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Sua maior autocrítica era a de que os poemas dos 25 “referem-se ao convencionalismo e à

artificialidade dos textos, ao descreverem realidades alheias à sensibilidade ou à


experiência do poeta” (ANDRADE, 2012, p. 14). Com isso, ao passar por treze anos de
formação modernista, maturação e releituras de si mesmo, Drummond não poupou nem
mesmo a pontuação de seus versos, como por exemplo, a crítica ao uso exacerbado de
reticências.

“a vida era um tristonho consentimento” (ANDRADE, 2012, p.119), ou

“ O “Rei de Sião” é simplesmente uã maravilha”. MÁRIO, 2015, P. 35

Algumas palavras para explicar a minha poesia? A minha poesia é muito simples. Algumas
palavras para explicar o meu espírito? O meu espírito é muito complicado. (ANDRADE, 2012,
p.18)

"alguns dos mais importantes nomes da nossa poesia modernista manifestaram reserva
(para dizer o mínimo) frente a seus livros de estreia, decerto, pelo fato de não
reconhecerem nessas trilhas iniciais nada ou quase nada dos itinerários que viriam a
abraçar tempos depois"

Os títulos dessas obras são Teia de aranha, Preguiça e, o objeto de estudo desse trabalho,
Os 25 poemas da triste alegria.

Segundo Drummond

“era uma forma diversa de escrever, entre as formas de 1915-1920. Não seria a mais
profunda; era a mais delicada” (In: GLEDSON, 1945, p.28).

fase penumbrista Devido a sua imersão na literatura Decadentista inspirada por Anatole France – o poeta francês do
pessimismo e da ironia sem engajamento.

“Ao contrário da influência de Álvaro Moreyra, por exemplo, a influência de Mário deu
espaço para Drummond desenvolver seu próprio estilo e atitude, de maneira que o
rompimento foi indolor e gradual, e mesmo talvez, até certo ponto, inconsciente. Foi tanto
estilística quanto temática” (GLEDSON, 2003, p.70).
http://www.elfikurten.com.br/2016/07/jules-laforgue.html

https://fr.wikisource.org/wiki/Les_Complaintes_(Mercure_de_France_1922)/Complainte_des_
pubert%C3%A9s_difficiles

https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=fr&u=https://fr.wikisource.org/wiki/L
%25E2%2580%2599Imitation_de_Notre-Dame_la_Lune&prev=search

https://fr.wikisource.org/wiki/L’Imitation_de_Notre-Dame_la_Lune

Voltemos nossa discussão do Simbolismo. Marcado pelo individualismo e pelo


misticismo, uma espécie de Romantismo tardio, também chamado de Decadentismo em
alusão aos valores estéticos, políticos e culturais decadentes do fim do século XIX e início
do século XX, foi um movimento literário de origem francesa contrário ao Realismo e ao
Naturalismo, movimentos que sugerem a representação fiel da realidade.
Os penumbristas não chegaram a criar um grupo ou um movimento em solo
brasileiro. Inspiram-se nos poetas europeus e cultivaram temas de natureza intimista,
subjetiva e melancólica. Formalmente, possuíam um ritmo fluido e musical preparando
terreno para os modernistas através de uma estrofação de ritmo solto e irregular. No plano
fonético, destaque para as vogais e consoantes nasais dando aos versos um alongamento
fônico tornando-os mais musicais.
Há uma ênfase no cotidiano e na memória. A poesia volta-se para aspectos
simples da vida. Quanto à memória, longe de voltar para acontecimentos universais, evoca
os aspectos singelos e breves que a vida proporciona. Ambos os aspectos, tardiamente,
encontram-se presentes em Alguma Poesia (1930). A vida familiar de uma família que
mora no campo pode ser vista no poema “Infância” (OC, 2002, p. 6). Quando trata do
cotidiano, Drummond o faz como um ato de reflexão sobre a condição humana, como
observamos nos versos do “Poema que aconteceu” (OC, 2002, p. 17). Nele o eu-lírico
expressa a falta de sentido durante a semana e que se estende pela vida: “Nenhum desejo
neste domingo / nenhum problema nesta vida / o mundo parou de repente...”.
O penumbrismo, que não chegou a se constituir uma escola literária, conferia à
poesia uma certa vaguidão, assim como um tom melancólico, impreciso e até nebuloso.
Em “Cantiga de viúvo” (OC, 2002, pp. 14-15), em tom confessional, o sujeito lírico
declara: “A noite caiu na minh’ alma, / fique triste sem querer. / Uma sombra veio vindo,
veio vindo, me abraçou”. A tristeza sentida acontece por vários motivos: “Tristeza de ver
a tarde cair”, “Tristeza de comprar um beijo” e “Tristeza de guardar um segredo”, nos
versos de “Epigrama para Emílio Moura” (OC, 2001, p. 31). Aliterações, assonâncias e
nasalização vocal são marcas dos poemas penumbristas.
Devido às sombras, não foi mais possível ver, apenas espiar, como expressa o
poema “A moça e o soldado” (OC, 2002, pp. 27-28): os olhos espiam “a rua que passa”,
“as pernas que passam” e os “soldados que marcham”.
As lembranças das cidades mineiras estão registradas em “Lanterna Mágica”
(OC, 2002, pp. 10-13). A memória que oscila entre lembrar e esquecer torna a jornada
humana mais intensa, porque esse jogo é uma constante, como expressa os versos “Toada
do Amor” (OC, 2002, p. 8) – “Não se deve xingar a vida, / a gente vive, depois
esquece ...”. O tom melancólico tão comum aos penumbristas também é a marca da obra
de estreia. Em “Sentimental” (OC, 2002, p. 16) há um misto de pessimismo e frustação,
quando o sujeito lírico passa a sonhar e descobre que “Neste país é proibido sonhar”.

Colacar na parte que fala do mário

Dessemelhança com moreira

Se o poeta é gauche, criou, pois, um deus às avessas, porque cedo percebeu que
havia uma tortuosidade em seu mundo, um desajustamento entre os acontecimentos e o
próprio indivíduo. Por isso, na vida de um homem “Chega um tempo em que não se diz
mais: meu Deus. / Tempo de absoluta depuração”, em “Os ombros suportam o mundo”
(OC, 2002, p. 79). Tempo de se sentir abandonado: “Meu Deus, porque me abandonaste”,
(“Poema de Sete Faces, OC, 2002, p. 5), “Deus me abandonou no meio da orgia [...] Estou
perdido”. “Deus me abandonou no meio do rio/ Estou me afogando, em “Um Homem e
seu Carnaval” (OC, 2002, p. 46). Nessa inquietação, criou uma “Hipótese” (OC, 2002, p.
1244)

E se Deus é canhoto
e criou com a mão esquerda?
Isso explica, talvez, as coisas deste mundo.

O que seriam as coisas deste mundo? As duas grandes guerras mundiais, que
deixou mortos, dor e sofrimento, por exemplo. O poeta se recusa a acreditar que Deus rege
um mundo em que essas coisas acontecem. Ele se torna “Único” (OC, 2002, p. 742):
“assunto, problema, enigma, possível, impossível, absurdo e culpado”, embora cada
homem possua o seu, como declara o poema “O Deus de cada homem” (OC, 2002, p. 742).
Quanto a Carlos, sujeito lírico, quando ele diz “meu Deus”, grita sua orfandade e chora sua
ansiedade”.
Dessa forma, a visão que tem de Deus é um ser triste, cuja solidão é
incomparável, expresso no poema “Deus Triste” (OC, 2002, pp. 742-743). Se Deus é triste
há, pois, “Tristeza no Céu” (OC, 2002, p. 102). Deus é lido por Carlos (sujeito lírico) como
um ser triste, único, que vive em um permanente embate com suas criaturas.

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