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ID Nº 272
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo analisar, por meio da gestão de risco e os
instrumentos de políticas ambientais, meios alternativos de reduzir as ameaças advindas
da poluição hídrica. No que tange a metodologia, a abordagem utilizada foi a qualitativa
e a qualificação metodológica foi a descritiva, com emprego da pesquisa bibliográfica e
documental. É notável a influência do movimento ambientalista brasileiro no que tange
às políticas ambientais, e como estas, a partir dos instrumentos, tornam-se soluções para
a minimização dos perigos. Da mesma forma, a gestão de risco traz estratégias para os
formuladores de políticas decidirem pelo melhor instrumento baseado em algumas
análises, focalizando aquele que remeterá maior custo benefício para a sociedade. Assim,
conclui-se que há meios de reduzir os riscos provenientes dos efeitos da poluição das
águas, por intermédio da junção dos instrumentos de políticas ambientais e escolha da
melhor estratégia pelo tomador de decisões, tendo como foco garantir o bem-estar social
para todos. As contribuições deste trabalho concernem a demonstrar que há maneiras de
diminuir os riscos provenientes da poluição hídrica, mediante a escolha do melhor
instrumento de política ambiental baseado na melhor estratégia de gestão, tenho como
base o custo benefício e as especificidades locais.
INTRODUÇÃO
A água representa a vida em todas as suas esferas, tem relevância fundamental
para o equilíbrio da biodiversidade e da conservação dos ecossistemas, além de ter sido
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Tucci (1998) aponta que a poluição hídrica ocorre por meio do acréscimo de
substâncias ou de formas de energia, que mesmo de forma indireta modificam as
características químicas e físicas da água, acarretando prejuízos no seu uso benéfico. Por
conseguinte, traz quatro tipos de fontes de poluição: mistas, difusas, atmosféricas e
pontuais.
No que tange às fontes de poluição atmosférica, classifica-se em duas linhas:
móveis (aviões, veículos, navios e etc.) e fixas (tendo a indústria como principal fonte).
Santos (2002) cita que os causadores de poluição se dividem em naturais e artificiais, o
primeiro diz respeito às fontes naturais, como as queimadas referentes às atividades
vulcânicas ou por raios; e a segunda é consequência das atividades humanas, como a
queima de combustíveis fósseis e a emissão de gases diversos na atmosfera provenientes
de indústrias e automóveis.
Em relação às fontes de poluição difusas ou não pontuais, Thomann e Mueller
(1987) a caracterizam como relacionadas à geologia, à morfologia da bacia de drenagem
e ao uso do solo. De acordo com Mierzwa (2001), ela é gerada quando os poluentes
atingem os corpos de água de forma descontínua, não sendo possível o estabelecimento
de nenhum tipo de padrão de frequência, quantidade ou controle. Ainda segundo o autor
a fonte de poluição pontual é caracterizada pelo lançamento de poluentes em pontos
específicos do corpo de água e de maneira determinada, porém, diferente da poluição
difusa, há controle sobre as emissões, permitindo apontar padrões de frequência; as
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Políticas Ambientais
Política Ambiental pode ser definida como ações governamentais que têm como
objetivo orientar e intervir na atividade dos agentes poluidores com a finalidade de fazer-
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negativa, o autor cita a poluição sonora das grandes cidades que afetam as residências
próximas aos viadutos e amplas avenidas; além do incômodo concernente ao ruído, ainda
desvalorizam o valor dos imóveis
Desse modo, pode-se dizer que as externalidades são as consequências, favoráveis
ou desfavoráveis, que uma respectiva atividade acarreta fora de seu próprio domínio.
Portanto, a discussão se refere a quais instrumentos de políticas públicas ambientais
podem ser utilizados pelos formuladores de políticas para reduzir os impactos produzidos
pelas externalidades, que no caso deste trabalho são decorrentes da poluição hídrica.
Há três tipos de políticas de gestão ambiental: instrumentos de comando e
controle, instrumentos econômicos e instrumentos de comunicação.
Cabe destacar, no que tange aos padrões ambientais, três deles: o padrão de
qualidade ambiental ou de meio ambiente, o padrão baseado em tecnologia e o padrão
baseado em desempenho. Em relação ao padrão de meio ambiente, Thomas e Callan
(2009) exemplificam citando que nos Estados Unidos e em países altamente
industrializados se utiliza padrões para definir a qualidade da água e do ar, não impostos
de forma autoritária, mas como base de meta a ser atingida. No que tange ao padrão
baseado em tecnologia, os autores discorrem sobre a redução de emissões de dióxido de
enxofre, em que é exigida de todas as termelétricas a utilização de depuradores.
Thomas e Callan (2009) ainda destacam algumas restrições advindas do uso pelo
Estado dos instrumentos da abordagem de comando-e-controle, principalmente em
relação aos padrões ambientais, como segue no quadro abaixo:
da competência legal para certificar-se que a lei está sendo cumprida (MARGULIS,
1996).
Instrumentos Econômicos
Por exemplo, no que tange o setor de água, as licenças negociáveis viriam por
intermédio de quotas de água, as taxas e impostos sobre ganhos de capital e os subsídios
dos fundos ambientais. Já em relação ao setor de minerais, as licenças negociáveis
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Instrumentos de Comunicação
Gestão de Risco
A análise de riscos ambientais tem como base dois processos: a avaliação de risco,
que tem como foco avaliar sobre um perigo ambiental por intermédio de estudos
científicos e compreender os riscos no qual a sociedade está exposta. E a gestão de risco,
que objetiva apoiar os governos na determinação de políticas adequadas para minimizar
o risco (THOMAS; CALLAN, 2009).
Antes de adentrar à gestão de risco, cabe conceituar o que se conhece por risco e
expor de forma sucinta a avaliação de risco, já que mesmo não sendo o objetivo deste
trabalho, auxilia o entendimento sobre a gestão de risco ambiental.
De acordo com Sjöberg (1994) o significado de risco a partir do senso comum
inclui questões que ameaçam reduzir o bem-estar, a segurança e a saúde. Já Thomas e
Callan (2009) discorrem que risco é simplesmente “a possibilidade de algum coisa ruim
acontecer”. Os autores também classificam o risco em voluntário e involuntário.
• Risco Voluntário: quando assumidos de maneira individual. Exemplo: caminhar
em uma zona interditada por perigo de desabamento.
• Risco Involuntário: quando o indivíduo não tem o controle sobre o risco.
Exemplo: problemas respiratórios acarretados por emissão de gases poluentes por
indústrias próximas.
Dessa forma, risco ambiental pode ser definido como um risco involuntário de
exposição a um dado perigo em que um indivíduo ou comunidade está suscetível.
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OBJETIVO
O presente estudo tem como objetivo analisar, por meio da gestão de risco e os
instrumentos de políticas ambientais, meios alternativos de reduzir as ameaças advindas
da poluição hídrica.
MÉTODOS
RESULTADOS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.°6938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm. Acesso em: 09 jul.
2017.
SJÖBERG, L. Risk perception by politicians and the public. Stockholm: Center Risk
Research; 1996ª. (RHIZIKON Peport, 26).
SOARES, E. S. Externalidades negativas e seus impactos no mercado. São Paulo:
EAESPIFGV, 1999. p. 4. (Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-
Graduação da EAESP/ FGV, Área de Concentração: Planejamento e Finanças Públicas).
TARQÜÍNIO, T. T. Taxa de poluição ambiental - Simulação de instrumentos
econômicos à gestão dos recursos hídricos no Paraná: Coletânea de textos traduzidos.
Curitiba: IAP-GTZ. 1993, 52p.
THOMANN, R.V. & MUELLER, J.A. Principles of surface water quality modeling and
control. New York: Harper & How, 1987. 644 p.
THOMAS, Janet M.; CALLAN, Scott J. Economia Ambiental: aplicações, políticas e
teoria. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
TUCCI, C. E. M. Modelos Hidrológicos. Porto Alegre: Ed. Da
Universidade/UFRGS/ABRH, 1998. 669p.
VARELA, Carmen Augusta. Instrumentos de políticas ambientais, casos de aplicação e
seus impactos para as empresas e a sociedade. VIII ENGEMA. Rio de Janeiro, 2008.