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Conteudistas:

Arnaldo Nadim Miziara – Perito Criminal da Polícia Civil do Distrito Federal, Engenheiro
Civil, Pós-graduado em Didática do Ensino Superior, especialista em perícias de
Identificação Veicular e Documental pela Associação Brasilleira de Criminalística,
pesquisador e autor de livros sobre identificação veicular e documental.

Gersioneton de Araújo Barros – Agente de Polícia da Polícia Civil do Distrito Federal,


Bacharel em Teologia e Técnico de Identificação Veicular, pesquisador e autor de livros
sobre identificação veicular e documental.

Principais obras sobre identificação veicular e documental publicadas pelos conteudistas:

A) Obras publicadas em separado

Miziara: - Curso de Detecção de Veículos Roubados/Furtados, apostila pelo DENATRAN


– 1981;

Gersioneton: - Original ou Regravado? – 2001; Identificação Veicular ao Alcance de


Todos – Nacionais e Importados – 2005;

B) Obras publicadas em conjunto:

- Manual de Identificação Veicular e Documental, pelo DENATRAN – 1994;

- Novo Manual de Técnicas de Identificação Veicular e Documental, pela ABDETRAN -


1999;

- Manual de Identificação Veicular e Documental, edição independente – 2009.

- Curso de Identificação Veicular 1 (IDV1), para a EAD-SENASP (2008).

- Curso de Identificação Veicular 2 (IDV2), para a EAD-SENASP (2011).

- Manual de Identificação Veicular e Documental, 4ª edição, Gráfica Araújo Paro, 2011.

 O conteúdo dessas publicações foi elaborado, criteriosamente, a partir de pesquisas na


área de exames e de perícias relativas a veículos, consultas a manuais, boletins e notas
de serviço de fábricas, consulta a leis, normas, portarias e resoluções, informações
explícitas do DENATRAN sobre o Sistema RENAVAM, consulta a livros diversos sobre
identificação de veículos, consulta a artigos personalizados da internet, além de
observações feitas durante visitas a várias concessionárias e fábricas.
Neste curso você estudará sobre dois dos principais problemas enfrentados pelas
polícias: o roubo/furto e a fraude em veículos e respectivos documentos. Para efetuar
uma melhor identificação veicular e documental e, em consequência, combater mais
eficazmente esses crimes, é importante você conhecer a legislação pertinente à
identificação veicular e documental e também as técnicas adequadas à investigação das
possíveis fraudes.
Ao final deste curso você estará apto a:

Compreender a importância do número de identificação veicular - VIN e das informações


nele contidas;
Analisar a legislação pertinente à identificação veicular e documental;
Utilizar técnicas que possibilitem a necessária identificação veicular e documental; e
Reconhecer que as técnicas e os procedimentos utilizados na identificação veicular e
documental auxiliam na prevenção e na investigação dos crimes relacionados à falsificação
e ao roubo de veículos.
Apresentação

Para alcançar os objetivos propostos, este curso foi dividido em 5 módulos:

.Módulo 1 – Identificação de Veículos tipo Passeio.

Módulo 2 – Lei e Resoluções que dispõem sobre a identificação veicular e aspectos


relacionados.

Módulo 3 – O Sistema RENAVAM (definição, histórico e mudanças importantes).

Módulo 4 – O Examinador e os Exames Veicular e Documental (características, equipamento e


procedimentos utilizados).

Módulo 5 – Classificação do VIN quanto à sua essência e fraudes mais comuns.

Bom curso!
Apresentação do módulo

Neste módulo você estudará:

 O Número de Identificação do Veículo, de acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da


ABNT , que estabelece as orientações para sua padronização; e
 Os pontos mais importantes da norma: a estrutura, o conteúdo, a localização e a
fixação do número de identificação do veículo.

Objetivos do módulo

Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de:

 Analisar os principais fatos históricos da indústria automobilística no Brasil;


 Compreender as orientações contidas na NBR 3 Nº 6066/80;
 Conceituar VIN;
 Extrair informações das tabelas gerais;
 Identificar as possíveis localizações do VIN;
 Descrever as formas de fixação do VIN;
 Decodificar o VIN a partir das informações contidas nas tabelas gerais e
específicas.
Os veículos importados não seguem o padrão estabelecido pela norma técnica brasileira NBR 3 n 6066/80.
Existem pelo menos quatro padrões utilizados para a formação de VIN's no mundo.
-FMVSS 115, Parte 565: Usado nos Estados Unidos e Canadá;
Estrutura do módulo

Aula 1 – Breve histórico da indústria automobilística no Brasil


Aula 2 - A NBR 3 N° 6066/80
Aula 3 - O VIN: considerações e estrutura
Aula 4 – O conteúdo do VIN
Aula 5 – A localização do VIN
Aula 6 – A fixação do VIN
Aula 7 – A decodificação do VIN
Aula 1 – Breve histórico da indústria automobilística no Brasil.

Há registro que o primeiro veículo motorizado chegou ao Brasil em 1891 e que várias
montadoras tentaram se estabelecer em solo brasileiro até 1956, época em que a
indústria automobilística foi implantada oficialmente.

Datas e fatos nem sempre são exatos ou alcançam consenso entre os historiadores
que apresentam matérias a respeito da história dos veículos em solo nacional; por
isso, este curso não fecha questão: outras opiniões e contribuições sobre o assunto
são respeitadas.

Sobre a implantação, a ANFAVEA (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PRODUTORES


DE VEÍCULOS), criada em 15 de abril de 1956, expressou em seu site a respectiva
opinião, por época do seu aniversário de 50 anos, em 2006:

A indústria automobilística brasileira foi implantada em 16 de agosto de 1956, quando


o então presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira formalizou a criação
do GEIA, Grupo Executivo da Indústria Automobilística, com o objetivo de estimular a
fabricação local e não somente a montagem de veículos no Brasil. Certamente não
teria como imaginar o vulto que aquela sua iniciativa acabaria adquirindo. Hoje,
passados 50 anos, o setor automotivo instalado no país festeja suas bodas de ouro,
apresentando números de fato impressionantes: são 24 diferentes montadoras. Desde
1957 – quando a primeira fábrica desta nova fase entrou em operação – até dezembro
de 2005, foram produzidos no Brasil 36,1 milhões de automóveis, 6,8 milhões de
comerciais leves, 2,8 milhões de caminhões e 613 mil ônibus, totalizando 46,4 milhões
de veículos.
Fonte: http://www.anfavea.com.br/50anos.html
1.1. Um pouco mais sobre a Indústria Automobilística Brasileira...

O carro era um reluzente Peugeot, com motor Daimler a gasolina, de 3,5 cv


e dois cilindros em V, conhecido pelos franceses como voiturette, por ser
muito parecida com uma charrete.
Seu proprietário o comprara por 6.200 francos, em Valentigney, cidade
perto de Paris, e o trouxe diretamente para Santos. Mais tarde, o veículo foi
levado a São Paulo, permanecendo na residência de Santos Dumont.
Esse Peugeot foi o primeiro carro a chegar no Brasil, asseguram os
historiadores. Dessa maneira, a cidade teve a primazia de ver circular por
suas ruas o primeiro automóvel do País, como confirmou a Câmara
Municipal, um século depois. (Wikipédia. Acesso em 03 set 2011)

Aula 2 - A NBR 3 N° 6066/80


A NBR 3 nº 6066/80 é uma norma técnica e não uma Lei, mas as suas normatizações
subsidiaram e continuam como base de toda a legislação referente à identificação
veicular.

Importante!

2.1 Adequação das montadoras à NBR 3 n° 6066/80

 FIAT: iniciou a gravação com 17 caracteres em 1981, mas sem designar o ano dos
veículos no VIN. Corrigiu a codificação a partir de 1987, designando o ano na 10ª
posição conforme determina a legislação (NBR 3 nº 6066/80 da ABNT).

 Volkswagen: Em 1983 (ano-modelo) passou a gravar de acordo com a NBR 3 nº


6066/80 da ABNT.

 FORD: Iniciou a gravação de 17 caracteres com o ano-modelo 1984 (em julho de


1983), mas designou o ano do veículo na 11ª posição. Corrigiu a partir de março de
1987, designando o ano na 10ª posição conforme determina a legislação.
 GM: Em 1984 (ano-modelo) passou a gravar de acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da
ABNT.

Os veículos importados não seguem o padrão estabelecido pela norma técnica brasileira NBR 3 nº
6066/80.
Existem pelo menos quatro padrões utilizados para a formação de VIN’s no mundo.

 FMVSS 115, Parte 565: Usado nos Estados Unidos e Canadá;


 ISSO 3779 Padrão: Utilizado na Europa e em muitas outras partes do mundo;
 SAE J853: Muito parecido com o padrão ISSO;
 ADR 61/2: Utilizado na Austrália, referindo-se a ISSO 3779 e 3780.

Aula 3 - O VIN: considerações e estrutura

3.1. Considerações

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3.2 A Estrutura do VIN
e o número 0;
Aula 4- O conteúdo do VIN

4.1. ª seção – WMI - Identificador Internacional do Fabricante.

4.1.1. Estudando a 1ª seção do código VIN

1
É a pessoa, firma ou corporação sob a responsabilidade de quem um veículo é montado para formar uma
unidade em condições de operação.
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TABELA 1 – TABELA INTERNACIONAL DAS DUAS PRIMEIRAS POSIÇÕES DO VIN

Esta tabela fornece os CÓDIGOS DAS DUAS PRIMEIRAS POSIÇÕES do VIN, conforme
designação da SAE (Society of Automotive Engeneers), com autorização da ISO.
(Traduzida para o português pelo EAD-SENASP.)
TABELA 3 – TABELA DAS TRÊS PRIMEIRAS POSIÇÕES DO VIN

Esta tabela apresenta a pertinência da WMI do VIN dos veículos às montadoras apresentadas
nos cursos de IDV1 e IDV2 + significado das 3 posições da WMI, com utilização da Tabela
Internacional (Tabela 1).

a) Veículos tipos passeio, utilitário, caminhão e ônibus


Significado dos caracteres das 3
Pertinência da WMI (pertence à) posições
WMI (continente, país, fabricante/montadora)
9BW VOLKSWAGEN DO BRASIL S.A. América do Sul, Brasil, Volkswagen
9BG GENERAL MOTORS DO BRASIL
América do Sul, Brasil, GM
S.A.
9BF FORD DO BRASIL S.A. América do Sul, Brasil, Ford
9BD FIAT Automóveis S.A. América do Sul, Brasil, Fiat
9BS SCANIA VABIS DO BRASIL América do Sul, Brasil, Scania
9BS SAAB SCANIA DO BRASIL América do Sul, Brasil, Scania
9BM MERCEDES BENZ DO BRASIL América do Sul, Brasil, Mercedes
9BV VOLVO DO BRASIL América do Sul, Brasil, Volvo
93K VOLVO DO BRASIL América do Sul, Brasil, Volvo
9BY AGRALE S. A. América do Sul, Brasil, Agrale
93P AGRALE S.A. (caminhões e ônibus
América do Sul, Brasil, Agrale
Marcopolo-Agrale)
93H Honda (nacional) América do Sul, Brasil, Honda
JF1 Subaru (japonês) Àsia, Japão, Subaru
JSA Suzuki (japonês) Àsia, Japão, Suzuki
2S3 Suzuki (canadense) América do Norte, Canadá, Suzuki
931 Renault (brasileiro) América do Sul, Brasil, Renault
8AY Renault (argentino) América do Sul, Argentina, Renault
VF3 Peugeot (francês) Europa, França, Peugeot
936 Peugeot (brasileiro) América do Sul, Brasil, Peugeot
8AD Peugeot (argentino) América do Sul, Argentina, Peugeot
9U7 Peugeot (uruguaio) América do Sul, Uruguai, Peugeot
9BM Mercedes Benz (brasileiro) América do Sul, Brasil, Mercedes
WDB Mercedes Benz (alemão) Europa, Alemanha, Mercedes
93U Audi (brasileiro) América do Sul, Brasil, Audi
WAU Audi (alemão) Europa, Alemanha, Audi
9U7 Citroen (uruguaio) América do Sul, Uruguai, Citroen
VF7 Citroen (francês) Europa, França, Citroen
9B5 Citroen (brasileiro) América do Sul, Brasil, Citroen
JA3 Mitsubish (japonês) Àsia, Japão, Mitsubish
4A3 Mitsubish (americano) América do Norte, USA, Mitsubish
WBA BMW (alemão) Europa, Alemanha, BMW
WBS BMW (idem, alemão) Europa, Alemanha, BMW
4US BMW (americano) América do Norte, USA, BMW
WOL GM/Adam Opel (alemão) Europa, Alemanha, Adam Opel (GM)
94D Nissan (brasileiro) América do Sul, Brasil, Nissan
JN1 Nissan (japonês) Àsia, Japão, Nissan
93R Land Rover (brasileiro) América do Sul, Brasil, Land Rover
SAL Land Rover (inglês) Europa, Inglaterra, Land Rover
9BR Toyota (brasileiro) América do Sul, Brasil, Toyota
JTA Toyota (japonês) Àsia, Japão, Toyota
SB1 Toyota (inglês) Europa, Inglaterra, Toyota
8AJ Toyota (argentino) América do Sul, Argentina, Toyota
9DY Mitsubishi (brasileiro) América do Sul, Brasil, Mitsubish
93X Mitsubish (idem, brasileiro) América do Sul, Brasil, Mitsubish
JMA Mitsubish (japonês) Àsia, Japão, Mitsubish
94T ou 9BT Troler (brasileiro) América do Sul, Brasil, Troler
América do Norte (USA), USA
1C4 Chrysler/Jeep (americano)
Chrysler, Van Chrysler
934 Chrysler/Jeep (brasileiro) América do Sul, Brasil, Chrysler
8B7 Chrysler/Jeep (argentino) América do Sul, Argentina, Chrysler
937 Dodge (brasileiro) América do Sul, Brasil, Dodge
1AF ou 4AF Ford (americana) América do Norte, USA, Ford
3FA Ford (mexicana) América do Norte, México, Ford
7MP Ford (australiana) Oceania, Austrália, Ford
KNJ Ford (coreana) Ásia, Coréia do Sul, Ford
América do Norte, EUA, GM
1G6 GM (americano) (significado dos importados = EUA,
GM, Versáo)
9BR Toyota do Brasil S.A. América do Sul, Brasil, Toyota
b) MOTOCICLETAS
América do Sul, Brasil, Motor Honda
9C2 ou 9CA Motor Honda (motocicletas)
ou Honda
9C6 Yamaha motos do Brasil. América do Sul, Brasil, Yamaha
América do Sul, Brasil, Agrale
9C8 Agrale Amazônia S.A.
Amazônia S.A.
9C5 Agrale S.A. América do Sul, Brasil, Agrale S.A.
93F Cofave (Aprilia/Yosung/Kasinski) América do Sul, Brasil, Cofave
1HD Harley Davidson (americana) América do Norte, EUA, Harley
Davidson
América do Sul, Brasil, Harley
932 Harley Davidson (brasileira)
Davidson
JKA ou JKB Kawasaki (japonesa) Ásia, Japão, Kawasaki
93G Kawasaki (brasileira) América do Sul, Brasil, Kawasaki
JS1 Suzuki (japonesa) Ásia, Japão, Suzuki
9CD Suzuki (brasileira) América do Sul, Brasil, Suzuki
94J Sundown (brasileira) América do Sul, Brasil, Sundown

4.2. Estudando a 2ª seção do código VIN

4.3. Estudando a 3ª seção do código VIN


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TABELA 4 – TABELA ANO/MODELO


TABELA DE CÓDIGOS REFERENTES AO ANO DE FABRICAÇÃO OU ANO-MODELO DO
VEÍCULO (também conhecida como TABELA ANO/MODELO)
ANO CÓDIGO ANO CÓDIGO ANO CÓDIGO ANO CÓDIGO
1981 B 1991 M 2001 1 2011 B
1982 C 1992 N 2002 2 2012 C
1983 D 1993 P 2003 3 2013 D
1984 E 1994 R 2004 4 2014 E
1985 F 1995 S 2005 5 2015 F
1986 G 1996 T 2006 6 2016 G
1987 H 1997 V 2007 7 2017 H
1988 J 1998 W 2008 8 2018 J
1989 K 1999 X 2009 9 2019 K
1990 L 2000 Y 2010 A 2020 L

Observação importante: Em decorrência das Resoluções 659/1985, 691/1988 e 24/1998, a 10ª


Posição do VIN identifica:

a) O ano de fabricação ou o ano modelo dos veículos gravados até 1988;

b) Obrigatoriamente o ano de fabricação dos veículos gravados no período de 1988 a 1998;

c) O modelo (ou ano-modelo) dos veículos gravados a partir de 1998 (modelo 1999).

d) O ano de fabricação ou o ano-modelo, conforme o mês de fabricação (ano de transição).




4.4. Resumo da constituição do VIN

TABELA 2 – Tabela de seções do código VIN


CONSTITUIÇÃO DO VIN
(VIN = Vehicle Identification Number = Número de Identificação do Veículo.)

Observação: no Brasil usa-se também a sigla nacionalizada NIV = Número de


Identificação do Veículo. Portanto, usaremos também VIN = NIV neste curso.

SEÇÕES DO CÓDIGO VIN (o VIN tem 3 seções)


CÓDIGO VIN
1ª Seção = WMI =
WORLD
MANUFACTURER
IDENTIFIER = 2ª Seção = VDS =
Identificador Internacional Vehicle Descriptor 3ª Seção = VIS = Vehicle
SEÇÕES do Fabricante. Section = Seção Indicator Section = Seção
Este código somente Descritiva do Indicadora do Veículo.
poderá ser designado a Veículo.
outro fabricante após 30
anos da última utilização do
primeiro.
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Significado das posições do VIN


POSIÇÕES OBSERVAÇÕES
As posições 1 e 2 são dadas pela tabela 1 (tabela internacional),
1 = continente designadas por uma Organização Internacional (atualmente a
SAE) sob autorização da ISO.
2 = país A posição 3 é designada por uma Organização Nacional (no caso
do Brasil, a ABNT) e comunicada à SAE.
3 = fabricante Obs.: A utilização do dígito 9 na terceira posição indica que
seu fabricante produz menos de 500 veículos por ano. Sua
designação no Brasil cabe à ABNT.
Os códigos das posições 4 a 9 são estabelecidos pelo fabricante.
A descrição do veículo é de responsabilidade da respectiva
fábrica ou montadora, podendo ela escolher as informações que
deseja explicitar.
4 a 9 = descrição do veículo
A utilização do dígito 9 na terceira posição implica a
identificação do fabricante na 6ª, 7ª e 8ª posições do VIN
(também designadas pela ABNT).
A utilização de ano-modelo ou ano de fabricação depende do
período em que foi fabricado o veículo, pois é regulamentada
pelas Resoluções 659/85, 691/88 e 24/98. Antes das resoluções, a
10 = ano/modelo Norma NBR 6066/80 facultava a escolha ao fabricante. Veja a
Tabela 4.
O caractere da posição 11 indica o local de montagem do
11 = local da fábrica veículo, “se assim desejar o fabricante”, conforme item 5.4.b da
NBR 6066/80 - não alterado pelas resoluções.
Obs.: Como é opcional pela legislação, a fábrica pode escolher
12 a 17 = sequência outro significado para esta posição.
numérica Os caracteres das posições 12 e 13 podem ser alfanuméricos. Os
das posições 14 a 17 devem ser obrigatoriamente numéricos.

Aula 5 – A localização do VIN

De acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da ABNT:

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Aula 6 – A fixação do VIN

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Aula 7 – A decodificação do VIN

7.1. dificação e Decodificação

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7.2. nsiderações sobre a decodificação

Decodificar é uma tarefa relativamente fácil. Entretanto, a falta de critérios pode dificultar
ou mesmo levar a erro na decodificação. Por isso, nessa aula, você será conduzido a
uma boa prática de decodificação, seguindo os critérios a seguir:
 Gravação na velha nomenclatura - você deve comparar as
fórmulas e a quantidade de caracteres. Esta quantidade é quase
sempre diferente de 17. Como não havia regras preestabelecidas
por norma ou pelo CONTRAN, as fábricas estabeleciam os próprios
critérios de identificação, o que dificulta a criação de dicas de
caráter geral para facilitar a decodificação. Assim, o melhor que se
pode fazer é comparar o teor da gravação do VIN do veículo
estudado com as tabelas do respectivo fabricante.
 Gravação na nova nomenclatura - apresentará 17 caracteres,
distribuídos em três seções, e conterá alguns significados
obrigatórios, o que facilita a criação de dicas de caráter geral para
facilitar a decodificação.
Assim, para decodificar um NIV de veículo gravado sob a égide da norma NBR 3 nº
6066 de 1980, da ABNT, é necessário que você tenha como acessar as tabelas
GERAIS ou fundamentais, e também as tabelas ESPECÍFICAS de cada montadora.

Relação das Tabelas GERAIS para decodificação:


1. Tabela internacional das duas primeiras Posições do VIN - (tab.1)
2. Tabela de seções do código VIN – Constituição do VIN (tab.2)
3. Tabela das 3 primeiras posições do VIN (WMI) - (tab.3)
4. Tabela ano ou modelo - (tab.4)
5. Tabela de adesão das grandes montadoras à nova nomenclatura (tab. 5),
com observação sobre as principais exceções à regra.

Observe que na lista acima aparece uma nova tabela: A tabela 5.


Veja o seu propósito!

TABELA 5 – Tabela de adesão das grandes montadoras à nova nomenclatura


Esta tabela apresenta como e/ou quando foram gravados os NIVs das grandes montadoras de
veículos a partir da época da adesão à nova nomenclatura.

a- Veículos Tipo Passeio


Observação: Na hora de decodificar, fique atento às informações das fábricas
tradicionais que não gravaram o ano do veículo na 10ª posição, no período anterior a
1987, apesar de terem aderido à nova nomenclatura: FIAT e FORD (veículos tipo
passeio), e SAAB-SCANIA (veículos pesados).
FIAT: iniciou a gravação com 17 caracteres em 1981, mas sem designar o ano dos
veículos no VIN. Corrigiu a codificação a partir de 1987, designando o ano na 10ª
posição conforme determina a legislação (NBR 3 nº 6066/80 da ABNT).
Volkswagen: Em 1983 (ano-modelo) passou a gravar de acordo com a NBR 3 nº
6066/80 da ABNT.
FORD: Iniciou a gravação de 17 caracteres com o ano-modelo 1984 (em julho de 1983),
mas designou o ano do veículo na 11ª posição. Corrigiu a partir de março de 1987,
designando o ano na 10ª posição conforme determina a legislação.
GM: Em 1984 (ano-modelo) passou a gravar de acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da
ABNT.

b- Veículos Tipo Motocicleta


Honda: Adotou a nova nomenclatura em outubro de 1986.
Yamaha: Adotou a nova nomenclatura em outubro de 1986.
Agrale: Adotou a nova nomenclatura em 1988.
Aprilia/ Hyosung/ Kasinski: Não informou a data de adoção da nova nomenclatura.
Harley Davidson: Não informou a data de adoção da nova nomenclatura.
Kawasaki: Não informou a data de adoção da nova nomenclatura no Brasil. No Japão,
adotou-a desde 1986.
Suzuki: Não informou a data de adoção da nova nomenclatura no Brasil. No Japão,
adotou-a desde 1990.
Sundown: Motocicletas fabricadas a partir de 2006.
c- Veículos Denominados os “Novos Nacionais”
Veículos denominados “os novos nacionais”, que já iniciaram sua produção no
Brasil sob a égide da norma NBR 3 nº 6066/80 da ABNT, tiveram o VIN gravado com 17
caracteres, conforme exigido pela norma e pelas Resoluções 659/85, 691/88 e 24/98.
Vamos citar algumas marcas:
D1) Veículos passeio: Honda, Peugeot, Renault, Mercedes Benz, Audi, Citröen.
D2) Motocicletas: Aprilia, Hyosung, Kasinski, Harley Davidson, Kawasaki, Suzuki,
Sundown.

d- Veículos Importados
Veículos importados, de várias marcas (Audi, Mitsubishi, BMW, GM (Tigra, a partir de
1998), Subaru, Suzuki, Citröen, Ford americana, etc.), devem apresentar seu VIN
gravado de acordo com a legislação brasileira.
Caso seja incompatível, é necessário que recebam outra gravação, baseada na original,
adaptada à legislação brasileira, para que sejam “nacionalizados”.

7.3. Dicas para facilitar a decodificação: teoria e prática

a) Considerando um NIV da velha nomenclatura:

Como a quantidade de caracteres varia conforme o fabricante e este estabelecia os próprios


critérios de identificação, o melhor que se tem a fazer é comparar o teor da gravação do VIN do
veículo estudado com as tabelas do respectivo fabricante.

b) Considerando um NIV da nova nomenclatura (com 17 caracteres):


1. Verifique em que continente o veículo foi fabricado. Consulte na tabela
internacional o significado da primeira posição.
2. Veja em que país o veículo foi fabricado. Consulte na tabela internacional o
significado da segunda posição.
3. Agora veja a 3ª Posição do NIV e identifique a marca. Consulte a tabela 3.
4. Olhe para o veículo e identifique a categoria, se passeio ou utilitário, caminhão,
ônibus, motocicleta, etc. Isto é importante porque as tabelas ESPECÍFICAS para
veículos tipo passeio são diferentes das tabelas de outras categorias.
5. Observe a 10ª Posição e defina o ano de fabricação ou ano-modelo do veículo.
Consulte a tabela 4 (tabela ano/modelo).
6. Agora é só procurar a fase. Para tanto, observe as tabelas específicas (no item 8)
da marca (montadora ou fabricante) e os respectivos períodos de validade. Obs: se
necessário, consulte a tabela 5 (veja ítem c).
7. Encontrando a fase, é só continuar decodificando os caracteres das demais posições
dentro da respectiva tabela ESPECÍFICA. (Veja os quadros de links referentes a 23
marcas de veículos, após o item c que se segue.)
c) Exceções: (consulte a tabela 5, ou as dicas a seguir)
 Se o veículo for Ford passeio produzido antes de março de 1987 o ano de fabricação estará
na 11ª Posição;

 Se o veículo for Fiat passeio produzido antes de 1987 não terá codificação de ano no NIV.

Observação:

No caso da Ford, a 4ª e a 5ª fases tem fórmulas de apresentação bem parecidas, mas com códigos
diferentes. Na 4ª Fase (de julho de 1983 a março de 1987) o ano estará na 11ª Posição. Na 5ª Fase
o ano de fabricação ou ano-modelo estará na 10ª Posição.

Dica especial 1: Na 5ª Fase a 11ª Posição deverá conter um dos seguintes caracteres: A, B ou C
(local da linha de montagem). Isto facilitará a definição da Fase, pois na 4ª Fase estas letras não
aparecerão já que o primeiro ano da nova nomenclatura da Ford equivale à letra D (a partir de
julho de 1983).
Dica especial 2: na 4ª fase o caractere usado na 4ª posição se repete na 10ª, o que não acontece
na 5ª fase.
8. Quadros de links das tabelas ESPECÍFICAS

Observe as tabelas ESPECÍFICAS da marca (montadora/fabricante) e os respectivos períodos de


validade. Com elas, conhecendo a fase, você poderá decodificar todos os caracteres do VIN
pesquisado.

Observação importante: Além dos links para as tabelas específicas das 23 marcas de
veículos, abrangendo modelos tipos passeio e motocicleta, que servirão para os
exercícios de decodificação e para facilitar o trabalho de identificação veicular que será
realizado pelos alunos e examinadores no ambiente da EAD, você encontrará todas as
tabelas no material complementar e/ou na versão impressa do curso de IDV1.

VEICULOS TIPO PASSEIO

AUDI BMW CITRÖEN FIAT FORD DO


BRASIL
GENERAL HONDA
GENERAL MERCEDEZ MITSUBISHI
MOTORS – PRODUÇÃO
MOTORS BENZ
ADAM OPEL NACIONAL

PEUGEOT RENAULT SUBARU SUZUKI VOLKSWAGEN

VEICULOS TIPO MOTOCICLETA


APRILIA –
HALEY HONDA DO
AGRALE HYOSUNG
DAVIDSON BRASIL
KASINSKI

KAWASAKI SUNDOWN SUZUKI YAMAHA


a) Para decodificar um VIN da velha nomenclatura compare o teor da gravação com o
das fórmulas da respectiva marca, do mesmo tipo de veículo (no caso, passeio).

b) Para decodificar um VIN da nova nomenclatura, siga os passos já estudados


Exemplo:

A partir do exemplo abaixo, veja a sequência indicada para a


decodificação do VIN:
9 B WZ Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
Tabelas da Volkswagen2

1. Usando a tabela internacional3, localize a região geográfica, na 1ª posição.

CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
9 = América do Sul = Continente em que o veículo foi fabricado.

2. Usando a tabela internacional (tabela 1), localize o país em que o veículo foi
fabricado, na 2ª posição.

2
Acessar o arquivo em anexo VOLKSWAGEN.pdf
3
Acessar o arquivo em anexo TABELA 1.pdf
CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
B = Brasil = País em que o veículo foi fabricado.

3. Verifique, na 3ª posição do VIN, a marca do veículo, consultando as tabelas dos


fabricantes4. Como cada fabricante utiliza a sua própria codificação, estas tabelas
devem ser usadas para identificar o restante da especificação do veículo. Neste
exemplo o veículo foi fabricado pela Volkswagen.

CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
W = Volkswagen = marca Volkswagen = fabricante Volkswagen

4. Verifique qual é o tipo do veículo: passeio, utilitário (caminhão, ônibus, camioneta)


ou motocicleta e localize a tabela respectiva5. No presente caso o veículo é tipo
passeio.

5. Na 10ª posição, verifique o ano ou modelo do veículo. Se tiver dificuldades procure


a tabela de ano/modelo6. Lembre-se das exceções: veículos passeio FORD e FIAT
até 1987;
CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
F = 1985 = ano de fabricação ou ano-modelo.

6. Procure a fase em que foi fabricado o veículo. Neste exemplo, a fase teve início
no ano/modelo 1983 e terminou em julho 1995.
Resultado da consulta na tabela específica da VW (tipo passeio) = (4ª fase)

4
Acessar o arquivo em anexo Tabela 3.pdf
5
Acessar o arquivo em anexo VOLKSWAGEN;pdf
6
Acessar o arquivo em anexo TABELA4.pdf
7.Continue a decodificação, utilizando a tabela específica, dentro da fase
encontrada (4ª fase):

CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
4 5 6
4ª a 6ª posições: ZZZ = caracteres não significativos.

CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 14 15 16 17
7 8
7ª e 8ª posições: 32 = Passat/Santana = tipo do veículo

CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
9ª posição: Z = caractere não significativo .

CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
11ª posição = localização da fábrica : P = São Bernardo do Campo .

CARACTERES 9 B W Z Z Z 3 2 Z F P 0 2 7 0 0 8
POSIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17
12ª a 17ª posições: 027008 = número sequencial de montagem.
 Há registro que o primeiro veículo motorizado chegou ao Brasil em 1891 e que
várias montadoras tentaram se estabelecer em solo brasileiro até 1956, época em
que a indústria automobilística foi implantada oficialmente.
 O objetivo da A NBR 3 N° 6066, de julho de 1980, é estabelecer um sistema de
numeração para identificação dos veículos rodoviários, uniformizando as informações
sobre a estrutura, o conteúdo, a localização e a fixação do número de identificação do
veículo – VIN.
 O VIN é um código constituído por 17 caracteres alfabéticos ou numéricos,
dividido em três seções: 1ª seção – WMI - Identificador internacional do fabricante
(World Manufacturer Identifier); 2ª seção - VDS - Seção descritiva do veículo
(Vehicle Descriptor Section) e 3ª seção- VIS - Seção indicadora do veículo
(Vehicle Indicator Section).
 De acordo com a NBR 3 nº 6066/80 da ABNT, o número de identificação do veículo
(VIN) deve estar localizado no lado direito do veículo e, se possível, na metade dianteira.
 De acordo com a NBR 3 nº 6066/80, para a fixação do VIN no veículo há duas soluções
que, a critério do fabricante, podem ser adotadas simultaneamente no veículo: o VIN é
gravado diretamente numa peça integrada ao veículo ou O VIN é gravado numa plaqueta
que é fixada permanentemente ao veículo.
 Codificação é a sequência de caracteres que individualizam o veículo. Cada fabricante
cria, dentro dos padrões legais exigidos, a própria codificação para o VIN dos veículos
por ele produzidos.
 Decodificação é o significado de cada caractere do VIN do veículo, de acordo com o
respectivo fabricante, o qual deve seguir os padrões legais exigidos.

Exercícios
Os exercícios a seguir têm como objetivo auxiliá-lo a compreender o processo de
decodificação. Nos gabaritos eles aparecem resolvidos, por isto leia-os acompanhando o
raciocínio de resolução.

Exercícios - Considerando as tabelas da Ford para veículos tipo PASSEIO7, faça os


seguintes exercícios, utilizando as dicas dos conteudistas:

1. Extraia os períodos de todas as fases da FORD:


2. Siga passo a passo a decodificação dos seguintes NIVs:

7
Acessar o arquivo em anexo FORD DO BRASIL.pdf
a) 0B30D000456

b) 9BFCXXLB1CFM00500

c) 8AFCZZFFF1J000054

Veja o gabarito no arquivo em anexo gabaritoexercicio1modulo1.pdf


]

Apresentação do módulo

No módulo 1 você estudou que a NBR 3 nº 6066/80 é uma norma técnica e


não uma Lei, mas as suas normatizações subsidiaram e continuam como
base de toda a legislação referente à identificação veicular.

Neste módulo, você estudará os principais textos legais relacionados à


identificação veicular.

Objetivos do Módulo

Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de:

 Listar, com base no Código Penal (alterado pela Lei nº 9426/96), os


crimes relacionados à identificação veicular;
 Enumerar, com base na Resolução nº 24, de 21 de maio de 1998, os
critérios para identificação de veículos;
 Compreender os sistemas de placas de identificação de veículos;
 Analisar as características da Carteira Nacional de Habilitação.

Estrutura do Módulo

Aula 1 - Crimes relacionados à Identificação Veicular e as penas decorrentes,


segundo o Código Penal (alterado pela Lei nº 9426/96).
Aula 2 - Critérios para Identificação de Veículos
Aula 3 - Sistemas de Placas de Identificação de Veículos
Aula 4 - Carteira Nacional de Habilitação

Aula 1 - Crimes relacionados à Identificação Veicular e as penas


decorrentes
]

A Lei nº 9.426/96, de 24 de dezembro de 19961 alterou o Decreto-lei n° 2.848,


de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal – Parte especial, no que diz
respeito à receptação qualificada e à adulteração de sinal identificador de
veículo automotor. Essa Lei auxiliou a colocar fim nas dúvidas que o servidor
da área de Segurança Pública tinha sobre como apreender um veículo e como
providenciar o enquadramento do condutor e/ou da pessoa ou grupo criminoso
envolvido em falsificá-lo.

Veja alguns dos artigos do Código Penal (após ter sido atualizado pela Lei nº
9.426/96) que reforçam os tipos de crime relacionados à identificação
veicular.

Art. 155
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: § 5º A pena é de reclusão
de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o exterior.

Art. 157
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. (...)
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: (...)
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para
outro Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7
(sete) a 15 (quinze) anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 20
(vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa.

1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm
]

Art. 180
Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de crime ou influir para que terceiro, de boa-
fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena – Reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Receptação qualificada

§ 1º Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,


desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, coisa que deve saber ser produto de crime: Pena – Reclusão, de três
a oito anos, e multa.
§ 2º Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência.
§ 3º Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção
entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se
obtida por meio criminoso:
Pena – Detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas.
§ 4º A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor
do crime de que proveio a coisa.
§ 5º Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em
consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa
aplica-se o disposto no § 2º do Art. 155.
§ 6º Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado,
Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de
economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro.

Adulteração de sinal identificador de veículo automotor


Art. 311
Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de
]

veículo automotor, de seu componente ou equipamento:


Pena – Reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão
dela, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o
licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo
indevidamente material ou informação oficial.
]

Aula 2 - Critérios para identificação de veículos

A Resolução nº 24, de 21 de maio de 1998, estabelece o critério de


identificação de veículos, a que se refere o Art. 114 do Código de Trânsito
Brasileiro, destacando em seu Artigo 1º que:
Os veículos produzidos ou importados a partir de 1º de janeiro de 1999,
para obterem registro e licenciamento, deverão estar identificados na
forma desta Resolução.
Parágrafo único: Excetuam-se do disposto neste artigo, os tratores, os
veículos protótipos utilizados exclusivamente para competições
esportivas e as viaturas militares operacionais das Forças Armadas.

Importante!
Embora as Resoluções nºs 659/85 e nº 691/88 tenham sido revogadas pela
Resolução nº 24, de 21 de maio de 1998, é importante conhecê-las, pois os
veículos fabricados na época de suas vigências seguem os critérios
estabelecidos por elas.

Veja a seguir os principais pontos da Resolução n° 24.

Gravação do VIN no chassi ou monobloco


Art. 2º
A gravação do número de identificação veicular (VIN) no chassi ou monobloco,
deverá ser feita, no mínimo, em um ponto de localização, de acordo com as
especificações vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3 nº 6066/80 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em profundidade mínima
de 0,2mm.

§ 1º Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão


identificados, no mínimo, com os caracteres VIS (número sequencial de
produção) previsto na NBR 3 nº 6066, podendo ser, a critério do fabricante, por
gravação, na profundidade mínima de 0,2mm, quando em chapas ou plaqueta
]

colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção, ou ainda por


etiqueta autocolante e também destrutível no caso de tentativa de sua
remoção, nos seguintes compartimentos e componentes:
I – Na coluna da porta dianteira lateral direita;
II – No compartimento do motor;
III – Em um dos pára-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes; e
IV – Em, pelo menos, dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes,
excetuados os quebra-ventos.

Observação:
Na prática, os itens I e II referem-se a etiquetas e os itens III e IV a gravações
nos vidros.

Outras modificações:
A Resolução nº 24/98 do CONTRAN também:
• Eliminou a obrigatoriedade da colocação da etiqueta no assoalho.
• Modificou o teor do caractere da 10ª posição do NIV, que deixou de
representar o ano de fabricação do veículo e passou a indicar o modelo (na
prática, o ano-modelo).
• Instituiu uma plaqueta ou etiqueta destrutível quando de sua remoção
com a inscrição do ano de fabricação do veículo.

No período de vigência da Resolução nº 691/88, ou seja, de 1988 a 1998, era


obrigatório inserir, na 10ª posição do NIV, o caractere representativo do ano de
fabricação do veículo. Portanto, quem examinar veículos fabricados nessa
época, deverá estar atento à codificação respectiva.

Para que você possa fixar seu aprendizado sobre os critérios para a
identificação de veículos, observe o seguinte quadro-resumo.

Observe que esse quadro possui as mesmas cores da tabela 4 (módulo 1). Isto
]

é proposital e facilitará a compreensão do assunto, pois se relaciona à mesma


legislação.

QUADRO RESUMO DOS CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE


VEÍCULOS - CARACTERÍSTICAS DE CADA FASE
Após a adoção da Durante o período
Antes da adoção NBR 6066/80 até a 88 a 98 – Vigências Após a edição da
da NBR 6066/80 edição das Res. das Res. 659/85 e Res. 24/98
659/85 e 691/88 691/88
VIN com variadas
VIN com 17 VIN com 17
quantidades de VIN com 17 caracteres,
caracteres, gravado caracteres, gravado
caracteres, gravado gravado na estrutura do
na estrutura do na estrutura do
na estrutura do veículo
veículo veículo
veículo
1 plaqueta de 1 plaqueta de
identificação identificação
_________ _________
contendo o VIN contendo o VIN
3 etiquetas: assoalho, 2 etiquetas:
compartimento do compartimento do
Sem etiquetas Sem etiquetas
motor e coluna da motor e coluna da porta
porta anterior direita anterior direita
Gravação da VIS em 6 Gravação da VIS em 6
Sem gravação nos Sem gravação nos vidros: anterior, vidros: anterior,
vidros vidros posterior e 2 de cada posterior e 2 de cada
lado lado
Diversos critérios
Ano de fabricação ou
de codificação, Ano de fabricação na Ano-modelo na 10ª
ano-modelo na 10ª
alguns até sem 10ª posição posição
posição
indicação do ano
1 plaqueta contendo o
_________ _________ _________
ano de fabricação

Aula 3 - Sistema de Placas de Identificação de Veículos

Nesta aula, você estudará a Resolução 231, de 15 de março de 2007 (que


revogou a Resolução nº 45 /98, de 21 de maio de 1998).
]

A Resolução nº 231, de 15 de março de 2007, estabelece o Sistema de


Placas de Identificação de Veículos, considerando o disposto nos Artigos
115, 221 e 230 nos incisos I, IV e VI do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.

Importante!

 A Resolução 231/07 revogou as Resoluções do CONTRAN Nº 783/94 e


45/98.
 A Resolução 231/07 (em vigor) foi alterada pelas Resoluções do
CONTRAN Nº 241/07, 288/08 (revogada pela Resolução Nº 309), pela
Deliberação do Contran nº 74/08 (referendada pela Resolução Nº 309);
e pelas Resoluções Nº 309/09 e 372/11.

3.1. Principais características das placas dos veículos

3.1.1 Dimensões

 As placas dianteira e traseira dos veículos particulares, de aluguel,


oficial, de experiência, de aprendizagem e de fabricante devem possuir
suas nas seguintes dimensões (aplicação em veículos tipos passeio,
ônibus, caminhão, caminhoneta, e assemelhados):

Altura (h) = 130 mm; e Comprimento (c) = 400 mm; altura do corpo dos
caracteres (h) = 63 mm

Exemplo de placa
]

Fonte: www.casadasplacas.com.br

 A placa (traseira) de motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclo


motorizados deve ter as seguintes dimensões:

Altura (h) = 136 mm; comprimento (c) = 187 mm; altura do corpo dos
caracteres (h) = 42 mm

Exemplo de placa

Fonte: www.casadasplacas.com.br

 A placa (traseira) de motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclo


motorizados (fabricados ou quando da mudança de município, a partir
de 1º de janeiro de 2012) deve ter as seguintes dimensões (conforme
item 3.1 do anexo, acrescentado pela R 372/11):

Altura (h) = 170 mm; comprimento (c) = 200 mm; altura do corpo dos
caracteres (h) = 53 mm

Nota 1

Presumivelmente só é obrigatório o uso de placas dianteira e traseira em


veículos de 4 ou mais rodas, pois a Resolução 231/07 não cita
explicitamente que se deva usar placa dianteira em motos ou
assemelhados.
]

Nota 2
Devido à Resolução 309/09 que alterou o item 1 do anexo da Resolução
231/07: Quando a placa não couber no receptáculo a ela destinado no
veículo o DENATRAN poderá autorizar, desde que devidamente
justificado pelo seu fabricante ou importador, redução de até 15%
(quinze por cento) no seu comprimento, mantida a altura dos caracteres
alfanuméricos e os espaços a eles destinados.

3.1.2 Outras informações (ainda sobre a Resolução Nº 231/07)

 (Art.1º § 1º) As placas dianteira e traseira deverão conter, gravados em


tarjetas removíveis a elas afixadas, a sigla identificadora da Unidade da
Federação e o nome do Município de registro do veículo, exceto nas
placas dos veículos oficiais, de representação, aos pertencentes a
missões diplomáticas, às repartições consulares, aos organismos
internacionais, aos funcionários estrangeiros administrativos de carreira
e aos peritos estrangeiros de cooperação internacional.
 (Art.1º § 2º) As placas excepcionalizadas no § anterior, deverão conter,
gravados nas tarjetas ou, em espaço correspondente, na própria placa,
os seguintes caracteres:
I - veículos oficiais da União: B R A S I L;
II - veículos oficiais das Unidades da Federação: nome da Unidade da
Federação;
III - veículos oficiais dos Municípios: sigla da Unidade da Federação e
nome do Município.
IV - As placas dos veículos automotores pertencentes às Missões
Diplomáticas, às Repartições Consulares, aos Organismos
Internacionais, aos Funcionários Estrangeiros Administrativos de
Carreira e aos Peritos Estrangeiros de Cooperação Internacional
deverão conter as seguintes gravações estampadas na parte central
superior da placa (tarjeta), substituindo-se a identificação do Município:
]

a) CMD, para os veículos de uso dos Chefes de Missão Diplomática;


b) CD, para os veículos pertencentes ao Corpo Diplomático;
c) CC, para os veículos pertencentes ao Corpo Consular;
d) OI, para os veículos pertencentes a Organismos Internacionais;
e) ADM, para os veículos pertencentes a funcionários
administrativos de carreira estrangeiros de Missões Diplomáticas,
Repartições Consulares e Representações de Organismos
Internacionais;
f) CI, para os veículos pertencentes a peritos estrangeiros sem
residência permanente que venham ao Brasil no âmbito de Acordo
de Cooperação Internacional.

Importante!
Com referência à placa de identificação dos veículos relacionados
nas letras “a” até “f”, e os procedimentos necessários para obtê-la,
em conformidade com o RENAVAM, a Resolução 286/2008 institui
(no Art. 2º) que:
“o registro do veículo, a expedição do Certificado de Registro e a
designação da combinação alfanumérica da placa de identificação
serão realizadas pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados e
do Distrito Federal mediante a apresentação de autorização
expedida pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.”
Igualmente, todo ato de mudança de categoria, ou propriedade, será
procedido pelos mesmos órgãos executivos de trânsito mediante as
exigências relacionadas no Art. 3º.

3.1.3. Disposições

 (Art.1º § 3°) A placa traseira será obrigatoriamente lacrada à estrutura do


veículo, juntamente com a tarjeta, em local de visualização integral.
(Resolução Nº 231/07)
]

 (Art. 1º § 4°) Os caracteres das placas de identificação serão gravados


em alto relevo. (Resolução Nº 231/07)
 (Art. 6º) A partir de 1º de janeiro de 2008, ficam obrigados a utilizar
placa traseira de identificação com película refletiva os veículos de 2 ou
3 rodas do tipo de motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclo (redação
modificada pela Resolução Nº 241/07):

a) que foram registrados na categoria aluguel;


b) que foram registrados nas demais categorias a partir de 1º de janeiro
de 2008;
c) que foram transferidos de município a partir de 1º de janeiro de 2008.

Importante!

Aos demais veículos (registrados antes de 1º de janeiro de 2008) é


facultado o uso de placas com película refletiva, desde que atendidas
as especificações do anexo desta Resolução. (Parágrafo único do
Art. 6º, válido até 1º/01/2012}

Os demais veículos, fabricados a partir de 1º de janeiro de 2012,


deverão utilizar obrigatoriamente, placas e tarjetas confeccionadas
com película refletiva, atendidas as especificações do Anexo desta
Resolução. (Parágrafo único do Art. 6º, válido a partir de 1º/01/2012
= Nova redação dada pela Resolução Nº 372/11, de 18/03/11.)

 (Art.8º) Será obrigatório o uso de segunda placa traseira de identificação


nos veículos em que a aplicação do dispositivo de engate para reboques
resultar no encobrimento, total ou parcial, da placa traseira localizada no
centro geométrico do veículo. (Resolução Nº 231/07)
]

 (Art. 9º § único) A segunda placa de identificação será lacrada na parte


estrutural do veículo em que estiver instalada (pára-choque ou
carroceria). (Resolução Nº 231/07)

3.1.4. Demais Características

 O código de cadastramento do fabricante da placa e da tarjeta será


composto por um número de 3 algarismos, seguido da sigla da Unidade
da Federação e dos dois últimos algarismos do ano de fabricação,
gravados em alto ou baixo relevo, em cor igual a do fundo da placa
(anexo, item 7). (Observação: na prática, em algumas placas os anos de
fabricação aparecem marcados com 4 algarismos. Veja na foto que
ilustra as inscrições do fabricante.)

 Os veículos, após identificados, deverão ter sua placa traseira lacrada à


estrutura (apenas a placa traseira, conforme item 12 do anexo) com
lacre de material sintético virgem ou metálico, de uso exclusivo e com
identificação do órgão de trânsito responsável. Deve ter características
de inviolabilidade e permitir a passagem de arame galvanizado trançado
por seu interior.
]

 A Resolução nº 231/2007 não especifica cor para os lacres. Apenas


estabelece que deverão ter dimensões mínimas de 15 x 15 x 4mm .

Lacre da placa com inscrição do DETRAN,


com a UF e o ano do emplacamento

Observação

O item 5.1 do anexo da Resolução 231/07 (não modificado pela Resolução


241/07) especifica as cores das placas e das tarjetas.

Os conteúdos relacionando as cores das placas e das tarjetas, bem como a


distribuição de placas aos estados serão apresentados no Módulo 3 – O
Sistema RENAVAM.

AULA 4 – CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

Nesta aula você tomará conhecimento das características das CNHs anteriores
e irá estudar a Resolução nº 192, 30 de março de 2006, que regulamenta a
expedição do documento único da atual CNH - Carteira Nacional de
Habilitação, considerada novíssima, com novo leiaute e requisitos de
segurança.
]

Histórico e características

1) A carteira antiga regulamentada pela Resolução nº 734/89 não oferecia


espaço para fotografia e possuía poucos detalhes de segurança.

Exemplo: carteira antiga

Características: sem fotografia e poucos detalhes de segurança.


 Validade original da carteira: de 18 a 40 anos
Considerando não vencidos os exames de sanidade física e mental:
 Validade até o motorista completar 40 anos
Limites impostos pela Resolução 276/98:
– 30 dias após o vencimento, para recadastrar e participar do cadastro de
condutores RENACH, para não ter a carteira cancelada.
– Prazo máximo para cadastramento no cadastro de condutores RENACH e
]

inclusão na BINCO: 31/janeiro/2012.

2) A carteira nova, criada pela Resolução nº 765/93, alterada pela


Resolução nº 71/98, trouxe muitas inovações, incluiu fotografia e
detalhes de segurança contra falsificações, como também passou a ser
aceita como documento de identidade.

a) Carteira nova (a partir de 1993/98), modelo apresentado na internet:

Fontes: http://www.depurar.net/noticias/contran-estabelece-novas-regras-para-
obtencao-de-cnh-2009 ou
http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=258 , consulta em setembro/2011.

Desde quando a CNH é considerada oficialmente como documento


de identidade?

A Lei 9.503/97, que instituiu o atual CTB, em seu Art. 159, dispõe que “A
Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com
]

as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos


neste Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé
pública e equivalerá a documento de identidade em todo o território nacional.”
A Resolução 168/04, modificada pela Resolução 169/05, no seu parágrafo 3º,
normatiza que a CNH deve produzir seus efeitos legais quando apresentada no
original e dentro do prazo de validade.

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) é provavelmente o melhor


documento de identificação disponível hoje no Brasil, tendo em vista os
seguintes motivos:
1 - Tem prazo de validade definido, com foto relativamente recente;
2 - Contém muitas características de segurança e informações importantes, tais
como nº do RG e filiação;
3 - É um documento unificado, com número nacional único para cada condutor,
e validade nacional.

b) Características da CNH da Resolução 765/93, alterada pela


Resolução 71/98, conforme fotografia de cartaz de divulgação da
época:
]
]

 Três números de identificação

A Resolução 192, de 30 de março de 2006, regulamenta a expedição do


documento único da CNH, com novo leiaute e requisitos de segurança:

O documento de habilitação terá dois números de identificação nacional e um


número de identificação estadual (Art.2º)
 O primeiro terá 9 caracteres mais 2 dígitos de verificação e será único
para cada condutor, não sendo permitida sua reutilização para outro.
 O segundo será formado por 8 caracteres mais um dígito verificador de
segurança e identificará cada espelho de CNH expedida.
 O terceiro será o número do formulário RENACH, documento de coleta
de dados do condutor gerado a cada serviço, composto de 11 caracteres,
sendo as 2 primeiras posições formadas pela sigla da UF expedidora e a
última opcionalmente por um dígito verificador de segurança (o
número do formulário RENACH identificará a UF onde o condutor
foi habilitado ou realizou alterações de dados no seu prontuário pela
]

última vez; o formulário RENACH que dá origem às informações


da BINCO e autorização para impressão da CNH deverá ficar
arquivado em segurança no órgão ou entidade executiva de trânsito
do Estado ou do Distrito Federal). (Resolução 192/2006)

Veja exemplo no próximo quadro:

 Novas dimensões

As dimensões da nova CNH são:

Documento aberto: 85 x 120mm


Documento dobrado: 85 x 60mm

 Mais características de segurança

A mais nova CNH possui 10 características de segurança na parte superior


do documento, mais 11 na parte inferior.
]

1- Foto personalizada, não impacto em policromia, com alta definição.


2- Filigrana negativa incorporando textos de identificação.
3- Fundo invisível sensível à luz ultravioleta (Brasão da República,
Bandeira do Brasil e geométrico positivo)
4- Fundo off-set numismático duplex, com brasão da República
incorporado.
5- Microtexto positivo e negativo com falha em talho-doce.
6- Personalização não impacto à cores (vermelho)
7- Papel de segurança (Mould Made)
8- Texto de identificação e numeração tipográfica com dígito verificador,
sensível à luz ultravioleta.
9- Fundo anti-scanner duplex, tarja geométrica positiva e microletra
negativa “CNH”.
]

10- Brasão da república em talho doce.

1- Fundo off-set numismático duplex, com bandeira estilizada.


2- Microtexto positivo e negativo com falha técnica em talho-doce.
3- Registro coincidente (see-through)
4- Número identificador da CNH criptográfico.
5- Filigrana negativa incorporando textos de identificação.
6- Holograma
7- Fundo geométrico positivo em off-set.
8- Fio de microtextos positivos “DENATRAN” em talho-doce.
9- Fundo anti-scanner duplex, tarja geométrica positiva e microletra
negativa “CNH”.
10- Texto de identificação e numeração tipográfica com dígito verificador,
sensível à luz ultravioleta.
11- Imagem latente “Original”.
]

Finalizando...

Nesse módulo você estudou que:

• A Lei nº 9.426/96, que modifica artigos do código penal,


estabelece as penas para os crimes relacionados à identificação
veicular;
• A Resolução nº 24, de 21 de maio de 1998, estabelece o critério
de identificação de veículos a que se refere o Art. 114 do Código
de Trânsito Brasileiro;
• A Resolução nº 231, de 15 de março de 2007, estabelece que as
placas dianteira e traseira deverão conter, gravados em tarjetas
removíveis a elas afixadas, a sigla identificadora da Unidade da
Federação e o nome do Município de registro do veículo, exceto
nas placas dos veículos oficiais, de representação, aos
pertencentes a missões diplomáticas, às repartições consulares,
aos organismos internacionais, aos funcionários estrangeiros
administrativos de carreira e aos peritos estrangeiros de
cooperação internacional.
 A placa traseira será obrigatoriamente lacrada à estrutura do
veículo, juntamente com a tarjeta, em local de visualização
integral.
• A segunda placa traseira de identificação (caso de reboques) será
lacrada na parte estrutural do veículo em que estiver instalada
(pára-choque ou carroceria).
• A Resolução nº 192, de 30 de março de 2006, regulamenta a
expedição do documento único da Carteira Nacional de
Habilitação - CNH, com novo leiaute e requisitos de segurança.
]

 Quadro ilustrativo das características de segurança da mais nova


carteira
(foto de divulgação pela internet. Disponível em
http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=258):

Exercícios:

1. Considerando as legislações vigentes, marque (V) para as sentenças


verdadeiras e (F) para as falsas:

F
]

adquirir, receber, transportar, conduzir


ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto
de crime ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte.
De acordo com a Resolução nº 24/98, do CONTRAN, a gravação do
número de identificação veicular (VIN) no chassi ou monobloco,
deverá ser feita, no mínimo, em um ponto de localização, de acordo
V
com as especificações vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3
nº 6066/80 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT,
em profundidade mínima de 0,2mm.
A Resolução nº 24/98, do CONTRAN, não eliminou a obrigatoriedade
da colocação da etiqueta no assoalho, mas modificou o teor do

F caractere da 11ª posição do NIV, que deixou de representar o ano de


fabricação do veículo e passou a indicar o modelo (na prática, o ano-
modelo).
De acordo com o que estudou, é possível presumir que só é
obrigatório o uso de placas dianteira e traseira em veículos de 4 ou
V
mais rodas. Não é obrigatório o uso de placa dianteira em
motocicletas.
A Resolução nº 231/2007 não especifica cor para os lacres. Apenas
V
estabelece que deverão ter dimensões mínimas de 15 x 15 x 4mm .

2. No modelo de CNH seguinte visualize as posições dos dois


números de identificação nacional, do número de identificação
estadual e do código de segurança.
]

Gabarito abaixo
]

Observação: para validação do número de segurança de CRV consulte o


site
https://denatran.serpro.gov.br/index2.htm
Módulo 3 – O Sistema RENAVAM
Apresentação do módulo

Você sabe o que é RENAVAM?

Se até o momento você respondia que RENAVAM é apenas o Registro Nacional de


Veículos Automotores, espere até o final da leitura deste módulo, pois você descobrirá
muito mais informações a respeito do projeto que implementou uma série de mudanças
que auxiliam a identificação veicular.

Neste módulo você irá estudar a definição, o histórico, e as mudanças importantes


introduzidas pelo sistema RENAVAM.

Objetivos do módulo

Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de:

 Definir o que é RENAVAM;


 Analisar o histórico do RENAVAM;
 Compreender as mudanças introduzidas pelo sistema RENAVAM.

Estrutura do módulo
Aula 1 – Definição, Conceito, Objetivos e Histórico
Aula 2 - Mudanças Introduzidas pelo Sistema RENAVAM
Aula 3 – O Projeto RENAVAM
Aula 4 – Usuários das Informações do RENAVAM
Aula 5 – Distribuição de Novas Placas

Aula 1 – Definição, conceito, objetivos e histórico

1.1. Definição

O RENAVAM é um sistema informatizado destinado a integrar as informações sobre todos os


veículos produzidos ou em circulação no território nacional.

1.2. Conceito e objetivos do Projeto RENAVAM

A ideia central do Projeto RENAVAM foi obter informações sobre a frota nacional de veículos
automotores por meio da interligação das Bases de Dados Estaduais.

As informações tornaram-se acessíveis através de recursos de teleprocessamento,


possibilitando o alcance dos seguintes objetivos:

• Individualizar a identificação veicular (principal objetivo técnico);


• Desburocratizar os órgãos de trânsito;
• Recadastrar a frota nacional;
• Uniformizar procedimentos;
• Reduzir a impunidade;
• Disponibilizar informações mais confiáveis sobre a frota nacional;
• Eliminar agentes intermediários;
• Combater a corrupção; e
• Instrumentalizar ações de combate a roubos/furtos de veículos.

1.3. Histórico

Para que possa analisar o histórico do RENAVAM é necessário compreender cinco


pontos importantes:

a. Necessidade histórica;
b. Regulamentação;
c. Funcionamento;
d. Modelo Tecnológico
e. Equipamento.

Estude, a seguir, sobre cada um deles!

a) A necessidade histórica: com a extinção da Taxa Rodoviária Única -TRU e a criação


do IPVA1, as informações sobre veículos e seus proprietários passaram a ser
administradas unicamente pelos DETRANs, no âmbito de cada Estado. Com isso, os
dados cadastrados atendiam apenas às necessidades específicas locais, não
possibilitando uma consolidação em nível nacional.

b) A regulamentação: O Ministério da Justiça, sentindo essa carência (de consolidação),


regulamentou, em 06 de março de 1986, o Registro Nacional de Veículos Automotores –
RENAVAM, padronizando, em nível nacional, as informações relativas a veículos
automotores administradas pelos Órgãos Estaduais de Trânsito.

1
Imposto sobre propriedade de Veículos Automotores, de responsabilidade da Secretaria da Fazenda.
Esse imposto é cobrado na época do licenciamento anual do veículo
c) O funcionamento: O Projeto Central RENAVAM é a consolidação dessas informações
por meio da interligação das Bases de Dados Estaduais, tornando-as acessíveis através
de recursos de teleprocessamento.

d) O modelo tecnológico: “O modelo tecnológico é complexo e único na América Latina”.


Essa era a informação que constava do folheto informativo do Ministério da
Justiça/DENATRAN, que circulou à época da implantação. A definição do modelo
tecnológico iniciou-se em 1985, quando da concepção do RENAVAM, e foi concluída em
1991, quando da interligação dos primeiros Estados que entraram em operação no
sistema.

e) O equipamento: admite a utilização de equipamentos de marcas diferentes (inicialmente


IBM e UNYSIS) através de tradutores (Processadores de Comunicação chamados
GATEWAYs). Em decorrência, é possível a interligação de bases de dados residentes
em equipamentos (chamados HARDWAREs) heterogêneos dos Estados.

Aula 2 - Mudanças introduzidas pelo sistema RENAVAM

A seguir você estudará as várias as mudanças que foram introduzidas pelo sistema
RENAVAM.

2.1. A mudança da maneira de cadastramento

No sistema antigo, o controle do Governo era baseado nas informações das notas fiscais dos
veículos.
No Sistema RENAVAM, as informações fornecidas pelas montadoras são os dados
utilizados para controle dos veículos.
Esses dados (pré-cadastramento) são inseridos na Base de Índice Nacional - BIN e são
utilizados pelos DETRANs na emissão dos documentos dos respectivos veículos.

2.2. A mudança do modelo da placa padrão nacional

Na execução do projeto RENAVAM foi prevista a mudança do modelo da placa padrão nacional,
para possibilitar a individualização dos veículos também nesse aspecto.

As placas de duas letras e quatro números forneciam, de acordo com folhetos do DENATRAN,
cerca de seis milhões e meio de combinações, quantidade insuficiente e que ocasionava sua
duplicação ou triplicação frente à frota nacional, estimada na época em dezoito milhões de
veículos.

Como você estudou no módulo 2, o modelo da placa substitutiva, hoje utilizada, apresenta sete
caracteres, sendo três letras e quatro números, permitindo, de acordo com folhetos do
DENATRAN, cento e setenta e cinco milhões de combinações. Esses caracteres identificam
o veículo, enquanto que as cores indicam a finalidade de utilização.

2.3. A nova placa-modelo dos veículos

De acordo com a finalidade de utilização dos veículos, suas placas devem seguir a seguinte
combinação de cores, conforme estabelecido pela Resolução 231 de 15 de março de 2007, que
revogou e substituiu as Resoluções 783/84 e 45/98:

Tabela 6 – Tabela de Cores/ Conteúdos das Tarjetas


Existem ainda outros tipos de placas com finalidades específicas. Veja a tabela a seguir:

Tabela 7 – Placas com Finalidades Específicas

CONTEÚDO DAS
CORES UTILIZAÇÃO
TARJETAS
Fundo preto com caracteres Carros oficiais de prefeitos, (U) = Brasil
dourados. A placapresidentes da câmara, do (E) = nome da UF
apresenta o Brasão da senado, de assembleias e (M) = nome da UF + nome do
República do lado esquerdo ministros de tribunais. município
Fundo verde com caracteres Veículos em experiência ou Nome da UF + município de
brancos em fase de testes pelas registro
montadoras
Fundo preto com caracteres Veículos de colecionadores Nome da UF + município de
cinzas. registro
Fundo branco com Veículo de auto-escola. Nome da UF + município de
caracteres vermelhos Aprendizagem registro
Fundo azul com caracteres Missão Diplomática, Corpo Nome da UF +
brancos Diplomático ou Consular. CMD (para Chefe da Missão
Organismo Internacional, e Diplomática)
Acordo de Cooperação CD (para Corpo Diplomático)
CC (para Corpo Consular)
Internacional.
OI (para Organismos
Internacionais)
ADM (para funcionários de
carreira do MD, CD, CC e OI)
CI (para Peritos estrangeiros de
Acordo de Cooperação
Internacional)

A mudança de gestão

A implantação da nova placa fez parte de uma ação conjunta dos Governos Estaduais e Federal
dentro do Projeto RENAVAM, tendo como gestor o DENATRAN.

A implantação do sistema RENAVAM nos Estados demorou 8 anos, 4 meses e 8


dias, tendo iniciado em 20/02/1990 com a distribuição das primeiras placas ao Estado do
Paraná, e terminado em 28/06/1998, com a distribuição das últimas placas da primeira série ao
Estado do Amapá.
Para entender o “porquê” da demora, considere o cumprimento dos itens funcionamento, modelo
tecnológico e equipamentos (aula 1) frente às dificuldades técnicas, financeiras e burocráticas
para aquisição dos equipamentos e treinamento da mão-de-obra.

Onde o veículo foi emplacado pela primeira vez?

 A partir da implantação da nova placa-modelo dos veículos, o DENATRAN, como gestor


do sistema RENAVAM, distribuiu as primeiras séries de sequências específicas aos
Estados da Federação. De acordo com a Tabela de Destinação de Placas, você pode
verificar onde o veículo foi emplacado pela primeira vez.
 Observe que as letras são agrupadas na ordem alfabética convencional, tendo-se
utilizado o alfabeto completo, inclusive com as letras K, W e Y.

Exemplos:

AAA-0001 É um veículo emplacado no Paraná.

JDR-0001 É um veículo emplacado no Distrito Federal.


Observando a tabela 8, você irá constatar que nem todo veículo com placa iniciada em
“J” foi emplacado no DF, pois outros estados também foram contemplados com esta
letra (BA, AM, MT e PA), por isso, é importante observar o agrupamento de letras
fornecido na tabela.

Tabela 8 - DESTINAÇÃO DE PLACAS


(por época da implantação do sistema RENAVAM )

UF DATA INAUGURAL SÉRIE INICIAL SÉRIE FINAL

PR 20/02/90 AAA - 0001 BEZ - 9999

SP 18/10/91 BFA - 0001 GKI - 9999

MG 01/08/91 GKJ - 0001 HOK - 9999

MA 04/11/91 HOL - 0001 HQE - 9999

MS 05/11/91 HQF - 0001 HTW - 9999

CE 17/03/92 HTX - 0001 HZA - 9999

SE 13/07/92 HZB - 0001 IAP - 9999

RS 22/09/92 IAQ - 0001 JDO - 9999

DF 03/08/92 JDP - 0001 JKR - 9999

BA 28/12/92 JKS - 0001 JSZ - 9999

PA 20/07/93 JTA - 0001 JWE - 9999


AM 05/08/93 JWF - 0001 JXY - 9999

MT 13/09/93 JXZ - 0001 KAU - 9999

GO 09/11/93 KAV - 0001 KFC - 9999

PE 29/03/94 KFD - 0001 KME - 9999

RJ 21/03/94 KMF - 0001 LVE - 9999

PI 28/03/94 LVF - 0001 LWQ - 9999

SC 05/10/94 LWR - 0001 MMM - 9999

PB 30/06/95 MMN - 0001 MOW - 9999

ES 22/01/96 MOX - 0001 MTZ - 9999

AL 23/05/96 MUA - 0001 MVK - 9999

TO 06/11/96 MVL - 0001 MXG - 9999

RN 12/11/97 MXH - 0001 MZM - 9999

AC 10/03/98 MZN - 0001 NAG - 9999

RR 18/06/98 NAH - 0001 NBA - 9999

RO 08/06/98 NBB - 0001 NEH - 9999

AP 28/06/98 NEI - 0001 NFB - 9999

Fonte: DENATRAN
Aula 3 - O Projeto RENAVAM

O projeto RENAVAM foi concebido em módulos, com as seguintes finalidades:

 Pré-Cadastramento - Cadastro dos dados de componentes e características dos


veículos automotores na CENTRAL RENAVAM (Base Índice Nacional – BIN).

 Atualização Cadastral - Registro na CENTRAL RENAVAM de toda atualização ocorrida


com os dados do veículo, desde o primeiro registro até a sua baixa final, incluindo
mudança de propriedade, mudança de características e transferência para outra Unidade
da Federação, com ou sem troca de proprietário.

 Roubos/Furtos - Registro na CENTRAL RENAVAM, através dos Órgãos de Segurança


Estaduais, das informações de ocorrência de roubo/furto, recuperação ou devolução de
um veículo.

 Multas - Permitem aos Órgãos Autuadores o controle e a cobrança efetiva das multas
resultantes de infrações cometidas por um veículo em outra Unidade da Federação, que
não a de seu licenciamento ou em Rodovias Federais.

 Controle de Fronteiras - Controla a permanência, em território nacional, de veículos


licenciados em outros países, inclusive com a cobrança de multas de infrações de
Trânsito cometidas por seus condutores; e a saída de veículos licenciados no país para o
estrangeiro.

 Estatísticas – A partir das informações da CENTRAL RENAVAM, são geradas


estatísticas, que ficam disponíveis em terminais para consultas e em relatórios editados
periodicamente.

 Consultas - Permitem o acesso às informações, na CENTRAL RENAVAM, por qualquer


usuário devidamente credenciado pelo DENATRAN, via terminal de vídeo ou telex.

 Controle Gerencial - Fornece ao DENATRAN, como gestor do projeto, informações


atualizadas sobre o processamento do sistema, permitindo o controle sobre quem
acessa ou fornece as informações.

Aula 4 - Usuários das informações do RENAVAM

De acordo com folhetos do DENATRAN, os usuários efetivos e potenciais das


informações do RENAVAM são:

 Órgãos de Trânsito e Transporte;


 Órgãos de Segurança Pública;
 Órgãos Fazendários;
 Entidades Privadas.

Estude, a seguir, sobre cada um deles:

Órgãos de Trânsito e Transporte


 Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN
 Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN
 Departamentos de Trânsito – DETRANs (âmbito estadual)
 Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - DNIT
 Departamentos de Estradas e Rodagens – DERs (âmbito estadual)
 Órgãos Municipais de Trânsito
Órgãos de Segurança Pública
 Secretarias Estaduais de Segurança Pública Departamento de Polícia Federal
 Departamento de Polícia Rodoviária Federal
 Delegacias de Roubos e Furtos de Veículos
 Polícias Militares
 Polícias Civis

Órgãos Fazendários
 Secretarias Estaduais da Fazenda
 Secretarias da Receita Federal

Entidades privadas
 Seguradoras
 Montadoras
 Revendedoras de Veículos
 CNTT – Confederação Nacional dos Transportes Terrestres
 NTC – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística
 Público em geral, e outros.

AULA 5 – DISTRIBUIÇÃO DE NOVAS PLACAS

Veja a seguir a tabela 9 que mostra a distribuição de novas placas

Tabela 9 – Distribuição de Novas Placas

Data do

UF documento de Série inicial Série final


distribuição (pelo
DENATRAN)

GO (2ª SEQUÊNCIA) 20/08/03 NFC - 0001 NGZ - 9999

MA (2ª SEQUÊNCIA) 12/06/06 NHA - 0001 NHT - 9999

PI (2ª SEQUÊNCIA) 07/03/07 NHU - 0001 NIX - 9999

MT (2ª SEQUÊNCIA) 08/02/07 NIY - 0001 NJW - 9999

GO (3ª SEQUÊNCIA) 22/11/07 NJX - 0001 NLU - 9999

AL (2ª SEQUÊNCIA) 03/03/08 NLV - 0001 NMO - 9999

MA (3ª SEQUÊNCIA) 18/09/08 NMP- 0001 NNI - 9999

RN (2ª SEQUÊNCIA) 21/07/08 NNJ - 0001 NOH - 9999

AM (2ª SEQUÊNCIA) NOI – 0001 NPB - 9999

MT (3ª SEQUÊNCIA) 13/10/08 NPC - 0001 NPQ - 9999

PB (2ª SEQUÊNCIA) 10/12/08 NPR - 0001 NQK - 9999

CE (2ª SEQUÊNCIA) 08/12/08 NQL – 0001 NRE - 9999

MS (2ª SEQUÊNCIA) 19/02/09 NRF - 0001 NSD - 9999

PA (2ª SEQUÊNCIA) 18/02/09 NSE - 0001 NTC - 9999

SP (Série ESPECIAL?) 29/07/09 SAV - 0001 SAV – 9999

BA (2ª SEQUÊNCIA) 20/11/09 NTD - 0001 NTW – 9999


MT (4ª SEQUÊNCIA) 20/11/09 NTX – 0001 NUG – 9999

RR (2ª SEQUÊNCIA) 23/12/09 NUH – 0001 NUL - 9999

A seguir, veja novas placas, ainda sem confirmação oficial das sequências e datas de
distribuição pelo DENATRAN.

Tabela 10 – Novas placas ainda sem confirmação oficial

Data do
documento de
distribuição
UF (pelo Série inicial Série final
DENATRAN)
CE (3ª SEQUÊNCIA) NUM – 0001 NVF – 9999

SE (2ª SEQUÊNCIA) NVG – 0001 NVN – 9999

GO (4ª SEQUÊNCIA) NVO – 0001 NWR – 9999

MA (4ª SEQUÊNCIA) NWS – 0001 NXT – 9999

PE (2ª SEQUÊNCIA) NXU – 0001 NXW – 9999

RR (3ª SEQUÊNCIA) NXX – 0001 NYG – 9999

BA (3ª SEQUÊNCIA) NYH – 0001 NZZ – 9999

AM (3ª SEQUÊNCIA) OAA – 0001 OAO – 9999


MT (5ª SEQUÊNCIA) OAP – 0001 OBD – 9999

PA (3ª SEQUÊNCIA) OBE – 0001 OCA – 9999

CE (4ª SEQUÊNCIA) OCB – 0001 OCU – 9999

ES (2ª SEQUÊNCIA) OCV – 0001 ODT - 9999

PI (3ª SEQUÊNCIA) ODU – 0001 OES – 9999

PB (3ª SEQUÊNCIA) OET – 0001 OFH – 9999

OFI – 0001

PED – 9999

PE (3ª SEQUÊNCIA) PEE – 0001 PFQ – 9999


Fonte de pesquisa destas sequências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Placas_de_identifica%C3%A7%C3%A3o_de_ve%C3%ADculos_no_Brasil

Observação:
Os espaços não preenchidos da tabela 10 destinam-se a atualizações posteriores. Enquanto
aguarda dados oficiais do DENATRAN, você pode consultar os dados da Wikipédia.

Para saber mais...

Para saber mais sobre os sistemas de placas já utilizado no Brasil clique aqui2

Finalizando...

Nesse módulo você estudou que:

 O RENAVAM é um sistema informatizado destinado a integrar as informações sobre


todos os veículos produzidos ou em circulação no território nacional.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Placas_de_identifica%C3%A7%C3%A3o_de_ve%C3%ADculos_no_B
rasil
 Na execução do projeto RENAVAM foi prevista a mudança do modelo da placa padrão
nacional, para possibilitar a individualização dos veículos também nesse aspecto.

 Atualmente, as placas utilizadas apresentam sete caracteres, sendo três letras e quatro
números, permitindo cento e setenta e cinco milhões de combinações. Esses caracteres
identificam o veículo e as cores indicam a finalidade de utilização.

 No Sistema RENAVAM o cadastramento é realizado a partir das informações fornecidas


pela montadora. Esses dados (pré-cadastramento) são utilizados pelos DETRANs na
emissão dos documentos do veículo (atualização cadastral).

 O RENAVAM foi concebido em módulos, com as seguintes finalidades: pré-


cadastramento, atualização cadastral, roubos/furtos, multas, controle de fronteiras,
estatísticas, consultas e controle gerencial.

 Os órgãos de trânsito e transporte, de Segurança Pública, fazendários e entidades


privadas são usuários efetivos e potenciais das informações do RENAVAM.

Exercícios (Assinale a única resposta correta, conforme o enunciado):

1). O sistema RENAVAM foi concebido em módulos. Com relação à mudança da maneira
de cadastramento, o veículo, no sistema RENAVAM, nasce com:
a) as informações dadas pela montadora (pré-cadastramento).
b) as informações da Nota Fiscal.
c) as informações do DETRAN que faz o primeiro emplacamento.
d) as informações do primeiro proprietário.
2. A nova placa implantada dentro da execução do projeto RENAVAM substituiu com
vantagens a anterior, eis que:
a) possibilita seis milhões e meio de combinações, por ter duas letras e quatro
números. Este número é suficiente para individualizar a frota nacional.
b) permite cento e setenta e cinco milhões de combinações, possibilitando a
individualização dos veículos.
c) possibilita vários veículos utilizarem uma determinada combinação de letras e
números agradáveis aos proprietários.
d) possibilita proprietários de Estados diferentes utilizarem uma placa com a
mesma combinação de letras e números, já que as tarjetas são diferentes.
Módulo 4 – O examinador e os exames veicular e documental

Uma das finalidades dos exames veicular e documental é dar segurança aos
pretensos proprietários de veículos automotores, livrando-os de adquirir veículos de
origem criminosa.

O profissional da área de Segurança Pública, na condição de examinador, deverá


alertar ao comprador para o risco da aquisição de veículos sem a execução dos
exames veicular e documental prévios, bem como sobre a necessidade de dirigir-se ao
DETRAN, fazendo a transferência o mais rápido possível, garantindo assim a
procedência do veículo.

Infelizmente, muitos compradores de veículos só se preocupam com o aspecto geral


do bem que estão adquirindo. O resultado dessa atitude é um grande número de
veículos adulterados ou fraudados transitando no Brasil, em poder de pessoas que os
adquiriram de boa fé e que sofrerão as consequências, dentre elas, a perda do
patrimônio.

Neste módulo você estudará sobre o exame e o examinador.

Objetivos do módulo:
Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de:

 Descrever o que são esses exames veicular e documental;


 Reconhecer a importância desses exames para a identificação veicular;
 Listar as funções e as características do examinador;
 Enumerar os procedimentos por ele utilizados, serão os temas deste módulo.

Estrutura do Módulo
Aula 1 – Os exames veicular e documental
Aula 2 – O examinador e os exames

Aula 3 – Informações importantes para a realização do exame veicular (gravação do


VIN, características físicas do VIN, plaquetas, etiquetas, gravação nos vidros)

Aula 4 – Decodificação de datas de fabricação de vidros


Aula 5 – A importância de saber anotar os códigos de agregados
Aula 6 – Técnicas de identificação veicular e documental
Aula 7 – Materiais, Instrumentos e procedimentos dos exames veicular e documental

Aula 1 - Os exames veicular e documental

O exame veicular é o processo pelo qual o veículo é inspecionado para verificar se o


número de identificação veicular – VIN está gravado conforme as especificações
legais e se é originário do mesmo veículo.

O exame documental é o processo pelo qual é examinada a autenticidade dos


documentos de identificação do veículo (Certificado de Registro e Licenciamento de
Veículo – CRLV e Certificado de Registro de Veículo – CRV) e do condutor (Carteira
Nacional de Habilitação – CNH).

A tabela a seguir mostra as finalidades, os locais e os responsáveis pela


realização dos exames veicular e documental:

Tabela 11 – Finalidades, locais e responsáveis pela realização dos exames


veicular e documental.
Responsáveis pela
Finalidades Locais
Realização
Preventiva – Instruir a Campo (blitz e operações
população sobre o risco de isoladas ou integradas).
adquirir veículos
roubados/furtados ou Abrangência: depósitos de
fraudados; ferro-velho, oficinas,
concessionárias, lojas, DETRANs, PMs, PCs, PRF,
Repressiva – Localizar feiras de automóveis, ruas, PF
veículos roubados/furtados estradas, etc.
e verificar se há indícios de
fraude.
Emplacamento ou mudança Setores de exames veicular DETRANs e Delegacias de
de proprietário e documental Roubos e Furtos de
Veículos – DRFVs (das
PCs)

Os exames nos DETRANs ou DRFVs habilitam o veículo ao emplacamento, mudança


de proprietário e transferência de Unidade de Federação. Eles demandam mais tempo
e devem ser mais criteriosos do que os de campo; por isso, requerem melhores
condições para sua realização.

Observação: Cuidado com os curiosos!!!


O ideal é que os exames, quando realizados nos DETRANs ou DRFVs, sejam feitos
longe do alcance visual de curiosos e do condutor, para que os procedimentos
técnicos não sejam assimilados por essas pessoas. De preferência, os exames devem
ser realizados com hora marcada para evitar fila e reduzir o cansaço e a inquietação
do condutor do veículo.

Na foto a seguir, operada por ocasião de aula prática na Academia de Polícia Civil do
DF, o professor Gersioneton (de camisa laranja), demonstra a atitude curiosa de um
condutor observando o trabalho dos candidatos a examinador. Fotos desse tipo são
operadas para mostrar aos alunos situações que devem ser evitadas na vida prática,
por ocasião de exames.
Aula 2 - O Examinador e os Exames

O examinador é um profissional de Segurança Pública ou servidor dos órgãos de


trânsito competentes que esteja designado para as funções técnicas exigidas pelos
exames.

2.1. Função do examinador:


• Examinar veículos e documentos de veículos e condutores, para verificar a sua
autenticidade;
• Verificar se há vestígios/indícios de fraude; e
• Informar ao órgão responsável sobre as irregularidades encontradas, para que sejam
tomadas as providências cabíveis (solicitação de exame pericial, por exemplo).

Importante!
Um veículo fraudado e/ou roubado/furtado que não tenha sido reconhecido pelo
examinador e venha compor a frota nacional de veículos, recebe vulgarmente o nome
de “esquentado”.
2.2. Características de um bom examinador

Para executar uma boa vistoria veicular e documental, sem permitir que ocorra
“esquentamento”, o examinador deverá:
• Ser idôneo;
• Possuir os conhecimentos indispensáveis à identificação veicular e à função
que realizará;
• Utilizar local adequado para os exames;
• Saber utilizar o Sistema RENAVAM; e
• Manter-se atualizado com relação às técnicas de exames e às codificações.
Ele deve buscar subsídios nas montadoras, nas concessionárias, no
DENATRAN e nos cursos de Identificação Veicular oferecidos.

Tecnicamente, o examinador também deverá:


• Realizar os exames de forma criteriosa; e
• Verificar se o local propicia o exame completo de veículos e de documentos.
Para a realização dos exames veicular e documental é preciso que se tenha
um local adequado.

2.3. Características de um local adequado para exames:

• Proteção contra a ação das intempéries;


• Infraestrutura e equipamentos necessários (banheiro, vestiário, saleta para
manuseio de documentos, telefone, etc.);
• Iluminação natural e/ou artificial adequadas;
• Elevadores e valas que possibilitem exames a partir de ângulos
estratégicos; e
• Proximidade do setor de cadastro de roubos e furtos integrado ao Sistema
RENAVAM, para possibilitar maior eficiência e segurança ao trabalho do
examinador.
Exemplos de locais adequados para exames

Foto 1: Complexo da Polícia Civil, um dos locais onde se fazem exames veiculares no Distrito
Federal. (Foto operada antes da reforma.)

Detalhes: cobertura, valas, pequena edificação com alpendre, sala, banheiro, e vestiário,
contendo móveis adequados e telefone.
A área é limitada por uma cerca. O acesso aos condutores de veículos é controlado.
No segundo plano, à esquerda da segunda cerca, vê-se uma cobertura, também dotada
de vala, que é utilizada em exames periciais.
Foto 2: Complexo da Polícia Civil, um dos locais onde se fazem exames veiculares no
Distrito Federal (cobertura e dependências situadas à direita da cerca).
No plano principal, à esquerda da segunda cerca, mostra a cobertura e a edificação
utilizadas pela perícia do Instituto de Criminalística. (Foto operada depois da reforma.)
Detalhes: cobertura, valas, pequena edificação com duas salas (para administração e
confecção de laudos), banheiros, e vestiário, contendo móveis adequados e telefones.
A área é limitada por uma cerca. O acesso aos condutores de veículos é proibido.

A figura a seguir mostra uma vala para exame em veículos automotores.


B

A A

0,10m

0,80m

0,10m

0,10m 0,40m
d>6,50m

B
PLANTA

0,10m
0,24m

1,50m

0,20m

SISTEMA DE DRENAGEM PARA LIMPEZA E ESCOAMENTO DE ÁGUA

CORTE A - A

0,23m

0,10m

0,10m

1,50m

0,20m

0,40m

0,80m
0,30m

CORTE B - B
opcional: banco de madeira ou
de ferro, para uso em vistoria
de veículos mais altos.
opcional: rebaixo (um de 0,20m ou dois 0,10m)

CORTE PERSPECTIVADO A - A
Desenho e projeto: Miziara e Aquino
2.4. O Sistema RENAVAM e a Realização dos Exames Veicular e
Documental

O sistema RENAVAM auxilia a realização dos exames veicular e documental à medida


que:
• Coloca os dados cadastrais à disposição;
• Ajuda na devolução do veículo recuperado; e
• Permite que o examinador participe do fornecimento de dados cadastrais ao
sistema de emplacamento (correção de erros, recadastramento) na BIN (Base
Índice Nacional) e na Base Estadual.

Observação:
O examinador está sujeito ao Controle Gerencial do DENATRAN.

Aula 3 - Informações importantes para a realização do exame veicular

3.1. Gravação do VIN

Cada fábrica possui sua própria forma de gravar o VIN. Observe que o VIN é gravado
no chassi ou na lataria, geralmente em baixo relevo, e possui as seguintes
particularidades (características):

3.1.1. Características físicas do VIN (acompanham definições sintéticas)

• Forma e calibre (tamanho) dos caracteres (é o modelo e a dimensão dos


caracteres);
• Espaçamento entre os caracteres (é a distância longitudinal entre os
caracteres);
• Alinhamento dos caracteres (é a distância transversal dos caracteres até
duas linhas paralelas imaginárias longitudinais que limitam inferior e
superiormente a sequência); e
• Profundidade de gravação dos caracteres (é a extensão considerada desde
a superfície da peça suporte da gravação até o fundo dos sulcos produzidos
pelos punções).

Observação:
Para decodificar o VIN de cada veículo, consulte a tabela do respectivo fabricante.

3.2. Plaquetas e etiquetas

Tanto a plaqueta quanto as etiquetas são elementos de grande importância na


identificação veicular.

A utilização da plaqueta de identificação remonta ao início de produção dos veículos


nacionais, enquanto as etiquetas foram instituídas mais recentemente, através da
Resolução do CONTRAN nº 659/85.

Infelizmente, algumas montadoras cessaram a utilização da plaqueta ao introduzirem


a das etiquetas, ao invés de adotarem os dois sistemas auxiliares de identificação
veicular.

3.2.1. Características da plaqueta de identificação:

• Contém a codificação de chassi - Algumas contêm a codificação completa


gravada mecanicamente por pressão; outras, apenas a parte mutável para cada tipo
de veículo.

• É moldada em material sensível, geralmente alumínio - Devido a essa


característica e ao fato de ter pequena espessura, facilita a constatação de
adulteração nela efetuada.
• É gravada em baixo ou alto relevo - Ofereceria maior segurança se fosse
impressa, simultaneamente, em baixo e alto relevos, com campos hachurados.
Historicamente, a plaqueta já ofereceu melhores condições de segurança. Na década
de 60 algumas montadoras gravaram a numeração em alto relevo e em região
hachurada (a Willys Overland do Brasil S.A. e a Ford do Brasil usavam essa técnica).

Exemplos:

Plaqueta antiga, com gravação em alto Plaqueta antiga, com gravação em alto
relevo em região hachurada. relevo em região hachurada.

Plaqueta menos antiga, com gravação em Plaqueta menos antiga, com gravação em
baixo relevo em região não hachurada baixo relevo em região não hachurada

3.2.2. Características das etiquetas:


• É destrutiva quando se tenta removê-la. O fato de ser construída com
parcelas, ligadas por linhas de menor resistência à tração do que a própria cola,
determina o seu fracionamento quando se tenta removê-la.

• É fabricada com papel especial de segurança para dificultar a


adulteração.

• Reflete um desenho quando submetida à luz ultravioleta.

Exemplos:
Etiquetas fornecidas Etiqueta com a VIS e Localização da plaqueta
pela fábrica da VW plaqueta de ano de com o ano de fabricação
fabricação e etiqueta com a VIS

3.3. Gravação nos vidros:

A gravação nos vidros também foi instituída pela Resolução nº 659/85 do CONTRAN.
Ela objetiva conferir maior segurança à identidade do veículo, a partir da gravação de
seu número de série em vários pontos. Exemplo:

Locais de gravação da VIS nos vidros Máscara para gravação em vidro,


fornecido pela fábrica da VW
Detalhes da máscara: A VIS do VIN, representada pela sequência perfurada, permite a
passagem do produto de gravação que, ao ser aplicado, marca com a mesma forma a
superfície do vidro.

VIS gravada em vidro: foto mostrando a duplicação da


gravação (imagem com efeito de sombra). Você pode conseguir
este efeito com a utilização de um foco luminoso e uma folha branca de
papel.
Aula 4 - Decodificação de datas de fabricação de vidros

4.1. Regras gerais para a decodificação da data (mês e ano) de fabricação


dos vidros

Os códigos indicativos da data de fabricação de cada vidro são gravados pelas


fábricas, geralmente, em um canto inferior do vidro, o que facilita a leitura. A leitura e a
interpretação dos códigos podem ser feitas do lado de fora do veículo.

4.2 Por que pesquisar as datas de fabricação dos vidros veiculares?

O conhecimento das datas de fabricação dos vidros de um veículo que esteja sendo
vistoriado, tanto em operações de campo (blitz) quanto em pátios de delegacias ou
DETRANs, é de grande valia para o examinador, pois as discrepâncias porventura
percebidas podem indicar suspeição de fraude.

É comum encontrar vidros que tenham sido fabricados de dois a quatro meses antes
do veículo. Mas um vidro que tenha sido fabricado depois do veículo indica que o
original fora substituído. Cabe ao examinador investigar o porquê (o veículo pode ter
sido envolvido em ocorrência de furto ou de acidente).

As fábricas de veículos mantêm estoques reguladores de vidros, suficientes para, por


exemplo, quatro meses. Não seria compreensível que estocassem vidros para serem
utilizados depois de dois anos, por exemplo, mesmo porque os modelos estão sempre
sendo modificados (as fábricas de vidro e as revendas de peças, ao contrário,
necessitam estocar os diversos modelos de vidros para vendas posteriores). Por isso,
é também suspeito encontrar-se, em determinado veículo, vidros que tenham sido
produzidos dois anos antes do referido veículo.

Importante:

É também importante observar os vidros quanto à possibilidade de terem sido


submetidos a lixamento na região da VIS (terceira seção do VIN) que é
gravada em seis vidros de cada veículo (1 frontal, 1 traseiro e 2 em cada
lateral), conforme já estudado anteriormente.

4.3. Decodificação de datas de Fabricação de Vidros

Os fabricantes de vidros veiculares como Blindex, Securit, etc., utilizam


codificações que indicam o mês e o ano de fabricação de cada peça. Os códigos nem
sempre são exclusivos. Um fabricante pode utilizar mais de um código diferente em
seus produtos e mais de um fabricante podem utilizar um mesmo código.

Seguem alguns exemplos:

a) Pontos colocados abaixo de duas das letras da inscrição “INDUSTRIA


BRASILEIRA”, cujo significado é o seguinte:

J F M A M J J A S O N D 83 84 85 86 87 88 89

I N D U S T R I A B R A S I L E I R A

90 91 92 93 94 95 96

97 98 99 00 01 02 03

04 05 06 07 08 09 10

Por exemplo:

I N D U S T R I A B R A S I L E I R A

o o

Trata-se de um vidro fabricado no mês de maio do ano 1988 ou 1995 ou 2002


ou 2009.

b) Pontos colocados abaixo de uma das letras das inscrições “MADE IN


BRASIL”, cujo significado é o seguinte:

M A D E I N B R A Z I L
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96
97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18
T R A N S P A R Ê N C I A
J F M A M J J A S O N D
Observação: As letras “N” e “A” não são codificadas

Por exemplo:

M A D E I N B R A Z I L

T R A N S P A R Ê N C I A

Trata-se de um vidro fabricado no mês de agosto do ano 1991 ou 2002.

c) A fabricante “BLINDEX” usa pontos e traços acima ou abaixo das letras


do próprio nome, cujo significado é o seguinte:

J M M J S N

B L I N D E X

F A J A O D
1990 ou 1999 1991 ou 2000
I

X X X 1992 ou 2001
II

II
I

II
I
I
1993 ou 2002 X 1994 ou 2003 X 1995 ou 2004

II
X

II
II

I
I

X 1996 ou 2005 X 1997 ou 2006 X 1998 ou 2007


II

II

II
Por exemplo:

B L I N D E X

Trata-se de um vidro fabricado no mês de maio do ano 1995 ou 2004.

Observação:

Há duas outras maneiras de gravar o ano de fabricação, encontradas nos vidros da


blindex:

1) Aquela em que só aparecem pontos nas três posições abertas externas do


X, iniciando a contagem em 1990 na parte superior e girando no sentido
horário, repetindo-se as posições de três em três anos.

2) Aquela em que os pontos aparecem sempre perto de uma das quatro


pontas do X, iniciando a contagem em 1990 na ponta superior esquerda. A
contagem se dá da esquerda para a direita superior e inferiormente,
repetindo-se a sequência de quatro em quatro anos.

d) Outro tipo de código é o constituído por um algarismo e uma letra,


encontrados na linha Fiat, conforme tabela abaixo.

Por exemplo, o código 5K significa que o vidro foi fabricado no mês de outubro
do ano de 1985, ou 1995, ou 2005.

1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Janeiro 5A 6A 7A 8A 9A 0A 1A 2A 3A 4A
Fevereiro 5B 6B 7B 8B 9B 0B 1B 2B 3B 4B
Março 5C 6C 7C 8C 9C 0C 1C 2C 3C 4C
Abril 5D 6D 7D 8D 9D 0D 1D 2D 3D 4D
Maio 5E 6E 7E 8E 9E 0E 1E 2E 3E 4E
Junho 5F 6F 7F 8F 9F 0F 1F 2F 3F 4F
Julho 5G 6G 7G 8G 9G 0G 1G 2G 3G 4G
Agosto 5H 6H 7H 8H 9H 0H 1H 2H 3H 4H
Setembro 5J 6J 7J 8J 9J 0J 1J 2J 3J 4J
Outubro 5K 6K 7K 8K 9K 0K 1K 2K 3K 4K
Novembro 5L 6L 7L 8L 9L 0L 1L 2L 3L 4L
Dezembro 5M 6M 7M 8M 9M 0M 1M 2M 3M 4M

e) Para identificar o mês e o ano de fabricação, também existe outro tipo


de codificação, constituído por um algarismo e pontos em uma posição relativa, onde a
quantidade de pontos representa o mês e o algarismo o ano, da seguinte forma
exemplificada:

Meses à esquerda Quantidade de pontos Meses à direita


Janeiro 06 Julho
Fevereiro 05 Agosto
Março 04 Setembro
Abril 03 Outubro
Maio 02 Novembro
Junho 01 Dezembro

Por exemplo: oo6 = maio de 1996 ou 2006; 6ooo = outubro de 1996 ou 2006.

f) Em outros casos, o mês e o ano vêm impressos do modo usual, sem


codificação.

Por exemplo: 06/96 = junho de 1996.


g) Os fabricantes de vidros como a FANAVID possuem uma codificação
que indica o mês e o ano de fabricação do vidro como segue abaixo:

Pontos colocados abaixo de uma das letras das inscrições “MADE IN BRAZIL
(mês) e TRANSPARÊNCIA (ano)”, e cujo significado é o seguinte:

M A D E I N B R A Z I L

J F M A M J J A S O N D

T R A N S P A R Ê N C I A

90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02

03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

Por exemplo:

M A D E I N B R A Z I L

T R A N S P A R Ê N C I A

Trata-se de um vidro fabricado no mês de abril do ano 1995 ou 2008.

h) Outra maneira de identificação, constituída por um algarismo e pontos em três


posições, praticada, por exemplo, pela Pilkinton, equivale àquela explicada no item “e”,
acrescentada da identificação da campanha e do turno. Campanha é a quantidade de
lotes de um mesmo item produzido no mês (exemplo: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª ou 5ª semana).
Turno é o período de trabalho (exemplo: manhã, tarde ou noite). Considerando o
número central que indica o ano, teremos os índices superiores indicando o turno de
fabricação (à esquerda) e a campanha (à direita). Os índices inferiores indicam os
meses do primeiro semestre (à esquerda) e os da direita os meses do segundo
semestre.

Exemplo da disposição dos pontos:

Exemplo de significado dos índices (pontos) superiores: °° 6 °°° = 2º


turno, 3ª campanha.

Exemplo de significado dos índices inferiores: oo6 = maio de 1996; 6ooo =


outubro de 1996 (ou 2006).

Observação:

Neste tipo de gravação o algarismo do ano conterá dois índices superiores e um


inferior (portanto terá pontos em três posições, indicando o turno, a campanha e o mês
de fabricação).

Aula 5 - A importância de saber anotar os códigos de agregados.

Desde a implantação do Sistema RENAVAM, qualquer veículo sai da fábrica com seus
dados relacionados em uma planilha. Entre esses dados estão o VIN e a codificação
dos agregados (motor, câmbio, diferencial, carroceria, eixos, etc.).

Os dados alimentam o computador central do Sistema RENAVAM (na BIN), no módulo


denominado pré-cadastramento, mesmo antes do veículo ser emplacado.

Após o primeiro emplacamento (com a utilização do módulo atualização cadastral), o


cadastro do veículo continuará ativo durante toda sua vida útil e mesmo depois de sua
baixa.

É importante que os examinadores de setores de exames saibam, no mínimo, sobre a


localização dos agregados e das respectivas codificações, para que possam
relacionar o que existe no veículo e informar ao setor específico (de cadastro)
encarregado de confrontar os dados com os do cadastro original.

Não é matéria deste curso decodificar numerações de agregados, mas sim


alertar para a sua importância. Portanto, considere que:

 Quanto à numeração dos agregados, é útil saber decodificá-las, pois possuem


número sequencial ou mesmo a data de sua fabricação. Tal codificação pode ser
encontrada em baixo relevo na própria peça ou numa plaqueta nela afixada;

 O conhecimento desses detalhes é de suma importância para o examinador


que poderá estabelecer uma correspondência entre o VIN e a codificação dos
agregados. É o que se chama “exame veicular sincronizado ou combinado”, ou ainda
“vistoria de amarração”, como é denominada por alguns examinadores;

 Para que o exame de códigos de agregados surta efeito é necessário que o


examinador detenha o conhecimento dos critérios utilizados pelas fábricas na
codificação dos componentes e nas montagens deles nos veículos. Sem este
conhecimento, a interpretação a respeito dos códigos e de seu relacionamento com o
veículo pode ser falha;

 Saber localizar os códigos e anotá-los sempre será útil nos exames veiculares.
 Os códigos anotados servem para o setor de cadastro consultar o Sistema
RENAVAM e conferir os dados com os do cadastro original do veículo que está sendo
examinado.

Aula 6 - Técnicas de identificação veicular e documental

O examinador utiliza duas técnicas para realizar a identificação veicular; são


elas:

• Decalcagem - consiste em friccionar o grafite de um lápis sobre uma


superfície de papel colocada sobre a codificação a ser representada; e
• Exame ótico - consiste em olhar e observar, cuidadosa e criteriosamente, os
elementos de identificação, bem como as peças em que estão inseridos.

Importante!
O examinador jamais deve considerar a decalcagem como sendo uma técnica melhor
do que a constatação ótica. O decalque é um elemento importante no exame quando
corretamente utilizado. A decalcagem do VIN, localizado na estrutura do veículo e na
plaqueta, sendo feita pelo examinador, pode ajudá-lo na confecção de padrões e de
relação para efeito cadastral. Entretanto, a validade do decalque está relacionada com
o examinador. Ele jamais deve aceitar um decalque feito por terceiros, haja vista a
possibilidade de montagens.

O decalque não elimina a necessidade do exame ótico. Mesmo quando feito


criteriosamente pelo examinador veicular, o decalque só mostrará algumas das
características físicas da codificação: forma, calibre, espaçamento e alinhamento dos
caracteres. Dificilmente mostrará a profundidade de gravação e detalhes de
falsificação contidos nos sulcos.

O exame ótico, por outro lado, realizado criteriosamente, poderá identificar vestígios
que, embora não apareçam no decalque, são perceptíveis a olho nu ou com auxílio de
equipamento adequado.

Observação
Tanto a decalcagem quanto a constatação ótica, são procedimentos que,
corretamente utilizados, darão segurança ao exame e aos contribuintes.

Já com relação à identificação documental, o examinador utiliza duas técnicas:

1 – O manuseio do documento (CRLV ou CNH) fora do plástico, para reconhecer


suas características próprias.
2 – A utilização de lanterna especial para salientar certas características do
documento que
são sensíveis à luz ultravioleta.

Aula 7 – Materiais, Instrumentos e procedimentos dos exames veicular e


documental.

Agora que você estudou sobre as informações importantes para a realização dos
exames veicular e documental, veja passo a passo os procedimentos para realizá-los
de forma adequada.

Para a realização do exame veicular e documental, o examinador precisará dos


seguintes materiais e instrumentos, cuja função principal é:

7.1. Materiais

Material de limpeza: solvente brando, palha de aço nº “0”, estopa.

O solvente e a palha de aço devem ser brandos para não destruir ou dificultar a
visualização de possíveis vestígios ou indícios de fraude, e para não dificultar exames
posteriores. Exames mais agressivos só poderão ser realizados por Peritos
Criminais quando da realização de perícia de constatação de fraude.
Função: proporcionar a limpeza das regiões examinadas para facilitar a detecção de
possíveis vestígios ou indícios de fraude.

Material pós-limpeza: graxa, óleo anti-ferrugem (WD ou similar). Devem ser


aplicados após a limpeza e secagem da área que recebeu o solvente.
Função: evitar corrosão, proteger e preservar a região examinada para futuros
exames.

Material de proteção individual: luvas, máscara e óculos especiais fechados (tipo


“dentista”).
Função respectiva: proteger as mãos do efeito agressivo do solvente, preservando
também o tato; proteger as narinas e os pulmões do efeito agressivo dos gases
liberados pelo solvente; proteger os olhos do efeito agressivo dos gases liberados pelo
solvente.

7.2. Instrumentos1:

Chave de fenda, espátula, espelho, lupa, lanterna comum, paquímetro ou escala,


escariador de sulcos, gabaritos, lanternas especiais (de visão ocular, de luz ultravioleta
e de foco ajustável com zoom).

7.2.1. Função dos instrumentos:

Chave de fenda: remover obstáculos parafusados próximos da região do NIV,


facilitando a pesquisa de regiões soldadas ou de outros indícios de fraude.

Espátula: ajudar na detecção de linhas ou pontos de soldas e na remoção de

1
a utilização conjunta de lanterna, lupa e espelho pode melhorar as condições de
trabalho
massas; ajudar na detecção de descontinuidades em extremidade de chapa metálica.

Espelho: proporcionar a reflexão do NIV, ou a visualização de vestígios de fraude a


partir de ângulos estratégicos.

Lupa: ampliar e, consequentemente, melhorar a visibilidade das características das


codificações e dos vestígios de fraude.

Lanterna comum: melhorar a luminosidade das regiões a serem examinadas,


proporcionando um exame mais minucioso.

Paquímetro ou escala: obter os calibres das codificações identificadoras do veículo


ou de seus agregados para confrontar com os padrões da fábrica; ajudar na
visualização de irregularidades na forma, no calibre, no alinhamento e no
espaçamento dos dígitos.

Escariador de sulcos: escariar o interior dos sulcos produzidos pela impressão dos
caracteres das gravações, para remover sujeira, ferrugem ou resíduos de tinta, sem
causar danos à região (para tanto, o material de que for feito o escariador não pode ter
maior dureza que o metal da região gravada); detectar relevos, cruzamento de traços
ou outras irregularidades nos sulcos, indicativos de superposição de caracteres
diferentes (ocorrida em adulteração ou regravação superposta).

Gabaritos: facilitam a comparação dos caracteres em exame, gravados no veículo ou


impressos em documentos, com caracteres originais.

Lanternas especiais:

• Lanterna potente e dotada de foco ajustável com zoom (foco


regulável instantaneamente): facilita a visualização de detalhes.

• Lanterna de visão ocular: específica para visualização, via ocular, de


detalhes de segurança nas etiquetas, sensíveis ao foco luminoso. (A
lanterna fabricada pela 3M do Brasil tem o nome “lanterna CONFIRM”.)

• Lanterna de luz ultravioleta: específica para a visualização e a


reflexão de detalhes de segurança inseridos nas impressões de papéis
de documentos oficiais de Identificação Veicular (CRV, CRLV, CNH,
etc.).

A fotografia a seguir mostra alguns instrumentos, relacionados da esquerda para a


direita e de cima para baixo:

Espátula, chave de fenda, régua (escala de menor qualidade), escariador de sulcos,


lupa, lanterna de luz ultravioleta; lanterna de foco ajustável com zoom; lupa dupla de
maior aproximação, espelho e lanterna de visão ocular.
7.3. Procedimentos dos exames veicular e documental

Acompanhe os procedimentos, passo a passo:

1º passo
Verificar se as gravações do VIN localizadas na estrutura, na plaqueta ou etiqueta e
nos vidros estão nos locais convencionais e se correspondem àquela constante no
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, e também no Certificado
de Registro do Veículo – CRV (documento de transferência), se for o caso.

2º passo
Transcrever para o formulário próprio o conteúdo das regiões de gravação do VIN ou
do
número de série do veículo (codificação completa ou parcial): na estrutura, na plaqueta
(ou vidros e etiquetas) e no CRLV. Isso facilita o próximo passo: a confrontação e
a
detecção de qualquer divergência na codificação.

Importante! A transcrição desses dados visa condicionar o examinador veicular a não


confiar na memória. É um importante critério ao se examinar um veiculo.

3º passo
Verificar se os dados constantes no CRLV (ano-modelo, VIN, cor, potência, etc.)
conferem
com os do veículo.

4º passo
Examinar os documentos (CRLV, CNH, etc.) para detectar se estão atualizados e,
principalmente, se são autênticos e não portam adulterações.

Importante! Os documentos devem ser examinados fora do plástico de proteção,


para que possam ser observadas suas características de segurança e autenticidade.
5º passo
Limpar a superfície suporte da codificação (no chassi ou lataria), promovendo a
retirada da camada de tinta não original superposta, se houver. Usar material
adequado: luvas, palha de aço nº “0”, solvente e estopa. Não utilizar lixa, esmeril,
palha de aço nº 2 ou superior, ácidos, reagentes, ou quaisquer outros materiais
abrasivos que possam criar ou modificar vestígios ou indícios de fraude na área de
gravação, bem como prejudicar ou dificultar um futuro exame pericial.

Observação: repintura ou tinta não original sai com maior facilidade do que tinta
aplicada originalmente pela fábrica. Em geral a camada de tinta só é removida por
examinador do setor de vistoria (de DETRAN ou DRFV) e em quantidade suficiente
para que possa atestar a originalidade do veículo ou, em caso de suspeição,
encaminhá-lo para exame pericial.

Importante! Após o exame, aplicar graxa ou outro material antioxidante na superfície


suporte. Nunca aplicar solventes em etiquetas.

6º passo
Verificar as características físicas da gravação. Nesse item é importante observar o
alinhamento, o espaçamento, a forma, o calibre e a profundidade dos caracteres
gravados, bem como a presença de elementos estranhos: solda, massa plástica,
estanho, dentre outros.

Importante!: Verificar se o VIN corresponde ao padrão da montadora, além de


pesquisar possíveis alterações indicativas de fraude. Nesse item, observar também as
codificações repetidas na plaqueta, nos vidros e nas etiquetas.

7º passo
Verificar se a superfície suporte da codificação de série é parte original do veículo.
Nesse item é importante observar se existe:
• Solda circundando a região de gravação;
• Substituição da peça suporte de gravação; e
• Colocação de segmentos (por meio de solda, cola, etc.) sobre a área de
gravação.

8º passo
Anotar as codificações dos agregados em formulário próprio. Esses dados podem
servir para:

• Confrontação com os dados do veículo no Sistema RENAVAM;


• Consulta à fábrica quando não houver cadastro do veículo no Sistema
RENAVAM; e
• Recadastramento de veículos antigos que ainda não estejam no Sistema
RENAVAM.

Observação: Vale ressaltar que os dois primeiros itens (confrontação com os dados
do veículo e consulta à fábrica) são geralmente efetuados para:
• Retirar suspeita de fraude de gravação irregular havida em decorrência de acidente;
• Comprovar a originalidade do veículo; e
• Comprovar fraude havida no veículo.

9º passo (caso seja necessário)


Enviar o veículo para exame químico-metalográfico e os documentos para exame
documentoscópico, quando neles forem encontrados vestígios ou indícios de fraude.
Esses exames são atribuições de Peritos Criminais.

Finalizando...

Nesse módulo você estudou que:


• Os exames veicular e documental possuem finalidades preventivas e
repressivas.
• Além da idoneidade pessoal, de informações e de conhecimentos técnicos, o
examinador precisa manter-se atualizado.
• Os códigos indicativos da data de fabricação de cada vidro são gravados pelas
fábricas, geralmente, em um canto inferior do vidro, o que facilita a leitura. A
leitura e a interpretação dos códigos podem ser feitas do lado de fora do
veículo.
• O examinador utiliza duas técnicas para realizar a identificação veicular:
decalcagem e exame ótico.
• Para realização dos exames veicular e documental devem ser utilizados
materiais e instrumentos específicos, bem como seguidas as orientações
contidas nos nove passos disponibilizados nesta aula.

Exercícios
1. Ao examinar os documentos de um veículo, deve-se, além de verificar sua
autenticidade:
a) Verificar se o VIN contém os 20 caracteres da nova nomenclatura.
b) Deter o condutor e apreender o veículo se este não estiver sendo dirigido pelo
seu proprietário.
c) Verificar se o VIN é igual e com o mesmo número de caracteres daquele
gravado nos vidros ou nas cinco etiquetas.
d) Verificar se os dados dos documentos conferem com os do veículo.

2) Sabendo como examinar um veículo e decifrar sua codificação identificadora,


assinale a afirmação falsa:
a) Devemos olhar com atenção o VIN (“número de chassi”) que está gravado
parcialmente nos vidros, inclusive verificando se não há sinais de lixamento.
b) Devemos conferir se as etiquetas possuem o mesmo número final do “chassi”
(terceira seção do VIN).
c) Devemos verificar as características físicas da gravação, bem como se a
superfície suporte da codificação é parte original do veículo. É importante
observar, também, se há presença de elementos estranhos, tais como solda,
massa plástica, estanho, etc.
d) Devemos apenas observar se a placa constante nos documentos do veículo
corresponde àquela instalada, não sendo necessário qualquer outro
procedimento que atrase o nosso atendimento ao cidadão cujo veículo está
sendo vistoriado.

3) As Características físicas do VIN são:


a) Peso e forma dos caracteres, cor dos caracteres e tamanho dos caracteres.
b) Forma e calibre dos caracteres, espaçamento entre os caracteres,
alinhamento dos caracteres e profundidade de gravação dos caracteres.
c) Cor dos caracteres, tamanho dos caracteres e medida dos caracteres.
d) Gravação em alto relevo, marca da fábrica e peso dos caracteres.

4) A proposição falsa é:
a) É função do examinador examinar veículos e respectivos documentos com
vistas a determinar sua autenticidade.
b) É função do examinador informar o órgão responsável pela vistoria para que
este encaminhe ou solicite perícia criminal quando for encontrado vestígio
ou indício de fraude em veículos por ele examinado.
c) É função do examinador periciar e elaborar laudos de exame de veículos
fraudados.
Módulo 5 – Classificação do VIN quanto à sua essência e fraudes mais comuns

As fotos não assinadas que compõem este módulo foram cedidas pelos peritos Zilmondes &
Gelmir – ICTO

Aula 1 - Classificação do VIN quanto à sua essência


Aula 2 - Fraudes veiculares mais comuns

Estude a seguir as fraudes veiculares mais comuns.


Aula 3 - Fraudes em Documentos

3.1. Tipos de Fraudes


As fraudes em documentos podem ser:


3.3. Outras fraudes envolvendo documentos


Neste módulo, você estudou que:



As fraudes mais comuns em relação aos documentos são:


1. Um veículo que teve o NIV original retirado por recorte ou seccionamento da peça suporte e
recebeu outro NIV gravado em chapa metálica, afixado por solda na mesma região, sofreu um
tipo de fraude denominado:
a) Implante ou enxerto.
b) Transplante (certo)
c) Adulteração
c) Regravação ilegal.

2) Referentemente à sua essência, um NIV implantado ou enxertado é aquele que:

a) Foi inserido no veículo em substituição à sua codificação original.


b) Foi alterado na própria codificação original, através de modificação de letras ou
números.
c) Estando em uma placa, foi sobreposto à codificação original do veículo, de modo a
escondê-la. (certo)
d) Foi remarcado por sobre a planta do piso automotivo.

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