos têm asas (F)
G

Ficamos com todas as premissas falsas e a conclusão também falsa, mas ainda assim o argumento
será válido (veja, no diagrama, que não há como negar que todo G tem asas). Assim, a conclusão, mesmo
sendo falsa, é sustentada pelas premissas (também falsas). Agora vamos trocar as palavras “gatos” por
“pássaros”. Veja o exemplo 4.
Exemplo 4: TÊM ASAS
Peixes
• Todos os peixes têm asas (F)
• Todos os pássaros são peixes (F)
∴ Todos os pássaros têm asas (V) Pássaros

Todas as premissas continuam falsas, mas a conclusão passa a ser verdadeira (no mundo real).
Ainda assim, com premissas falsas, o argumento será válido, pois como pode ser visto no diagrama, não há
como negar que todos os pássaros têm asas. Abstendo-se do mundo real e pensando apenas no mundo
lógico, se fosse verdade (V) que “todos os peixes têm asas” e fosse verdade (V) que “todos os pássaros são
peixes”, a conclusão “todos os pássaros têm asas” seria necessariamente verdadeira (V), veja o diagrama
acima.
Assim, podemos ter argumentos VÁLIDOS com:
PREMISSAS V F F
CONCLUSÃO V F V

Só não podemos ter: premissas verdadeiras e conclusão falsa. Se isto acontecer, o argumento
não será válido, estaremos diante de um sofisma ou falácia, pois a verdade das premissas é incompatível
com a falsidade da conclusão.

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 11


92
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

ARGUMENTOS VÁLIDOS IMPORTANTES:


I) AFIRMAÇÃO DO ANTECEDENTE (MODUS PONENS): (p → q) ∧ p ⇒ q.
Exemplo:
• Se Lalau for pego roubando, então será demitido. (p → q)
• Lalau foi pego roubando. (p)
∴ Lalau será demitido. (q)

II) NEGAÇÃO DO CONSEQÜENTE (MODUS TOLLENS): (p → q) ∧ ~q ⇒ ~p.


Exemplo:
• Se ela me ama, então quer casar comigo. (p → q)
• Ela não quer casar comigo. (~q)
∴ Ela não me ama. (~p)

Já para os argumentos NÃO VÁLIDOS a tabela terá quatro colunas, pois podemos ter
argumentos não válidos com qualquer caso, especialmente com premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Neste último caso o argumento jamais poderá ser válido. Sempre será não válido (a verdade das
premissas é incompatível com a falsidade da conclusão).
Assim, podemos ter argumentos NÃO VÁLIDOS com:
PREMISSAS V F F V
CONCLUSÃO V F V F
MORTAIS
Mamíferos
EXEMPLOS DE ARGUMENTOS NÃO VÁLIDOS:
• Todos os mamíferos são mortais (V) G G
• Todos os gatos são mortais (V)
∴ Todos os gatos são mamíferos (V) G

Como podemos ver no diagrama, com essas premissas a conclusão não será necessariamente
verdadeira, pois podemos ter todos os gatos mortais e mamíferos, mas também podemos ter todos os gatos
mortais e apenas alguns serem mamíferos. E ainda podemos ter todos os gatos mortais e nenhum ser
mamífero. Ou seja, ainda que as premissas sejam verdadeiras, a conclusão poderá ser falsa.
É fácil demonstrar que o argumento não é válido e que as premissas não garantem a veracidade da
conclusão. Basta substituir os gatos por cobras. Ficamos com:

MORTAIS
• Todos os mamíferos são mortais (V) Mamíferos
• Todas as cobras são mortais (V)
∴ Todas as cobras são mamíferas (F)
C C

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93
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

O argumento não é válido pelo mesmo motivo anterior, a veracidade das premissas não garante
a veracidade da conclusão. Como podemos ver no diagrama, podemos ter todas as cobras mortais e
mamíferas, ou cobras mortais e apenas algumas serem mamíferas ou ainda o caso de mortais e nenhuma
ser mamífera.
Além disso, para que um argumento seja VÁLIDO, a conclusão terá que ser verdadeira se todas
as premissas forem verdadeiras, pois o argumento válido goza da seguinte propriedade:
A veracidade das premissas é incompatível com a falsidade da conclusão.
A validade de um argumento depende tão somente da relação existente entre as premissas e a
conclusão. Logo, afirmar que um dado argumento é válido significa afirmar que as premissas estão
relacionadas com a conclusão de tal forma, que não é possível ter a conclusão falsa se todas as premissas
forem verdadeiras.
Essa validade pode ser verificada, demonstrada ou testada através das tabelas-verdade, com o uso
das regras de inferência ou pelos diagramas de Euler/Venn, que deverão ser utilizados sempre que tivermos
proposições categóricas (proposições usando os quantificadores “todo”, “algum” ou “nenhum”) através de
silogismos (duas premissas e uma conclusão).
Um bom exemplo do que acabamos de ver sobre ARGUMENTOS DEDUTIVOS e sua validade é
uma questão proposta pela Cespe/UnB no concurso nacional para Agente da Polícia Federal em 2004:
Uma noção básica da lógica é a de que um argumento é composto de um conjunto de sentenças
denominadas premissas e de uma sentença denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é
necessariamente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com base nessas informações,
julgue os itens que se seguem.
47 Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
48 Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
49 Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
50 É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é vegetal, logo todo
cachorro é vegetal.

GABARITOS E RESOLUÇÃO:
47 Item ERRADO, pois como já vimos, um silogismo pode ter as premissas falsas e, ainda assim, ser válido;
48 Item ERRADO. Nada podemos afirmar sobre a validade ou não do argumento. O item estaria certo se
afirmasse que a conclusão é falsa com todas as premissas verdadeiras. Como não temos essa
informação, o argumento pode ser válido ou não válido;
49 Item ERRADO. Um silogismo pode ter a conclusão verdadeira e, mesmo assim, não ser válido;
50 Item CERTO. Basta fazer o Diagrama de Venn para verificar que: se a premissa “todo cachorro é verde”
for verdadeira, a premissa “tudo que é verde é vegetal” também for verdadeira, a conclusão “todo
cachorro é vegetal” será, necessariamente, verdadeira.

Vegetais
Verdes

Cachorros

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94
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Veremos agora um tipo de argumento que, ao contrário dos silogismos, só será válido quando
todas as premissas e a conclusão forem verdadeiras.
Usando como exemplo uma questão de concurso público (SERPRO-96):
Se Ana não é advogada, então Sandra é secretária. Se Ana é advogada, então Paula não é professora.
Ora, Paula é professora. Portanto:
(a) Ana é advogada.
(b) Sandra é secretária.
(c) Ana é advogada ou Paula não é professora.
(d) Ana é advogada e Paula é professora.
(e) Ana não é advogada e Sandra não é secretária.

Como resolvê-la? Sabemos que, para esse tipo de argumento ser válido, todas as suas premissas
terão que ser verdadeiras e a conclusão também. O que está sendo pedido nesta questão e também será
em todas as outras deste tipo, é:
Qual a conclusão (necessariamente verdadeira) para o conjunto de premissas (todas verdadeiras) dado?
Neste exemplo de questão, temos três premissas:
1) Se Ana não é advogada, então Sandra é secretária;
2) Se Ana é advogada, então Paula não é professora;
3) Paula é professora.
Por qual delas iremos começar a questão? A primeira e a segunda são premissas condicionais
(do tipo: se, então) e podem ser verdadeiras de três formas diferentes (V,V), (F,V) ou (F,F). Já a terceira,
além de ser incondicional, ela é dada (afirmada) como verdadeira, pois é dito:
“Ora, Paula é professora.”
Será por essa premissa que começaremos a resolução da questão, mas antes vamos transformar
as proposições em letras e usar os símbolos lógicos para os conectivos, ou seja, vamos traduzir o
enunciado para a linguagem lógica. Denominaremos por:
“a” a proposição: “Ana é advogada”;
“s” a proposição: “Sandra é secretária”;
“p” a proposição: “Paula é professora”.
Note que devemos colocar (para não confundir) as proposições sempre na forma afirmativa e usar o
modificador para negá-la quando for necessário. É mais seguro do que colocar umas na forma afirmativa e
outras na forma de negação. Então a argumentação lógica fica assim:
~a → s; a → ~p; p  CONCLUSÃO (?).
Para descobrir o valor dessa conclusão (a única entre as opções de resposta, que será V), vamos
começar pela única das três premissas que é incondicional, a terceira, atribuindo-lhe o valor V. Sendo a
proposição p verdadeira, a sua negação (~p) só pode ser falsa. Assim:
~a → s; a → ~p; p.
; F; V.
A segunda premissa, para ser verdadeira, não pode ter o valor V para a proposição a, pois na
condicional a seqüência VF tem como resultado o valor F. Logo, a proposição a tem que ter o valor F para
que a premissa a → ~p tenha V como resultado. Sendo a proposição a falsa, a sua negação (~a) só pode
ser verdadeira. Logo:
~a → s; a → ~p; p.
V ; F → F; V.
; V; V.

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 14


95
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Portanto, na primeira premissa, o valor-verdade da proposição s não poderá ser F, pois a


sequência VF na condicional terá F como resultado. Terá que ser V para que o seu resultado seja V.
Assim, ficamos com:
~a → s; a → ~p; p.
V → V; F → F; V.
V ; V; V.

Para essa argumentação ser válida, a conclusão também terá que ser verdadeira.

Já sabemos que:
A proposição “a”: “Ana é advogada” É FALSA;
A proposição “s”: “Sandra é secretária” É VERDADEIRA;
A proposição “p”: “Paula é professora” É VERDADEIRA.

Examinemos agora, cada uma das opções de resposta:


(a) Ana é advogada.
Não pode ser a opção de resposta, pois no argumento dado, esta proposição É FALSA;
(b) Sandra é secretária.
É a resposta da questão, pois no argumento dado, esta proposição É VERDADEIRA;
Já chegamos ao gabarito da questão, mas vamos demonstrar porque não podemos ter como
gabarito da questão nenhuma das outras três opções:
(c) Ana é advogada ou Paula não é professora.
Proposição disjuntiva (OU). Ana é advogada É FALSA e Paula não é professora também É FALSA.
Mesmo na disjunção, a seqüência FF resultará em F e não poderá ser a opção de resposta;
(d) Ana é advogada e Paula é professora.
Proposição conjuntiva (E). Logo na primeira proposição já temos FALSA e com o conectivo E, uma
delas sendo F, o resultado será FALSA. Também não pode ser a opção de resposta;
(e) Ana não é advogada e Sandra não é secretária.
Assim como na opção de resposta anterior, é uma proposição conjuntiva (E). A primeira proposição
é VERDADEIRA (negação de uma proposição falsa), mas a segunda É FALSA (negação de uma
proposição V) e assim, a seqüência VF resultará FALSA. Também não pode ser a opção de resposta.
Logo, entre as opções de resposta, a única conclusão possível (verdadeira) para o argumento é o
exposto na letra B: Sandra é secretária. O argumento completo ficaria assim:
Se Ana não é advogada, então Sandra é secretária. Se Ana é advogada, então Paula não é
professora. Ora, Paula é professora. Portanto, Sandra é secretária.
O raciocínio é o mesmo para as outras questões com este tipo de argumento: começar
escolhendo uma das premissas (que não seja condicional ou disjuntiva) para atribuir valor V e assim
descobrir o valor-verdade das outras de forma que todas as premissas sejam verdadeiras. Depois, basta
descobrir entre as opções de resposta a única que possa ser conclusão (necessariamente verdadeira).

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 15


96
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Quantificadores:
Universal – Símbolo: ∀ – Significado: “para todo”, “qualquer que seja”;
Existencial – Símbolo: ∃ – Significado: “existe algum”, “algum”, “existe pelo menos um”;
Símbolo: ∃| – Significado: “existe apenas um”, “existe um único”;
Símbolo: ∃
/ – Significado: “não existe”.
Vimos nas implicações lógicas, nas equivalências lógicas e na argumentação lógica quão
importante é sabermos usar as Tabelas Verdade. Nas sentenças quantificadas (proposições categóricas),
será importante sabermos utilizar os Diagramas de Euler-Venn (Diagramas Lógicos).
Por exemplo: se dissermos que todo A é B, isto quer dizer que todo o conjunto A está contido no
conjunto B. Podemos representar tal situação através do seguinte diagrama:

Se dissermos que algum A é B, isto quer dizer que alguns elementos de A pertencem ao conjunto
B e outros não. Podemos representar tal situação através do seguinte diagrama:

B
A

Para a situação em que não existe A em B, ou seja, nenhum A é B temos:

A B

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 16


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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Negação das proposições quantificadas:

Tipo Proposição A negação será


1 (∀x) (p(x)) (∃x) (~p(x))
2 (∃x) (~p(x)) (∀x) (p(x))
3 (∃x) (p(x)) ( ∃/ x) (p(x))
4 ( ∃/ x) (p(x)) (∃x) (p(x))

No tipo 1, temos o Quantificador Universal (∀x) e uma sentença positiva (p(x)). Para negá-la,
trocaremos o Quantificador Universal (∀x) pelo Quantificador Existencial (∃x) e negaremos a sentença.
Exemplo: “Todos os policiais são honestos”.
Negação: “Algum policial não é honesto”.
OBS.: Ver que este exemplo faz parte da prova para Escrivão da PF de 2009 (item 78), cujo item (ERRADO)
citava a negação como sendo “Nenhum policial é honesto”, quando o correto é “Algum policial não é honesto”.
No tipo 2, temos o Quantificador Existencial (∃x) e uma sentença negativa (~p(x)). Para negá-la,
trocaremos o Quantificador Existencial (∃x) pelo Quantificador Universal (∀x) e afirmaremos a sentença
(faremos a negação da negação, que retorna uma afirmação).
Exemplo: “Algum leão não é feroz”.
Negação: “Todos os leões são ferozes”.
No tipo 3, temos o Quantificador Existencial (∃x) e uma sentença afirmativa (p(x)). Para negá-la, basta
negar o Quantificador Existencial (∃x) e manter a sentença afirmativa.
Exemplo: “Algum milionário é humilde”.
Negação: “Nenhum milionário é humilde” ou ainda, “Não existe milionário humilde”.
No tipo 4, temos a negação do Quantificador Existencial ( ∃/ x) e uma sentença afirmativa (p(x)). Para
negá-la, basta fazer a negação da negação ( ∃/ x) do Quantificador Existencial, voltando a tê-lo na forma
afirmativa (∃x) e manter a sentença.
Exemplo: “Nenhum músico é surdo” ou a equivalente “Não existe músico surdo”
Negação: “Algum músico é surdo” ou ainda, “Existe músico surdo”.
OBS.: Ver que este exemplo foi a questão 23 da prova de Raciocínio Lógico para Assistente Previdenciário da
Rioprevidência, realizada pelo CEPERJ, cuja resolução comentada está no Toque de Mestre nº 35 na Seção
Aulas Virtuais, na página da Editora Ferreira. A opção de resposta correta era a que citava como negação a
sentença equivalente “Há, pelo menos, um músico surdo”.

Número de Tabelas de Valorações Distintas


Não devemos jamais confundir o número de tabelas de valorações distintas com o número de linhas
o o
de uma Tabela Verdade. N de tabelas de valorações distintas ≠ N de linhas da Tabela Verdade.
Como já vimos antes, logo no início do nosso estudo, o número de linhas de uma Tabela Verdade
n
será dado pelo número de proposições envolvidas e será igual a 2 , onde n será o número de proposições
2
simples da proposição composta. Para n = 2, o número de linhas da T.V. será 2 = 4 linhas.

Já o número de valorações distintas será dado por:   .
Mas como  é o número de linhas de uma T.V. podemos dizer que o número de valorações distintas
número de linhas da T.V.
é dado por 2 .
4
Por exemplo, para duas proposições, teremos quatro linhas e 2 = 16 valorações distintas conforme
demonstrado a seguir.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Valorações distintas para duas proposições:


Proposições Valorações distintas
p q V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12 V13 V14 V15 V16
V V V V V V V V V V F F F F F F F F
V F V V V V F F F F V V V V F F F F
F V V V F F V V F F V V F F V V F F
F F V F V F V F V F V F V F V F V F

A valoração V1 corresponde à proposição: p ∨ ~p;


A valoração V2 corresponde à proposição: p ∨ q;
A valoração V3 corresponde à proposição: p ∨ ~q;
A valoração V4 corresponde à proposição: p;
A valoração V5 corresponde à proposição: p → q;
A valoração V6 corresponde à proposição: q;
A valoração V7 corresponde à proposição: p ↔ q;
A valoração V8 corresponde à proposição: p ∧ q;
A valoração V9 corresponde à proposição: ~(p ∧ q);
A valoração V10 corresponde à proposição: p ∨ q;
A valoração V11 corresponde à proposição: ~q;
A valoração V12 corresponde à proposição: p ∧ ~q;
A valoração V13 corresponde à proposição: ~p;
A valoração V14 corresponde à proposição: ~p ∧ q;
A valoração V15 corresponde à proposição: ~(p ∨ q);
A valoração V16 corresponde à proposição: p ∧ ~p;

OBS.: Este assunto foi cobrado na prova para Papiloscopista da PF em 2004, cujo item 46 dizia: “O número
de tabelas de valorações distintas que podem ser obtidas para proposições com exatamente duas variáveis
4
proposicionais é igual a 2 ” (CERTO).

Agora, vamos ver como fazer a resolução de questões, bastante comuns em provas de concursos,
que envolvem verdades e mentiras. Como exemplo, uma questão do concurso para Fiscal do Trabalho em
1998, realizado pela ESAF.
Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso,
Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um deles respondeu:
Armando: "Sou inocente"
Celso: "Edu é o culpado"
Edu: "Tarso é o culpado"
Juarez: "Armando disse a verdade"
Tarso: "Celso mentiu"
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir
que o culpado é:
(a) Armando
(b) Celso
(c) Edu
(d) Juarez
(e) Tarso

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99
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

RESOLUÇÃO
Atentar para as seguintes observações do enunciado:
1ª) O crime foi cometido por um e apenas um dos cinco suspeitos;
2ª) Apenas um dos suspeitos mentiu, os outros quatro disseram a verdade;
Pela observação 2, teremos 5 hipóteses para a identidade do mentiroso:
HIPÓTESES
SUSPEITO DECLARAÇÕES
H1 H2 H3 H4 H5
Armando "Sou inocente" F V V V V
Celso "Edu é o culpado" V F V V V
Edu "Tarso é o culpado" V V F V V
Juarez "Armando disse a verdade" V V V F V
Tarso "Celso mentiu" V V V V F

As hipóteses H1, H4 e H5 podem ser imediatamente descartadas, pois considerando verdadeiras as


declarações de Celso e Edu, teríamos dois culpados (Edu e Tarso). Mas o enunciado explicita que somente
um é culpado. A hipótese H1 é ainda pior, pois sendo falsa a declaração de Armando, ele também seria
culpado e ficaríamos com três culpados. Assim, ficam somente duas hipóteses para examinar: H2 e H3.
HIPÓTESES
SUSPEITO DECLARAÇÕES
H2 H3
Armando "Sou inocente" V V
Celso "Edu é o culpado" F V
Edu "Tarso é o culpado" V F
Juarez "Armando disse a verdade" V V
Tarso "Celso mentiu" V V

A hipótese H2 é perfeita, pois ficamos com:


Armando = INOCENTE, pois estamos considerando a sua declaração verdadeira;
Edu = INOCENTE, pois estamos considerando que a declaração de Celso é falsa;
Tarso = CULPADO, pois estamos considerando que a declaração de Edu é verdadeira;
Juarez = INOCENTE, pois ninguém o acusa e ele confirma a declaração de Armando;
Celso = INOCENTE, pois ninguém o acusa e Tarso confirma que ele mentiu sobre a culpa de Edu;
A hipótese H3 não é viável porque temos, nesta hipótese, uma contradição entre duas declarações. Se
considerarmos verdadeira a declaração de Celso e verdadeira a declaração de Tarso ("Celso mentiu"),
teríamos Celso falando verdade e mentira ao mesmo tempo, o que não é possível, pois uma declaração não
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo (princípio da Não-contradição).

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Agora, para divertir um pouco, abaixo relaciono alguns exemplos de argumentos dedutivos NÃO VÁLIDOS ou
FALÁCIAS:

Deus ajuda quem cedo madruga.


Quem cedo madruga, dorme à tarde...
Quem dorme à tarde, não dorme à noite...
Quem não dorme à noite, sai na balada!!!!!!!
Conclusão: Deus ajuda quem sai na balada!!!!!!

Deus é amor.
O amor é cego.
Steve Wonder é cego.
Logo, Steve Wonder é Deus.

Disseram-me que eu sou ninguém.


Ninguém é perfeito.
Logo, eu sou perfeito.
Mas só Deus é perfeito.
Portanto, eu sou Deus.
Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder!!!!
Meu Deus, eu sou cego!!!

Imagine um pedaço de queijo suíço, daqueles bem cheios de buracos.


Quanto mais queijo, mais buracos.
Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo.
Assim, quanto mais buracos, menos queijo.
Quanto mais queijos mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo.
Logo, quanto mais queijo, menos queijo.

Toda regra tem exceção.


Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.

Existem biscoitos feitos de água e sal.


O mar é feito de água e sal.
Logo, o mar é um biscoitão.

Quando bebemos, ficamos bêbados.


Quando estamos bêbados, dormimos.
Quando dormimos, não cometemos pecados.
Quando não cometemos pecados, vamos para o Céu.
Então, vamos beber para ir pro Céu!

Penso, logo existo.


Loiras burras não pensam, logo, loiras burras não existem.
Meu amigo diz que não é gay porque namora uma loira inteligente.
Se uma loira inteligente namorasse meu amigo ela seria burra.
Como loiras burras não existem, meu amigo não namora ninguém.
Logo, meu amigo é gay mesmo.

Tempo é dinheiro.
Hoje em dia, os trabalhadores não têm tempo pra nada.
Já os vagabundos... têm todo o tempo do mundo.
Logo, os vagabundos têm mais dinheiro do que os trabalhadores.

RL-PF-V_2013.doc Pedro Bello Página 20


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RACIOCÍNIO LÓGICO

3.6 - Análise Combinatória, Questões de Solução: Onde n ind


Análise Combinatória e Permutação, Questões Cada termo, a partir do segundo, foi obtido do termo cia. Nestas co
anterior somando-se 1, 2, 3, e 4, respectivamente. da sequência?
de Permutação e Combinação. Equivalência e Assim, seguindo o mesmo padrão o valor do termo x será
Implicação Lógica. Sequência. Questões Solução:
12 + 5 = 17 Usando a
e a de Denise e a nota RACIOCÍNIO SEQUENCIAL mo será:
Beatriz, se e somente Apenas como curiosidade, veja que fórmula abaixo pode
do que a de Cláudia”; Chamaremos genericamente de sequência a toda fila nos dar todos os termos dessa sequência:
mesma nota, se e so- ordenada de termos (números, letras, figuras, palavras etc.)
gual à de Alice”.
que obedeçam a algum padrão de formação. T(n) = [n × (n−1)] ÷ 2 + 2
ções do professor são
ente que a nota de: Exemplos: T(1) = [1 × (1−1)] ÷ 2 + 2 = 2 Obs.: toda
nise, menor do que a 1.Na sequência (13, 18, 23, 28, 33, 38) cada termo, a par- T(2) = [2 × (2−1)] ÷ 2 + 2 = 3 do tipo an
. tir do segundo, é igual ao anterior adicionado de 5 unidades. a razão da
...
atriz, menor do que a 2. Na sequência (A, D, G, J) é formada tomando-se a posição do
. primeira letra de cada três seguidas na ordem alfabética, ou
...
láudia, menor do que seja: A, b, c, D, e, f, G, h, i, J. T(6) = [6 × (6−1)] ÷ 2 + 2 = 17
de Alice. 3. Na sequência (triângulo‑0, quadrado‑2, pentágono‑5,
2. Conside
Denise, menor do que hexágono‑9) tem-se os nomes dos polígonos, a partir de três Note que, embora essa fórmula possa parecer desne- cada termo an
ia. lados, acompanhados do número de diagonais em cada um cessariamente complicada, ela seria muito valiosa se o
áudia, maior do que a deles, isto é: triângulo – nenhuma diagonal; quadrado – duas pedido fosse para encontrar o valor do milésimo termo
diagonais; pentágono – cinco diagonais; e hexágono – nove em vez do 6º termo como foi o caso!
diagonais. Onde n ind
ceram, cada uma, em
cia é morena como a 3. Determinar na sequência abaixo o valor do termo cia. Nessas c
gaúcha e mais velha orientação temporal indicado por x: décima posiçã
lista e Helena gostam
A paulista, a mineira e Alguns problemas envolvendo sequências podem ser usa- (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, x) Solução:
mineira costuma ir ao dos como testes de orientação temporal porque exigem que Usando a
ulista é mais moça do se identifique qual termo ocorre antes e qual ocorre depois. mo será:
o que a mineira; esta, Solução:
Paula. Cada termo, a partir do terceiro, foi obtido somando-se
Determinação de um termo por indução
os dois anteriores.
mais velha do que a Veja: 1+1=2, 1+2=3, 2+3=5, 3+5=8, 5+8=13.
São comuns as questões de concurso onde se deve encon-
a do que a paulista. Então, seguindo o mesmo padrão teremos:
velha do que Helena, trar o valor de um termo numa dada sequência sem que o
e Maria. padrão de formação de seus termos seja declarado. Nessas
mais velha do que a questões é necessário descobrir o padrão de formação e x = 8+13 = 21
do que a cearense. isto exige um tipo de raciocínio, conhecido como raciocínio
4. Determinar na sequência abaixo a letra que deve Determina
s moça do que a cea- indutivo ou indução, no qual nossas conclusões justificam-se
Recorrênc
o que a mineira. apenas por sua coerência em relação aos casos anteriores. ocupar o lugar do x:
elha do que a paulista, Algo como: “Se todos os casos anteriores obedeceram
a gaúcha. a este padrão que encontrei, então o próximo deverá Uma fórm
(B, F, J, N, x)
obedecê‑lo também”. valor de cada t
É importante entender que, nesses casos, não há nenhum é calculado a p
Obs.: Considere o alfabeto de 26 letras, ou seja, inclusive
tipo de garantia lógica ou matemática de que as conclu- K, W e Y.
53. e sões obtidas por indução estejam certas. Na matemática,
54. b inclusive, existem alguns exemplos célebres de conclusões Exemplo:
55. a incorretas obtidas a partir de raciocínios indutivos. Solução: 1. Conside
56. a O que se pretende verificar como as questões que envol- As letras foram tomadas de quatro em quatro, a partir cada termo an
57. e vem a percepção de padrões é simplesmente a capacidade de “B”. = 2×an – 1 + 3 , o
58. e de o candidato perceber padrões formulando e testando Continuando a sequência, temos: termos consec
59. b hipóteses. será o valor en
60. a B, c, d, e, F, g, h, i, J, k, l, m, N, o, p, q, R.
61. b Exemplos:
62. c Solução:
1. Determinar na sequência abaixo o valor do termo Deste modo, a letra que deve ocupar o lugar de x deve
63. c Analisando
indicado por x: ser o “R”.
64. d termo é ca
65. c (2, 8, 32, 128, x) e adiciona
66. d Determinação de um termo dada uma Fórmula geral valores do
67. b Solução:
68. b Nas sequências numéricas, é bastante comum encon-
Cada termo, a partir do segundo, é igual ao quádruplo
69. e do anterior.
trarmos uma fórmula ou expressão matemática que permita
Desse modo, seguindo o mesmo padrão o valor do determinarmos o valor de um dado termo conhecendo-se
termo x será somente a posição ocupada por ele.

128×4 = 512 Exemplos:


1. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) em que
2. Determinar na sequência abaixo o valor do termo cada termo an é dado pela expressão: No nosso e
indicado por x: tivemos qu
an= 3n + 4
(2, 3, 5, 8, 12, x)

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102
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

Onde n indica a posição ocupada pelo termo na sequên‑ Daí já é possível notar que usar a fórmula de recorrência 5. (50, 360
foi obtido do termo cia. Nestas condições, qual será o valor do vigésimo termo para encontrar algo como o 30º ou o 50º termo dessa a) x = 4
spectivamente. da sequência? sequência seria bem trabalhoso se não soubéssemos do b) x = 3
valor do termo x será valor de algum termo próximo ao termo pedido. Nesses c) x = 5
Solução: casos, seria melhor encontrar outra saída para o problema. d) x = 1
Usando a fórmula geral dada, o valor do vigésimo ter- e) x = 3
mo será: 2. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde
fórmula abaixo pode cada termo an , a partir do terceiro, é dado pela seguinte fór‑ 6. (243, 42
uência: a20 = 3×20 + 4 mula de recorrência an = an – 1 + an – 2 . Sabendo que os valores
a) 248
dos dois primeiros termos da sequência são definidos como
a1 = 3 e a2 = 4, determinar o valor do oitavo termo.
b) 249
+ 2 a20 = 60 + 4 = 64
c) 428
Obs.: toda progressão aritmética (PA) é uma sequência Solução: d) 429
2 = 2
do tipo an = r×n+k, onde o valor da constante r indica De acordo com a fórmula apresentada, o valor de cada e) 250
2 = 3
a razão da PA, k é uma constante de ajuste e n nos dá termo é conseguido adicionando-se os valores dos dois
posição do termo na PA. termos imediatamente anteriores a ele na sequência. 7.
2 = 17 Assim, teremos:
2. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde a) 5
cada termo an é dado pela expressão: a1 = 3 b) 6
ossa parecer desne-
a2 = 4 c) 7
a muito valiosa se o
an = 2n2 – 3 a3 = 3 + 4 = 7 d) 8
r do milésimo termo
a4 = 4 + 7 = 11 e) 9
o!
Onde n indica a posição ocupada pelo termo na sequên‑ a5 = 7 + 11 = 18
cia. Nessas condições, qual será o valor encontrado na a6 = 11 + 18 = 29 8. (1.568,
o o valor do termo a7 = 18 + 29 = 47
décima posição desta sequência? a) x = 1
a8 = 29 + 47 = 76
b) x = 1
x) Solução: c) x = 1
Usando a fórmula geral dada, o valor do décimo ter- O valor do oitavo termo da sequência é 76.
d) x = 1
mo será: e) x = 1
obtido somando-se
EXERCÍCIOS
a10 = 2×102 – 3 9. (37, 26,
Nas questões de 1 a 13 cada uma das sequências apresen-
5+8=13. tadas segue um determinado padrão de formação. Procure a) 5
eremos: a10 = 2×100 – 3
descobrir qual é o padrão de cada sequência e encontre o b) 4
a10 = 200 – 3 = 197 valor que deve ocupar o lugar de cada incógnita, x ou y (note c) 3
que em algumas das sequências é possível encontrarmos d) 2
Determinação de um termo dada uma Fórmula de mais de um padrão que se ajuste a todos os termos). e) 1
xo a letra que deve
Recorrência
1. (30, 37, 44, 51, x) 10. (3, 6, 10
Uma fórmula de recorrência é uma fórmula na qual o a) 55 a) 28
valor de cada termo, a partir de um dado ponto da sequência, b) 56 b) 27
é calculado a partir dos valores termos anteriores a ele. c) 57 c) 26
ras, ou seja, inclusive d) 58 d) 25
e) 59 e) 24
Exemplo:
1. Considere a sequência numérica (a1, a2, a3, .....) onde 2. (9876, 7654, 5432, x) 11. (2, 6, 12
em quatro, a partir cada termo an , a partir do segundo, é dado pela expressão an a) 1234 a) 32
= 2×an – 1 + 3 , onde n e n–1 indicam as posições ocupadas por b) 2345 b) 38
termos consecutivos na sequência. Sabendo que a1 = 0, qual c) 3210 c) 42
será o valor encontrado na sexta posição desta sequência? d) 3456 d) 48
, o, p, q, R.
e) 4321 e) 52
Solução:
ar o lugar de x deve Analisando a fórmula dada, vemos que o valor de cada 3. (17, 20, 21, 24, 25, 28, x)
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo

12. (3, 10, 1


LógiCo-MateMátiCo

termo é calculado dobrando o valor do termo anterior a) 31 a) 56


e adicionado 3 unidades ao resultado. Deste modo os b) 29
uma Fórmula geral valores dos seis primeiros termos da sequência são: b) 57
c) 30
c) 58
d) 27
ante comum encon- a1 = 0 d) 59
e) 28
emática que permita a2 = 2×0 + 3 = 3 e) 60
rmo conhecendo-se a3 = 2×3 + 3 = 9 4. (2, 3, 4, 5, 8, 7, x, y)
a4 = 2×9 + 3 = 21 13. (77, 49,
a) x = 16 e y = 9
a5 = 2×21 + 3 = 45 b) x = 9 e y = 16 a) 7
RaCioCínio

a6 = 2×45 + 3 = 93 c) x = 6 e y = 5 b) 8
a1, a2, a3, .....) em que c) 9
d) x = 5 e y = 6
No nosso exemplo, para obtermos o valor do sexto termo e) x = 16 e y = 9 d) 10
tivemos que usar a fórmula de recorrência cinco vezes. e) 11

28
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103
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

mula de recorrência 5. (50, 360, 140, 180, 230, 90, x, y) 14. Considere a sequência numérica tal que o valor do ter- 20. (FCC/CEA
o 50º termo dessa a) x = 45 e y = 320 mo na n-ésima posição é determinado pela expressão da sequê
ão soubéssemos do b) x = 360 e y = 50 an = n2 – 2n. Qual é o valor do vigésimo termo desta uma lei d
rmo pedido. Nesses c) x = 50 e y = 30 sequência? número
da para o problema. d) x = 180 e y = 50 a) 420 a) meno
b) 360 b) maior
e) x = 320 e y = 45 c) 280
a1, a2, a3, .....) onde c) par.
do pela seguinte fór‑ d) 220
6. (243, 424, 245, 426, 247, x) d) o trip
endo que os valores e) 180
a) 248 e) a met
são definidos como
avo termo.
b) 249 15. Dada a sequência numérica cujo termo geral é expresso
c) 428 por an = 2n – 1, qual o valor da soma dos seis primeiros 21. (FCC/CEA
d) 429 termos desta sequência? compost
e) 250 a) 36 vos. Obse
da, o valor de cada
os valores dos dois b) 38 sugere u
a ele na sequência. 7. c) 46
d) 48
a) 5 e) 56
b) 6
16. Os valores da sequência cujo termo geral e dado por
c) 7 dn = n×(n–3)÷2 correspondem, a partir do terceiro
d) 8 termo, ao número de diagonais de um polígono com
e) 9 n lados. Assim, por exemplo, um quadrado (n = 4) tem
d4 = 4×(4–3)÷2 = 2 diagonais enquanto um hexágono
8. (1.568, 1586, 1658, x, y) (n =6) tem d6 = 6×(6–3)÷2 = 9 diagonais. A questão é: Nessas c
a) x = 1.856 e y = 1.685 Qual o polígono no qual o número de diagonais é igual
desse tri
b) x = 1.685 e y = 1.856 ao número de lados?
a) octógono a) 2.500
a é 76. c) x = 1.658 e y = 1.865
b) hexágono b) 3.000
d) x = 1.865 e y = 1.658
c) pentágono c) 20.00
e) x = 1.568 e y = 1.568
d) heptágono d) 25.50
e) eneágono e) 30.00
equências apresen- 9. (37, 26, 17, 10, 5, x)
formação. Procure a) 5
17. Numa sequência cujo valor do primeiro termo é 4, cada Instruções: na
uência e encontre o b) 4 termo, a partir do segundo, pode ser descrito como deve ocupar o
cógnita, x ou y (note c) 3
fabéticas apre
sível encontrarmos d) 2 an = an–1 + 5. ou seja, inclui
s os termos). e) 1
Qual é o valor do quinto termo desta sequência? 22. (E, J, O, T
10. (3, 6, 10, 15, 21, x) a) 34 a) Y
a) 28 b) 54 b) A
b) 27 c) 44
c) L
c) 26 d) 64
e) 24 d) B
d) 25 e) D
e) 24
18. Numa sequência o valor do primeiro termo é 1 e cada
termo, a partir do segundo, pode ser descrito como 23. (R, O, L, I
11. (2, 6, 12, 20, 30, x) a) B
a) 32 b) C
an = 2⋅an–1 + 5.
b) 38 c) D
c) 42 Determine o valor do 11º termo desta sequência. d) E
d) 48 a) 6.193 e) F
e) 52 b) 3619
c) 6.139 24. (B, D, G,
12. (3, 10, 13, 23, 36, x) d) 3.916 a) O
a) 56 e) 9.631 b) P
b) 57 c) Q
c) 58 19. (FCC/TRF 1ª Região/2006) Assinale a alternativa que
d) ℝ
d) 59 complete seguinte série
e) S
e) 60
9, 16, 25, 36, ?
25. (S, Q, N,
13. (77, 49, 36, 18, x) a) B
a) 45
a) 7 b) C
b) 49
b) 8 c) 61 c) D
c) 9 d) 63 d) E
d) 10 e) 72 e) F
e) 11

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104
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

tal que o valor do ter- 20. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Considere que os termos Instruções: nas questões de 26 a 29 complete a última a) BℝON
inado pela expressão da sequência (5, 12, 10, 17, 15, 22, 20, ...) obedecem a sequência seguindo o mesmo padrão da anterior (considere b) LIXO
igésimo termo desta uma lei de formação. Assim, o termo que vem após o o alfabeto de 26 letras, ou seja, incluindo as letras K, W e Y): c) MEN
número 20 é d) CHAV
a) menor que 25. 26. (B, E, G, J) → (C, F, H, ?) e) HEℝO
b) maior que 30. a) M
c) par. b) J 33. Uma pro
d) o triplo de 9. c) K
e) a metade de 52. d) L JUiZ, Fa
e) Q
ermo geral é expresso Sendo a
ma dos seis primeiros 21. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) O triângulo seguinte é 27. (E, G, A, C) → (L, N, H, ?)
composto de uma sucessão de números ímpares positi- asterisco
a) E a) PALIT
vos. Observe que, em cada linha, a soma dos elementos b) F
sugere uma regra geral. b) CABE
c) G c) JILÓ
d) H d) LOUS
1 = 1 e) J
e) ELEFA
3 + 5 = 8 28. (E, B, F, A) → (M, J, N, ?)
34. Observe
mo geral e dado por a) F
7 + 9 + 11 = 27 sete letr
a partir do terceiro b) G
de um polígono com 13 + 15 + 17 + 19 = 64 c) H
d) I LoSang
quadrado (n = 4) tem 21 + 23 + 25 + 27 + 29 = 125
quanto um hexágono e) J
Assinale
agonais. A questão é: Nessas condições, a soma dos elementos da 30ª linha bulo da
o de diagonais é igual 29. (J, L, N, H) → (D, F, H, ?)
desse triângulo é um número compreendido entre a) Z a) NOVE
a) 2.500 e 3.000 b) A b) LEGIS
b) 3.000 e 3.500 c) B c) MAℝ
c) 20.000 e 25.000 d) C d) PℝOF
d) 25.500 e 30.000 e) D e) SUPIM
e) 30.000 e 35.000
30. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Dos cinco grupos de 4 gaBaRito
letras que aparecem nas alternativas abaixo, quatro
meiro termo é 4, cada Instruções: nas questões de 22 a 25 encontre a letra que
têm uma característica comum. Se a ordem alfabética 1. d
ser descrito como deve ocupar o lugar de x em cada uma das sequências al- adotada EXCLUI as letras K, W, e Y, então o único grupo
fabéticas apresentadas (considere o alfabeto de 26 letras, 2. c
que NÃO tem a característica dos outros é: 3. b
ou seja, incluindo K, W e Y): a) GHJI
4. a
b) CDGF
esta sequência? 5. e
22. (E, J, O, T, x) c) STXV
d) QRUT 6. c
a) Y
e) NOℝQ 7. e
b) A 8. b
c) L 9. d
d) B 31. (FCC/TRF 1ª Região/2006) Assinale a alternativa que
completa a série seguinte: 10. a
e) D 11. c
C3, 6G, L10, ...
eiro termo é 1 e cada
ser descrito como 23. (R, O, L, I, x) a) C4 32. a
a) B b) 13M Justificati
b) C c) 9I “RIMAM
c) D d) 15R “sete” e “
desta sequência. d) E e) 6Y em orde
e) F BRONZE
Encontrar os padrões de certas sequências pode nem sem- na sequê
pre ser uma tarefa simples. As questões seguintes são bons 33. c
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo

24. (B, D, G, K, x)
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo

a) O exemplos disso. O objetivo de mostrá-las aqui é que você Justificati


se convença de que não há como prever todos os padrões coincidem
b) P
possíveis, mas uma boa estratégia é procurar aprender os Abril e M
c) Q padrões mais comuns uma vez que estes terão maior chance inicial co
ale a alternativa que
d) ℝ de caírem novamente na sua prova. Tente resolver as ques- ser JILÓ.
e) S tões seguintes sem recorrer ao gabarito e lembre-se de que,
felizmente, a grande maioria das questões sobre sequências 34. a
25. (S, Q, N, J, x) costuma ser mais fácil que estas. Justificati
a) B das palav
b) C 32. Analise as palavras abaixo, que formam uma sucessão losAngo
c) D “lógica” e, em seguida, assinale a alternativa que pre- A–B–C
d) E enche corretamente a lacuna. Então, a p
nenHUM, FRegUÊS, BRinCo, RePete, PRoMoVe, do meio
e) F
__________.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

complete a última a) BℝONZE RACIOCÍNIO VERBAL 4. Assinale


a anterior (considere b) LIXO mero qu
o as letras K, W e Y): c) MENINO As questões de raciocínio verbal são aquelas que en-
d) CHAVEIℝO volvem, de algum modo, palavras, seus significados e seus
e) HEℝOI diversos tipos de classificações ou de associações possíveis.
Na grande maioria das vezes, as questões de raciocínio a) 20
33. Uma propriedade “lógica” define a sucessão: verbal exploram: b) 29
– pares de palavras ligadas por alguma forma de asso- c) 100
JUiZ, FaRinHa, MaCaCo, aBeLHa, MaLeta, * . ciação;
– anagramas de palavras (letras misturadas) que devem 5. (FCC/CE
Sendo assim, assinale a alternativa que substitui o ser descobertas; observe
asterisco corretamente: – reordenação de um grupo de palavras dadas para palavras
a) PALITO formar uma frase com sentido.
b) CABELO
c) JILÓ Existem também certas questões sobre padrões em se‑
d) LOUSA quências cujos padrões estão ligados a raciocínios verbais. A mesm
e) ELEFANTE Quando isso ocorre, temos as chamadas sequências lexico‑ e a quar
gráficas. Em outras palavras, as sequências lexicográficas a) cacho
34. Observe a sucessão de vocábulos formados todos com são aquelas onde a ordem é explicada por raciocínios que b) cobra
sete letras: dependem de certas palavras que são usadas para gerar a c) cavalo
sequência.
LoSango – iCeBeRg – BRUCUtU – DoiDiCe – ? Um exemplo famoso de se uma sequência desse tipo é 6. (FCC/CEA
o seguinte: duas pal
Assinale a alternativa que apresenta o próximo vocá- na. Essas
Qual deve ser a sexta letra dessa sequência? de modo
bulo da sucessão acima:
a mesma
a) NOVENTA
b) LEGISTA J, F, M, A, M, ...
Primeiro
c) MAℝASMO
d) PℝOFANO a) A
e) SUPIMPA b) B
c) F Assim, a
d) M gunda la
s cinco grupos de 4 gaBaRito e) J a) fileira
tivas abaixo, quatro b) ganho
e a ordem alfabética 1. d 12. d 23. e Você consegue ver a relação que justifica a ordem das c) vitóri
então o único grupo 2. c 13. b 24. b
outros é: letras apresentadas nessa sequência? Qual a letra que de-
3. b 14. b 25. d veria ocupar a sexta posição nessa sequência? 7. Colocand
4. a 15. a 26. c A resposta esperada é que as cinco letras apresentadas pertence
5. e 16. c 27. e nessa sequência correspondem, respectivamente, às iniciais a) HOILF
6. c 17. e 28. d dos nomes dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e b) OIT
7. e 18. c 29. c maio. Então, a sexta letra deveria ser J que é a inicial do c) IPA
8. b 19. b 30. a mês de junho.
le a alternativa que 9. d 20. d 31. d 8. Qual a pa
10. a 21. d EXERCÍCIOS demais?
11. c 22. a a) Carro
1. A Lua está para a Terra, assim como a Terra está para b) Canap
32. a a) o Sol. c) Camis
Justificativa: as sílabas finais das palavras apresentadas b) as nuvens.
“RIMAM”, respectivamente com “um”, “três”, “cinco”, c) as estrelas. 9. Colocand
“sete” e “nove” que são os primeiros números ímpares d) a galáxia. pertence
em ordem crescente. Então, a palavra procurada é e) o universo. a) CUÉ
BRONZE porque rima com o próximo número ímpar b) UNOℝ
cias pode nem sem- na sequência que é onze. 2. Assinale a palavra que não pertence ao mesmo grupo c) SÉVU
s seguintes são bons 33. c das restantes
las aqui é que você Justificativa: as letras iniciais nas cinco palavras dadas a) serra. 10. Colocand
er todos os padrões coincidem com as iniciais de Janeiro, Fevereiro, Março, b) britadeira. pertence
rocurar aprender os Abril e Maio. Então, a próxima palavra deve ter sua c) martelo. a) ORTE
s terão maior chance inicial coincidindo com a de Junho e, por isso, deve d) prego. b) LAℝA
nte resolver as ques- ser JILÓ. e) serrote. c) ZALU
e lembre-se de que,
ões sobre sequências 34. a 11. Qual a le
3. Desembaralhe as letras e assinale a alternativa que
Justificativa: observe a letra do meio em cada uma corresponde ao material mais duro. para com
das palavras dadas: a) UGAA
rmam uma sucessão losAngo – iceBerg – bruCutu – doiDice 1
alternativa que pre- b) LEPPA
A–B–C–D c) ℝADPE a) A
Então, a palavra procurada deverá ser aquela cuja letra d) LEG b) B
ePete, PRoMoVe, do meio seja um “E”: novEnta. c) C
e) ℝOAℝB

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106
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

4. Assinale a alternativa que mostra corretamente o nú- 12. Assinale a alternativa que mostra corretamente o nú- FoRMaÇÃ
mero que deve suceder o 19, na sequência abaixo. mero que deve suceder o 19, na sequência abaixo. DiSCRiMin
ão aquelas que en-
s significados e seus 2,10,12,16,17,18,19, ... J, A, S, O, N, ...
sociações possíveis.
EXERCÍCIO
estões de raciocínio a) 20 d) 200 a) A
b) 29 e) 1000 1. (FCC/TRF
b) B represen
uma forma de asso- c) 100 c) C
d) D
turadas) que devem 5. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) No esquema abaixo,
observe que há certa relação entre as duas primeiras e) E
alavras dadas para palavras.
gaBaRito a)
GATO – GALO :: LEÃO – ?
obre padrões em se‑ 1. a
raciocínios verbais. A mesma relação deve existir entre as terceira palavra Justificativa: a Lua orbita a Terra assim como a Terra
s sequências lexico‑ e a quarta, que está faltando. Essa quarta palavra é orbita o Sol. b)
ências lexicográficas a) cachorro d) golfinho 2. b
por raciocínios que b) cobra e) sabiá
Justificativa: a britadeira é a única ferramenta que não
usadas para gerar a c) cavalo c)
é usada em marcenaria.
6. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Na sentença seguinte há 3. c
quência desse tipo é
duas palavras grifadas, cada qual seguida de uma lacu- Justificativa: as alternativas mostram, respectivamen- d)
na. Essas lacunas devem ser preenchidas por palavras, te, os anagramas das seguintes palavras: AGUA, PAPEL,
equência? de modo que a primeira palavra tenha, para a segunda, PEDRA, GEL e BARRO. Desses, o material mais duro é
a PEDℝA. e)
a mesma relação que a terceira tem para com a quarta.
4. d
Primeiro está para ...... assim como janeiro está para Justificativa: a sequência mostra, em ordem crescente
2. (FCC/CEA
...... . de valores, todos os números cujos nomes, em portu- de uma n
guês, começam com a letra ”D”: Dois, Dez, Doze, Dezes- necessár
Assim, as palavras que preenchem a primeira e a se- seis, Dezessete, Dezoito, Dezenove e, então, Duzentos. obter-se
gunda lacunas são, respectivamente 5. e é mostra
a) fileira e mês. d) último e dezembro. Justificativa: gato e galo são felino e ave, respecti- número 1
b) ganho e verão. e) número e mês. vamente. Então, devemos ter novamente um felino
ustifica a ordem das c) vitória e reis. (leão) e uma ave (sabiá).
Qual a letra que de- 6. d
uência? 7. Colocando as letras em ordem, qual a palavra que não Justificativa: primeiro e último indicam o início e o final
letras apresentadas pertence ao mesmo grupo das demais? Com bas
de uma sequência assim como janeiro e dezembro. Ob-
tivamente, às iniciais a) HOILF d) ℝOMAÇ afirmar q
serve que, embora este seja o raciocínio que justifica o
reiro, março, abril e b) OIT e) OTEN a) meno
c) IPA gabarito da banca, pode-se encontrar raciocínios para
J que é a inicial do b) 4
justificar todas as demais alternativas o que, por si só,
c) 5
8. Qual a palavra que não pertence ao mesmo grupo das poderia dar causa à anulação da questão.
d) 6
demais? 7. d e) maior
a) Carro d) Colo Justificativa: com exceção da letra “D”, todas as outras
b) Canapé e) Carícia opções formam as palavras que indicam parentescos: 3. (FCC/CEA
mo a Terra está para
c) Camisa FILHO, TIO, PAI, MARÇO e NETO. que segu
8. d caracterí
9. Colocando as letras em ordem, qual a palavra que não Justificativa: das cinco, “Colo” é a única palavra que tal caract
pertence ao mesmo grupo das demais? não começa com “Ca”. a) (6;36)
a) CUÉ d) TRAME 9. a b) (9;54)
b) UNOℝA e) ARTRE Justificativa: colocando as letras na ordem certa, c) (11;63
c) SÉVUN temos: CÉU, URANO, VÊNUS, MARTE e TERRA. Todas d) (12;72
ce ao mesmo grupo
são nomes de planetas, exceto CÉU. e) (15;90
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo

10. Colocando as letras em ordem, qual a palavra que não 10. d


pertence ao mesmo grupo das demais? Instruções: Pa
Justificativa: todas as outras formam nomes de cores: deve observar
a) ORTEP d) FOℝℝE PRETO, AMARELO, AZUL, VIOLETA.
b) LAℝAMEO e) TIVOLEA palavras dada
11. d palavra da esq
c) ZALU
Justificativa: a letra final indica a inicial no nome (em deve descobri
11. Qual a letra que deve ser colocada no lugar do asterisco português) da centena em cada numeral apresentado: palavra àquela
e a alternativa que 108 = Cem, 648 = Seiscentos, 325 = trezentos e 214 = do ponto de in
o. para completar corretamente a sequência:
Duzentos. Então teremos: 214 = Duzentos
108 ( C ) 648( S ) 325( T ) 214( * ) 12. d 4. (FCC/CEA
a) A d) D Justificativa: as letras são as iniciais dos nomes dos
b) B e) E meses do 2º semestre: Julho, Agosto, Setembro, Ou-
c) C tubro, Novembro e, portanto, Dezenbro.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

a corretamente o nú- FoRMaÇÃo De ConCeitoS e a) troca 9. Que nú


sequência abaixo. DiSCRiMinaÇÃo De eLeMentoS b) roca
c) cada l
d) caro
EXERCÍCIOS e) orca a) 3
b) 4
1. (FCC/TRF 1ª Região/2006) Qual dos cinco desenhos c) 5
5. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005)
representa a comparação adequada? d) 6
capitular – lar e) 7
loucura – cura
batalho – ? 10. Observ
ros que
a) a) alho
b) bolha
c) atola
a assim como a Terra d) atalho
e) talho a) 16
b) 64
6. Observe o exemplo: b) 36
a ferramenta que não 216
c)
SoPa ( PaLa ) geRaL c) 32
128
ram, respectivamen- d) d) 216
No exemplo dado, a palavra do meio, entre parênteses,
alavras: AGUA, PAPEL, 36
segue uma lei de formação que depende das outras
material mais duro é e) 128
e) duas palavras. Seguindo a mesma lei, qual a palavra que 32
se deve colocar entre os parênteses no caso abaixo?
em ordem crescente Instruções p
2. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Chama-se persistência FoCa ( ..... ) atLaS Nas questõe
os nomes, em portu- de uma número inteiro e positivo o número de etapas como senha
ois, Dez, Doze, Dezes- necessárias para, através de operações sucessivas, a) FALA As senhas nu
e e, então, Duzentos. obter-se um número de um único algarismo. Como b) CALA usando as pi
é mostrado no exemplo seguinte, a persistência do c) FALTA Cada pista é
lino e ave, respecti- número 1.642 é 3: d) FACA mero de letr
ovamente um felino e) CASA - o primeiro
certas nas po
7. Observe o exemplo: - o segundo n
dicam o início e o final erradas a pis
neiro e dezembro. Ob- Com base na definição e no exemplo dados, é correto 326 ( 20 ) 423 Assim, se a s
iocínio que justifica o afirmar que a persistência do número 27.991 é PeRto : 4-0
ntrar raciocínios para a) menor que 4. No exemplo dado, o número do meio, entre parênteses, nenhuma let
tivas o que, por si só, b) 4 segue uma lei de formação que depende dos outros NERVO : 3-0
c) 5 dois números. Seguindo a mesma lei, qual o número nenhuma let
questão.
d) 6 que se deve colocar entre os parênteses no caso abaixo? teRno : 3-1
e) maior que 6 letra certa em
a “D”, todas as outras 427 ( ..... ) 113
ndicam parentescos: 3. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) Em quatro das alternativas a) 20 11. Assinale
que seguem, os pares de números apresentam uma b) 21
característica comum. A alternativa cujo par NÃO tem c) 41
a única palavra que tal característica é d) 45
a) (6;36) e) 73
b) (9;54)
as na ordem certa, c) (11;63) 8. Observe o exemplo:
ARTE e TERRA. Todas d) (12;72)
ÉU. e) (15;90) 28 ( 82 ) 13
a) ALI
Instruções: Para resolver as duas questões seguintes, você
mam nomes de cores: No exemplo dado, o número do meio, entre parênteses, b) LIA
deve observar que, em cada um dos dois primeiros pares de
A. segue uma lei de formação que depende dos outros c) ELA
palavras dadas, a palavra da direita foi formada a partir da
dois números. Seguindo a mesma lei, qual o número d) ℝIA
palavra da esquerda segundo um determinado critério. Você
inicial no nome (em deve descobrir esse critério e usá-lo para associar a terceira que se deve colocar entre os parênteses no caso abaixo? e) DIA
umeral apresentado: palavra àquela que deve ser corretamente colocada no lugar
5 = trezentos e 214 = do ponto de interrogação. 16 ( ..... ) 17 12. Assin
Duzentos ve.
4. (FCC/CEAL/Assist. Téc./2005) a) 17
b) 61
ciais dos nomes dos
telefonar – arte c) 67
gosto, Setembro, Ou- d) 71
ezenbro. robustecer – erro
cadastro – ? e) 76

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istribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-
108
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

9. Que número completa a sequência: a) AMOℝ 17. Assinale


b) ℝOMA
livro (5) olho (4) castor (6) noite (?) c) MOℝA B
d) ℝOAM T
a) 3 e) AℝMO
b) 4 P
c) 5 13. Assinale a alternativa que corresponde à palavra. A
d) 6 B
e) 7
P U N H O: 0 – 0
C O N T A: 3 – 0
a) PℝIM
10. Observe a sequência abaixo e descubra quais os núme-
ros que faltam. b) ℝOM
S U ℝ D O: 0 – 1
c) CUR
P ℝ E S O: 0–2 d) PℝU
1 8 9 64 25 ? 49
1 4 27 16 125 ? 343 P O L A R: 0 – 1 e) SUR
a) BESTA
a) 16
b) CORTA
gaBaRit
64
b) 36 c) CESTA
d) CARTA 1. e
216
c) 32 e) NESTA 2. a
aL 3. c
128
d) 216 14. Assinale a alternativa que corresponde à palavra-chave. 4. b
eio, entre parênteses, 5. d
36
e depende das outras 6. e
e) 128 M A D ℝ E: 0 – 0
lei, qual a palavra que 32 7. d
eses no caso abaixo? M Ó V E L: 3 – 0 8. b
Instruções para as questões 11 a 17: N A V I O: 2 – 1 9. c
aS Nas questões 11 a 17 deve-se descobrir uma palavra usada F ℝ A C O: 0–2
como senha. C A S A L: 2 – 0 RACIOCÍN
As senhas nunca têm letras repetidas e pode-se deduzi-las
usando as pistas apresentadas. a) CANAL
Cada pista é composta por uma palavra com o mesmo nú- O objetivo de
b) COVIL representaçõ
mero de letras da senha procurada seguida dois números:
c) CANIL ou tridimens
- o primeiro número, em negrito, mostra quantas letras
certas nas posições certas a pista tem em relação à senha. d) BANAL
- o segundo número mostra quantas letras certas em posição e) SENIL Exemplo
erradas a pista tem em relação à senha. A figura
Assim, se a senha fosse a palavra CeRto teríamos: 15. Assinale a alternativa que corresponde à palavra-chave. cação de um
PeRto : 4-0 (4 letras certas nas posições certas: E, R, t, O e figura, pode
meio, entre parênteses, nenhuma letra certa em posição errada) F I L M E: 0 – 0 certa disposi
depende dos outros NERVO : 3-0 (3 letras certas nas posições certas: E, R , O e O círculo, po
F O ℝ M A: 2 – 0
ma lei, qual o número nenhuma letra certa em posição errada) mostra um “
nteses no caso abaixo? teRno : 3-1 (3 letras certas nas posições certas: E, R, O e 1 L I M A R: 0 – 1
letra certa em posição errada: t) S U M I A: 1–2
P L U M A: 3 – 0
11. Assinale a alternativa que corresponde à palavra-chave.
a) POUSA
M Ê S 0 – 0 b) LOUSA
S I M 0 – 1 c) PAUSA
ℝ Ó I 1 – 0 d) LOUℝA Assinale
e) CAUSA uma possíve
ℝ O L 0 – 1
planificação
M O A 0 – 1 16. Assinale a alternativa que corresponde à palavra-chave.
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo

a)
a) ALI
meio, entre parênteses, b) LIA V I S T O: 0 – 0
depende dos outros c) ELA ℝ O G U E: 3 – 1 b)
ma lei, qual o número d) ℝIA ℝ O S N E: 1 – 1
nteses no caso abaixo? e) DIA G O S T A: 1 – 1
c)
12. Assinale a alternativa que corresponde à palavra-cha- ℝ E V O A: 3 – 0
ve.
a) ℝENOVA d)
ℝ I J O 0–2 b) VEℝONA
T ℝ E M 0–2 c) ℝAVINA
P U M A 0–2 d) RANGE e)
S O L A 0–2 e) RÉGUA

34 33

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109
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

17. Assinale a alternativa que corresponde à palavra-chave. Solução: 2. As pi


Fechando a figura com a face branca para baixo, o cubo guard
B E S T A: 0 – 0 formado ficaria assim: tada
– Em baixo: Face branca.
T U M B A: 0–2 – Em cima: Face riscada (riscas diagonais).
P O B ℝ E: 1–2 – Faces laterais: A partir do círculo e seguindo para a
sponde à palavra. A M B A R: 0–2 direita: círculo – figura cinza – X – preta – circulo
B ℝ U T O: 3 – 0 novamente.
O: 0 – 0 Note que ao deixarmos a face branca para baixo teremos:
A: 3 – 0
a) PℝIMO
b) ℝOMPE – O círculo à direita da preta;
O: 0 – 1 – A preta à direita do X; Seguin
c) CURTO mostra
O: 0–2 – O X à direita da figura cinza;
d) PℝUMO – A figura cinza à direita do círculo.
R: 0 – 1 e) SURTO
Então, avaliando os cubos nas alternativas, temos:
gaBaRito – A alternativa “A” mostra o círculo com a figura cinza à
sua direita. Então a face de cima deveria ser a riscada
1. e 10. d e não a do X.
2. a 11. a – Na alternativa “B” mostra a face branca virada para a
3. c 12. a frente (como se olhássemos o fundo do nosso cubo) a) 1 –
4. b 13. c com o X à esquerda da figura cinza. Mas o X deveria 2 –
ponde à palavra-chave. estar à direita da figura cinza.
5. d 14. b 1 –
6. e 15. a – A alternativa “C”, que mostra a face riscada para cima, b) 3 –
E: 0 – 0 7. d 16. e a face preta deveria estar à esquerda do círculo e não 2 –
L: 3 – 0 8. b 17. d à direita. 1 –
O: 2 – 1 9. c – Na alternativa “D” as laterais mostram o círculo com a c) 3 –
figura cinza à sua direita. Então a face de cima deveria
O: 0–2 2 –
ser a riscada.
L: 2 – 0 RACIOCÍNIO ESPACIAL 1 –
– Por exclusão, chegamos à alternativa “E”. Realmente,
se virássemos esse cubo pondo a face branca para d) 3 –
O objetivo desses problemas é medir a capacidade de formar baixo, o X ficaria para frente e a face preta ficaria à sua 2 –
representações mentais de objetos no espaço bidimensional direita, exatamente como acontece com o cubo que 1 –
ou tridimensional e transformá-las em novas representações. nós formamos a partir da planificação dada na figura. e) 1 –
2 –
Exemplo: Portanto o gabarito é alternativa “E”. 1 –
A figura apresentada a seguir representa uma planifi‑
ponde à palavra-chave. cação de um cubo. Dobrando-se convenientemente essa EXERCÍCIOS 3. Sabe
figura, pode-se obter um cubo cujas faces exibirão, numa está
E: 0 – 0 certa disposição, os desenhos que aparecem na planificação. 1. A figura abaixo pode ser dobrada para formar um bloco quan
A: 2 – 0 O círculo, por exemplo, ficará numa face oposta à face que com seis faces retangulares.
mostra um “X”.
R: 0 – 1
A: 1–2
A: 3 – 0

a) 12
b) 13
Assinale a única alternativa que mostra corretamente c) 14
uma possível representação do cubo formado a partir da d) 15
planificação dada acima. e) 16
ponde à palavra-chave.
a) 4. Quan
Dos blocos mostrados a seguir, pode (podem) correspon-
O: 0 – 0 der ao bloco que se obteria a partir da figura acima:
E: 3 – 1 b)
E: 1 – 1
A: 1 – 1
c)
A: 3 – 0

d) a) somente o II. a) m
b) o I e o II. b) ex
c) o III e o V. c) ex
e) d) o I e o II. d) ex
e) o I, o II e o IV. e) m

i adquirido por FABIO FIGUEIROA - CPF: 596.354.105-06. Este eBook foi adquirido por FABIO FIGUEIR
distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitand
110
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

RACIOCÍNIO LÓGICO

2. As pilhas de cubos representadas na figura seguinte 5. Assinale a alternativa que mostra uma possível planifi- nÚMeRo
a para baixo, o cubo guardam uma relação numérica com a tabela apresen- cação do cubo abaixo.
tada à sua direita. O conju
números car
gonais). nos referirmo
o e seguindo para a 3 – 2 – 1
X – preta – circulo
2 – 1 – 0
Represen
1 – 0 – 0
para baixo teremos: Sucessor
a) Sucessor
Seguindo a mesma regra, assinale a alternativa que
• Todo n
mostra a tabela correspondente à pilha de cubos abaixo.
• O suc
• O suc
ou de
nativas, temos: b) • Se n +
com a figura cinza à antec
deveria ser a riscada • O ant
• O ant
branca virada para a dente
ndo do nosso cubo) a) 1 – 2 – 3 • O ant
za. Mas o X deveria 2 – 2 – 1 c) n–1
1 – 1 – 1
e riscada para cima, b) 3 – 2 – 1 Operações co
rda do círculo e não 2 – 1 – 2
1 – 2 – 1 ‑ Adição
tram o círculo com a c) 3 – 2 – 1 d) • A adi
ace de cima deveria núme
2 – 2 – 1
1 – 1 – 1
tiva “E”. Realmente,
a face branca para d) 3 – 2 – 1
• Numa
ce preta ficaria à sua 2 – 1 – 3
ce com o cubo que 1 – 2 – 1 e)
ação dada na figura. e) 1 – 2 – 3
2 – 1 – 2
”. 1 – 1 – 1 • O Elem
6. O molde apresentado na figura abaixo pode ser dobrado
3. Sabendo que, nas camadas superiores, cada cubinho para formar um cubo.
está apoiado completamente sobre outro cubinho, • A adiç
ara formar um bloco quantos cubinhos há na figura abaixo?

• A adiç

- Subtraç
• A sub
result
• A sub
a) 12 São possíveis representações corretas desse cubo:
adiçã
b) 13
c) 14
d) 15 • Numa
e) 16
LógiCo-MateMátiCo
RaCioCínio LógiCo-MateMátiCo

(podem) correspon- 4. Quantos cubinhos há na figura abaixo?


a) somente I.
figura acima:
b) I , II e III.
c) somente IV. • A sub
d) somente V.
e) I e V.
• A sub
gaBaRito n
a) menos de 9
RaCioCínio

b) exatamente 9 ‑ Multipl
c) exatamente 11 1. c 4. e
2. c 5. c • A mu
d) exatamente 12 result
3. c 6. b
e) mais de 8 e menos de 12

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ok foi adquirido por FABIO FIGUEIROA - CPF: 596.354.105-06. Este eBook foi adquirido por FABIO FIGUEIROA - CPF:
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111
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

11 2INFORMÁTICA
- INFORMÁTICA
Informática
4.1 - Software e Noções de sistema Software proprietário
operacional (ambientes Windows)
Software É aquele cuja cópia, redistribuição ou modificação são em alguma
O software é toda parte lógica do computador. Fazem parte do medida restritos pelo seu criador ou distribuidor. Para utilizar,
software: os programas, o sistema operacional, os dados, o copiar, ter acesso ao código-fonte ou redistribuir, deve-se solicitar
compilador, o interpretador, etc. O software é utilizado para ao proprietário, ou pagar para poder fazê-lo. Exemplos: Microsoft
gerir o funcionamento do computador e ampliar sua Windows, Real Player, Adobe Photoshop, entre outros.
potencialidade, para que possamos ter a solução de um
problema. Podemos dividir o software em três grupos: software Software livre
básico (do fabricante), software utilitário (de apoio) e software
aplicativo (do usuário). É qualquer programa de computador que pode ser usado,
copiado, estudado e redistribuído sem nenhuma restrição ou
pagamento. O código-fonte do programa é disponível
Tipos de software. gratuitamente.
Software Básico
É um conjunto de programas que define o padrão de
comportamento do equipamento, tornando-o utilizável, ou
seja, são os programas usados para permitir o
funcionamento do hardware. O software básico é orientado
para a máquina e torna possível a operação e a pró- pria
programação do computador. Seus programas se destinam a
realizar tarefas básicas do computador, como: acionar
periféricos, gerenciar buffers, mapear memória, manter o
relógio e a data, etc. Exemplo: Sistema Operacional.
Software Utilitário Os softwares livres se baseiam em 04 liberdades
GPL – LICENÇA PÚBLICA GERAL
São programas desenvolvidos com aplicações definidas, que
facilitam a operação do compu- tador por parte do usuário.
Liberdade 00 Executar o software seja qual for a
sua finalidade.
Software Aplicativo
Acessar o código-fonte do programa
São programas utilizados na automação das rotinas e modificá-lo conforme sua neces-
comerciais, industriais e científicas. É o conjunto de Liberdade 01
sidade e distribuir suas melhorias ao
programas voltados para a solução de problemas do usuário,
ou seja, executa uma série de instruções comandadas pelo público, de modo que elas fiquem
usuário. disponíveis para a comunidade.
Freeware
Liberdade 02 Fazer cópias e distribuí-la para quem
São programas gratuitos, eles não expiram e você pode usá- desejar de modo que você possa
los livremente que nunca terá que pagar nada por isso. ajudar ao seu próximo.
Alguns programas são gratuitos apenas para pessoas físicas
ou uso não comercial. Melhorar o programa e distribuir
Liberdade 03
suas melhorias ao público, de modo
que elas fiquem disponíveis para a
Adware (Advertising software) comunidade.

São programas gratuitos, mas fazem publicidade em forma


de banners ou links que bancam SISTEMA OPERACIONAL.
os custos do desenvolvimento e manutenção do software. É o principal programa do computador, responsável pelo
controle do equipamento em si, gerenciando o uso dos
Shareware dispositivos (memória, drive's) e demais programas
(processadores de texto, planilhas de calculo) e demais
periféricos tais como impressoras e scanners, discos entre
São programas gratuitos para testar, que após um
outros. Exemplo: Windows, Linux, Unix, Netware, Mac OS,
determinado tempo de uso é cobrado.
DOS, entre outros. Quanto à forma de trabalho e uso o sistema
operacional, pode ser:
Não permite ser utilizado por mais de um
Monousuário
usuário simultaneamente.
Exemplo: MS-DOS, WindWs 3.x, Windows
9x, Millenium.

Multiusuário Projetados para suportar várias sessões de


usuário em um computador.
Exemplo: Windows XP, Vista 7, Linux e Mac
OS.

Tipos de licença de software. Monotarefa Capazes de executar apenas uma tarefa de


cada vez.

7
112
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA
12 Informática
Multitarefa - Controla os periféricos de Entrada e Saída de informação;
É aquele que permite (aparenta) executar
várias tarefas simultâneas. Exemplo: - Cria uma plataforma comum entre os programas.
Navegar na internet com um browser e
editar um texto no Word.
ELEMENTOS DO SISTEMA OPERACIONAL ATUAL:

Principais características do Microsoft Windows.


Sistema Operacional Gráfico: O Windows apresenta telas
amigáveis, menus simplificados.

Multitarefa: Permite trabalhar com diversos programas ao


mesmo tempo (Word e Excel abertos ao mesmo tempo).
Multiusuário: Capacidade de criar diversos perfis de usuários.
Questão:
Plug And Play (PnP): Instalação automática dos itens de
hardware. Sem a necessidade de desligar o computador para O sistema operacional linux é composto por três componentes
iniciar sua instalação. principais. Um deles, o shell, é o elo entre o usuário e o sistema,
funcionando como intérprete entre os dois. Ele traduz os
Sistema de Arquivos FAT32 ou NTFS: O sistema de arquivos comandos digitados pelo usuário para a linguagem usada pelo
padrão do Windows é o NTFS, podendo optar pelo FAT32. kernel e vice-versa. Sem o shell a interação entre usuário e o
kernell seria bastante complexa.
O que faz o Sistema Operacional Windows?
(X)CERTO ( )ERRADO
- Gerencia as memórias;
- Gerencia o processamento;

PRINCIPAIS ITENS E FUNÇÕES DO WINDOWS podem ser exibidos temporariamente, mostrando o status das
atividades em andamento. Por exemplo, o ícone da impressora é
Tela de logon: Nela, selecionamos o usuário que irá utilizar o exibido quando um arquivo é enviado para a impressora e
computador. desaparece quando a impressão termina. Você também verá um
lembrete na área de notificação quando novas atualizações do
Ícones: Representação gráfica de um arquivo, pasta ou Windows.
programa. Você pode adicionar ícones na área de trabalho,
assim como pode excluir. Alguns ícones são padrões do Botão Iniciar: É o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele
Windows: Meu Computador, Meus Do- cumentos, Meus locais de dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros
Rede, lnternet Explorer e a Lixeira. Os ícones de atalho menus que, por sua vez, acionam programas do Windows. Ao
oferecem links para os programas ou arquivos que eles ser acionado, o botão lniciar mostra um menu vertical com
representam. Você pode adicioná-los e excluí-los sem afetar os várias opções. Alguns comandos do menu lniciar têm uma seta
programas ou arquivos atuais. para a direita, significando que há opções adicionais disponíveis
em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre
Barra de tarefas : Mostra quais as janelas estão abertas neste um item com uma seta, será exibido outro menu. O Menu iniciar
momento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas oferece a você acesso mais rápido a e-mail e lnternet, seus
sob outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas documentos, imagens e música e aos programas usados
ou entre programas com rapidez e facilidade. recentemente, pois estas opções são exibidas ao se clicar no
botão Iniciar.
A barra de Tarefas pode conter ícones e atalhos e desocupa
memória RAM, quando as janelas são minimizadas. A barra de Painel de controle: Pelo Painel de Controle temos acesso às
tarefas também possui o menu lniciar e a área de notificação, configurações do Windows. Podemos também usar as diversas
onde você verá o relógio. Outros ícones na área de notificação ferramentas oferecidas neste painel, como Adicionar ou

8
113
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

13 Informática
Remover programas, visualizar impressoras instaladas e instalar
novas impressoras, adicionar, remover ou alterar contas
usuários, configurar o firewall do Windows, entre outras
aplicabilidades.

Lixeira: É uma pasta que armazena temporariamente arquivos


excluídos; O tamanho padrão é de 10% do HD (podemos alterar
o tamanho da lixeira acessando as propriedades da lixeira).

QUESTÕES

1- CESPE - 2012 -CARCTERISTICAS


PRINCIPAIS MPE-PI - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO
DO SISTEMA LINUX.
Julgue os próximos itens, acerca de conceitos relacionados a organ-
O Linux
ização é um pastas
de arquivos, Sistema Operacional
e programas. desenvolvido
Quando um programapelo
é in-
programador Linus Torvalds.É considerado um Software básico.
stalado em um computador, normalmente, são criadas pastas onde
É um Software Livre (Open Source).
arquivos relacionados a esse programa são armazenados. A remoção
de arquivos
Licença de dessas pastas de GPL/GNU
uso: GPL/GNU. armazenamento poderá
- significa comprometer
Licença Pública o
correto funcionamento
geral, consiste do programa.
na designaçãode licença para softwares livres.
( ) Certo ( ) Errado
É um sistema operacional Multitarefa e Multiusuário: Capacidade
de criar diversos perfis de usuários.
2- CESPE - 2010 - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - TÉCNICO JUDICIÁRIO
Acerca de hardware
É Preemptivo e software,
- permite julgue de
a interrupção os processos.
itens subsequentes.
(É também Todo
software, para do
característica serWindows).
executado por meio de écomputador,
Preemptivo a ideia de deve ser car-
ter vários
programas
regado sendo processados
na memória principal doao mesmo tempo,
computador, e com
ou seja, isso,
na memória
conseguimos alternar de um para o outro, interrompendo desta
RAM.
(forma,
) Certoo(processo
) Errado de um para executar outro.
Multiprocessamento (também característica do Windows).
3-CESPE-2009-ADAGRI-CE
Multiprocessamento é um -FISCAL ESTADUAL
compu- tador AGROPECUÁRIO
com mais de um
Com relação à informática e Internet, julgue os itens a seguir. Free-
processador.
ware são software sem qualquer proteção de direitos autorais, que
Sistema Monolítico (também característica do Windows).
podem ser utilizados sem restrição de uso e de código fonte.
Sistema monolítico - todos os processos em um só núcleo.
( ) Certo ( ) Errado
Compartilhamento de bibliotecas (também característica do
4-CESPE-2009-ADAGRI-CE-AGENTE
Windows). É o compartilhamen- ESTADUAL
to de AGRO PECUÁRIO
recursos com os
softwares
De acordo cominstalados no a computador.
o disposto Exemplo:
respeito do direito de uso,asos fontes
software
instaladasnos
utilizados no computadores
computador para
podem ser utilizadas
diversas finalidadesem vários
operacionais
programas como Word, Excel, Power Point, Pho- toshop e etc.
podem ser de vários tipos de função, como, por exemplo, software
proprietários,
Capacidade software comerciais, sharewares
de processamento 32/ 64e freewares.
bits (também
(característica
) Certo ( ) Errado
do Windows) - Há versões de 32 e 64 bits. Pode
ser instalado tanto em processadores de 32 bits, como de 64
5- CESPE - 2010 - ANEEL - TÉCNICO ADMINISTRATIVO
bits.
A respeito dos fundamentos operacionais e pacotes dos sistemas
Superusuário (também presente no Windows, mas com o nome
Windows e Linux, julgue os itens que se seguem. O sistema opera-
de Administrador) é o usuário com controle total do
cional é uma plataforma, ou seja, uma espécie de base sobre a qual
computador.
são executados os programas usados em um computador. Além dis-
Usuário
so, traduzcomum (também
as tarefas presente
requisitadas no Windows,
pelo usuário mas com para
ou por programas o
nomelinguagem
uma de UsuárioqueLimitado) é o usuário
o computador que não tem poder para
compreenda.
(manipular
) Certo ( ) todos
Erradoos recursos existentes no computador.
lnterface gráfica e Prompt de comando (também existente no
6- CESPE - 2011
Windows) - PC-ES -interagir
- É possível CARGOScom DE NÍVEL SUPERIOR
o Linux de duas maneiras:
Acerca de conceitos
Pela lnterface básicos
Gráfica de informática
ou Prompt e sistemas
de Comando operacionais,
(Shell, bash sh,
julgue
etc). os itens a seguir. No ambiente Windows, a opção de Mapear
unidade de rede permite se associar um atalho para uma unidade
Distribuição
local,de modo Linux.
que esta possa estar disponível para outro usuário ou
Algumas
outra rede.bancas citam nas provas algumas das principais
(distribuições, portanto cabe aqui comentarmos sobre elas.
) Certo ( ) Errado

9
114
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

15 Informática
4.2 - Noções de vírus, worms e pragas virtuais
NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS.

É um termo genérico utilizado para denominar qualquer tipo de código/programa malicioso.


Malware lnclui vírus, worms, spywares, trojans, backdoors, rootkits, etc.

Projetado especificamente para apresentar propagandas. Pode ser usado para fins legítimos, quando
incorporado a programas e serviços, porém também pode ser usado para fins maliciosos, quando as
propagandas apresentadas são direcionadas, de acordo com a navegação do usuário e sem que este
Adware saiba que tal mo- nitoramento está sendo feito.

(Porta dos fundos) – é uma falha de segurança (casual ou intencional) que existe em um
programa de computador ou sistema operacional, que permite a um invasor, por meio de acesso
Backdoor remoto, obter total controle da máquina sem que o usuário perceba.

O termo bot é a abreviação de robot. Os criminosos distribuem um software mal-intencionado (malware)


que pode transformar seu computador em um bot (também conhecido como "zumbi"). Quando isso
ocorre, o computador pode executar tarefas au- tomatizadas via lnternet sem que você saiba, tais como

Bot e enviar mensagens de spam, disseminar vírus, atacar computadores e servidores, e cometer outros tipos
Botnet de crimes e fraudes, podendo deixar seu computador lento. Os criminosos costumam usar bots para
infectar grandes quantidades de computadores. Esses com- putadores formam uma rede, ou uma
botnet.

Trojan ou trojan-horse) – é um programa que, além de executar as funções para as quais foi
aparentemente projetado, também executa outras funções, normalmente maliciosas, sem o conhecimento
Cavalo de
do usuário, tais como furto de senhas, de números de cartões de crédito e outras informações pessoais e,
Troia (
também, inclusão de backdoors.

É o termo usado para designar quem quebra um sistema de segurança de forma ilegal ou sem ética.
Cracker Crackers utilizam seus conhecimentos para fins como vandalismo, revanchismo, espionagem, roubo ou
qualquer prática criminosa em benefício próprio ou corporativo.

Denial of (Negação de serviço) - É uma técnica pela qual um atacante utiliza um computador para tirar de operação
Service ou um serviço, um computador ou uma rede conectada à Internet.
DoS

É a arte de reverter códigos já compilados para uma forma que seja legível pelo ser humano. Técnicas de
Engenharia
engenharia reversa são aplicadas na análise de vírus e também em atividades ilegais, como a quebra de
reversa proteção anticópia. A engenharia reversa é ilegal em diversos países.

(Falsificação de e-mail) - é uma técnica que consiste em alterar campos do cabeçalho de um email, de
forma a aparentar que ele foi enviado de uma determinada origem quando, na verdade, foi enviado de
E-mail
outra. Os atacantes tentam, dessa forma, fazer com que os seus destinatários acreditem que os e-mails
spoofing partiram de pessoas conhecidas.

Programa malicioso que, uma vez instalado no computador, captura o que o usuário digitar, tal como
Keylogger contas bancárias, senhas e outras informações pessoais. As informações capturadas podem ser enviadas
para computadores remotos e utilizadas para realizar transações fraudulentas.

(Pronuncia-se "fishing") é um tipo de roubo de identidade online, pela utilização combinada de meios
Phishing técnicos e engenharia social. Ele usa e-mails que são concebidos para roubar seus dados ou informações
pessoais, como números de cartão de crédito, senhas, dados de contas ou outras informações.

É um tipo específico de phishing que envolve a redireção da navegação do usuário (quanto este tenta
Pharming acessar sites legítimos) para sites falsos, por meio de alterações no serviço de DNS.

Ping of Death (Ping da Morte): é um recurso utilizado na Internet por pessoas mal-intencionadas, que consiste no envio
de pacotes TCP/lP de tamanhos inválidos para servidores, levando-os ao travamento ou ao impedimento de
trabalho.

11
115
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

16 Informática
É um conjunto de programas e técnicas que permite esconder e assegurar a presença de um invasor ou
Rootkit de outro código malicioso em um computador comprometido.

Forma avançada de keylogger, capaz de armazenar a posição do cursor e a tela apresentada no monitor,
Sreenlogger nos momentos em que o mouse é clicado, ou armazenar a região que circunda a posição em que o mouse
é clicado.

Spam E-mail não solicitado pelo remetente, com conteúdo irrelevante ou inapropriado, em geral com propósitos
comerciais.

Programa de computador que, uma vez instalado, coleta informações relacionadas às atividades do usuário
Spyware e as envia para computadores remotos. Alguns tipos específicos de programas spyware são: Keylogger,
Screenlogger e Adware.

Snooping lnvasões sem fins lucrativos, apenas para "bisbilhotar" as infor mações alheias.

São programas de computador criados com algum tipo de intenção maliciosa, como roubar dados,
danificar ou invadir sistemas.
Vírus

São códigos maliciosos que se espalham automaticamente pela rede de computadores sem que sejam
Worms percebidos. Um worm pode realizar ações perigosas, como consumir banda de rede e recursos.
Com relação a Internet, correio eletrônico e navegadores da
Internet, julgue os itens seguintes.
QUESTÕES
O termo worm é usado na informática para designar programas
1- CESPE - 2012 - TRE-RJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO que combatem tipos específicos de vírus de computador que
Com relação à segurança da informação, julgue os próximos costumam se disseminar criando cópias de si mesmos em outros
itens. sistemas e são transmitidos por conexão de rede ou por anexos
de e-mail.
Pharming é um tipo de golpe em que há o furto de identidade do
usuário e o golpista tenta se passar por outra pessoa, ( ) Certo ( ) Errado
assumindo uma falsa identidade roubada, com o objetivo de
obter vantagens indevidas. Para evitar que isso aconteça, é 6- CESPE - 2008 - PC-TO - DELEGADO DE POLÍCIA
recomendada a utilização de firewall, especificamente, o do tipo Julgue os itens seguintes relativos a informática.
personal firewall.
Trojan é um programa que age utilizando o princípio do cavalo
( ) Certo ( ) Errado de tróia. Após ser instalado no computador, ele libera uma porta
de comunicação para um possível invasor.
2- CESPE - 2012 - TRE-RJ - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
A respeito de segurança da informação, julgue os itens ( ) Certo ( ) Errado
subsequentes.
7- CESPE - 2010 - ANEEL - TODOS OS CARGOS - NÍVEL
Para que um vírus de computador torne-se ativo e dê SUPERIOR
continuidade ao processo de infecção, não é necessário que o Julgue os itens subsequentes, a respeito de conceitos e
programa hospedeiro seja executado, basta que o e-mail que ferramentas de Internet.
contenha o arquivo infectado anexado seja aberto.
Phishing é um tipo de ataque na Internet que tenta induzir, por
( ) Certo ( ) Errado meio de mensagens de e-mail ou sítios maliciosos, os usuários a
informarem dados pessoais ou confidenciais.
3- CESPE - 2012 - TJ-RR - NÍVEL MÉDIO
Acerca de organização e gerenciamento de informações, ( ) Certo ( ) Errado
arquivos, pastas e programas, de segurança da informação e
8- CESPE - 2009 - PREFEITURA DE IPOJUCA - PE - TODOS
de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens
OS CARGOS
subsequentes.
Os programas de antivírus são indicados para fazer controle e
eliminação de pragas virtuais. São exemplos típicos de pragas
Os vírus de boot são programas maliciosos desenvolvidos para
que, no processo pós- infecção, o ciberpirata possa ter acesso virtuais: spyware, worm, firewall, hash e boot.
ao computador para fazer qualquer tipo de tarefa, entre elas o ( ) Certo ( ) Errado
envio do vírus por meio do email.

( ) Certo ( ) Errado
GABARITO

4- CESPE - 2011 - CBM-DF - TODOS OS CARGOS 1-E 2-E 3-E 4-E 5-E 6-C 7-C 8–E
Julgue os itens a seguir, relacionados a conceitos de sistema
operacional, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet e
segurança da informação.

Phishing é um programa utilizado para combater spyware,


adware e keyloggers, entre outros programas espiões.

( ) Certo ( ) Errado

5- CESPE - 2008 - TST - TÉCNICO JUDICIÁRIO

12
116
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

17 Informática
174.3 - Programas de Navegação
Informática
NAVEGADORES DE INTERNET
Os navegadores (browser) de internet são utilizados para
acessar as páginas da web. Todos eles são gratuitos, e operam
NAVEGADORES DE INTERNET
adequadamente no ambiente para o qual foram projetados.
Os navegadores (browser) de internet são utilizados para
acessar as páginas da web. Todos eles são gratuitos, e operam
adequadamente no ambiente para o qual foram projetados.

INTERNET EXPLORER

ACTIVEX – Bloquear complementos indesejados.


INTERNET EXPLORER
MODO DE COMPATIBILIDADE – Adaptar um site.
ACTIVEX – Bloquear complementos indesejados.
FILTRO
MODODODESMART SCREEN – Proteger
COMPATIBILIDADE contra
– Adaptar phishing
um site.
e outros malwares.
FILTRO DO SMART SCREEN – Proteger contra phishing NAVEGAÇÃO PRIVADA
MOZILLA FIREFOX
e outros malwares.
Forma de navegação
NAVEGAÇÃO PRIVADA onde os dados da navegação não ficam
SYNC – Sincronizador de dados do navegador: Criar
MOZILLA FIREFOX armazenados no navegador. Ou seja, o histórico, os downloads,
uma conta e utiliza-la em qualquer computador, lembrando Forma deNão
cookies.. navegação onde os no
são guardados dados da navegação
computador não ficam
utilizado com a
SYNC –senhas,
assim dos favoritos, Sincronizador de edados
históricos outrosdorecursos.
navegador: Criar armazenados no navegador.
navegação, mas, isso não Ou seja, ode
impede histórico, os downloads,no
ficar armazenado
uma conta e utiliza-la em qualquer computador, lembrando cookies..
assim dos favoritos, senhas, históricos
servidor deNão são guardados no computador utilizado com a
acesso.
PERSONALIZAR – Utilizar TEMASe outros recursos.
como complementos navegação, mas, isso não impede de ficar armazenado no
para ajustar de modo personalizado o navegador. servidor de acesso.
PERSONALIZAR – Utilizar TEMAS como complementos
para ajustar
GOOGLE CHROME de modo personalizado o navegador.

GOOGLE CHROME AUTOMÁTICAS.


ATUALIZAÇÕES
ATUALIZAÇÕES AUTOMÁTICAS.

1313
117
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

18 Informática

TERMOS:

• URL (Localizador de recursos)

http://www.informaticaconcursos.com/material/net.pptx:80
(:80 é a porta)

• HTML – Linguagem de marcação – Utilizado: HTTP.

• Domínio: nome raiz do site

SERVIÇOS DE BUSCAS.
Diferentes empresas oferecem serviços de buscas na internet.
Entre elas, sem duvida a Google é a mais conhecida. Mas
existem serviços como o bing da Microsoft, Yahoo buscas, da
Yahoo, Ask, da Ask.com, e assim por diante. O que todos
possuem em comum é a capacidade de filtrar os resultados das
buscas, selecionando os resultados. Podemos realizar a seleção
dos resultados por barras de ferramentas (pesquisar, imagens,
mapas, noticiais, etc.) ou opção especificas (guia imagens,
tamanho da imagem, cores, tipo, visual, datas). Nos concursos,
em linhas gerais, são solicitadas as operações de linha de
comando.

QUESTÕES
1- CESPE - 2012 - TRE-RJ - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
Ao se digitar o argumento de pesquisa tre - (minas gerais) no
bing, serão localizadas as páginas que contenham o termo “tre”
e excluídas as páginas que apresentem o termo “minas gerais”.
( ) Certo ( ) Errado
2- CESPE - 2012 - TRE-RJ - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
Caso se digite, na caixa de pesquisa do Google, o argumento
“crime eleitoral” site:www.tre-rj.gov.br, será localizada a
ocorrência do termo “crime eleitoral”, exatamente com essas
palavras e nessa mesma ordem, apenas no sítio www.tre-
rj.gov.br.
3- CESPE - 2012 - TJ-RR - NÍVEL SUPERIOR
Acerca de Internet, julgue os próximos itens. No campo
apropriado do sítio de buscas do Google, para se buscar um
arquivo do tipo .pdf que contenha a palavra tjrr, deve-se digitar
os seguintes termos: tjrr filetype:pdf.
( ) Certo ( ) Errado

GABARITO
1-C 2-C 3-C

14
118
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

19 Informática
4.4 - Redes de Computadores

15
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA
20 Informática

TIPOS DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO 4.6 - Sítios de busca e


pesquisa
PROTOCOLOS TCP/IPna Internet

4.5CORREIO
- Programas de correio eletrônico
ELETRÔNICO.
O e-mail é uma forma de comunicação assíncrona, ou seja,
mesmo que o usuário não esteja online, a mensagem será
armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo disponível
até ela ser acessada novamente. Historicamente, o e-mail foi
uma das primeiras formas de comunicação entre os usuários da
ArpaNET (rede militar EUA que deu origem a internet).

FTP significa File Transfer Protocol ( Protocolo de


Transferência de Arquivos) é uma forma bastante
rápida e versátil de transferir arquivos. E o
Protocolo de aplicação mais utilizado para
transferência de arquivos. A transferência de
arquivos FTP sempre é feita utilizando 2 portas
TCP/lP diferentes , a porta 20 para dados e a
porta 21 para o processo de contro- le dessa
transferência.

Hypertext Transfer Protocol (ou o acrônimo


HTTP; do inglês, Protocolo de Transferência de
Hipertexto) é um protocolo de comunicação (na
camada de aplicação segundo o Modelo OSl)
HTTP utilizado para sistema de informação de
hipermídia distribuídos e colaborativos. Seu uso
para a obtenção de recursos interligados levou
ao estabelecimento da World Wide Web. Porta 80
para comunicação.

HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Secure), é


uma implementação do protocolo HTTP sobre uma
camada SSL ou do TLS. Essa camada adicional
permite que os dados sejam transmitidos através
HTTPS de uma conexão cryptografada e que se verifica a
autenticidade do servidor e do cliente através
de certificados digitais. A porta TCP usada por
norma para o protocolo HTTPS é a 443.

Address Resolution Protocol ou ARP é um protocolo


usado para encontrar um endereço da camada de
enlace (Ethernet, por exemplo) a partir do
ARP
endereço da camada de rede (como um endereço
IP). Ao processo inverso dá-se o nome de RARP
(Reverse ARP).

O DHCP, Dynamic Host Configuration Protocol (


Protocolo de configuração de host dinâmico), é um
protocolo de serviço TCP/lP que oferece
DHCP
configuração dinâmica de terminais, com
concessão de endereços lP de host e outros
parâmetros de configuração para clientes de rede.

16
120
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA
21 Informática
Biblioteca de dicionário de palavras da internet:

Internet A definição de internet é um conglomerado de redes locais espalhadas pelo mundo, o que torna possível a
interligação entre os computadores utilizando o protocolo de internet.

A intranet é um espaço restrito a determinado público, utilizado para compartilhamento de informações


Intranet restritas. Geralmente é utilizada em servidores locais instalados na empresa.

É o acesso externo feito a uma intranet, como, por exemplo, podemos citar o acesso de um cliente de um
Extranet determinado bancoacessando as informações de sua conta.

A ethernet (também conhecida sob o nome de norma lEEE 802.3) é um padrão de transmissão de dados
Ethernet para rede local baseada no princípio seguinte. Todas as maquinas da rede Ethernet estão conectadas a uma
mesma linha de comunicação, constituída por cabos cilíndricos.

São navegadores, ou seja, programas que permitem visualizar páginas na web. O browser possibilita
Browsers interagir com documentos virtuais da internet, que estão hospedados em servidores web. São exemplos de
browser: lnternet Explorer, Firefox, Google Chrome, Safari, Opera, etc.
URL (Uniform Resource Locator) é o endereço alfanumérico de um site. Por exemplo:
http://www.resumomateriaisparaconcursos.com

Endereço É o endereço numérico utilizado pelo protocolo da internet para identificar os computadores (servidores)
lP dessa rede. Exemplo: 220.45.100.222

(Domain Name System) é o serviço responsável por converter um URL em endereço lP, para que as páginas
possam ser localizadas e abertas pela máquina do solicitante. Quando você visita um site através do seu
DNS navegador ou quando envia um email, a internet precisa saber em qual servidor o site e ou e-mail estão
armazenados para poder responder a sua solicitação. Cada domínio possui um registro no DNS que define
qual o endereço lP do servidor de hospedagem e o lP do servidor de e-mail que responderão por este
domínio.

Provedores É uma empresa que proporciona o acesso dos usuários à internet, normalmente mediante o pagamento de
de Acesso mensalidade. Ex: Terra, UOL, etc.

Página inicial de um site, página principal.


Home Page

É o conjunto de páginas de uma determinada URL.


Site

Hypertext Transfer Protocol - Protocolo de Transferência de Hipertexto - é um protocolo de comunicação


Http responsável pelo tratamento de pedidos e respostas entre cliente e servidor na World Wide Web.

Protocolo utilizado por sites que precisam oferecer mais segurança ao usuário, como páginas de bancos,
por ser menos vulnerável que o convencional "http". Com o "https", a transmissão de dados entre os
Https clientes e os servidores são criptografadas, o que evita que as informações sejam capturadas por pessoas
mal intencionadas. Quando se visita um site assim, geralmente aparece um cadeado na barra de endereços
do navegador.
(Teia mundial), também conhecida como web e www, é um sistema de documentos em hipermídia, ou seja,
World Wide
documentos que podem conter todo o tipo de informação: textos, fotos, animações, trechos de vídeos, sons
Web e programas, que são interligados e executados na Internet.

Domínio é o nome de uma área reservada num servidor lnternet que indica o endereço de um website. O
identificador do ambiente Web (http://www) não faz parte do domínio. Geralmente, o domínio toma a
Domínio forma de nomedaempresa.com.br, se a empresa for comercial, existem vários tipos de domínios: ".com.br,
org.br,.com. gov.br."

Uma hiperligação, ou simplesmente uma ligação (também conhecida em português pelos correspondentes
termos ingleses, hyperlink e link), é uma referência num documento em hipertexto a outras partes deste
Links documento ou a outro documento. Os links agregam interatividade no documento. Ao leitor torna-se possível
localizar rapidamente conteúdo sobre assuntos específicos.

São dados distribuídos na internet através de broadcast, mediante assinatura de um leitor de RSS. O site da
Feeds FCC oferece RSS, e quando no tornamos assinantes, ao invés de acessar o site regularmente a procura de
atualizações, a atualização é comunicada por e-mail ou para o leitor RSS.

São os links de páginas que o usuário adicionou em seu bookmarks, dentro de seu navegador web. As
Favoritos informações de favoritos produzem arquivos LINK (links, atalhos), armazenados na pasta favoritos, do
computador local, do usuário.

17
121
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

22 Informática
Os recursos de sites acessados pelo usuário serão armazenados em uma lista, no computador local, chamada
Histórico de
histórico. Podemos excluir todo o histórico através das opções de internet existentes no menu/função
navegação
ferramentas dos navegadores, ou evitar o seu registro, utilizado o modo anônimo de navegação.

Pop-up é uma pequena janela do navegador da web, que apare- ce no topo do site que você está visitando.
Bloqueador Frequentemente, as janelas pop-up são abertas assim que você entra no site e geral- mente são criadas por
de Pop-up anunciantes. O bloqueador de pop-up é um recurso que permite limitar ou bloquear a maioria dos pop-ups.

cookies Os cookies são arquivos de texto que alguns sites criam no compu- tador do usuário para armazenar as
informações recolhidas sobre a sua visita ao site.

Cookies
É uma memória temporária que tem por objetivo promover em acesso mais rápido a páginas já visitadas.
Cache Qualquer informação temporária armazenada localmente para que não seja necessário processá-la outra vez
durante certo período.

4.7 - Segurança
SEGURANÇA DA da Informação
INFORMAÇÃO

Firewall

Firewall é um software ou um hardware que serve para deixar


seu computador mais seguro. Funciona como uma barreira que
verifica informações vindas da internet ou de uma rede e, em
seguida, joga essas informações fora ou permite que elas
passem pelo computador. Assim, oferece uma defesa contra
hackers ou programas mal intencionados, que tentam conectar
seu computador sem permissão.

O firewall não detecta ou remove vírus, para isso é


necessário instalar um antivírus em seu computador.

Dentre os ataques que podem ser neutralizados por um firewall,


incluem-se os ataques de hackers, rootkits, worms, ping of
death, etc.

Antivírus

Os antivírus são programas de computador que ajudam a


proteger computadores e sistemas contra os vírus de
computador. Os antivírus dedicam-se à prevenção da entrada
dos vírus no computador, à detecção da contaminação do
sistema por vírus e à remoção dos vírus quando da sua
detecção.

Antispyware

O uso do software antispyware pode ajudá-lo a proteger seu


computador contra spyware e outros possíveis softwares
indesejados. O Windows Defender é um exemplo de software
antispywar incluído no Windows e executado automaticamente
ao ser ativado.

18
122
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

23 Informática
CERTIFICAÇÃO E ASSINATURA DIGITAL.

Certificado digital

O certificado digital é um registro eletrônico que contém um


conjunto de dados que distingue uma pessoa ou instituição e
associa a ela uma chave pública. Esse registro
TIPO FUNÇÃO
pode estar armazenado em um computador ou em outra mídia,
como um token ou smart card. Podemos comparar um Um backup de cópia copia todos os
certificado digital com o CNPJ de uma empresa ou o CPF de uma Backup de
arquivos selecionados, mas não os marca
pessoa, por exemplo. Cada um deles contém um conjunto de cópia
como arquivos que passaram por backup.
informações que

identificam a instituição ou a pessoa e a entidade responsável Um backup diário copia todos os arquivos
pela emissão e pela veracidade dos dados. No caso do Backup
selecionados que foram modificados no dia
certificado digital, a entidade responsável pela emissão e pela diário
de execução do backup diário.
veracidade dos dados é a Autoridade Certificadora (AC).

Algumas das principais informações encontradas em um Um backup normal copia todos os arquivos
Backup
certificado digital são: selecionados.
normal 1°.
 Dados que identificam o dono certificado.
 Nome da Autoridade Certificadora (AC) que emitiu o
certificado. Um backup diferencial copia arquivos
 Versão, número de série e o período de validade do criados ou alterados desde o último backup
certificado. normal ou incremental.
 A assinatura digital da AC. Backup
 Chave pública do dono do certificado. diferencial Restauração: a restauração de arquivos e
Um certificado digital pode ser emitido para pessoas, empresas, pastas exigirá o último backup normal e o
equipamentos ou serviços na rede (por exemplo, um site Web) e último backup diferencial.
pode ser homologado para diferentes usos, como
confidencialidade e assinatura digital. Exemplo: um certificado
digital pode ser emitido para que um usuário assine e Um backup incremental copia somente os
criptografe mensagens de correio eletrônico arquivos criados ou alterados desde o
Backup último backup normal ou incremental.
incremental
AssINAtura digital Restauração: exigirá o último normal e
todos os incrementais.
A assinatura digital consiste na criação de um código, através da
utilização de uma chave privada, de modo que a pessoa ou a
entidade que receber uma mensagem contendo esse código
possa verificar se o remetente é mesmo quem diz ser e
identificar qualquer mensagem que possa ter sido modificada.
Sendo assim, a assinatura digital permite comprovar a
autenticidade e a integridade de uma informação. A assinatura
digital baseia-se no fato de que apenas o dono conhece a chave
privada e que, se ela foi usada para codificar uma informação,
então apenas seu dono poderia ter feito isso. A verificação da
assinatura é feita com o uso da chave pública, pois, se o texto
foi codificado com a chave privada, somente a chave pública
correspondente pode decodificá-lo.

4.8 -

4.9 - Computação na Nuvem


COMPUTAÇÃO NA NUVEM.
Cloud Computing

É uma forma de evolução do conceito de Mainframes. Os


Mainframes são super- computado- res normalmente usados em
redes privadas (intranets) os quais são responsáveis pelo tra-
balho pesado de processamento de informações. A computação
na nuvem é uma ideia similar que ao invés de manter
supercomputadores , internamente na empresa, utiliza
computado- res (servidores) localizados na internet, otimizando
assim seu uso. Nessa forma de compu- tação o usuário apenas
envia os dados via conexão com a internet para os servidores,
que trabalham esta informação e devolvem-lhe a resposta, o
que possibilita que o dispositivo que o usuário utilize seja mais

19
123
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

24 Informática
simples como um celular, um netbook, um tabelt ou mesmo um Mídias Sociais: São as ferramentas que as pessoas usam para
computador convencional. Um exemplo de Cloud computing é o compartilhar conteúdo, visões, perspectivas, opiniões e perfis,
aplicativo TALK da Google para o sistema Androide. facilitando a interação entre variados grupos de pessoas,
permitem a interação e a publicação de conteúdo por qualquer
Cloud Storage pessoa, Essas ferramentas incluem fórum de discussão, blog,
podcasts (transmissão de áudio), lifestreams (transmissão de
É uma forma de se manter backup de dados, como também
vídeo ao vivo), bookmarks (conexões de links favoritos em
compartilhar informações. Esse serviço oferece ao usuário a
comum, como o Digg e Delicious), redes sociais, wikis (o mais
criação de uma conta de armazenamento, que pode ser
famoso, Wikipédia), entre outros.
sincroni- zada com uma pasta do computador do usuário. Na
maioria dos casos não é necessário que o usuário instale
aplicativos extras no computador os serviços podem ser
acessados diretamen- te online (por intermédio de um FERRAMENTAS DE COLABORAÇÃO.
navegador). Os principais serviços de cloud Storage disponí-
veis são: o Dropbox, Microsoft skydrive, Google Drive e o Apple De acordo com o site Usability First
lcloud. (http://www.usabilityfirst.com/groupware), as ferramentas de
colaboração (sistemas colaborativos) são classificadas de acordo
com o lugar das interações (presenciais ou à distância) e o

REDES SOCIAIS. 4.10 - Redes Sociais tempo (síncronas ou assíncronas).

Ferramentas síncronas são aquelas que requerem tempo de


Uma rede social é uma rede de pessoas que se relacionam resposta imediato. Por exemplo, mensagens instantâneas (lCQ,
independente do ambiente, ou seja, é uma forma de Messenger), conferências e videoconferências. Já as
relacionamento interpessoal no ambiente web. As principais ferramentas assíncronas não necessitam de um tempo de
redes sociais são: Facebook, Google Plus, Myspace, Orkut, resposta curto ou imediato, como os e-mails e os fóruns de
Linkedin, Twiter, Flickr e lnstangram. discussão.

Wikis

Um Wiki é um espaço democrático de compartilhamento de


ideias que determinado grupo decide administrar. Constitui-se,
enquanto ferramenta, para a construção colaborativa de um
texto eletrônico hipermídia e de conhecimento compartilhado.
Apresenta-se livre e aberto para a publicação e a alteração de
suas páginas por seus integrantes. Exemplo: Wikipédia.

Fóruns de Discussão

É uma ferramenta gerenciável pela lnternet que permite a um


grupo de pessoas a troca de mensagens via e-mail entre todos
os membros do grupo. No fórum, geralmente é colocada uma
questão, uma ponderação ou uma opinião que pode ser
comentada por quem se interes- sar. Quem quiser pode ler as
opiniões e pode acrescentar algo, se desejar.

QUESTÕES
1- CESPE - 2012 - BANCO DA AMAZÔNIA - TÉCNICO
CIENTÍFICO
Julgue os itens a seguir, que tratam da segurança da
informação.

Para que haja maior confidencialidade das informações, estas


devem estar disponíveis apenas para as pessoas a que elas
forem destinadas.

( ) Certo ( ) Errado

2- CESPE - 2011 - IFB - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO


Fique ligado Quando se realiza o acesso a um sítio que utiliza o protocolo
HTTPS e, no navegador, existe a indicação de que se trata de
Em concursos, considerar: um sítio seguro, os dados do sítio são enviados de forma
criptografada.
Redes Sociais: (sites de relacionamento) São estruturas sociais
formadas por pessoas ou organizações, essas pessoas estão ( ) Certo ( ) Errado
conectadas de varias formas, existem vários tipos de relação
dentro das redes sociais (familiares, amizades, lazer, 3- CESPE - 2011 - STM - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
Julgue os itens seguintes, acerca de correio eletrônico, do
comerciais, sexuais, etc.). Nesse ambiente é normal reunir
Outlook 2003 e do Internet Explorer 7.
pessoas com interesses em comum, nas redes sociais eles
podem expor seu perfil com seus dados suas fotos, vídeos e Um firewall pessoal instalado no computador do usuário impede
mensagem e também podem interagir com os demais que sua máquina seja infectada por qualquer tipo de vírus de
integrantes criando páginas, comunidades (ou grupos) e computador.
enquetes. Exemplos: Facebook, Orkut, Linkedin.
( ) Certo ( ) Errado

20
124
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

25 Informática
O conceito de confidencialidade refere-se a disponibilizar
informações em ambientes digitais apenas a pessoas para as
4- CESPE - 2009 - TRE-PR - ANALISTA JUDICIÁRIO quais elas foram destinadas, garantindo-se, assim, o sigilo da
Acerca de informática, julgue os itens que se seguem. comunicação ou a exclusividade de sua divulgação apenas aos
usuários autorizados.
A confidencialidade, a integridade e a disponibilidade da
informação, conceitos básicos de segurança da informação, ( ) Certo ( ) Errado
orientam a elaboração de políticas de segurança, determinando
regras e tecnologias utilizadas para a salvaguarda da informação 11- CESPE - 2011 - TRE-ES - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO
armazenada e acessada em ambientes de tecnologia da Em relação aos mecanismos de segurança da informação, julgue
informação. os itens subsequentes.

( ) Certo ( ) Errado A criação de backups no mesmo disco em que estão localizados


os arquivos originais pode representar risco relacionado à
5- CESPE - 2010 - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - ANALISTA segurança da informação.
JUDICIÁRIO
Julgue os itens a seguir, relativos a conceitos e modos de ( ) Certo ( ) Errado
utilização da Internet e de intranets, assim como a conceitos
básicos de tecnologia e segurança da informação. 12- CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO DE INFORMÁTICA
Julgue os itens subsequentes acerca de sistemas operacionais e
O protocolo SMTP permite que sejam enviadas mensagens de softwares de proteção.
correio eletrônico entre usuários. Para o recebimento de
arquivos, podem ser utilizados tanto o protocolo Pop3 quanto o O utilitário Windows Defender propicia, quando instalado em
IMAP. computadores que utilizam o sistema operacional Windows XP
ou Windows 7, proteção contra ataques de vírus.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
6- CESPE - 2010 - TRE-BA - TÉCNICO JUDICIÁRIO
Quanto ao uso seguro das tecnologias de informação e 13- CESPE - 2011 - TRE-ES - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO
comunicação, julgue os itens que se seguem. Acerca de conceitos, tecnologias e serviços relacionados a
Internet, julgue os próximos itens.
Uma das formas de bloquear o acesso a locais não autorizados e
restringir acessos a uma rede de computadores é por meio da Por se tratar de uma rede pública, dados que transitam pela
instalação de firewall, o qual pode ser instalado na rede como Internet podem ser acessados por pessoas não autorizadas,
um todo, ou apenas em servidores ou nas estações de trabalho. sendo suficiente, para impedir esse tipo de acesso aos
dados, a instalação de um firewall no computador em uso.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
7- CESPE - 2010 - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - TÉCNICO
JUDICIÁRIO 14- CESPE - 2010 - MPU - TÉCNICO ADMINISTRATIVO
Acerca de conceitos e modos de utilização da Internet e de Acerca de conceitos básicos de segurança da informação, julgue
intranets, conceitos básicos de tecnologia da informação e os itens seguintes.
segurança da informação, julgue os itens subsequentes.
De acordo com o princípio da disponibilidade, a informação só
A disponibilidade é um conceito muito importante na segurança pode estar disponível para os usuários aos quais ela é
da informação, e refere-se à garantia de que a informação em destinada, ou seja, não pode haver acesso ou alteração dos
um ambiente eletrônico ou físico deve estar ao dispor de seus dados por parte de outros usuários que não sejam os
usuários autorizados, no momento em que eles precisem fazer destinatários da informação.
uso dela.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
15- CESPE - 2010 - AGU - AGENTE ADMINISTRATIVO
8- CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE Acerca de conceitos de sistemas de informações e de segurança
INTELIGÊNCIA da informação, julgue os itens subsequentes.
Julgue o item abaixo, a respeito de mecanismos de segurança
da informação, considerando que uma mensagem tenha sido A informação é um ativo que, como qualquer outro ativo
criptografada com a chave pública de determinado destino e importante para os negócios, tem valor para a organização e,
enviada por meio de um canal de comunicação. por isso, deve ser adequadamente protegida.

A mensagem criptografada com a chave pública do destinatário ( ) Certo ( ) Errado


garante que somente quem gerou a informação criptografada e
16- CESPE - 2012 - MPE-PI - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO
o destinatário sejam capazes de abri-la.
Julgue os itens seguintes, relativos a conceitos básicos,
( ) Certo ( ) Errado ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet.

9- CESPE - 2011 - PREVIC - TÉCNICO ADMINISTRATIVO Uma das principais características de uma intranet é o fato de
Acerca de tecnologias, ferramentas e procedimentos associados ela ser uma rede segura que não requer o uso de senhas para
à Internet e à intranet, julgue os itens subsequentes. acesso de usuários para, por exemplo, compartilhamento de
informações entre os departamentos de uma empresa.
Firewall é o elemento de defesa mais externo na intranet de
uma empresa e sua principal função é impedir que usuários da ( ) Certo ( ) Errado
intranet acessem qualquer rede externa ligada à Web.
17- CESPE - 2012 - STJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO
( ) Certo ( ) Errado Julgue os itens subsequentes, a respeito de segurança para
acesso à Internet e a intranets.
10- CESPE - 2011 - TJ-ES - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR

21
125
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

26 Informática
No acesso a uma página na Internet com o protocolo HTTP, esse Gabarito
protocolo protege o endereço IP de origem e de destino na
1-C / 2- C / 3-E / 4-C / 5-C / 6- C / 7-C / 8-E / 9-E / 10-C / 11- C
comunicação, garantindo ao usuário privacidade no acesso.
/ 12-E / 13-E / 14-E / 15-C / 16-E / 17- E / 18-E / 19-E / 20- E

( ) Certo ( ) Errado

18- CESPE - 2012 - STJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO


Quando se usa o protocolo HTTPS para se acessar página em
uma intranet, o certificado apresentado é, normalmente, do tipo
autoassinado com prazo de expiração ilimitado.

( ) Certo ( ) Errado
SUÍTES DE ESCRITÓRIO.
19- CESPE - 2012 - POLÍCIA FEDERAL - PAPILOSCOPISTA
Julgue os itens seguintes, relativos a sistemas operacionais, É um conjunto de elementos que mesmo de forma isolada já
redes sociais e organização de arquivos. Twitter, apresentam funções bem definidas, mas que em conjunto
Orkut, Google+ e Facebook são exemplos de redes sociais que atendem uma necessidade maior. As suítes de escritório
utilizam o recurso scraps para propiciar o compartilhamento de cobradas nas provas são o Microsoft Office e o BrOffice.
arquivos entre seus usuários.

( ) Certo ( ) Errado
Microsoft
BrOffice Editor
Office
20- CESPE - 2010 - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - ANALISTA
JUDICIÁRIO
Julgue os itens a seguir, relativos a conceitos e modos de Word Writer Texto
utilização da Internet e de intranets, assim como a conceitos
básicos de tecnologia e segurança da informação. Excel Calc Planilha

No sítio web google.com.br, se for realizada busca por PowerPoint Impress Apresentação de Slides
“memórias póstumas” — com aspas delimitando a expressão
memórias póstumas — o Google irá realizar busca por páginas Acess Base Banco de Dados
da Web que contenham a palavra memórias ou a palavra
póstumas, mas não necessariamente a expressão exata Publisher Draw Desenho
memórias póstumas. Mas se a expressão memórias póstumas
não foi delimitada por aspas, então o Google irá buscar apenas Equation Math Fórmula
as páginas que contenham exatamente a expressão memórias

ática póstumas

.( ) Certo ( ) Errado

tocolo HTTP, esse Gabarito


e de destino na
1-C / 2- C / 3-E / 4-C / 5-C / 6- C / 7-C / 8-E / 9-E / 10-C / 11- C
e no acesso.
/ 12-E / 13-E / 14-E / 15-C / 16-E / 17- E / 18-E / 19-E / 20- E

IÁRIO
cessar página em
malmente, do tipo
.

SUÍTES DE ESCRITÓRIO.
APILOSCOPISTA
mas operacionais, É um conjunto de elementos que mesmo de forma isolada já
uivos. Twitter, apresentam funções bem definidas, mas que em conjunto
redes sociais que atendem uma necessidade maior. As suítes de escritório
mpartilhamento de cobradas nas provas são o Microsoft Office e o BrOffice.

Microsoft
BrOffice Editor
Office
(RN) - ANALISTA

tos e modos de Word Writer Texto


como a conceitos
ão. Excel Calc Planilha

zada busca por PowerPoint Impress Apresentação de Slides


ando a expressão
busca por páginas Acess Base Banco de Dados
as ou a palavra
expressão exata Publisher Draw Desenho
mórias póstumas
rá buscar apenas Equation Math Fórmula
pressão memórias

22
126
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

27 Informática
4.11 - Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office)

23
127
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

28 Informática

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128
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

29 Informática

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

30 Informática

26
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

31 Informática
Hora de praticar – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

1-A 2-C 3-D 4-CERTO 5-A 6-CERTO 7-B

27
131
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

32 Informática

28
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

33 Informática

29
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

36 Informática

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

37 Informática

33
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

38 Informática

ACESSE: WWW.INFORMATICACONCURSOS.COM

34
136
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

39 Informática

- Lista dos principais botões do Microsoft Word 2010.


Guia Página Inicial

Ferram Função
enta
Colar (Ctrl + V) Colar o conteúdo da área de Transferência.

Colar (Ctrl + V) Permite selecionar mais opções, como, por exem-


plo, a colagem somente dos valores ou da formatação.

Recortar (Ctrl + X) Recortar a seleção e colocá-la na área de


transferência.

Copiar (Ctrl + C) Copiar a seleção e colocá-la na área de


transferência.

Pincel de Formatação (Ctrl+Shift+C) Copiar a formatação de um local e


aplicá-la a outro. Clique duas vezes neste botão para apli- car a mesma
formatação a vários locais do documento.

Área de Transferência - Mostrar o "Painel de Tarefas Área de


Transferência do Office".

Fonte (Ctrl+Shift+F) Alterar o tipo da fonte.

Tamanho da Fonte (Ctrl+Shift+P) Alterar o tamanho da fonte.

Negrito (Ctrl + N) Aplicar negrito ao texto selecionado.

Itálico (Ctrl + I) Aplicar itálico ao texto selecionado.

Sublinhado (Ctrl + S) Sublinhar o texto selecionado

Tachado Desenhar uma linha no meio do texto selecionado.

Subscrito (Ctrl + =) Criar letras pequenas abaixo da linha de


base do texto.

Sobrescrito (Ctrl + Shift + +) Criar letras pequenas acima da


li- nha do texto.

Aumentar Fonte (Ctrl + >) Aumentar o tamanho da fonte.

Reduzir Fonte (Ctrl + <) Diminuir o tamanho da fonte.

Maiúsculas e Minúsculas - Alterar todo o texto selecionado


para MAlÚSCULAS, minúsculas ou outros usos comuns de
maiúsculas/ minúsculas.

35
137
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

40 Informática
Limpar Formatação - Limpar toda a formatação da seleção,
dei- xando o texto sem formatação.

Efeitos de Texto - Aplicar um efeito visual ao texto selecionado,


como sombra, brilho ou reflexo.

Cor do Realce do Texto - Fazer o texto parecer como se


tivesse sido marcado com um marca-texto.

Cor da Fonte - Alterar a cor do texto.

Fonte (Ctrl + D) Mostrar a caixa de diálogo Fonte.

Marcadores - Iniciar uma lista com marcadores. Clique na


seta para escolher diferentes estilos de marcador.

Numeração - Iniciar uma lista numerada. Clique na seta para


es- colher diferentes formatos de numeração.

Lista de Vários Níveis - lniciar uma lista de vários níveis.


Clique na seta para escolher diferentes estilos de lista de
vários níveis.
Alinhar Texto à esquerda (Ctrl + Q) Alinhar o texto à esquerda.

Centralizar (Ctrl + E) Centralizar o texto.

Alinhar Texto à direita (Ctrl + G) Alinhar o texto à direita.

Justificar (Ctrl + J) Alinhar o texto às margens esquerda e


direi- ta, adicionando espaço extra entre as palavras
conforme neces- sário. Este recurso promove uma aparência
organizada nas late- rais esquerda e direita da página.

Diminuir Recuo - Diminuir o nível de recuo do parágrafo.

Aumentar Recuo - Aumentar o nível do recuo do


parágrafo.
Espaçamento de Linha e Parágrafo - Alterar o
espaçamento en- tre as linhas de texto. Você também
pode personalizar a quanti- dade de espaço adicionado
antes e depois dos parágrafos.
Classificar - Colocar o texto selecionado em ordem
alfabética ou
classificar dados numéricos.
Mostrar Tudo (Ctrl +*) Mostrar marcas de parágrafos
e outros símbolos de formatação ocultos.

Sombreamento - Colorir o plano de fundo atrás do texto


ou pará-
grafo selecionado.
Borda Inferior - Personalizar as bordas do texto ou
das células selecionadas.

Parágrafo - Mostrar a caixa de diálogo Parágrafo.

36
138
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

41 Informática
Alterar Estilos - Alterar o conjunto de estilos, - cores,
fontes e
espaçamento de parágrafos usado neste documento.

Estilos (Alt+Ctrl+Shift+S) Mostrar a janela Estilos.

Localizar (ctrl+L) Localizar o texto ou outro conteúdo


do docu- mento.

Substituir (Ctrl+U) Substituir um texto no documento.

Selecionar - Selecionar texto ou objetos no documento.


Use Se- lecionar Objeto para permitir a seleção dos
objetos posicionados atrás do texto.

Guia Inserir

Ferramenta Função

Folha de Rosto - Inserir uma folha de rosto completamente for-


matada. Você preencherá o título, o autor, a data e outras infor-
mações.

Página em Branco - lnserir uma nova página em branco na posi-


ção do cursor.

Quebra de Página (Ctrl+Return) lniciar a próxima página na po-


sição atual.

Tabela - Inserir ou desenhar uma tabela no documento.

Inserir Imagem do Arquivo - lnserir uma imagem de um arquivo.

Clip-Art - Inserir clip-art no documento, incluindo desenhos, fil-


mes, sons ou fotos de catálogo para ilustrar um conceito especí-
fico.
-

Formas - lnserir formas prontas, como retângulos e círculos, se-


tas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.

37
139
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

42 Informática
Inserir Elemento Gráfico SmartArt - lnserir um elemento gráfico
SmartArt para comunicar informações visualmente. Os elemen-
tos gráficos SmartArt variam desde listas gráficas e diagramas de
processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn
e organogramas.

Inserir gráfico - lnserir um gráfico para ilustrar e comparar da-


dos. Barra, Pizza, Linha, Área e Superfície são alguns dos tipos
disponíveis.

Instantâneo - lnserir uma imagem de qualquer programa que não


esteja minimizado na barra de tarefas. Clique em Recorte de Tela
para inserir uma imagem de qualquer parte da tela.

Inserir hiperlink (Ctrl + K) Criar um link para uma página da


web, uma imagem, um endereço de e-mail ou um programa.

Indicador - Criar um indicador para atribuir um nome a um ponto


específico em um documento. Você pode criar hiperlinks que sal-
tam diretamente para um local indicado

Inserir referência cruzada - Referir-se a itens como títulos, ilus-


trações e tabelas, inserindo uma referência cruzada como "Con-
sulte a Tabela 6 abaixo" ou "Vá para a página 8". As referências
cruzadas serão atualizadas automaticamente se o conteúdo for
movido para outro local. Por padrão, elas são inseridas como hi-
perlinks.

Cabeçalho - Editar o cabeçalho do documento. O conteúdo do


cabeçalho será exibido no alto de cada página impressa.

Rodapé - Editar o rodapé do documento. O conteúdo do rodapé


será exibido na parte inferior de cada página impressa.

Inserir número da página - lnserir números de página no docu-


mento.

Caixa de Texto - Inserir uma caixa de texto pré-formatadas.

Partes Rápidas - Inserir trechos de conteúdo reutilizável, incluin-


do campos, propriedades de documento como título e autor ou
quaisquer fragmentos de texto pré-formatado criados por você.

38
140
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

43 Informática

WordArt Inserir um texto decorativo no documento.

Letra Capitular - Criar uma letra maiúscula grande no inicio de


um parágrafo.

Linha de Assinatura - Inserir uma linha de assinatura que espe-


cifique a pessoa que deve assinar. A inserção de uma assinatura
digital requer uma identificação digital, como a de um parceiro
certificado da Microsoft.

Data e Hora - Inserir a data ou hora atuais no documento atual.

Inserir objeto - Inserir um objeto inserido.

Equação (Alt+=) Inserir equações matemáticas ou desenvolver


suas próprias equações usando uma biblioteca de símbolos mate-
máticos.

Inserir Símbolo - lnserir símbolos que não constam do teclado,


como símbolos de copyright, símbolos de marca registrada, mar-
cas de parágrafo e caracteres Unicode.

Guia Layout da Página

Ferramentas Função

Temas - Alterar o design geral do documento inteiro, incluindo


cores, fontes e efeitos.

Cores do Tema - Alterar as cores do tema atual.

Fontes do Tema - Alterar as fontes do tema atual.

Efeitos do Tema - Alterar os efeitos do tema atual.

Margens - Selecionar os tamanhos de margem do documento


inteiro ou da seção atual.

Orientação da Página - Alternar as páginas entre os layouts Re-


trato e Paisagem.

39
141
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

44 Informática

Tamanho da Página - Escolher um tamanho de papel para a se-


ção atual.

Colunas - Dividir o texto em duas ou mais colunas.

lnserir página e Quebras de Seção - Adicionar página, seção ou


quebras de coluna ao documento.

Números de Linha - Adicionar números de linha à margem late-


ral de cada linha do documento.

Hifenização - Ativar a hifenização, que permite ao Word que-


brar linhas entre as sílabas das palavras. Os livros e as revistas
hifenizam o texto para proporcionar um espaçamento mais uni-
forme entre as palavras.

Configurar Página - Mostrar caixa de diálogo Configurar Página.

Marca D’água - Inserir texto fantasma atrás do conteúdo da pá-


gina. Este recurso é geralmente utilizado para indicar que um
documento deve ser tratado de forma especial, como confiden-
cial ou urgente, por exemplo.

Cor da Página - Escolher uma cor para o plano de fundo da pá-


gina.

Bordas de Página - Adicionar ou alterar a borda em torno da


página.

Recuar à Esquerda - Mover o lado esquerdo do parágrafo em um


determinado valor.

Recuar à Direita - Mover o lado direito do parágrafo em um de-


terminado valor.

Espaçamento Antes - Alterar o espaçamento entre parágrafos


adicionando um espaço acima dos parágrafos selecionados.

Espaçamento Depois - Alterar o espaçamento entre parágrafos


adicionando um espaço abaixo dos parágrafos selecionados.

Parágrafo - Mostrar a caixa de diálogo Parágrafo.

Posição do Objeto - Posicionar o objeto selecionado na página.


O texto será automaticamente configurado para circundar o ob-
jeto.

40
142
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

45 Informática

Quebra de Texto Automática - Alterar a forma como o texto


será disposto ao redor do objeto selecionado.

Avançar - Trazer o objeto selecionado para frente para que me-


nos objetos fiquem à frente dele.

Recuar - Enviar o objeto selecionado para trás para que ele fi-
que oculto atrás dos objetos à frente dele.

Painel de Seleção - Mostrar o Painel de Seleção para ajudar a


selecionar objetos individuais e para alterar a ordem e a visibili-
dade desses objetos.

Alinhar - Alinhar as bordas de vários objetos selecionados. Você


também pode centralizá-los ou distribuí-los uniformemente na
página.

Agrupar - Agrupar objetos de modo que sejam tratados como


um único objeto.

Girar - Girar ou inverter o objeto selecionado


sendo editado, é possível usar qualquer uma das duas
seguintes combinações de teclas: CTRL+W ou
QUESTÕES - Writer CTRL+F4.

1. (2010 – MPU – Técnico Administrativo) O formato


padrão de arquivos criados no aplicativo Writer do 7. (2010 – INCA) O BROffice Writer é um editor de textos
BrOffice possui a terminação ODT, que é um dos que abre tanto arquivos no formato sxw quanto no
formatos do Open Document Format. formato odt. Para abrir documentos criados no Word, é
necessário salvá- los, a partir do editor de origem, no
formato odt para que possam ser abertos pelo Writer.
2. (2011 – PC – ES – Escrivão de Polícia) Configurando-se
as opções de impressão de um texto editado no Writer
do BrOffice é possível passar para o papel as marcas de 8. (2010 – BRB – Advogado) O Writer não permite a
parágrafo, paradas de tabulação e quebras de linha. geração de arquivos do tipo RTF (rich text format),
entretanto suporta a criação e a manipulação de
tabelas.
3. (2011 – PC – ES – Delegado de Polícia) O aplicativo
Writer é um editor de textos que possui como limitação
principal o fato de adotar formatos do tipo odt e sxw, 9. (2010 – BRB – Escriturário) O editor de texto Writer do
não permitindo que sejam abertos arquivos nos BROffice, disponível para download na Internet, tem a
formatos .doc ou .dot. desvantagem de não permitir a gravação de dados em
formatos comerciais, tal como o PDF, uma vez que não
é possível integrar funcionalidades desse ambiente com
4. (2010 – MS – Técnico de Contabilidade) Na barra de outros softwares proprietários.
status do aplicativo Writer da suíte BR Office, o
asterisco (*) indica que um documento em processo de
edição apresenta alterações que ainda não foram 10. (2010 – EMBASA – Analista de Saneamento) No
salvas. aplicativo Writer do pacote BrOffice.org, a partir do
menu Arquivo, é possível acessar a opção Recarregar,
que substitui o documento atual pela última versão
5. (2010 – AGU – Contador) Ao se clicar a tecla PRINT salva.
SCREEN do teclado do computador, uma réplica da
imagem na tela do monitor será copiada para a área de
trabalho e poderá ser inserida em um texto que esteja 11. (2010 – MPU – Técnico de Informática) Um documento
sendo editado com o Writer do BrOffice. que foi editado no Writer do BrOffice e gravado no
formato padrão desse editor não pode ser aberto e lido
por qualquer uma das versões do editor Microsoft
6. (2010 – MS – Todos os cargos) No aplicativo Writer do Word.
BrOffice.org, para se fechar um arquivo que esteja

41
143
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

INFORMÁTICA

4646 Informática
Informática
12. 12.
(2008(2008
– BB– –BB Escriturário)
– Escriturário)
O BrOffice.Org
O BrOffice.OrgWriter
Writer
é umé um 5. 5.
(2010(2010
– TRT
– TRT
23 – 23 Analista
– Analista
Judiciário)
Judiciário)
No No
Excel,
Excel,
o o
programa
programausadousado
parapara
a edição
a edição
de textos,
de textos,
que que
permite
permite
a a assistente
assistente
parapara
criação
criação
de gráficos
de gráficos
podepode
ser acessado
ser acessado
aplicação de diferentes
aplicação de diferentes formatos no documento
formatos no documento em em clicando-se
clicando-se
a opção
a opçãoGráfico
Gráfico
no no
menu menuINSERIR
INSERIR
ou ou
edição, tais tais
edição, como tipo tipo
como e tamanho de letras,
e tamanho impressão
de letras, impressão clicando-se
clicando-se
o ícone
o ícone
correspondente
correspondente- -- na- barra
na barra
de de
em em colunas, alinhamento
colunas, alinhamento automático,
automático,entre outros.
entre outros. ferramentas.
ferramentas.
A seleção
A seleção
dos dos
dadosdados
da planilha
da planilha
podepode
ser ser
EsseEsse
aplicativo também
aplicativo também permite a utilização
permite de figuras,
a utilização de figuras, feitafeita
antesantes
de se
deativar
se ativar
o assistente
o assistente
de gráfico
de gráfico
ou após.
ou após.
gráficos e símbolos
gráficos no documento
e símbolos no documentoem elaboração.
em elaboração.

6. 6.
(2010(2010
– ABIN)
– ABIN)No Excel,
No Excel,
os sinais
os sinais
de @de (arroba),
@ (arroba),
+ +
13. 13.
(2009 – MDS
(2009 – MDS – Agente
– Agente Administrativo) O BROffice
Administrativo) O BROffice (soma),
(soma),
- (subtração)
- (subtração)
e = e(igual)
= (igual)
indicam
indicam
ao programa
ao programa
dispõe de um
dispõe conjunto
de um conjuntode programas
de programasgratuitos e dee de
gratuitos o início
o início
de uma
de uma
fórmula.
fórmula.
livrelivre
distribuição utilizados
distribuição parapara
utilizados a edição de planilhas,
a edição de planilhas,
textos e apresentações,
textos e apresentações, que que
podem ser instalados
podem em em
ser instalados
diversas
diversas plataformas
plataformas ou ousistemas
sistemasoperacionais,
operacionais, 7. 7.
(2010(2010
– MPU
– MPU
– Técnico
– Técnico
Administrativo)
Administrativo)
Os operadores
Os operadores
inclusive no ambiente
inclusive no ambienteWindows.
Windows. aritméticos
aritméticos
do do
MS MSExcelExcel
20072007
parapara
multiplicação,
multiplicação,
divisão, potenciação
divisão, potenciação e e porcentagem
porcentagem são,são,
respectivamente,
respectivamente, *, /,*,
^ /,
e^%.e %.
1. C
1. C
2. E
2. E
3. E
3. E 8. 8. (2010
(2010 – ABIN)
– ABIN) Considere
Considere que,que,
em em
umauma planilha
planilha em em
4. C
4. C processo
processo de edição
de edição no Excel,
no Excel, as células
as células B2, B2,
C2 eC2D2,
e D2,
5. E
5. E respectivamente,comcomOUTUBRO,
preenchidas,respectivamente,
preenchidas, OUTUBRO,
6. C
6. C NOVEMBRO
NOVEMBRO e DEZEMBRO,
e DEZEMBRO, sejam
sejam selecionadas
selecionadas e, em
e, em
7. E
7. E seguida,
seguida, sejaseja clicado
clicado o ícone
o ícone Mesclar
Mesclar e centralizar.
e centralizar.
8. E
8. E Nesse
Nesse caso,
caso, o resultado
o resultado obtido
obtido seráserá
umauma única
única célula
célula
9. E
9. E preenchida
preenchida comcom as palavras
as palavras OUTUBRO,
OUTUBRO, NOVEMBRO
NOVEMBRO e e
10. C
10. C DEZEMBRO.
DEZEMBRO.
11. E
11. E
12. C
12. C
13. C
13. C 9. 9. (2010
(2010 – BASA
– BASA – Técnico
– Técnico Científico)
Científico) No Excel,
No Excel, a alça
a alça de de
preenchimento
preenchimento é utilizada
é utilizada parapara a duplicação
a duplicação de umde um
dadodado inserido
inserido em uma
em uma célula
célula parapara as demais
as demais células
células na na
direção
direção em emque que o usuário
o usuário arrastar
arrastar o mouse,
o mouse, sejaseja
de de
Questões
Questões
Excel
Excel
cimacima
parapara baixo,
baixo, da direita
da direita parapara a esquerda
a esquerda ou naou na
diagonal.
diagonal.
1. 1.
(2011
(2011
– STM– STM
– Técnico
– Técnico
Judiciário
Judiciário
– Administrativo)
– Administrativo)
No No
Microsoft Excel
Microsoft 2003,
Excel por por
2003, meiomeio
da função lógica
da função Se, Se,
lógica
pode-se testar
pode-se a condição
testar especificada
a condição e retornar
especificada um um
e retornar
10. 10.
(2010(2010 – BASA
– BASA – Técnico
– Técnico Científico)
Científico) A barra
A barra de de
valorvalor
casocaso
a condição sejaseja
a condição verdadeira
verdadeiraou outro
ou outrovalorvalor
ferramentas
ferramentas de formatação
de formatação do Excel
do Excel contém
contém opções
opções
casocaso
a condição sejaseja
a condição falsa.
falsa.
que que permitem
permitem inserir,
inserir, em uma
em uma planilha,
planilha, figuras,
figuras, formas
formas
e linhas
e linhas e também
e também configurar
configurar cores
cores e autoformas.
e autoformas.
2. (2010
2. – MPU
(2010 – MPU– Técnico de de
– Técnico Informática)
Informática) Em Emumauma
planilha que que
planilha estáestá
sendo editada
sendo no Excel
editada 2007,
no Excel um um
2007,
11. 11.
(2009(2009
– MDS– MDS – Agente
– Agente Administrativo)
Administrativo) No Excel,
No MS MS Excel,
a a
triângulo vermelho
triângulo vermelhono canto superior
no canto superiordireito de uma
direito de uma
planilha
planilha corresponde
corresponde às páginas
às páginas disponíveis
disponíveis ou criadas
ou criadas
célula indica
célula que,que,
indica naquela célula,
naquela há algum
célula, há algumerro:erro:
por por
parapara
uso uso dentro
dentro de umde um arquivo
arquivo do Excel,
do Excel, enquanto
enquanto a a
exemplo, se asecélula
exemplo, tem tem
a célula umauma fórmula matemática
fórmula matemática
pastapasta de trabalho
de trabalho é o énome
o nome do arquivo
do arquivo propriamente
propriamente
associada a ela,
associada podepode
a ela, ser um
ser erro nessa
um erro fórmula.
nessa fórmula.
dito.dito.
Ao seAo salvar
se salvar
um um arquivo,
arquivo, salvam-se
salvam-se todas
todas as as
planilhas
planilhas nelenele contidas.
contidas.
3. (2010
3. – ABIN)
(2010 Considere
– ABIN) que,que,
Considere em emplanilha em em
planilha edição
edição
no Excel 2003,
no Excel um usuário
2003, registre,
um usuário nas nas
registre, células C2, C3,
células C2, C3,
C4, C4,C5, C5,C6 C6e eC7, C7,os osseguintes seguintesvalores,
valores,
respectivamente:
respectivamente: 10, 10,
20, 20,
20, 20,
30, 30,
50, 50,
100.100.
NessaNessa
1. 1.
C C
situação, casocaso
situação, o usuário selecione
o usuário a célula
selecione C8, C8,
a célula formate-
formate-
2. 2.
E E
a com
a coma opção Separador
a opção Separadorde Milhares,
de Milhares,nelanela
digite
digite 3. 3.
C C
=C4/C2+C7/C6
=C4/C2+C7/C6 e, eme, seguida, tecletecle
em seguida, ENTER, aparecerá
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4. 4.
C C
nessa célula
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célula 4,00.
o valor 4,00. 5. 5.
C C
6. 6.
C C
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8. 8.
E E
9. 9.
E E
10. 10.
E E
4. (2010
4. – ABIN)
(2010 UmaUma
– ABIN) planilha criada
planilha no Excel
criada 20072007
no Excel e e 11. 11.
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armazenada em em
armazenada arquivo no formato
arquivo xlsx xlsx
no formato podepode
ser ser
exportada parapara
exportada o padrão XML,XML,
o padrão por por
meiomeio
do próprio
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Excel 2007.
Excel 2007.

“Toda
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conquista
conquista
é lembrada
é lembrada porpor
seuseu
percurso
percurso
árduo!
árduo!
Quando
Quando
estiver
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difícil,
difícil,
lembre-se:
lembre-se:Estou
Estou
melhorando!
melhorando!
Quando
Quando
estiver
estiver
fácil,
fácil,
algoalgo
estáestá
errado!
errado!
Sucesso!
Sucesso!
UmUmgrande
grande
abraço
abraço
Prof.
Prof.
Danilo
Danilo
Vilanova”
Vilanova”

42 42
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS GERAIS DA BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS GERAIS DA BARRA DOS COQUEIROS


1.1. Histórico -lhe a fronteira com os Municípios vizinhos: o
Sergipe (navegável), com o de Aracaju, a leste; o
Durante a segunda metade do século XVI, a costa Pomonga e o canal do mesmo nome, na direção
sergipana era freqüentada pelos traficantes do SE-NO, com o de Santo Amaro das Brotas; e o Ja-
pau-brasil. Era a barra do rio Sergipe (barra do paratuba, ao norte, com o do mesmo nome. A
Cotinguiba, como então era chamado) o ponto superfície municipal é de 86 km².
preferido por êsses aventureiros. Portugal pôs
fim à pirataria através da conquista das terras in- O Município liga-se por via fluvial com o de Ara-
termediárias. entre Bahia e Pernambuco, realiza- caju (10 minutos) e Santo Amaro das Brotas (2
da por Cristóvão de Barros. horas e 20 minutos). Por via mista, fluvial até Ara-
caju (10 minutos) e daí, por rodovia - BR-11, SE-2
Segundo alguns historiadores, o atual Município e SE-4 - (2 horas e 40 minutos) ou ferrovia - VFF
teria abrigado, nos primeiros anos de sua funda- Leste Brasileiro - (3 horas), alcança-se o de Japa-
ção, a sede do Govêrno da Capitania de Sergipe- ratuba.
-del-Rei - São Cristóvão -, fundada por Cristóvão
de Barros em 1589, na costa ocidental da ilha dos Em Barra dos Coqueiros havia, em 1960, 4 577
Coqueiros, à margem esquerda do rio Sergipe e habitantes, segundo dados preliminares do últi-
próximo de sua foz, local que corresponde, hoje, mo Censo Demográfico. A população urbana de
ao da Cidade de Barra dos Coqueiros. Era, então, 2 551 pessoas refere-se à cidade, única aglome-
povoado ou, talvez, apenas cidadela. ração dêste tipo existente. Foram contados 982
domicílios. Densidade demográfica: 53 habitan-
A 10 de maio de 1875, por fôrça da Resolução n.° tes por quilômetro quadrado.
1028, a antiga Capela de Nossa Senhora dos Ma-
res da Barra dos Coqueiros foi elevada à categoria A abundância de peixes (atum e cavala, princi-
de freguesia (nunca provida eclesiàsticamente). palmente) e crustáceos, no litoral atlântico e nos
A Lei estadual n.° 525-A, de 25 de novembro de rios, estimula a pesca, que é feita rotineiramente.
1953, criou o Município, desmembrado de Araca- O sal marinho constitui a única riqueza mineral,
ju, compreendendo apenas a ilha de Coqueiros. É explorada por duas salinas situadas à margem do
constituído de um único distrito, que é têrmo da rio Pomonga. Em 1960, a pesca não colonizada,
Comarca de Aracaju. feita por 72 pescadores, rendeu 7,9 toneladas,
no valor de meio milhão de cruzeiros.
A cidade de Barra dos Coqueiros fica à margem
esquerda do rio Sergipe, bem defronte à cidade Formação Administrativa Gentílico: barra-co-
de Aracaju, da qual dista menos de um quilôme- queirense Distrito criado com a denominação de
tro. Altitude sôbre o nível marítimo: 5 metros. O Barra dos Coqueiros, pela lei municipal nº 84, de
clima do Município é úmido e quente. A tempe- 27-011903, subordinado ao município de Araca-
ratura média oscila entre 30 e 20° C. O período ju.Em divisão administrativa referente ao ano de
chuvoso estende-se de abril a junho. Localiza-se 1911, o distrito figura no município de Aracaju.
na zona fisiográfica do litoral do Estado de Sergi-
pe.

O Município estende-se em direção SE-NO, ao


longo do litoral atlântico. Vários rios descrevem-
145
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS GERAIS DA BARRA DOS COQUEIROS

Assim permanecendo em divisão territorial data- 1.2. PONTOS TURISCOS


da de 1-VII-1950. Elevado à categoria de muni-
cípio com a denominação de Barra dos Coquei- PRAIA
ros ex-povoado, pela lei estadual nº 525-A, de
25-11-1953, desmembrado de Aracaju. Sede no • PRAIA DE ATALAIA NOVA 5 Km
atual distrito de Barra dos Coqueiros ex-povoado. • PRAIA DO JATOBÀ 18 Km
Constituído do distrito sede. Instalado em 31-01- • PRAIA DA COSTA 3 Km
1955.
RIO
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o
município é constituído do distrito sede. Geo- • RIO SERGIPE
grafia: Localiza-se a 10º54’32” de latitude sul e • RIO POMOMGA
37º02’19” de longitude oeste, a uma altitude de • RIO JAPARATUBA
8 metros. Sua população estimada em 2006 era
de 21.562 habitantes. POVOADOS MAIS CONHECIDOS

OBSERVAÇÃO: COM O NOVO CENSO DEMOCRÁ- • JATOBÁ 18 Km


FICO REALIZADO PELO IBGE EM 2010. • CANAL 34 Km
• TOURO 33 Km
A POPULAÇÃO DA BARRA DOS COQUEIROS ESTÁ • ATALAIA NOVA 5 Km
ESTIMADA EM 24.283 HABITANTES. • OLHOS D´GUA 2 Km
• CAPOÃ 3 Km
OCUPA UMA ÁREA DE 87,96 km². • PONTAL DA ILHA 36 Km

Religião: Dentre as diversas religiões presentes


no município. 1.3. HISTÓRIA POLITICA
Comunicação Elevado à categoria de Município, a Barra dos
Coqueiros inicio sua vida política-administrati-
Rádios va, através da indicação dos primeiros prefeitos
pela ditadura militar, depois eleição direta, vários
• Barra FM - 87.9 MHz prefeitos e vereadores passaram pelo poder até
• Rede Ilha FM - 102.3 MHz a data de

Televisão 1. Prefeito MOISÉS GOMES PEREIRA - ( 1955 a


1958 ) a posse foi em 23 de Janeiro de 1955.
• Rede Gênesis - Canal 15 (em implantação)
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS GERAIS DA BARRA DOS COQUEIROS

VEREADORES ELEITOS FORAM CINCO: VEREADORES ELEITOS FORAM CINCO

• JOSÉ ALEXANDRE SANTOS • ANTÔNIO RABELO


• MANOEL MELCIADES DOS ANJOS • JOSÉ AFONSO PEREIRA DA SILVA
• JOSÉ ARNALDO DOS SANTOS • JOSÉ DE MATIAS
• ANTÔNIO RAMOS MAIA • ANTÔNIO FELIX DE ANDRADE
• JOSÉ CÂNDIDO DOS SANTOS • JOÃO PESSOA CHAGAS

OBSERVAÇÃO: O vereador, Sr. JOSÉ ARNALDO 5. Prefeito ANTÔNIO RABELO – ( 1971 a 1972 ) a
DOS SANTOS teve o seu mandado casado, e o pri- posse em 31 de Janeiro de 1971.
meiro suplente Sr. MARCOS BISPO DOS SANTOS
assumi o seu lugar. VEREADORES ELEITOS FORAM OITO

2. Prefeito JOÃO PESSOA CHAGAS – ( 1959 A 1962 • JOSÉ BISPO DA CRUZ


) a posse em 31 de Janeiro de 1959. • VALMIR MOURA SANTOS
• JOÃO RODRIGUES DANTAS
VEREADORES ELEITOS FORAM SEIS: • WANDERLEY FARIAS SILVA
• JOSÉ CARVALHO BENJAMIM
• MANOEL BISPO DOS SANTOS • MÁRIO NETO GOMES PEREIRA
• ANTÔNIO RABELO • MAURINA VÁLIDO DE JESUS
• MANOEL MELCIADES DOS ANJOS • JOSÉ MOTA CÂNDIDO
• ANTÔNIO MILITÃO
• LUIZ FRANCISCO SANTOS 6. Prefeito JOÃO HERMES PACIFÍCO. Faleceu an-
• JOSÉ CÂNDIDO DOS SANTOS tes de assumir. Tomou posse provisoriamente
para prefeito o presidente da Câmara Municipal
3. Prefeito ERASMO SANTA BÁRBARA – ( 1963 a o Sr. MANOEL MELCIADES DOS ANJOS. Com a de-
1966 ) a posse em 1 de Fevereiro de 1963. cisão judicial ficou determinado outra eleição.

VEREADORES ELEITOS FORAM CINCO 7. Prefeito JOÃO CÂNDIDO DOS SANTOS (BAIA-
NO) – ( 1972 a 1976 ) a posse em 8 de Fevereiro
• IVAN GOMES PEREIRA de 1972.
• NAIR VERA CRUZ CHAGAS
• JOSÉ CÂNDIDO DOS SANTOS VEREADORES ELEITOS FORAM SETE
• FRANCISCO CORREIA FAGUNDES
• MANOEL MELCIADES DOS ANJOS • MANOEL MELCIADES DOS ANJOS
• JOÃO RODRIGUES DANTAS
OBSERVAÇÃO: No dia 17 de Novembro de 1965 o • VALMIR MOURA SANTOS
suplente de vereador JOSE DE MATIAS toma pos- • GERALDO APÓSTOLO
se no lugar do vereador IVAN GOMES PEREIRA, • PEDRO BISPO DA CRUZ
que pediu licença por 120 dias. • MURILO DUARTE DE CARAVALHO
• PEDRO ROSALVO DA SILVA
4. Prefeito IVAN GOMES PEREIRA – ( 1966 a 1970
) a posse em 1 de Fevereiro de 1966.
147
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS GERAIS DA BARRA DOS COQUEIROS

8. Prefeito JOSÉ MOTA MACEDO – ( 1977 a 1981 ) 11. Prefeito ALBERTO JORGE DANTOS MACÊDO –
a posse em 1 de Fevereiro de 1977. ( 1989 a 1992 ) a posse em 1 de Janeiro de 1989.

VEREADORES ELEITOS FORAM SETE VEREADORES ELEITOS FORAM DEZ

• LICEU PEREIRA VÁLIDO • MANOEL MESSIAS DOS SANTOS


• MANOEL ROCHA DOS ANJOS • ANA DOS ANJOS SANTOS
• PEDRO ROSALVO DA SILVA • GERGE BATISTA DOS SANTOS
• ANTÔNIO FELIX DA SILVA • MARIA ADILZA DE OLIVEIRA LOPES
• MANOEL MELCIADES DOS ANJOS • GENTIL DA SILVA
• NATANAEL MENDES MOURA • JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS
• LUCIANO MARCOS BISPO • GILVALDO HENRIQUE DE JESUS SILVA
• JOSÉ DE MATIAS
OBSERVAÇÃO: No dia 04 de Janeiro de 1981 fale- • MARIA JOSÉ DOS SANTOS ARAÚJO
ceu o prefeito JOSÉ MOTA MACEDO em acidente • JORGE RABELO DE VASCONCELOS
automobilístico na praia da costa. E assumiu o
seu Vice AURELIANO RODRIGUES. 12. Prefeito NATANAEL MENDES MOURA – ( 1993
a 1996 ) a posse em 1 de Janeiro de 1993.
9. Prefeito AURELIANO RODRIGUES – ( 1981 a
1982 ) VEREADORES ELEITOS FORAM DEZ

10. Prefeito NATANAEL MENDES MOURA – ( 1983 • GEORGE BATISTA DOS SANTOS
a 1988 ) a posse em 1 de Fevereiro de 1983. • WASHGTON LUIZ GOMES PEREIRA
• NORMA MARIA GOMES PEREIRA
VEREADORES ELEITOS FORAM OITO • MARIA JOSÉ DOS SANTOS ARAÚJO
• AIRTON SAMPAIO MARTINS
• LICEU PEREIRA VALIDO • ROBERTO DAS CHAGAS RODRIGUES
• LICIANO MARCOS BISPO • ADSON PEREIRA SANTOS
• ANA DOS ANJOS SANTOS • NOVALDA LIMA DOS SANTOS
• ABDON VISPO FAGUNDES • ANTÔNIO CARLOS SANTOS
• ADAILTON MARTINS DE OLIVEIRA FILHO • FERNADO FRETAS
• JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS
• ARIVALDO MOURA DOS SANTOS 13. Prefeito GILSON DOS ANJOS SILVA – ( 1997 a
• MANOEL MESSIAS DOS SANTOS 2000 ) posse em 1 de Janeiro de 1997.

OBSERVAÇÃO: Prefeito NATANAEL MENDES


MOURA teve o seu mandado prorrogado por
mais dois anos. Então ele passou seis anos no
poder, o motivo foi a integração das eleições de
todos os níveis em 1988, para Presidente da Re-
pública, governador, senador, Dep. Federal e Es-
tadual, prefeitos e Vereadores.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS GERAIS DA BARRA DOS COQUEIROS

VEREADORES ELEITOS FORAM DEZ: • JÂNIO SANTANA DA SILVA


• JOSÉ CLÁDIO DA SILVA BARRETO
• DUVALCI DOS SANTOS • ROBERTO DAS CHAGAS RODRIGUES
• NIVALDA LIMA DOS SANTOS • IVETE OEREIRA MOURA
• GEORGE BATISTA DOS SANTOS
• AIRTON SAMPAIO MARTINS 16. Prefeito GILSON DOS ANJOS SILVA – ( 2009 A
• ROBERTO DAS CHAGAS RODRIGUES 2012 ) posse em 1 de Janeiro de 2009.
• VALDOMIRO TAVARES BISPO
• LANIA RIBEIRO MENDONÇA PEREIRA VEREADORES ELEITOS FORAM NOVE:
• MANOEL VINANA MARTINS
• ANTÔNIO CARLOS SANTOS • ANTÔNIO CARLOS SILVA DOS SANTOS
• DANIEL MENDES MOURA
14. Prefeito GILSON DOS ANJOS SILVA – ( 2000 a • ALBERTO JORGE SANTOS MACÊDO
2004 ) posse em 1 de Janeiro de 2000. • CARMEM MARIA MOURA SANTA BARABARA
• ANTÔNIO CARLOS SANTOS
VEREADORES ELEITOS FORAM ONZE: • JORGE RABELO VASCOCELLOS
• JÂNIO SANTANA DA SILVA
• AIRTON SAMPAIO MARTINS • JOSÉ CLÁUDIO SILVA BARRETO
• ANA DOS ANJOS SANTOS • WILSON CLAUDINO BERNADES SANTOS
• ANTÔNIO CARLOS SANTOS
• DUVALCI DOS SANTOS http://historiadebarradoscoqueiros.blogspot.
• GELVÂNIO TELES MENEZES com
• LÂNIA RIBEIRO MENDONÇA PEREIRA
• MANOEL VIANA MARTINS
• JÂNIO SANTANA SILVA
• ROBERTO DAS CHADAS RODRIGUES
• VALDOMIRO TAVARES BISPO
• JORGE RABELO DE VASCONCELOS

OBSERVAÇÃO: Na época ouve mudança na lei


eleitoral, podendo tanto o presidente, governa-
dor e prefeito e para segunda reeleição.

15. Prefeito AIRTON SAMPAIO MARTINS – ( 2005


a 2008 ) posse em 1 de Janeiro de 2005.

VEREADORES ELEITOS FORAM NOVE:

• GEORGE BATISTA DOS SANTOS


• ALYSSON SOUZA SANTOS
• LÂNIA RIBEIRO MENDONÇA PEREIRA
• ANTÔNIO CARLOS SILVA DOS SANTOS
• HAROLDO BATISTA VASCOCELOS
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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Emenda a Lei Orgânica


Nº 04 de dezembro 2012

Altera, revisa, suprime, acres-


centa, atualiza e sedimenta o tex-
to da Lei Orgânica Municipal à
sistemática constitucional vigen-
te e dá outras providências.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BARRA


DOS COQUEIROS, nos termos do art. 29, §§ 1º e 2º da Lei
Orgânica Municipal, promulga a presente Emenda ao texto
da LOM, consistindo na revisão, atualização com alterações,
textos supressivos, aditivos e a sedimentação da Lei Orgânica
Municipal.

Art. 1º - Ficam alterados, suprimidos, acrescidos arti-


gos, parágrafos, incisos, itens, alíneas e capítulos da Lei Orgâ-
nica Municipal, que passarão a ter a redação adequada e dentro
da sistemática constitucional vigente.

Art. 2º - Ficam revogados os dispositivos anteriores


e devidamente modificados por esta Emenda.

Art. 3º - Esta Emenda à LOM entra em vigor na data de


sua publicação.

Barra dos Coqueiros, 14 /dezembro /2012.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE


BARRA DOS COQUEIROS:

ALBERTO JORGE SANTOS MACÊDO


(Presidente)

DANIEL MENDES MOURA


(Vice-Presidente)

JANIO SANTANA DA SILVA


(1º Secretário)

CARMEN MARIA MOURA SANTA BÁRBARA


(2º Secretário)

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo de Barra dos Coqueiros, constitu-


ídos em Poder Legislativo deste Município, investidos no pleno
exercício dos poderes constituintes derivados, conferidos no
art. 29 da Constituição da República Federativa do Brasil, uni-
dos indissoluvelmente pelos mais elevados propósitos de pre-
servar o Estado de Direito, o culto perene à liberdade de todos
perante a lei, intransigentes no combate a toda forma de opres-
são, preconceito, exploração do homem pelo homem e zelando
pela Paz e Justiça Social e sob a proteção de DEUS, aprovamos
e a Mesa Diretora promulga a seguinte Emenda que dá nova
redação desta Lei Orgânica.

TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA

Art. 1º - O Município de Barra dos Coqueiros, em união in-


dissolúvel da República Federativa do Brasil, com a autonomia
assegurada pela Constituição da República, tem como funda-
mentos:

I. A autonomia;
II. A cidadania;
III. A dignidade da pessoa humana;
IV. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V. Pluralismo político;

§ 1º - A autonomia do Município configura-se, especialmente,


por meio de:

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

I. Elaboração e promulgação da Lei Orgânica;


II. Eleição do Prefeito e Vice-Prefeito e Vereadores;
III. Organização de seu Governo e Administração.

Art. 2º - Todo o Poder emana do povo, que o exerce por meio


de representantes eleitos diretamente, nos termos da Consti-
tuição Federal, da Constituição Estadual e desta Lei Orgânica.

Art. 3º - São objetivos fundamentais dos cidadãos deste Muni-


cípio e de seus representantes:

I. Assegurar a construção de uma sociedade livre, justa e so-


lidária;
II. Contribuir para o desenvolvimento municipal, estadual e
nacional;
III. Erradicar a pobreza e a marginalização, e reduzir as desi-
gualdades sociais na área urbana e rural;
IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade, religião e quaisquer outras formas de
discriminação.
V. Assegurar, nos termos da Constituição Federal, da Consti-
tuição Estadual e desta Lei Orgânica, o direito à saúde, ao
trabalho, à educação, ao lazer, ao transporte, à segurança,
à proteção à maternidade e à infância, à assistência aos de-
samparados, à moradia e a um meio ambiente equilibrado.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 4º - O Município de Barra dos Coqueiros, com sede na


cidade que lhe dá o nome, dotado de autonomia política, admi-
nistrativa e financeira, rege-se por esta Lei Orgânica.

Art. 5º - São poderes do Município, independentes e harmôni-


cos entre si, o Executivo e o Legislativo.

Art. 6º - São símbolos do Município: a sua Bandeira, seu Hino


e seu Brasão.

Art. 7º - Incluem-se entre os bens do Município, os imóveis,


por natureza ou acessão física, e os móveis que atualmente se-
jam do seu domínio ou a ele pertençam, bem assim os que lhe
vierem a ser atribuídos por lei e os que incorporem ao seu pa-
trimônio por ato jurídico perfeito.

CAPÍTULO II
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

Art. 8º - O Município poderá dividir-se, para fins exclusiva-


mente administrativos, em bairros, povoados e distritos:

I. Denominam-se bairros as porções contínuas e contíguas do


território da sede, com denominação própria, representando
meras divisões geográficas desta;
II. Povoado são povoações em áreas rurais de menor propor-
ção territorial que os distritos;
III. Distrito é a parte do território do Município dividido para
fins administrativos de circunscrição territorial e jurisdi-
ção municipal, com denominação própria.

Art. 9º - A criação, organização, supressão ou fusão de distri-


tos, depende de lei, após consulta plebiscitária às populações

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Lei Orgânica do Município

diretamente interessadas, observadas a legislação estadual es-


pecífica e o atendimento aos requisitos estabelecidos no artigo
desta Lei Orgânica.

Parágrafo único – O distrito pode ser criado mediante fusão


de dois ou mais distritos, aplicando-se, neste caso, as normas
estaduais e municipais cabíveis relativas à criação e à supressão.

Art. 10 - São requisitos para criação de distritos:

I. População, eleitorado e arrecadação não inferiores à sexta-


-parte exigida para criação de município;
II. existência no povoado sede de, pelo menos, cinquenta mo-
radias, escola pública, posto policial e posto de saúde.

Parágrafo único – Comprovar-se-á o atendimento às exigên-


cias enumeradas neste artigo mediante:

I. Declaração emitida pela Fundação Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE) de estimativa de popula-
ção;
II. Certidão emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certifi-
cando o número de eleitores;
III. Certidão emitida pelo Agente Municipal de Estatística de
Barra dos Coqueiros ou pela repartição competente da ju-
risdição, certificando o número de moradias;
IV. Certidão do Órgão Fazendário Estadual e Municipal, cer-
tificando a arrecadação na respectiva área territorial;
V. Certidões emitidas pelas Secretarias de Educação, de
Saúde e de Segurança Pública do Estado, certificando a
existência de escola pública, postos de saúde e policial na
povoação sede.

Art. 11 – Na fixação das divisas distritais devem ser observadas


as seguintes normas:

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Barra dos Coqueiros

I. Sempre que possível, serão evitadas formas assimétricas,


estrangulamentos e alongamentos exagerados;
II. Preferência para a delimitação das linhas naturais facil-
mente identificáveis;
III. Na existência de linhas naturais, utilização de linha reta,
em que os pontos naturais ou não sejam facilmente identi-
ficáveis;
IV. É vedada a interrupção da continuidade territorial do Mu-
nicípio ou do distrito de origem.

Parágrafo único – As divisas distritais devem ser descritas tre-


cho a trecho, salvo, para evitar duplicidade, aquelas em que
coincidirem com os limites municipais.

CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 12 – Compete ao Município de Barra dos Coqueiros:

I. Administrar seu patrimônio;


II. Legislar sobre assuntos de interesse local;
III. Suplementar as legislações federal e estadual no que couber;
IV. Instituir e arrecadar os tributos de sua competência,
bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obri-
gatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
prazos fixados em lei;
V. Criar, organizar e suprimir distritos ou povoados, ob-
servada a legislação estadual;
VI. Organizar o quadro funcional, plano de carreira e esta-
belecer o regime de seus servidores;

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Lei Orgânica do Município

VII. Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de con-


cessão ou permissão, entre outras, os seguintes serviços:
VIII. Transporte coletivo urbano e intermunicipal, que terá
caráter essencial;
IX. Abastecimento de água e esgotos sanitários;
X. Mercados, feiras e matadouros locais;
XI. Cemitérios e serviços funerais;
XII. Iluminação pública;
XIII. Limpeza pública, coleta domiciliar, hospitalar, detri-
tos industriais destinando o lixo em área adequada,
como aterro sanitário.
XIV. Manter, com cooperação técnica e financeira da União
e do Estado, programa de educação básica e profissio-
nalizante;
XV. Prestar, com a cooperação técnica e financeira da
União e do Estado, serviços de atendimento à saúde
da população;
XVI. Promover, no que couber, adequado ordenamento
territorial, mediante planejamento e controle do uso,
do parcelamento e da ocupação do solo urbano, res-
peitando o Plano Diretor Municipal;
XVII. Promover a proteção do patrimônio histórico, cultu-
ral, artístico, turístico e paisagístico local, observadas
a legislação e as ações fiscalizadoras federal e estadual;
XVIII. Promover a cultura, a arte, o desporto e o lazer;
XIX. Fomentar a produção agropecuária, industrial, co-
mercial, artesanal e demais atividades econômicas,
especialmente a citricultura;
XX. Realizar serviços de assistência social, diretamente ou
por meio de instituições privadas, conforme critério e
condições estabelecidos em Lei Municipal;
XXI. Fixar:
XXII. Tarifas dos serviços públicos, inclusive dos transpor-
tes públicos;

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Barra dos Coqueiros

XXIII. Horário de funcionamento dos estabelecimentos pú-


blicos municipais.
XXIV. Sinalizar as vias públicas urbanas e rurais;
XXV. Regulamentar a utilização de vias e logradouros públicos;
XXVI. Conceder licença para:
a) Localização, instalação e funcionamento de estabele-
cimentos industriais, comerciais e de serviços;
b) Afixação de outdoor, letreiros, faixas em locais públi-
cos, emblemas e utilização de alto falantes para fins de
publicidade e propaganda em locais públicos;
c) Exercício do comércio eventual de ambulante;
d) Realização de jogos, espetáculos e divertimentos pú-
blicos, observadas as prescrições legais;
e) Prestação dos serviços de táxis e/ou mototáxis ou
congêneres e demais serviços de utilidade pública.
XXVII. Elaborar, implantar e executar a política de desenvol-
vimento urbano, com o objetivo de ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais das áreas habita-
das e garantir o bem estar de seus habitantes;
XXVIII.Elaborar e executar, com a participação das associa-
ções representativas da comunidade, o plano diretor
como instrumento básico da política de desenvolvi-
mento e de expansão urbana deste Município;
XXIX. Dispor, mediante lei específica, sobre o adequado
aproveitamento do solo urbano não edificado e subu-
tilizado, podendo promover o parcelamento ou edi-
ficação compulsória, tributação progressiva ou desa-
propriação, na forma da Constituição Federal, caso o
seu proprietário não promova seu adequado aprovei-
tamento;
XXX. Constituir a guarda municipal, destinada à proteção
de seus bens, serviços e instalações, inclusive dos bens
privados, conforme dispuser a lei;

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Lei Orgânica do Município

XXXI. Planejar e promover a defesa permanente contra as


calamidades públicas;
XXXII. Legislar sobre licitação e contratação em todas as moda-
lidades para administração pública municipal, direta e
indiretamente, inclusive as fundações públicas munici-
pais e empresas sob o seu controle, respeitadas as nor-
mas gerais da legislação federal;
XXXIII. Participar da gestão regional na forma que dispuser a lei
estadual;
XXXIV. Ordenar o trânsito nas vias públicas e a utilização do sis-
tema viário;
XXXV. Disciplinar a localização, instalação, funcionamento de
máquinas, motores, estabelecimentos industriais, co-
merciais e de serviços prestados ao público;
XXXVI. Fiscalizar e implementar ações no sentido de impedir
invasões de bens imóveis de propriedade do Município.

SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA COMUM

Art. 13 – É competência comum do Município de Barra dos


Coqueiros, do Estado e da União:

I. Zelar pela guarda da Constituição, da lei e das instituições


democráticas e conservar o patrimônio público;
II. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e ga-
rantia das pessoas portadoras de necessidades especiais;
III. Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisa-
gens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, inclusi-
ve, arcando com os ônus correspondentes;
IV. Impedir a evasão, a destruição e a descentralização de
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artísti-
co ou cultural, sob pena de responsabilidade;

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Barra dos Coqueiros

V. Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e


à ciência;
VI. Proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas;
VII. Preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII. Fomentar a produção agropecuária e organizar o abas-
tecimento alimentar;
IX. Promover programas de construção de moradias e a
melhoria das condições habitacionais e de saneamento
básico;
X. Combater as causas da pobreza e os fatores de margi-
nalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;
XI. Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de di-
reitos de pesquisas e exploração de recursos hídricos e
minerais em seu território;
XII. Estabelecer e implantar política de educação para a se-
gurança do trânsito.

SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR

Art. 14 - Compete ao Município de Barra dos Coqueiros su-


plementar a Legislação Federal e a Estadual no que couber e
naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse, visando
adaptá-la à realidade e às necessidades locais.

CAPÍTULO IV
DAS VEDAÇÕES

Art. 15 - Além de outros casos previstos nesta Lei Orgânica, ao


Município é vedado:

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Lei Orgânica do Município

I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-


-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com
eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da Lei, a colaboração
e interesses pela preservação dos costumes históricos
e culturais públicos;
II. Recusar fé aos documentos públicos;
III. Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
IV. Permitir ou fazer uso de bens de seu patrimônio como
meio de propaganda político-partidária;
V. Outorgar isenções ou anistias fiscais ou permitir a re-
missão de dívidas sem interesse público justificado e
sem fins lucrativos, sob pena de nulidade do ato;
VI. Exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;
VII. Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontram em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou fun-
ções por eles exercidas, independentemente de deno-
minação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
VIII. Estabelecer diferença tributária entre bens e serviços,
de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou
destino;
IX. Cobrar tributos:
a) Em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou reajustados;
b) No mesmo exercício financeiro em que haja sido pu-
blicada a lei que o instituiu ou reajustou.
X. Utilizar tributos como efeito de confisco;
XI. Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens,
por meios de tributos, ressalvadas a cobrança de pe-
dágio pela utilização de vias conservadas pelo poder
público;
XII. Instituir impostos sobre:

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Barra dos Coqueiros

a) Patrimônio, renda ou serviço da União, do Estado


e de outros Municípios, e as autarquias e fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, no que se
refere ao patrimônio, renda e aos serviços vinculados
a suas finalidades essenciais ou a delas decorrentes;
b) Templo de qualquer culto;
c) Patrimônio, rendas ou serviços dos partidos políticos,
fundações, entidades sindicais dos trabalhadores, das
associações comunitárias, das instituições de educa-
ção e assistência social, sem fins lucrativos, declarados
de utilidade pública, atendidos os requisitos da lei;
d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão.

CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 16 - A administração pública direta, indireta ou fundacio-


nal de qualquer dos Poderes do Município de Barra dos Co-
queiros, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalida-
de, moralidade, publicidade, eficiência e, também, ao seguinte:

I. Garantia da participação dos cidadãos e de suas orga-


nizações administrativas, através de conselhos cole-
giados em audiências públicas, além dos mecanismos
previstos na Constituição Federal, na Constituição Es-
tadual e desta Lei Orgânica;
II. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
aos brasileiros que preencham os requisitos estabeleci-
dos em lei, assim como os estrangeiros, na forma da lei;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

III. A investidura em cargo ou emprego público depende


de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a com-
plexibilidade do cargo ou emprego, na forma prevista
em lei, ressalvadas para cargo em comissão declarada
em lei de livre nomeação e exoneração;
IV. O prazo de validade do concurso público será de dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
V. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será convocado com prio-
ridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego na carreira;
VI. As funções de confiança serão exercidas, exclusiva-
mente, por servidores ocupantes de cargo efetivo e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servi-
dores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas as atri-
buições de direção, de chefia e de assessoramentos;
VII. A lei reservará percentual dos cargos e empregos pú-
blicos para as pessoas portadoras de necessidades es-
peciais e definirá os critérios de sua admissão;
VIII. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;
IX. A remuneração dos servidores públicos e os subsídios
dos agentes políticos, somente poderão ser fixados ou
alterados por norma específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices;
X. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não po-
derão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XI. É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-
pécies remuneratórias, para efeito de remuneração de
pessoal do serviço público;

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Barra dos Coqueiros

XII. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor


público municipal não serão computados nem acumu-
lados para fins de concessão de acréscimos anteriores;
XIII. Os vencimentos dos servidores públicos municipais
são irredutíveis e a remuneração observará o disposto
nos incisos X e XI deste artigo;
XIV. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto quando houver compatibilidade de horários, ob-
servado em qualquer caso o limite estabelecido em lei:
XV. A de dois cargos de professor;
XVI. A de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
XVII. A de dois cargos ou empregos privativos de profissio-
nais da saúde, com profissões regulamentadas.
XVIII. À proibição de acumular estende-se a empregos e fun-
ções e abrange autarquias, empresas públicas, socie-
dade de economia mista, suas subsidiárias e sociedades
controladas, direta ou indiretamente pelo poder público;
XIX. Nenhum servidor será designado para as funções não
constantes das atribuídas ao cargo que ocupa, a não ser
na hipótese de substituição, percebendo gratificação
estabelecida em lei;
XX. A administração tributária e seus servidores fiscais te-
rão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
precedências sobre os demais setores administrativos,
na forma da lei;
XXI. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia
e autorizada a instituição de empresa pública, socie-
dade de economia mista e de fundação, cabendo a lei
complementar, neste último caso definir as áreas de sua
atuação;
XXII. Depende de autorização legislativa, em cada caso, a
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no
inciso anterior, assim como a participação delas em
empresas privadas;

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

XXIII. Ressalvados os casos determinados na legislação fede-


ral específica, as obras, serviços, compras e alienações
serão contratadas mediante processo de licitação pú-
blica que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obriga-
ções de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, a qual somente permitirá
as exigências de qualificação técnica e econômica, in-
dispensável à garantia das obrigações;
XXIV. A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
empregos públicos e funções de administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer
dos Poderes do Município, dos detentores de mandato
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outras espécies remuneratórias, percebidas
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pes-
soais ou de qualquer natureza, não poderão exceder ao
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supre-
mo Tribunal Federal, aplicando-se como limite no Mu-
nicípio, o subsídio fixado para o Prefeito;
XXVI. É vedada a dispensa de servidores sindicalizados, a
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos municipais, deverão ter cará-
ter educativo, informativo ou de orientação social, dela não po-
dendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridade ou de servidores públicos;
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos III e IV deste
artigo, implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
responsável, nos termos da Lei;

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 3º - A lei disciplinará a forma de participação do usuário na


administração pública direta e indireta, regulando especial-
mente:
I. As reclamações relativas a apresentação dos serviços pú-
blicos em geral, asseguradas a manutenção de serviço de
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa
e interna, da qualidade dos serviços;
II. O acesso dos usuários a registros administrativos e a in-
formações sobre atos do governo;
III. A disciplina da representação contra o exercício negli-
gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na admi-
nistração pública.
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão em
suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, in-
disponibilidade dos bens e ressarcimento do erário, na forma
e gradação prevista na legislação federal, sem prejuízo da ação
penal cabível.

§ 5º - O Município e os prestadores de serviços públicos mu-


nicipais responderão pelos danos que seus agentes, nesta qua-
lidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 6º- A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupan-


te de cargo ou emprego da administração direta e indireta, que
possibilite o acesso a informações privilegiadas.

§ 7º- A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos ór-


gãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus adminis-
tradores e o poder público, que tenha por objetivo a fixação de
metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei
dispor sobre:

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Lei Orgânica do Município

I. O prazo de duração do contrato;


II. Os controles e critérios de avaliação de desempenho, di-
reitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes;
III. A remuneração do pessoal.

§ 8º- É vedada a percepção simultânea de proventos de apo-


sentadoria decorrentes do art. 40 da Constituição Federal, com
a remuneração de cargo, emprego e função pública, ressalva-
dos os cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal e
desta Lei Orgânica, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Art. 17 - O Poder Executivo Municipal é obrigado a adotar pla-
no de cargos, carreira, funções e vencimentos.

SEÇÃO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 18 – O Município de Barra dos Coqueiros instituirá, no


âmbito de sua competência, regime jurídico estatutário e plano
de carreira para os servidores da administração pública direta
ou indireta, das autarquia e das fundações públicas.

§ 1º - A lei assegurará aos servidores da administração direta


e indireta isonomia de vencimentos para cargos de atribuições
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores
do Poder Executivo e Legislativo ressalvado as vantagens de ca-
ráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

§ 2º - Aplicam-se aos servidores municipais os direitos seguintes:

I. Salário mínimo, fixado em lei nacionalmente unifica-


do, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

e as de sua família com moradia, alimentação, saúde,


educação, lazer, vestuário, higiene, transporte, previ-
dência social, com reajustes periódicos que lhe preser-
vem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim;
II. Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em con-
venção ou acordo coletivo;
III. Décimo terceiro salário com base na remuneração in-
tegral ou no valor da aposentadoria;
IV. Remuneração do trabalho noturno superior a do diurno;
V. Salário família pago em razão do dependente do traba-
lhador de baixa renda nos termos da lei;
VI. Duração do trabalho normal não superior a 8 (oito)
horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, facul-
tada a compensação de horários e a redução da jorna-
da, mediante acordo ou convenção coletiva de traba-
lho;
VII. Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
domingos;
VIII. Remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em 50% (cinquenta) por cento do normal;
IX. Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
(1/3) um terço a mais do que a remuneração normal;
X. Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salá-
rio, de 180 (cento e oitenta) dias;
XI. Licença à paternidade, nos termos da lei;
XII. Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei;
XIII. Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;
XIV. Proibição de diferença de salários, de exercício de fun-
ções e de critério de admissão por motivo de sexo, ida-
de, cor ou estado civil;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

XV. Fica garantida à funcionária pública que fizer adoção


de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade, dentro
dos critérios estabelecidos em lei, licença de 180 (cen-
to e oitenta) dias, sem prejuízo de seus vencimentos e
vantagens.
XVI. Seguro contra acidente de trabalho;
XVII. Aperfeiçoamento pessoal e funcional;
XVIII. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, nos
termos da lei;
XIX. Licença para interesse particular e sem remuneração.

§ 3º - O membro de poder, o detentor de mandato eletivo e


os secretários municipais serão remunerados, exclusivamente,
por subsídios fixados em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em
qualquer caso, o que dispõem os artigos 37, X e XI; 39 § 4 º; e
153 § 2º, da Constituição Federal.

§ 4º - Os Poderes Executivos e Legislativos publicarão, anual-


mente, os valores dos subsídios e das remunerações dos cargos
e empregos públicos.

§ 5º - A lei municipal poderá estabelecer a relação entre a maior


e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido,
em qualquer caso, o disposto nesta Lei Orgânica.

§ 6º - O tempo de serviço público federal, estadual ou muni-


cipal será computado integralmente para efeitos de aposenta-
doria e de disponibilidade, incorporando-se a esse tempo as
licenças prêmio não gozadas pelo servidor que, neste caso, é
contado em dobro.

Art. 19 - O servidor público municipal será aposentado nos ter-


mos das Constituições Federal e Estadual, e desta Lei Orgânica.

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 20 - Ao servidor público municipal, em exercício de man-


dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I. Tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual , fica-


rá afastado de seu cargo, emprego ou função;
II. Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela remu-
neração;
III. Investido no mandato de Vereador, havendo compatibi-
lidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, sem prejuízo do subsídio do cargo
eletivo, e não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
IV. Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercí-
cio do mandato eletivo, seu tempo de serviço será conta-
do para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
V. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afasta-
mento, os valores são determinados como se no exercício
estivesse.

Art. 21 - São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os


servidores municipais nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo:

I. Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;


II. Mediante processo administrativo em que lhe seja asse-
gurada ampla defesa;
III. Mediante procedimento de avaliação periódica de de-
sempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indeni-
zação, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilida-
de com renumeração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
mento em outro cargo.

§ 4º - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obri-


gatória a avaliação especial de desempenho por comissão insti-
tuída para essa finalidade.

Art. 22 – É livre a associação profissional ou sindical do servidor


público municipal na forma da lei federal, observando o seguinte:

I. É vedada a criação de mais de uma organização sindi-


cal, em qualquer grau, representativa de categoria profis-
sional ou econômica, na mesma base territorial, para os
servidores da administração direta, das autarquias e das
fundações;
II. É assegurado o direito de filiação de servidores, profis-
sionais liberais, profissionais da área de saúde, à associa-
ção sindical de sua categoria;
III. Os servidores da administração indireta, das empresas
públicas e de economia mista, poderão associar-se em
sindicato próprio;
IV. Ao sindicato dos servidores públicos municipais cabe a de-
fesa dos direitos e interesses coletivos e individuais da cate-
goria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

V. A assembleia geral fixará a contribuição que, em se tra-


tando de categoria profissional, será descontada em folha,
para custeio do sistema confederativo da representação
sindical respectiva, independentemente da contribuição
prevista em lei;
VI. Ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado ao
sindicato;
VII. É obrigatório a participação do sindicato nas negocia-
ções coletivas de trabalho;
VIII. O servidor aposentado filiado tem direito a votar e ser
votado nas organizações sindicais.

Art. 23 - O direito de greve será exercido nos termos e nos li-


mites definidos em lei específica.

Art. 24 - A lei disporá, em caso de greve, sobre o atendimento


das necessidades inadiáveis da comunidade.

Art. 25 - É assegurada a participação dos servidores públicos


municipais, por eleição, nos colegiados da administração pú-
blica em que seus interesses profissionais ou previdenciários
sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 26 - Haverá uma instância colegiada administrativa para


dirimir controvérsias entre o Município e seus servidores pú-
blicos, garantida a paridade na sua composição.

Art. 27 - O Município instituirá Conselhos de política de admi-


nistração e remuneração de pessoal, integrados por servidores
designados pelos respectivos poderes.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPITULO I
DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 28 - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Munici-


pal que tem funções legislativas, de fiscalização e julgamento e
de controle externo do Executivo, de julgamento político ad-
ministrativo, de assessoramento ao Poder Executivo e de ad-
ministração de sua economia interna.

Parágrafo único – Cada legislatura tem a duração de 4 (quatro)


anos, correspondente cada ano a uma Sessão Legislativa.

Art. 29 - A Câmara Municipal compõe-se de Vereadores eleitos


pelo sistema proporcional, como representantes do povo, com
mandato de 4 (quatro) anos.

§ 1º - São condições de elegibilidade para o exercício do man-


dato de Vereador, de acordo com o art. 14, § 3º da Constituição
Federal:

I. A nacionalidade brasileira;
II. O pleno exercício dos direitos políticos;
III. O alistamento eleitoral;
IV. O domicílio eleitoral na circunscrição;
V. A filiação partidária;
VI. A idade mínima de dezoito anos;
VII. Ser alfabetizado.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 2º - O número de vereadores deste Município será de 11


(onze), observado o censo do IBGE e os parâmetros estabeleci-
dos na Constituição Federal.

Art. 30 - A Câmara Municipal reunir-se-á anual e ordinaria-


mente, na sede do Município, de 02 de fevereiro a 17 de julho e
de 1º de agosto a 22 de dezembro, podendo reunir-se também
por convocação extraordinária.

§ 1º - As reuniões inaugurais de cada sessão legislativa mar-


cadas para as datas que lhes correspondem serão transferidas
para o primeiro dia útil subsequente, quando coincidirem com
sábados, domingos e feriados.

§ 2º - A convocação extraordinária da Câmara far-se-á:

I. Pelo Prefeito, quando este a entender necessária;


II. Pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria
dos membros da casa, em casos de urgência ou interesse
público relevante;
III. Pela Comissão Representativa da Câmara.

§ 3º - Na sessão Legislativa Extraordinária, a Câmara Munici-


pal somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convo-
cada, vedado o pagamento de parcela indenizatória em razão
da convocação.

§ 4º - As sessões da Câmara Municipal serão sempre iniciadas


com a expressão: “Sob a proteção de Deus e em nome do povo
de Barra dos Coqueiros e havendo número legal, declaro aber-
ta a presente sessão”.

Art. 31 - As deliberações da Câmara serão tomadas por maio-


ria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, sal-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

vo disposição em contrário prevista no Regimento Interno da


Casa ou disposição desta Lei Orgânica.

Art. 32 - A Sessão Legislativa Ordinária não será interrompida,


por recesso, sem a deliberação sobre os projetos de leis do ciclo
orçamentário.

Art. 33 - As Sessões da Câmara realizar-se-ão em recinto des-


tinado ao seu funcionamento, salvo hipóteses previstas no Re-
gimento Interno.

§ 1º - O dia e horário das Sessões Ordinárias, Extraordinárias e


Especiais da Câmara Municipal serão estabelecidos de acordo
com o que dispuser o Regimento Interno.

§ 2º - Poderão ser realizadas Sessões Solenes fora do recinto da


Câmara.

§ 3º - No recinto de reuniões do Plenário não poderão ser afi-


xados quaisquer símbolos, quadros, faixas, cartazes ou fotogra-
fias que impliquem propaganda político-partidária, ideológica,
religiosa ou de cunho promocional de pessoas vivas ou de en-
tidades de qualquer natureza.

§ 4º - O disposto neste artigo não se aplica à colocação de bra-


são ou bandeira do País, Estado e do Município, na forma da
legislação aplicável.

Art. 34 - As Sessões serão públicas, salvo deliberação em con-


trário, por voto de 2/3 (dois terços), dos Vereadores, adotado
em razão de motivo relevante.

Art. 35 - As Sessões somente serão abertas com a presença de,


no mínimo, 1/3 (um terço) dos Membros da Câmara, não po-
dendo, neste caso, haver deliberação.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 1º - As deliberações da Câmara terão duas discussões, exce-


tuando-se as moções, as indicações e os requerimentos, decre-
tos legislativos e resolução, que terão apenas uma discussão e
votação.

§ 2º - Considerar-se-á presente à Sessão, o Vereador que assi-


nar o livro de presença até a declaração de abertura dos traba-
lhos, da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenário e/
ou de votação.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÃMARA MUNICIPAL

Art. 36 - Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Pre-


feito, legislar sobre as matérias de competência do Município,
especialmente sobre:

I. Assunto de interesse local, inclusive suplementando


a legislação federal e a estadual, notadamente no que
diz respeito:
II. Saúde, a assistência pública e à proteção e garantia
das pessoas de necessidades especiais;
III. Proteção de documentos, obras, outros bens de valor
histórico, artístico e cultural como os monumentos,
as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológi-
cos do Município;
IV. Impedir a evasão, destruição e descaracterização de
obras de arte e outros bens de valor histórico, artísti-
co e cultural do Município;
V. Abertura de meios de acesso à cultura, à educação e à
ciência;
VI. Proteção ao meio ambiente e ao combate a poluição
em qualquer de suas formas;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

VII. Incentivo à indústria e ao comércio;


VIII. Criação de distritos industriais;
IX. Fomento da produção agropecuária e a organização
do abastecimento alimentar;
X. Promoção de programas de construção de moradias,
melhorando as condições habitacionais e de sanea-
mento básico;
XI. Combater as causas da pobreza e os fatores da margi-
nalização, promovendo a integração social dos seto-
res desfavorecidos;
XII. Registro, acompanhamento e fiscalização das conces-
sões de pesquisa e exploração dos recursos hídricos e
minerais em seu território;
XIII. Estabelecimento e implantação da política de educa-
ção para o trânsito;
XIV. Cooperação com a União e o Estado, tendo em vista
o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar so-
cial atendendo as normas fixadas em lei complemen-
tar federal;
XV. Uso e armazenamento dos agrotóxicos, seus compo-
nentes e afins;
XVI. Políticas públicas do Município.
XVII. Tributos municipais, bem como autorizar isenção e
anistias fiscais e a remissão de dívidas;
XVIII. Orçamento anual, plano plurianual e diretrizes orça-
mentárias, bem como autorizar a abertura de crédi-
tos suplementares e especiais;
XIX. Obtenção e concessão de empréstimo e operações de
crédito, bem como a forma e os meios de pagamento;
XX. Concessão de auxílio e subvenções;
XXI. Concessão e permissão de serviços públicos;
XXII. Concessão de direito real de uso de bens municipais;
XXIII. Alienação de bens imóveis;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

XXIV. Aquisição de bens imóveis, destinado à doação;


XXV. Criação, organização e supressão de distritos ou po-
voados, observada a legislação estadual;
XXVI. Criação, alteração, extinção de cargos, empregos e
funções públicas e fixação na respectiva remuneração;
XXVII. Plano diretor;
XXVIII. Alteração e denominação de prédios, vias e logra-
douros públicos;
XXIX. Ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do solo
urbano;
XXX. Organização e prestação de serviços públicos;

Art. 37 - Compete à Câmara Municipal, privativamente, entre


outras, as seguintes atribuições:

I. Elaborar o seu Regimento Interno;


II. Eleger sua Mesa Diretora, bem como destituí-la na for-
ma desta Lei Orgânica e do Regimento Interno;
III. Fixar, em cada legislatura para a subsequente, o subsí-
dio do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, bem
como dos Secretários Municipais;
IV. Autorizar a fixação da remuneração dos agentes públi-
cos, obedecidos os limites legais e assegurada revisão
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de
índices na forma da lei.
V. Exercer, com auxílio do Tribunal de Contas ou órgão
estadual competente, a fiscalização financeira, orça-
mentária, operacional e patrimonial do Município;
VI. Julgar as contas anuais do Município, compreendendo
as da Prefeitura e da Mesa da Câmara e apreciar os re-
latórios sobre a execução dos planos de governo;
VII. Sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem o poder regulamentar ou dos limites de de-
legação legislativa;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

VIII. Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,


criação, transformação ou extinção de cargos, empregos
e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixa-
ção da respectiva remuneração, observados os parâme-
tros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IX. Autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, quan-
do a ausência exceder a 10 (dez) dias;
X. Mudar, temporariamente a sua sede;
XI. Fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclu-
ídos os da administração indireta e funcional;
XII. Proceder à tomada de Contas anuais do Prefeito Mu-
nicipal, quando não apresentadas à Câmara, dentro do
prazo de 120 (cento e vinte) dias, após o encerramento
do exercício anterior;
XIII. Processar e julgar o Prefeito, o vice-Prefeito e os Vere-
adores na forma da lei;
XIV. Representar ao Procurador Geral de Justiça, mediante
aprovação de 2/3 (dois terços) dos seus membros, con-
tra o Prefeito, o Vice-Prefeito e Secretários Municipais
ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prá-
tica de crime contra a Administração Pública que tiver
conhecimento;
XV. Dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de
sua renúncia e afastá-los definitivamente do cargo, nos
termos previsto em lei;
XVI. Conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Ve-
readores para afastamento do cargo;
XVII. Criar Comissões Especiais de Inquéritos sobre fato de-
terminado que se inclua na competência da Câmara
Municipal, sempre que o requerer pelo menos 1/3 (um
terço) dos membros da Câmara;
XVIII. Convocar os Secretários Municipais ou ocupantes de
cargos da mesma natureza ou quaisquer outros servi-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

dores para prestar informações sobre matéria de sua


competência;
XIX. Solicitar informações ao Prefeito Municipal sobre as-
suntos referentes à Administração;
XX. Autorizar referendo e convocar plebiscito;
XXI. Conceder Títulos de Cidadão Honorífico ou conferir
homenagens a pessoas que, reconhecidamente, tenham
prestado relevantes serviços ao Município ou nele se
tenham destacados pela atuação exemplar na vida pú-
blica e particular, bem como emitir moção de alerta,
repúdio ou Título de Persona non Grata, mediante pro-
posta pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara.

§ 1º - A Câmara de Vereadores ou quaisquer de suas Comissões


poderão convocar Secretários Municipais ou quaisquer titulares
de órgãos diretamente subordinados ao Executivo para pres-
tarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente
determinado, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, importando
crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.

§ 2º - Os Secretários Municipais poderão comparecer à Câmara


Municipal ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa
e mediante entendimentos com a Mesa Diretora, para exporem
assunto de relevância de sua Secretaria.

§ 3º - A Mesa da Câmara poderá encaminhar pedidos escri-


tos de informações a Secretários Municipais ou a qualquer das
pessoas referidas no § 2º deste artigo, importando em crime
de responsabilidade a recusa ou o não atendimento, dentro do
prazo de trinta (30) dias, bem como a prestação de informa-
ções falsas.

Art. 38 - A Mesa da Câmara enviará ao Poder Executivo, até


31 de julho de cada exercício, a sua proposta orçamentária, de-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

vendo ser incluída no orçamento geral do Município para o


exercício seguinte.

SEÇÃO III
DOS VEREADORES
DA INVIOLABILIDADE DOS VEREADORES

Art. 39 – Os Vereadores, agentes políticos do Município, são


invioláveis no exercício do mandato, por suas opiniões, pala-
vras e votos, na circunscrição do Município, e terão livre aces-
so às repartições públicas, seus documentos e as informações
relevantes do interesse do município.

Parágrafo único - Os Vereadores não serão obrigados a teste-


munhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhe confiaram
ou deles receberam informações.

Art. 40 – É vedado ao Vereador:

I – Desde a expedição do diploma:

I. Firmar ou manter contrato com o município, com suas


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista ou com concessionárias de serviço públi-
co, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas unifor-
mes;
II. Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remune-
rado, inclusive os que sejam demissíveis ad nutum, nas
entidades constantes da alínea anterior, salvo aprovação
em concurso público, observado o disposto no art. 38 da
Constituição Federal.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

II – Desde a posse:

I. Ocupar cargo, função ou emprego na administração pú-


blica direta ou indireta do Município, de que seja demis-
síveis ad nutum, salvo o cargo de Secretário Municipal ou
equivalente;
II. Exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;
III. Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que
goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica
de direito público do Município, ou nela exercer função
remunerada;
IV. Patrocinar causa junto ao Município em que seja interes-
sada qualquer das entidades a que se refere à alínea “I” do
inciso I deste artigo.

Art. 41– Perderá o mandato o Vereador:

I. Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no


artigo anterior;
II. Cujo procedimento for declarado incompatível com o
decoro parlamentar ou atentatório às instituições vigen-
tes;
III. Que deixar de comparecer, em cada Sessão Legislativa
anual, a 1/3 (terça parte) das Sessões Ordinárias da Câ-
mara, salvo motivo de doença devidamente comprovada,
licença ou missão autorizada pela edilidade;
IV. Que ausentar-se do Município por prazo superior a 10
(dez) dias ou deixar de comparecer às sessões por prazo
superior a 120 (cento e vinte) dias por motivos alheios à
edilidade;
V. Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos, na
forma da lei;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

VI. Quando decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos


nesta Lei Orgânica, nas Constituição Federal e Estadual;
VII. Que sofrer condenação criminal em sentença transitada
em julgado.
VIII. Que fixar residência fora da jurisdição do Município,

§ 1º - Além de outros casos definidos no Regimento Interno


da Câmara Municipal, considerar-se-á incompatível com o
decoro parlamentar, o abuso das prerrogativas asseguradas ao
Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ou imorais ou
revelar o conteúdo de debates considerados secretos pela casa
legislativa.

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será


declarada pela Câmara por decisão de dois terços (2/3) dos
seus membros, mediante provocação da Mesa ou de Partido
Político representado no Legislativo, assegurada ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos, III, IV e V, a perda será


declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante pro-
vocação de qualquer de seus membros ou de Partido Político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.

SEÇÃO IV
DAS LICENÇAS

Art. 42 - O Vereador poderá licenciar-se:

I. Por motivo de doença impeditiva do exercício de suas


funções, devidamente comprovada por perícia ou por
junta médica;
II. Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, des-
de que o afastamento não ultrapasse 120 (cento e vinte)
dias por Sessão Legislativa;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

III. Para desempenhar missões temporárias, de caráter cultu-


ral ou de interesse do Município;
IV. Para desempenhar as funções de Secretário do Município
ou função equivalente;
V. Por até 180 (cento e oitenta) dias no caso da gestante ou
adoção;

§ 1º - Não perderá o mandato, considerando-se automatica-


mente licenciado, o Vereador investido no cargo de Secretário
Municipal ou equivalente.

§ 2º - O Vereador licenciado nos termos dos incisos I, III e V


perceberão sua remuneração integral.

§ 3º - Independentemente de requerimento, considerar-se-á


como faltante o não comparecimento às reuniões dos Vereado-
res privados temporariamente de sua liberdade, em virtude de
processo criminal em curso.

§ 4º- No caso do § 1º, o Vereador considerar-se-á automatica-


mente licenciado, sendo-lhe facultado optar pela remuneração.

§ 5º - O exercício da vereança por servidor público se dará de


acordo com o estabelecido no art. 38 da Constituição Federal.

§ 6º - O Vereador ocupante de cargo, emprego ou função pú-


blica municipal é inamovível de ofício pelo tempo de duração
do seu mandato.

Art. 43 - Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador nos


casos de vaga, de investidura em funções prevista neste artigo
ou licença a partir de 121 (cento e vinte e um) dias.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 1º - O Suplente convocado deverá tomar posse no prazo de


10 (dez) dias, contados da data da convocação, salvo motivo
justo e aceito pela Câmara, admitindo-se nesse caso prorroga-
ção do prazo.

§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente


da Câmara comunicará o fato, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

§ 3º - Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não


for preenchida, calcular-se-á o quorum em função dos Verea-
dores remanescentes.

Art. 44 - No ato da posse os Vereadores apresentarão declara-


ção de bens, com indicação das fontes de renda, repetida ao
final de cada exercício financeiro, bem como, nos casos de tér-
mino de mandato, renúncia ou afastamento efetivo do mesmo,
sendo arquivada em pasta.

SEÇÃO V
DA ELEIÇÃO DA MESA

Art. 45 - A Câmara Municipal reunir-se-á, em Sessão Legislati-


va, a 1º de janeiro, do ano subsequente às eleições municipais,
para posse dos seus membros, eleição e posse da Mesa Direto-
ra, do Prefeito e do Vice-Prefeito.

§ 1º A posse ocorrerá em sessão solene, que se realizará in-


dependente de número, sob a Presidência do Vereador mais
idoso dentre os eleitos.

§ 2º - O vereador que não tomar posse na sessão prevista no


parágrafo anterior deverá fazê-lo no prazo de 10 (dez) dias, sob

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

pena de perda do mandato, salvo motivo justo e aceito pela


maioria absoluta dos membros da Câmara.

§ 3º - Imediatamente a posse, os Vereadores reunidos, confor-


me § 1º e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara,
elegerão os componentes da Mesa, que serão automaticamente
empossados.

§ 4º- Inexistindo número legal, o Vereador mais idoso dentre


os eleitos presentes, permanecerá na Presidência e convocará
sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.

§ 5º - A eleição da Mesa da Câmara, para o segundo biênio,


far-se-á a partir do segundo período legislativo e até a última
sessão ordinária do segundo ano de cada legislatura, e a posse
dos eleitos para nova Mesa Diretora dar-se-á no dia 1º de janei-
ro do ano subsequente.

Art. 46 - O mandato da Mesa será de dois (02) anos, sendo


admitida recondução, no todo ou em parte de seus membros,
para o período subsequente.

Art. 47 - A Mesa da Câmara compõe-se dos cargos de Presi-


dente, Vice–Presidente, 1º e 2º Secretários, com mandato de 02
(dois) anos.

§ 1º - Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto pos-


sível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da Casa.

§ 2º - Na ausência dos membros da Mesa, o Vereador mais ido-


so assumirá a Presidência.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 3º- Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da


mesma, pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câma-
ra, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de
suas atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para
a complementação do mandato, assegurada ampla defesa.

Art. 48 - A Câmara terá Comissões Permanentes e Especiais.

§ 1º - Às Comissões Permanentes e Especiais, em razão da ma-


téria de sua competência, cabe:

I. Realizar audiências com entidade civil;


II. Discutir e votar Projeto de Lei, dispensada a compe-
tência do Plenário, salvo recurso de 1/3 (um terço)
dos membros da Câmara e excetuados os projetos que
criam despesas ou altera legislação em vigor, e espe-
cialmente a que cuidam:
III. De lei complementar;
IV. De código;
V. De iniciativa popular ou de comissão;
VI. Relativo à matéria que não possa ser objeto de delega-
ção, nos termos da Lei Orgânica Municipal;
VII. Que tenha recebido pareceres divergentes;
VIII. Em regime de urgência especial e simples;
IX. Relativo a matéria definida nesta Lei Orgânica como
de competência especifica do Plenário;
X. Convocar os secretários ou servidores públicos muni-
cipais, para prestar, pessoalmente, informações sobre
assunto previamente determinado, ou conceder-lhe
audiência para expor assunto de relevância de sua área;
XI. Receber petições, reclamações, representações ou
queixas de qualquer pessoa ou entidade contra atos ou
omissão das autoridades ou entidades públicas;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

XII. Encaminhar, através da Mesa, pedido escrito de infor-


mação a Secretário Municipal;
XIII. Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cida-
dão, bem como inquirir testemunhas;
XIV. Exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização
dos atos do Executivo e da administração indireta;
XV. Apreciar programas de obras e planos, e sobre ele emi-
tir parecer; acompanhar junto à Prefeitura Municipal a
elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua
posterior execução;
XVI. Exercer o acompanhamento e a fiscalização contábil,
financeira e operacional do Município;
XVII. Determinar a realização, com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado, diligências, perícias, inspeções e au-
ditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial nas unidades administrati-
vas dos Poderes Executivo e Legislativo;
XVIII. Estudar qualquer assunto no respectivo campo temático
ou área de atividade, podendo promover, em seu âmbi-
to, conferências, exposições, palestras ou seminários.

§ 2º - As Comissões Especiais de Representação serão consti-


tuídas para representar a Câmara em atos externos de caráter
cívico ou cultural, dentro ou fora do território do Município.

§ 3º - Na formação das comissões, assegurar-se-á, tanto quanto


possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blo-
cos parlamentares que participam da Câmara, ainda que pela
proporcionalidade não lhe caiba lugar.

§ 4º - As Comissões Parlamentares de Inquérito, que terão po-


deres de investigação próprios das autoridades judiciais, além
de outros previstos no Regimento Interno da Casa, serão cria-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

das pela Câmara Municipal, mediante requerimento de 1/3


(um terço) de seus membros, para a apuração de fato determi-
nado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a res-
ponsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art. 49 - A Maioria, a Minoria, as Representações Partidárias


mesmo com apenas um membro, e os blocos parlamentares
terão Líder e, quando for o caso, Vice-Líder.

§ 1º - A indicação dos líderes será feita em documento subscri-


to pelos membros das representações majoritárias, minoritá-
rias, blocos parlamentares ou Partidos Políticos à Mesa, nas 24
(vinte e quatro) horas que se seguirem à instalação do período
legislativo anual.

§ 2º - Os Líderes indicarão os respectivos Vice-Líderes, se for


o caso, dando conhecimento à Mesa da Câmara dessa desig-
nação.

Art. 50 - Além de outras atribuições previstas no Regimento


Interno, os Líderes indicarão os representantes partidários nas
comissões da Câmara.

Parágrafo único – Ausente ou impedido o Líder, suas atribui-


ções serão exercidas pelo Vice-Líder.

Art. 51 - À Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei


Orgânica, compete elaborar seu Regimento Interno, dispondo
sobre sua organização, política e provimento de cargos de seus
serviços e, especialmente, sobre:

I. Instalação e funcionamento;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

II. Posse de seus membros;


III. Eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições;
IV. Periodicidade das reuniões;
V. Formação das comissões;
VI. Realização das sessões;
VII. Forma das deliberações;
VIII. Todo e qualquer assunto de sua administração interna.

SEÇÃO VI
DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA

Art. 52 – Compete à Mesa da Câmara Municipal, além de ou-


tras atribuições estabelecidas no Regimento Interno:

I. Receber do Prefeito Municipal e da Mesa Diretora, até o


dia 30 (trinta) do mês de abril, as contas do exercício ante-
rior;
II. Propor, ao Plenário, Projetos de Resolução que criem,
transforme e extinguam cargos, empregos ou funções da
Câmara Municipal, bem como a iniciativa de norma espe-
cífica para fixação da respectiva remuneração;
III. Elaborar e encaminhar ao Prefeito até o dia 31 de julho, a
proposta orçamentária da Câmara para que seja incluída
no orçamento geral do Município para o exercício seguin-
te;
IV. Apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de cré-
ditos suplementares ou especiais, através do aproveitamen-
to total ou parcial das consignações orçamentárias da Câ-
mara;
V. Promulgar a Lei Orgânica e suas emendas.

Parágrafo único – Em caso de matéria inadiável, poderá o Pre-


sidente, ou quem o estiver substituindo, decidir, ad referendum

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

da Mesa, sobre assunto de competência desta, sendo as demais


decisões tomadas por maioria de seus membros.

SEÇÃO VII
DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 53 – Dentre outras atribuições previstas no Regimento In-


terno, compete ao Presidente da Câmara:

I. Representar a Câmara em juízo ou fora dele;


II. Dirigir, executar e disciplinar os trabalhos administrati-
vos da Câmara;
III. Interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV. Promulgar as resoluções e decretos legislativos;
V. Promulgar as leis em que tenha havido sanção tácita ou
cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário e enviado ao
Prefeito para promulgação e este não o faça em 48 (qua-
renta e oito) horas;
VI. Fazer publicar os atos da Mesa, quer legislativos ou ad-
ministrativos, compreendendo as resoluções, decretos
legislativos e as leis que vier a promulgar, decretos, por-
tarias e demais atos pertinentes;
VII. Autorizar as despesas da Câmara;
VIII. Representar, por decisão da Câmara, sobre a inconstitu-
cionalidade de lei ou ato municipal;
IX. Solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara,
a intervenção do Município nos casos admitidos pela
Constituição Federal e pela Constituição Estadual;
X. Encaminhar, para parecer prévio, as contas do exercício
anterior do Município, até 30 de junho, ao Tribunal de
Contas do Estado ou órgão a que for atribuído tal com-
petência na forma do art. 31 da Constituição Federal;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

XI. Nomear ou exonerar, admitir ou demitir, realizar contra-


tações de prestação de serviços técnicos especializados
ou temporários, para atender necessidade transitória de
excepcional interesse público, nos casos admitidos em
lei.

Parágrafo único – O Presidente da Câmara, ou quem o subs-


titui, somente manifestará o seu voto nas seguintes hipóteses:

I. Eleição da Mesa Diretora;


II. Quando a matéria exigir, para a sua aprovação, o voto
favorável de 2/3 (dois terços) ou de maioria absoluta dos
membros da Câmara;
III. Quando ocorrer empate em qualquer votação no Plená-
rio;
IV. Em qualquer votação com escrutínio secreto.

SEÇÃO VIII
DO VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 54 – Compete ao Vice-Presidente da Câmara:

I. Substituir o Presidente da Câmara em suas faltas, ausên-


cias, impedimentos ou licenças;
II. Promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resolu-
ções e os decretos legislativos sempre que o Presidente,
ainda que se ache em exercício, deixar de fazê-lo no pra-
zo estabelecido em lei;
III. Promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis
quando o Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara,
sucessivamente, tenham deixado de fazê-lo, sob pena de
perda do mandato de membro da Mesa.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

SEÇÃO IX

DO SECRETÁRIO DA MESA DIRETORA DA CÂMARA


MUNICIPAL

Art. 55 – Ao Secretário compete, além das atribuições contidas


no Regimento Interno, as seguintes:

I. Redigir a ata das Sessões Secretas e das reuniões da Mesa;


II. Acompanhar e supervisionar a redação das atas das de-
mais Sessões;
III. Fazer a chamada dos vereadores;
IV. Registrar, em livro próprio, os precedentes firmados na
aplicação do regimento Interno;
V. Fazer a inscrição dos oradores na pauta dos trabalhos;
VI. Substituir os demais membros da Mesa, quando necessá-
rio;
VII. Providenciar a expedição de comunicados individuais
aos Vereadores;
VIII. Receber convites, representações, petições e memoriais
dirigidos à Câmara;
IX. Assinar com o Presidente as atas e as proposições pro-
mulgadas.

SEÇÃO X
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 56 - O processo Legislativo Municipal compreende a ela-


boração de:

I. Emendas à Lei Orgânica Municipal;


II. Leis Complementares;
III. Leis Ordinárias;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

IV. Leis Delegadas;


V. Medidas provisórias;
VI. Decretos Legislativos;
VII. Resoluções.

Parágrafo único – Lei Complementar disporá sobre a elabora-


ção, redação, alteração e consolidação das leis.

Art. 57 - A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada me-


diante proposta:

I. De 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara


Municipal;
II. Do Prefeito Municipal.

§ 1º - A proposta será votada em dois turnos com interstício


mínimo de 10 (dez dias), e aprovada em ambos os turnos por
2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal.

§ 2º - A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada


pela Mesa da Câmara com o respectivo número de ordem.

§ 3º - A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de


estado de sítio ou de intervenção no Município.

§ 4º - A matéria constante de emenda rejeitada ou havida por


prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma
sessão legislativa.

Art. 58 - A iniciativa das Leis Complementares e Ordinárias


cabe a qualquer Vereador, Comissão Permanente da Câmara,
ao Prefeito e aos cidadãos na forma e nos casos previstos nesta
Lei Orgânica.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Parágrafo único. A iniciativa popular pode ser exercida pela


apresentação, à Câmara Municipal, de projetos de lei subscrito
por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.

Art. 59 - As Leis Complementares somente serão aprovadas se


obtiverem maioria absoluta de votos dos membros da Câmara
Municipal.

Parágrafo único – Lei Complementar disporá, dentre outras


matérias previstas nesta Lei Orgânica, sobre elaboração de:

I. Código Tributário Municipal;


II. Código de Obras e Edificações;
III. Código de Posturas;
IV. Código de Zoneamento;
V. Código de Parcelamento do Solo;
VI. Lei instituidora do regime jurídico dos servidores mu-
nicipais;
VII. Lei Instituidora da Guarda Municipal;
VIII. Lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos
e sua remuneração;
IX. Lei que institui o Plano Diretor do Município;
X. Lei que institui o Estatuto dos Servidores do Município.

Art. 60 - São de iniciativa exclusiva do Prefeito as Leis que dis-


ponham sobre:

I. Criação, transformação ou extinção de cargos, funções


ou empregos públicos na administração direta e autár-
quica ou aumento de sua remuneração;
II. Servidores públicos do Poder Executivo, da adminis-
tração Indireta e autarquias, seu regime jurídico, provi-
mento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

III. Criação, estruturação e atribuições das secretarias, de-


partamentos ou diretorias equivalentes e órgãos da ad-
ministração pública;
IV. Matéria do ciclo orçamentário, e a que autorize a aber-
tura de créditos ou conceda auxílios e subvenções.

Parágrafo único - Não será admitido aumento de despesa pre-


vista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal.

Art. 61 - É de competência exclusiva da Mesa da Câmara, a


iniciativa das leis que disponham sobre autorização para aber-
tura de créditos suplementares ou especiais, através do apro-
veitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da
Câmara.

Art. 62 - O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação


de Projetos de sua iniciativa.

§ 1º - Solicitada urgência, a Câmara se manifestará em até qua-


renta e cinco dias sobre a proposição, contados da data em que
for feita a solicitação e, tendo se esgotado o prazo sem deli-
beração da Câmara, será a proposição incluída na Ordem do
Dia, sobrestando-se as demais proposições, até que se ultime a
votação.

§ 2º - O prazo previsto no parágrafo anterior não corre nos pe-


ríodos de recesso da Câmara de Vereadores nem se aplica aos
Projetos de Código e Orçamento.

Art. 63 - Aprovado o Projeto de lei, será este enviado ao Prefei-


to, que, aquiescendo, sancionará.

§ 1º - Se o Prefeito considerar o Projeto, no todo ou em parte,


inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á,

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

total ou parcialmente, no prazo de (15) quinze dias úteis, conta-


dos da data de recebimento, e comunicará, dentro de (48) qua-
renta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.

§ 2º - O Veto parcial somente abrangerá texto integral de arti-


go, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3º - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, o silêncio do Pre-


feito importará sanção.

§ 4º - O veto será apreciado pela Câmara Municipal, dentro


de (30) trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em
votação de escrutínio secreto.

§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado para


promulgação, ao Prefeito.

§ 6º - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4°,


o Veto será colocado na Ordem do Dia da Sessão imediata, so-
brestadas as demais proposições, até a sua votação final.

§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro do prazo de (48) qua-


renta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos § 3º e § 5º, o Pre-
sidente da Câmara promulgará e, se este não o fizer, em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente da Câmara fazê-lo.

Art. 64 - As Leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que


deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal.

§ 1º - Os atos de competência privativa da Câmara, a matéria


reservada à Lei Complementar, os Planos Plurianuais e Orça-
mentos não serão objeto de delegação.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 2º - A delegação ao Prefeito será efetuada sob a forma de


resolução, que especificará o seu conteúdo e os termos de seu
exercício.

§ 3º - A resolução poderá determinar a apreciação do projeto


pela Câmara, que fará em votação única, vedada a apreciação
de emenda.

Art. 65 – Em caso de urgência e relevância, o Chefe do Executi-


vo poderá adotar medidas provisórias com força de lei, as quais
serão submetidas, de imediato, à Câmara Municipal, para con-
versão em lei.

Parágrafo único – Ocorrendo a hipótese prevista no caput des-


te artigo, durante o recesso da Câmara, será ela convocada ex-
traordinariamente para se reunir no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 66 – Os projetos de resolução disporão sobre matérias de


interesse exclusivo da Câmara e terão efeitos internos, e os pro-
jetos de decreto legislativo sobre os demais casos de sua com-
petência privativa, de efeitos externos.

Parágrafo único - Nos casos de Projeto de Resolução e de Pro-


jeto de Decreto Legislativo, considerar-se-á concluída a delibe-
ração com votação final da norma jurídica, que será promulga-
da pelo Presidente da Câmara.

Art. 67 – A matéria constante de Projeto de Lei rejeitado so-


mente poderá ser objeto de novo Projeto na mesma Sessão Le-
gislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros
da Câmara.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

SEÇÃO XI

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA


E ORÇAMENTÁRIA

Art. 68 - A fiscalização contábil, financeira e orçamentária,


operacional e patrimonial do Município será exercida pela Câ-
mara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas
de controle interno do Poder Executivo Municipal, instituídos
em Lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara será exercido com auxílio


do Tribunal de Contas do Estado ou órgão Estadual a que for
atribuída essa incumbência, ao qual compete:

I. Apreciar as contas do Prefeito e da Mesa da Câmara;


II. Acompanhar as atividades financeiras e orçamentárias,
bem como o julgamento das contas dos administradores
e demais responsáveis por bens e valores públicos.

§ 2º - As contas dos Poderes Executivos e Legislativos, pres-


tadas anualmente, serão julgadas pela Câmara dentro de 180
(cento e oitenta) dias, após o recebimento do Parecer Prévio do
Tribunal de Contas ou órgão estadual a que for atribuída essa
incumbência.

§ 3º - O Parecer Prévio, a ser emitido pelo prazo de 180 (cento


e oitenta) dias pelo T.C.E. ou órgão estadual incumbido dessa
atribuição, sobre as contas que o Prefeito e a Mesa Diretora de-
vem, anualmente, prestar, só deixará de prevalecer por decisão
de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal.

§ 4º - As contas do Município, antes do seu encaminhamento


ao T.C.E., ficarão à disposição de qualquer cidadão ou entida-
des, pelo prazo de 60 (sessenta) dias; e, durante todo o exercício,

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a sua


legitimidade nos termos da lei, mesmo após a protocolização
naquela Corte.

§ 5º - O não cumprimento do prazo pelo T.C.E. implica no ins-


tituto da intempestividade, podendo a Mesa Diretora, na con-
formidade do art. 82 da Lei nº 4.320/64, instituir comissão de 3
(três) peritos contadores com o fim específico de ser elaborado
o respectivo parecer prévio sobre as contas, obedecendo-se o
mesmo quorum dos 2/3 (dois terços) para a decisão plenária.

§ 6º - As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos


pela União e pelo Estado serão prestadas na forma da legislação
federal e estadual em vigor, podendo o Município suplementá-
-las, sem prejuízo de sua inclusão na prestação de contas anual.

Art. 69 - O Executivo e o Legislativo manterão sistema de con-


trole interno, a fim de:

I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plu-


rianual, a execução dos programas de Governo e do or-
çamento do Município;
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto
à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira
e patrimonial dos órgãos e entidades da administração
municipal, bem como da aplicação de recursos públicos
por entidades de direito privado;
III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e ga-
rantias, bem como dos direitos e haveres do Município;
IV. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão ins-
titucional.

Parágrafo único – Os responsáveis pelo Controle Interno, ao


tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegali-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

dade, darão ciência ao respectivo Tribunal de Contas, sob pena


de responsabilidade solidária.

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 70 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxilia-


do pelos Secretários Municipais ou Diretores com atribuições
equivalentes ou assemelhadas.

Art. 71 – A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á


simultaneamente com a dos Vereadores, nos termos estabeleci-
dos no art. 29, incisos I e II da Constituição Federal.

§ 1º - A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com


ele registrado, desde que ambos tenham no mínimo 21 (vinte
e um) anos.

§ 2º - Será considerado eleito Prefeito o Candidato que, regis-


trado por partido político, obtiver a maioria absoluta dos vo-
tos, não computados os em branco e os nulos.

Art. 72 - O Prefeito e Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º


de janeiro do ano subsequente a eleição, em Sessão Solene na
Câmara Municipal, prestando o compromisso de:

“PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A LEI OR-


GÂNICA DO MUNICÍPIO, AS CONSTITUIÇÕES FEDE-
RAIS E DO ESTADO, OBSERVAR AS LEIS, PROMOVER O
BEM GERAL DO POVO BARRACOQUEIRENSE E EXER-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

CER O MEU CARGO SOB A INSPIRAÇÃO DO INTERESSE


PÚBLICO, DA LEALDADE E DA HONRA”...

Parágrafo único – Decorridos 10 (dez) dias da data fixada para


a posse, se o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Art. 73 – Substituirá o Prefeito, em casos de impedimento ou


vaga, suceder-lhe-á, o Vice-Prefeito.

§ 1º - O Vice- Prefeito não poderá recusar-se a substituir o Pre-


feito, sob pena de extinção do mandato.

§ 2º - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem


conferidas por lei, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele for
convocado para missões especiais.

Art. 74 – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Pre-


feito, ou vacância do cargo, assumirá a administração munici-
pal o Presidente da Câmara.

Parágrafo único – A recusa do Presidente da Câmara, por qual-


quer motivo, a assumir o cargo de Prefeito, importará em au-
tomática renúncia a sua função de dirigente do Legislativo, en-
sejando, assim, a eleição de outro membro para ocupar, como
Presidente da Câmara, a chefia do Poder Executivo.

Art. 75 – Verificando-se a vacância do cargo de Prefeito e de


Vice-Prefeito, far-se-á eleição 90 (noventa) dias depois de aber-
ta a última vaga.

§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos 2 (dois) anos do man-


dato, a eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias
depois da última vaga, pela Câmara, na forma da lei.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o


período de seus antecessores.

Art. 76 – O mandato do Prefeito é de 4 (quatro) anos, admitida


a reeleição para um único período subsequente.

Art. 77 - O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do


cargo, não poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausen-
tar-se do Município, por período superior a 10 (dez) dias, sob
pena de perda do cargo.

Parágrafo único – O Prefeito regularmente licenciado terá di-


reito a perceber a remuneração, quando:

I. Impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença


devidamente comprovada;
II. Em gozo de férias;
III. A serviço ou em missão de representação do Município.

Art. 78 – O Prefeito gozará férias anuais de 30 (trinta) dias, sem


prejuízo da remuneração, ficando a seu critério a época para
usufruir do descanso.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 79 - Compete exclusiva ou privativamente ao Prefeito:

I. Representar o Município em juízo e fora dele;


II. Nomear e exonerar os Secretários Municipais e de-
mais cargos, nos termos da lei;
III. Exercer, com auxílio dos Secretários Municipais, a di-
reção superior da Administração Municipal;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

IV. Iniciar o processo Legislativo, na forma da Constitui-


ção e desta Lei Orgânica;
V. Sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis apro-
vadas pela Câmara, expedir decretos e regulamentos
para a sua fiel execução;
VI. Vetar no todo ou em parte Projetos de Leis aprovados
pela Câmara;
VII. Enviar à Câmara o Plano Plurianual, as Diretrizes Or-
çamentárias e o Orçamento Anual do Município;
VIII. Remeter Mensagem e Plano de Governo à Câmara
Municipal por ocasião da abertura da Sessão Legisla-
tiva, expondo a situação do Município e solicitando as
providências que julgar necessárias;
IX. Dispor sobre a organização e o funcionamento da Ad-
ministração Municipal, na forma da Lei;
X. Prover e extinguir cargos, os empregos e as funções
públicas municipais, na forma da lei;
XI. Decretar, nos termos da Lei, desapropriação por ne-
cessidade ou utilidade pública ou por interesse social;
XII. Decretar as situações de emergência e estado de cala-
midade pública;
XIII. Celebrar convênios com entidades públicas ou priva-
das para a realização de projetos de interesse do Mu-
nicípio;
XIV. Prestar, anualmente à Câmara Municipal, dentro de
90 (noventa) dias, após a abertura da Sessão Legislati-
va, as contas referentes ao exercício anterior;
XV. Prestar à Câmara, dentro de 30 (trinta) dias, as infor-
mações solicitadas, podendo o prazo ser prorrogado,
a pedido, pela complexidade da matéria ou pela difi-
culdade de obtenção dos dados solicitados;
XVI. Publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de
cada bimestre, relatório resumido da execução orça-
mentária;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

XVII. Entregar a Câmara Municipal até o dia 20 (vinte) de


cada mês, os recursos correspondentes às suas do-
tações orçamentárias, de acordo com as disposições
expressas nos art. 29 - A, § 2º, II e art. 168 da Consti-
tuição Federal;
XVIII. Informar à população e às entidades representativas
da comunidade (associações comunitárias), mensal-
mente, por meios eficazes, sobre receitas e despesas
da Prefeitura, bem como, sobre planos e programas
de implantação;
XIX. Solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o
cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da
Guarda Municipal, na forma da lei;
XX. Solicitar intervenção estadual;
XXI. Convocar extraordinariamente a Câmara;
XXII. Fixar as tarifas dos serviços públicos concedidos e
permitidos, bem como aqueles explorados pelo pró-
prio Município, conforme critérios estabelecidos na
legislação municipal;
XXIII. Requerer à autoridade competente a prisão admi-
nistrativa de servidor público omisso ou remisso na
prestação de contas dos dinheiros públicos;
XXIV. Propor denominação a prédios municipais e logra-
douros públicos;
XXV. Superintender a arrecadação dos tributos e preços,
bem como a guarda e a aplicação da receita, autori-
zando as despesas e os pagamentos, dentro das dispo-
nibilidades orçamentárias ou dos créditos autorizados
pela Câmara;
XXVI. Aplicar as multas previstas na legislação e os contra-
tos ou convênios, bem como relevá-los quando for o
caso;
XXVII. Realizar audiências públicas com entidades da socie-
dade civil e com membros da comunidade;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

XXVIII. Resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou


as representações que lhe forem dirigidas;
XXIX. Expedir Decretos, Portarias e outros atos administrativos;
XXX. Representar aos tribunais, contra leis e atos que vio-
lem dispositivos das Constituições Federais e Estadu-
ais e desta Lei Orgânica;
XXXI. Desenvolver o sistema viário do Município;
XXXII. Diligenciar sobre o incremento do ensino;
XXXIII. Exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica;
XXXIV. Encaminhar à Câmara até o final de cada mês, o de-
monstrativo da receita e despesa da Prefeitura, acom-
panhado das respectivas notas de empenho, referente
ao mês anterior; e
XXXV. Decretar situação de emergência ou calamidade pública.

SEÇÃO III
DA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 80 - Além das atribuições estabelecidas no artigo anterior,


cabe ainda ao Prefeito, até 30 (trinta) dias antes do término
da gestão, preparar, para entrega ao sucessor e para publica-
ção imediata, relatório da situação da administração municipal
que conterá, entre outras, informações atualizadas sobre:

I. Dívidas do Município, por credor, com datas dos respec-


tivos vencimentos, inclusive dívidas de longo prazo e en-
cargos decorrentes de operações de créditos, informando
sobre a capacidade da administração municipal em reali-
zar operações de crédito de qualquer natureza;
II. Medida necessária à regularização das contas municipais
perante o Tribunal de Contas ou órgão equivalente, se for
o caso;
III. Prestação de contas de convênios celebrados com orga-
nismos da União e do Estado, bem como recebimento de
subvenções ou auxílios;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

IV. Situação dos contratos com concessionárias e permissio-


nárias de serviços públicos;
V. Estado dos contratos de obras e serviços em execução ou
apenas formalizados, informando sobre o que foi realiza-
do e pago e o que há por executar e pagar, com os respec-
tivos prazos;
VI. Transferências a serem recebidas da União e do Estado
por força de mandamento constitucional ou de convê-
nios;
VII. Projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso
na Câmara Municipal, para admitir que a nova adminis-
tração decida quanto à conveniência de lhes dar procedi-
mento, acelerar seu andamento ou retirá-lo;
VIII. Situação dos servidores do município, seu custo, quanti-
dade e órgão em que estão lotados.

Parágrafo único – O Chefe do Poder Executivo, no prazo es-


tabelecido no caput deste artigo, deverá apresentar toda docu-
mentação referente ao período de seu mandato.

Art. 81 - É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer


forma, compromissos financeiros para execução de programas
ou projetos, após o término de seu mandato, não previsto na
legislação do ciclo orçamentário.

§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica nos casos compro-


vados de calamidade pública.

§ 2º - Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os empe-


nhos e atos praticados em desacordo com este artigo, sem pre-
juízo da responsabilidade do Prefeito Municipal.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

SEÇÃO IV
DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO

Art. 82 – É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função


na Administração Pública direta ou indireta, ressalvadas a pos-
se em virtude de concurso público e observado o disposto no
art. 38, II, IV e V da Constituição Federal.

Parágrafo único - A infringência ao disposto neste artigo im-


plicará em perda de mandato.

Art. 83 – São crimes de responsabilidade do Prefeito, os atos


que atentem contra as Constituições Federal, Estadual e a esta
Lei Orgânica, especialmente, contra:

I. A integridade e a autonomia do Município;


II. O exercício dos direitos políticos, sociais e individuais;
III. A probidade administrativa;
IV. As leis do ciclo orçamentário;
V. O cumprimento das leis e decisões judiciais.

Parágrafo único - Esses crimes serão definidos em lei especial,


que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Art. 84 – O Prefeito será julgado pela prática de infrações polí-


tico–administrativas perante a Câmara de Vereadores.

§ 1º - Os crimes que o Prefeito Municipal praticar no exercício


do mandato ou em decorrência dele, por infrações penais co-
muns ou por crime de responsabilidade, serão julgados peran-
te o Tribunal de Justiça do Estado.

§ 2º - A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qual-


quer ato do Prefeito que possa configurar infração penal co-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

mum ou crime de responsabilidade, nomeará comissão espe-


cial para apurar os fatos, devendo submetê-los à apreciação do
Plenário.

§ 3º - Se o Plenário entender que as acusações procedem, deter-


minará o envio dos fatos à Procuradoria Geral da Justiça para
as providências legais, não entendendo assim, determinará o
arquivamento do procedimento, publicando as conclusões.

§ 4º - Recebida a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de


Justiça, a Câmara decidirá sobre a designação de Procurador
para assistente de acusação.

Art. 85 – O Prefeito ficará suspenso de suas funções:

I. Nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou


queixa crime pelo Tribunal de Justiça;

§ 1º - Se decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, o jul-


gamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Pre-
feito, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 2º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas in-


frações comuns, o Prefeito não estará sujeito a prisão.

§ 3º - O Prefeito, na vigência de seu mandato, não pode ser res-


ponsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Art. 86 – Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo


de Prefeito quando:

I. Ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por crime


funcional ou eleitoral;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

II. Deixar de tomar posse, sem motivo justo e aceito pela Câ-
mara, dentro do prazo de 10 (dez) dias.
III. Perder ou tiver suspensos os direitos políticos
IV. Ausentar-se do Município por prazo superior a 10 (dez)
dias sem a devida licença da Câmara.

SEÇÃO V
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

Art. 87 – São auxiliares diretos do Prefeito:

I. Secretários Municipais;
II. Diretores de Órgãos da Administração Pública Direta.

§ 1º - Os cargos são de livre nomeação e exoneração do Prefeito


(ad nutum).

§ 2º - A lei disporá sobre a criação e extinção das Secretarias e


órgãos da administração pública.

§ 3º - A Procuradoria Geral do Município terá status e autono-


mia de Secretaria e o seu titular gozará das mesmas prerrogati-
vas de Secretário Municipal.

§ 4º - Cabe ao Prefeito Municipal, por ato administrativo e nos


limites estabelecidos em lei, dizer sobre as atribuições, com-
petências, deveres e responsabilidades dos Secretários Muni-
cipais.

Art. 88 - São condições essenciais para a investidura no cargo


de Secretário Municipal, Diretor ou atribuição da mesma na-
tureza:

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

I. Ser brasileiro;
II. Estar no exercício dos direitos políticos;
III. Ser maior de 21 (vinte e um) anos.

Art. 89 – Compete aos Secretários, além de outras atribuições


que lhe sejam conferidas por lei:

I. Exercer a orientação, condenação e supervisão dos ór-


gãos de sua secretaria e das entidades da administração
indireta a ela vinculadas;
II. Referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito;
III. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos;
IV. Apresentar ao Prefeito, anualmente ou quando por este
solicitado, relatório de sua gestão;
V. A praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem
delegadas pelo Prefeito;
VI. Comparecer, quando convocado pela Câmara ou por Co-
missão, podendo fazê-lo por iniciativa própria, mediante
ajuste com a respectiva presidência, para expor assuntos
relevantes de sua pasta;
VII. Subscrever atos e regulamentos referentes aos seus ór-
gãos.

§ 1º - Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços


autônomos ou autárquicos serão referenciados pelo Secretário
ou Diretor da Administração.

§ 2º - A infringência ao inciso VI deste artigo, sem justifica-


ção, importa em crime de responsabilidade, nos termos da lei
federal.

Art. 90 – Os Secretários Municipais não poderão exercer outra


função pública, estendendo-se aos mesmos os impedimentos e

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

proibições prescritas para os Vereadores, ressalvadas o exercí-


cio de cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal.

Art. 91 - Os Secretários Municipais e o Controlador Interno


são solidariamente responsáveis, junto com o Prefeito Munici-
pal, pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.

Parágrafo único - Os auxiliares diretos do Prefeito no ato da


posse e no término do exercício do cargo deverão fazer decla-
ração pública de bens.

Art. 92 – Lei Municipal, de iniciativa do Executivo, poderá


criar administrações de Distritos.

§ 1º - Aos administradores de distritos como delegados do Po-


der Executivo, compete:

I. Cumprir e fazer cumprir as leis, resoluções, regulamen-


tos e, mediante instruções expedidas pelo Prefeito, os atos
pela Câmara e por ele aprovados;
II. Atender as reclamações das partes e encaminhá-las ao
Prefeito, quando se tratar de matéria referente as suas atri-
buições;
III. Indicar ao Prefeito as providências necessárias ao Distrito;
IV. Fiscalizar os serviços que lhes são afetos;
V. Prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando lhes
forem solicitadas.

SEÇÃO VI
DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 93 - O Município poderá constituir Guarda Municipal


como força auxiliar destinada à proteção de seus bens, serviços
e instalações, nos termos de Lei Complementar.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 1º - A Lei Complementar de criação da Guarda Municipal


disporá sobre acesso, direitos, deveres, vantagens e regime de
trabalho com base na hierarquia e disciplina.

§ 2º - A investidura nos cargos de Guarda Municipal far-se-á


mediante concurso público de provas ou provas e títulos, con-
soante disposição legal.

§ 3º - O Município instituirá o Conselho de Segurança Pública


com as seguintes diretrizes:

a) Elaboração do Plano de Segurança Pública;


b) Obrigação de pavimentação de artérias públicas com a si-
nalização de trânsito e iluminação compatíveis à segurança
pública;
c) O Município deverá a manter convênio com o Ministério
da Justiça e com o Estado de Sergipe para implantação do
sistema de Polícia Comunitária; e
d) Criação e implantação do policiamento de guarda de trânsito.

SEÇÃO VII
DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 94 – Cabe ao Município, com a participação da comuni-


dade e na forma da Lei, promover a defesa do consumidor me-
diante o procedimento de:

I. Pesquisar, informar e divulgar os dados de consumo junto


a fornecedores e consumidores;
II. Proteger o consumidor da publicidade enganosa, fiscalizan-
do preços, pesos e medidas, na forma da legislação vigente;
III. Estimular ações de educação sanitária e incentivo ao con-
trole de bens e serviços à disposição da coletividade;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

IV. O sistema de defesa do consumidor é integrado por órgãos


públicos pertinentes as áreas de alimentação, abastecimen-
to, habitação, educação e segurança pública.

CAPÍTULO III
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Art. 95 - A administração municipal é constituída dos órgãos


integrantes da estrutura administrativa da Prefeitura e de enti-
dades dotadas de personalidade jurídica própria.

§ 1º - Os órgãos da administração direta que compõem a es-


trutura administrativa da Prefeitura se organizam e se coor-
denam, atendendo aos princípios técnicos recomendáveis ao
bom desempenho de suas atribuições.

§ 2º - As entidades dotadas de personalidade jurídica própria


que compõem a administração indireta do Município se clas-
sificam em:

I. Autarquia – o serviço autônomo criado por lei, com per-


sonalidade jurídica, patrimônio e receita própria, para
executar atividades típicas de administração pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão admi-
nistrativa e financeira descentralizadas;
II. Empresa Pública – a entidade dotada de personalidade ju-
rídica de direito privado, com patrimônio e capital exclu-
sivo do Município, criada por lei, para exploração de ativi-
dades econômicas que o governo municipal seja levado a
exercer, por força de contingência administrativa, podendo
vestir-se de qualquer das formas admitidas em direito;
III. Sociedade de Economia Mista – a entidade dotada de per-
sonalidade jurídica de direito privado, criada por lei, para

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

exploração de atividades econômicas, sob a forma de socie-


dade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam,
em sua maioria ao Município ou a entidade da administra-
ção indireta.
IV. Fundação Pública – a entidade dotada de personalidade ju-
rídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em vir-
tude de autorização legislativa para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgão ou entidade
de direito público, com autonomia administrativa, patri-
mônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção,
e funcionamento custeado por recursos do Município e de
outras fontes.

§ 3º - A entidade de que trata o inciso IV do § 2º deste artigo


adquire personalidade jurídica com o registro da escritura pú-
blica de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

Art. 96 - Qualquer agente político ou público cujas contas te-


nham sido desaprovadas, com imputação de responsabilidade
financeira, por quaisquer dos Tribunais de Contas, ficará im-
pedido, nos prazos e condições disciplinados em lei específica,
de tomar posse em cargo, em comissão ou função de confiança
da Administração Pública direta e indireta do Município.

Art. 97 - No âmbito do Poder Executivo Municipal, para pro-


vimento das vagas de cargo para o qual seja exigido nível es-
colar superior, poderão habilitar-se candidatos com formação
acadêmica em qualquer curso de 3º grau, reconhecido pelo
Ministério da Educação, ressalvados os privativos de área pro-
fissional específica.

Art. 98 - Lei complementar estabelecerá critérios a serem ob-


servados pelo Poder Executivo para criação e estruturação de

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

secretarias, autarquias, fundações, empresas públicas e socie-


dades de economia mista.

Art. 99 - A aquisição e a alienação de bens imóveis dependem


de avaliação prévia e licitação, dispensada esta, na forma da lei,
nos casos de doação ou permuta.

CAPÍTULO IV
DOS ATOS MUNICIPAIS

SEÇÃO I
DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS

Art. 100 - Os atos administrativos são públicos, salvo quando


o interesse da administração exigir sigilo, devendo ser divulga-
do em órgão da imprensa local ou regional ou por afixação na
sede da Prefeitura e da Câmara Municipal, conforme o caso.

§ 1º - É obrigatória a publicação dos atos administrativos no


órgão oficial, para que produzam seus efeitos legais.

§ 2º - A lei poderá estabelecer obrigatoriedade de notificação


ou intimação pessoal do interessado para determinados atos
administrativos.

§ 3º - É obrigatória a divulgação de todos os planos, programas


e projetos da Administração Pública.

§ 4º - A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das


leis e atos administrativos far-se-á através de licitação ou dis-
pensa desta quando a lei assim permitir, em que se levarão em
conta, não só as condições de preço, como as circunstâncias de
frequência, horário, tiragem e distribuição.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 5º - A publicação dos atos normativos, pela imprensa, poderá


ser resumida.

Art. 101 - A lei fixará prazos para a prática de atos administra-


tivos e especificará recursos adequados a sua revisão, indican-
do seus efeitos e formas de procedimento.

Art. 102 - O Prefeito fará publicar:

I. Mensalmente, o balancete resumido da receita e despesa;


II. Mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arre-
cadados e os recursos recebidos;
III. Anualmente, até 30 (trinta) de abril, pelo órgão oficial do
Município, as contas da administração constituídas do ba-
lanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orça-
mentário e demonstração das variações patrimoniais, em
forma sintética e os relatórios semestrais.

Parágrafo único – A publicidade de atos, programas, obras,


serviços e campanhas feitas pelos órgãos públicos, deverão ter
caráter educativo, informativo ou orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracteri-
zem promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.

SEÇÃO II
DOS LIVROS

Art. 103 - O Município manterá os livros que forem necessá-


rios ao registro de suas atividades e de seus serviços.

§ 1º - Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo


Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou
por funcionário designado para tal fim.
§ 2º - Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos
por fichas ou outro sistema, devidamente autenticado.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

SEÇÃO III
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 104 – Os atos administrativos de competência do Prefeito


devem ser expedidos com obediência às seguintes normas:

I. Decreto numerado, em ordem cronológica, nos seguin-


tes casos:
II. Nomeação e exoneração de servidores;
III. Regulamentação de lei;
IV. Instituição, modificação e extinção de atribuições não
constantes de lei;
V. Regulamentação interna dos órgãos que forem criados
na administração municipal;
VI. Abertura de créditos especiais e suplementares até o li-
mite autorizado por lei, assim como de créditos extraor-
dinários;
VII. Declaração de utilidade pública ou necessidade social
para fins de desapropriação ou de servidão administra-
tiva;
VIII. Aprovação de regulamento ou de regime das entidades
que compõem a administração municipal;
IX. Permissão de uso dos bens móveis do Município;
X. Medidas executórias do Plano Diretor do Município;
XI. Normas de efeitos externos não privativos da lei.
XII. Portaria, nos seguintes casos:
XIII. Lotação e relotação nos quadros de pessoal;
XIV. Abertura de sindicância e processos administrativos,
aplicação de penalidade e demais atos individuais de
efeitos internos;
XV. Outros casos determinados em lei.
XVI. Contrato, nos seguintes casos:
I. Admissão de servidores para serviços de caráter tempo-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

rário, nos termos do art. 37, IX da Constituição Federal


e art. 18, VIII, desta Lei Orgânica;
II. Execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.

§ 1º - Os atos constantes dos itens II e III deste artigo poderão


ser delegados.

§ 2º - Os casos não previstos neste artigo obedecerão a forma


de atos, instruções ou avisos da autoridade responsável.

SEÇÃO IV
DAS PROIBIÇÕES

Art. 105 - A Prefeitura e a Câmara Municipal são obrigadas a


fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de 30 (trin-
ta) dias, certidões dos contratos, decisões e dos atos adminis-
trativos, desde que requeridos para fim de direito determinado,
sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que
negar ou retardar a sua expedição e, no mesmo prazo, deverão
atender às requisições, se outro prazo não for fixado pelo Juiz.

Parágrafo único – As certidões relativas ao Poder Executivo se-


rão fornecidas pelo Secretário ou Diretor da Administração da
Prefeitura, exceto as declaratórias de efetivo exercício do Pre-
feito, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara.

CAPÍTULO V
DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 106 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens munici-


pais, respeitada a competência da Câmara àqueles utilizados
em seus serviços.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 107 - Todos os bens municipais deverão ser cadastrados


e tombados, com a identificação respectiva, numerando-se os
móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os
quais ficarão sob a responsabilidade do Chefe da Secretaria ou
Diretor a que forem distribuídos.

Art. 108 - Os bens patrimoniais do Município deverão ser clas-


sificados:

I. Pela natureza;
II. Em relação a cada serviço.

Parágrafo único - Deverá ser feita, anualmente, a conferência


de escrituração patrimonial dos bens existentes, bem como da-
queles acrescidos do patrimônio, sendo incluídos na prestação
de contas de cada exercício, o inventário de todos os bens mu-
nicipais, inclusive com as mutações patrimoniais.

Art. 109 - A alienação de bens municipais, subordinada à exis-


tência de interesse público devidamente justificado, será sem-
pre precedida de avaliação e obedecerão as seguintes normas:

I. Quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e


concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação
e permuta;
II. Quando móveis, dependerá apenas de concorrência públi-
ca, dispensada esta nos casos de doação, que será permiti-
da exclusivamente para fins assistenciais ou quando hou-
ver interesse público relevante, justificado pelo executivo.

Art. 110 - O Município ao invés da venda ou doação de seus


bens imóveis outorgará concessão de direito real de uso, me-
diante prévia autorização legislativa e concorrência pública.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 1º - A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o


uso se destinar a concessionária de serviço público, a entidades
assistenciais, ou quando houver relevante interesse público, de-
vidamente justificado.

§ 2º - A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas


urbanas remanescentes e inaproveitáveis para edificações re-
sultante de modificações de alinhamento serão alienadas nas
mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou não.

Art. 111 – A aquisição de bens imóveis, por compra ou permu-


ta, dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa.

Art. 112 – É proibida a doação, venda ou concessão de uso de


qualquer fração dos parques, praças, jardins ou largos públi-
cos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais e
revistas ou bebidas não alcoólicas, nos termos da lei.

Art. 113 – O uso de bens municipais por terceiros, só poderá


ser feito mediante concessão ou permissão a título precário e
por tempo determinado, conforme o interesse público o exigir.

§ 1º - A concessão de uso dos bens públicos de uso especial


ou dominical dependerá de lei e de concorrência, sendo feita
mediante contrato, sob pena de nulidade do ato.

§ 2º - A concessão administrativa de bens públicos de uso co-


mum, somente poderá ser outorgada para finalidades escola-
res, de assistência social ou turística, bem como entidades reli-
giosas mediante autorização legislativa.

§ 3º - A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer


bem público, será feita a título precário por ato unilateral do
Prefeito, através de decreto, nos termos da Lei.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 114 - A Prefeitura poderá, mediante autorização legal,


executar serviços provisórios a particulares, com o uso de má-
quinas e operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo
para os trabalhos do Município e que o interessado recolha,
previamente, a remuneração dos serviços arbitrados e assine
termo de responsabilidade pela conservação e devolução dos
bens utilizados.

Art. 115 - A utilização e administração dos bens públicos de uso


especial como mercados, matadouros, estações, recintos de es-
petáculos e campos de esporte, serão feitos na forma da lei.

CAPÍTULO VI
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 116 – Nenhum empreendimento de obras e serviços do


Município poderá ter início sem prévia elaboração do plano
respectivo, devendo obrigatoriamente constar:

I. A viabilidade do empreendimento, sua conveniência e


oportunidade para o interesse Comum;
II. Os pormenores para a sua execução;
III. Os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
IV. Os prazos para início e conclusão, acompanhados da res-
pectiva justificativa.

§ 1º - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo caso de


extrema urgência, será executado sem prévio orçamento de seu
custo.

§ 2º - As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura,


por suas autarquias e demais entidades da administração indi-
reta, bem como por terceiros, mediante licitação.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 117 – A permissão de serviço público a título precário será


outorgado por decreto do Prefeito, após edital de chamamento
de interessados para escolha do melhor pretendente, sendo que
a concessão só será feita com autorização legislativa, mediante
contrato precedido de concorrência pública.

§ 1º - Serão nulas de pleno direito as permissões e as conces-


sões, bem como quaisquer outros ajustes feitos em desacordo
com o estabelecido neste artigo.

§ 2º - Os serviços permitidos ou concedidos ficam sempre su-


jeitos à regulamentação e fiscalização do Município, incumbin-
do aos que execute sua permanente atualização e adequação às
necessidades dos usuários.

§ 3º - O Município poderá retomar, sem indenização, os servi-


ços permitidos ou concedidos, desde que executados em des-
conformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se
revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

§ 4º - As concorrências para a concessão de serviço público de-


verão ser precedidas de ampla publicidade em jornais e rádios
locais, inclusive, em órgãos da imprensa da capital do Estado,
mediante edital ou comunicado resumido.

Art. 118– As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas


pelo Executivo, levando-se em conta o valor da remuneração.

Art. 119 - Nos serviços, obras e concessões do Município, bem


como nas compras e alienações, deverá ser realizado procedi-
mento licitatório, salvo situações excepcionais admitidas na
legislação correlata.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 120 - O Município poderá realizar obras e serviços de in-


teresse comum, mediante convênio com o Estado, a União ou
entidades particulares, bem assim, através de consórcio, com
outros municípios.

TÍTULO IV
DA TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO

CAPÍTULO I
DOS ORÇAMENTOS

Art. 121 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I. o plano plurianual;
II. as diretrizes orçamentárias;
III. os orçamentos anuais.

§ 1º - A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de for-


ma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da adminis-
tração pública municipal, para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
§ 2º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas
e prioridades da administração pública municipal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

§ 3º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I. O orçamento fiscal referente aos poderes do Município,


seus fundos, órgãos e entidades da administração direta

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo


Poder Público;
II. O orçamento de investimento das empresas em que o Mu-
nicípio, direta ou indiretamente detenha a maioria do ca-
pital social com direito a voto;
III. O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos a ela vinculados da administração dire-
ta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituí-
dos e mantidos pelo poder Público.

§ 4º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de de-


monstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e despesas
decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefí-
cios de natureza financeira, tributária, creditícia e de convênio.

Art. 122 – Os planos e programas municipais previstos nesta


Lei Orgânica serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pela Câmara.

Parágrafo único – A Prefeitura Municipal poderá solicitar


abertura de créditos suplementares e especiais conforme ne-
cessidade, mediante autorização legislativa.

SEÇÃO I
DAS VEDAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Art. 123 – São vedados:

I. A inclusão de dispositivos estranhos à previsão da recei-


ta e fixação da despesa;
II. O início de programas ou projetos não incluídos no or-
çamento anual;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

III. A realização de despesas ou assunção de obrigações dire-


tas que excedam os créditos orçamentários originais ou
adicionais;
IV. A realização de operações de crédito que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as auto-
rizadas mediante créditos suplementares ou especiais,
aprovados pela Câmara Municipal por maioria absoluta;
V. A vinculação da receita de impostos a órgãos ou fundos
especiais, ressalvadas as que se destinem a prestação de
garantia às operações de crédito por antecipação da re-
ceita;
VI. A abertura de créditos adicionais suplementares ou espe-
ciais sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;
VII. A concessão de utilização de créditos limitados;
VIII. A utilização, sem autorização legislativa específica, de
recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para
suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, funda-
ções e fundos especiais;
IX. A instituição de fundos especiais de qualquer natureza,
sem prévia autorização legislativa.

§ 1º - Créditos adicionais especiais e extraordinários terão vi-


gência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro me-
ses daquele exercício, caso em que, reaberto no limite de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício subse-
quente.

§ 2º - A abertura de crédito extraordinário somente será admi-


tida para atender as despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de situação de emergência pública, após decreto,
observando o disposto nesta Lei Orgânica.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

SEÇÃO II
DAS EMENDAS AOS PROJETOS DO CICLO
ORÇAMENTÁRIO

Art. 124 - Os projetos de Lei relativos ao Plano Plurianual, às


Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos créditos
adicionais suplementares e especiais serão apreciados pela Câ-
mara Municipal na forma do Regime Interno.

§ 1º - Caberá à Comissão da Câmara Municipal:

I. Examinar e emitir parecer sobre os projetos de plano plu-


rianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual e sobre
o Parecer Prévio apresentado anualmente pelo Tribunal de
Contas do Estado;
II. Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
municipais previstos nesta Lei Orgânica, bem como acom-
panhar a fiscalização e as operações resultantes ou não da
execução do orçamento.

§ 2º - As emendas serão apresentadas à Comissão de Finan-


ças, Orçamento e Fiscalização que sobre elas emitirá parecer,
devendo ser apreciadas na forma regimental pelo Plenário da
Câmara.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos


projetos que o modifiquem somente poderão ser apresentados
caso:

I. Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a Lei de


Diretrizes Orçamentárias;
II. Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesas, excluídas as que in-
cidam sobre:

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

III. Dotação para o pessoal e seus encargos;


IV. Serviço da dívida;
V. Transferências tributárias para autarquias e fundações ins-
tituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;
Sejam relacionadas:

I. Com a correção de erros ou omissões; ou


II. Com os dispositivos do texto do projeto de Lei.

§ 4º - As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentá-


rias não poderão ser aprovados quando incompatíveis com o
plano plurianual.

§ 5º- A emenda rejeitada pela Comissão de Finanças, Orça-


mento e Fiscalização poderá ser apreciada pelo Plenário da
Câmara a requerimento de seu autor, sendo necessário a mani-
festação da maioria absoluta dos Vereadores.

§ 6º - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal


para propor modificação nos projetos a que se refere este arti-
go, enquanto não iniciada a votação na Comissão de Finanças
Orçamento e Fiscalização, da parte cuja alteração é proposta.

§ 7º - Aplica-se aos projetos mencionados neste artigo, no que


não contrariar o dispositivo nessa seção, as demais normas re-
lativas ao processo legislativo.

§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou


rejeição do projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares com prévia
e específica autorização legislativa.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 125 - A despesa com pessoal ativo e inativo do Município


não poderá exceder os limites estabelecidos na Lei de Respon-
sabilidade Fiscal.

§ 1º - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remu-


neração ou subsídio, a criação de cargos ou alteração de estru-
tura de carreiras, bem como admissão de pessoal, a qualquer
título pelos órgãos da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público só pode-
rão ser feitas:

I. Se houver prévia dotação orçamentária suficiente para


atender às projeções de despesas de pessoal e aos acrésci-
mos dela decorrentes;
II. Se houver autorização específica na lei de diretrizes orça-
mentárias, ressalvadas as empresas e as sociedades de eco-
nomia mista.

§ 2º - Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar re-


ferida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previs-
tos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de ver-
bas federais ou estaduais aos Municípios caso não observe os
referidos limites.
§ 3º - Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base
neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar re-
ferida no caput deste artigo, o Município adotará as seguintes
providências:

I. Redução em pelo menos 20% (vinte por cento) das despe-


sas com cargos em comissão e funções de confiança;
II. Exoneração dos servidores não estáveis.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 4º - Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior


não forem suficientes para assegurar o cumprimento da deter-
minação da lei complementar referida neste artigo, o servidor
estável poderá perder o cargo, desde que o ato normativo mo-
tivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcio-
nal, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução do
pessoal.

§ 5º - O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo


anterior fará jus à indenização correspondente a um mês de
remuneração por ano de serviço.

§ 6º - O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos ante-


riores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, em-
prego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de 4 (quatro) anos.

SEÇÃO III
DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Art. 126 - A execução do orçamento do Município se refletirá


na obtenção das suas receitas próprias, transferidas e outras,
bem como na utilização de dotações consignadas às despesas
para execução dos programas nele determinados, observando
sempre o princípio do equilíbrio.
Art. 127 - O Prefeito Municipal fará publicar, até 30 (trinta)
dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido
da execução orçamentária.

Art. 128 - As alterações orçamentárias durante o exercício se-


rão representadas:

I. Pelos créditos adicionais, suplementares, especiais e extra-


ordinários;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

II. Pelos remanejamentos, transferências e transposições de


recursos de uma categoria de programação para outra.

Parágrafo único – O remanejamento, a transferência e a trans-


posição somente se realizarão quando autorizados em lei espe-
cífica que contenha a justificativa.

Art. 129 - Na efetivação dos empenhos sobre as dotações fi-


xadas para cada despesa será emitido o documento Nota de
Empenho, que constará as características já determinadas nas
normas gerais de direito financeiro.

SEÇÃO IV
DA GESTÃO DA TESOURARIA

Art. 130 - As receitas e as despesas orçamentárias serão movi-


mentadas através de caixa único, regularmente instituído.

Parágrafo único – A Câmara Municipal terá tesouraria própria


por onde movimentará os recursos que lhe forem liberados,
arrecadados ou resultantes de aplicações dos seus recursos.

Art. 131 – As disponibilidades de caixa do Município e das enti-


dades da administração indireta, inclusive dos fundos especiais e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal,
serão depositadas em instituições financeiras oficiais.

Parágrafo único – As arrecadações da receita própria do Mu-


nicípio, compreendendo o Legislativo e o Executivo, e das en-
tidades de administração indireta poderão ser feitas através da
rede bancária privada, mediante convênio.

Art. 132 – Poderá ser constituído regime de adiantamento em


cada uma das unidades da administração direta, nas autar-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

quias, nas fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público


e na Câmara Municipal, para socorrer as despesas miúdas de
pronto pagamento definidas em Lei.

SEÇÃO V
DA ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL

Art. 133 – A contabilidade do Município obedecerá, na orga-


nização do seu sistema administrativo, informativo e nos seus
procedimentos, aos princípios fundamentais de contabilidade
e às normas estabelecidas na legislação pertinente.

Parágrafo único – A Câmara Municipal deverá ter a sua pró-


pria contabilidade.

SEÇÃO VI
DAS CONTAS MUNICIPAIS

Art. 134 – O Gestor Municipal terá que prestar contas até 120
(cento e vinte) após o encerramento do exercício anterior e
encaminhará à Câmara Municipal as contas do exercício, que
será composta de:
I. Demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras da
administração direta e indireta, inclusive dos fundos es-
peciais e das fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II. Demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras
consolidadas das empresas municipais;
III. Notas explicativas às demonstrações de que trata este artigo;
IV. Relatório circunstanciado da gestão dos recursos públicos
municipais no exercício demonstrado.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

SEÇÃO VII
DA PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS

Art. 135 – São sujeitos à tomada ou à prestação de contas os


agentes da administração municipal responsáveis por bens e
valores pertencentes ou confiados ao Setor de Tributos do Mu-
nicípio.

§ 1º - O tesoureiro do Município ou servidor que exerça a fun-


ção fica obrigado à apresentação do boletim mensal de tesou-
raria, que será afixado em local próprio na sede da Prefeitura e
na sede da Câmara Municipal.

§ 2º - Os demais agentes municipais apresentarão as suas res-


pectivas prestações de contas até o dia 15 (quinze) do mês sub-
seqüente àquele em que o valor tenha sido recebido.

CAPÍTULO II
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 136 – Compete ao Município instituir imposto sobre:

I. Propriedade predial e territorial urbana;


II. Transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato onero-
so, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição;
III. Serviços de qualquer natureza não compreendidos no
art.155, II e III da Constituição Federal, definidos em Lei
Complementar.

§ 1º - Taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela


utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos
ou divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a disposição;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 2º - Contribuição de melhoria, decorrentes de obras públicas;

§ 3º - O imposto previsto no inciso II deste artigo:

I. Não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incor-


porados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização
de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade prepon-
derante do adquirente for a compra e venda desses bens
ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;
II. Cabe ao Município da situação do bem.

§ 4º - Em relação ao imposto previsto no inciso III deste artigo,


cabe à Lei Complementar:

I. Fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;


II. Excluir das suas incidências exportações de serviços para
o exterior;
III. Regular a forma e as condições como isenções. Incentivos
e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

Art. 137 - A administração tributária é atividade vinculada, es-


sencial ao Município, e deverá estar dotada de recursos huma-
nos e materiais necessários ao fiel exercício de suas atribuições,
principalmente no que se refere a:

I. Cadastramento dos contribuintes e das atividades econômicas;


II. Lançamento dos tributos;
III. Fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias;
IV. Inscrição dos inadimplentes em dívida ativa e respectiva co-
brança amigável ou encaminhamento para cobrança judicial.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 138 – O Município poderá criar colegiado constituído


paritariamente por servidores designados pelo Prefeito Muni-
cipal e contribuintes indicados por entidades representativas
de categorias econômicas e profissionais, com atribuições de
decidir em grau de recurso as reclamações sobre lançamentos
e demais questões tributárias.

Parágrafo único - Enquanto não for criado o órgão previsto nes-


te artigo, os recursos serão decididos pelo Prefeito Municipal.

Art. 139 - O Prefeito Municipal promoverá periodicamente a


atualização da base de cálculo dos tributos municipais median-
te autorização legislativa.

§ 1º - A base de cálculo do imposto predial e territorial urbano


– IPTU será atualizada anualmente antes do término do exer-
cício, podendo ser criada comissão de atualização, onde par-
ticiparão, além dos servidores municipais, representantes dos
contribuintes, de acordo com o decreto do Prefeito Municipal.

§ 2º - A atualização da base de cálculo do imposto municipal


sobre serviços de qualquer natureza – ISSQN, cobrado de au-
tônomos e sociedades civis, obedecerá aos índices oficiais de
atualização monetária e poderá ser realizada mensalmente.

§ 3º - A atualização da base de cálculo das taxas de serviços


levará em consideração a variação de custos dos serviços pres-
tados aos contribuintes ou colocado a sua disposição, observa-
dos os seguintes critérios:

I. Quando a variação de custo for inferior ou igual aos índices;


II. Atualização monetária poderá ser realizada mensalmente;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

III. Quando a variação de custos for superior àqueles índices,


a atualização poderá ser feita mensalmente até esse limite,
ficando o percentual restante a ser atualizado por meio de
Lei que deverá estar em vigor antes do início do exercício
subsequente.

Art. 140 - A concessão de isenção e de anistia de tributos muni-


cipais dependerá de autorização de 2/3 (dois terços) dos mem-
bros da Câmara Municipal.

Art. 141 - A remissão de créditos tributários somente poderá


ocorrer nos casos de calamidade pública ou notória pobreza do
contribuinte, devendo a Lei ser aprovada por 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara.

Art. 142 - A concessão de isenção, anistia ou moratória, não


gera direito adquirido e poderá ser revogada de ofício sempre
que se apure que o beneficiário não satisfaça ou deixou de sa-
tisfazer as condições, bem como não cumpra ou deixe de cum-
prir os requisitos para sua concessão.

Art. 143 - É de responsabilidade do órgão competente da Pre-


feitura Municipal, a inscrição em dívida ativa dos créditos pro-
venientes de impostos, taxas, contribuições de melhoria e mul-
tas de qualquer natureza decorrentes de infrações à legislação
tributaria, com prazo de pagamento fixado pela legislação ou
por decisão proferida em processo regular de fiscalização.

Art. 144 - Ocorrendo a decadência do direito de contrair o cré-


dito tributário ou a prescrição da ação de cobrá-lo, abrir-se-á
inquérito administrativo para apurar as responsabilidades, na
forma da Lei.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Parágrafo único – A autoridade municipal, qualquer que seja


o seu cargo, emprego ou função, e independentemente do vín-
culo que possuir com o Município, responderá civil, criminal
e administrativamente pela prescrição ou decadência ocorrida
sob sua responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o Municí-
pio do valor dos créditos prescritos ou não lançados.

TÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS

Art. 145 - Os subsídios dos Agentes Políticos deverão ser fixa-


dos, observando-se o que dispõem os arts. 29, V e VI; 37, XI;
39 § 4º, da Constituição Federal de 1988.

Art. 146 - Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Se-


cretários Municipais deverão ser fixados por norma específica
de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõe os
arts. 37 XI; 39, § 4º, da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.

Art. 147 - O subsídio dos Vereadores será fixado pela Câmara


Municipal em cada legislatura para a subsequente, observados
os critérios e parâmetros estabelecidos no art. 29, VI e VII,
combinado com o art. 29-A, §1º respectivamente da Consti-
tuição Federal.

§ 1º - Não prejudicarão o pagamento dos subsídios aos Vere-


adores presentes à sessão, a não realização da mesma por falta
de quorum ou ausência de matéria a ser votada.

§ 2º - No recesso parlamentar os subsídios serão pagos de for-


ma integral.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 3º - Na Sessão Legislativa Extraordinária, é expressamente


vedado qualquer pagamento de parcela indenizatória em razão
da convocação.

Art. 148 – Os subsídios dos Agentes Políticos serão corrigidos


monetariamente de acordo com o índice oficial.

Art. 149 - A norma específica fixará critérios de indenização de


despesas de viagem do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretá-
rios Municipais, dos Vereadores e dos servidores em geral.

TÍTULO VI
DO EXAME DAS CONTAS MUNICIPAIS E DO REPASSE

Art. 150 - As contas do Município ficarão à disposição dos cida-


dãos durante 60 (sessenta) dias, a partir de 30 de abril de cada
exercício, e após a entrega das contas ao Tribunal de Contas do
Estado, durante todo o exercício, no horário de funcionamento
da Câmara Municipal, em local de fácil acesso público.

§ 1º - A consulta às contas municipais, compreendendo as con-


tas do Executivo e Legislativo, poderá ser feita por qualquer
cidadão, independente de requerimento, autorização ou des-
pacho de qualquer autoridade.

§ 2º - A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara e


haverá cópias à disposição do público.

§ 3º - A reclamação apresentada deverá:

I. Ter a identificação e a qualificação do reclamante;


II. Ser apresentada em quatro vias no protocolo da Câmara;
III. Conter elementos e provas nas quais se fundamenta o re-
clamante.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 4º - As vias da reclamação apresentadas no protocolo da Câ-


mara terão a seguinte distinção:

I. A primeira via deverá ser encaminhada pela Câmara Mu-


nicipal ao Tribunal de Contas ou órgão equivalente, me-
diante ofício;
II. A segunda via se constituirá em recibo para o reclamante
e deverá ser autenticada pelo servidor que a receber no
protocolo;
III. A terceira via deverá ser anexada às contas à disposição
do público pelo prazo que restar ao exame e apreciação;
IV. A quarta via será arquivada na Câmara Municipal.

Art. 151 - A Câmara Municipal enviará ao reclamante cópia da


correspondência que encaminhou ao Tribunal de Contas ou
órgão equivalente no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

Art. 152 - Os recursos correspondentes às dotações orçamen-


tárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais
destinados à Câmara Municipal, serão enviados até o dia 20 de
cada mês, em duodécimos, de acordo com disposição expressa
do artigo 168 da Constituição Federal.

Parágrafo único - Constitui crime de responsabilidade do Pre-


feito Municipal o não envio do repasse até a data referida no
caput deste artigo, consoante estabelece o art. 29-A, § 2º, II da
Constituição Federal.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 153 - O Município, em conformidade com os princípios das


Constituições Federal e Estadual, atuará no sentido da promo-
ção do desenvolvimento econômico, que assegura a elevação do

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

nível de vida e bem estar da população, conciliando a liberdade


de iniciativa com os ditames da Justiça Social, observando os
seguintes princípios:

I. Soberania municipal;
II. Promover e incentivar a livre iniciativa;
III. Função social da propriedade;
IV. Priorizar a geração de emprego, utilizando tecnologia de
uso intensivo da mão-de-obra;
V. Proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos e
dos consumidores;
VI. Defender e promover o meio ambiente, inclusive me-
diante tratamento diferenciado conforme o impacto am-
biental dos produtos e serviços e de seus processos de
elaboração e prestação;

VII. Incentivar a diversificação de culturas;


VIII. Dar tratamento favorecido à produção artesanal e mer-
cantil, e pequenas empresas municipais;
IX. Promover o associativismo, o cooperativismo e outras
formas de organização;
X. Desenvolver diretamente ou buscar junto as outras esfe-
ras de governo a efetivação de:
XI. Assistência técnica;
XII. Crédito especializado ou subsidiado;
XIII. Estímulos fiscais e financeiros;
XIV. Serviços de suporte informativo ou de mercado.

§ 1º - É assegurada a todos a livre iniciativa de qualquer ati-


vidade econômica, sem necessidade de autorização prévia do
Poder Público, nos termos constitucionais.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

§ 2º - Dentro de sua competência, cabe ao Município inves-


tir em obras de infraestrutura básica, de forma a atrair, apoiar
e incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, seja
diretamente ou mediante delegação ao setor privado para esse
fim, conforme Lei Complementar, que obedecerá ao seguinte:

I. A exigência de licitação nos casos previstos em Lei;


II. Definição do caráter especial dos contratos de concessão
ou permissão, casos de prorrogação, condições de cadu-
cidade, forma de fiscalização e rescisão;
III. Os direitos do usuário;
IV. A política tarifária;
V. A obrigação de manter serviços de boa qualidade;
VI. Forma de fiscalização pela comunidade e usuários.

§ 3º - O Município atuará, sobretudo, no setor rural, buscando


fixar o homem no seu meio, possibilitando-lhe o fácil acesso
aos fatores de produção e geração de renda, criando infraestru-
tura necessária para a viabilização deste propósito.

Art. 154 - O Município formulará, conjuntamente com a par-


te interessada, programas de apoio e fomento às empresas de
pequeno porte, micro empresas, cooperativas, indústrias, co-
mércio ou serviços assim definidos em Lei Federal, dando-lhe
tratamento jurídico especial, incentivando um fortalecimento
através da simplificação das exigências fiscais e de outros me-
canismos previstos em Lei, sem, contudo, interferir na autono-
mia das entidades referidas.

Art. 155 - O Município, em caráter precário e por prazo limi-


tado, em ato de Prefeito e mediante Alvará de Funcionamento,
permitirá às microempresas se estabelecerem na residência de
seus titulares, desde que não prejudiquem as normas ambien-
tais, de segurança, de silêncio, de trânsito e de saúde pública.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 156 - Os portadores de necessidades especiais e de limi-


tação sensorial, assim como os idosos, terão prioridade para
exercer o comércio eventual ou ambulante do Município.

Art. 157 - O Município promoverá e incentivará o turismo


como fator de desenvolvimento social e econômico.

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA

Art. 158 - A política de desenvolvimento urbano, executada


pelo Poder Público Municipal conforme diretrizes gerais fixa-
das em Lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus
habitantes.
§ 1º - É vedada em todo território municipal a edificação de
prédios que contenham mais de quatro pavimentos;

§ 2º - O Plano Diretor aprovado pela Câmara Municipal é o


instrumento básico da política de desenvolvimento e de expan-
são urbana.

§ 3º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando


atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade, ex-
pressa no Plano Diretor.

§ 4º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com


prévia e justa indenização em dinheiro.

Art. 159 - É facultado ao Poder Público Municipal, mediante


Lei específica para área incluída no Plano Diretor, exigir, nos
termos da Lei Federal, do proprietário do solo urbano não edi-
ficado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu ade-
quado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

I. Parcelamento ou edificação compulsória;


II. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo;
III. Desapropriação com pagamento mediante títulos da dí-
vida pública de emissão previamente aprovada pelo Sena-
do Federal, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurando o valor
real da indenização e os juros legais.

Art. 160 - São isentos de tributos os veículos de tração animal


e os demais instrumentos de trabalho do pequeno agricultor,
empregados no serviço da própria lavoura ou no transporte de
seus produtos.
Art. 161- É isento do imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana o prédio ou terreno destinado a moradia de
proprietário de pequenos recursos, que não possua outro imó-
vel, nos termos e no limite do valor que a Lei fixar.

Art. 162 - O Município promoverá, dentro de sua política ur-


bana, respeitadas as determinações do Plano Diretor, progra-
mas de habitação popular destinados a melhorar as condições
de moradia da população carente do Município.

Parágrafo único – As ações do Município deverão orientar-se


no sentido de:

I. Ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de infraestru-


tura básica e serviços (escolas, centro de saúde etc.) e ser-
vidos por transporte coletivo;
II. Assistir e estimular projetos comunitários e associativos
de construção de habitação de serviços, inclusive trazen-
do esclarecimento ao público quanto às tecnologias viá-
veis, econômica e tecnicamente, por meio de cursos, pa-
lestras etc;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

III. Aplicar recursos financeiros na construção de casas popu-


lares, inclusive nas formas do inciso II;
IV. Urbanizar, regularizar e estimular as áreas ocupadas por
população de baixa renda, possíveis de urbanização;
V. Fixar um critério para a distribuição de lotes de moradias
populares através do Plano Diretor.

Art. 163 - O Município implementará o plano municipal de


habitação e promoverá o ordenamento e denominação de to-
das as artérias da jurisdição municipal, inclusive com a nume-
ração pertinente e atualizada.

Art. 164 - Em harmonia com a sua política urbana e segundo


disposto em seu Plano Diretor, o Município deverá desenvol-
ver e fomentar programas de saneamento básico, destinados às
melhorias das condições sanitárias e ambientais e de saúde das
populações urbanas.

Parágrafo único – As ações do Município deverão se direcionar


no sentido de:

I. Aumentar ininterrupta e gradativamente a responsabili-


dade da administração local pela prestação de serviços de
saneamento básico;
II. Atender a população de baixa renda com soluções plau-
síveis e de baixo custo para o abastecimento de água e de
esgoto sanitário;
III. Dar meios e estimular a população de baixa renda a cons-
truir cisternas e fossas sépticas, levando em conta as tec-
nologias de baixo custo e não deixando de observar os
recursos materiais locais;
IV. Promover o abastecimento de água potável com o apro-
veitamento dos valores do Município (rios, micro bacias

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

etc.), bem como a dessalinização das águas provenientes


de poços artesianos existentes ou a existir;
V. Implantar sistema de coleta, transporte, tratamento e/ou
disposição final de lixo, utilizando processos que envol-
vam reciclagem;
VI. Melhorar o nível de participação das comunidades de seus
problemas de saneamento, através da execução de progra-
mas de educação sanitária.

Art. 165 – O Município, na prestação de serviços de transpor-


te coletivo, público ou privado, deverá obedecer aos critérios
básicos de:
I. Segurança e conforto dos passageiros, garantindo um es-
pecial acesso às pessoas portadoras de necessidades espe-
ciais;
II. Proteção ambiental contra a poluição atmosférica e sono-
ra;
III. Participação de usuários e das entidades representativas
da comunidade na fiscalização de serviços de transporte;
IV. Deverá estabelecer normas de circulação do tráfego no
perímetro urbano.

CAPÍTULO III
DA SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

SEÇÃO I
DA SAÚDE E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 166 - A saúde é direito de todos e dever do Poder Público,


garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem
à eliminação do risco de doenças e outros agravos ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 167 - O Município manterá, com a cooperação técnica e fi-


nanceira da União e do Estado, serviço de saúde pública, higie-
ne e saneamento a serem prestados gratuitamente à população,
com as seguintes diretrizes:

I. Atendimento integral e universalidade com propriedade


para as atividades preventivas, sem prejuízos dos serviços
assistenciais;
II. Participação da comunidade na formulação, gestão e con-
trole das políticas e ações, através do Conselho Municipal
de Saúde;
III. Integração das ações da saúde, saneamento básico e am-
biental.

Art. 168 - A assistência a saúde é livre à iniciativa privada, obe-


decidos os requisitos da Lei e as diretrizes da política de saúde.

§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma


complementar do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo di-
retrizes deste, mediante contrato de direito público ou convê-
nio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos.

§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios


ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

Art. 169 - Ao Poder Público Municipal compete no âmbito do


Sistema Único de Saúde (SUS):

I. Planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as ações e


serviços de saúde;
II. Planejar, organizar e programar a rede regionalizada e
hierárquica do SUS, em articulação com a sua direção
estadual;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

III. Gerir, executar, controlar e avaliar as ações referentes às


condições e aos ambientes de trabalho;
IV. Executar serviços de:
V. Vigilância epidemiológica;
VI. Vigilância sanitária;
VII. Combate ao uso de tóxicos.
VIII. Planejar e executar a política de saneamento básico em
articulação com o Estado e a União;
IX. Fiscalizar as agressões ao meio ambiente que tenham
repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos ór-
gãos estaduais e federais competentes para controlá-los;
X. Formar consórcios intermunicipais de saúde;
XI. Gerir laboratórios públicos;
XII. Avaliar e controlar a execução de convênios e contra-
tos celebrados pelo Município, com entidades privadas
prestadoras de serviços de saúde;
XIII. Autorizar a instalação de serviços privados de saúde e
fiscalizar o funcionamento;
XIV. Ordenar a formação de recursos humanos na área de
saúde;
XV. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e
águas para consumo humano;
XVI. Participar do controle e fiscalização da produção, trans-
porte, guarda e utilização de substâncias e produtos psi-
coativos, tóxicos e radioativos;
XVII. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compre-
endido o do trabalho.

Art. 170 - Será constituído, na forma da Lei, o Conselho Muni-


cipal de Saúde que terá as seguintes atribuições:

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

I. Formular a política municipal da saúde, baseadas nas


diretrizes emanadas da Conferência ou Congresso Mu-
nicipal de Saúde;
II. Planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos destina-
dos à saúde;
III. Aprovar a instalação e funcionamento de novos servi-
ços públicos e privados de saúde, atendidas as diretri-
zes do Plano Municipal de Saúde; e
IV. Implantar clínica de recuperação de dependentes quí-
micos ou manter convênio com entidades congêneres.

Art. 171 - O Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do Mu-


nicípio, será financiado com recursos do orçamento do Mu-
nicípio, do Estado, da União e de seguridade social, além de
outras fontes.

§ 1º - Os recursos destinados as ações e aos serviços da saúde


no Município constituirão o Fundo Municipal de Saúde, con-
forme dispuser a Lei.

§ 2º - O montante das despesas de saúde não será inferior a


15% (quinze por cento) das despesas globais do orçamento
anual do Município.

Art. 172 - A Assistência Social será prestada pelo Poder Pú-


blico Municipal a quem necessitar, mediante articulação com
os serviços federais e estaduais congêneres, tendo por objetivo:

I. Proteção à família, à maternidade, à infância, à adoles-


cência e ao idoso;
II. Amparo às crianças e adolescentes carentes;
III. Promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV. Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de ne-
cessidades especiais e à promoção de sua integração à
vida comunitária.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 173 - Cabe ao Município, em consórcio com outros Muni-


cípios, visando o desenvolvimento de serviços comuns de saú-
de e assistência social:

I. Conceder subvenções às entidades assistenciais privadas


declaradas de utilidade pública por Lei Municipal;
II. Firmar convênios com entidade pública ou privada para
prestação de serviços de assistência social à comunidade;
III. Formular política de assistência social em articulação
com a política nacional e estadual, reguladoras das espe-
cialidades locais;
IV. Coordenar e executar os programas de assistência social,
através de órgão específico, a partir da realidade e das
reivindicações da população;
V. Legislar e estabelecer normas sobre matérias de natureza
financeira, política e programática da área de assistência
social;
VI. Planejar, coordenar, executar, controlar, fiscalizar e ava-
liar a prestação de serviços e benefícios;
VII. Gerir os recursos orçamentários próprios, bem como
aqueles repassados por outra esfera de governo para a
área de assistência social, respeitados os dispositivos le-
gais vigentes;
VIII. Instituir mecanismos de participação popular que pro-
piciem a definição das prioridades e a fiscalização e o
controle das ações desenvolvidas na área de assistência
social.

Parágrafo único - A comunidade, por meio de suas organiza-


ções representativas, participará da formulação das políticas e
do controle das ações, em todos os níveis, através do Conselho
Municipal de Assistência Social.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 174 - A política Municipal de assistência social deverá ter


como diretrizes:

I. Programas de prevenção e atendimento especializado à


criança e ao adolescente;
II. Programas de promoção de integração social, de preparo
para o trabalho, de acesso facilitado aos bens e serviços e
à escola, e de atendimento especializado para crianças e
adolescentes com deficiência física, sensorial, mental ou
múltipla;
III. Programas que priorizem o atendimento no ambiente fa-
miliar e comunitário;
IV. Quadro de técnicos responsáveis em todos os órgãos com
atuação nesses programas e estabelecimento de convênios
com entidade estadual para prestação de serviço técnico
especializado, de forma itinerante, às crianças portadoras
de necessidades especiais;
V. Atenção especial às crianças e adolescentes em estado de
miserabilidade, explorados sexualmente, doentes men-
tais, órfãos, abandonados e vítimas de violência.

CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Art. 175 – O dever do Município com a educação será efetiva-


do mediante garantia de:

I. Ensino básico, obrigatório e gratuito, inclusive para os


que a ele não tiverem acesso na idade própria;
II. Progressiva extensão de obrigatoriedade e gratuidade ao
ensino médio;
III. Atendimento educacional especializado aos portadores
de necessidades especiais, preferencialmente na rede re-
gular de ensino;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

IV. Atendimento das crianças de zero a três anos em creche,


e de quatro a cinco anos em educação infantil;
V. Acesso aos níveis mais elevados de ensino, pesquisa e
atividade de acordo com a habilidade de cada educando;
VI. Oferta de ensino noturno regular, adequado às condi-
ções do educando;
VII. Atendimento ao educando, no ensino básico, através de
programas suplementares de material didático escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde;
VIII. Promover o atendimento do educando portador de ne-
cessidades especiais oferecendo, sempre que necessário,
recursos especiais de educação, assegurando a educação
inclusiva.

§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito públi-


co subjetivo.

§ 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Municí-


pio, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da auto-
ridade competente.

§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no


ensino básico, fazer a chamada e zelar, junto aos pais ou res-
ponsáveis, pela frequência escolar.

Art. 176 – O ensino será ministrado com base nos princípios


dispostos adiante:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na


escola;
II. Liberdade de aprender, ensinar e pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e co-
existência de instituições públicas e privadas de ensino;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

IV. Gratuidade de ensino público em estabelecimentos ofi-


ciais;
V. Valorização dos profissionais da educação;
VI. Plano de carreira, garantido na forma da lei, com ingres-
so exclusivamente por concurso público de provas e tí-
tulos, aos da rede pública;
VII. Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VIII. Garantia de padrão de qualidade;
IX. Piso salarial nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos da lei federal.

Parágrafo único – A lei disporá sobre as categorias de trabalha-


dores considerados profissionais da educação básica e sobre a
fixação de prazo para elaboração ou adequação de seus planos
de carreira, no âmbito do Município.

Art. 177 – O ensino oficial do Município será gratuito e priori-


tário na educação infantil e no ensino médio I e II.

§ 1º - O ensino religioso será ofertado de forma obrigatória nas


unidades de ensino, constituindo matéria facultativa para os
alunos.

§ 2º - O ensino básico regular será ministrado em Língua Por-


tuguesa.

§ 3º - O Município orientará e estimulará por todos os meios,


a educação física nos estabelecimentos municipais de ensino e
nos particulares que recebam auxílio do Município.

§ 4º - O Município garantirá ao portador de necessidades espe-


cais atendimento especial no que se refere à educação física e
à prática de atividade desportiva, sobretudo no âmbito escolar.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 178 – O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as


seguintes condições:

I. Cumprimento das normas gerais de educação nacional;


II. Autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos com-
petentes.

Art. 179 – O acesso à educação é direito público subjetivo e


implica para o Município dever da garantia de:
I. Atendimento educacional especializado ao portador de
necessidades especiais, sem limite de idade, preferencial-
mente na rede regular de ensino com garantia de:

a) Recursos humanos capacitados;


b) Materiais e equipamentos públicos adequados;
c) Vaga na escola próxima a sua residência.

II. Preservação dos aspectos humanísticos e profissionali-


zantes de ensino básico;
III. Amparo ao menor infrator e sua formação em escola pro-
fissionalizante.

Parágrafo único – A falta de oferecimento do ensino pelo Po-


der Público Municipal ou sua oferta irregular, importa em res-
ponsabilidade da autoridade competente.

Art. 180 – Os recursos do Município serão destinados às es-


colas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I. Comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus ex-


cedentes financeiros em educação;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

II. Assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola


comunitária, filantrópica ou confessional ou ao Municí-
pio no caso de enceramento de suas atividades.

Parágrafo único – os recursos de que trata este artigo serão


destinados a bolsas de estudo para o ensino básico, na for-
ma de lei, para os que demonstrem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública
na localidade da residência do educando, ficando o Município
obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede
na localidade.

Art. 181 – O Município auxiliará, pelos meios ao seu alcance,


as organizações beneficentes, culturais e amadoristas, nos ter-
mos da lei, sendo que as amadoristas e as educacionais terão
prioridade no uso de estádios, campos, quadras poliesportivas
e instalações de propriedade do Município.

Art. 182 - O Município manterá os professores em nível eco-


nômico, social e moral à altura de suas funções e serão garanti-
das ao trabalhador em educação as condições necessárias a sua
qualificação, atualização e formação continuada.

Art. 183 - O Município aplicará, anualmente, nunca menos de


25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, da receita resultante
de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art. 184 - É da competência comum da União, do Estado e do


Município proporcionar os meios de acesso à cultura, à educa-
ção e à ciência.

Parágrafo único – O sistema de ensino Municipal será orga-


nizado em regime de colaboração e parceria com a União e o
Estado.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 185 - O Município apoiará e incentivará a valorização, a


produção e a difusão das manifestações culturais, prioritaria-
mente, as diretamente ligadas à sua história, à sua comunidade
e aos seus bens, através de:

I. Criação, manutenção e aberturas de espaços culturais;


II. Acesso livre aos acervos de bibliotecas.

Art. 186 - A rede municipal de ensino incluirá, em seus pro-


gramas, conteúdo de valorização e participação do negro na
formação histórica da sociedade brasileira.

Art. 187 - As escolas da rede pública municipal destinarão os


turnos de suas aulas no dia 20 de novembro de cada ano para o
desenvolvimento de palestras, estudos e trabalhos sobre a im-
portância da consciência negra.

Art. 188 - Caberá ao Município dar apoio às pesquisas sobre a


cultura afrobrasileira.

Art. 189 - É vedada a utilização de termos que caracterizem


discriminação em anúncios de classificados de emprego neste
Município.

Art. 190 - A Lei regulará a composição, o funcionamento e as


atribuições do Conselho Municipal de Educação e do Conse-
lho Municipal de Cultura.
.
Art. 191 - O Município estimulará o desenvolvimento das ci-
ências, das artes, das letras e da cultura em geral, observado o
disposto na Constituição Federal.

114

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

§ 1º - Ao Município compete suplementar, quando necessário,


a legislação federal e estadual, dispondo sobre a cultura.

§ 2º - A Lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de


alta significação para o Município.

§ 3º - À administração municipal cabe, na forma da Lei, a ges-


tão da documentação governamental e as providências para
franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

§ 4º - Ao Município cumpre proteger os documentos, as obras


e os outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os mo-
numentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueoló-
gicos, em articulação com os Governos Federal e Estadual.

Art. 192 - O Município incentivará o lazer como forma de pro-


moção e integração social.

Parágrafo único - A Prefeitura constituirá e manterá as áreas de


lazer, aproveitando para tal:

I. Praças públicas;
II. Ruas específicas;
III. Logradouros públicos junto aos rios, riachos, lagoas e outros.

Art. 193 - O Poder Público Municipal desenvolverá programas


de incentivo e apoio às práticas desportivas, bem como patro-
cinará campeonatos e competições das várias modalidades de
esporte.

I. Será criado o Conselho Municipal de Esportes;


II. O Poder Público Municipal destinará verba especial às
práticas esportivas das Ligas; e

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

III. Implantará o sistema de concessão de bolsa esportiva,


com incentivo à prática desportiva e cunho educacional.

Parágrafo único – O Município garantirá ao portador de ne-


cessidades especiais atendimento especial no que se refere à
educação e à prática de atividade desportiva, sobretudo no âm-
bito escolar.

Art. 194 - É dever do Município fomentar práticas desportivas


formais e não formais, como direito de cada um, observados:

I. A autonomia das entidades desportivas dirigentes e asso-


ciações, quanto a sua organização e funcionamento;
II. A destinação de recursos públicos para a promoção prio-
ritária do desporto educacional e, em casos específicos,
para a do desporto de alto rendimento;
III. O tratamento diferenciado para o desporto profissional e
o não profissional;
IV. A proteção e o incentivo às manifestações desportivas de
criação nacional.

Parágrafo único – O Poder Público incentivará o lazer, como


forma de promoção social.

CAPÍTULO V
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE,
DO PORTADOR DE NECESSIDADES
ESPECIAIS E DO IDOSO

Art. 195 - O Município dispensará proteção especial ao casa-


mento e assegurará condições morais, físicas e sociais indis-
pensáveis ao desenvolvimento, segurança e estabilidade da

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

família e promoverá, à medida do possível, o custeio de casa-


mento coletivo.

§ 1º - Serão proporcionados aos interessados todas as facilidades


para a celebração do casamento, custeado aos necessitados.

§ 2º- A Lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternida-


de e aos portadores de necessidades especiais, assegurada aos
maiores de 65 (sessenta e cinco) anos a gratuidade nos trans-
portes coletivos urbano e hidroviário.

§ 3º - Compete ao Município suplementar a legislação federal


e a estadual dispondo sobre a proteção à infância, à juventude,
às pessoas portadoras de necessidades especiais e aos idosos,
garantindo a estes o acesso a logradouros, edifícios públicos e
veículos de transporte coletivo.

§ 4º - No âmbito de sua competência, a Lei municipal disporá


sobre a adaptação dos logradouros e dos edifícios de uso públi-
co, a fim de garantir o acesso adequado às pessoas portadoras
de necessidades especiais.

§ 5º - Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas,


entre outras, as seguintes medidas:

I. Amparo às famílias numerosas e sem recursos;


II. Ação contra os males que são instrumentos da dissolução
da família;
III. Estímulo aos pais e às organizações sociais para formação
moral, cívica, física e intelectual da juventude;
IV. Colaboração com as entidades assistenciais que visem à
proteção e à educação da criança;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

V. Amparo às pessoas idosas, assegurando participação na


comunidade, defendendo sua dignidade, bem estar e ga-
rantindo-lhe o direito à vida;
VI. Colaboração com a União, com o Estado e com outros
Municípios para a solução de problemas dos menores
desamparados ou desajustados, através de processos ade-
quados de permanente recuperação.

Art. 196 - O idoso goza de todos os direitos fundamentais ine-


rentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de
que trata a Lei, assegurando todas as oportunidades e facilida-
des, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfei-
çoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições
de liberdade e dignidade. Na conformidade da lei que dispõe
sobre o Estatuto do Idoso.

Parágrafo único – Fica a Câmara Municipal na obrigatoriedade


de conceber os instrumentos legais para a garantia de execução
e obediência ao Estatuto do Idoso e notadamente:

I. Atendimento preferencial e individualizado junto aos


órgãos públicos e privados prestadores de serviços à po-
pulação;
II. Preferência na formulação e na execução de políticas so-
ciais e públicas específicas;
III. Destinar privilegiada de recursos públicos nas áreas re-
lacionadas com a proteção ao idoso;
IV. Viabilizar formas alternativas de participação, ocupação
e convívio do idoso com as demais gerações;
V. Priorizar o atendimento ao idoso por sua própria famí-
lia, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que
não possuam ou careçam de condições de manutenção
da própria sobrevivência;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

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Barra dos Coqueiros

VI. Capacitar os recursos humanos nas áreas de geriatria e


gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;
VII. Estabelecer mecanismos que favoreçam a divulgação
de informações de caráter educativo sobre os aspectos
biopsicossociais de envelhecimento;
VIII. Garantir o acesso à rede de serviços de saúde e de assis-
tência social locais.

Art. 197 - A família, a sociedade e o Estado têm o dever de am-


parar as pessoas idosas, assegurando sua participação na co-
munidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo
o direito à vida.

§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados


preferencialmente em seus lares.

§ 2º - A garantia da prioridade e gratuidade na locomoção do


idoso, no âmbito municipal e intermunicipal em transporte co-
letivo conforme especifica a Lei.

Art. 198 - O Poder Público Municipal coibirá a discriminação


racial em seus órgãos, combatendo toda e qualquer prática ra-
cista e deverá estabelecer formas de punições, como cassação
de alvará de clube, bar e outros estabelecimentos.

CAPÍTULO VI
DA MULHER

Art. 199 - O Município assegurará a proteção do mercado de


trabalho da mulher, na forma da Lei.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

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Lei Orgânica do Município

§ 1º – É vedada a exigência de atestado de esterilização, tes-


te de gravidez ou quaisquer outras práticas de discriminação
contra a mulher, para efeito de acesso e de utilização do serviço
público.

§ 2º – As empresas, órgãos públicos ou pessoas físicas situados


no Município que comprovadamente discriminarem a mulher
nos procedimentos de seleção, contratação, promoção, aperfei-
çoamento profissional e remuneração, bem como por seu esta-
do civil, sofrerão sanções administrativas na forma da lei, com
a respectiva cassação do alvará do funcionamento.

Art. 200 - Serão adotadas medidas para efeito de combate e


preservação da violência contra a mulher, mediante:

I. Gestão junto ao Estado para criação e manutenção de de-


legacias de defesa da mulher;
II. Instalação e manutenção, através da administração di-
reta, de serviços de assistência jurídica, médica, social e
psicológica.

Art. 201 - É vedada a veiculação de mensagem que atentem


contra a dignidade da mulher.

Art. 202 - O Município realizará esforços visando preservar,


perante a sociedade, a imagem social da mulher, como tra-
balhadora e cidadã responsável pelos destinos da Nação, em
igualdade de condições com o homem.

Art. 203 - A Lei regulará a composição, o funcionamento e as


atribuições do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da
Mulher.

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CAPÍTULO VII
DO TURISMO

Art. 204 - O Município, colaborando com os seguimentos do


setor, apoiará e incentivará o turismo como atividade econô-
mica, reconhecendo como forma de promoção e desenvolvi-
mento social e cultural.

Art. 205 - Cabe ao Município, obedecidas a legislação federal e


a estadual, definir a política municipal de turismo e as diretri-
zes e ações, devendo:

I. Adotar, mediante plano integrado e permanente de de-


senvolvimento do turismo em seu território;
II. Desenvolver efetiva infraestrutura turística;
III. Estimular e apoiar:
IV. Produção artesanal local;
V. Feiras e exposições;
VI. Eventos turísticos.
VII. Realizar programas de orientação e divulgação de pro-
jetos municipais, bem como elaborar o calendário de
eventos;
VIII. Regulamentar o uso, ocupação, fruição de bens naturais
e culturais de interesse turístico, protegendo o patrimô-
nio ecológico e histórico-cultural e incentivando o tu-
rismo local;
IX. Promover a conscientização do público para preserva-
ção e difusão de recursos naturais e do turismo como
atividade econômica e fator de desenvolvimento;
X. Incentivar a formação de pessoal especializado para
atendimento das atividades comerciais e turísticas, es-
pecialmente nas praias e adjacências.

Parágrafo único – Nos eventos e datas festivas será, nos termos


da Lei, autorizado o uso do maior número possível de praças,
avenidas e ruas para que a população livremente se manifeste.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

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Lei Orgânica do Município

CAPÍTULO VIII
DO MEIO AMBIENTE

Art. 206 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia
qualidade de vida, impondo ao Poder Público Municipal e à
coletividade o dever de defender e preservar para as presentes
e futuras gerações.

§ 1º - O Município, em articulação com a União e o Estado,


observadas as disposições pertinentes ao art. 23, VI e VII da
Constituição Federal, desenvolverá as ações necessárias para o
atendimento do previsto neste Capítulo.

§ 2º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao


Poder Público:

I. Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e


prover manejo ecológico das espécies no ecossistema;
II. Definir espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
somente através de lei permitida, vedada qualquer utili-
zação que comprometa a integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção;
III. Exigir, na forma da Lei, para instalação de obra ou ativi-
dade potencialmente causadora de significativa degrada-
ção do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambien-
tal, a que se dará publicidade;
IV. Promover a educação ambiental em todos os níveis de
ensino e a conscientização pública para a preservação do
meio ambiente;
V. Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prá-
ticas que coloquem em risco sua função ecológica, provo-
quem a extinção de espécies ou submetam os animais à
crueldade;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

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Barra dos Coqueiros

VI. Garantir amplo acesso da comunidade às informações so-


bre fontes causadoras da poluição e degradação ambiental.

§ 3º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a re-


cuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução
técnica exigida pelo Órgão Público competente, na forma da
Lei, e especificamente quanto a extração de areia, de cascalho
e pedreira.

§ 4º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio


ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas,
às sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.

§ 5º - Os rios, lagos, riachos, as matas e demais áreas de valor


paisagístico do território municipal ficam sob a proteção do
Município e sua utilização se fará na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, in-
clusive, quanto ao uso dos recursos naturais.

Art. 207 - O Município, na sua função reguladora, criará limi-


tações e importará exigências que visem à proteção e recupera-
ção do meio ambiente, especialmente por meio de normas de
zoneamento, de uso do solo e de edificações.

Art. 208 - O Poder Público deverá implementar, através da Se-


cretaria do Meio Ambiente e a sociedade civil, o Projeto Verde
para criação e conservação das áreas verdes do Município.

Parágrafo único – O Poder Executivo instituirá, com anuência


do Poder Legislativo, o Código do Meio Ambiente, definindo
toda política e sistema envolvendo o meio ambiente, devendo o

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Plano Diretor implementar as mudanças pertinentes por con-


duto da Secretaria do Meio Ambiente.

Art. 209 - O Poder Público deverá, mediante planejamento,


controlar e fiscalizar as atividades públicas ou privadas cau-
sadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas no
Meio Ambiente.

Art. 210 - É dever do Município, realizar a conservação, lim-


peza e recuperação das fontes, nascentes e mananciais de água,
como também criar e implantar campanhas educativas visan-
do a preservação das mesmas.

Art. 211 - O Município deverá criar mecanismos para implan-


tação do Programa de Reciclagem de Lixo produzido nas áreas
urbanas e rurais.

Art. 212 - A preservação do Meio Ambiente pelo Município


será efetivada mediante:

I. Estabelecimento de uma política municipal do meio am-


biente, objetivando a preservação e o manejo dos recur-
sos naturais, de acordo com o interesse social;
II. Normas de controle de poluição visual e sonora;
III. Exigência da realização de estudo prévio de impacto am-
biental para construção, instalação, reforma, recupera-
ção, ampliação e operação de atividades ou obras poten-
cialmente causadoras de degradação do meio ambiente,
do qual se dará publicidade;
IV. Controle de produção, comercialização e emprego de
técnicas, métodos ou substâncias que comportem riscos
para a vida, para a qualidade de vida e para o meio am-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

biente;
V. Elaboração e acompanhamento dos impactos ambientais
referentes ao uso e ocupação do solo, de acordo com zo-
neamento das áreas urbanas;
VI. Estabelecimento da obrigatoriedade de reposição da flora
nativa, quando necessária à preservação ecológica;
VII. Cabe ao Município fiscalizar a utilização das águas para
abastecimento público, piscicultura, pesca e turismo, ca-
dastrar e controlar os recursos hídricos no município;
VIII. É vedado a ampliação de qualquer atividade agrícola ou
pastagens nas áreas das dunas que constituem preser-
vação ambiental, mediante observância das delimitações
das respectivas áreas ambientais.
(suprimiu o parágrafo único)

§ 1º - As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente su-


jeitarão os infratores às sanções administrativas, estabelecidas
em lei.

§ 2º - É vedado a implantação de aterros sanitários em toda


jurisdição municipal.

§ 3º - As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente su-


jeitarão os infratores às sanções administrativas, estabelecidas
em lei.

Art. 213 - Fica assegurada a participação das entidades repre-


sentativas da comunidade no planejamento e na fiscalização da
proteção ambiental, garantindo-se amplo acesso aos interessa-
dos às informações que detenham o poder público sobre fontes,
nível de poluição, presença de substâncias potencialmente dano-
sas à saúde dos alimentos, água, ar e solo e as situações de risco e
acidente que poderão ser causados por produtos tóxicos.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 214 - Fica o poder público municipal autorizado a pro-


mover intercâmbio com os Municípios vizinhos, objetivando a
utilização de recursos naturais em forma de consórcio, propor-
cionando-lhes o ressarcimento dos recursos utilizados.

Art. 215 - O Conselho Municipal do Meio Ambiente, cuja


composição e competência serão definidas em lei, garantindo
a representação do Poder Público, de entidades ambientalistas
e demais associações representativas da Comunidade.

Art. 216 - O direito ao ambiente saudável inclui o ambiente de


trabalho, ficando o Município obrigado a garantir e proteger
o trabalhador contra toda e qualquer condição nociva à saúde
física e mental.

CAPÍTULO IX
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E PECUÁRIA

Art. 217 - Caberá ao Município fomentar a produção agrope-


cuária, objetivando o pleno desenvolvimento das funções só-
cio-econômicas e a garantia do bem estar dos seus habitantes.

Art. 218 - Tendo em vista o disposto no artigo anterior, caberá


ao Município:

I. Fomentar e incentivar a permanência do jovem no meio


rural, bem como apoiar a agricultura familiar;
II. Dinamizar e expandir a economia, através de aumento de
oferta de alimentos e matéria prima;
III. Possibilitar a criação de novas oportunidades de trabalho,
de forma a ampliar o mercado interno e reduzir o nível de
pobreza absoluta, além do êxodo rural e a pressão popu-
lacional sobre as áreas urbanas;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

IV. Aumentar o acesso aos benefícios sociais e diminuir as


tensões na área rural, bem como atender aos princípios
de justiça social promovendo a garantia dos direitos do
trabalhador rural;
V. Estimular o uso da propriedade rural, buscando o incre-
mento de produção agrícola e a melhoria das condições
de renda e de vida do produtor;
VI. Incentivar o associativismo ente os produtores e trabalha-
dores rurais.

Art. 219 - A política agrícola será realizada com bases em pla-


nos plurianuais e planos anuais, elaborados de forma democrá-
tica, com a participação de representantes dos produtores, dos
trabalhadores rurais e do setor público, buscando o desenvol-
vimento agrícola.

Parágrafo único – Os planos de desenvolvimento agrícola de-


verão prover a integração das atividades de preservação do
meio ambiente com os setores de apoio econômico e social.

Art. 220 – É dever do Município apoiar os servidores oficiais


do Estado na assistência técnica e extensão rural em pesquisa
agropecuária, em defesa sanitária animal e vegetal e em abas-
tecimento alimentar.

Art. 221 - Os planos de desenvolvimento agrícola municipais se-


rão formulados segundo as peculiaridades locais, voltando-se,
prioritariamente, para os pequenos produtores, assegurando:

I. Sistematização das ações de política agrícola federal e


estadual, que apliquem ao Município, visando agregar
esforços, racionalizar recursos e melhorar resultados;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

II. Assistência técnica e extensão rural, através de convênio


com serviço oficial do Estado, garantindo o atendimento
gratuito aos pequenos produtores;
III. A difusão de tecnologias necessárias ao aprimoramento
da economia agropecuária, à conservação dos recursos
naturais e à melhoria das condições de vida no meio ru-
ral, fundamentalmente, através do aumento da produ-
ção no setor;
IV. Estimular e apoiar o processo de organização da popu-
lação rural, respeitando a unidade familiar, bem como a
representação dos produtores rurais;
V. A criação de tecnologias alternativas, buscando o apoio
das instituições de pesquisa;
VI. A divulgação de informações conjunturais, nas áreas
agrícola, de comercialização, abastecimento e agroin-
dústria;
VII. Auxílios técnicos às associações de proteção ao meio
ambiente, constituídas na forma da Lei;
VIII. Apoio aos produtores e trabalhadores rurais, extensivo
aos grupos indígenas, pescadores artesanais e àqueles
que se dedicam às atividades de extrativismo vegetal não
predatório a se organizarem nas suas diferentes formas
de associações, cooperativas, sindicatos e condomínios;
IX. Orientação às iniciativas de comercialização direta entre
pequenos produtores rurais e consumidores, conceden-
do-lhe estímulos, desde que a venda seja feita por suas
entidades representativas;
X. Prioridade na implantação de obras que tenham como
objetivo o bem estar social da comunidade rural, tais
como barragens, açudes, perfuração de poços, diques,
armazenagem de produtos, estradas vicinais e posto de
saúde rural, energia, saneamento e lazer;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

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XI. Incremento à implantação de programas de habitação


rural;
XII. Estímulo à geração de cinturões verdes, de importação
para o abastecimento alimentar municipal.

§ 1º - Mediante autorização da Câmara, o Município poderá


celebrar convênio com o Estado buscando a prestação do ser-
viço público oficial de assistência técnica e expansão rural.

§ 2º - O Município destinará reserva orçamentária tendo em


vista o Plano de Desenvolvimento Agrícola.

Art. 222 - A administração municipal proporcionará progra-


mas regionais de desenvolvimento agrícola, em consórcio com
outros municípios, buscando incrementar:

I. A eletrificação e telefonias rurais;


II. A construção de estradas vicinais e armazéns comunitá-
rios;
III. A compra de alimentos básicos, insumos e implementos
agrícolas.

Art. 223 - O Município incentivará, através de subvenções e


convênios:

I. O uso de inseminação artificial visando o melhoramento


genético bovino, caprino, ovino e suíno do Município;
II. Utilização de fertilizantes químicos e orgânicos para pro-
porcionar uma maior produtividade das lavouras;
III. A recuperação do solo corrigindo o PH através de cala-
gem, seguindo orientações técnicas;
IV. Aquisição de sementes e mudas selecionadas para as
principais culturas que ofereçam potencial de retorno fi-
nanceiro aos produtores rurais;

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

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Lei Orgânica do Município

V. Convênios com faculdades, institutos de pesquisa e cur-


sos técnicos agrícolas;
VI. Implementar programas de erradicação de vetores preju-
diciais à saúde do agricultor;
VII. A divulgação, a participação, a criação de campanhas de
devolução e destinação correta das embalagens vazias de
defensivos agrícolas e consequentemente o desenvolvi-
mento sustentável da agricultura e a preservação de am-
biente campestre;
VIII. Atividades não agrícolas, que serão incorporadas ao es-
paço rural, onde crescerá a integração de atividades ur-
bano-rurais, a exemplo de pesque-pague, hotéis-fazenda,
turismo-ecológico;
IX. Atividades agropecuárias como: floricultura, cultivo de
ervas medicinais e aromatizantes, horticultura diversifi-
cada, fruticultura e plantas ornamentais;
X. Atividades agropecuárias de produtores agroecológicos;
XI. A piscicultura e atividades pesqueiras em geral.

TÍTULO VII
DA COLABORAÇÃO POPULAR

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 224 - Além da participação dos cidadãos, nos casos pre-


vistos nesta Lei Orgânica e no art. 29, XIII, da Constituição
Federal, será admitida e estimulada a colaboração popular em
todos os campos de atuação de Poder Público, mediante con-
sulta popular, que será realizada:

I. Para decidir sobre assunto de interesse específico do Mu-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

nicípio, de bairro, povoado ou de distrito, cujas medidas


deverão ser tomadas diretamente pela administração mu-
nicipal;
II. Após deliberação do Legislativo Municipal que observará
devidamente o motivo que o originou;
III. Sempre que a maioria dos membros da Câmara ou pelo
menos 5% (cinco por cento) do eleitorado inscrito no
Município, no bairro, povoado ou no distrito, com a iden-
tificação do título eleitoral, apresentar proposição nesse
sentido, em data constante da deliberação do Legislativo
Municipal;
IV. Mediante votação organizada pelo Poder Executivo no
prazo de 2 (dois) meses após a deliberação da Câmara,
adotando cédula oficial que conterá as palavras SIM ou
NÃO.

§ 1º - A proposição será considerada aprovada se obtiver voto


favorável da maioria dos eleitores que comparecerem às urnas,
em manifestação a que se tenha apresentado pelo menos 50%
(cinquenta por cento) mais 1 (um) da totalidade dos eleitores
envolvidos.

§ 2º - Serão realizadas, no máximo, duas consultas anuais, por


bairro, povoado ou distrito.

§ 3º - É vedada a realização de consulta popular nos 4 (quatro)


meses que antecedem as eleições, para qualquer nível de go-
verno.

Art. 225 - O Prefeito Municipal proclamará o resultado da con-


sulta popular que será considerado como decisão sobre a ques-
tão proposta, devendo o governo municipal, quando couber,
adotar as providências legais para sua consecução.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

CAPÍTULO II
DAS ASSOCIAÇÕES

Art. 226 - A população do Município poderá se organizar em


associações, observadas as disposições das Constituições Fede-
ral e Estadual, desta Lei Orgânica, da legislação aplicável e de
estatuto próprio, que deverá, além de fixar o objetivo da ativi-
dade associativa, estabelecer, entre outras vedações:

I. Atividades político partidárias;


II. Participação de pessoas residentes ou domiciliadas fora
do Município, ou ocupantes de cargo de confiança da Ad-
ministração Municipal, bem como o exercente de cargo
eletivo;
III. Discriminação a qualquer título.

§ 1º - Nos termos deste artigo, poderão ser criadas associações


com os seguintes objetivos, entre outros:

I. Proteção e assistência à criança, ao adolescente, aos desem-


pregados, aos portadores de necessidades especiais, às pes-
soas de baixa renda, aos idosos, à mulher, à gestante, aos
doentes e aos presidiários;
II. Representação dos interesses de moradores de bairros,
povoados e distritos, de consumidores, de donas de casa,
de pais de alunos, de professores e de contribuintes;
III. Colaboração com a educação e a saúde;
IV. Proteção e conservação da natureza e do meio ambiente;
V. Promoção e desenvolvimento da cultura, das artes, do es-
porte, do lazer e do turismo.

§ 2º - O Poder Público incentivará a organização de associa-


ções com objetivos diversos dos previstos no parágrafo anterior,
sempre que o interesse social e o da administração convergi-

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

rem para a colaboração comunitária e participação popular na


formulação e execução de políticas públicas.

§ 3º - O Município consignará no seu orçamento anual dota-


ções destinadas às instituições já existentes reconhecidas de
utilidade pública e/ou que a juízo do chefe do Executivo aten-
dam ao interesse social, devendo as mesmas se cadastrar em
até o dia 1º de julho do ano anterior.

CAPÍTULO III
DAS COOPERATIVAS

Art. 227 - O Município incentivará, respeitando o disposto nas


Constituições Federal e Estadual, desta Lei Orgânica e da le-
gislação aplicável, a criação de cooperativas para o fomento de
atividades nos seguintes setores:

I. Pesca, agricultura e pecuária;


II. Construção de moradias;
III. Abastecimento urbano e rural;
IV. Crédito;
V. Assistência judiciária;
VI. Transporte;
VII Demais cooperativas legais.

Parágrafo único – Serão aplicadas às cooperativas, no que cou-


ber o previsto no § 2º do artigo anterior.
Art. 228 - O Poder Público estabelecerá programas especiais
de apoio à iniciativa popular que objetive implementar a orga-
nização da comunidade local de acordo com as normas deste
Título.

Art. 229 - O Governo Municipal incentivará a colaboração po-


pular para a organização de mutirões de colheita, de roçado, de

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

plantio, de construção e outros quando assim o recomendar o


interesse da comunidade diretamente beneficiada.

Art. 230 - Serão feriados municipais o dia de 25 de novembro de-


dicado à emancipação política do Município e 13 de dezembro,
consagrado à Padroeira de Barra dos Coqueiros, Santa Luzia.

TÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 231 – Incumbe ao Município:

I. Auscultar, permanentemente, a opinião pública, sempre a


bem do interesse público, devendo os Poderes Executivo
e Legislativo divulgar, com a devida antecedência, os pro-
jetos de lei para recebimento de sugestões;
II. Adotar medidas para assegurar a celeridade na tramita-
ção e solução dos expedientes administrativos, punindo
disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores falto-
sos;
III. Facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de
jornais e outras publicações periódicas, assim como das
transmissões pelo rádio, pela televisão e internet.

Art. 232 - Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a


declaração de nulidade ou anulação dos atos lesivos ao patri-
mônio municipal.
Art. 233 - São isentos de imposto predial todos os proprietários
possuidores de apenas um imóvel destinado à sua residência,
que perceba igual ou inferior ao salário mínimo vigente.

Art. 234 - O Município não poderá dar nome de pessoas vivas


a bens e serviços públicos de qualquer natureza.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Barra dos Coqueiros

Art. 235 - Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter


secular, e serão administrados pela autoridade municipal, sen-
do permitido a todas as confissões religiosas praticar neles os
seus ritos.

Parágrafo único – As associações religiosas e as particulares


poderão, na forma da Lei, manter cemitérios próprios, fiscali-
zados, porém, pelo Município.

Art. 236 - O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica


para distribuição nas escolas e entidades representativas da ci-
dade, gratuitamente, de modo que se faça a mais ampla divul-
gação do seu conteúdo.

Art. 237 - Os direitos e deveres individuais e coletivos, na forma


prevista na Constituição Federal, integram esta Lei Orgânica e
devem ser afixados em todas as repartições públicas do Muni-
cípio, nas escolas, em bibliotecas, nos hospitais ou em qualquer
local de acesso público, para que todos possam permanente-
mente, tomar ciência, exigir o seu cumprimento por parte das
autoridades e cumprir, por sua parte, o que cabe a cada cidadão
habitante deste Município ou que em seu território transite.

Art. 238 - Após 6 (seis) meses da promulgação desta Emenda


à Lei Orgânica, deverão ser regulamentados ou revisados os
Conselhos Municipais, por ela criados ou já existentes.
Art. 239 - Cada Prefeito Municipal que assumir o exercício do
Cargo, não poderá iniciar obras sem que conclua as remanes-
centes de outro gestor, que deixaram de ser terminadas em 50%
(cinqunta por cento) e para as quais haja dotação orçamentária
específica, salvo se a obra do novo gestor atender a motivos
relevantes e especiais, devidamente justificáveis.

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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DA BARRA DOS COQUEIROS

Lei Orgânica do Município

Art. 240 - Esta Emenda à Lei Orgânica Municipal entra em


vigor na data de sua publicação.

Barra dos Coqueiros, 11 de dezembro de 2012.

MESA DIRETORA:

ALBERTO JORGE SANTOS MACÊDO


(Presidente)

DANIEL MENDES MOURA


(Vice – Presidente)

JANIO SANTANA DA SILVA


(1º Secretário)

CARMEN MARIA MOURA SANTA BÁRBARA


(2º Secretário)

ANTONIO CARLOS DA SILVA SANTOS

ANTONIO CARLOS SANTOS

JORGE RABELO DE VASCONCELOS

JOSÉ CLAUDIO SILVA BARRETO

WILSON CLAUDINO BERNARDES SANTOS

136

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323
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS SOBRE EDUCAÇÃO

8.1. História do pensamento RUI BARBOSA:


pedagógico brasileiro Fez um balanço da educação até o final
do Império em dois pareceres: o primei-
ESCOLA NOVA:
ro sobre o ensino secundário e superior e
o segundo sobre o ensino primário. Neles
O pensamento pedagógico brasileiro pas-
Rui Barbosa prega a liberdade de ensino,
sa a ter mais autonomia com o desen-
a laicidade da escola pública e a instrução
volvimento das teorias da Escola Nova.
obrigatória. O balanço mostrava o nosso
Até o final do século XIX, nossa pedagogia
atraso educacional, a fragmentação do
reproduzia o pensamento religioso medi-
ensino e o descaso pela educação popu-
eval. Com o pensamento iluminista a teo-
lar, que predominaram até o Império.
ria da educação brasileira pôde dar alguns
passos a frente.
OS ANARQUISTAS:
ABE: (Associação Brasileira de Educação)
O movimento anarquista também teve
interesse na educação no início do sécu-
Em 1924, com a criação da Associação
lo. Para os anarquistas, a educação não
Brasileira de Educação (ABE) nosso maior
era o principal agente desencadeador do
objetivo era o de reconstruir a sociedade
processo revolucionário, mas precisariam
através da educação. Na década de 20,
acontecer mudanças na mentalidade das
reformas importantes impulsionaram o
pessoas para que a revolução social fosse
debate intelectual, superando a educação
alcançada.
jesuíta tradicional que dominava o pen-
samento pedagógico brasileiro desde os
A PEDAGOGIA LIBERTÁRIA:
primórdios.
O pensamento pedagógico libertário teve
OS JESUÍTAS:
como principal difusora Maria Lacerda
de Moura (1887-1944) que propôs uma
Com os jesuítas, tivemos um ensino de
educação que incluísse educação físi-
caráter verbalista, retórico, repetitivo,
ca, educação dos sentidos e o estudo do
que estimulava a competição através de
crescimento físico. Moura afirmava que,
prêmios e castigos. Era uma educação que
além das noções de cálculo, leitura, língua
reproduzia uma sociedade perversa, divi-
prática e história, seria preciso estimular
dida entre analfabetos e doutores.
associações e despertar a vida interior da
criança para que houvesse uma auto-ed-
ucação.
324
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A BURGUESIA: o movimento por uma educação popular


e o movimento em defesa da educação
Em 1930, a burguesia urbano-industri- pública.
al chega ao poder e apresenta um novo
projeto educacional. A educação, princi- OBSERVAÇÃO:
palmente a pública, teve mais espaço nas
preocupações do poder. Em ambos os movimentos existem
posições conservadoras e progressistas. O
A CRIAÇÃO DO INEP: (Instituto Nacional ideal seria unir os defensores da educação
de Estudos Pedagógicos) popular que se encontravam nos dois
movimentos, os que defendiam uma es-
Foi com o Manifesto dos pioneiros da cola com nova função social, formando a
educação nova que houve o primeiro solidariedade de classe e lutando por um
grande resultado político e doutrinário de Sistema Nacional Unificado de Educação
10 anos de luta da ABE em favor de um Pública.
Plano Nacional de Educação. Um outro
grande acontecimento, foi em 1938, com Essa unidade passou a ser mais concreta a
a fundação do Instituto Nacional de Estu- partir de 1988, com o movimento da ed-
dos Pedagógicos (INEP), realizando o son- ucação pública popular, sustentado pelos
ho de Benjamin Constant que havia criado partidos políticos mais engajados na luta
em 1890 o Pedagogium. Em 1944, 0 Inep pela educação do povo.
inicia a publicação da Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos, que é um precioso PAULO FREIRE:
testemunho da história da educação no
Brasil, fonte de informação e formação A maior contribuição de Paulo Freire deu-
para educadores brasileiros até hoje. se no campo da alfabetização de jovens e
adultos. Seu trabalho de formação da con-
GETÚLIO VARGAS: sciência crítica passa por três etapas que
podem ser descrita da seguinte forma: a)
Depois da ditadura de Getúlio Vargas etapa da investigação, na qual se descobre
(1937-1945), começa um período de re- o universo vocabular, as palavras e temas
democratização no país que é interrompi- geradores da vida cotidiana dos alfabeti-
do com o golpe militar de 1964. Neste in- zando; b) etapa de tematização, em que
tervalo de tempo, em que as liberdades são codificados os temas levantados na
democráticas foram respeitadas, o movi- fase anterior de tomada de consciência;
mento educacional teve um novo impul-
so, distinguindo-se por dois movimentos:
325
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

c) etapa de problematização, na qual se Ele criticou a maioria dos pedagogos que


descobrem os limites, as possibilidades desconsideravam esses aspectos extra-es-
e os desafios das situações concretas, colares e que acreditavam que a escola,
para se tornar na práxis transformadora. por si só, transformaria a sociedade.
O objetivo final de seu método é a con-
scientização. Sua pedagogia é para a lib- No inicio da década de 90, o discurso ped-
ertação na qual o educador tem um papel agógico foi enriquecido pela discussão
diretivo, mas não o bancário, é problem- da educação como cultura. Temas como
atizador, é ao mesmo tempo educador e diversidade cultural, diferenças étnicas e
educando, é coerente com sua prática. de gênero começaram a ganhar espaço no
pensamento pedagógico brasileiro e uni-
A PEDAGOGIA HUMANISTA DE PAULO versal.
FREIRE:
A EDUCAÇÃO LIBERAL:
No pensamento pedagógico contemporâ-
neo, Paulo Freire situa-se entre os peda- Os educadores e pedagogos da educação
gogos humanistas e críticos que deram liberal defendem a liberdade de ensino,
contribuição decisiva à concepção dialéti- de pensamento e de pesquisa, os méto-
ca da educação. Não se cansa de repetir dos novos baseados na natureza da cri-
que a história é a possibilidade e o prob- ança. Segundo eles, o Estado deve intervir
lema que se coloca ao educador e a todos o mínimo possível na vida de cada cidadão
os homens é saber o que fazer com ela. particular. Os católicos também podem
ser incluídos no pensamento liberal, em-
FLORESTAN FERNANDES 1920-1998: bora existem alguns mais conservadores.
Nossas tendências existem defensores
Com sua sociologia, criou um novo estilo da escola pública e defensores da escola
de pensar a realidade social, por meio da privada. Mas têm em comum uma filoso-
qual se torna possível reinterpretar a so- fia do consenso, isto é, não reconhecem o
ciedade e a história, como também a soci- papel da escola ao pedagógico somente.
ologia anterior produzida no Brasil.

LUIZ PEREIRA 1933-1985:

Para Luiz Pereira a solução dos problemas


enfrentados dentro da escola depende da
solução dos problemas externos a ela, que
envolvem aspectos econômicos e sociais.
326
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A EDUCAÇÃO PROGRESSISTA: cultura do meio, modificando-a, criando-a


e superando-a pelo processo de aprendi-
Os seguidores da educação progressista zagem com o trabalho, com o lazer, com a
defendem o envolvimento da escola na leitura, através do ensino da família e na
formação de um cidadão crítico e partic- escola, nas conversas com os parceiros,
ipante da mudança social. Dentro deste pela observação e pela investigação.
pensamento encontramos correntes que
defendem várias posições para a escola: O processo de ensino é uma criação mo-
para uns, a formação da consciência críti- derna e contemporânea do que se fazia
ca passa pela assimilação do saber elabo- na tribo e na aldeia. Supõe uma especia-
rado; para outros, o saber técnico - cien- lização progressista e formal, científica do
tifico deve ter por objetivo o compromisso processo de desenvolvimento e aprendi-
político. zagem para massas populacionais.

PROTAGONISMO: O ensino envolve colaboradores e elabo-


radores, instrumentos e materiais, espa-
O pensamento pedagógico brasileiro é rico ços de organização e concentração como
e está em movimento, e tentar reduzi-lo a professores, escolas, tecnologias, siste-
esquemas fechados seria uma forma de matização, construção e re-construção de
esconder essa riqueza e essa dinâmica. currículos e conteúdos, especialização de
disciplinas, participação e interação.
Jeorge Luiz Cardozo
http://professorcardozodeputadofederal5013.blogspot.
com/2011/05/historia-do-pensamento-pedagogico.html As teorias procuram sistematizar a ação
e ocorrência da aprendizagem, compre-
endendo seus caminhos e aperfeiçoando
suas técnicas. As teorias da educação po-
8.2. teoria da educação, dem ser agrupadas em três grandes cor-
diferentes correntes do rentes: comportamentalismo, cognitivis-
mo, humanismo.
pensamento pedagógico
brasileiro Esses grandes eixos das teorias da edu-
cação se subdividem em tendências que
Teorias da educação – diferentes corren- priorizam um ou outro enfoque da cor-
tes do pensamento pedagógico brasileiro rente com base no desenvolvimento, na
a educação é um processo de desenvolvi- psicologia, no comportamento, na repro-
mento da pessoa que se aperfeiçoa na in- dução, na imitação, na interação, na ma-
teração social, evoluindo de acordo com a turação, na experiência, etc.
327
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Essas teorias partem de pressupostos tamente herdados com o nascimento em


científicos e de teorias do conhecimento interação com o meio ambiente em opo-
formuladas a partir da filosofia, da meta- sição ou interação através de estímulos e
física e da ciência e procuram sustentar reações, a conduta – behavior: em inglês)
questionamentos inseridos em formula- e o behaviorismo radical de skinner (con-
ções sobre o quê e como, por que, se ob- siste em testar no sujeito a mudança de
jetivo ou subjetivo, natural ou evidente comportamento sucessivamente com es-
e em que contexto da realidade, do que tímulos à resposta que se deseja encon-
se está falando, de saber que, de saber trar).
como?
A corrente do cognitivismo – o ato de co-
Na época moderna, essas idéias são as sín- nhecer – tem como precursor jean piaget
teses do pensamento de descartes (1596- (1896-1980) e se desenvolve a partir de
1650) e locke (1632-1704). seus estudos sobre o desenvolvimento do
conhecimento no ser humano, na crian-
A educação da verdade absoluta e a edu- ça, na interação do sujeito-objeto, sobre
cação da tábula rasa, ou da mente como quais os mecanismos e etapas que uma
uma lousa em branco. pessoa usa para adquirir conhecimento e
transformar estruturas mentais interagin-
A corrente do comportamentalismo se ba- do com o meio ambiente e se aperfeiço-
seia no estimulo que é dado ao sujeito e ando internamente de uma forma orgâni-
na resposta que o sujeito dá ao estímulo, ca e geneticamente complexa até a vida
a partir desse aspecto experimental a te- adulta, assimilando e acomodando o co-
oria procura explicar a aprendizagem que nhecimento em estruturas intelectuais.
resultou desse processo, que infinitamen-
te reproduzido como modelo constante Prevê, portanto, etapas, estágios para o
desencadeia uma experiência satisfatória. desenvolvimento do processo de ensino-
Ocorre a aprendizagem quando ocorre -aprendizagem através da maturação, ex-
uma mudança de comportamento. periência, interação social e equilibração.
As tendências principais do comportamen-
talismo são a teoria do reflexo (consiste
em testar no sujeito um condicionamen-
to), teoria associacionista (consiste em
testar no sujeito o estímulo, descartando
as resposta insatisfatória), o behaviorismo
de watson o fundador da corrente (consis-
te em testar no sujeito os saberes supos-
328
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

As principais tendências do cognitivismo Fonte: Cadu Almeida on the spot


são o construtivismo (consiste na conclu-
são de que as pessoas pensam de forma
diferente em cada etapa da vida: com o 8.3. A didática e o processo de
pensamento intuitivo, com a elaboração
de operações concretas, com a elabora-
ensino e aprendizagem. Organi-
ção de operações formais), interacionismo zação do processo didático: pla-
(consiste na compreensão de que a cultu- nejamento, estratégias e meto-
ra é o elo fundamental), e, aprendizagem
dologias, avaliação. A sala de
significativa, cujo representante é o norte-
-americano david ausubel (1918-2008) e, aula como espaço de aprendiza-
(consiste na valorização do elemento da gem e interação. A importância
experiência do individuo), na disposição da tecnologia no processo
do aluno para aprender e naquilo que lhe
é ofertado em sala de aula.
educativo.
INTRODUÇÃO
A teoria humanista desenvolve-se a par-
tir de estudos diversos e de pressupos-
Didática é considerada como arte e ciên-
tos básicos para sua abordagem, de que
cia do ensino, o objetivo deste artigo é
o comportamento advém da experiência
analisar o processo didático educativo e
subjetiva do individuo, de seu ponto de
suas contribuições positivas para um me-
vista fenomenológico e de que não é sim-
lhor desempenho no processo de ensino-
plesmente a resposta de um evento atual
-aprendizagem. Como arte a didática não
ou pretérito onde o aluno é o sujeito do
objetiva apenas o conhecimento por co-
processo de ensino aprendizagem.
nhecimento, mas procura aplicar os seus
próprios princípios com a finalidade de
Carls rogers (1902-1987), nos estados
desenvolver no individuo as habilidades
unidos com sua obra sobre a terapia cen-
cognoscitivas, tornando-os críticos e re-
trada no cliente; lev semenovich vygot-
flexivos, desenvolvendo assim um pensa-
sky (1896-1934) na rússia sobre a apren-
mento independente.
dizagem em sala de aula na obra sobre
a formação social da mente; paulo freire
(1921-1997) com sua obra sobre a peda-
gogia do oprimido, onde o educando cria
sua própria educação (consiste na peda-
gogia crítica dos conteúdos, em uma abor-
dagem dialética da pedagogia).
329
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Nesse Artigo abordamos esse assun- cesso de aprendizagem, ou seja, deseja


to acerca das visões de Libâneo (1994), entender como as pessoas aprendem e
destacando as relações e os processos quais as condições que influenciam para
didáticos de ensino e aprendizagem, o esse aprendizado. Sendo assim Libâneo
caráter educativo e crítico desse proces- (1994) ressalta que podemos distinguir a
so de ensino, levando em consideração aprendizagem em dois tipos: aprendiza-
o trabalho docente além da organização gem casual e a aprendizagem organizada.
da aula e seus componentes didáticos do
processo educacional tais como objetivos, a. Aprendizagem casual: É quase sem-
conteúdos, métodos, meios de ensino e pre espontânea, surge naturalmente da
avaliação. Concluímos o nosso trabalho interação entre as pessoas com o ambien-
ressaltando a importância da didática no te em que vivem, ou seja, através da con-
processo educativo de ensino e aprendi- vivência social, observação de objetos e
zagem. acontecimentos.

1.0 PROCESSOS DIDÁTICOS BÁSICOS, EN- b. Aprendizagem organizada: É aquela


SINO E APRENDIZAGEM. que tem por finalidade específica apren-
der determinados conhecimentos, habi-
A Didática é o principal ramo de estudo da lidades e normas de convivência social.
pedagogia, pois ela situa-se num conjunto Este tipo de aprendizagem é transmitido
de conhecimentos pedagógicos, investiga pela escola, que é uma organização inten-
os fundamentos, as condições e os mo- cional, planejada e sistemática, as finali-
dos de realização da instrução e do ensi- dades e condições da aprendizagem esco-
no, portanto é considerada a ciência de lar é tarefa específica do ensino (LIBÂNEO,
ensinar. Nesse contexto, o professor tem 1994. Pág. 82).
como papel principal garantir uma rela-
ção didática entre ensino e aprendizagem Esses tipos de aprendizagem tem grande
através da arte de ensinar, pois ambos relevância na assimilação ativa dos indi-
fazem parte de um mesmo processo. Se- víduos, favorecendo um conhecimento a
gundo Libâneo (1994), o professor tem o partir das circunstâncias vivenciadas pelo
dever de planejar, dirigir e controlar esse mesmo.
processo de ensino, bem como estimular
as atividades e competências próprias do
aluno para a sua aprendizagem.

A condição do processo de ensino requer


uma clara e segura compreensão do pro-
330
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

O processo de assimilação de determina- gem de determinados conhecimentos e


dos conhecimentos, habilidades, percep- operações mentais, caracterizada pela
ção e reflexão é desenvolvido por meios apreensão consciente, compreensão e ge-
atitudinais, motivacionais e intelectuais neralização das propriedades e relações
do aluno, sendo o professor o principal essenciais da realidade, bem como pela
orientador desse processo de assimilação aquisição de modos de ação e aplicação
ativa, é através disso que se pode adquirir referentes a essas propriedades e rela-
um melhor entendimento, favorecendo ções (Libâneo, 1994). De acordo com esse
um desenvolvimento cognitivo. contexto podemos despertar uma apren-
dizagem autônoma, seja no meio escolar
Através do ensino podemos compreender ou no ambiente em que estamos.
o ato de aprender que é o ato no qual as-
similamos mentalmente os fatos e as rela- Pelo meio cognitivo, os indivíduos apren-
ções da natureza e da sociedade. Esse pro- dem tanto pelo contato com as coisas no
cesso de assimilação de conhecimentos é ambiente, como pelas palavras que desig-
resultado da reflexão proporcionada pela nam das coisas e dos fenômenos do am-
percepção prático-sensorial e pelas ações biente. Portanto as palavras são impor-
mentais que caracterizam o pensamento tantes condições de aprendizagem, pois
(Libâneo, 1994). Entendida como funda- através delas são formados conceitos pe-
mental no processo de ensino a assimila- los quais podemos pensar.
ção ativa desenvolve no individuo a capa-
cidade de lógica e raciocínio, facilitando o O ensino é o principal meio de progres-
processo de aprendizagem do aluno. so intelectual dos alunos, através dele é
possível adquirir conhecimentos e habi-
Sempre estamos aprendendo, seja de lidades individuais e coletivas. Por meio
maneira sistemática ou de forma espon- do ensino, o professor transmite os con-
tânea, teoricamente podemos dizer que teúdos de forma que os alunos assimilem
há dois níveis de aprendizagem humana: esse conhecimento, auxiliando no desen-
o reflexo e o cognitivo. O nível reflexo re- volvimento intelectual, reflexivo e crítico.
fere-se às nossas sensações pelas quais
desenvolvemos processos de observação Por meio do processo de ensino o profes-
e percepção das coisas e nossas ações fí- sor pode alcançar seu objetivo de apren-
sicas no ambiente. Este tipo de aprendiza- dizagem, essa atividade de ensino está
gem é responsável pela formação de hábi- ligada à vida social mais ampla, chamada
tos sensório motor (Libâneo, 1994). de prática social, portanto o papel funda-
mental do ensino é mediar à relação entre
O nível cognitivo refere-se à aprendiza- indivíduos, escola e sociedade.
331
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

1.1 O CARÁTER EDUCATIVO DO PROCES- situações reais que faça com que os indi-
SO DE ENSINO E O ENSINO CRÍTICO. viduo reflita e analise de acordo com sua
realidade (TAVARES, 2011).
De acordo com Libâneo (1994), o proces-
so de ensino, ao mesmo tempo em que Entretanto o caráter educativo está rela-
realiza as tarefas da instrução de crianças cionado aos objetivos do ensino crítico e
e jovens, também é um processo educa- é realizado dentro do processo de ensino.
cional. È através desse processo que acontece a
formação da consciência crítica dos indi-
No desempenho de sua profissão, o pro- víduos, fazendo-os pensar independente-
fessor deve ter em mente a formação da mente, por isso o ensino crítico, chamado
personalidade dos alunos, não apenas no assim por implicar diretamente nos obje-
aspecto intelectual, como também nos tivos sócio-políticos e pedagógicos, tam-
aspectos morais, afetivos e físicos. Como bém os conteúdos, métodos escolhidos e
resultado do trabalho escolar, os alunos organizados mediante determinada pos-
vão formando o senso de observação, a tura frente ao contexto das relações so-
capacidade de exame objetivo e crítico ciais vigentes da prática social, (LIBÂNEO,
de fatos e fenômenos da natureza e das 1994).
relações sociais, habilidades de expressão
verbal e escrita. A unidade instrução-edu- È através desse ensino crítico que os pro-
cação se reflete, assim, na formação de cessos mentais são desenvolvidos, for-
atitudes e convicções frente à realidade, mando assim uma atitude intelectual.
no transcorrer do processo de ensino. Nesse contexto os conteúdos deixam de
serem apenas matérias, e passam então
O processo de ensino deve estimular o de- a ser transmitidos pelo professor aos seus
sejo e o gosto pelo estudo, mostrando as- alunos formando assim um pensamento
sim a importância do conhecimento para independente, para que esses indivíduos
a vida e o trabalho, (LIBÂNEO, 1994). busquem resolver os problemas postos
pela sociedade de uma maneira criativa e
Nesse processo o professor deve criar si- reflexiva.
tuações que estimule o indivíduo a pensar,
analisar e relacionar os aspectos estuda-
dos com a realidade que vive. Essa reali-
zação consciente das tarefas de ensino e
aprendizagem é uma fonte de convicções,
princípios e ações que irão relacionar as
práticas educativas dos alunos, propondo
332
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

1.2 A DIDÁTICA E O TRABALHO DOCENTE conteúdos, é fundamental que o profes-


sor tenha clareza das finalidades que ele
Como vimos anteriormente à didática es- tem em mente, a atividade docente tem
tuda o processo de ensino no seu conjun- a ver diretamente com “para que educar”,
to, no qual os objetivos, conteúdos fazem pois a educação se realiza numa socieda-
parte, de modo a criar condições que ga- de que é formada por grupos sociais que
rantam uma aprendizagem significativa tem uma visão diferente das finalidades
dos alunos. Ela ajuda o professor na dire- educativas.
ção, orientação das tarefas do ensino e da
aprendizagem, dando a ele uma seguran- Para Libâneo (1994), a didática trata dos
ça profissional. Segundo Libâneo (1994), objetivos, condições e meios de realização
o trabalho docente também chamado de do processo de ensino, ligando meios pe-
atividade pedagógica tem como objetivos dagógico-didáticos a objetivos sócio-polí-
primordiais: ticos. Não há técnica pedagógica sem uma
concepção de homem e de sociedade,
• Assegurar aos alunos o domínio mais sem uma competência técnica para rea-
seguro e duradouro possível dos co- liza-la educacionalmente, portanto o en-
nhecimentos científicos; sino deve ser planejado e ter propósitos
claros sobre suas finalidades, preparando
• Criar as condições e os meios para que os alunos para viverem em sociedade.
os alunos desenvolvam capacidades e
habilidades intelectuais de modo que É papel de o professor planejar a aula, se-
dominem métodos de estudo e de tra- lecionar, organizar os conteúdos de ensi-
balho intelectual visando a sua auto- no, programar atividades, criar condições
nomia no processo de aprendizagem e favoráveis de estudo dentro da sala de
independência de pensamento; aula, estimular a curiosidade e criativida-
de dos alunos, ou seja, o professor dirige
• Orientar as tarefas de ensino para ob- as atividades de aprendizagem dos alunos
jetivo educativo de formação da perso- a fim de que estes se tornem sujeitos ati-
nalidade, isto é, ajudar os alunos a es- vos da própria aprendizagem.
colherem um caminho na vida, a terem
atitudes e convicções que norteiem Entretanto é necessário que haja uma in-
suas opções diante dos problemas e teração mútua entre docentes e discen-
situações da vida real (LIBÂNEO, 1994, tes, pois não há ensino se os alunos não
Pág. 71). desenvolverem suas capacidades e habili-
dades mentais.
Além dos objetivos da disciplina e dos
333
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Podemos dizer que o processo didático se 1.3 A ORGANIZAÇÃO DA AULA E SEUS


baseia no conjunto de atividades do pro- COMPONENTES DIDÁTICOS DO PROCES-
fessor e dos alunos, sob a direção do pro- SO EDUCACIONAL
fessor, para que haja uma assimilação ativa
de conhecimentos e desenvolvimento das A aula é a forma predominante pela qual é
habilidades dos alunos. Como diz Libâneo organizado o processo de ensino e apren-
(1994), é necessário para o planejamento dizagem. É o meio pelo qual o professor
de ensino que o professor compreenda as transmite aos seus alunos conhecimentos
relações entre educação escolar, os ob- adquirido no seu processo de formação,
jetivos pedagógicos e tenha um domínio experiências de vida, conteúdos especí-
seguro dos conteúdos ao qual ele leciona, ficos para a superação de dificuldades e
sendo assim capaz de conhecer os progra- meios para a construção de seu próprio
mas oficiais e adequá-los ás necessidades conhecimento, nesse sentido sendo pro-
reais da escola e de seus alunos. tagonista de sua formação humana e es-
colar.
Um professor que aspira ter uma boa di-
dática necessita aprender a cada dia como É ainda o espaço de interação entre o pro-
lidar com a subjetividade do aluno, sua fessor e o indivíduo em formação consti-
linguagem, suas percepções e sua prática tuindo um espaço de troca mútua. A aula
de ensino. Sem essas condições o profes- é o ambiente propício para se pensar, criar,
sor será incapaz de elaborar problemas, desenvolver e aprimorar conhecimentos,
desafios, perguntas relacionadas com os habilidades, atitudes e conceitos, é tam-
conteúdos, pois essas são as condições bém onde surgem os questionamentos,
para que haja uma aprendizagem signifi- indagações e respostas, em uma busca
cativa. No entanto para que o professor ativa pelo esclarecimento e entendimento
atinja efetivamente seus objetivos, é pre- acerca desses questionamentos e investi-
ciso que ele saiba realizar vários processos gações.
didáticos coordenados entre si, tais como
o planejamento, a direção do ensino da Por intermédio de um conjunto de méto-
aprendizagem e da avaliação (LIBÂNEO, dos, o educador busca melhor transmitir
1994). os conteúdos, ensinamentos e conheci-
mentos de uma disciplina, utilizando-se
dos recursos disponíveis e das habilidades
que possui para infundir no aluno o dese-
jo pelo saber.
334
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Deve-se ainda compreender a aula como ráter urgente naquele momento. A organi-
um conjunto de meios e condições por zação e estruturação didática da aula têm
meio das quais o professor orienta, guia e por finalidade proporcionar um trabalho
fornece estímulos ao processo de ensino mais significativo e bem elaborado para
em função da atividade própria dos alu- a transmissão dos conteúdos. O estabele-
nos, ou seja, da assimilação e desenvol- cimento desses caminhos proporciona ao
vimento de habilidades naturais do aluno professor um maior controle do processo
na aprendizagem educacional. Sendo a e aos alunos uma orientação mais eficaz,
aula um lugar privilegiado da vida pedagó- que vá de acordo com previsto.
gica refere-se às dimensões do processo
didático preparado pelo professor e por As indicações das etapas para o desenvol-
seus alunos. vimento da aula, não significa que todas
elas devam seguir um cronograma rígido
Aula é toda situação didática na qual se (LIBÂNEO, 1994-Pág. 179), pois isso de-
põem objetivos, conhecimentos, proble- pende dos objetivos, conteúdos da dis-
mas, desafios com fins instrutivos e for- ciplina, recursos disponíveis e das carac-
mativos, que incitam as crianças e jovens terísticas dos alunos e de cada aluno e
a aprender (LIBÂNEO, 1994- Pág.178). situações didáticas especificas.
Cada aula é única, pois ela possui seus
próprios objetivos e métodos que devem Dentro da organização da aula destacare-
ir de acordo com a necessidade observada mos agora seus Componentes Didáticos,
no educando. que são também abordados em alguns
trabalhos como elementos estruturantes
A aula é norteada por uma série de com- do ensino didático. São eles: os objetivos
ponentes, que vão conduzir o processo (gerais e específicos), os conteúdos, os
didático facilitando tanto o desenvolvi- métodos, os meios e as avaliações.
mento das atividades educacionais pelo
educador como a compreensão e entendi-
mento pelos indivíduos em formação; ela
deve, pois, ter uma estruturação e orga-
nização, afim de que sejam alcançados os
objetivos do ensino.

Ao preparar uma aula o professor deve es-


tar atento às quais interesses e necessida-
des almeja atender, o que pretende com a
aula, quais seus objetivos e o que é de ca-
335
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

1.3.1 OBJETIVOS Para que o processo de ensino-aprendiza-


gem aconteça de modo mais organizado
São metas que se deseja alcançar, para faz-se necessário, classificar os objetivos
isso usa-se de diversos meios para se che- de acordo com os seus propósitos e abran-
gar ao esperado. Os objetivos educacio- gência, se são mais amplos, denominados
nais expressam propósitos definidos, pois objetivos gerais e se são destinados a de-
o professor quando vai ministrar a aula já terminados fins com relação aos alunos,
vai com os objetivos definidos. Eles têm chamados de objetivos específicos.
por finalidade, preparar o docente para
determinar o que se requer com o proces- a. Objetivos Gerais: exprimem propósitos
so de ensino, isto é prepará-lo para esta- mais amplos acerca do papel da esco-
belecer quais as metas a serem alcança- la e do ensino diante das exigências
das, eles constituem uma ação intencional postas pela realidade social e diante
e sistemática. do desenvolvimento da personalidade
dos alunos (LIBANÊO, 1994- pág. 121).
Os objetivos são exigências que reque- Por isso ele também afirma que os ob-
rem do professor um posicionamento jetivos educacionais transcendem o
reflexivo, que o leve a questionamentos espaço da sala de aula atuando na ca-
sobre a sua própria prática, sobre os con- pacitação do indivíduo para as lutas so-
teúdos os materiais e os métodos pelos ciais de transformação da sociedade, e
quais as práticas educativas se concreti- isso fica claro, uma vez que os objeti-
zam. Ao elaborar um plano de aula, por vos têm por fim formar cidadãos que
exemplo, o professor deve levar em conta venham a atender os anseios da cole-
muitos questionamentos acerca dos obje- tividade.
tivos que aspira, como O que? Para que?
Como? E Para quem ensinar?, e isso só irá
melhorar didaticamente as suas ações no
planejamento da aula.

Não há prática educativa sem objetivos;


uma vez que estes integram o ponto de
partida, as premissas gerais para o proces-
so pedagógico (LIBÂNEO, 1994- pág.122).
Os objetivos são um guia para orientar a
prática educativa sem os quais não have-
ria uma lógica para orientar o processo
educativo.
336
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

b. Objetivos Específicos: compreendem O professor, na sala de aula, utiliza-se dos


as intencionalidades específicas para a conteúdos da matéria para ajudar os alu-
disciplina, os caminhos traçados para nos a desenvolverem competências e ha-
que se possa alcançar o maior enten- bilidades de observar a realidade, perce-
dimento, desenvolvimento de habili- ber as propriedades e características do
dades por parte dos alunos que só se objeto de estudo, estabelecer relações
concretizam no decorrer do processo entre um conhecimento e outro, adqui-
de transmissão e assimilação dos es- rir métodos de raciocínio, capacidade de
tudos propostos pelas disciplinas de pensar por si próprios, fazer comparações
ensino e aprendizagem. Expressam as entre fatos e acontecimentos, formar con-
expectativas do professor sobre o que ceitos para lidar com eles no dia-a-dia
deseja obter dos alunos no decorrer do de modo que sejam instrumentos men-
processo de ensino. Têm sempre um tais para aplicá-los em situações da vida
caráter pedagógico, porque explicitam prática (LIBÂNEO 2001, pág. 09). Neste
a direção a ser estabelecida ao traba- contexto pretende-se que os conteúdos
lho escolar, em torno de um programa aplicados pelo professor tenham como
de formação. (TAVARES, 2001- Pág. 66). fundamento não só a transmissão das in-
formações de uma disciplina, mas que es-
1.3.2 CONTEÚDOS ses conteúdos apresentem relação com a
realidade dos discentes e que sirvam para
Os conteúdos de ensino são constituídos que os mesmos possam enfrentar os de-
por um conjunto de conhecimentos. É a safios impostos pela vida cotidiana. Estes
forma pela qual, o professor expõem os devem também proporcionar o desenvol-
saberes de uma disciplina para ser traba- vimento das capacidades intelectuais e
lhado por ele e pelos seus alunos. Esses cognitivas do aluno, que o levem ao de-
saberes são advindos do conjunto social senvolvimento critico e reflexivo acerca da
formado pela cultura, a ciência, a técni- sociedade que integram.
ca e a arte. Constituem ainda o elemento
de mediação no processo de ensino, pois Os conteúdos de ensino devem ser vistos
permitem ao discente através da assimila- como uma relação entre os seus compo-
ção o conhecimento histórico, cientifico, nentes, matéria, ensino e o conhecimento
cultural acerca do mundo e possibilitam que cada aluno já traz consigo. Pois não
ainda a construção de convicções e con- basta apenas a seleção e organização lógi-
ceitos. ca dos conteúdos para transmiti-los.
337
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Antes os conteúdos devem incluir elemen- é o promotor, que faz questionamentos,


tos da vivência prática dos alunos para tor- propõem problemas, instiga, faz desafios
ná-los mais significativos, mais vivos, mais nas atividades e o educando é o receptor
vitais, de modo que eles possam assimilá- ativo e atuante, que através de suas ações
-los de forma ativa e consciente (LIBÂNEO, responde ao proposto produzindo assim
1994 pág. 128). Ao proferir estas palavras, conhecimentos. O papel do professor é le-
o autor aponta para um elemento de fun- var o aluno a desenvolver sua autonomia
damental importância na preparação da de pensamento.
aula, a contextualização dos conteúdos.
1.3.3 MÉTODOS DE ENSINO
a. Contextualização dos conteúdos
Métodos de ensino são as formas que o
A contextualização consiste em trazer para professor organiza as suas atividades de
dentro da sala de aula questões presentes ensino e de seus alunos com a finalidade
no dia a dia do aluno e que vão contri- de atingir objetivos do trabalho docente
buir para melhorar o processo de ensino em relação aos conteúdos específicos que
e aprendizagem do mesmo. Valorizando serão aplicados. Os métodos de ensino re-
desta forma o contexto social em que ele gulam as formas de interação entre ensino
está inserido e proporcionando a reflexão e aprendizagem, professor e os alunos, na
sobre o meio em que se encontra, levan- qual os resultados obtidos é assimilação
do-o a agir como construtor e transfor- consciente de conhecimentos e desenvol-
mador deste. Então, pois, ao selecionar e vimento das capacidades cognoscitivas e
organizar os conteúdos de ensino de uma operativas dos alunos.
aula o professor deve levar em considera-
ção a realidade vivenciada pelos alunos. Segundo Libâneo (1994) a escolha e or-
ganização os métodos de ensino devem
b. A relação professor-aluno no processo corresponder à necessária unidade obje-
de ensino e aprendizagem: tivos-conteúdos-métodos e formas de or-
ganização do ensino e as condições con-
O professor no processo de ensino é o me- cretas das situações didáticas.
diador entre o indivíduo em formação e os
conhecimentos prévios de uma matéria.
Tem como função planejar, orientar a dire-
ção dos conteúdos, visando à assimilação
constante pelos alunos e o desenvolvi-
mento de suas capacidades e habilidades.
É uma ação conjunta em que o educador
338
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Os métodos de ensino dependem das bilidades e tarefas são apresentados, ex-


ações imediatas em sala de aula, dos con- plicadas e demonstradas pelo professor,
teúdos específicos, de métodos peculiares além dos trabalhos planejados individu-
de cada disciplina e assimilação, além dis- ais, a elaboração conjunta de atividades
so, esses métodos implica o conhecimen- entre professores e alunos visando à ob-
to das características dos alunos quanto à tenção de novos conhecimentos e os tra-
capacidade de assimilação de conteúdos balhos em grupo. Dessa maneira designa-
conforme a idade e o nível de desenvolvi- mos todos os meios e recursos matérias
mento mental e físico e suas característi- utilizados pelo professor e pelos alunos
cas socioculturais e individuais. para organização e condução metódica do
processo de ensino e aprendizagem (LIBÂ-
A relação objetivo-conteúdo-método pro- NEO, 1994 Pág. 173).
curam mostrar que essas unidades consti-
tuem a linhagem fundamental de compre- 1.3.4 AVALIAÇÃO ESCOLAR
ensão do processo didático: os objetivos,
explicitando os propósitos pedagógicos A avaliação escolar é uma tarefa didática
intencionais e planejados de instrução e necessária para o trabalho docente, que
educação dos alunos, para a participação deve ser acompanhado passo a passo no
na vida social; os conteúdos, constituindo processo de ensino e aprendizagem. Atra-
a base informativa concreta para alcançar vés da mesma, os resultados vão sendo
os objetivos e determinar os métodos; os obtidos no decorrer do trabalho em con-
métodos, formando a totalidade dos pas- junto entre professores e alunos, a fim de
sos, formas didáticas e meios organizati- constatar progressos, dificuldades e orien-
vos do ensino que viabilizam a assimilação tá-los em seus trabalhos para as correções
dos conteúdos, e assim, o atingimento dos necessárias. Libâneo (1994).
objetivos.
A avaliação escolar é uma tarefa complexa
No trabalho docente, os professores sele- que não se resume à realização de provas
cionam e organizam seus métodos e pro- e atribuição de notas, ela cumpre funções
cedimentos didáticos de acordo com cada pedagógico-didáticas, de diagnóstico e de
matéria. Dessa forma destacamos os prin- controle em relação ao rendimento esco-
cipais métodos de ensino utilizado pelo lar.
professor em sala de aula: método de ex-
posição pelo professor, método de traba-
lho independente, método de elaboração
conjunta, método de trabalho em grupo.
Nestes métodos, os conhecimentos, ha-
339
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A função pedagógico-didática refere-se ao NEO, Pág. 198- 1994).


papel da avaliação no cumprimento dos
objetivos gerais e específicos da educa- O mais comum é tomar a avaliação uni-
ção escolar. Ao comprovar os resultados camente como o ato de aplicar provas,
do processo de ensino, evidencia ou não atribuir notas e classificar os alunos. O
o atendimento das finalidades sociais do professor reduz a avaliação à cobrança da-
ensino, de preparação dos alunos para quilo que o aluno memorizou e usa a nota
enfrentar as exigências da sociedade e in- somente como instrumento de controle.
seri-los ao meio social. Ao mesmo tempo, Tal ideia é descabida, primeiro porque a
favorece uma atitude mais responsável do atribuição de notas visa apenas o controle
aluno em relação ao estudo, assumindo- formal, com objetivo classificatório e não
-o como um dever social. Já a função de educativo; segundo porque o que importa
diagnóstico permite identificar progressos é o veredito do professor sobre o grau de
e dificuldades dos alunos e a atuação do adequação e conformidade do aluno ao
professor que, por sua vez, determinam conteúdo que transmite. Outro equívoco é
modificações do processo de ensino para utilizar a avaliação como recompensa aos
melhor cumprir as exigências dos obje- bons alunos e punição para os desinteres-
tivos. A função do controle se refere aos sados, além disso, os professores confiam
meios e a frequência das verificações e demais em seu olho clínico, dispensam ve-
de qualificação dos resultados escolares, rificações parciais no decorrer das aulas e
possibilitando o diagnóstico das situações aqueles que rejeitam as medidas quanti-
didáticas (LIBÂNEO, 1994). tativas de aprendizagem em favor de da-
dos qualitativos (LIBÂNEO, 1994).
No entanto a avaliação na pratica escolar
nas escolas tem sido bastante criticada O entendimento correto da avaliação con-
sobre tudo por reduzir-se à sua função siste em considerar a relação mútua entre
de controle, mediante a qual se faz uma os aspectos quantitativos e qualitativos. A
classificação quantitativa dos alunos rela- escola cumpre uma função determinada
tiva às notas que obtiveram nas provas. Os socialmente, a de introduzir as crianças,
professores não tem conseguido usar os jovens e adultos no mundo da cultura e
procedimentos de avaliação que sem dú- do trabalho, tal objetivo não surge espon-
vida, implicam o levantamento de dados taneamente na experiência das crianças,
por meio de testes, trabalhos escritos etc. jovens e adultos, mas supõe as perspecti-
Em relação aos objetivos, funções e papel vas traçadas pela sociedade e controle por
da avaliação na melhoria das atividades parte do professor.
escolares e educativas, tem-se verificado
na pratica escolar alguns equívocos. (LIBÂ-
340
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Por outro lado, a relação pedagógica re- para a manutenção e progresso social.
quer a independência entre influências
externas e condições internas do aluno, O processo educacional, notadamente os
pois nesse contexto o professor deve or- objetivos, conteúdos do ensino e o traba-
ganizar o ensino objetivando o desenvol- lho do professor são regidos por uma sé-
vimento autônomo e independente do rie de exigências da sociedade, ao passo
aluno (LIBÂNEO, 1994). que a sociedade reclama da educação a
adequação de todos os componentes do
1.4 A PROFISSÃO DOCENTE E SUA REPER- ensino aos seus anseios e necessidades.
CUSSÃO SOCIAL Porém a prática educativa não se restringe
as exigências da vida em sociedade, mas
Segundo Libâneo (1994) o trabalho docen- também ao processo de promover aos in-
te é a parte integrante do processo educa- divíduos os saberes e experiências cultu-
tivo mais global pelo qual os membros da rais que o tornem aptos a atuar no meio
sociedade são preparados para a partici- social e transformá-lo em função das ne-
pação da vida social. Com essas palavras cessidades econômicas, sociais e políticas
Libâneo deixa bem claro o importante e da coletividade (LIBÂNEO, 1994 pág.17).
essencial papel do professor na inserção O professor deve formar para a emancipa-
e construção social de cada individuo em ção, reflexão, criticidade e atuação social
formação. O educador deve ter como prin- do indivíduo e não para a submissão ou o
cipal e fundamental compromisso com a comodismo.
sociedade formar alunos que se tornem
cidadãos ativos, críticos, reflexivos e par- Publicado por: Mayane Leite da Silva Souza
ticipativos na vida social.

O docente no processo de ensino e apren-


dizagem é a ponte de mediação entre o
aluno em formação e o meio social no
qual está inserido; uma vez que ele vai
através de instruções, conteúdos e méto-
dos orientar aos seus alunos a viver social-
mente. Sendo a educação um fenômeno
social necessário à existência e funciona-
mento de toda a sociedade, exige-se a
todo instante do professor as competên-
cias técnicas e teóricas para a transmissão
desses conhecimentos que são essenciais
341
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

8.4. Concepções de aprendiza- consciente e similares banidos da lingua-


gem psicológica. A Psicologia vem defini-
gem e suas implicações na prá- da como a “ciência do comportamento”
tica pedagógica contemporânea (observável) e o comportamento é enten-
dido como produto das pressões do am-
O conceito de aprendizagem emergiu das biente, significando o conjunto de reações
investigações empiristas em Psicologia, a estímulos, reações essas que podem ser
ou seja, de investigações levadas a termo medidas, previstas e controladas.
com base no pressuposto de que todo co-
nhecimento provém da experiência. Isso Nessa via de interpretação, ganha sen-
significa afirmar o primado absoluto do tido a definição de aprendizagem como
objeto e considerar o sujeito como uma “mudança de comportamento resultante
tabula rasa, uma cera mole, cujas impres- do treino ou da experiência”. Aqui, tem-
sões do mundo, fornecidas pelos órgãos -se uma definição em que a dissolução do
dos sentidos, são associadas umas às ou- sujeito do conhecimento é evidente. Ele
tras, dando lugar ao conhecimento. O co- é realmente aquela cera mole de que se
nhecimento é, portanto, uma cadeia de falou anteriormente e, por isso, a apren-
idéias atomisticamente formada a partir dizagem é identificada com o condiciona-
do registro dos fatos e se reduz a uma sim- mento.
ples cópia do real.
Entende-se, assim, porque o behavioris-
Em virtude de sua epistemológica, tais mo, corrente cujas primeiras sistematiza-
investigações formam o corpo do que se ções foram realizadas por Watson, nasce
chama associacionismo, cuja expressão apoiado nos trabalhos de Pavlov acerca
mais imponente é o behaviorismo, tanto do condicionamento respondente.
em sua versão mais clássica, quanto em
sua versão contemporânea. O condicionamento de tipo pavloviano,
também conhecido como condicionamen-
A meta do behaviorismo sempre foi a to clássico ou respondente, consistindo
construção de uma psicologia “científica”, no esquema ER, foi, em seus primórdios,
livre da introspecção e fundada numa me- considerado como o elemento básico de
todologia “materialista” que lhe garantis- aprendizagem, ponto de partida para a
se a objetividade das ciências da natureza. formação de todos os hábitos.

A objetividade perseguida pelo behavio-


rismo é a mesma do positivismo em geral
e, por isso, termos como consciência, in-
342
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Era tempo de euforia geral entre os posi- necessário, e essa resposta, dependendo
tivistas, pois as pesquisas de Pavlov ofe- das conseqüências geradas por ela, será
reciam a possibilidade de se atribuir, às ou não mantida. Logo, são os estímulos
atividades complexas, o sentido de uma que se seguem à resposta (reforços) que
composição de simples elos soldados. O representam o núcleo da teoria, e não os
condicionamento clássico diz respeito à que a antecedem.
relação entre um estímulo antecedente
e uma resposta que lhe é, naturalmente, As pesquisas sobre condicionamento ini-
conseqüente. Inicia-se com a observação ciaram-se sempre com experimentos com
de respostas incondicionadas a estímulos animais e se aplicaram posteriormente, a
incondicionados, mas o interesse central sujeitos humanos. Dado o seu grande po-
se firma na obtenção de uma determina- der de controle do comportamento, essas
da resposta, provocada por um estímulo pesquisas foram se sofisticando cada vez
previamente neutro, quando este é asso- mais. Têm sido incessantes os esforços
ciado a um estimulo incondicionado. Com para provar que o comportamento é mo-
o passar do tempo, o condicionamento delado, razão porque devem as investiga-
respondente revelou-se insuficiente para ções fornecer o maior número possível de
a explicação de aprendizagem complexas, dados sobre estímulos reforçadores, estí-
e sua validação restringiu-se à explicação mulos aversivos, tipos de reforços, esque-
dos comportamentos involuntários e das mas de reforço, contra-condicionamento,
reações emocionais. Foi, então, superado etc. Acredita-se que o aprofundamento
pelo condicionamento operante (skinne- dessa linha de análise findará por oferecer
riano), o qual desloca a ênfase do estímulo um modelo de aprendizagem que resolve-
antecedente para o estímulo conseqüen- rá todos os problemas.
te (reforço), como recurso para garantir a
manutenção ou extinção de certo(s) com- É notório o fato de que, embora com re-
portamento(s). cursos mais aprimorados e com a possibi-
lidade de lidar com certas aquisições com-
O condicionamento operante ocupa-se, plexas, o condicionamento instrumental
pois, das relações entre o comportamento não implíca nenhuma mudança de pres-
a ser aprendido e as suas conseqüências. suposto epistemológico com referência ao
Os adeptos da teoria do reforço conside- condicionamento respondente.
raram-no capaz de explicar a aquisição
dos comportamentos voluntários de to-
dos os tipos. O esquema continua muito
simples: o organismo emite uma resposta
a um estímulo cujo conhecimento não é
343
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

O conceito positivista de aprendizagem isso, é às variáveis biológicas e à situação


que acabamos de expor é inteiramente re- imediata que se deve recorrer para expli-
futado pela gestalt, uma corrente psicoló- car a conduta. As variáveis históricas, por
gica que nasce na Alemanha, no princípio não serem determinantes, apresentam
do século (com Wertheier, Kohler e Kof- pouco interesse para os gestaltistas.
fka) e que encontra terreno fértil nos Es-
tados Unidos, onde passaram a trabalhar Note-se que não falamos em aprendiza-
três dos seus maiores expoentes: Koffka, gem e, sim em percepção. Na verdade,
Kohler e Lewin. contrariando o pressuposto epistemoló-
gico do behaviorismo, a gestalt rejeita a
A gestalt opõe-se ao behaviorismo por ter tese de que o conhecimento seja fruto da
um fundamento epistemológico de tipo aprendizagem. De acordo com seus adep-
racionalista, ou, mais precisamente, por tos, os sujeitos reagem não a estímulos
pressupor que todo conhecimento é ante- específicos, mas a configurações percep-
rior à experiência, sendo fruto do exercí- tuais. As gestaltens (configurações) são as
cio de estruturas racionais, pré-formadas legítimas unidades mentais, e é para elas
no sujeito. que a Psicologia deve voltar-se.

Se a unilateralidade do positivismo con- Vê-se, pois, que a gestalt lida com o con-
siste em desprezar a ação o sujeito sobre ceito de estruturas mentais, enquanto
o objeto, a do racionalismo consiste em totalidades, numa extrema oposição ao
desprezar a ação do objeto sobre o sujei- atomismo behaviorista. É conveniente
to. Ambas as posições, portanto, cindem esclarecer que tais totalidades são orga-
os dois pólos do conhecimento de modo nizadas em função de princípios de orga-
irremediável. nização inerentes à razão humana. Logo a
estrutura da gestalt é uma estrutura sem
Qualificar a gestalt como uma teoria racio- gênese, não comportando, pois, uma for-
nalista não significa, entretanto, afirmar mação.
que ela negue a objetividade do mundo.
Significa, isto sim, que ela não postula Vale ainda a pena dizer que o conceito de
essa objetividade no sentido de uma in- totalidade com o qual a Gestalt trabalha é
terferência na construção das estruturas irredutível à soma ou ao produto das par-
mentais através das quais o sujeito apre- tes. Por isso, o todo é apreendido de for-
ende o real. Admite-se que experiência ma súbida, imediata, por reestruturação
passada possa influir na percepção e no do campo perceptual (insight).
comportamento, mas não a afirma como
uma condição necessária para tal. E, por
344
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Se a aprendizagem não contribui para a o materializado, gerou a crença de que se


estruturação do conhecimento, justifica- tratava de uma teoria materialista, que
-se o pouco interesse que os gestaltistas superava a metafísica da psicologia pre-
apresentam pela questão. Aliás, nos es- cedente. Na Rússia, após a Revolução de
tudos de aprendizagem realizados pela 1917, tal perspectiva foi abraçada com en-
gestalt, a aprendizagem se confunde com tusiasmo. Entretanto, não tardou que se
solução se problema, que, por sinal, não descobrisse o seu caráter idealista. Dico-
decorre de aprendizagem, e, sim, de in- tomizando o homem no que é e no que
sight. Diante disso, torna-se fundamen- não é observável, e escolhendo ocupar-se
tal conhecer os princípios que o regem: do que é observável, o behaviorismo ex-
relação figura-fundo, fechamento (lei de põe-se à constatação de sua fragilidade,
pregnância), similaridade, proximidade, pelo menos por três razões:
direção, etc., que são, em síntese, os prin-
cípios universais da boa forma. • Por separar o que é inseparável, frag-
mentando a unidade indissolúvel do
A leitura, mesmo rápida, do que foi expos- sujeito e do objeto;
to, associada ao conhecimento que nós, • Porque, procedendo a tal cisão e ocu-
professores, temos das praticas pedagógi- pando-se apenas da ação do objeto,
cas dominantes, permite-nos ver que, em deixa o sujeito à mercê das especula-
geral, as referidas práticas se debatem en- ções metafísicas; e
tre as duas concepções de aprendizagem • Porque seu materialismo é uma forma
apresentadas, sendo, muitas vezes, difícil de mecanismo, um falso materialismo,
identificar se o ensino está fundado numa uma vez que ignora as condições his-
teoria ou noutra. A ração dissonos parece tóricas dos sujeitos psicológicos, tendo
óbvia: ambas as abordagens conduzem ao descartado a consciência, a subjetivi-
mesmo resultado e as práticas pedagógi- dade, ao invés de provar seu caráter de
cas equivalentes. Vejamos por quê. síntese das relações sociais.

O tratamento dado à aprendizagem pelas Não é necessário dizer mais nada para
duas correntes em foco é, antes de tudo, concluirmos que o behaviorismo acentua
reducionista. O behaviorismo, como toda o primado do objeto, mas ignora a objeti-
teoria positivista, reduz o sujeito ao obje- vidade, destruindo-se, portanto, pela sua
to. A gestalt, como uma teoria racionalis- própria prática.
ta, faz o contrario.

O behaviorismo, por ter condenado a in-


trospecção e se voltado para o observável,
345
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Essas considerações esclarecem, conse- tanto, para a sua vida concreta. O saber
qüentemente, o fracasso das ações peda- acumulado é tranqüilamente transmitido,
gógicas assentadas na concepção positi- respeitando os princípios da boa forma, e
vista de aprendizagem, as quais silenciam os alunos podem incorporá-los, pois a ex-
os alunos, isolam-nos e os submetem à periência apresentada sob boas formas é
autoridade do saber dos professores, dos isomorfa às estruturas mentais, ou seja:
conferencistas, dos textos, dos livros, das as estruturas mentais têm sempre, na ex-
instruções programadas, das normas dita- periência, o seu equivalente. Apesar dis-
toriais da instituição, e tudo isso para che- so, estruturas mentais e experiências per-
gar a um único resultado: ao falso conhe- sistem como dois pólos distintos.
cimento e à subordinação.
É claro que essa cisão entre subjetividade
Dissemos que a gestalt não levaria a práti- e objetividade nada mais é que o reflexo
cas e efeitos diversos. É possível que duas da divisão social do trabalho, da separa-
teorias com bases epistemológicas anta- ção entre o fazer e o pensar, da prática e
gônicas possam ser equivalentes? As evi- da teoria. E, nesses casos, assiste-se a uma
dências falam por nós. supervalorização da teoria, porque, sen-
do aquela que sabe, tem o direito de co-
A gestalt, ao preconizar as estruturas mandar a prática. A esta, como ignorante,
mentais como totalidades organizadas nada mais resta do que obedecer à teoria.
segundo princípios inerentes à razão hu- E dada a falsidade da relação de domina-
mana, toma partido pela “pré-formação”. ção entre teoria X prática, não poderíamos
Se as estruturas são, de fato, pré-forma- esperar que a escola, instituição legitima-
das e não fruto da ação do sujeito sobre o dora e produtora desse tipo de domina-
mundo objetivo e do mundo objetivo so- ção, pudesse ter encarado a transmissão
bre o sujeito, não há por que apelar para a do conhecimento de uma forma diversa
atividade desse sujeito. Fica patente que, daquelas que impedem a autonomia inte-
assim como o behaviorismo é um obje- lectual e a produção de um conhecimento
tivismo sem objetividade, a gestalt é um verdadeiro e, por isso, libertador.
subjetivismo sem subjetividade, o que dá
no mesmo.

Em virtude dessa auto-negação, as prá-


ticas pedagógicas que apostam numa
“intuição racional” de tipo gestaltista
apóiam-se, também, em técnicas que não
apelam para a atividade do sujeito, e, por-
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Após termos apresentado as concepções mento do conhecimento, Piaget inaugu-


de aprendizagem de teor mecanicista e ra a Epistemologia Genética, definindo-a
idealista, cumpre-nos averiguar se se en- como
contram, na Psicologia, formulações que
as superem. Nesse sentido, acreditamos [...] pesquisa essencialmente interdiscipli-
que o grupo de pesquisas que compõe nar que se propõe estudar a significação
aquilo a que chamamos psicologia gené- dos conhecimentos, das estruturas opera-
tica tenha muito a contribuir. Desse gru- tórias ou de noções, recorrendo, de uma
po, salientamos as que mais se voltaram parte, a sua historia e ao seu funciona-
para o problema da aprendizagem segun- mento atual em uma ciência determinada
do uma perspectiva que nos parece extre- (sendo os dados fornecidos por especia-
mamente promissora: as inauguradas por listas dessa ciência e sua epistemologia)
Piaget, Vygotsky e Wallon. e, de outra, ao seu aspecto lógico (recor-
rendo aos lógicos) e enfim à sua forma
Aqui nos deteremos mais na posição de psico-genética ou às suas relações com as
Piaget, por ser, entre nós, a mais divulga- estruturas mentais (esse aspecto dando
da (embora não bem conhecida) e, em ra- lugar às pesquisas de psicólogos de profis-
zão dessa mesma divulgação, a que mais são, interessados também na Epistemolo-
dominamos. gia). (PIAGET, 1977, p. 77).

Começamos por afirmar que a posição de Por essa definição, vê-se que a perspectiva
Piaget com relação à aprendizagem não epistemológica de Piaget é extremamen-
pode ser entendida senão no contexto de te complexa e original. Ao contrário dos
sua produção teórica mais geral. Fazem- epistemólogos de Piaget é extremamente
-se necessárias, então, algumas conside- complexa e original. Ao contrário dos epis-
rações sobre essa produção. temólogos neopositivistas, os mais fieis
ao sentido literal do termo epistemologia
Na qualidade de epistemólogo, Piaget de- (teoria da ciência), Piaget não se interes-
dicou toda a sua vida à investigação de sa apenas pelo conhecimento científico. A
um problema central: a formação e o de- razão disso situa-se no fato de que a expli-
senvolvimento do conhecimento. Afirmar cação das formas de conhecimento típicas
isso, entretanto, é muito pouco. É preciso da ciência só é possível, para Piaget, re-
explicitar melhor a significação dessa sua correndo-se à gênese dessas formas e ao
preocupação. estudo dos caminhos percorridos.

Inicialmente, merece realce o fato de que,


ao pesquisar a formação e o desenvolvi-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Isso significa, pois, tratar, também, das mentos nelas envolvidos.


formas de conhecimento que são hoje
consideradas como características do co- Para Piaget, elas são resultantes da rela-
nhecimento pré-científico, mas que, do ção sujeito X objeto, relação essa em que
ponto de vista cognitivo, não se podem os dois termos não se opõem, mas se so-
negligenciar, porque foram precursoras lidarizam, formando um todo único. As
dos progressos posteriores. ações do sujeito sobre o objeto e deste so-
bre aquele são recíprocas. O ponto de par-
A tese exposta conduz Piaget à pesquisa tida não é o sujeito, nem o objeto, e, sim,
sobre a psicologia gênese do conhecimen- a periferia de ambos; assim, o desenvol-
to, não só porque a psicogênese comple- vimento da inteligência vai-se operando
ta a sociogênese (o ponto de partida de da periferia para o centro, na direção dos
qualquer ciência foi fruto de um pensa- mecanismos centrais da ação do sujeito
mento já formado), como também por- (dando lugar ao conhecimento lógico-ma-
que ela pode constituir um mecanismo temático) e das propriedades intrínsecas
experimental capaz de caracterizar a Epis- do objeto (dando lugar ao conhecimento
temologia Genética como uma disciplina do mundo). Essa direção no sentido do su-
científica. jeito e do objeto não deve ser entendida
como uma polarização: o conhecimento
Os trabalhos iniciados por Piaget e os que lógico-matemático e o conhecimento do
incorporam as contribuições dos especia- mundo objetivo se relacionam mutual-
listas do Centro de Epistemologia Genéti- mente.
ca forneceram os elementos necessários
à sustentação do que ele qualifica como É fácil verificar, pois, que, para Piaget, o
idéia central de sua teoria: a de que “[...] sujeito constitui como o meio uma tota-
o conhecimento não procede nem da ex- lidade, sendo, portanto, passível de de-
periência única dos objetos nem de uma sequilíbrio, em função das perturbações
programação inata pré-formada no sujei- desse meio. Isso o obriga a um esforço de
to, mas de construções sucessivas com adaptação, de readaptação, a fim de que
elaborações constantes de estruturas no- o equilíbrio seja restabelecido.
vas”. (PIAGET, 1976, prefácio).
A adaptação, ou o restabelecimento do
Essa afirmação não deixa duvidas quanto equilíbrio, comporta dois processos dis-
à recusa de Piaget em relação ao behavio- tintos, porém indissociáveis, que são a as-
rismo e à gestalt, mas não esclarece, de similação e a acomodação.
uma vez por todas, como essas constru-
ções sucessivas têm lugar e quais os ele-
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A assimilação cognitiva consiste na incor- A Figura 1 que se segue ilustra o processo:


poração, pelo sujeito, de um elemento do
mundo exterior às suas estruturas de co-
nhecimento, aos seus esquemas sensório-
-motores ou conceituais. Na assimilação,
portanto, o sujeito age sobre os objetos
que o rodeiam, aplicando esquemas já
constituídos ou já solicitados anterior-
mente. A acomodação, termo comple-
mentar da relação sujeito/objeto, repre-
senta o momento da ação do objeto sobre
o sujeito. A solicitação do meio não é
atendida pelos esquemas de assimilação,
para que a adaptação possa efetivar-se,
impondo-lhe a modificação de seu ciclo
assimilador, para que a adaptação posso
efetivar-se.
Para que essa equilibração majorante te-
Chamamos a atenção para o fato de que nha lugar, Piaget acentua uma função pa-
a assimilação/acomodação, desde os ralela à adaptação: a função da organiza-
seus primórdios, apresenta-se como um ção. A adaptação não pode ser dissociada
ponto de partida relativo, como suporte da função de organização, pois, à medida
para uma equilibração majorante, isso é, que o indivíduo assimila/acomoda, a or-
para o restabelecimento do equilíbrio não ganização se faz presente, para integrar
apenas como uma volta ao equilíbrio an- uma nova estrutura a uma outra estrutura
terior, mas como formação de um novo pré-existente, que, mesmo total, passa a
equilíbrio, ou, mais precisamente, de um funcionar como subestrutura. Constata-se
melhor equilíbrio. Esse equilíbrio de nível então, que a função de organização garan-
superior funciona, então, como um novo te a totalidade, através da solidariedade
ponto de partida, e assim sucessivamente. dos mecanismos de diferenciação e de in-
tegração, preservando a continuidade e a
transformação.
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As considerações feitas tornam patente o Essa citação expressa exatamente a tese


relativismo dialético no qual se assenta a de Piaget acerca da sociogênese e da psi-
Epistemologia Genética. Lefebvre escla- cogênese.
rece o sentido do relativismo dialético,
quando diz: “O relativismo dialético admi- No que se refere à psicogênese, Piaget a
te a relatividade de nossos conhecimen- considera um processo dialético, colocan-
tos, não no sentido de uma negação da do a atividade como ponto de partida da
verdade objetiva, mas no sentido de uma vida psíquica, e concebendo o desenvolvi-
perpétua superação dos limites de nosso mento cognitivo como resultante de estru-
conhecimento.” (LEVEBVRE, 1979, p. 98). turações e reestruturação progressivas da
ação. Localizando, portanto, a gênese das
É esse o significado do relativismo dialé- operações do pensamento na inteligência
tico que permeia as elaborações de Pia- sensório-motora, Piaget pesquisa o cur-
get, tanto no que se refere à sociogênese, so do desenvolvimento psicoge-genético,
quanto no que diz respeito à psicogêne- passando pelas atividades que preparam
se. Apesar disso, entre o desenvolvimen- e organizam a inteligência operatória con-
to psicogenético e o sociogenético existe creta e, por fim, a inteligência operatória
uma diferença fundamental: aquele é li- formal, que marca os limites do desenvol-
mitado, enquanto este aparece como uma vimento individual.
possibilidade real de superação dos limi-
tes individuais. Vale mais uma vez invocar Piaget faz questão de afirmar que tais li-
Lefebvre, por expressar essa diferença de mites constituem uma realidade do pre-
maneira lapidar, ao afirmar: sente e não um fechamento definitivo e
que mesmo esses limites atuais só o são
O pensamento humano pretende, legiti- do ponto de vista psicogenético, pois a
mamente, deter a possibilidade, o poder perspectiva sociogenética abre possibili-
de atingir a verdade absoluta. O pensa- dades de geração para geração.
mento humano pretende possuir a sobe-
rania sobre o mundo e o direito absoluto A essa altura, vale lembrar que a teoria
sobre a verdade ‘infinita’. O pensamento de Piaget tem tido as mais diversas inter-
dos indivíduos não pode ter tais preten- pretações: a de uma forma de empirismo,
sões; é sempre finito, limitado, relativo. de kantismo evolutivo, de hegelianismo,
Mas essa contradição é resolvida pela su- havendo, até, quem afirme sua tendência
cessão das gerações humanas e pela co- marxista.
operação dos indivíduos nessa obra cole-
tiva que é a ciência. (LEVEBVRE, 1979, p.
100).
350
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Somos de opinião que a Epistemologia preocupa com a formação dos instrumen-


Genética, como uma produção coletiva tos do pensamento que propiciam o co-
e vastíssima, é, parcialmente, tudo isso. nhecimento, e acaba por afluir na Lógica
Mas lembramos, com Agnes Heller, que Formal, negligenciando a Lógica Dialética.
“[...] não há nada mais belo e sábio do que
poder escolher, numa teoria, o que é mais No que tange a uma concepção de apren-
necessário”. (HELLER, 1982, p. 22). dizagem, é claro que Piaget discorda das
concepções anteriormente discutidas,
É na perspectiva de escolher o que é ne- tendo sido essas discordâncias exausti-
cessário na a teoria de Piaget que nos co- vamente expressas em toda sua obra.
locamos, sem impedimentos radicais, já Ele nega que sua teoria seja uma teoria
que suas elaborações muito contribuem de aprendizagem, classificando-a como
para resgatar a condição libertadora do uma teoria do desenvolvimento. Admite,
conhecimento. Tememos, por outro lado, porém, que ela possa ser vista também
que, na falta de teorias mais completas, como uma teoria da aprendizagem, des-
seja colocada na teoria de Piaget uma ex- de que tenha o seu conceito ampliado,
pectativa que ela não estará à altura de de maneira a incorporar os processos de
concretizar. Por isso, achamos que é o mo- equilibração, que não internos, mas não
mento de explicitar alguns pontos mais hereditários.
problemáticos.
Quanto às aprendizagens conceituais ti-
Apesar de a referida teoria acentuar a picamente escolares, Piaget as subordina
unidade do sujeito com o mundo, ela não às estruturas já formadas, sugerindo que
se preocupou em qualificar esse mundo aquelas devam apoiar-se nestas, porque
como o meio social concreto, sendo seus só assim podem contribuir para sua con-
resultados isentos do compromisso com a solidação e ampliação.
luta de classes. Piaget esteve mesmo in-
teressado em fornecer um quadro de re- Por força de tais limitações, e principal-
ferência para a compreensão do sujeito mente pelo fato de Piaget não ter tido
epistêmico, entendido como possibilidade uma preocupação incisiva com a totalida-
humana de conhecer, uma possibilidade de psicológica (já que sua meta era a com-
que é, assim, humano-genérica. Por outro preensão do sujeito epistêmico), julgamos
lado, essa perspectiva não anula a outra, necessário que se compete a sua aborda-
mas, ao contrário, dela necessita, mesmo gem com outras que lhe sejam compatí-
para fins de enriquecimento dessa com- veis. É aí que apontamos para as linhas de
preensão. investigação iniciadas por Wallon e Vygot-
Em função desse seu interesse, Piaget se sky.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Os estudos de Wallon, apesar de pouco Wallon, o tecido comum e original de onde


divulgados nos últimos tempos, condu- procedem as realizações da vida psíquica.
zem ao reconhecimento de uma enorme
contribuição à Psicologia. Voltados para a Essa primeira fase das trocas do indiví-
evolução psicológica da criança, o seu le- duo com os outros, e com o mundo em
gado ultrapassou os limites desse momen- geral, corresponde a um tipo de inteligên-
to da vida, ao fornecer elementos para a cia discursiva, cuja manifestação inicial é
compreensão da dinâmica do processo de a representação. A imitação é o elemento
conhecimento. Wallon vai à gênese desse responsável pela superação d um tipo de
processo, teorizando sobre a passagem inteligência pelo outro.
do orgânico ao psíquico e apontando ca-
minhos para a análise dialética de teorias Ao tratar das origens do pensamento,
reducionistas que privilegiam ora o orgâ- entendido como inteligência discursiva,
nico, ora o social, no curso do desenvolvi- Wallon se volta para uma descrição psico-
mento humano. lógia de crianças de 5 a 7 anos, pois todas
as etapas anteriores tinham sido já estu-
A passagem do orgânico ao psíquico, que dadas exaustivamente, nas obras prece-
equivale à síntese entre o individual e o dentes. E ele privilegia, nessa descrição,
social, é, para o Wallon, um dos proble- os obstáculos com os quais as crianças de-
mas cruciais da Psicologia. Ela tenta ex- param para explicitar seu pensamento, e
plicá-la por meio de quatro elementos as contradições entre o instituído e suas
estreitamente interligados: a emoção, a experiências, entre o formalismo da lin-
motricidade, a imitação e o socius. guagem e a fluidez dos dados empíricos,
em si mesmos contraditórios, em última
A emoção permite à criança nascer para a análise, entre o real e a sua representação.
vida psíquica, por ter como função inicial
a comunhão como outro, a união entre os Em toda a extensão da obra de Wallon,
indivíduos, em virtude das suas reações encontra-se a preocupação de concentrar
orgânicas, da sua fragilidade. No principio, suas análises em processos, por conside-
ela é indistinta, mas engendrará as opo- rar que é o confronto do indivíduo com a
sições e os desdobramentos que gradual- sociedade que à construção da inteligên-
mente vão dando origem às estruturas da cia. A afirmação a seguir é basilar para
consciência. confirmar isso:

A primeira expressão da emoção é o mo-


vimento, que é, ao mesmo tempo, o seu
substrato. A motricidade é, então, para
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Jamais pude dissociar o biológico do social, de maneira objetiva e concreta. A hipóte-


não porque os creia redutíveis um ao ou- se que norteia suas sucessivas pesquisas é
tro, mas porque me parecem, no homem, expressa nos seguintes termos:
tão estreitamente complementares desde
o nascimento que é impossível encarar a Os processos psíquicos mudam no ho-
vida psíquica de outro modo que não seja mem do mesmo modo como mudam os
sob a forma de suas relações recíprocas. processos de sua atividade prática. Vale
(WALLON, 1951 apud ZAZZO, 1978, p. 51). dizer que também aqueles são mediatiza-
dos. É exatamente pelo uso dos meios, é
Apenas essa afirmação nos basta para pela relação mediata com as condições de
constatarmos que, apesar de sua teoria se existência que a atividade psíquica do ho-
centrar no desenvolvimento, não exclui a mem se distingue radicalmente da ativi-
aprendizagem, cujo sentido positivista é dade psíquica animal. (LEONTIJEV; LURIA,
superado pela indissociação do biológico 1973)
e do social.
Utilizando-se do método histórico-crítico,
Com respeito a Vygotsky (1984), merece Vygotsky empreende um estudo original e
realce, inicialmente, o fato de ele ter uma profundo do desenvolvimento intelectual
posição que representou um avanço para da criança, cujos resultados demonstra-
a psicologia soviética. Sabe-se que, após ram ser o desenvolvimento das funções
a Revolução de 1917, as formulações de psicointelectuais superiores um proces-
Pavlov imperaram na Rússia, por sua ca- so absolutamente único. A esse respeito,
racterística antiidealista. Em contraparti- conclui Vygotsky:
da, abandona-se o estudo da consciência,
implicando isto, segundo Vygotsky, uma Todas as funções psicointelectuais supe-
limitação da Psicologia a problemas pou- riores se apóiam de dois modos no cur-
cos complexos, além de fazer perdurar o so do desenvolvimento da criança: por
caráter dualista e espiritualista do subjeti- um lado, nas atividades coletivas, como
vismo anterior. Visando, então, a uma co- atividades sociais, isto é, como funções
erente psicologia materialista, Vygotsky e interpsíquicas; por outro lado, nas ativi-
seus colaboradores se empenham em re- dades individuais, como propriedades do
cuperar o estudo da consciência, inserindo pensamento da criança, isto é, como fun-
as contribuições de Pavlov numa perspec- ções intrapsíquicas. (VYGOTSKY, 1973, p.
tiva mais ampla de investigação. Instau- 160).
ram-se, a partir daí, a reação ao compor-
tamentismo vulgar e a luta pela instituição
de um método que tratasse a consciência
353
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Do ponto de vista do conceito de apren- po, a objetividade do mundo e a sub-


dizagem, a importância dos estudos de jetividade, (SCHAFF, 1975) considerada
Vygotsky é inquestionável, destacando-se como um momento individual de inter-
o seu trabalho sobre “[...] o problema da nalização da objetividade; A realidade
aprendizagem do desenvolvimento inte- concreta da vida dos indivíduos, como
lectual na idade escolar”. Aqui, Vigotsky fundamento para toda e qualquer in-
critica as teorias que separam a apren- vestigação. Nesses termos, chega-se à
dizagem do desenvolvimento, e conclui, conclusão de que as práticas pedagó-
afirmando: gicas que respeitem a concepção de
aprendizagem em foco devem apoiar-
[...] Não há necessidade de sublinhar que -se em duas verdades fundamentais:
a característica essencial da aprendizagem
é que dá lugar à área do desenvolvimen- 1. -A de que todo conhecimento provém
to potencial, isto é, faz nascer, estimula da prática social e a ela retorna;
e ativa, na criança, processos internos de 2. -A de que o conhecimento é um em-
desenvolvimento no quadro das interre- preendimento coletivo, nenhum co-
lações com outros que, em seguida, são nhecimento é produzido na solidão do
absorvidas, no curso do desenvolvimento sujeito, mesmo porque essa solidão é
interno, tornando-se aquisições próprias impossível.
da criança... A Aprendizagem, por isso, é
um momento necessário e universal para Autor: Profa. Agnela da Silva Giusta
o desenvolvimento, na criança, daquelas
características humanas não naturais, mas
formadas historicamente. (VYGOTSKY,
1973, p. 161)

• A concepção de aprendizagem que re-


sulta do confronto e da colaboração
entre essas três últimas abordagens, e
das correções a que se pode submetê-
-las conduz, inevitavelmente, à supera-
ção da dicotomia transmissão X produ-
ção do saber, porque essa concepção
permite resgatar:
• A unidade do conhecimento, através
de uma visão da relação sujeito/obje-
to, em que se afirma, ao mesmo tem-
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8.5. Inatismo, comportamenta- o objeto de conhecimento. As formas de


conhecer são construídas nas trocas com
lismo, behaviorismo, interacio- os objetos, tendo uma melhor organiza-
nismo, cognitivismo, sociointe- ção em momentos sucessivos de adapta-
racionismo. As bases empíricas, ção ao objeto. A adaptação ocorre através
metodológicas e epistemoló- da organização, sendo que o organismo
discrimina entre estímulos e sensações,
gicas das diversas teorias de selecionando aqueles que irá organizar
aprendizagem. As contribuições em alguma forma de estrutura. A adapta-
de Piaget, Vygotsky e Wallon ção possui dois mecanismos opostos, mas
complementares, que garantem o proces-
para a psicologia e pedagogia so de desenvolvimento: a assimilação e a
acomodação. Segundo Piaget, o conhe-
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN
cimento é a equilibração/reequilibração
PIAGET
entre assimilação e acomodação, ou seja,
entre os indivíduos e os objetos do mun-
Formado em Biologia, Piaget especia-
do.
lizou-se nos estudos do conhecimento
humano, concluindo que, assim como os
A assimilação é a incorporação dos dados
organismos vivos podem adaptar-se gene-
da realidade nos esquemas disponíveis no
ticamente a um novo meio, existe tam-
sujeito, é o processo pelo qual as idéias,
bém uma relação evolutiva entre o sujeito
pessoas, costumes são incorporadas à
e o seu meio, ou seja, a criança reconstrói
atividade do sujeito. A criança aprende a
suas ações e idéias quando se relaciona
língua e assimila tudo o que ouve, trans-
com novas experiências ambientais. Para
formando isso em conhecimento seu. A
ele, a criança constrói sua realidade como
acomodação é a modificação dos esque-
um ser humano singular, situação em que
mas para assimilar os elementos novos,
o cognitivo está em supremacia em rela-
ou seja, a criança que ouve e começa a
ção ao social e o afetivo.
balbuciar em resposta à conversa ao seu
redor gradualmente acomoda os sons que
Na perspectiva construtivista de Piaget,
emite àqueles que ouve, passando a falar
o começo do conhecimento é a ação do
de forma compreensível.
sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhe-
cimento humano se constrói na interação
homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer
consiste em operar sobre o real e trans-
formá-lo a fim de compreendê-lo, é algo
que se dá a partir da ação do sujeito sobre
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Segundo FARIA (1998), os esquemas são as propriedades que são abstraídas deles
uma necessidade interna do indivíduo. próprios, é o produto das ações do sujeito
Os esquemas afetivos levam à constru- sobre o objeto; e experiência lógico-mate-
ção do caráter, são modos de sentir que mática – o sujeito age sobre os objetos de
se adquire juntamente às ações exercidas modo a descobrir propriedades e relações
pelo sujeito sobre pessoas ou objetos. Os que são abstraídas de suas próprias ações,
esquemas cognitivos conduzem à forma- ou seja, resulta da coordenação das ações
ção da inteligência, tendo a necessidade que o sujeito exerce sobre os objetos e da
de serem repetidos (a criança pega várias tomada de consciência dessa coordena-
vezes o mesmo objeto). Outra proprieda- ção. Essas duas experiências estão inter-
de do esquema é a ampliação do campo -relacionadas, uma é condição para o sur-
de aplicação, também chamada de assimi- gimento da outra.
lação generalizadora (a criança não pega
apenas um objeto, pega outros que estão Para que ocorra uma adaptação ao seu
por perto). Através da discriminação pro- ambiente, o indivíduo deverá equilibrar
gressiva dos objetos, da capacidade cha- uma descoberta, uma ação com outras
mada de assimilação recognitiva ou reco- ações. A base do processo de equilibra-
nhecedora, a criança identifica os objetos ção está na assimilação e na acomodação,
que pode ou não pegar, que podem ou isto é, promove a reversibilidade do pen-
não dar algum prazer à ela. samento, é um processo ativo de auto-re-
gulação. Piaget afirma que, para a criança
FARIA (op.cit.) salienta que os fatores res- adquirir pensamento e linguagem, deve
ponsáveis pelo desenvolvimento, segundo passar por várias fases de desenvolvimen-
Piaget, são: maturação; experiência física to psicológico, partindo do individual para
e lógico-matemática; transmissão ou ex- o social. Segundo ele, o falante passa por
periência social; equilibração; motivação; pensamento autístico, fala egocêntrica
interesses e valores; valores e sentimen- para atingir o pensamento lógico, sendo
tos. A aprendizagem é sempre provoca- o egocentrismo o elo de ligação das ope-
da por situações externas ao sujeito, su- rações lógicas da criança. No processo
pondo a atuação do sujeito sobre o meio, de egocentrismo, a criança vê o mundo a
mediante experiências. A aprendizagem partir da perspectiva pessoal, assimilando
será a aquisição que ocorre em função da tudo para si e ao seu próprio ponto de vis-
experiência e que terá caráter imediato. ta, estando o pensamento e a linguagem
Ela poderá ser: experiência física - com- centrados na criança.
porta ações diferentes em função dos ob-
jetos e consiste no desenvolvimento de
ações sobre esses objetos para descobrir
356
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Para Piaget, o desenvolvimento mental Antes do surgimento da linguagem fala-


dá-se espontaneamente a partir de suas da, as crianças comunicam-se e consti-
potencialidades e da sua interação com tuem-se como sujeitos com significado,
o meio. O processo de desenvolvimento através da ação e interpretação do meio
mental é lento, ocorrendo por meio de entre humanos, construindo suas próprias
graduações sucessivas através de estágios: emoções, que é seu primeiro sistema de
período da inteligência sensório-motora; comunicação expressiva. Estes processos
período da inteligência pré-operatória; comunicativos-expressivos acontecem em
período da inteligência operatória-con- trocas sociais como a imitação. Imitando,
creta; e período da inteligência operató- a criança desdobra, lentamente, a nova
rio-formal. capacidade que está a construir (pela par-
ticipação do outro ela se diferenciará dos
3. TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE outros) formando sua subjetividade. Pela
HENRY WALLON imitação, a criança expressa seus desejos
de participar e se diferenciar dos outros
constituindo-se em sujeito próprio.
A criança, para Wallon, é essencialmente
emocional e gradualmente vai constituin- Wallon propõe estágios de desenvolvi-
do-se em um ser sócio-cognitivo. O autor mento, assim como Piaget, porém, ele não
estudou a criança contextualizada, como é adepto da idéia de que a criança cresce
uma realidade viva e total no conjunto de de maneira linear. O desenvolvimento hu-
seus comportamentos, suas condições de mano tem momentos de crise, isto é, uma
existência. criança ou um adulto não são capazes de
se desenvolver sem conflitos. A criança se
Segundo GALVÃO (2000), Wallon argu- desenvolve com seus conflitos internos e,
menta que as trocas relacionais da crian- para ele, cada estágio estabelece uma for-
ça com os outros são fundamentais para ma específica de interação com o outro, é
o desenvolvimento da pessoa. As crianças um desenvolvimento conflituoso.
nascem imersas em um mundo cultural e
simbólico, no qual ficarão envolvidas em No início do desenvolvimento existe uma
um “sincretismo subjetivo”, por pelo me- preponderância do biológico e após o
nos três anos. Durante esse período, de social adquire maior força. Assim como
completa indiferenciação entre a criança Vygotsky, Wallon acredita que o social é
e o ambiente humano, sua compreensão imprescindível. A cultura e a linguagem
das coisas dependerá dos outros, que da- fornecem ao pensamento os elementos
rão às suas ações e movimentos formato para evoluir, sofisticar.
e expressão.
357
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A parte cognitiva social é muito flexível, tro, ela vai “desprender-se” do outro, po-
não existindo linearidade no desenvol- dendo voltar-se para a imitação de cenas
vimento, sendo este descontínuo e, por e acontecimentos, tornando-se habilitada
isso, sofre crises, rupturas, conflitos, re- à representação da realidade. Este salto
trocessos, como um movimento que ten- qualitativo da passagem do ato imitativo
de ao crescimento. concreto e a representação é chamado de
simulacro. No simulacro, que é a imitação
De acordo com GALVÃO (op.cit.), no pri- em ato, forma-se uma ponte entre formas
meiro ano de vida, a criança interage com concretas de significar e representar e ní-
o meio regida pela afetividade, isto é, o veis semióticos de representação. Essa é
estágio impulsivo-emocional, definido a forma pela qual a criança se desloca da
pela simbiose afetiva da criança em seu inteligência prática ou das situações para
meio social. A criança começa a negociar, a inteligência verbal ou representativa.
com seu mundo sócio-afetivo, os signifi-
cados próprios, via expressões tônicas. As Dos 3 aos 6 anos, no estágio personalísti-
emoções intermediam sua relação com o co, aparece a imitação inteligente, a qual
mundo. constrói os significados diferenciados que
a criança dá para a própria ação. Nessa
Do estágio sensório-motor ao projetivo (1 fase, a criança está voltada novamente
a 3 anos), predominam as atividades de para si própria. Para isso, a criança colo-
investigação, exploração e conhecimento ca-se em oposição ao outro num mecanis-
do mundo social e físico. No estágio sen- mo de diferenciar-se. A criança, mediada
sório-motor, permanece a subordinação pela fala e pelo domínio do “meu/minha”,
a um sincretismo subjetivo (a lógica da faz com que as idéias atinjam o sentimen-
criança ainda não está presente). Neste to de propriedade das coisas. A tarefa
estágio predominam as relações cogniti- central é o processo de formação da per-
vas da criança com o meio. Wallon identi- sonalidade. Aos 6 anos a criança passa ao
fica o sincretismo como sendo a principal estágio categorial trazendo avanços na in-
característica do pensamento infantil. Os teligência. No estágio da adolescência, a
fenômenos típicos do pensamento sincré- criança volta-se a questões pessoais, mo-
tico são: fabulação, contradição, tautolo- rais, predominando a afetividade. Ainda
gia e elisão. conforme GALVÃO, é nesse estágio que se
intensifica a realização das diferenciações
Na gênese da representação, que emerge necessárias à redução do sincretismo do
da imitação motora-gestual ou motrici- pensamento.
dade emocional, as ações da criança não
mais precisarão ter origem na ação do ou-
358
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Esta redução do sincretismo e o estabele- mentos que auxiliam a atividade humana.


cimento da função categorial dependem Estes elementos de mediação são os sig-
do meio cultural no qual está inserida a nos e os instrumentos. O trabalho huma-
criança. no, que une a natureza ao homem e cria,
então, a cultura e a história do homem,
4. TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE desenvolve a atividade coletiva, as rela-
LEV S. VYGOTSKY ções sociais e a utilização de instrumen-
tos. Os instrumentos são utilizados pelo
Para Vygotsky, a criança nasce inserida trabalhador, ampliando as possibilidades
num meio social, que é a família, e é nela de transformar a natureza, sendo assim,
que estabelece as primeiras relações com um objeto social.
a linguagem na interação com os outros.
Nas interações cotidianas, a mediação Os signos também auxiliam nas ações con-
(necessária intervenção de outro entre cretas e nos processos psicológicos, assim
duas coisas para que uma relação se es- como os instrumentos. A capacidade hu-
tabeleça) com o adulto acontece espon- mana para a linguagem faz com que as
taneamente no processo de utilização crianças providenciem instrumentos que
da linguagem, no contexto das situações auxiliem na solução de tarefas difíceis,
imediatas. planejem uma solução para um problema
e controlem seu comportamento. Signos e
Essa teoria apóia-se na concepção de um palavras são para as crianças um meio de
sujeito interativo que elabora seus conhe- contato social com outras pessoas. Para
cimentos sobre os objetos, em um proces- Vygotsky, signos são meios que auxiliam/
so mediado pelo outro. O conhecimento facilitam uma função psicológica superior
tem gênese nas relações sociais, sendo (atenção voluntária, memória lógica, for-
produzido na intersubjetividade e marca- mação de conceitos, etc.), sendo capazes
do por condições culturais, sociais e histó- de transformar o funcionamento mental.
ricas. Desta maneira, as formas de mediação
permitem ao sujeito realizar operações
Segundo Vygotsky, o homem se produz cada vez mais complexas sobre os objetos.
na e pela linguagem, isto é, é na interação
com outros sujeitos que formas de pensar
são construídas por meio da apropriação
do saber da comunidade em que está in-
serido o sujeito. A relação entre homem e
mundo é uma relação mediada, na qual,
entre o homem e o mundo existem ele-
359
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Segundo Vygotsky, ocorrem duas mudan- instrumentos para alcançar determinados


ças qualitativas no uso dos signos: o pro- objetivos. Vygotsky chama isto de fase
cesso de internalização e a utilização de pré-verbal do desenvolvimento do pensa-
sistemas simbólicos. A internalização é mento e uma fase pré-intelectual no de-
relacionada ao recurso da repetição onde senvolvimento da linguagem.
a criança apropria-se da fala do outro,
tornando-a sua. Os sistemas simbólicos Por volta dos 2 anos de idade, a fala da
organizam os signos em estruturas, estas criança torna-se intelectual, generalizan-
são complexas e articuladas. Essas duas te, com função simbólica, e o pensamento
mudanças são essenciais e evidenciam o torna-se verbal, sempre mediado por sig-
quanto são importantes as relações so- nificados fornecidos pela linguagem. Esse
ciais entre os sujeitos na construção de impulso é dado pela inserção da criança
processos psicológicos e no desenvolvi- no meio cultural, ou seja, na interação
mento dos processos mentais superiores. com adultos mais capazes da cultura que
Os signos internalizados são compartilha- já dispõe da linguagem estruturada. Vy-
dos pelo grupo social, permitindo o apri- gotsky destaca a importância da cultura;
moramento da interação social e a co- para ele, o grupo cultural fornece ao indi-
municação entre os sujeitos. As funções víduo um ambiente estruturado onde os
psicológicas superiores aparecem, no de- elementos são carregados de significado
senvolvimento da criança, duas vezes: pri- cultural.
meiro, no nível social (entre pessoas, no
nível interpsicológico) e, depois, no nível Os significados das palavras fornecem a
individual (no interior da criança, no nível mediação simbólica entre o indivíduo e
intrapsicológico). Sendo assim, o desen- o mundo, ou seja, como diz VYGOTSKY
volvimento caminha do nível social para o (1987), é no significado da palavra que a
individual. fala e o pensamento se unem em pensa-
mento verbal. Para ele, o pensamento e a
Como visto, exige-se a utilização de instru- linguagem iniciam-se pela fala social, pas-
mentos para transformar a natureza e, da sando pela fala egocêntrica, atingindo a
mesma forma, exige-se o planejamento, a fala interior que é pensamento reflexivo.
ação coletiva, a comunicação social. Pen-
samento e linguagem associam-se devido
à necessidade de intercâmbio durante a
realização do trabalho. Porém, antes des-
sa associação, a criança tem a capacidade
de resolver problemas práticos (inteligên-
cia prática), de fazer uso de determinados
360
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A fala egocêntrica emerge quando a crian- vice-versa. Esse processo passa por trans-
ça transfere formas sociais e cooperativas formações que, em si mesmas, podem
de comportamento para a esfera das fun- ser consideradas um desenvolvimento no
ções psíquicas interiores e pessoais. No sentido funcional. VYGOTSKY (op.cit.) diz
início do desenvolvimento, a fala do outro que o pensamento nasce através das pa-
dirige a ação e a atenção da criança. Esta lavras. É apenas pela relação da criança
vai usando a fala de forma a afetar a ação com a fala do outro em situações de inter-
do outro. Durante esse processo, ao mes- locução, que a criança se apropria das pa-
mo tempo que a criança passa a enten- lavras, que, no início, são sempre palavras
der a fala do outro e a usar essa fala para do outro. Por isso, é fundamental que as
regulação do outro, ela começa a falar práticas pedagógicas trabalhem no senti-
para si mesma. A fala para si mesma as- do de esclarecer a importância da fala no
sume a função auto-reguladora e, assim, processo de interação com o outro.
a criança torna-se capaz de atuar sobre
suas próprias ações por meio da fala. Para Segundo VYGOTSKY (1989), a aprendi-
Vygotsky, o surgimento da fala egocêntri- zagem tem um papel fundamental para
ca indica a trajetória da criança: o pensa- o desenvolvimento do saber, do conhe-
mento vai dos processos socializados para cimento. Todo e qualquer processo de
os processos internos. aprendizagem é ensino-aprendizagem, in-
cluindo aquele que aprende, aquele que
A fala interior, ou discurso interior, é a for- ensina e a relação entre eles. Ele explica
ma de linguagem interna, que é dirigida ao esta conexão entre desenvolvimento e
sujeito e não a um interlocutor externo. aprendizagem através da zona de desen-
Esta fala interior, se desenvolve median- volvimento proximal (distância entre os
te um lento acúmulo de mudanças estru- níveis de desenvolvimento potencial e
turais, fazendo com que as estruturas de nível de desenvolvimento real), um “es-
fala que a criança já domina, tornem-se paço dinâmico” entre os problemas que
estruturas básicas de seu próprio pensa- uma criança pode resolver sozinha (nível
mento. A fala interior não tem a finalida- de desenvolvimento real) e os que deverá
de de comunicação com outros, portanto, resolver com a ajuda de outro sujeito mais
constitui-se como uma espécie de “dialeto capaz no momento, para em seguida, che-
pessoal”, sendo fragmentada, abreviada. gar a dominá-los por si mesma (nível de
desenvolvimento potencial).
A relação entre pensamento e palavra
acontece em forma de processo, consti-
tuindo-se em um movimento contínuo de
vaivém do pensamento para a palavra e
361
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

5. O INTERACIONISMO E A MEDIAÇÃO A zona de desenvolvimento proximal,


DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA PRODU- comentada anteriormente, possibilita a
ÇÃO DO CONHECIMENTO ESCOLAR interação entre sujeitos, permeada pela
linguagem humana e pela linguagem da
A integração de novas tecnologias nas es- máquina, força o desempenho intelectu-
colas precisa dar ênfase na importância al porque faz os sujeitos reconhecerem
do contexto sócio-histórico-cultural em e coordenarem os conflitos gerados por
que os alunos vivem e a aspectos afetivos uma situação problema, construindo um
que suas linguagens representam. O uso conhecimento novo a partir de seu nível
de computadores como um meio de inte- de competência que se desenvolve sob a
ração social, onde o conflito cognitivo, os influência de um determinado contexto
riscos e desafios e o apoio recíproco entre sócio-histórico-cultural. Wallon também
pares está presente, é um meio de desen- acredita que o processo de construção do
volver culturalmente a linguagem e propi- conhecimento passa por conflitos, mo-
ciar que a criança construa seu próprio co- mentos de crises e rupturas.
nhecimento. Segundo RICHTER (2000), as
crianças precisam correr riscos e desafios A colaboração em um ambiente compu-
para serem bem sucedidas em seu proces- tacional torna-se visível e constante, vin-
so de ensino-aprendizagem, produzindo e da do ambiente livre e aberto ao diálogo,
interpretando a linguagem que está além da troca de idéias, onde a fala tem papel
das certezas que já tem sobre a língua. fundamental na aplicação dos conteúdos.
A interação entre o parceiro sentado ao
Vygotsky valoriza o trabalho coletivo, co- lado, entre o computador, os conhecimen-
operativo, ao contrário de Piaget, que tos, os professores que seguem o percur-
considera a criança como construtora de so da construção do conhecimento, e até
seu conhecimento de forma individual. mesmo os outros colegas que, apesar de
O ambiente computacional proporciona estarem envolvidos com sua procura, pes-
mudanças qualitativas na zona de desen- quisa, navegação, prestam atenção ao que
volvimento proximal do aluno, os quais acontece em sua volta, gera uma grande
não acontecem com muita freqüência em equipe que busca a produção do conheci-
salas de aula “tradicionais”. A colaboração mento constantemente.
entre crianças pressupõe um trabalho de
parceria conjunta para produzir algo que
não poderiam produzir individualmente.
362
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Através disso tudo a criança ganhará mais O uso da Internet, ou seja, o hiperespa-
confiança para produzir algo, criar mais li- ço, é caracterizado como uma forma de
vremente, sem medo dos erros que possa comunicação que propicia a formação de
cometer, aumentando sua auto-confian- um contexto coletivizado, resultado da in-
ça, sua auto-estima, na aceitação de críti- teração entre participantes. Conectar-se
cas, discussões de um trabalho feito pelos é sinônimo de interagir e compartilhar no
seus próprios pares. coletivo. A navegação em sites transfor-
ma-se num jogo discursivo em que signifi-
As novas tecnologias não substituem o cados, comportamentos e conhecimentos
professor, mas modificam algumas de são criticados, negociados e redefinidos.
suas funções. O professor transforma-se Este jogo comunicativo tende a reverter o
agora no estimulador da curiosidade do “monopólio” da fala do professor em sala
aluno por querer conhecer, por pesquisar, de aula.
por buscar as informações. Ele coordena o
processo de apresentação dos resultados Autor: Cíntia Maria Basso
pelos alunos, questionando os dados apre-
sentados, contextualizando os resultados, CONCEPÇÃO: INATISTA, AMBIENTALISTA
adaptando-os para a realidade dos alu- e INTERACIONISTA
nos. O professor pode estar mais próximo
dos alunos, receber mensagens via e-mail Cada uma das teorias do desenvolvimen-
com dúvidas, passar informações comple- to abaixo, apoiam-se em diferentes con-
mentares para os alunos, adaptar a aula cepções de homem e do modo como ele
para o ritmo de cada um. Assim sendo, o aprende. Essas teorias dependem, tam-
processo de ensino-aprendizagem ganha bém, da visão de mundo existente em de-
um dinamismo, inovação e poder de co- terminada situação.
municação até agora pouco utilizados.

As crianças também podem utilizar o


E-mail para trocar informações, dúvidas
com seus colegas e professores, tornando
o aprendizado mais cooperativo. O uso do
correio eletrônico proporciona uma rica
estratégia para aumentar as habilidades
de comunicação, fornecendo ao aluno
oportunidades de acesso a culturas diver-
sas, aperfeiçoando o aprendizado em vá-
rias àreas do conhecimento.
363
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Teoria Inatista mana tais como: o raciocínio, o desejo, a


imaginação, os sentimentos e a fantasia,
A teoria Inatista do Desenvolvimento é entre outros. Defende a necessidade de
inspirada nas premissas do idealismo fi- medir, comparar, testar, experimentar e
losófico. O idealismo filosófico parte do controlar o comportamento.
princípio que a consciência é que deter-
mina a vida. A consciência é considerada a Teoria Interacionista
base e não o produto da atividade huma-
na, nada existe fora do homem. O mundo As teorias interacionistas do desenvolvi-
real é um mero fenômeno da consciência. mento apoiam-se na idéia de interação
É uma teoria baseada na crença de que entre o organismo e o meio. A aquisição
as características e capacidades básicas do conhecimento é entendida como um
de cada ser humano (personalidade, va- processo de construção contínua do ser
lores, comportamento, formas de pensar humano em sua relação com o meio. Or-
etc) são inatas. Ou seja, já estariam pra- ganismo e meio exercem ação recíproca.
ticamente prontas no momento do nasci- Novas construções dependem das rela-
mento ou potencialmente definidas e na ções que estabelecem com o ambiente
dependência do amadurecimento para se numa dada situação.
manifestar. O ser humano já nasce pronto.
O destino individual de cada ser humano Nessa teoria, a criança é concebida como
já estaria determinado antes do nasci- um ser dinâmico, que a todo momento
mento. interage com a realidade, operando ativa-
mente com objetos e pessoas. Essa intera-
Teoria Ambientalista ção com o ambiente faz com que construa
estruturas mentais e adquira maneiras de
Esta teoria busca sua inspiração na filoso- fazê-las funcionar. O eixo central, portan-
fia empirista onde a experiência é a fonte to, é a interação organismo-meio e essa
de conhecimento. A teoria ambientalista, interação acontece através de dois pro-
também chamada behaviorista ou com- cessos simultâneos: a organização interna
portamentalista, atribui exclusivamente e a adaptação ao meio, funções exercidas
ao ambiente a constituição das caracterís- pelo organismo ao longo da vida.
ticas humanas, privilegiando a experiência
como fonte de conhecimento e de forma-
ção de hábitos de comportamento; preo-
cupa-se em explicar os comportamentos
observáveis do educando, desprezando a
análise de outros aspectos da conduta hu-
364
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Teoria das inteligências desenvolve um tipo diferente.


múltiplas de Gardner A pesquisa de Howard Gardner identifi-
cou e definiu oito tipos diferentes de in-
A teoria das inteligências múltiplas foi es-
teligência. Vamos ver com mais detalhes
tudada pelo psicólogo Howard Gardner
cada uma das inteligências propostas pela
como um contrapeso para o paradigma da
Teoria das Inteligências Múltiplas de Gard-
inteligência única. Ele propôs que a vida
ner.
humana requer o desenvolvimento de vá-
rios tipos de inteligências. Portanto, Gard-
Inteligência linguística
ner não entra em conflito com a definição
científica de inteligência como sendo “a
A capacidade de dominar a linguagem e
capacidade de resolver problemas ou fa-
se comunicar com outros é importante
zer coisas importantes”.
em todas as culturas. Desde pequeno o
ser humano aprende a usar a língua na-
tiva para ser capaz de se comunicar de
forma eficaz. A inteligência linguística não
só se refere à capacidade de comunicação
oral, mas a outras formas de comunicação
como a escrita, gestual, etc. Quem domi-
na melhor essa capacidade de comunica-
ção possui uma inteligência linguística su-
perior. Algumas profissões enfatizam esse
tipo de inteligência como, por exemplo, os
políticos, escritores, poetas, jornalistas…

Howard Gardner e seus colegas da pres-


tigiada Universidade de Harvard adverti-
ram que a inteligência acadêmica (obtida
através de qualificações e méritos educa-
cionais) não pode ser o fator decisivo para
determinar a inteligência de uma pessoa.
Gardner e seus colegas poderiam dizer
que Stephen Hawking não tem mais inte-
ligência do que Leo Messi, mas cada um
365
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Inteligência lógico-matemática profissões que exigem criatividade…

Durante décadas a inteligência lógico-ma- Inteligência Musical


temática foi considerada um tipo de inte-
ligência bruta. Ela assumiu o eixo principal A música é uma arte universal. Todas as
do conceito de inteligência, e foi usada culturas têm alguma forma de música,
como um ponto de referência para de- mais ou menos elaborada, levando Gard-
tectar o quão inteligente era uma pessoa. ner e seus colegas a entenderem que há
Como o próprio nome indica, este tipo de uma inteligência musical latente em to-
inteligência está ligada à capacidade de dos. Algumas áreas do cérebro executam
raciocínio lógico e resolução de proble- funções relacionadas ao desempenho e
mas matemáticos. à composição da música. Como qualquer
outro tipo de inteligência, você pode trei-
A velocidade para resolver estes proble- nar e melhorar. Os mais favorecidos neste
mas é o indicador que determina quanta tipo de inteligência são aqueles capazes
inteligência lógico-matemática a pessoa de tocar instrumentos, ler e compor peças
tem. O famoso teste de quociente de in- musicais com facilidade.
teligência (QI) é baseado neste tipo de
inteligência e, em menor proporção, na Inteligência corporal e sinestésica
inteligência linguística. Cientistas, econo-
mistas, acadêmicos, engenheiros e mate- As habilidades motoras do corpo são ne-
máticos muitas vezes se destacam neste cessárias para utilizar ferramentas ou
tipo de inteligência. para expressar certas emoções, é essen-
cial para o desenvolvimento em qualquer
A capacidade de observar o mundo e os cultura. A capacidade de usar ferramentas
objetos em diferentes perspectivas está é considerada uma inteligência sinestésica
relacionada a este tipo de inteligência, em corporal. Além disso, a capacidade intuiti-
que se destacam os profissionais de xa- va da inteligência corporal é utilizada para
drez e artes visuais (pintores, designers, expressar sentimentos através do corpo.
escultores…). Pessoas que se destacam São particularmente brilhantes neste tipo
nessa inteligência, geralmente têm habi- de inteligência: dançarinos, atores, atletas
lidades que lhes permitem criar imagens e até mesmo cirurgiões e artistas plásti-
mentais, desenhar e identificar detalhes, cos, porque todos eles precisam usar ra-
além de um sentimento pessoal de esté- cionalmente as suas capacidades físicas.
tica. Com essa inteligência desenvolvida,
encontramos pintores, fotógrafos, desig-
ners, publicitários, arquitetos, e outras
366
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Inteligência intrapessoal com a natureza, como espécies animais e


vegetais ou fenômenos relacionados ao
A inteligência intrapessoal se refere à in- clima, geografia ou fenômenos naturais.
teligência que nos permite compreender
e se controlar internamente. As pessoas Este tipo de inteligência foi adicionado
que se destacam neste tipo de inteligência mais tarde ao estudo original de Inteli-
são capazes de acessar seus sentimentos gências múltiplas de Gardner, em 1995.
e refletir sobre eles. Essa inteligência tam- Gardner achou necessário incluir nesta
bém lhes possibilita aprofundar a visão e categoria porque é uma das inteligências
compreender as razões sobre o porquê de essenciais para a sobrevivência do ser hu-
uma pessoa ser do jeito que é. mano e de outras espécies.

Inteligência Interpessoal Contextualizando

A inteligência interpessoal nos permite Gardner afirma que todas as pessoas pos-
ficar conscientes de coisas que os nossos suem cada um dos oito tipos de inteligên-
sentidos não conseguem captar. É uma in- cia, embora cada tipo seja mais desen-
teligência que nos possibilita interpretar volvido em algumas pessoas do que em
palavras, gestos, objetivos e metas suben- outras, todos os oito tipos tem a mesma
tendidos em cada discurso. A inteligência importância e não há uma mais valiosa que
interpessoal aprimora a nossa capacidade a outra. Em geral, precisamos utilizá-las
de empatia. É uma inteligência muito va- para enfrentar a vida, independentemen-
liosa para as pessoas que trabalham com te da ocupação realizada. Afinal, a maioria
grandes grupos. Sua capacidade de de- dos trabalhos requer o uso da maioria dos
tectar e compreender as circunstâncias e tipos de inteligência. A educação ensinada
problemas dos outros será maior com a na sala de aula é um procedimento desti-
inteligência interpessoal. Professores, psi- nado a avaliar os dois primeiros tipos de
cólogos, terapeutas, advogados e educa- inteligência: linguística e lógica matemáti-
dores são perfis que têm uma pontuação ca. No entanto, esta educação é totalmen-
muito elevada neste tipo de inteligência te inadequada para educar os alunos na
descrita na teoria das inteligências múlti- plenitude do seu potencial. A necessidade
plas. de mudança no paradigma educacional foi
trazida à discussão pela Teoria das Inteli-
Inteligência naturalista gências Múltiplas de Gardner.

A inteligência naturalista detecta, diferen- https://www.psiconlinews.com


cia e categoriza as questões relacionadas
367
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

8.6. Psicologia do Fatores que influenciam o desenvolvi-


mento humano
desenvolvimento
Hereditariedade – a carga genética es-
Esta área de conhecimento da psicologia
tabelece o potencial do indivíduo, que
estuda o desenvolvimento do ser humano
pode ou não desenvolver-se. A inteligên-
em todos os seus aspectos: físico-motor,
cia pode desenvolver-se de acordo com as
intelectual, afetivo-emocional e social –
condições do meio em que se encontra.
desde o nascimento até a idade adulta.
Crescimento orgânico – refere-se ao as-
O desenvolvimento humano
pecto físico.
O desenvolvimento humano refere-se ao
Maturação neurofisiológica – é o que tor-
desenvolvimento mental e ao crescimen-
na possível determinado padrão de com-
to orgânico. O desenvolvimento mental
portamento.
é uma construção contínua. Estas são as
formas de organização da atividade men-
Meio – o conjunto de influências e esti-
tal que vão-se aperfeiçoando e se solidifi-
mulações ambientais altera os padrões de
cando até o momento em que todas elas.
comportamento do indivíduo.
Algumas dessas estruturas mentais per-
manecem ao longo de toda a vida.
Aspectos do desenvolvimento humano
A importância do estudo do desenvolvi-
Aspecto físico-motor - refere-se ao cresci-
mento humano
mento orgânico, à maturação neurofisio-
lógica. Ex.: A criança que leva a chupeta à
Esse estudo é compreender a importância
boca.
do estudo do desenvolvimento humano.
Estudar o desenvolvimento humano signi-
Aspecto intelectual – é a capacidade de
fica conhecer as características comuns de
pensamento, raciocínio. Ex.: A criança de
uma faixa etária. Planejar o que e como
2 anos que usa um cabo de vassoura para
ensinar implica saber quem é o educan-
puxar um brinquedo que está em baixo de
do. Existem formas de perceber, compre-
um móvel.
ender e se comportar diante do mundo,
próprias de cada faixa etária.
368
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Aspecto afetivo-emocional – é o modo dos dedos, segurar o lápis corretamente e


particular de o indivíduo integrar as suas conseguir fazer os delicados movimentos
experiências. A sexualidade faz parte des- exigidos pela escrita.
se aspecto. Ex.: A vergonha que sentimos
em algumas situações. Período das operações concretas

Aspecto social – é a maneira como o in- (a infância propriamente dita – 7 a 11 ou


divíduo reage diante das situações que 12 anos)
envolvem outras pessoas. Ex.: Quando em
um grupo há uma criança que permanece Nessa idade a criança está pronta para ini-
sozinha. ciar um processo de aprendizagem siste-
mática. A criança adquire uma autonomia
Não é possível encontrar um exemplo crescente em relação ao adulto, passando
“puro”, porque todos estes aspectos rela- a organizar seus próprios valores morais.
cionam-se permanentemente. A grupalização com o sexo oposto diminui.
A criança, que no início do período ainda
A teoria do desenvolvimento humano de considerava bastante as opiniões e idéias
jean piaget dos adultos, no final passa a enfrentá-los.

Este autor divide os períodos do desenvol- Período das operações formais


vimento de acordo com o aparecimento
de novas qualidades do pensamento. (a adolescência – 11 ou 12 anos em dian-
te)
Neste período, o que de mais importante
acontece é o aparecimento da linguagem. É capaz de lidar com conceitos como li-
Como decorrência do aparecimento da berdade, justiça, etc. É capaz de tirar con-
linguagem, o desenvolvimento do pensa- clusões de puras hipóteses. O alvo de sua
mento se acelera. A interação e a comu- reflexão é a sociedade, sempre analisada
nicação entre os indivíduos são as conse- como possível de ser reformada e trans-
qüências mais evidentes da linguagem. formada. No aspecto afetivo, o adolescen-
Um dos mais relevantes é o respeito que te vive conflitos.
a criança nutre pelos indivíduos que julga
superiores a ela. Neste período, a matura-
ção neurofisiológica completa-se, permi-
tindo o desenvolvimento de novas habili-
dades, como a coordenação motora fina
– pegar pequenos objetos com as pontas
369
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Juventude: projeto de vida ender e se comportar diante do mundo,


próprias de cada faixa etária.
A personalidade começa a se formar no fi-
nal da infância, entre 8 a 12 anos. Na idade Fatores que influenciam o desenvolvi-
adulta não surge nenhuma nova estrutura mento humano
mental, e o indivíduo caminha então para
um aumento gradual do desenvolvimento Hereditariedade – a carga genética es-
cognitivo. tabelece o potencial do indivíduo, que
pode ou não desenvolver-se. A inteligên-
Autor: Juvenal Santana cia pode desenvolver-se de acordo com as
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/psicologia/a-psicologia-de-
senvolvimento.htm condições do meio em que se encontra.

Crescimento orgânico – refere-se ao as-


8.7. Aspectos históricos e pecto físico.
biopsicossociais
Maturação neurofisiológica – é o que tor-
na possível determinado padrão de com-
O desenvolvimento humano
portamento.
O desenvolvimento humano refere-se ao
Meio – o conjunto de influências e esti-
desenvolvimento mental e ao crescimen-
mulações ambientais altera os padrões de
to orgânico. O desenvolvimento mental
comportamento do indivíduo.
é uma construção contínua. Estas são as
formas de organização da atividade men-
Aspectos do desenvolvimento humano
tal que vão se aperfeiçoando e se solidi-
ficando. Algumas dessas estruturas men-
Aspecto físico-motor - refere-se ao cresci-
tais permanecem ao longo de toda a vida.
mento orgânico, à maturação neurofisio-
lógica. Ex.: A criança que leva a chupeta à
A importância do estudo do desenvolvi-
boca.
mento humano
Aspecto intelectual – é a capacidade de
Esse estudo é compreender a importância
pensamento, raciocínio. Ex.: A criança de
do estudo do desenvolvimento humano.
2 anos que usa um cabo de vassoura para
Estudar o desenvolvimento humano signi-
puxar um brinquedo que está em baixo de
fica conhecer as características comuns de
um móvel.
uma faixa etária. Planejar o que e como
ensinar implica saber quem é o educan-
do. Existem formas de perceber, compre-
370
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Aspecto afetivo-emocional – é o modo dos dedos, segurar o lápis corretamente e


particular de o indivíduo integrar as suas conseguir fazer os delicados movimentos
experiências. A sexualidade faz parte des- exigidos pela escrita.
se aspecto. Ex.: A vergonha que sentimos
em algumas situações. Período das operações concretas

Aspecto social – é a maneira como o in- (a infância propriamente dita – 7 a 11 ou


divíduo reage diante das situações que 12 anos)
envolvem outras pessoas. Ex.: Quando em
um grupo há uma criança que permanece Nessa idade a criança está pronta para ini-
sozinha. ciar um processo de aprendizagem siste-
mática. A criança adquire uma autonomia
Não é possível encontrar um exemplo crescente em relação ao adulto, passando
“puro”, porque todos estes aspectos rela- a organizar seus próprios valores morais.
cionam-se permanentemente. A grupalização com o sexo oposto dimi-
nui. A criança, que no início do período
A teoria do desenvolvimento humano de ainda considerava bastante as opiniões e
Jean Piaget as ideias dos adultos, no final passa a en-
frentá-los.
Este autor divide os períodos do desenvol-
vimento de acordo com o aparecimento Período das operações formais
de novas qualidades do pensamento.
(a adolescência – 11 ou 12 anos em dian-
Neste período, o que de mais importante te)
acontece é o aparecimento da linguagem.
Como decorrência do aparecimento da É capaz de lidar com conceitos como li-
linguagem, o desenvolvimento do pensa- berdade, justiça, etc. É capaz de tirar con-
mento se acelera. A interação e a comu- clusões de puras hipóteses. O alvo de sua
nicação entre os indivíduos são as conse- reflexão é a sociedade, sempre analisada
quências mais evidentes da linguagem. como possível de ser reformada e trans-
Um dos mais relevantes é o respeito que formada. No aspecto afetivo, o adolescen-
a criança nutre pelos indivíduos que julga te vive conflitos.
superiores a ela. Neste período, a matura-
ção neurofisiológica completa-se, permi-
tindo o desenvolvimento de novas habili-
dades, como a coordenação motora fina
– pegar pequenos objetos com as pontas
371
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Juventude: projeto de vida o professor deve conduzir o aluno à pro-


blematização de situação e ao raciocínio,
A personalidade começa a se formar no fi- e nunca a obsorção passiva das idéias e
nal da infância, entre 8 a 12 anos. Na idade informações transmitidas.E importante
adulta não surge nenhuma nova estrutura que o processo de ensino aprendizagem
mental, e o indivíduo caminha então para voltado a educação inclusiva privilegie to-
um aumento gradual do desenvolvimento das as áreas de conhecimento, estimule o
cognitivo. aluno a pensar, a questionar, a investigar e
buscar cada vez mais aprofundar-se nesse
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Ma- universo fantástico que e a educação.
ria de Lourdes Transi. Psicologias, Uma Introdução ao Estu-
do de Psicologia, 13º edição, Ed. Saraiva, 2001
É sabido que a escola é um espaço de
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/psicologia-do-desenvolvimen- aprendizagem e vivencia de valores. Nela,
to.htm os indivíduos se socializam, brincam e ex-
perimentam aconvivência com a diversi-
dade humana. No ambiente educativo, o
8.8. Temas contemporâneos respeito, e alegria, a amizade e a solidarie-
dade, a disciplina o combate à discrimina-
Introdução ção e o exercício dos deveres são práticas
que garantem a socialização e a convivên-
Atualmente se tem falado e discutido mui- cia e de igualdades entre todos.
to sobre à inclusão de alunos com neces-
sidades educacionais especiais ,nas rede Temas Contemporâneos da Educação In-
regular de ensino mas para que esse pro- clusiva
cesso inclusivo ocorra na rede regular de
ensino , devera haver a construção de um A Educação Inclusiva de pessoas com ne-
sistema educacional integrado, ou seja , cessidades especiais, é um dos maiscom-
capaz de atender as necessidades educa- plexos temas atualmente discutidos no
cionais de todos os sujeitos . cenário atual.

Como vivemos em uma sociedade de


aprendizagem, onde ensinar não e somen-
te transmitir ou transferir conhecimen-
to(s). Ensinar e fazer pensar e estimular o
aluno para a identificação e resolução de
problemas, ajudando-o a criar novos hábi-
tos de pensamentos e ação. Desse modo
372
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Entretanto, o avanço é gradativo, e com A concepção da escola inclusiva deve re-


isso cresce o desafio de garantir uma edu- conhecer as diferenças humanas como
cação de qualidade a todos sem distinção, normais e a aprendizagem centrada nas
pois incluir alunos considerados “diferen- potencialidades do sujeito, ao invés de
tes” no sistema comum de ensino requer impor aos alunos rituais pedagógicospre-
não apenas a aceitação das diferenças estabelecidos. Antes que qualquer senti-
humanas, mas implica transformação de mento de oposição ou resistência se cris-
atitudes, posturas, e principalmente em talize em relação à postura da legislação
relação a práticapedagógica, sendo ne- educacional brasileira, é necessário com-
cessário a modificação do sistema de en- preender o contexto em que vivemos a
sino e a organização das escolas para que sua diversidade.
se ajustem às especificidades de todos os
alunos. É nesse contexto que a legislação brasi-
leira garante indistintamente a todos os
No Brasil, a dificuldade de implementação direitos a escola, em qualquer nível de en-
de proposta aos portadores de necessida- sino, e prevê, além disso, o atendimento
des especiais não só nas áreas educacio- especializado à crianças comnecessidades
nal, mas também nos campos do empre- educacionais especiais. Assim, a viabilida-
go e direitos de modo geral, reflete uma de da inclusão dos alunos com necessida-
perspectiva assistencialista predominante des especiais no sistema regular de ensino
que, apesar detodas as leis, ainda depen- requer o provimento de condições básicas
de de muitas iniciativas e disposições indi- como reformulação de programas educa-
viduais. Sobre tudo no que diz respeito à cionais e formação permanente dos pro-
acessibilidade e democratização do aces- fissionais envolvidos.
so ao conhecimento, as barreiras ainda
são, para a maiorias das pessoas com defi-
ciências, principalmente as que vivem lon-
ge dos grandes centros, intransponíveis.

Discutir as questões da Educação Especial


e da Educação Inclusiva no cenário atual
étarefa complexa, mas necessária, tendo
em vistas as inúmeras vertentes que a te-
mática vem assumindo diferentes contex-
tos em que o problemas é tratado e até
mesmo nos contextos em que não é tra-
tado.
373
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

8.9. Bullying; o papel da escola; É tarefa dos educadores oferecer um


ambiente propício para que todos, espe-
a escolha da profissão; transtor- cialmente os que têm necessidades edu-
nos alimentares na adolescên- cacionais especiais, se desenvolvam com
cia; família; escolhas sexuais respeito e harmonia.

Bullyng O PAPEL DA ESCOLA NO COMBATE AO


BULLYING
Conversar abertamente sobre a deficiên-
cia é uma ação que deve ser cotidiana na O que diz a lei?
escola. O bullying contra esse público cos-
tuma ser estimulado pela falta de conhe- A escola é vista, tradicionalmente, como
cimento sobre as deficiências, sejam elas um local de aprendizado, avaliando-se o
físicas ou intelectuais, e, em boa parte, desempenho dos alunos com base nas no-
pelo preconceito trazido de casa. tas dos testes de conhecimento e no cum-
primento de tarefas acadêmicas.
De acordo com a psicóloga Sônia Casa- A escola pode se amparar em três docu-
rin, diretora da S.O.S. Down – Serviços de mentos legais de abrangência nacional e
Orientação sobre Síndrome de Down, em internacional para solucionar o problema
São Paulo, é normal os alunos reagirem do bullying: a Constituição da República
negativamente diante de uma situação Federativa do Brasil, o Estatuto da Crian-
desconhecida. Cabe ao educador estabe- ça e do Adolescente e a Convenção sobre
lecer limites para essas reações e buscar os Direitos da Criança da Organização das
erradicá-las não pela imposição, mas por Nações Unidas que são a base de entendi-
meio da conscientização e do esclareci- mento com relação ao desenvolvimento e
mento. educação de crianças e adolescentes.

Não se trata de estabelecer vítimas e cul- Em todos esses documentos, estão previs-
pados quando o assunto é o bullying. Isso tos os direitos ao respeito e à dignidade,
só reforça uma situação polarizada e não sendo a educação entendida como um
ajuda em nada a resolução dos conflitos. meio de prover o pleno desenvolvimento
Melhor do que apenas culpar um aluno e da pessoa e seu preparo para o exercício
vitimar o outro é desatar os nós da tensão da cidadania.
por meio do diálogo. A violência começa
em tirar do aluno com deficiência o direi-
to de ser um participante do processo de
aprendizagem.
374
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Os atos de assédio escolar configuram Como evitar o bullying?


atos ilícitos, não porque não estão auto-
rizados pelo nosso ordenamento jurídico, Segundo Aramis a prevenção de futuros in-
mas por desrespeitarem princípios consti- cidentes pode ser obtida com orientações
tucionais e o Código Civil, que determina sobre medidas de proteção a serem ado-
que todo ato ilícito que cause dano a ou- tadas: ignorar os apelidos, fazer amizade
trem gera o dever de indenizar. A respon- com colegas não agressivos, evitar locais
sabilidade pela prática de atos de assédio de maior risco e informar ao professor ou
escolar pode se enquadrar também no funcionário sobre o bullying sofrido.
Código de Defesa do Consumidor, tendo
em vista que as escolas prestam serviços Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores
aos consumidores e são responsáveis por do livro Bullying Escolar, dá algumas dicas
atos de assédio escolar que ocorram nes- para evitar o bullying:
se contexto.
• Incentivar a solidariedade, a genero-
Dado que a cobertura da mídia tem ex- sidade e o respeito às diferenças por
posto o quão disseminada é a prática do meio de conversas, campanhas de in-
assédio escolar, os júris estão agora mais centivo à paz e à tolerância, trabalhos
inclinados do que nunca a se simpatiza- didáticos, como atividades de coope-
rem com as vítimas. Em anos recentes, ração e interpretação de diferentes pa-
muitas vítimas têm movido ações judiciais péis em um conflito;
diretamente contra os agressores por “im- • Desenvolver em sala de aula um am-
posição internacional de sofrimento emo- biente favorável à comunicação entre
cional” e incluindo suas escolas como acu- alunos;
sadas, sob o princípio da responsabilidade • Quando um estudante reclamar de
conjunta. algo ou denunciar o bullying, procurar
imediatamente a direção da escola.
No Estado do Espírito Santo, existe um
Regimento Comum das Escolas Estaduais, A Associação Brasileira Multiprofissional
que orientam quanto os casos de Bullying de Proteção à Infância e Adolescência
em seu artigo 83, é dado como ato infra- (Abrapia) sugere também algumas dicas:
cional a prática do Bullying, sendo os pro-
cedimentos que a escola deve tomar no • Conversar com os alunos e escutar
artigo 89, que são: encaminhar para o atentamente reclamações ou suges-
conselho tutelar, menores de 12 anos; fa- tões;
zer ocorrência policial; se for o caso, trans-
ferência compulsória.
375
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

• Estimular os estudantes a informar os A exibição de filmes que retratam o


casos; bullying, como “As melhores coisas do
• Reconhecer e valorizar as atitudes da mundo” (Brasil, 2010), da cineasta Lais
garotada no combate ao problema; Bodanzky, também ajudam no trabalho. A
• Criar com os estudantes regras de dis- “partir do momento em que a escola fala
ciplina para a classe em coerência com com quem assiste à violência, ele para de
o regimento escolar; aplaudir e o autor perde sua fama”, expli-
• Estimular lideranças positivas entre os ca Adriana Ramos.
alunos, prevenindo futuros casos;
• Interferir diretamente nos grupos, o Como agir nos casos de bullying?
quanto antes, para quebrar a dinâmica
do bullying. Segundo a Revista Nova Escola, o foco
deve se voltar para a recuperação de valo-
Todo ambiente escolar pode apresentar res essenciais, como o respeito pelo que o
esse problema. “A escola que afirma não alvo sentiu ao sofrer a violência. A escola
ter bullying ou não sabe o que é ou está não pode legitimar a atuação do autor da
negando sua existência”, diz o pediatra agressão nem humilhá-lo ou puni-lo com
Lauro Monteiro Filho, fundador da Asso- medidas não relacionadas ao mal causa-
ciação Brasileira Multiprofissional de Pro- do, como proibi-lo de freqüentar o inter-
teção à Infância e Adolescência (Abrapai). valo.
Já o alvo precisa ter a auto-estima fortale-
O primeiro passo é admitir que a escola cida e sentir que está em um lugar segu-
é um local passível de bullying. Deve-se ro para falar sobre o ocorrido. “As vezes,
também informar professores e alunos so- quando o aluno resolve conversar, não re-
bre o que é o problema e deixar claro que cebe a atenção necessária, pois a escola
o estabelecimento não admitirá a prática. não acha o problema grave e deixar pas-
sar”, alerta Aramis Lopes.
“A escola não deve ser apenas um local de
ensino formal, mas também de formação Ainda é preciso conscientizar o espectador
cidadã, de direitos e deveres, amizade, do bullying, que endossa a ação do autor.
cooperação e solidariedade. Agir contra o “Trazer para a aula situações hipotéticas,
bullying é uma forma barata e eficiente de como realizar atividades com trocas de
diminuir a violência entre estudantes e na papéis, são ações que ajudam a conscien-
sociedade”, afirma o pediatra. tizar toda a turma.
376
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Ao surgir uma situação em sala, a inter- deve sempre ser abordada para se evitar
venção deve ser imediata. Se algo ocorre a agressão na internet. Trabalhar com a
e o professor se omite ou até mesmo dá ideia de que nem sempre se consegue ti-
uma risadinha por causa de uma piada ou rar do ar aquilo que foi para a rede dá à
de um comentário, vai pelo caminho er- turma a noção de como as piadas ou as
rado. Ele deve ser o primeiro a mostrar provocações não são inofensivas. “O que
e dar o exemplo, diz Aramis Lopes Neto, chamam de brincadeira pode destruir a
presidente do Departamento Científico de vida do outro. É também responsabilida-
Segurança da Criança e do Adolescente da de da escola abrir espaço para se discutir
Sociedade Brasileira de Pediatria. o fenômeno”, afirma Telma Vinha.

A escola deve avisar aos pais sobre os efei- Caso o cyberbullying ocorra, é preciso dei-
tos das agressões entro e fora do ambien- xar evidente para crianças e adolescentes
te escolar, como na internet por exemplo. que eles podem confiar nos adultos que
A intervenção da escola também precisa os cercam para contar sobre os casos sem
chegar ao espectador, o agente que aplau- medo de represálias, como a proibição de
de a ação do autor é fundamental para a redes sociais ou celulares, uma vez que te-
ocorrência da agressão, complementa a rão a certeza de que vão encontrar ajuda.
especialista Adriana Ramos. “Mas, muitas vezes, as crianças não recor-
rem aos adultos porque acham que o pro-
Ainda é preciso mediar a conversa e evitar blema só vai piorar com a intervenção pu-
acusações de ambos os lados. “O ideal é nitiva”, explica a especialista Telma Vinha.
que a questão da reparação da violência
passe por um acordo conjunto entre os Como lidar com o bullying na Educação
envolvidos, no qual consigam enxergar em Infantil?
que ponto o alvo foi agredido para, assim,
restaurar a relação de respeito” explica Para evitar o bullying, é preciso que a es-
Telma Vinha, professora do Departamen- cola valide os princípios de respeito desde
to de Psicologia Educacional da Faculdade cedo. É comum que as crianças menores
de Educação da Universidade Estadual de briguem com o argumento de não gostar
Campinas. uns dos outros, mas o educador precisa
apontar que todos devem ser respeitados,
Como agir nos casos de cyberbullying? independentemente de se dar bem ou
não com uma pessoa, para que essa ideia
Mesmo virtual, o cyberbullying precisa não persista durante o desenvolvimento
receber o mesmo cuidado preventivo do da criança.
bullying e a dimensão dos seus efeitos
377
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Quando o bullying ocorre entre os pe- ções favoráveis para o pleno exercício da
quenos, o educador deve ajudar o alvo cidadania.
da agressão a lidar com a dor trazida pelo
conflito. A indignação faz com que a crian- Mesmo admitindo que os atos agressivos
ça tenha alguma reação. “Muitas vezes, derivem de influências sociais e afetivas,
o professor, em vez de mostrar como re- construídas historicamente e justificados
solver a briga com uma conversa, incen- por questões familiares e/ou comunitá-
tiva a paz sem o senso de injustiça, pois o rias, é possível considerar a possibilidade
submisso não dá trabalho”, ressalta Telma infinita de pessoas descobrirem formas de
Vinha, doutora em Psicologia Educacional vida mais felizes, produtivas e seguras. To-
e professora da Faculdade de Educação da das as crianças e adolescentes têm, indi-
Universidade Estadual de Campinas (UNI- vidual e coletivamente, uma prerrogativa
CAMP). humana de mudança, de transformação e
de reconstrução, ainda que em situações
CONCLUSÃO muito adversas, podendo vir a protagoni-
zar uma vida apoiada na paz, na seguran-
A inexistência de políticas públicas que ça possível e na felicidade. Mas esse de-
indiquem a necessidade de priorização safio não é simples e, em geral, depende
das ações de prevenção ao bullying nas de uma intervenção interdisciplinar firme
escolas, objetivando a garantia da saúde e competente, principalmente pelos pro-
e da qualidade da educação, significa que fissionais das áreas de educação.
inúmeras crianças e adolescentes estão
expostos ao risco de sofrerem abusos re- Assim sendo, é necessário que se estabe-
gulares de seus pares. Além disso, aque- leça ações a serem desenvolvidas obje-
les mais agressivos não estão recebendo tivando as ações do agressor e as conse-
o apoio necessário para demovê-lo de ca- qüências na vítima. É importante, que os
minhos que possam vir a causar danos por educadores e a família, principalmente,
toda a vida. estejam atentos a qualquer sinal de ação
agressiva.
Em um país como o Brasil, onde o incenti-
vo à melhoria da educação de seu povo se Para quem é vítima de algum desses tipos
tornou um instrumento socializador e de de humilhações, a saída é se abrirem, ou
desenvolvimento, onde grande parte das seja, procurarem ajuda, começando pelos
políticas sociais é voltada para a inclusão próprios pais e a direção da escola.
escolar, as escolas passaram a ser o espa-
ço próprio e mais adequado para a cons- https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br
trução coletiva e permanente das condi-
378
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

O papel da escola e da família na forma- Na escola, como aluno, se faz a passagem


ção das crianças da vida privada para a coletiva. Meninos
e meninas deixam de ocupar um lugar
Em nossa sociedade, escola e família são privilegiado no seio familiar e tornam-se
as duas principais instituições responsá- mais um entre os demais. É dado início
veis pela formação do ser humano. A Edu- a uma nova aprendizagem, em que eles
cação informal (não sistematizada ou não experimentam a igualdade como quando
intencional), também chamada de sociali- percebem que as regras valem para to-
zação primária, é proporcionada pela fa- dos e aprendem a lidar com a diversidade
mília e começa quando nós nascemos, no presente por exemplo, ao conviver com
âmbito privado. Nela, a criança aprende a pessoas que possuem outras religiões. No
diferenciar o certo do errado, de acordo âmbito escolar, a socialização é diferente
com o núcleo em que está inserida. Já a da familiar, consistindo no ensino de co-
formal ou secundária é oferecida na esco- nhecimentos e no desenvolvimento de
la, na esfera pública. valores sociais ou coletivos. A criança tem
a oportunidade de aprender a viver em
Porém, algumas características fazem com uma sociedade democrática.
que as duas possuam funções e objetivos
distintos. Em casa, as relações são assimé- Isso envolve reconhecer os sentimentos
tricas, ou seja, os pais têm mais autorida- do outro, coordenar pontos de vista dis-
de e poder do que os filhos. tintos, lidar com os conflitos de forma não
violenta, estabelecer relações e perceber
Além disso, mesmo que o filho brigue ou a necessidade de regras para se viver bem.
desobedeça, a mãe e o pai nunca deixarão Dessa forma, valores presentes em algu-
de ser mãe e pai, e a criança o filho. Isso mas famílias, como o preconceito, devem
quer dizer que os papéis se conservam. ser debatidos e transformados em algo
O mesmo não acontece na instituição de que seja socialmente desejável, como o
ensino, em que a manutenção das rela- respeito às diferenças. Não se pode pen-
ções depende muito das atitudes. O es- sar na estruturação escolar apartada da
paço não é mais de intimidade, é público. familiar, contudo, é preciso modificar a
Ocorrem mais provocações e brigas entre crença na impotência da escola perante a
irmãos do que entre amigos, por exemplo, família. Como sintetiza o filósofo espanhol
porque esse primeiro tipo de relação é es- Fernando Fernández-Savater Martín, da
tável. Universidade do País Basco: “Eu não des-
prezo a Educação paterna e materna, mas
tampouco vamos pensar que todos os pais
têm ideias que devem ser perpetuadas.
379
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Se os pais ensinam coisas boas é ótimo, cação para a diversidade. Ela é vista como
senão, a sociedade tem que ensinar, por- fator essencial para garantir inclusão, pro-
que os valores que devem ser transmiti- mover igualdade de oportunidades e o
dos não são apenas valores familiares, são enfrentamento de preconceitos, discrimi-
valores sociais”. nações e os diversos tipos de violência, es-
pecialmente no que se refere a questões
Diversos estudos indicam que as institui- de gênero e sexualidade. Essas questões
ções escolares influenciam de maneira envolvem conceitos fortemente relacio-
expressiva na formação moral das crian- nados, tais como: gênero, identidade de
ças e dos adolescentes, quer queiram ou gênero, sexualidade e orientação sexual,
não, e confirmam que o desenvolvimento que requerem a adoção de políticas pú-
da moralidade está relacionado à qualida- blicas educacionais que, a um só tempo,
de das relações que se appresentam nos contemplem suas articulações sem negli-
ambientes sociais nos quais o indivíduo genciar suas especificidades (Brasil, 2007).
interage se mais cooperativos ou autoritá-
rios. Evidentemente, essas interações não Para isso, é preciso considerar a experiên-
ocorrem apenas no lar. Além disso, para cia no ambiente educacional como funda-
uma criança que vive em um núcleo fami- mental para que tais conceitos se articu-
liar disfuncional, a escola pode ser a única lem, ao longo de processos em que noções
estrutura estável. de corpo, gênero e sexualidade, entre ou-
tras, serão socialmente construídas e in-
Por fim, independentemente de a família trojetadas. Uma experiência que apresen-
ddesempenhar seu papel, a escola neces- ta repercussões na formação identitária
sita educar seus alunos para a vivência em de cada indivíduo, incide em todas as suas
uma sociedade democrática e contempo- esferas de atuação social e é indispensável
rânea, atuando na socialização secundá- para proporcionar instrumentos para o re-
ria. Não podemos continuar esperando conhecimento do outro e a emancipação
por alunos ideais como pré-requisito para de ambos (Brasil, 2007).
que possamos ter êxito nessa tarefa.

Educação para relação de gênero

A crescente mobilização de diversos seto-


res sociais em favor do reconhecimento
da legitimidade de suas diferenças tem
correspondido a uma percepção cada vez
mais aguda do papel estratégico da edu-
380
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A escola e, em particular, a sala de aula, lham e buscam filtrar o que lhes interessa
é um lugar privilegiado para se promover (Couto, 2011).
a cultura da paz e de reconhecimento da
pluralidade das identidades e dos com- Entendemos que a escola tem função so-
portamentos relativos à diferença. Daí, a cial voltada à inclusão, à valorização da
importância de se discutir a educação es- igualdade dos mais variados tipos cultu-
colar a partir de uma perspectiva crítica rais, à preservação patrimonial, cultural
e problematizadora, questionar relações e ambiental, e à superação das desigual-
de poder, hierarquias sociais opressivas e dades estabelecidas neste ambiente e por
processos de subalternização ou de exclu- muitas vezes tratadas com indiferença,
são, que as concepções curriculares e as e a partir de então buscar o desenvolvi-
rotinas escolares tendem a preservar (SIL- mento autossustentado das comunidades
VA, 1996, 2000 e 2001). e forma-se um cidadão com preceitos ba-
silares de reconhecimento do outro não
Da mesma maneira, como espaço de cons- mais como “o diferente” e sim como ser,
trução de conhecimento e de desenvolvi- indivíduo com ideais, vontades e opções
mento do espírito crítico, onde se formam distintas e dignas de respeito e tolerância.
sujeitos, corpos e identidades, o ambiente
educacional torna-se uma referência para Sendo este fator desencadeador e interes-
o reconhecimento, respeito, acolhimento, sante para a realização do presente traba-
diálogo e convívio com a diversidade. Um lho com um grupo de alunos(as) do Pro-
local de questionamento das relações de grama de Educação de Jovens e Adultos
poder e de análise dos processos sociais no município de São Luís, para que pudés-
de produção de diferenças e de sua tra- semos mensurar e identificar os elemen-
dução em desigualdades, opressão e so- tos que reforçam a diferença conceitual
frimento (Brasil, 2007). Para compor uma de gênero existente e a percepção destes
identidade, o sujeito não tem à sua dispo- para com as temáticas abordadas e as aná-
sição um modelo completo. lises ao estudar e estabelecer os debates,
oportunizando um melhor conhecimento
Ele compõe sua identidade a partir de sobre a diversidade de gênero, bem como,
partes. Neste sentido, é através das inte- oportunizasse o conhecimento sobre os
rações sociais, das experiências vivencia- direitos humanos universais. A partir des-
das pelos/as jovens nos vários espaços de te ponto foi proposto o tema para estudo:
convivência e, principalmente na escola, A educação como fonte minimizadora das
que vão constituindo suas identidades diferenças entre gêneros na comunidade
de gênero; as ancoragens são a família e escolar.
o grupo de amigos/as nos quais se espe-
381
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Com este estudo, observaram-se como os cando-se os papéis sexuais do homem e


alunos percebem a mudança dos papéis da mulher, suas mudanças e percepções
exercidos por homens e mulheres na famí- ocorridas e relatadas durante o presente
lia e na comunidade escolar e identificar trabalho. E por fim, o estudo descreve as
que elementos ainda reforçam nos dias relações de gênero no cotidiano escolar
de hoje a diferença conceitual de gênero e familiar pelas percepções dos discentes
entre homens e mulheres, sensibilizar os através dos comportamentos no decorrer
alunos sobre as relações de gênero através dos trabalhos, oficinas e palestras em sala
da inserção desta temática nas discussões de aula, sendo concluído com o relato do
no cotidiano escolar, desencadeadas por que foi percebido na postura do alunado
vídeos ou leitura de textos concernentes a após as discussões em sala de aula sobre
este tema, entrevistas, proposição de aná- as temáticas abordadas, bem como a evo-
lise das temáticas por meio de letras mu- lução e desenvolvimento crítico objetivan-
sicadas, questionários de sondagem, mini do uma vida harmônica, mais tolerante,
palestra, leitura em grupo e exposição em digna respeitando-se os direitos coletivos
sala de aula, com a finalidade de oportu- e individuais.
nizar um conhecimento basilar sobre os
individuais, coletivos e direitos universais. https://monografias.brasilescola.uol.com.br

Para isso foram escolhidos como sujeitos


de estudo 30 alunos (as) da faixa etária Educação para questões étnico raciais
dos 19 aos 29 anos, do Programa Educa-
cional para Jovens e Adultos (EJA) e onde O racismo estrutura as desigualdades so-
também dividem o espaço educacional ciais e econômicas no Brasil e incide per-
com os educandos (as) do ProJovem Ur- versamente sobre a população negra, de-
bano, na Unidade de Educação Básica, lo- terminando suas condições de existência
calizado na Cidade Olímpica, município de por gerações. Ao se constituir como um
São Luís – MA. elemento de estratificação social, o ra-
cismo se materializa na cultura, no com-
O estudo aborda inicialmente a educação portamento e nos valores dos indivíduos
e os direitos humanos, à luz da Constitui- e das instituições, perpetuando uma es-
ção Federal, dando ênfase à diversidade e trutura desigual de oportunidades sociais
cultura de gêneros, e relatando a aborda- para 53,6% 1da população brasileira. 2
gem do alunado a respeito desta temáti-
ca. Em seguida, as diferenças entre sexo e
gênero dão lugar à discussão no que tan-
ge gênero, indivíduo e sociedade, desta-
382
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

No final dos anos 70 do século XX estudos racial, quer seja no currículo, nos rituais
realizados por Hasenbalg e Silva (1979, pedagógicos, nas expectativas em relação
1988) comprovaram que as desigualdades ao desempenho dos estudantes nas rela-
econômicas e sociais entre brancos e ne- ções entre professores(as) e estudantes,
gros não se explicam pela herança do pas- nos percentuais de reprovação, evasão,
sado escravagista. distorção idade-série e conclusão do en-
sino fundamental e médio, na maior pre-
Elas resultam do racismo, em que “raça” sença de negros(as) na educação e jovens
vai se constituir um “critério eficaz dentre e adultos, na repercussão das cotas para
os mecanismos que regulam o preenchi- estudantes negros no ensino superior,
mento de posições na estrutura de classes nas poucas oportunidades educacionais
e no sistema de estratificação social” (HA- oferecidas pelo sistema público jovens e
SENBALG 1979, p. 20), o que vai implicar adultos, na reprodução do racismo nos li-
nas diferenças de oportunidades nos mais vros didáticos., entre outros.
diversos setores da vida e nas formas de
tratamento específico à população negra. As discussões trazidas por esses(as) pes-
quisadores(as), entre outros(as) têm sido
Do mesmo modo, Henriques (2001) ao fundamentais para avançarmos na com-
analisar a evolução da desigualdade entre preensão do racismo estrutural e institu-
brancos e negros, destaca de modo con- cional na sociedade brasileira, pois, dia-
tundente a intensa desigualdade de opor- logam em seus estudos com as práticas
tunidades a que está submetida a popula- cotidianas das manifestações preconcei-
ção negra no Brasil. Mais recentemente, a tuosas e racistas e identificam o impacto
pesquisa “A distância que nos une - Um re- da ideia de raça no processo de escolari-
trato das Desigualdades Brasileiras”. reali- zação do alunado negro. Observam que as
zada pela organização não governamental instituições escolares historicamente têm
britânica Oxfam (2017) projeta que ape- repercutido e reproduzido o racismo. Nes-
nas em 2089, daqui a pelo menos 72 anos, se sentido, Munanga (2000, p. 235) identi-
brancos e negros terão uma renda equiva- fica que “mesmo nas escolas mais perifé-
lente no Brasil. ricas e marginalizadas do sistema da rede
pública, onde todos os alunos são pobres,
Pesquisadoras(es) em educação como: quem leva o pior em termos de insucesso,
Gomes (2000, 2011), Silva (2004, 2005, fracasso, repetência, abandono e evasão
2007), Passos (2005, 2010, 2012), Henri- escolares é o aluno de ascendência negra,
ques (2001), Cavalleiro (2000), Munanga isto é, os alunos negros e mestiços”.
(2000, 2005, 2011), também têm cons-
tatado o preconceito e a discriminação
383
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Se observado o currículo constata-se que nômica é também uma superestrutura. A


os conhecimentos são hegemonicamente causa é consequência: alguém é rico por-
de base eurocêntrica, contribuindo para o que é branco, alguém é branco porque é
tratamento desigual na escolarização da rico”. Ao retratar o mundo colonizado, vai
população negra ao não levar em conta as afirmar que este se divide em dois, a cida-
histórias e culturas afro-brasileiras, africa- de do colono e a cidade do colonizado.
nas.
Nesta última, “nasce-se em qualquer lu-
Observados os dados do Instituto Bra- gar, morre-se em qualquer lugar, de qual-
sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quer maneira, (...) é uma cidade faminta,
constata-se que em 2010 o Brasil possuía esfomeada, de pão, de carne, de sapatos,
12.893.141 milhões de pessoas com 15 de carvão, de luz” (FANON, 2005, p. 56).
anos ou mais na condição de analfabetas Vemos na descrição de Fanon, muito do
e, dentre estas, 66,7% eram negros. Neste Brasil atual e, por isso, afirmamos com ele
universo de pessoas, com base em pesqui- e com estudiosos da decolonialidade que
sa de amostragem de domicílio realizada a ideia de raça vai se constituir num eixo
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pes- estruturante das relações sociais, econô-
quisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) micas e políticas nos países que passa-
em 2015, apenas 3.738.852 milhões es- ram pelo processo de colonização. Ainda
tava matriculada em turmas de EJA para que concluído o processo de colonização
conclusão do Ensino Fundamental. Os a colonialidade permanece vigente como
números são reveladores das desigualda- esquema de pensamento e ações legiti-
des na escolarização em particular da po- mando as diferenças entre sociedades,
pulação negra, além de evidenciar que as sujeitos e conhecimentos. Nesse sentido,
instituições educacionais não absorvem utilizamos raça como uma categoria de
a demanda real das pessoas focalizadas análise central para compreendermos as
pela EJA. desigualdades materiais e simbólicas vivi-
das em pleno século XXI pela população
Resultado do colonialismo, a sociedade negra e indígena.
brasileira carrega em pleno século XXI as
marcas de um país marcadamente racia-
lizado e com desigualdades abissais entre
negros e brancos. Fanon (2005, p. 56) em
Condenados da Terra já alertava que: “O
que fragmenta o mundo é primeiro o fato
de pertencer ou não a tal espécie, a tal
raça. Nas colônias, a infraestrutura eco-
384
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Essa breve exposição contribui para iden- mente as experiências de escolarização,


tificarmos que as análises sobre o racismo por esta ainda não se constituir num direi-
e as desvantagens escolares da popula- to para parcela significativa da população
ção negra têm se ampliado e com elas as negra.
possibilidades de melhor entendermos o
fenômeno das desigualdades raciais na A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RA-
educação e os mecanismos de discrimina- CIAIS E OS SUJEITOS DA EJA
ção existentes nas práticas pedagógicas.
Entendendo aqui que as práticas pedagó- A necessidade de adequação dos projetos
gicas para a educação das relações étni- pedagógicos e currículos da EJA aos sujei-
co-raciais, reúnem não somente a teoria e tos se faz presente nos principais docu-
a prática, ou a reflexão sobre uma prática mentos que normatizam e orientam essa
pedagógica genérica, mas, sobretudo, é modalidade educativa e tem sido muito
reflexão e prática antirracista. Neste sen- discutida 4por estudiosos, pelos atores so-
tido, o presente artigo problematiza a prá- ciais envolvidos nos Fóruns de EJA5 e pelo
tica pedagógica na educação de jovens e poder público. Há consenso entre estes da
adultos (EJA) 3 tendo como foco a educa- necessidade de currículos que dialoguem
ção das relações étnico-raciais cujo lócus nos percursos formativos e práticas peda-
é a EJA desenvolvida em uma capital do gógicas. com as especificidades (de cor/
sul do Brasil. Para isso, nos inspiramos na raça, de gênero, de orientação sexual, de
metodologia da pesquisa-ação, compre- classe, geracionais, entre outras), expec-
endida aqui como “um tipo de pesquisa tativas, necessidades e realidades da so-
social que é concebida e realizada em es- ciedade brasileira, em especial dos jovens
treita associação com uma ação ou com a e adultos estudantes.
resolução de um problema coletivo e no
qual os pesquisadores e os participantes O texto da Lei de Diretrizes e Bases da
representativos da situação da realidade a Educação (LDB), Lei Federal 9394/96, por
ser investigada estão envolvidos de modo exemplo, pontua que esta modalidade
cooperativo e participativo” (THIOLLENT, deve respeitar características, necessi-
1985, p. 14). dades e peculiaridades dos estudantes a
partir dos 15 anos de idade, valorizando
Embora compreendamos a EJA como pro- os saberes não escolares que carregam
cessos e práticas educativas que se desen- consigo.
volvem ao longo de toda a vida, dentro e
fora do universo escolar, tendo a juven-
tude e a vida adulta como sujeitos ativos,
neste artigo, estamos considerando so-
385
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

No Parecer CEB/CNE nº 11/2000 sobre Reconhecer os jovens e adultos como


as Diretrizes Curriculares Nacionais para membros de coletivos (...). Superar a ideia
a Educação de Jovens e Adultos, a EJA é de que trabalhamos com percursos indi-
compreendida como uma dívida social viduais, para tentar mapear que coletivos
que aponta necessidades de sujeitos his- frequentam a EJA. O coletivo negro, o co-
tóricos, portadores do direito de acesso a letivo mais pobre, o coletivo de trabalha-
uma educação para além da certificação, dores, o coletivo dos sem-trabalho, o cole-
pensada como processo ao longo da vida tivo das mulheres.
e embasado na qualidade.
Que coletivos são esses? É muito diferen-
Então, se a concepção de EJA se pauta te pensar um currículo para indivíduos,
pelo reconhecimento dos jovens e adultos para corrigir percursos tortuosos individu-
como sujeitos plenos de direito, a prática ais. Pensar em conhecimentos para cole-
educativa vai experienciar em algum nível, tivos, em questões que tocam nas dimen-
o esforço por caminhar para a tentativa de sões coletivas, pensar na história desses
superação da visão dos estudantes como coletivos. Um ponto que chama muito a
alguém com carências de saberes e vai atenção nesses coletivos é a luta por sua
reconhecê-los como jovens e adultos em identidade, a luta por sua cultura: cultura
suas particularidades de condições sociais, negra, memória africana, memória qui-
de gênero, de orientação sexual, étnico- lombola, memória do campo, memória
-raciais, de geração, de classe, capazes de das mulheres, memória dos atingidos por
construir intervenções. Assim, a EJA passa barragens. Essas são as grandes questões
a ser pensada como educação que almeja que eles colocam. Mas, quando chegam
apoiar os sujeitos, nos diversos aspectos à escola, ninguém lembra que é atingido
da vida, pontuando a transitoriedade do pela barragem, que é quilombola, que é
pensamento e do conhecimento historica- do campo, que é do MST, não importa. É
mente acumulado pela humanidade, para simplesmente alguém que está no estágio
deste modo emancipar, solidarizar e res- A, no estágio B, no primeiro segmento,
peitar a diversidade experimentada pelas no segundo segmento. (...) O que isso po-
pessoas. Diante dessa compreensão, que deria significar para um currículo de EJA?
currículos e práticas pedagógicas precisa- (ARROYO, 2011, p. 15-16).
mos reinventar para atender as peculia-
ridades dos sujeitos da EJA? Arroyo per-
segue as respostas a essa questão, tendo
como foco os sujeitos coletivos. Para ele,
é preciso:
386
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

As questões apresentadas por Arroyo re- possível ser educador de jovens e adultos
metem para a necessidade de se conhe- sem ter consciência dessa trajetória, dos
cer e valorizar as trajetórias coletivas dos vínculos entre EJA e luta por direitos” (p.
jovens e adultos que frequentam a EJA, 28). Para Arroyo os educadores devem
de modo que estas se constituam na base ser capacitados no domínio dos “conheci-
orientadora da construção curricular e das mentos vivos”, que são os conhecimentos
práticas pedagógicas. Suas ponderações coletivos (do trabalho, da história, da ex-
chamam a atenção para a necessidade de periência, da cultura e da natureza), que
diálogo entre as práticas de escolarização os jovens e adultos têm de “aprender a
e as práticas educativas que ocorrem em ressignificar e organizar à luz do conhe-
outros espaços, significativamente peda- cimento histórico” (p. 31). Se levadas em
gógicos, quando se pensa participação so- conta as orientações acima, as questões
cial, grupos culturais, lutas por reconheci- étnico-raciais estariam contempladas.
mento, movimentos sociais.
No entanto, ainda que a EJA tenha uma
No tocante a formação de professores, forte presença negra isso não significa que
Arroyo (2006) destaca que conhecer as o pertencimento étnico-racial e as histó-
especificidades dos jovens e adultos das rias e culturas afro-brasileiras e africanas
camadas populares que estão na EJA, integrem o currículo e as práticas peda-
deve constituir o núcleo da formação. As gógicas ali desenvolvidas. Por outro lado,
particularidades da sua “condição social, não se pretende que as questões raciais
étnica, racial, cultural e espacial (de jo- sejam abordadas somente quando existi-
vens e adultos populares do campo, das rem estudantes negros, mas, sim, que se
vilas, favelas) têm que ser o ponto de re- constituam em princípios, conhecimen-
ferência para a construção da EJA e para tos, atitudes e valores para todos, inde-
a conformação do perfil do educador(a)” pendentemente da cor/raça, forjando no-
(ARROYO, 2006, p. 23). vas relações étnico-raciais na sociedade
brasileira.
Tendo os sujeitos jovens e adultos como
centrais na formação, outras questões po-
dem ser agregadas, como, por exemplo,
o domínio das teorias pedagógicas, e até
“inventar uma Pedagogia da vida adulta,
da juventude” (p. 24). A história dos direi-
tos humanos aliada aos movimentos pelo
direito à educação é mais um aspecto su-
gerido por aquele autor, para quem “é im-
387
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Como enfatiza o Documento Base Nacio- das na EJA?


nal Preparatório à VI Conferência Interna-
cional de Educação de Adultos (BRASIL, A lei 10639/03 que altera a LDB 9394/96
2009), reconhecer na EJA a diversidade e torna obrigatório o ensino da história e
como substantiva na constituição históri- cultura afro-brasileira e africana comple-
co-social-cultural e étnico-racial da socie- tou 15 anos. Esta é resultado das lutas,
dade brasileira significa superar aqueles denúncias e pressões históricas do mo-
aspectos que são a marca do processos vimento social negro por uma educação
colonizadores, escravocratas, elitistas re- que possibilite a vivência da diversidade
presentados pela superioridade de pa- étnico-racial e relações mais democráticas
drão físico, de mentalidade, de visão de e plurais na instituição escolar. Pode tam-
mundo, da hegemonia autoritária da ma- bém, no entendimento de Gomes (2012),
triz cultural de raiz europeia, branca. Su- ser considerada como uma resposta do
perar as práticas sociais preconceituosas e Estado brasileiro às demandas por uma
discriminatórias que reforçam as desigual- educação mais democrática e com direito
dades. à diversidade étnico-racial. Mas, “a efeti-
vação e a implementação dos dispositivos
Nesse sentido, há que se realçar as históri- legais, principalmente relativos às ques-
cas reivindicações e formulações dos mo- tões raciais dependem, em grande medi-
vimentos sociais negros em relação aos da, de um conjunto de condições que lhes
marcos legais para o ensino de História e permitam a realização plena” (GOMES,
Cultura Afro-Brasileira e Africanas, forta- 2012, p. 24), como por exemplo: forma-
lecidas principalmente a partir das delibe- ção docente, projetos pedagógicos atuali-
rações da I Conferência Mundial contra o zados, condições de trabalho e disposição
Racismo, a Discriminação Racial, a Xeno- para romper com ideias preconcebidas e
fobia e as Formas Correlatas de Intolerân- práticas pedagógicas que reiteram o racis-
cia que impulsionam a implantação na es- mo e o mito da democracia racial.
trutura do Estado brasileiro da Secretaria
de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) Neste cenário, também são ínfimas, as
com status de Ministério, e da Secretaria pesquisas que problematizam e discutem
de Educação Continuada, Alfabetização as práticas pedagógicas exitosas sobre as
e Diversidade (SECAD) no Ministério de relações raciais no contexto da Educação
Educação. de Jovens e Adultos, conforme apontado
por Carvalho e Valentim (2014).
Mas, como a educação das relações étni-
co-raciais e o ensino da história e cultura
afro-brasileira e africana têm sido aborda-
388
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

8.10. Avaliação do processo aprendizagem de modo fetichado porque


tem utilidade para desenvolver a auto-
ensinoaprendizagem censura, que é a forma como os padrões
externos cerceiam os sujeitos, sem que a
Ao longo da história de educação moder-
coerção externa continue a ser exercitada.
na e de nossa prática educativa, a avalia-
ção da aprendizagem escolar por meio de
O medo está ligado ao desconhecido. Ele
exames e provas foi se tornando um feti-
é gerado pelo pensamento que quando
che ganhando foros de independência da
não está certo de estar seguro o projeta
relação professor-aluno.
gerando submissão.
As provas e os exames são realizados con-
No Brasil a avaliação da aprendizagem está
forme o sistema de ensino e o interesse
a serviço de uma pedagogia dominante
do professor. Muitas vezes, não conside-
que serve a um modelo social dominante,
rando o que foi ensinado como se nada
podendo ser identificado como social libe-
tivesse a ver com a aprendizagem.
ral conservador, originado da estratifica-
ção dos empreendimentos transformado-
O medo é um fator importante no proces-
res que culminou na Revolução Francesa.
so de controle social, pois gera a depen-
As pedagogias hegemônicas, que se defi-
dência, modos permanentes e petrifica-
niram historicamente nos períodos sub-
ção de ações.
seqüentes à Revolução, estiveram e ainda
estão a serviço desse modelo social. Con-
O castigo é um instrumento gerador do
comitantemente, a avaliação educacional
medo. Hoje sendo utilizado de forma mais
em geral e a aprendizagem em específico,
sutil – o psicológico. A ameaça (previa-
contextualizada dentro dessas pedagogias
mente) é um tipo de castigo psicológico e
estão instrumentalizadas pelo mesmo en-
as nossas instituições de ensino adotam
tendimento teórico prático da sociedade.
esse tipo de avaliação da aprendizagem.
A prática da avaliação escolar, dentro do
A pedagogia do exame traz conseqüên-
modelo liberal conservador, obrigatoria-
cias: pedagógicas, psicológicas e socioló-
mente será autoritária, exigindo controle
gicas.
dos indivíduos, seja pela utilização de co-
ações explícitas ou por diversas modalida-
Na conseqüência psicológica, a sociedade,
des de propaganda ideológica.
através do sistema de ensino e dos profes-
sores, desenvolve formas de ser da per-
sonalidade dos indivíduos que aceitam as
suas imposições, utilizando a avaliação da
389
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Enquanto a avaliação permanecer atrela- tentor” do conhecimento utilizar em suas


da a uma pedagogia ultrapassada, a desis- ações educacionais um tipo de avaliação
tência ao estudo permanecerá e o aluno, que lhe dê uma maior autoridade.
o cidadão, o povo brasileiro continuará
escravo de uma elite intelectual, voltada Salienta-se a importância de conhecer
para os valores da matéria e ditadura, fru- conceitos acerca da avaliação do ponto de
to de uma democracia opressora. vista de outros autores:
a avaliação educativa é um processo com-
Na conseqüência sociológica, a sociedade plexo, que começa com a formulação de
é estruturada em classes e, portanto, de objetivos e requer a elaboração de meios
modo desigual, logo a avaliação pode ser para obter evidencia de resultados, inter-
posta sem dificuldade a favor da seletivi- pretação dos resultados para saber em
dade, assim a avaliação está mais articula- que medida foram os objetivos alcança-
da com a reprovação do que com a apro- dos e formulação de um juízo de valor.
vação. (Sarrabbi, 1971).

Avaliação Educacional no Contexto Auto- é um processo contínuo, sistemático,


ritário compreensivo, comparativo, cumulativo,
informativo e global, que permite avaliar
Pode-se caracterizar a avaliação como um o conhecimento do aluno.(Juracy C. Mar-
juízo da qualidade do objeto avaliado, im- ques, 1956).
plicando em tomada de posição a respeito
do mesmo, para aceitá-lo ou transformá- a avaliação significa a uma dimensão men-
-lo. surável do comportamento em relação a
Segundo Luckesi, (1978), a avaliação é um padrão de natureza social ou científi-
definida como: um julgamento de valor ca. (Bradfield e Moredock, 1963).
sobre manifestações relevantes da reali-
dade, tendo em vista uma tomada de de- Conforme os conceitos acima expressos,
cisão. Após afirmativa de Luckesi, faremos ficou evidenciado que os autores consi-
uma análise dessa frase. deram-na como um processo e não como
condição que produz dinamismo à prática
É preciso compreender que a frase ex- escolar, pois diagnóstica uma situação e
prime três elementos que oportunizam permite modificá-la de acordo com as ne-
uma prática escolar baseada em atos ar- cessidades detectadas. Pode-se também
bitrários e autoritários. Contudo, dentre relacionar como dificuldade a ausência de
os três, um tem maior poder de impacto orientação na elaboração de um progra-
possibilitando ao professor enquanto “de- ma de avaliação.
390
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Enquanto a avaliação estiver voltada para novas experiências de aprendizagem. Per-


o aluno, sem haver um despertamento, mitindo averiguar as causas de repetidas
uma conscientização para as necessidades dificuldades de aprendizagem. Normal-
de uma nova metodologia e uma inclusão mente se faz quando o aluno chega à es-
da própria escola neste processo, a quali- cola, em geral no início do ano letivo, du-
dade do ensino permanecerá comprome- rante as primeiras semanas para observar
tida. e conhecer características relevantes do
aluno; chegada de novo aluno para saber
Porquanto, uma vez contestado este fator, onde enturmá-lo e como recuperar a fal-
passamos a ter professores e a escola no ta de base ou de pré-requisitos; no início
papel de investigadores da melhor situa- de cada unidade para provocar interesse
ção para avaliar, as mais eficientes formas pelo tema e identificar o que já sabem so-
de coleta e sistematização dos dados, sua bre o assunto.
compreensão e utilização além do proces-
so mais eficiente de capacitação dos pro- Podendo ser feita em qualquer momento
fessores em avaliação. que o professor ou a escola detectarem
problemas graves de aprendizagem, mo-
Segundo Bloom, a avaliação escolar está tivação e aproveitamento.
pautada em modalidades de avaliações
que são seguidas na prática docente por Alunos e professores, a partir da avaliação
profissionais de educação. diagnóstica de forma integrada, reajusta-
rão seus planos de ação fazendo uma re-
Modalidades de avaliação flexão constante, crítica e participativa.

Evidencia-se, portanto, a necessidade de Como avaliar diagnosticamente?


se questionar: O que deve ser avaliado?
Quando fazer a avaliação? Quem deve fa- Entrevistas com alunos, ex-professores,
zer a avaliação? Que instrumental pode orientadores, pais e familiares;
ser usado para coletar e registrar informa-
ções? O que se pode fazer com as infor- Exercícios ou simulações para identificar
mações obtidas? colegas com quem o aluno se relaciona ;

..Avaliação Diagnóstica Consulta ao histórico escolar/ficha de


anotações da vida escolar do aluno;
Visa determinar a presença, ou ausência,
de conhecimentos e habilidades, inclusi- Observações dos alunos, particularmente
ve buscando detectar pré-requisitos para durante os primeiros dias de aula;
391
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Questionários, perguntas e conversa com final de cada sub-unidade, unidade, pro-


alunos; jeto, para aferir a aprendizagem e outros
desempenhos dos alunos;
..Avaliação Formativa ou Processual
Para que avaliar?
É realizada com o propósito de informar
o professor e o aluno sobre o resultado Para corrigir rumos, rever, melhorar, refor-
da aprendizagem, durante o desenvolvi- mar, adequar o ensino de forma que o alu-
mento das atividades escolares. Localiza no atinja os objetivos de forma de apren-
deficiências na organização do ensino- dizagem;
-aprendizagem de modo a possibilitar re- Obter as evidências que descrevem o
formulações no mesmo e assegurar o al- evento que nos interessa;
cance dos objetivos. Estabelecer critérios e os níveis de eficiên-
cia para comparar os resultados.
É denominada formativa porque demons-
tra como os alunos estão se modificando ..Avaliação Somativa
em direção aos objetivos.
É uma decisão que leva em conta a soma
A avaliação formativa ou processual pode de um ou mais resultados. Normalmente
ser feita de maneira contínua e informal, refere-se a um resultado final – uma pro-
no dia-a-dia da sala de aula, e pode tam- va final, um concurso, um vestibular. Nas
bém ser feita em oportunidades regula- escolas, de um modo geral, a avaliação
res, incluindo o uso de instrumentos mais somativa é a decisão tomada no final do
formais como sabatinas, testes, provas, ano para deliberar sobre a promoção de
apresentações de relatórios de trabalhos, alunos.
competições e jogos.
É usada, tipicamente, para tomar decisões
Quando realizar e como avaliar? a respeito da promoção ou reprovação
dos alunos que não obtiveram êxito no
Diariamente: ao rever os cadernos, o de- processo de ensino-aprendizagem.
ver de casa, fazer e receber perguntas,
observar o desempenho dos alunos, nas
diversas atividades de classe;

Ocasionalmente: por meio de provas ou


outros instrumentos, mais ou menos for-
mais, Periodicamente: utilizando testes ao
392
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Como avaliar? ça no processo de obtenção de médias de


aprovação ou médias de reprovação. Para
Existem três formas mais usadas de ava- um verdadeiro processo de avaliação, não
liação somativa: interessa a aprovação ou reprovação de
um educando, mas sim sua aprendizagem
uma prova ou trabalho final; e, conseqüentemente, o seu crescimento.

uma avaliação baseada nos resultados O ideal de avaliação na prática pedagógi-


cumulativos obtidos ao longo do ano le- ca escolar é a com função diagnóstica, ela
tivo; constitui-se no momento dialético do pro-
cesso de avançar no desenvolvimento da
uma mistura das duas formas acima. ação, do crescimento para a autonomia e
competência e habilidades, portanto, ser
Avaliação Educacional para Humanização inclusiva, enquanto não descarta, não ex-
clui, mas sim convida para a melhoria, vi-
Ser mestre é educar, e educação é sinô- sando a transformação do indivíduo con-
nimo de: fé, amor, sabedoria, ação, parti- seqüentemente da sociedade.
cipação, construção, transformação, pro-
blematização, criação e realização. Essa prática não significa menor rigor na
prática da avaliação, mas um rigor técnico
A avaliação educacional em geral e a ava- e científico. Nesta visão, garante ao pro-
liação da aprendizagem escolar em espe- fessor um instrumento mais objetivo de
cífico são meios e não fins em si mesmas, tomada de decisão. Em função disso, sua
estando deste modo delimitadas pela te- ação poderá ser mais adequada e mais
oria e prática que as circunstancializam . eficiente na perspectiva da transforma-
ção, pois “avaliar é movimento, é ação e
Entende-se que a avaliação não se dá nem reflexão”.
se dará num vazio conceitual, mas sim di-
mensionada por um modelo teórico do Verificação ou Avaliação
mundo e da educação, traduzido em prá-
tica pedagógica. Nesse texto, far-se-á uma análise crítica
da prática avaliativa, identificando-a com
A atual prática da avaliação escolar estipu- o conceito de verificação ou avaliação
lou como função do ato de avaliar a classi- dando possibilidades de encaminhamen-
ficação. Esta se constitui num instrumento tos coerentes e consistentes acerca do as-
estático e frenador do processo de cresci- sunto.
mento. Esse fato se revela com maior for-
393
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Verificação surge do latim: verum facere – como objeto a ser medido, tendo como
e significa “fazer verdadeiro”. O processo resultado a quantidade de vezes que a
de verificar configura-se pela observação, medida padrão cabe dentro do objeto me-
obtenção, análise e síntese dos dados ou dido.
informações que delimitam o processo
ou ato com o qual se está trabalhando. Já Nas instituições, os resultados da aprendi-
a avaliação, também se origina do latim: zagem são obtidos, de início, pela medida,
a-valere que quer dizer “dar valor a...”. variando a especificidade e a qualidade
Esse ato implica coleta, análise e síntese dos mecanismos e dos instrumentos uti-
dos dados que configuram o objeto da lizados para obtê-la. Os professores utili-
avaliação, acrescido de uma atribuição de zam como padrão de medida o acerto de
valor ou qualidade. questões e a medida dá-se com a conta-
gem dos acertos do educando sobre um
Verificação e avaliação da aprendizagem conteúdo, dentro de um certo limite de
representam dois aspectos do mesmo fe- possibilidades equivalente à quantidade
nômeno, que é o de saber como se está de questões que possui o teste, prova ou
efetuando a aprendizagem comportamen- trabalho dissertativo. Em um teste com
tal do educando e resultante do processo dez questões, o padrão de média é o acer-
ensino-aprendizagem. to e a extensão máxima possível de acer-
tos é dez. Em dez acertos possíveis, um
Verificação é um processo de constatação, aluno pode chegar ao limite máximo dos
de contagem; logo, é um processo quan- dez ou a quantidades menores. A medida
titativo. É a fonte que fornece dados a da aprendizagem do educando está rela-
respeito da aprendizagem efetivada pelo cionada à contagem das respostas certas
educando. que lançadas sobre um determinado con-
teúdo que se esteja desenvolvendo.
Na prática do aproveitamento escolar, os
professores realizam, basicamente, os se- Normalmente, na prática escolar, os acer-
guintes procedimentos: medida do apro- tos nos testes, provas ou outros meios de
veitamento escolar, transformação da me- coleta dos resultados da aprendizagem
dida em nota ou conceito e utilização dos são transformados em “pontos”, o que
resultados identificados. não altera o caráter de medida. Logo, o
padrão de medida passa a ser pontos. A
Medida do aproveitamento escolar cada acerto corresponderá um número de
pontos previamente estabelecidos.
A medida é uma forma de comparar gran-
dezas, tomando uma como padrão e outra
394
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Os professores, em suas aulas, para coletar ficados, poderá ocorrer simplesmente um


os dados e proceder à medida da apren- registro no diário ou ele terá uma “opor-
dizagem dos educandos, apropriam-se de tunidade” para melhorar seu conceito.
instrumentos que variam da observação Porém, não é para que o educando estu-
até sofisticados testes, gerados segundo de a fim de aprender melhor, mas estude
normas e critérios técnicos de elaboração “tendo em vista a melhoria da nota”.
e padronização.
Estudar para melhorar a nota, não possi-
Avaliação é o processo de ajuizamento, bilita uma aprendizagem efetiva?
apreciação, julgamento ou valorização do
que o educando revelou ter apreendido Quanto a estar atento às dificuldades do
durante um período de estudo ou de de- educando, esta não tem sido conduta ha-
senvolvimento do processo ensino-apren- bitual dos educadores nas escolas, nor-
dizagem. Sendo assim, não pode haver malmente preocupam-se com a aprovação
avaliação, sem que antes tenha havido ve- ou reprovação do indivíduo. E nas ocasi-
rificação. Verifica-se antes de avaliar. ões em que se possibilita uma revisão dos
conteúdos é para “melhorar” a nota do
Após leitura e compreensão do texto, cabe educando e, conseqüentemente, aprová-
questionar se o processo de medir utiliza- -lo. Propõe-se que a avaliação do aprovei-
dos pelos professores na sua prática, tem tamento escolar seja praticada como uma
as qualidades de uma verdadeira medida. atribuição de qualidade aos resultados da
Nesse momento com o resultado em aprendizagem dos educandos, tendo por
mãos, o professor tem diversas possibili- fim seus aspectos essenciais e, como obje-
dades de utilizá-lo, tais como: tivo, uma tomada de decisão que direcio-
registrar simplesmente num diário de ne o aprendizado e, concomitantemente,
classe ou caderneta de alunos; o desenvolvimento do educando.
atentar para as dificuldades e desvios da
aprendizagem do educando, ajudando a É importante que tanto a prática educativa
superar na construção efetiva da aprendi- como a avaliação sejam direcionadas com
zagem; um determinado rigor científico e técnico,
oferecer ao educando, caso ele tenha ob- para que se tornem um instrumento sub-
tido uma nota ou conceito inferior, uma sidiário e significativo em prol do desen-
“oportunidade” de melhorar a nota ou volvimento do educando.
conceito.
Autor: Professor Josias
http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2009/01/avaliacao-do-processo-
Se o educando possui uma nota ou con-
-ensino.html
ceito de reprovação diante dos dados veri-
395
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

8.11. A dimensão sociopolítica nhecimentos que ainda precisam adquirir.


Esse é o grande desafio de ensinar na Era
da avaliação pedagógica Digital.
1. Ambiente educativo
Outra questão abordada nessa dimensão
é a necessidade de que façam avaliações
Essa dimensão reafirma a necessidade de
iniciais (diagnósticas) para mensurar o de-
se pensar na escola como um espaço para
senvolvimento do aluno e ver quais me-
aquisição dos saberes, para a socialização
lhorias terão que ser implementadas na
e para a convivência com a diversidade.
prática pedagógica do professor para cor-
rigir defasagens e avançar.
É nesse lugar especial que o aluno adqui-
re noções de cidadania, solidariedade e
Também em relação à avaliação, orienta-
cristaliza valores por meio da orientação
-se que seja um processo contínuo e não
dos profissionais da educação. Para isso,
apenas centrado nas provas.
esse indicador propõe que o gestor bus-
que criar um ambiente na escola favorável
Por isso, o professor deve levar em conta
à alegria, respeito, tolerância e disciplina.
os múltiplos aspectos do desenvolvimen-
to do aluno em sua avaliação e não ape-
2. Prática pedagógica e avaliação
nas o desempenho acadêmico. Questões
como comportamento, postura e compro-
Aqui, enfatiza-se que a prática pedagógica
metimento precisam ser contempladas na
do professor deve objetivar o desenvolvi-
avaliação do professor.
mento e a autonomia dos educandos. Para
isso, é preciso acompanhá-los de perto e,
3. Ensino e aprendizagem da leitura e da
de fato, conhecê-los em suas potenciali-
escrita
dades e dificuldades.
A leitura e a escrita são bases para o exer-
Outro aspecto abordado é a necessidade
cício da cidadania e as portas de entrada
de se levar em conta, no dia a dia da sala
para o mundo do conhecimento. Essa di-
de aula, o fato de que a informação está
mensão postula a necessidade de a crian-
em toda parte e os alunos têm acesso a
ça ter contato com diferentes tipologias
essa torrente de notícias cotidianamente.
textuais durante o início do processo de
alfabetização, ouvido histórias e obser-
Por essa razão, o professor deve sempre
vando adultos que leem.
partir do conhecimento prévio do aluno
para pensar a sua aula, partindo do que
eles já sabem e indo em direção dos co-
396
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Aqui, indica-se que a escola tenha propos- la.


ta pedagógica definida para que o profes-
sor nela se norteie na elaboração de ativi- Além disso, ressalta a importância do
dades e avaliações adequadas a cada série compartilhamento de decisões com a co-
nesse processo. Também é salientado que munidade escolar, bem como a busca pela
os pais conheçam a proposta e que acom- maior transparência em relação aos gas-
panhem o progresso do aluno segundo tos.
essas diretrizes.
Para garantir a representatividade de pais,
Ressalta-se também que a equipe de ges- professores, alunos e servidores da esco-
tores da escola precisa estar a par do pro- la, conselhos escolares devem ser criados
gresso dos alunos para avaliar resultados para que esses entes participem ativa-
e, eventualmente, compará-los com os mente da gestão.
obtidos em outras instituições.
O gestor que visa a administração demo-
Vista como um processo contínuo, a aqui- crática da escola deve zelar pelo acolhi-
sição das competências de leitura e escri- mento de todos, preocupando-se, sobre-
ta precisam seguir uma lógica de progres- tudo, com as taxas de evasão escolar. Em
são a cada ano, segundo a qual o aluno vai caso de números elevados, a direção de-
se aprimorando gradativamente e conse- verá verificar as práticas pedagógicas em
guindo fruir textos cada vez mais comple- curso e, se for o caso, propor a implemen-
xos. tação de atividades mais atrativas para
que os alunos permaneçam na escola.
O bom uso da biblioteca por professores e
alunos também é reiterado nessa dimen- Essa quarta dimensão do documento tam-
são. A escola precisa zelar pelo espaço e bém salienta que a presença dos pais e co-
cuidar do acervo. Diante da realidade tec- laboradores na escola deve ser sentida em
nológica atual, enfatiza-se também a im- festas e eventos culturais ou comemorati-
portância de a biblioteca disponibilizar re- vos promovidos pela escola.
cursos de informática, como computador
com acesso à internet, aos alunos. A gestão democrática, segundo postula-
do, deve estender-se para além da esco-
4. Gestão escolar democrática la. O gestor precisa buscar parcerias com
ONGs, postos de saúde, bibliotecas, uni-
A dimensão da gestão escolar democráti- versidades e museus para implementar
ca bate na tecla do acompanhamento da ações que beneficiem diretamente os alu-
qualidade da educação ofertada na esco- nos.
397
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

5. Formação e condições de trabalho dos cessidade de um ambiente escolar areja-


profissionais da escola do, bem cuidado, florido e equipado para
atender os alunos.
Como propõe essa dimensão, para alcan-
çar os objetivos traçados no projeto peda- Para zelar pela manutenção desse am-
gógico da escola, o gestor precisa da co- biente, o gestor precisa:
laboração de todos os profissionais nela
atuantes. Desde o professor, responsável Aproveitar os recursos disponíveis: cuidar
pela transposição didática (intermedian- do equipamento e da infraestrutura que
do a relação do aluno com o conhecimen- se tem, aproveitando ao máximo esses re-
to), até os profissionais de zeladoria do cursos.
prédio.
Cuidar para que no prédio haja condições
Todos esses profissionais têm responsabi- físicas adequadas para que as atividades
lidade sobre a educação do aluno, pois o com os alunos possam ser desenvolvidas
processo de aprendizagem não se encerra com qualidade, como: zelar pela manu-
na sala de aula. O aluno aprende com a vi- tenção da quadra de esportes e dos espa-
vência e a observação de atitudes de res- ços amplos para aulas ao ar livre.
peito e solidariedade no cotidiano escolar.
Obter recursos de qualidade (ou seja,
Por isso, é importante investir na forma- equipamentos eletrônicos modernos,
ção continuada dos profissionais, buscan- bem configurados e disponíveis ao uso,
do parcerias com instituições de ensino itens de qualidade para a prática de es-
públicas e/ou privadas. portes, etc.)

Outros fatores também têm grande influ- 7. Acesso, permanência e sucesso na es-
ência na qualidade desse processo edu- cola
cativo, tais como: estabilidade do corpo
docente, salários justos e condições de O mais importante desafio da educação
trabalho adequadas, além de garantir no Brasil é manter as crianças na escola
que o número de funcionários disponíveis e cuidar para que concluam os níveis de
atenda bem à demanda dos alunos. ensino consolidando os conhecimentos
necessários e com a idade adequada.
6. Espaço físico escolar

Uma escola tem que ter jardim, plantas e


flores. Esse sexto indicador aponta a ne-
398
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Essa última dimensão indica que para uma árvores frutíferas; cem anos, então educa
boa gestão é imprescindível o acesso a in o povo”.
formações precisas sobre os alunos com
maior dificuldade de aprendizado, sobre Conforme Cury, a educação é mais que
quem são os infrequentes e sobre quem uma obrigação do Estado e direito do ci-
são os evadidos para que se possa traçar dadão. Esse direito deve garantir o aces-
estratégias para trazer esses alunos de so, a permanência e o sucesso de todos
volta às aulas. à educação escolar básica. Todavia, para
que esse direito seja assegurado, é preciso
É preciso conhecer a realidade desses que a escola abra suas portas; isso signifi-
alunos e entender os motivos pelos quais ca oferecer uma educação que possibilite
abandonaram a escola ou frequentemen- ao educando expandir seus conhecimen-
te não comparecem às aulas. Como a es- tos. É preciso que todos tenham acesso
cola precisa oferecer oportunidades de aos bens culturais e sociais. Assim, a qua-
aprendizado a todos, esses alunos tam- lidade do ensino está em garantir que os
bém precisam ser alcançados. conhecimentos básicos que foram acu-
mulados sejam conquistados por todos.
A escola só terá sentido se colaborar para
8.12. Análise conceitual e novas que o educando aprenda esse conjunto
perspectivas emancipatórias de conhecimentos, tenha acesso ao saber
formal, comunique e participe dessa tro-
Sabe-se que as escolas têm um papel de ca. Oferecer uma educação de qualidade
destaque na formação de cidadãos, pois significa ter profissionais com sólida for-
na qualidade de Centros Educacionais de mação básica, que domine as técnicas de
Ensino, as Escolas têm o compromisso de ensino.
promover um ensino de qualidade, dire-
cionado para o desenvolvimento da cons- A escola é uma instituição social edifica-
ciência crítica e das comunidades. da com finalidades explícitas: o desen-
volvimento das potencialidades físicas,
É consenso que só existem três maneiras cognitivas e afetivas dos alunos, por meio
de se transformar uma sociedade: guerra, da aprendizagem dos conteúdos (conhe-
revolução e educação. Dentre as três, a cimentos, habilidades, procedimentos,
Educação é a mais viável, a mais passiva, atitudes e valores), para formar cidadãos
porém a que os efeitos só se tornam vi- participativos. Não existe a cultura como
síveis em longo prazo. Como diz um pro- algo único, fechado e necessário. Ela deve
vérbio chinês: “Se teus projetos têm prazo ser concebida numa dimensão múltipla,
de um ano, semeia trigo; dez anos, planta complexa, multicultural.
399
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A escola deve ser um elemento agregador vilégios.


e não apenas reprodutora de uma visão
elitista de sociedade. Gestores, professo- Sabe-se que a educação não é apenas uma
res e alunos são sujeitos e agentes da cul- questão de cidadania. É fato que o nível
tura e da história que constroem. de instrução do trabalhador tem relação
direta com a produtividade e, portanto,
A definição dos objetivos educacionais de- com a riqueza material de uma nação. Por
corre de demandas e de exigências eco- exemplo, se o homem do campo apren-
nômicas, políticas, sociais e culturais que desse melhores técnicas agrícolas, teria
a sociedade apresenta às escolas. Isso sig- uma colheita maior, sem gastar tanto.
nifica que os objetivos se expressam por Com isso, os alimentos custariam menos.
meio de projetos sociais e culturais da es- E um aumento de produtividade é muito
cola e da comunidade, de acordo com os importante em um país onde a fome é um
interesses em jogo e concretizam-se por dos principais problemas. Cada vez mais
intermédio do currículo escolar. a carência de instrução atrapalha a vida
das pessoas. A lógica é que as empresas
É tarefa essencial de um mestre a cons- deixem de empregar um trabalhador que
tante interpretação e reinterpretação não pense. Não querem mais alguém para
da sociedade, uma vez que ela deriva da apertar botões numa produção em série.
construção feita por um influente grupo Com o progresso tecnológico, exige-se
econômico, que a modelou segundo os um operário que pense, tome decisões e
próprios interesses, onde a maioria não avalie a qualidade do produto. Ele precisa
tem vez. Ao se debruçar sobre a realida- manejar elaboradas máquinas computa-
de, é fácil constatar que a maior parte dorizadas.
do povo vive nas trevas; não conhece os
direitos, nem sabe onde buscá-los. Uma A escola não pode continuar a ser uma
civilização, conhecida como a do silêncio, clínica de abortos. Os que fracassam na
impede o povo de reclamar, e quando o escola tendem a ser excluídos da socie-
faz, julga-se, ainda, culpado pelo ato, in- dade. Detrás do insucesso escolar enco-
terpretado como falta de boas maneiras. brem-se aflições, frustrações, amarguras,
Isso porque, ao longo dos séculos, lhe foi enfim, sofrimentos. A impulsiva fabrica-
passado, pela nata dirigente, que somos ção do malogro escolar não se restringe a
um povo acomodado, plácido, afável. Re- um problema educacional. Trata-se de um
zingar, organizar-se, exigir mudanças sig- problema social, cultural e até econômico.
nifica ser qualificado, por muitos, de ba-
derna, de infrator das leis, as quais foram
feitas pelo mesmo grupo retentor dos pri-
400
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Com o fracasso escolar justificam-se, pos- das ações colocadas no setor interno da
teriormente, mais tumultos sociais, mais escola formando e operacionalizando o
cadeias, mais clínicas psiquiátricas. “As an- Projeto Pedagógico.
tigas fábricas estão a ser reduzidas a mo-
numentos de arqueologia industrial, mas Sendo assim, o Plano de Gestão escolar
as escolas construídas à sua imagem e se- abarca todos os feitios da escola, bem
melhança sobrevivem.” como as ações que serão atingidas, que
devem incluir entre outros itens a ficha de
O momento atual é de mudança do papel cadastro da escola, conjunto de alunos,
do professor. Cada vez mais, o docente resumo do rendimento escolar do ano an-
deverá tornar-se um facilitador da apren- tecedente, discernimentos usados para a
dizagem, ao invés de um especialista da aglomeração dos alunos, determinações
área; enxergar o aluno como um coautor a serem aceitas pela escola, período de
ativo, em lugar de um receptor passivo; férias do setor administrativo, calendário
dar ostentação educacional no pensamen- escolar, horário de aulas, plano de aplica-
to crítico e criativo, em vez de priorizar o ção das soluções financeiras entre outros.
arquivamento de fatos; buscar como mé-
todo de ensino a ampliação da interação; Bem mais do que uma inovação da versão
reduzir a repetição ao mínimo necessário; do Plano de Escola, o Plano de Gestão é
procurar tornar ilimitado o acesso ao co- um documento que individualiza a dinâ-
nhecimento, em vez de limitá–lo ao con- mica na medida em que se deve desem-
teúdo da própria disciplina; e, finalmente, penhar o acompanhamento de todos os
centrar a avaliação na interpretação pro- fatos escolares ao longo e quatro anos,
dutiva, ao invés da demonstração do que apontando a operacionalização do Proje-
foi retido. to Pedagógico e do Plano de Ensino con-
jugado. São planejados os desígnios e os
conteúdos visando à intenção dos alunos
8.13. Gestão da aprendizagem. do ciclo propriamente dito.
Planejamento e gestão Sendo assim um dispositivo de ciclos onde
educacional embarga a ideia de que todos os alunos
aprenderão sem a aceleração do conteú-
O Plano de Gestão Escolar é um documen- do, poupando o ritmo de cada aluno pre-
to legislatório que traça o perfil da esco- sente.
la, impondo-lhe identidade e finalidades
corriqueiras de todo os abrangidos. Trans-
porta como norte para o gerenciamento
401
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

O mais admirável componente do Plano 8.14. O professor:


de Gestão é a operacionalização e acom-
formação e profissão
panhamentos das metas e objetivos do
Projeto Pedagógico e do Plano de Ensino,
Introdução
dirigindo a qualidade do ensino que será
dada aos alunos. O Plano de Gestão deve
O momento atual reclama que profissio-
então ponderar os objetivos e metas peda-
nais competentes, tanto em termo de tí-
gógicos, de no mínimo um semestre. Se o
tulo como em prática sejam convidados
Plano se acomoda a escola, ele poderá ser
a contribuir teórica, prática e eticamente
efetivado, sendo assim a sua real efetiva-
nos espaços educacionais. Entretanto, tal
ção ao final dos quatro anos. É importante
quadro assinala, a necessidade do profis-
a reunião de todos os envolvidos, periodi-
sional do ensino estar instrumentado a
camente para o julgamento do Plano de
desenvolver a sua práxis em conformida-
Gestão, para que seja demarcado se hou-
de com as exigências sociais mais amplas,
ve o empenho de gerenciar. Desse jeito é
ou seja, é preciso que esteja apto a acio-
possível tornar o plano um documento au-
nar um ensino que corresponda à forma-
têntico e de utilidade na metodologia pe-
ção do educando, de modo que esta esteja
dagógica. Todo o Plano de Gestão Escolar
compatível com os avanços que se descor-
submerge os aspectos administrativos e
tinam nas múltiplas atuações sociais.
pedagógicos, de maneira operacional, ge-
renciando os Planos Pedagógicos, sendo
assim o Plano de Gestão começa a ser um
documento que avaliará de tempos em
tempos as metas e os objetivos e admitirá
o controle do Plano de Ensino, ao longo
de quatro anos. A maior importância é a
garantia do Plano de Gestão Escolar é de
desempenhar um bom funcionamento do
Projeto Pedagógico e do Plano de Ensino.

https://www.portaleducacao.com.br
402
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Isso requer, certamente, que o educador Desse cenário, nascem propostas que re-
esteja atento, aberto e partícipe a todas clamam do professor, mais que estar pre-
e a quaisquer oportunidades que o levem sente em sala de aula, entretanto, con-
a ascender tanto no plano pessoal, profis- vidado a ver a sua profissão como algo
sional, cognitivo e quanto humano de sua a ser zelado e adubado com muito pre-
atuação. paro teórico. Para Rubem Alves, há uma
distinção entre professor e educador, ao
E em especial tratamento a docência, a for- afirmar que, “professor é profissão, não é
mação continuada, ao constituir-se pólo algo que se define por dentro, por amor.
para uma dinâmica social de formação Educador, ao contrário, não é profissão; é
contínua, se faz apelo para que os conhe- vocação. E toda uma vocação nasce de um
cimentos sejam compartilhados, contri- grande amor, de uma grande esperança”
buindo significativamente para a melhoria (apud FERACINE 1998, p. 50).
na qualidade da prática educativa, sendo,
em dado momento, compreendida como Vendo o professor por essa ótica, fica cla-
uma atividade não-facultativa ao docente ro, que ele tem um papel social a cumprir,
engajar, mas de primordial relevância, vis- papel este, que se delimita a “provocar
to a avalanche de mudanças e transforma- “conflitos intelectuais”, para que, na bus-
ções porque passa o mundo atual. ca do equilíbrio, o aluno se desenvolva”
(FREITAS, 2005, p. 95).
A partir do que se coloca, o objetivo cen-
tral desta análise, é contribuir criticamen- Outra visão teoria sustenta que, no foco
te para a representatividade social que a das averiguações mais atuais sobre for-
formação continuada apresenta quanto mação de professores, encontra-se como
ao bom desempenho do professor diante questão-chave a necessidade do professor
de seu complexo cenário de atuação pro- desempenhar uma atividade profissional
fissional. ao mesmo tempo teórica quanto prática,
visto que:
1. Profissão: professor

A cada dia que passa a cada olhar sobre e


para a educação, percebe-se que os pro-
fissionais do ensino são mais cobrados.
São cobranças que derivam desde a eficá-
cia do seu trabalho, bem como exigências
quanto a uma formação mais sólida e re-
presentada por títulos acadêmicos.
403
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

A profissão de professor combina sistema- da sociedade em que se encontra inserida.


ticamente elementos teóricos com situa- Para Freitas (op. cit. p. 73), “a função so-
ções práticas reais. É difícil pensar na pos- cial da escola se cumpre na medida da ga-
sibilidade de educar fora de uma situação rantia do acesso aos bens culturais, fun-
concreta e de uma realidade definida. Por damentais para o exercício da cidadania
essa razão, a ênfase na prática como ati- plena no mundo contemporâneo”. E para
vidade formativa é um dos aspectos cen- estar preparado para garantir uma forma-
trais a ser considerado, com conseqüên- ção satisfatória ao educando, diante da
cias decisivas para a formação profissional sociedade da qual participa, o professor
(LIBANEO, s/d, p.230). necessita atualizar-se em seus estudos, ou
seja, revisitar as teorias da sua formação,
Diante destas discussões, a profissão do- como alicerce a balizar a sua prática peda-
cente abrange singularidades que a dife- gógica.
rencia dos demais profissionais, ou seja,
não é suficiente apenas carregar um título É aí que entra em cena a questão da for-
acadêmico, é preciso dedicação, degrau mação contínua do professor, porque, “a
que não se alcança apenas pelo simples profissão docente é uma profissão em
querer-ser, mas que só estará disponível construção”, (FERREIRA, s/d, p. 56), nas-
quando há compromisso deste profissio- cendo então, a autoridade da sua reflexão
nal consigo mesmo, sob uma ação pau- sócio-histórica, como ponto a favorecer
tada pela ética e pelo compromisso de na compreensão da situação atual dos
crescer tanto no plano profissional quanto desenvolvimentos pedagógicos. Para este
pessoal. mesmo autor,

2. Identidade profissional versus exigên- a profissionalização dos professores de-


cias sociais pende hoje, em grande medida, portan-
to, da sua capacidade de construírem
Compreender a identidade profissional do um corpo de saber que garanta a sua au-
professor está diretamente ligada à inter- tonomia perante o Estado, não no senti-
pretação social da sua profissão. Assim, se do da conquista da soberania na sala de
considera que os movimentos sociais têm aula mas antes no sentido da criação de
intrínseca relação com os projetos educa- novas culturas profissionais de colabora-
cionais, é preciso entender que a escola ção (Idem, p. 62).
não é um espaço aleatório, portanto, um
cenário onde a objetividade se faça pre-
sente. Isso implica em dizer, que esta ins-
tituição tem uma função específica dentro
404
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Neste sentido, a formação continuada sor atualizar-se, no sentido de ministrar


do professor, apodera-se de uma defini- um ensino que corresponda à formação
ção ímpar, no que diz respeito à condi- do cidadão que a evolução social aponta.
ção para a aprendizagem permanente e Consoante o disposto na Lei de Diretri-
para o desenvolvimento pessoal, cultural zes e Bases da Educação Nº 9.394/96, são
e profissional de professores e especialis- apresentados como critérios para forma-
tas. É na escola, no contexto de trabalho, ção do educador, que:
que os professores enfrentam e resolvem
problemas, elaboram e modificam pro-
cedimentos, criam e recriam estratégias Autor: Celma Yara Pereira da Silva
de trabalho e, com isso, vão promovendo https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/o-
-professor-sua-identidade-profissional-formacao-continu-
mudanças pessoais e profissionais (LIBA- ada-.htm
NEO, s/d, p. 227).
8.15. Competências e habilida-
Com base nessas colocações, a alternativa
de crescimento tanto pessoal quanto inte-
des propostas pela Base Nacio-
lectual e profissional do docente abrange nal Comum Curricular (BNCC)
perspectivas individuais e coletivas, quan- da Educação Infantil e nos anos
do as primeiras se justificam pelo posicio-
iniciais do Ensino Fundamental
namento do próprio “eu”, visando ao bem
coletivo e as segundas se justificam, mais
especificamente, pelos índices de colabo- A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
ração e interação entre os profissionais da é um documento de caráter normativo
classe e sua flexibilidade em partilhar ex- que define o conjunto orgânico e pro-
periências, sentimentos, fraquezas, habili- gressivo de aprendizagens essenciais que
dades e competências que favoreçam ao todos os alunos devem desenvolver ao
corpo escolar, propriamente dito. longo das etapas e modalidades da Educa-
ção Básica, de modo a que tenham asse-
2.1 O que reza a LDB gurados seus direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, em conformidade com
As exigências quanto à formação docente, o que preceitua o Plano Nacional de Edu-
não nascem do acaso, apesar de, às vezes, cação (PNE).
serem consideradas desumanas, confor-
me as cobranças conhecidas na voz das
agências internacionais, que datam iní-
cio e fim para que o processo transcorra,
compreende-se a necessidade do profes-
405
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Este documento normativo aplica-se ex- tamar comum de aprendizagens a todos


clusivamente à educação escolar, tal como os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é
a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Dire- instrumento fundamental.
trizes e Bases da Educação Nacional (LDB,
Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pe- Ao longo da Educação Básica, as apren-
los princípios éticos, políticos e estéticos dizagens essenciais definidas na BNCC
que visam à formação humana integral e devem concorrer para assegurar aos es-
à construção de uma sociedade justa, de- tudantes o desenvolvimento de dez com-
mocrática e inclusiva, como fundamenta- petências gerais, que consubstanciam, no
do nas Diretrizes Curriculares Nacionais âmbito pedagógico, os direitos de apren-
da Educação Básica (DCN)2. dizagem e desenvolvimento.

Referência nacional para a formulação Na BNCC, competência é definida como a


dos currículos dos sistemas e das redes mobilização de conhecimentos (conceitos
escolares dos Estados, do Distrito Federal e procedimentos), habilidades (práticas,
e dos Municípios e das propostas peda- cognitivas e socioemocionais), atitudes e
gógicas das instituições escolares, a BNCC valores para resolver demandas comple-
integra a política nacional da Educação xas da vida cotidiana, do pleno exercício
Básica e vai contribuir para o alinhamen- da cidadania e do mundo do trabalho.
to de outras políticas e ações, em âmbito
federal, estadual e municipal, referentes Ao definir essas competências, a BNCC
à formação de professores, à avaliação, à reconhece que a “educação deve afirmar
elaboração de conteúdos educacionais e valores e estimular ações que contribuam
aos critérios para a oferta de infraestrutu- para a transformação da sociedade, tor-
ra adequada para o pleno desenvolvimen- nando-a mais humana, socialmente justa
to da educação. e, também, voltada para a preservação da
natureza” (BRASIL, 2013)3, mostrando-se
Nesse sentido, espera-se que a BNCC aju- também alinhada à Agenda 2030 da Orga-
de a superar a fragmentação das políticas nização das Nações Unidas (ONU)4.
educacionais, enseje o fortalecimento do
regime de colaboração entre as três esfe-
ras de governo e seja balizadora da quali-
dade da educação.

Assim, para além da garantia de acesso e


permanência na escola, é necessário que
sistemas, redes e escolas garantam um pa-
406
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

É imprescindível destacar que as compe- Conferência de Yalta


tências gerais da Educação Básica, apre-
sentadas a seguir, inter-relacionam-se e Em fevereiro de 1945, mesmo antes de ser
desdobram-se no tratamento didático oficializado o final da guerra, foi realizada
proposto para as três etapas da Educação a Conferência de Yalta, às margens do mar
Básica (Educação Infantil, Ensino Funda- Negro, na Crimeia (União Soviética).
mental e Ensino Médio), articulando-se na
construção de conhecimentos, no desen- Franklin Roosevelt (1858-1911), Winston
volvimento de habilidades e na formação Churchill (1874-1965) e Josef Stalin (1878-
de atitudes e valores, nos termos da LDB. 1953) começaram a discutir a criação da
ONU.
História Essa discussão foi orientada com bases di-
ferentes da Liga das Nações, que terminou
Após a Segunda Guerra Mundial, em 19 por fracassar.
de agosto de 1945, o saldo deixado era
devastador. Foram mais de 30 milhões de Reunidos em São Francisco (nos Estados
feridos e pelo menos 50 milhões de mor- Unidos), entre os dias 25 de abril e 26 de
tos distribuídos em inúmeras cidades des- junho de 1945, representantes de cin-
truídas. quenta países redigiram e assinaram a
Carta das Nações Unidas.
Nações como a França, a Inglaterra e Ale-
manha, estavam arrasadas. Somente a Po- O documento passou a existir oficialmen-
lônia perdera seis milhões de habitantes, te no dia 24 de outubro de 1945.
e o Japão, 1,5 milhão em decorrência das
bombas atômicas lançadas em Hiroshima
e em Nagasaki.

Foram 6 milhões de judeus assassinados


nos campos de concentração nazistas.

O mundo estava politicamente dividido


entre capitalistas e socialistas, liderados
respectivamente por Estados Unidos e
União Soviética. Era o começo da Guerra
Fria, um período de incerteza e inseguran-
ça.
407
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Principais Órgãos da ONU • Estados Unidos


• Rússia (antes de 1991 era a União das
Com sede em Nova York, a ONU compre- Repúblicas Socialistas Soviéticas)
ende cinco órgãos principais: • Reino Unido
• França
• o Conselho de Segurança; • China (inicialmente a China Nacionalis-
• a Assembleia Geral; ta, Formosa, e a partir de 1971, a China
• o Secretariado; Continental, comunista)
• o Conselho Econômico e Social;
• a Corte Internacional de Justiça. Além disso, há dez indicados pela Assem-
• São órgãos que trabalham separada- bleia Geral para um período de dois anos.
mente, mas com ampla intercomuni-
cação, coordenando as atividades da O Brasil, entre outros países, reivindica a
organização. ampliação do número de membros per-
O Conselho de Tutela tinha a função de manentes do Conselho de Segurança e
proteger povos sem governo próprio sen- sua participação entre eles.
do composto por membros do Conselho
de Segurança e outros eleitos pela Assem- Assembleia Geral da ONU
bleia Geral.
A Assembleia Geral da ONU é composta
Foi desativado em 1997, três anos após a pelos representantes de todos os países
independência da última colônia, Palau, membros, tendo cada um direito de voto.
que se tornou um Estado membro das
Nações Unidas, em dezembro de 1994. O Sua função é discutir os assuntos relacio-
conselho só se reúne a pedido da Assem- nados com a paz, a segurança, o bem-es-
bleia Geral. tar e a justiça no mundo.

Conselho de Segurança Não pode tomar decisões, apresentando


apenas voto de recomendação e função
O Conselho de Segurança é considerado o consultiva.
órgão mais importante da ONU. Cabe ao
Conselho manter a paz mundial. Ele pode Secretariado Geral da ONU
propor acordos ou decidir ações armadas.
O Secretariado Geral da ONU é dirigido
É composto por cinco membros perma- pelo secretário-geral, a principal autorida-
nentes, com direito a veto: de da ONU, que tem a função de adminis-
trar a instituição.
408
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

É eleito por cinco anos (com direito a re- Unicef


eleição), pelo Conselho de Segurança e
aprovado pela Assembleia Geral. A Unicef foi criada em 11 de dezembro de
1946 por decisão da Assembleia Geral da
Conselho Econômico e Social ONU. No início, os programas do Unicef
prestavam assistência de maneira emer-
O objetivo do Conselho Econômico e So- gencial para as crianças vítimas da guerra
cial é promover o bem estar econômico e na Europa, no Oriente Médio e na China.
social das populações.
Com a Europa reconstruída, os trabalhos
Atua por meio de comissões, como a Co- do Unicef foram direcionados para as-
missão de Direitos Humanos, Comissão sistência às crianças vítimas da fome no
dos Estatutos da Mulher, a Comissão de mundo. Assim, em 1953, o Unicef passou
Entorpecentes, entre outras. a integrar a ONU como órgão permanen-
te.
Também coordena agências especializa-
das, como: O órgão, cuja sede está em Nova Iorque,
atende 191 países, tendo o apoio de 36
• a Unesco (Organização das Nações Uni- comitês nacionais, oito escritórios regio-
das para Educação, Ciência e Cultura); nais e 126 nos países onde atua.
• a Unicef (Fundo das Nações Unidas Unesco
para a Infância);
• a OIT (Organização Internacional do A Unesco é considerada a agência intelec-
Trabalho); tual da ONU. Criada em 1945 para respon-
• o FMI (Fundo Monetário Internacio- der às necessidades do pós-guerra.
nal); Entre os objetivos da Unesco estão:
• a Cepal (Comissão Econômica para a
América Latina); • atuar para o acesso de toda a criança
• a FAO (Organização para Alimentação e na escola;
Agricultura); • proteger o patrimônio e a diversidade
• a OMS (Organização Mundial da Saú- cultura;
de). • promover a cooperação científica en-
tre os países;
Há, ainda, a Corte Internacional de Justi- • proteger a liberdade de expressão.
ça, o principal órgão jurídico da ONU, com
sede em Haia, nos Países Baixos.
409
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

FMI co-cultural.

O FMI foi criado em 1945 e hoje reúne 188 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal
países. Entre os objetivos do fundo estão: (oral ou visual-motora, como Libras,
• a promoção da cooperação monetária e escrita), corporal, visual, sonora e
em nível internacional; digital –, bem como conhecimentos
• a garantia da estabilidade financeira; das linguagens artística, matemática
• a facilidade ao comércio internacional; e científica, para se expressar e parti-
• a promoção de ações que garantam; lhar informações, experiências, ideias
• o crescimento econômico; e sentimentos em diferentes contextos
• a redução da pobreza no mundo. e produzir sentidos que levem ao en-
tendimento mútuo.
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO 5. Compreender, utilizar e criar tecnolo-
BÁSICA gias digitais de informação e comuni-
cação de forma crítica, significativa,
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos reflexiva e ética nas diversas práticas
historicamente construídos sobre o sociais (incluindo as escolares) para se
mundo físico, social, cultural e digital comunicar, acessar e disseminar infor-
para entender e explicar a realidade, mações, produzir conhecimentos, re-
continuar aprendendo e colaborar solver problemas e exercer protagonis-
para a construção de uma sociedade mo e autoria na vida pessoal e coletiva.
justa, democrática e inclusiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e
2. Exercitar a curiosidade intelectual e vivências culturais e apropriar-se de
recorrer à abordagem própria das ci- conhecimentos e experiências que lhe
ências, incluindo a investigação, a re- possibilitem entender as relações pró-
flexão, a análise crítica, a imaginação prias do mundo do trabalho e fazer
e a criatividade, para investigar causas, escolhas alinhadas ao exercício da ci-
elaborar e testar hipóteses, formular dadania e ao seu projeto de vida, com
e resolver problemas e criar soluções liberdade, autonomia, consciência crí-
(inclusive tecnológicas) com base nos tica e responsabilidade.
conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifesta-


ções artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de prá-
ticas diversificadas da produção artísti-
410
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

7. Argumentar com base em fatos, dados OS MARCOS LEGAIS QUE EMBASAM A


e informações confiáveis, para formu- BNCCA
lar, negociar e defender ideias, pontos
de vista e decisões comuns que res- Constituição Federal de 19885, em seu
peitem e promovam os direitos huma- Artigo 205, reconhece a educação como
nos, a consciência socioambiental e o direito fundamental compartilhado entre
consumo responsável em âmbito local, Estado, família e sociedade ao determinar
regional e global, com posicionamento que
ético em relação ao cuidado de si mes-
mo, dos outros e do planeta. a educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de incentivada com a colaboração da socie-
sua saúde física e emocional, compre- dade, visando ao pleno desenvolvimento
endendo-se na diversidade humana e da pessoa, seu preparo para o exercício
reconhecendo suas emoções e as dos da cidadania e sua qualificação para o
outros, com autocrítica e capacidade trabalho (BRASIL, 1988).
para lidar com elas.
Para atender a tais finalidades no âmbito
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a re- da educação escolar, a Carta Constitucio-
solução de conflitos e a cooperação, nal, no Artigo 210, já reconhece a neces-
fazendo-se respeitar e promovendo o sidade de que sejam “fixados conteúdos
respeito ao outro e aos direitos huma- mínimos para o ensino fundamental, de
nos, com acolhimento e valorização da maneira a assegurar formação básica co-
diversidade de indivíduos e de grupos mum e respeito aos valores culturais e
sociais, seus saberes, identidades, cul- artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL,
turas e potencialidades, sem precon- 1988).
ceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com au-


tonomia, responsabilidade, flexibilida-
de, resiliência e determinação, toman-
do decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sus-
tentáveis e solidários.
411
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Com base nesses marcos constitucionais, os currículos da Educação Infantil, do


a LDB, no Inciso IV de seu Artigo 9º, afirma Ensino Fundamental e do Ensino Médio
que cabe à União devem ter base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de
estabelecer, em colaboração com os Es- ensino e em cada estabelecimento esco-
tados, o Distrito Federal e os Municípios, lar, por uma parte diversificada, exigida
competências e diretrizes para a Educa- pelas características regionais e locais
ção Infantil, o Ensino Fundamental e o da sociedade, da cultura, da economia
Ensino Médio, que nortearão os currícu- e dos educandos (BRASIL, 1996; ênfase
los e seus conteúdos mínimos, de modo adicionada).
a assegurar formação básica comum
(BRASIL, 1996; ênfase adicionada). Essa orientação induziu à concepção do
conhecimento curricular contextualizado
Nesse artigo, a LDB deixa claros dois con- pela realidade local, social e individual da
ceitos decisivos para todo o desenvolvi- escola e do seu alunado, que foi o norte
mento da questão curricular no Brasil. O das diretrizes curriculares traçadas pelo
primeiro, já antecipado pela Constituição, Conselho Nacional de Educação (CNE) ao
estabelece a relação entre o que é bási- longo da década de 1990, bem como de
co-comum e o que é diverso em matéria sua revisão nos anos 2000.
curricular: as competências e diretrizes
são comuns, os currículos são diversos. O Em 2010, o CNE promulgou novas DCN,
segundo se refere ao foco do currículo. Ao ampliando e organizando o conceito de
dizer que os conteúdos curriculares estão contextualização como “a inclusão, a va-
a serviço do desenvolvimento de com- lorização das diferenças e o atendimento
petências, a LDB orienta a definição das à pluralidade e à diversidade cultural res-
aprendizagens essenciais, e não apenas gatando e respeitando as várias manifes-
dos conteúdos mínimos a ser ensinados. tações de cada comunidade”, conforme
Essas são duas noções fundantes da BNCC. destaca o Parecer CNE/CEB nº 7/20106.

A relação entre o que é básico-comum e o Em 2014, a Lei nº 13.005/20147 promul-


que é diverso é retomada no Artigo 26 da gou o Plano Nacional de Educação (PNE),
LDB, que determina que que reitera a necessidade de
412
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

estabelecer e implantar, mediante pac- (BRASIL, 20178; ênfases adicionadas).


tuação interfederativa [União, Estados,
Distrito Federal e Municípios], diretrizes Trata-se, portanto, de maneiras diferentes
pedagógicas para a educação básica e e intercambiáveis para designar algo co-
a base nacional comum dos currículos, mum, ou seja, aquilo que os estudantes
com direitos e objetivos de aprendizagem devem aprender na Educação Básica, o
e desenvolvimento dos(as) alunos(as) que inclui tanto os saberes quanto a capa-
para cada ano do Ensino Fundamental cidade de mobilizá-los e aplicá-los.
e Médio, respeitadas as diversidades re-
gional, estadual e local (BRASIL, 2014). OS FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DA
BNCCFOCO NO DESENVOLVIMENTO DE
Nesse sentido, consoante aos marcos le- COMPETÊNCIASO
gais anteriores, o PNE afirma a importância
de uma base nacional comum curricular conceito de competência, adotado pela
para o Brasil, com o foco na aprendizagem BNCC, marca a discussão pedagógica e so-
como estratégia para fomentar a qualida- cial das últimas décadas e pode ser inferi-
de da Educação Básica em todas as eta- do no texto da LDB, especialmente quan-
pas e modalidades (meta 7), referindo-se do se estabelecem as finalidades gerais do
a direitos e objetivos de aprendizagem e Ensino Fundamental e do Ensino Médio
desenvolvimento. (Artigos 32 e 35).

Em 2017, com a alteração da LDB por for- Além disso, desde as décadas finais do sé-
ça da Lei nº 13.415/2017, a legislação bra- culo XX e ao longo deste início do século
sileira passa a utilizar, concomitantemen- XXI9, o foco no desenvolvimento de com-
te, duas nomenclaturas para se referir às petências tem orientado a maioria dos Es-
finalidades da educação: tados e Municípios brasileiros e diferentes
países na construção de seus currículos10.
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Cur-
ricular definirá direitos e objetivos de
aprendizagem do ensino médio, confor-
me diretrizes do Conselho Nacional de
Educação, nas seguintes áreas do conhe-
cimento [...]Art. 36. § 1º A organização
das áreas de que trata o caput e das
respectivas competências e habilidades
será feita de acordo com critérios es-
tabelecidos em cada sistema de ensino
413
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

É esse também o enfoque adotado nas der, para que aprender, como ensinar,
avaliações internacionais da Organização como promover redes de aprendizagem
para a Cooperação e Desenvolvimento colaborativa e como avaliar o aprendiza-
Econômico (OCDE), que coordena o Pro- do.
grama Internacional de Avaliação de Alu-
nos (Pisa, na sigla em inglês)11, e da Organi- No novo cenário mundial, reconhecer-se
zação das Nações Unidas para a Educação, em seu contexto histórico e cultural, co-
a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em municar-se, ser criativo, analítico-crítico,
inglês), que instituiu o Laboratório Latino- participativo, aberto ao novo, colabora-
-americano de Avaliação da Qualidade da tivo, resiliente, produtivo e responsável
Educação para a América Latina (LLECE, na requer muito mais do que o acúmulo de
sigla em espanhol)12. informações. Requer o desenvolvimento
de competências para aprender a apren-
Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica der, saber lidar com a informação cada vez
que as decisões pedagógicas devem es- mais disponível, atuar com discernimento
tar orientadas para o desenvolvimento e responsabilidade nos contextos das cul-
de competências. Por meio da indicação turas digitais, aplicar conhecimentos para
clara do que os alunos devem “saber” resolver problemas, ter autonomia para
(considerando a constituição de conheci- tomar decisões, ser proativo para identi-
mentos, habilidades, atitudes e valores) ficar os dados de uma situação e buscar
e, sobretudo, do que devem “saber fa- soluções, conviver e aprender com as di-
zer” (considerando a mobilização desses ferenças e as diversidades.
conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores para resolver demandas comple- Nesse contexto, a BNCC afirma, de manei-
xas da vida cotidiana, do pleno exercício ra explícita, o seu compromisso com a edu-
da cidadania e do mundo do trabalho), a cação integral13. Reconhece, assim, que a
explicitação das competências oferece re- Educação Básica deve visar à formação
ferências para o fortalecimento de ações e ao desenvolvimento humano global, o
que assegurem as aprendizagens essen- que implica compreender a complexidade
ciais definidas na BNCC. e a não linearidade desse desenvolvimen-
to, rompendo com visões reducionistas
O COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO IN- que privilegiam ou a dimensão intelectual
TEGRAL (cognitiva) ou a dimensão afetiva.

A sociedade contemporânea impõe um


olhar inovador e inclusivo a questões cen-
trais do processo educativo: o que apren-
414
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Significa, ainda, assumir uma visão plural, O PACTO INTERFEDERATIVO E A IMPLE-


singular e integral da criança, do adoles- MENTAÇÃO DA BNCC
cente, do jovem e do adulto – consideran-
do-os como sujeitos de aprendizagem – e BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR:
promover uma educação voltada ao seu IGUALDADE, DIVERSIDADE E EQUIDADE
acolhimento, reconhecimento e desenvol-
vimento pleno, nas suas singularidades e No Brasil, um país caracterizado pela au-
diversidades. Além disso, a escola, como tonomia dos entes federados, acentuada
espaço de aprendizagem e de democra- diversidade cultural e profundas desigual-
cia inclusiva, deve se fortalecer na prática dades sociais, os sistemas e redes de ensi-
coercitiva de não discriminação, não pre- no devem construir currículos, e as escolas
conceito e respeito às diferenças e diver- precisam elaborar propostas pedagógicas
sidades. que considerem as necessidades, as pos-
sibilidades e os interesses dos estudantes,
Independentemente da duração da jorna- assim como suas identidades linguísticas,
da escolar, o conceito de educação inte- étnicas e culturais.
gral com o qual a BNCC está comprome-
tida se refere à construção intencional Nesse processo, a BNCC desempenha pa-
de processos educativos que promovam pel fundamental, pois explicita as aprendi-
aprendizagens sintonizadas com as neces- zagens essenciais que todos os estudantes
sidades, as possibilidades e os interesses devem desenvolver e expressa, portanto,
dos estudantes e, também, com os de- a igualdade educacional sobre a qual as
safios da sociedade contemporânea. Isso singularidades devem ser consideradas e
supõe considerar as diferentes infâncias atendidas. Essa igualdade deve valer tam-
e juventudes, as diversas culturas juvenis bém para as oportunidades de ingresso e
e seu potencial de criar novas formas de permanência em uma escola de Educação
existir. Básica, sem o que o direito de aprender
não se concretiza.
Assim, a BNCC propõe a superação da frag-
mentação radicalmente disciplinar do co- O Brasil, ao longo de sua história, natura-
nhecimento, o estímulo à sua aplicação na lizou desigualdades educacionais em re-
vida real, a importância do contexto para lação ao acesso à escola, à permanência
dar sentido ao que se aprende e o prota- dos estudantes e ao seu aprendizado. São
gonismo do estudante em sua aprendi- amplamente conhecidas as enormes desi-
zagem e na construção de seu projeto de gualdades entre os grupos de estudantes
vida. definidos por raça, sexo e condição socio-
econômica de suas famílias.
415
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Diante desse quadro, as decisões curricu- as DCN. Dessa maneira, reconhecem que
lares e didático-pedagógicas das Secreta- a educação tem um compromisso com a
rias de Educação, o planejamento do tra- formação e o desenvolvimento humano
balho anual das instituições escolares e as global, em suas dimensões intelectual, fí-
rotinas e os eventos do cotidiano escolar sica, afetiva, social, ética, moral e simbó-
devem levar em consideração a necessi- lica.
dade de superação dessas desigualdades.
Além disso, BNCC e currículos têm pa-
Para isso, os sistemas e redes de ensino e péis complementares para assegurar as
as instituições escolares devem se plane- aprendizagens essenciais definidas para
jar com um claro foco na equidade, que cada etapa da Educação Básica, uma vez
pressupõe reconhecer que as necessida- que tais aprendizagens só se materializam
des dos estudantes são diferentes. mediante o conjunto de decisões que ca-
racterizam o currículo em ação. São essas
De forma particular, um planejamento decisões que vão adequar as proposições
com foco na equidade também exige um da BNCC à realidade local, considerando a
claro compromisso de reverter a situa- autonomia dos sistemas ou das redes de
ção de exclusão histórica que marginaliza ensino e das instituições escolares, como
grupos – como os povos indígenas origi- também o contexto e as características
nários e as populações das comunidades dos alunos. Essas decisões, que resultam
remanescentes de quilombos e demais de um processo de envolvimento e parti-
afrodescendentes – e as pessoas que não cipação das famílias e da comunidade, re-
puderam estudar ou completar sua esco- ferem-se, entre outras ações, a:
laridade na idade própria. Igualmente, re-
quer o compromisso com os alunos com
deficiência, reconhecendo a necessidade
de práticas pedagógicas inclusivas e de di-
ferenciação curricular, conforme estabele-
cido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Lei nº 13.146/2015)14.

BASE NACIONAL COMUM


CURRICULAR E CURRÍCULOS

A BNCC e os currículos se identificam na


comunhão de princípios e valores que,
como já mencionado, orientam a LDB e
416
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

• contextualizar os conteúdos dos com- alunos;selecionar, produzir, aplicar e


ponentes curriculares, identificando avaliar recursos didáticos e tecnológi-
estratégias para apresentá-los, repre- cos para apoiar o processo de ensinar
sentá-los, exemplificá-los, conectá-los e aprender;
e torná-los significativos, com base
na realidade do lugar e do tempo nos • criar e disponibilizar materiais de
quais as aprendizagens estão situadas; orientação para os professores, bem
como manter processos permanentes
• decidir sobre formas de organização de formação docente que possibilitem
interdisciplinar dos componentes cur- contínuo aperfeiçoamento dos proces-
riculares e fortalecer a competência sos de ensino e aprendizagem;
pedagógica das equipes escolares para
adotar estratégias mais dinâmicas, in- • manter processos contínuos de apren-
terativas e colaborativas em relação à dizagem sobre gestão pedagógica e
gestão do ensino e da aprendizagem; curricular para os demais educadores,
no âmbito das escolas e sistemas de
• selecionar e aplicar metodologias e es- ensino.
tratégias didático-pedagógicas diversi-
ficadas, recorrendo a ritmos diferen- Essas decisões precisam, igualmente, ser
ciados e a conteúdos complementares, consideradas na organização de currículos
se necessário, para trabalhar com as e propostas adequados às diferentes mo-
necessidades de diferentes grupos de dalidades de ensino (Educação Especial,
alunos, suas famílias e cultura de ori- Educação de Jovens e Adultos, Educação
gem, suas comunidades, seus grupos do Campo, Educação Escolar Indígena,
de socialização etc.; Educação Escolar Quilombola, Educação
a Distância), atendendo-se às orientações
• conceber e pôr em prática situações e das Diretrizes Curriculares Nacionais. No
procedimentos para motivar e engajar caso da Educação Escolar Indígena, por
os alunos nas aprendizagens; exemplo, isso significa assegurar compe-
tências específicas com base nos princí-
• construir e aplicar procedimentos de pios da coletividade, reciprocidade, in-
avaliação formativa de processo ou tegralidade, espiritualidade e alteridade
de resultado que levem em conta os indígena, a serem desenvolvidas a partir
contextos e as condições de aprendi- de suas culturas tradicionais reconheci-
zagem, tomando tais registros como das nos currículos dos sistemas de ensino
referência para melhorar o desempe- e propostas pedagógicas das instituições
nho da escola, dos professores e dos escolares.
417
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Significa também, em uma perspectiva in- resultados.


tercultural, considerar seus projetos edu-
cativos, suas cosmologias, suas lógicas, Por fim, cabe aos sistemas e redes de
seus valores e princípios pedagógicos pró- ensino, assim como às escolas, em suas
prios (em consonância com a Constituição respectivas esferas de autonomia e com-
Federal, com as Diretrizes Internacionais petência, incorporar aos currículos e às
da OIT – Convenção 169 e com documen- propostas pedagógicas a abordagem de
tos da ONU e Unesco sobre os direitos temas contemporâneos que afetam a vida
indígenas) e suas referências específicas, humana em escala local, regional e global,
tais como: construir currículos intercultu- preferencialmente de forma transversal e
rais, diferenciados e bilíngues, seus siste- integradora. Entre esses temas, destacam-
mas próprios de ensino e aprendizagem, -se: direitos da criança e do adolescente
tanto dos conteúdos universais quanto (Lei nº 8.069/199016), educação para o
dos conhecimentos indígenas, bem como trânsito (Lei nº 9.503/199717), educação
o ensino da língua indígena como primei- ambiental (Lei nº 9.795/1999,
ra língua15.
Parecer CNE/CP nº 14/2012 e Resolução
É também da alçada dos entes federa- CNE/CP nº 2/201218), educação alimentar
dos responsáveis pela implementação da e nutricional (Lei nº 11.947/200919), pro-
BNCC o reconhecimento da experiência cesso de envelhecimento, respeito e va-
curricular existente em seu âmbito de lorização do idoso (Lei nº 10.741/200320),
atuação. Nas duas últimas décadas, mais educação em direitos humanos (Decreto
da metade dos Estados e muitos Municí- nº 7.037/2009, Parecer CNE/CP nº 8/2012
pios vêm elaborando currículos para seus e Resolução CNE/CP nº 1/201221), educa-
respectivos sistemas de ensino, inclusive ção das relações étnico-raciais e ensino
para atender às especificidades das dife- de história e cultura afro-brasileira, afri-
rentes modalidades. Muitas escolas pú- cana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e
blicas e particulares também acumularam 11.645/2008,
experiências de desenvolvimento curri-
cular e de criação de materiais de apoio Parecer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução
ao currículo, assim como instituições de CNE/CP nº 1/200422), bem como saúde,
ensino superior construíram experiências vida familiar e social, educação para o
de consultoria e de apoio técnico ao de- consumo, educação financeira e fiscal,
senvolvimento curricular. Inventariar e trabalho, ciência e tecnologia e diversida-
avaliar toda essa experiência pode contri- de cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010
buir para aprender com acertos e erros e e Resolução CNE/CEB nº 7/201023).
incorporar práticas que propiciaram bons
418
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Na BNCC, essas temáticas são contempla- dos entes federados serão diferentes e
das em habilidades dos componentes cur- complementares, e a União continuará a
riculares, cabendo aos sistemas de ensino exercer seu papel de coordenação do pro-
e escolas, de acordo com suas especifici- cesso e de correção das desigualdades.
dades, tratá-las de forma contextualizada.
A primeira tarefa de responsabilidade di-
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E reta da União será a revisão da formação
REGIME DE COLABORAÇÃO inicial e continuada dos professores para
alinhá-las à BNCC. A ação nacional será
Legitimada pelo pacto interfederativo, nos crucial nessa iniciativa, já que se trata da
termos da Lei nº 13.005/ 2014, que pro- esfera que responde pela regulação do
mulgou o PNE, a BNCC depende do ade- ensino superior, nível no qual se prepara
quado funcionamento do regime de cola- grande parte desses profissionais. Dian-
boração para alcançar seus objetivos. Sua te das evidências sobre a relevância dos
formulação, sob coordenação do MEC, professores e demais membros da equipe
contou com a participação dos Estados do escolar para o sucesso dos alunos, essa é
Distrito Federal e dos Municípios, depois uma ação fundamental para a implemen-
de ampla consulta à comunidade educa- tação eficaz da BNCC.
cional e à sociedade, conforme consta da
apresentação do presente documento. Compete ainda à União, como anterior-
mente anunciado, promover e coordenar
Com a homologação da BNCC, as redes de ações e políticas em âmbito federal, esta-
ensino e escolas particulares terão diante dual e municipal, referentes à avaliação,
de si a tarefa de construir currículos, com à elaboração de materiais pedagógicos e
base nas aprendizagens essenciais esta- aos critérios para a oferta de infraestrutu-
belecidas na BNCC, passando, assim, do ra adequada para o pleno desenvolvimen-
plano normativo propositivo para o plano to da educação.
da ação e da gestão curricular que envolve
todo o conjunto de decisões e ações defi-
nidoras do currículo e de sua dinâmica.

Embora a implementação seja prerrogati-


va dos sistemas e das redes de ensino, a
dimensão e a complexidade da tarefa vão
exigir que União, Estados, Distrito Federal
e Municípios somem esforços. Nesse regi-
me de colaboração, as responsabilidades
419
CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

Por se constituir em uma política nacional,


a implementação da BNCC requer, ainda,
o monitoramento pelo MEC em colabora-
ção com os organismos nacionais da área
– CNE, Consed e Undime. Em um país com
a dimensão e a desigualdade do Brasil, a
permanência e a sustentabilidade de um
projeto como a BNCC dependem da cria-
ção e do fortalecimento de instâncias téc-
nico-pedagógicas nas redes de ensino,
priorizando aqueles com menores recur-
sos, tanto técnicos quanto financeiros.
Essa função deverá ser exercida pelo MEC,
em parceria com o Consed e a Undime,
respeitada a autonomia dos entes federa-
dos.

A atuação do MEC, além do apoio técni-


co e financeiro, deve incluir também o
fomento a inovações e a disseminação
de casos de sucesso; o apoio a experiên-
cias curriculares inovadoras; a criação de
oportunidades de acesso a conhecimen-
tos e experiências de outros países; e,
ainda, o fomento de estudos e pesquisas
sobre currículos e temas afins.
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CONCURSO BARRA DOS COQUEIROS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICO SOBRE EDUCAÇÃO

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