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Paulo L. F.
CAPITULO I
A – Deturpação da Verdade
O próprio Cristo, na boca daqueles que tem coragem o bastante para ir aos
extremos de suas reflexões, torna-se um mero líder religioso, tão sagrado
quanto qualquer outro, tão deus quanto qualquer outro que se creia como tal.
Se a religião, para estes fautores de heresias, é apenas uma manifestação
dum difuso sentimento religioso, e Nosso Senhor Jesus Cristo é um simples
líder comparável a tantos que marcaram a história, então, o brilho do
cristianismo se obscureceu. A própria idéia de religião perdeu sua
centralidade. Tanto faz que permaneçamos nesta ou naquela filosofia, que
sigamos este ou aquele caminho.
Talvez – seguindo ainda este raciocínio grogue - seja melhor, até mesmo,
abster-se de filiação a um grupo religioso específico. De fato, uma vez
descoberta esta suposta dança histórica (de nascimentos e ocasos filosófico-
religiosos) poderíamos nos privar de possíveis dogmatismos ou surtos de
poder que uma dessas instituições religiosas viesse a adquirir com o passar
dos tempos.
Assim, tomar consciência de que não houve Encarnação divina, ou, uma
iniciativa por parte de Deus em criar uma religião específica, entre outras
coisas, colocar-nos-ia acima de todas as religiões e nos daria o direito de
exigir das mesmas que se submetam à nossa incrível capacidade racional e
evolutiva. Temos aqui a vitória do naturalismo, circundado, claro, de todas as
filosofias que participam (em graus variados) de seus princípios ou
conclusões lógicas.
Desde os tempos apostólicos a Igreja Católica tem sido assediada por seus
inimigos[4]. A epístola de São Judas fala-nos da necessária peleja em defesa
da fé, pois, segundo o mesmo autor, certos homens ímpios, já naquela época,
haviam se introduzido furtivamente entre os cristãos com o firme objetivo de
destruir a obra de Deus [5]. Por isso, exortava-nos o escritor sagrado nessa
mesma carta a respeito da importância salutar de edificar-nos mutuamente
sobre o fundamento da fé verdadeira, confiada, de uma vez para sempre, aos
santos.
São Paulo não foi menos veemente em sua exortação. Quando escrevera aos
gálatas suas palavras pareciam “fogo”, tamanho o ardor pela ortodoxia.
Citemo-las textualmente:
Será que exortações, tão claras, não nos abrem a inteligência? Poderíamos
continuar citando páginas e mais páginas com textos fortíssimos precavendo-
nos no mesmo sentido. As Sagradas Escrituras estão lotadas dessas
verdades tão importantes para a compreensão dos tempos atuais. Sim! É
exatamente o que afirmamos. A Bíblia parece descrever a realidade crítica de
nossos dias. Quem ousaria duvidar?
Basta olharmos, um pouco que seja, ao nosso redor: padres, após longos
anos de estudos, negando verdades fundamentais de nossa santa religião;
bispos, até mesmo bispos, colocando-se contrários ao ensinamento constante
da Tradição; leigos, tantos leigos, julgando-se senhores da ortodoxia, juízes
da moral, numa total independência dos legítimos sucessores apostólicos.[8]
Se não fossem as promessas de Jesus Cristo, creio que estaríamos à beira
do desespero. Ele, porém, nos garantiu, usando de toda sua autoridade, que
as portas do inferno jamais prevalecerão contra sua Igreja. E assim será!
3 – Sofrer com o Cristo, para com Ele triunfar.
I – S.S. Paulo VI
Como podemos averiguar, os temores do Papa não eram uma ilusão de sua
mente. Hoje, vemos avançar, e com cada vez mais ímpeto, pensamentos anti-
católicos dentro do seio da própria Igreja. Basta assistirmos algumas
conferências que se fazem por aí e veremos os aplausos se levantarem com
entusiasmo para todos aqueles que falam contra ensinamentos fundamentais
da Tradição cristã. De fato, “... parece predominar um pensamento não
católico...”.
O Papa Bento XVI, ainda quando Cardeal, foi destemido ao apontar a triste
situação em que se encontra a Europa, outrora resplandecente em seu
cristianismo: “Essa Europa, cristã de nome, há mais de quatrocentos anos, é
berço de um paganismo novo, que vai crescendo sem parar, no meio do
coração da Igreja Católica e a ameaça de destruir por dentro. A imagem da
Igreja da era moderna é essencialmente caracterizada pelo fato de ela se
tornar cada vez mais, Igreja de pagãos, de um modo todo novo, no sentido de
que continuam a chamar-se cristãos, mas na realidade continuam pagãos.
Trata-se de um paganismo dentro da Igreja... de uma Igreja em cujo coração
vive o paganismo. É uma tentação típica de nossos tempos.”
Para entendermos um pouco mais sobre essa situação tão delicada no interior
da própria instituição fundada por Nosso Senhor, basta-nos recordar, ainda
outra vez, aquele caso arquetípico por nós já apresentado: “a traição de
Judas.” Não era ele membro do seleto grupo apostólico?
De fato, ele fora escolhido diretamente pelo Salvador. Este apóstolo, comia
com o Cristo, andava ao seu lado, escutava de seus lábios divinos os
mistérios do Reino dos céus [31]... porém, mesmo tomado por tão altas
honrarias, traiu vergonhosamente ao Filho de Deus.
Ora, se algo tão desastroso se deu inclusive com um dos doze apóstolos,
selecionados pessoalmente pelo Redentor, não é de se admirar que o mesmo
continue a ocorrer atualmente entre alguns membros da hierarquia
eclesiástica. Ao encontrarmos nas Sagradas Escrituras a lastimosa realidade
da traição, e mesmo entre os mais íntimos do Cristo, sentimo-nos precavidos
sobre bispos e padres, que possam revoltar-se contra o Filho de Deus. À
imagem de Judas, trocam a fonte de toda felicidade por qualquer bem
aparente.
- A dupla gênese
Por outro lado, no entanto, junto a essa “gênese natural” dos erros e das
crises de que nos ocupamos, a explicação para tão delicado sistema de
coisas, encontra-se, também, na incansável ação do demônio contra os
planos de Deus. A ele foi dado, até o fim dos tempos, o poder de tentar os
homens em todas as virtudes, inclusive na virtude da fé.
Assim, como nos explica o próprio D. Mayer, é obvio que até a consumação
dos séculos a Igreja estará exposta a surtos internos do espírito de heresia, e
não há progresso que, por assim dizer, a imunize de modo definitivo contra
esse mal. “Quanto se empenha o demônio em produzir tais crises, é supérfluo
mostrá-lo. Ora, o aliado que ele consegue implantar dentro das hostes fiéis é
seu mais precioso instrumento de combate.”[36]
CAPITULO II
Perante uma realidade tão conturbada como esta, em que tantos padres, e
mesmo bispos, ousam colocar-se contra os ensinamentos tradicionais da
Igreja Católica, ficamos, muitas vezes, desnorteados, confusos quanto ao
grave dever de obediência a que Cristo nos submeteu. Com efeito, Ele
mesmo dissera aos seus apóstolos: “Quem vos ouve a mim ouve, quem vos
rejeita a mim rejeita.”[38]
De fato, está escrito que todos os reis da terra hão de adorar ao Deus
verdadeiro, assim como, que todas as nações hão de servi-lo, [39] porque os
deuses dos pagãos, sejam quais forem, não passam de ídolos.[40] Nesse
sentido, ordenava o salmista: “louvai-o todos os povos”.[41]
Afirma São Paulo, que o Pai Celestial deu ao Cristo sentar-se à sua direita
nos céus, acima de todas as coisas; tudo foi sujeitado a seus pés. De fato, Ele
foi constituído chefe supremo da Igreja, que é seu Corpo. [42] Sendo assim,
está claro: todos os seres humanos devem prestar uma obediência absoluta
ao Verbo Encarnado!
Por fim, o autor sagrado, quis ser ainda mais direto em sua assertiva; noutra
oportunidade afirmou, categoricamente, que Deus exaltou sobremaneira Seu
Filho outorgando-lhe o nome que está acima de todos os outros nomes, para
que perante ele se dobrasse todo joelho no céu, na terra e nos infernos; e
toda língua confessasse que “Jesus Cristo é o Senhor.”[43]
Não parece estranho que palavras como essas fossem dirigidas a seres tão
limitados como os apóstolos? Na crucificação, recordemo-nos, todos
abandonaram o Salvador, com exceção de João Evangelista, que
permanecera ao lado da Virgem Santíssima e, por isso, aos pés da santa
cruz. Aliás, belo exemplo aos que almejam uma fidelidade mais perfeita ao
Divino Mestre: estar constantemente à sombra de sua cruz, e sob o manto de
sua Mãe castíssima!
B – Algumas distinções
Existe uma clara distinção entre os membros que compõem a Igreja fundada
por Jesus. Nela há uns que ensinam, dirigem ou mandam, e outros, por sua
vez, que aprendem, são dirigidos e obedecem. A primeira parte é chamada
“Igreja docente”, enquanto que a última, recebe o designativo de “Igreja
discente”. Ambas as partes não formam, evidentemente, duas Igrejas
distintas, mas por vontade de Cristo, Nosso Senhor, uma só e mesma Igreja,
do mesmo modo que no corpo humano a cabeça é distinta dos outros
membros, e, não obstante, forma com eles somente um corpo.
E, se tal estado de coisas criado pelo Filho de Deus surpreende aos espíritos
orgulhosos, relativistas e anti-hierárquicos de nosso tempo, terminemos por
lembrar, que além do poder de ensinar, a mesma Igreja possui também, e,
especialmente, o poder de administrar as coisas santas. Pode, sim, dentro da
lógica do próprio evangelho, fazer leis e de exigir a sua reta observância,
impondo inclusive, se preciso for, as penas correspondentes aos erros
cometidos.
Isso explica tantos erros serpenteando entre os fiéis, pois aqueles que
deveriam seguir com extrema fidelidade os ensinamentos constantes da
Igreja, todos eles revelados por Cristo, desprezam a autoridade conferida aos
nossos pastores. Julgando-se “doutores da verdade” põe-se a ensinar
terríveis heresias.
Ora, é sobre o fundamento dos Apóstolos que estamos edificados [50], por isso,
mantemos ininterruptamente, desde o primeiro século da era cristã, a crença
numa única fé, assim como a submissão a um só Senhor e a aceitação de um
único Batismo.[51] Aqueles que se afastam desse caminho traçado pelo Filho
de Deus, vivem como crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer
sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus
artifícios enganadores.[52]
Para que algo tão maravilhoso ocorra na Igreja Católica, ela conta com o
auxílio sobrenatural do Divino Espírito Santo que lhe foi prometido pelo Cristo,
seu fundador.
Temos a certeza de que Cristo não mente. Se Ele afirmou essas maravilhas
com referência ao Espírito Santo e à sua Igreja, é claro que tudo se realiza do
modo como nos comunicou. Portanto, pobres daqueles que, infelizmente,
apostataram da fé católica. Encontram-se, como que, suspensos no erro,
distantes de toda plenitude revelada pelo Salvador.
No mais, se não fosse assim, por que haveria tanto rigor nas palavras de
Cristo a seus apóstolos? De fato ele o dissera: “Quem crer e for batizado será
salvo, e quem não crer será condenado.”[57] Perceba, caro leitor, que Nosso
Senhor coloca as pessoas sob pena de perderem a salvação eterna caso não
venham a acreditar nas palavras dos seus apóstolos; ora, para que
pudéssemos confiar tão radicalmente nos ensinamentos de meras criaturas,
era preciso que as mesmas estivessem revestidas da autoridade do Verbo
Encarnado[58], era preciso que participassem, em certo sentido, da
infalibilidade do próprio Deus.
Essa certeza tão gloriosa levou São Paulo a proclamar aquelas palavras que,
certamente, devem ter comovido o coração de São Timóteo, assim como,
hoje, comovem o coração submisso de todo fiel católico: “Quero que saibas
como deves portar-te na casa de Deus vivo, coluna e sustentáculo da
verdade.” [59]
D - Infalibilidade papal
Uma vez concebida a infalibilidade de toda a Igreja ao professar a Verdade
divina, toquemos agora num ponto de particular grandeza e luminosidade. Se
é fato que o poder de ensino eclesiástico pertence ao conjunto do episcopado
em união com o Papa, também é verdade que o bispo de Roma possui
sozinho, como sucessor de São Pedro, na qualidade de chefe visível da
Igreja, o supremo Magistério infalível. 1
Realmente, ainda que os bispos sejam os sucessores dos apóstolos, não tem
todavia, cada um em particular, a herança completa dos seus carismas; no
que se refere à infalibilidade possuem-na tão somente enquanto episcopado
coletivo, e não cada um pessoalmente.
Porém, ainda que os bispos não possuam a infalibilidade pessoal, são, com
toda certeza, testemunhas e doutores autênticos da verdade nas suas
dioceses, enquanto conservam a união com seu chefe supremo, o Papa, e
anunciam a doutrina tradicional. [62] Caso contrário tornam-se censuráveis, e
os fiéis - mesmo individualmente - tem o grave dever de resistir-lhes todas as
vezes que ousarem ofender a Deus, Nosso Senhor.[63]
Nestes casos delicadíssimos, o maior ato de amor para com um bispo rebelde
é mostrar-lhe, com docilidade e submissão, a feiúra de seu erro. Obviamente
que, antes de tudo, deve-se esperar dos superiores a reação devida ao triste
desvio do sucessor apostólico, porém, a experiência tem demonstrado que,
muitas vezes, dada a gravidade da situação, urge uma ação heróica e
destemida por parte dos leigos, sempre prontos a lutar pela honra da Esposa
de Cristo.
“A imunidade do erro reside em primeiro lugar em toda a Igreja, isto é, em todos aqueles que
livremente aderem à doutrina revelada pelo modo estabelecido por Jesus Cristo, porquanto não pode
acontecer que a Igreja toda professe uma doutrina errônea.” (Pg. 72) (ora, toda a Igreja é, digamos
assim, hierarquia e laicato)
Pedro o fundamento de sua Igreja. Não é verdade que o Filho de Deus
prometera àquele apóstolo que as portas do inferno jamais destruiriam sua
obra? Ora, para que a Igreja fosse perpetuada, era necessário que o
fundamento instituído por Ele também permanecesse. 2
Além do mais, o Salvador pedira a São Pedro que apascentasse todo o seu
rebanho; [66] deste modo, um único erro do pastor em questões essenciais
acarretaria o erro em todo o rebanho. Como pensar que Nosso Senhor
pudesse permitir tal sistema de coisas? Confiou, portanto, a São Pedro e seus
sucessores toda autoridade sobre o rebanho por haver doado a eles a
sublime possibilidade da infalibilidade em questões de fé e moral.
Finalmente, por que razão teria Cristo orado por Cefas em especifico,
suplicando ao Pai Celestial a sua integridade na fé?[67] Este ato singular de
Nosso Senhor torna-se compreensível se levarmos em conta, mais uma vez,
que caberia unicamente a São Pedro, enquanto pessoa particular, a função
de confirmar os outros Apóstolos na Verdade. De fato, ele possuiria sozinho
um certo poder de infalibilidade conferido para maior glória e segurança
doutrinal da Igreja verdadeira. Assim, como se verificará posteriormente, São
Pedro cairá, mas não por incredulidade, mantendo inexpugnável a integridade
de sua fé.
Como podemos perceber caro leitor, o Divino Mestre não brincava com as
palavras quando ousava chamar de “Pedro” àquele humilde pescador da
Galiléia.
3
Monsenhor Pascucci (Obra já citada) trata assim a questão: Objeto da infalibilidade: 1 – As
verdades de fé, isto é, o depósito da fé, contido na Sagrada Escritura e na Tradição. 2- As verdades
que, sem serem de fé, são indispensáveis à conservação integral do depósito da fé e, por fim, 3- Os
costumes, isto é, a moral cristã. Mas, Quando o Papa é infalível? “... quando fala ex-cátedra, a saber,
quando como pastor e mestre de toda a Igreja define, isto é, decide de modo definitivo, de modo que
se não possa mais duvidar a respeito de uma questão de fé ou de costume, entendendo ele obrigar a
Igreja inteira e declarando anátema, ou separando dela a quem quer que se recuse admitir-lhe a
definição proclamada.(...)Fundamento da infalibilidade é a assistência do Espírito Santo, assistência
que não é inspiração nem revelação e, por isso, não dispensa o estudo nem o emprego de meios
humanos para conhecermos a verdade.” (Pg. 74)
3) O Romano Pontífice deve ter a vontade de dar uma decisão
dogmática e não uma simples advertência ou somente uma instrução
geral.
4) A razão da infalibilidade papal reside na assistência particular do
Espírito Santo, que preserva de todo erro, e não na inspiração ou
revelação da parte de Deus; tanto menos reside na sua capacidade ou nos
lumes naturais.
5) As decisões do Pontífice são irreformáveis em “si mesmas”, e não pela
adesão do episcopado.
4
Conf.: LANDUCCI, P.C. Cem problemas de fé. São Paulo: Paulinas, 1969. Pg. 66. “A fé diz-se
divina quando se refere às verdades reveladas por Deus (dogmas). Diz-se divina católica quando
essas verdades são, como tais, propostas a crer pela Igreja católica.”
5
Conf.: LANDUCCI, P.C. Cem problemas de fé... Pg. 68. “... é justo presumir que a Igreja, infalível
no dogma e no que a ele se une indissoluvelmente, seja sumamente categorizada nas outras coisas,
que são realmente mas não indissoluvelmente conexas com as verdades infalíveis. É um critério
óbvio de sabedoria e de prudência que o sugere.”
2 – O que diz o Código de Direito Canônico?
Cãn. 750 – Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que está contido
na palavra de Deus escrita ou transmitida, a saber, no único depósito da fé
confiado à Igreja, e que, ao mesmo tempo, é proposto como divinamente
revelado pelo magistério solene da Igreja ou pelo seu magistério ordinário e
universal; isto se manifesta pela adesão comum dos fiéis sob a guia do
magistério sagrado; por isso, todos estão obrigados a evitar quaisquer
doutrinas contrárias.
CAPITULO III
Pensemos num mundo onde tudo conspirasse para a maior glória de Deus e
a salvação das almas! Eis, caro leitor, a mais perfeita ordem de coisas que
pode existir nesta terra: a Sociedade Cristã. Foi essa ordem que quis se
objetivar na Idade Média, e que, apesar das contingências históricas, próprias
de cada época, soube fazer-se valer, impregnando as culturas daquele aroma
sobrenatural que flui do Evangelho. O ambiente que as almas respiravam
naquele momento histórico, guardadas as devidas proporções, estava repleto
de cristianismo, tudo concorria para que o ser humano pudesse alcançar o fim
para o qual fora chamado: a Bem aventurança eterna.
Apresenta-se, por fim, perante nossos olhos uma grande missão digna de
todos os fiéis católicos: preservar o tesouro da Tradição e lutar ardorosamente
contra todo inimigo que se levanta contra os planos de Deus. Se assim
fizermos, dia virá em que, pelo auxílio sobrenatural da graça, teremos uma
6
Uma interessante reflexão sobre os desvios doutrinais do final da Idade Média nos é apresentado
pelo Doutor Orlando Fedeli em seu livro “Nos labirintos de Eco”, por nós já citado. Este autor
demonstra, e com todo embasamento, o avanço de um processo desestruturador dos princípios
cristãos que imperavam naquele período. Desmascarando os lances difusos, muitas vezes gritantes e
palpáveis, dos inimigos da verdade, apresenta-nos com arguta destreza o choque dialético que foi se
dando entre tendências gnósticas e panteístas alojadas nos espíritos incautos e maliciosos de muitos
pensadores.
sociedade onde não mais se ofenda a Deus, Nosso Senhor; onde todos os
costumes, assim como, todas as instituições, possam viver banhadas na
atmosfera cristã; e, deste modo, tudo venha a conspirar para a maior glória de
Deus, salvação das almas e exaltação da santa Igreja.
[1]
Conf. S. Mat. 28,18-20
[2]
Conf. Atos 4,12
[3]
Declaração Dominus Iesus. (Sobre a unicidade e universalidade salvífica de
Jesus Cristo e da sua Igreja) Congregação para a Doutrina da fé.
[4]
Para uma visão mais global deste “ataque” contra os planos de Deus, que aliás
remonta aos primórdios da criação: RATZINGER, Joseph. A união das nações. São
Paulo: Loyola, 1975; p.22.; PINAY, Maurice. Complot contra a Igreja. Coleção temas
em foco. Trad. João Afonso. Lisboa: Editorial J. Castelo Branco, 1970. 616 pg.;
FEDELI, Orlando. Nos labirintos de Eco. São Paulo: Véritas, 2004, 189 pg..
FÉRENZY, Oscar de. Os Judeus e nós os Christãos. Trad. Godofredo Rangel. São
Paulo: Companhia Editora Nacional,1939.231pg. DE MATTEI, Roberto. Pio IX .
Trad. Antônio de Azevedo. Porto: Civilização, 347 pg. MARTIN, Malachi. Os
Jesuítas. Trad.: Luiz Carlos N. Silva. Rio de janeiro: Record, 1989. 463 pgs. São Pio
X. Pascendi (Sobre o modernismo)
[5]
Conf. S. Judas 3-4
[6]
Conf. II S. João 9-11
[7]
Conf. Gálatas 1,6-9
[8]
Conf. São Pio X. Pascendi (Sobre o Modernismo)
[9]
Conf. Gênesis 3,15
[10]
Conf. S. Luc. 22, 46
[11]
Conf. S. Mar. 14, 27
[12]
Conf. Col..1, 24
[13]
Conf. S. Joâ.19, 25
[14]
VIEIRA, Pe. Antônio. Sermões. Vol. VIII. Revisão e adaptação de Frederico
Ozanam Pessoa de Barros. Erechim, EDELBRA , 1998. Pg. 297.
[15]
Conf. Fil. 3, 10
[16]
Conf. S. Mar.15, 21
[17]
Conf. Fil.1, 29
[18]
Conf. IITim. 2,11-12
[19]
Conf. Fil. 4,13
[20]
CONTI, Dom Servilio. O Santo do dia. 3ª Edição. Petrópolis,Vozes,1986. pg.
461.
[21]
Conf.: RUIX, Jose Juan Gorriz. La Revolucion de la Modernidad. La bestia
del apocalupsis? Zaragoza, 1990. 319 pg. Ver também: “A Conjuração
Anticristã” de Monsenhor Henri Delassus e a obra “Revolução e Contra
Revolução” de Plínio Correia de Oliveira. Além, claro, das obras já citadas na
referência número “4” deste trabalho.
[22]
As citações seguintes, com exceção daquelas que indicarmos outra fonte,
encontram-se no seguinte livro: Não agüentamos mais! Carta ao clero italiano.
Ed. Segno, 1995. Trad. D. Manuel Pestana Filho. Anápolis, Goiás. 66 pgs.
[23]
FEDELI, Orlando. Carta a um padre. São Paulo: Véritas.
[24]
Conf. II Tes. 2, 8
[25]
Conf. Apo.21,4
[26]
RATZINGER, Joseph; MESSORI, V. A fé em crise? O Cardeal Ratzinger
se interroga. Trad. Pe. Fernando J. Guimarães, CSSR. Sâo Paulo, E.P.U,
1985. Pg. 16-17
[27]
Idem. Pg. 22
[28]
Conf. Isaias 62,6
[29]
RODRIGUES, Paulo. Igreja e Anti-Igreja. Teologia da Libertação. São
Paulo, T. A. Queiroz, Editor, 1985, pg. 265-267
[30]
Ibidem. RATZINGER, Joseph; MESSORI, V. A fé em crise? ... pg. 14
[31]
Conf. S. Mat. 13,11
[32]
Conf. Ato. 20,29-31
[33]
Conf. II Cor. 11,14-15
[34]
Conf. S. Mat. 13,40-42
[35]
MAYER, D. Antônio de Castro. Por um cristianismo autêntico. Editora Vera
Cruz, 1971. pg. 26
[36]
Idem. Pag. 26-27
[37]
Conf. I Cor. 10, 13
[38]
Conf. S. Luc. 10,16
[39]
Conf. Salmo 71,11
[40]
Conf. Salmo 95,5; assim como I Cor.10, 20: “As coisas que os pagãos
sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que
tenhais comunhão com os demônios.”
[41]
Conf. Salmo 116,1
[42]
Conf. Efésios 1,20-23
[43]
Conf. Filp. 2, 9-11
[44]
Conf. S. Luc. 10,16
[45]
Conf. S. Mat. 16,19; 18, 18
[46]
Conf. S. Mac.16, 15-16
[47]
Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã. Texto do catecismo Maior de S. Pio
X. Terceira Parte. Breves noções de História da Igreja. 1ª Edição. Vera Cruz:
Campos, 1976. Pgs 43-44. Ver tamb.: PASCUCCI, Mons. Francisco. Doutrina
Cristã. Trad. Prof. Pe. Armando Guerrazzi. Rio de Janeiro: Editora ABC, 1939.
Pg. 69.
[48]
Para entrever a complexidade desse tema, favor conferir: BARTMANN,
Bernardo. Teologia Dogmática. 2o Tomo. São Paulo: Edições Paulinas, 1964.
Pg. 465, onde se lê, por exemplo, a respeito dos Papas, que seria uma
afirmação exagerada e insustentável inferir que jamais um Papa pudesse,
“pessoalmente e em particular”, afastar-se da fé; segundo o autor, as palavras
de Lc. 22,31-32 não prometeriam absolutamente aos Sumos Pontífices,
“como pessoas privadas”, não cair em heresia, mesmo que uma piedosa
opinião, sustentada por alguns autores renomados afirme que, de fato, a
Providência não permita a heresia privada do Santo Padre. No Mais,
infalibilidade não significa impecabilidade: “Infalibilidade não é impecabilidade,
pois, na qualidade de mestre universal, o Papa não pode cair em erro, mas,
como homem, pode cair em pecado.” (Conf.: LANDUCCI, P.C. Cem
problemas de fé. São Paulo: Paulinas, 1969. Pg. 75)
[49]
Conf. Ibidem. Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã, pag. 47 ...Onde se
afirma que o pároco é um sacerdote delegado para presidir e dirigir, sob a
dependência do Bispo, uma porção da Diocese; deste modo, eles devem ser
tidos como auxiliares do Bispo na cura das almas, tendo uma certa
participação em seu poder de ensinar juntamente com o restante dos
sacerdotes.
[50]
Conf. Efésios 2, 20
[51]
Conf. Efésios 4,4-5
[52]
Conf. Efésios 4,14
[53]
Conf. S. João 14,16-17
[54]
Conf. S. João 14,26
[55]
Conf. S. João 16, 13
[56]
Conf. S. Mateus 28,20
[57]
Conf. S. Marcos 16,16 . Conf. Tamb.: LANDUCCI, P.C. Cem problemas de
fé. São Paulo: Paulinas, 1969. 342 pgs.
[58]
Conf. S. Mateus10, 40 : “Quem vos recebe á a mim que recebe”
[59]
Conf. I Tim. 3, 14
[60]
Conf. Efésios 1,23; 4,12-16; Col. 1,18.24
[61]
João Paulo II. Augustinum Hipponensem. Doc. Pontifícios, n. 210.
Petrópoles: Vozes, 1986, p. 24 e 28. Ainda segundo este documento, Santo
Agostinho chegou a afirmar: “Não acreditaria no Evangelho se não me
induzisse a isto a autoridade da Igreja Católica.” p. 45
[62]
Código de Direito Canônico, Cân. 753.
[63]
“Onde houver perigo iminente para a fé, os superiores devem ser argüidos,
mesmo publicamente, pelos subordinados.” (Santo Tomás) Conf.
RODRIGUES, Paulo. Igreja e Anti-Igreja... p. 265-267
[64]
Conf. Mat. 16, 18
[65]
Conf. Jo. 8, 44
[66]
Conf. Jo. 21, 15-17
[67]
Conf. Luc. 22, 31-32
[68]
BARTMANN, Bernardo. Teologia Dogmática... P. 463
[69]
“A dignidade do Papa é a maior entre todas as dignidades da terra e dá-lhe
um poder supremo e imediato sobre todos e cada um dos pastores e dos
fiéis.” Conf. Ibidem. Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã, pag. 45. n. 195
[70]
Denziger-Schonmetzer, p. 875.
[71]
A Sagrada Escritura permite certa utilização mais lata do termo “deus”, sem
que com isso se caia na heterodoxia; conferir, por exemplo, o Salmo 81, 6,
citado por Cristo em João 10, 34.
[72]
Conf. Ex. 7,1
[73]
VIEIRA, Pe. Antônio. Sermões. Vol. VIII... p. 244-245
[74]
BARTMANN, Bernardo. Teologia Dogmática... P. 462. Também: São Pio X.
.Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã, p. 45.
[75]
“Só a unidade da fé da Igreja e sua obrigatoriedade nos dão a garantia de
não seguirmos opiniões humanas nem aderirmos a partidos formados por nós
próprios, mas pertencermos e obedecermos ao Senhor.” Conf.: RATZINGER,
Cardeal Joseph. Compreender a Igreja Hoje. Vocação para a comunhão.
Trad. D. Mateus Ramalho Rocha, OSB. 3ª Edição. Petrópolis, Editora Vozes,
2006; p. 92
[76]
MONTEIRO S.J, Pe. Alexandrino. Exercícios de Santo Inácio de Loyola. II
Edição. Editora Vozes Limitada, Petrópolis, 1959; p. 333 (Obviamente que
neste caso o Santo se refere aos pronunciamentos infalíveis e não a todo e
qualquer ensinamento da hierarquia eclesiástica.)
[77]
FEDELI, Orlando. Rock´n Roll, Revolução-Droga-Satanismo. Coleção
Ensaios. São Paulo: Edições Montfort, 1999. 70 pg. Onde, em certa música se
lê, por exemplo: “ Eu não gosto de padre. Eu não gosto de Madre. Eu não
gosto de Frei. Eu não gosto de Bispo. Eu não gosto de Cristo. Eu não gosto
de amém.”
[78]
CORÇÃO, Gustavo. Dois amores duas cidades. Tomo I. Rio de Janeiro:
Agir, 1967; p. 229
[79]
Jesus Portador da Água Viva. Uma reflexão Cristã sobre a Nova Era.
Pontifícios Conselhos para a Cultura, e para o Diálogo inter-religioso. N. 13.
Paulinas, p.16; Conf. tamb: RATZINGER, Joseph. A união das nações. São
Paulo: Loyola, 1975; p.21