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Prefeitura da Cidade
de Nova Iguaçu/RJ
Guarda Municipal – Classe III
Língua Portuguesa
Interpretação de texto. .......................................................................................................................................................1
Significação das palavras: sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos, sentido próprio e figurado das
palavras. .................................................................................................................................................................................3
Ortografia Oficial. ................................................................................................................................................................5
Pontuação. .......................................................................................................................................................................... 12
Acentuação. ....................................................................................................................................................................... 17
Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição,
conjunção (classificação e sentido que imprime às relações entre as orações). ................................................... 19
Concordância verbal e nominal. .................................................................................................................................... 37
Regência verbal e nominal. ............................................................................................................................................. 40
Colocação pronominal. .................................................................................................................................................... 45
Crase. .................................................................................................................................................................................. 46
Sintaxe. ................................................................................................................................................................................ 49
Matemática
Resolução de situações-problema. ....................................................................................................................................1
Números Inteiros: Operações, Propriedades, Múltiplos e Divisores; .........................................................................2
Números Racionais: Operações e Propriedades. ............................................................................................................5
Números e Grandezas Diretamente e Inversamente Proporcionais: Razões e Proporções, Divisão Proporcional,
Regra de Três Simples e Composta. ..................................................................................................................................8
Porcentagem. ..................................................................................................................................................................... 17
Juros Simples. ..................................................................................................................................................................... 19
Sistema de Medidas Legais. ............................................................................................................................................. 20
Conceitos básicos de geometria: cálculo de área e cálculo de volume..................................................................... 23
Raciocínio Lógico. .............................................................................................................................................................. 31
Conhecimentos Específicos
Legislação e Sinalização de Trânsito. Normas gerais de circulação e conduta. .......................................................1
Primeiros Socorros. .............................................................................................................................................................1
Proteção ao Meio Ambiente................................................................................................................................................7
Cidadania. .............................................................................................................................................................................8
Lei nº 9.503 de 23/09/97, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. ................................................................ 10
Ética e sigilo profissional. ............................................................................................................................................... 98
Lei Federal nº 13.022/2014. ........................................................................................................................................101
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Arts. 1° a 5º, 37, 38 e 144. .............................................................................................105
CÓDIGO PENAL: Arts. 1° a 6°, 13 a 19, 23 a 25, 121 a 129; art. 146 a 150; art. 155 a 159 e art. 312 a 327). 126
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: Capítulo sobre Prisão em Flagrante (arts. 301 a 310). ...................................173
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LÍNGUA PORTUGUESA
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APOSTILAS OPÇÃO
Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO
resignação filosófica. Depois da derrota para o Uruguai em característica de uma minoria que o utiliza de maneira
1950, correram boatos de suicídios em massa, de torcedores abusiva.
ateando fogo _______ vestes, do Bigode engolindo formicida e do II. No texto, associa-se a perda da qualidade do sono ao uso
Barbosa pedindo asilo numa embaixada estrangeira. Depois de dispositivos eletrônicos que emitem luz azul.
dos 7 a 1 não houve nada parecido, nem boatos de coisa III. O autor expressa sentimento de nostalgia ao enaltecer
parecida. Foi uma desilusão dolorida, não foi uma tragédia. uma época em que a maior parte da iluminação noturna
(Luis Fernando Veríssimo [org. Adriana Falcão e Isabel Falcão], “O bum”. provinha de luzes amarelo-avermelhadas.
Ironias do tempo, 2018. Adaptado.)
Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões
Fronteira, 2009.
Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO
adoção, a partir da Rio+20, de metas semelhantes para a - Paço (palácio) e passo (andar).
sustentabilidade”, é correto substituir a palavra “adoção” por - Hera (trepadeira), era (época), era (verbo).
(A) utilização. - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar =
(B) implantação. anular).
(C) escolha. - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão
(D) aceitação. (tempo de uma reunião ou espetáculo).
(E) acolhimento.
Homófonos Homográficos
02. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Iguais na escrita e na pronúncia:
FURB/2019) Em “...sendo uma das pioneiras na implantação - Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
da metodologia.”, a palavra destacada significa: - Cedo (verbo), cedo (advérbio).
(A) últimas - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
(B) precursoras - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
(C) únicas - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
(D) corretas - Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
(E) difíceis
Paronímia
03. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor -
FURB/2019) Assinale a alternativa que contém um antônimo Chamamos de paronímia o fato da existência de palavras
de “tradicional”: parecidas na forma, mas diferentes em significado. Os
(A) recente parônimos acabam induzindo a erros de impropriedade
(B) famoso lexicais com bastante frequência.
(C) consagrado Exemplos;
(D) conhecido
(E) popular - proscrever (proibir) / prescrever (aconselhar);
- ratificar (confirmar) / retificar (corrigir);
Gabarito - descrição (ato de descrever) / discrição (qualidade de
01. B / 02. B / 03. A quem é discreto);
- iminente (pendente, que está para acontecer) / eminente
Homonímia (ilustre);
- tráfego (trânsito) / tráfico (comércio).
Trata-se da “propriedade de duas ou mais formas,
inteiramente distintas pela significação ou função, terem a Heteronímia
mesma estrutura fonológica, os mesmos fonemas, dispostos na
mesma ordem e subordinados ao mesmo tipo de acentuação; Ocorre quando palavras diferentes apontam para cada um
como exemplo: um homem são; São Jorge; são várias as dos sexos:
circunstâncias (...)” - homem/mulher
Ou seja, trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na - boi/vaca
grafia, entretanto, com significados diferentes. - frade/freira
- pai/mãe
Apenas o contexto determinará a significação dos - padrinho/madrinha
homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. Questões
Chama a atenção, nos homônimos, o aspecto fônico (som)
e o gráfico (grafia). Por isso são divididos em: 01. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE -
Técnico em Segurança do Trabalho - IBFC/2019) Assinale
Homógrafos Heterofônicos a alternativa que preencha correta e respectivamente as
Iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade lacunas abaixo.
das vogais: “Na _____ de vendas da empresa, houve o crime de _____. A
- Rego (substantivo) e rego (verbo). polícia participou da _____ das 15:00, com os funcionários, e
- Colher (verbo) e colher (substantivo). _____ a delação dos criminosos.”
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo). (A) sessão, extorção, seção, incentivou.
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). (B) seção, extorsão, cessão, insentivou.
- Para (verbo parar) e para (preposição). (C) seção, extorsão, sessão, incentivou.
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). (D) sessão, extorção, cessão, insentivou.
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de
por+o). 02. (Prefeitura de São José - SC - Agente de Fiscalização
Ambiental - IESES/2019) Leia as assertivas a seguir:
Homófonos Heterográficos
Iguais na pronúncia e diferentes na escrita: I. João estava deitado em sua caminha. Sua avó já não
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). caminha, está em cadeira de rodas.
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). II. Dentro da loja, apreçaram os produtos. De qualquer
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de forma, não poderiam apressar os clientes.
consertar). III. Perdemos o apoio de nosso mais poderoso aliado. No
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). entanto, apoio os que ficaram ao nosso lado.
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar Assinale a alternativa que se aplica quanto às palavras
(acelerar). sublinhadas:
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). (A) I – homófonos homográficos; II – homófonos
- Censo (recenseamento) e senso (juízo). heterofônicos; III – homógrafos heterográficos.
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
Língua Portuguesa 4
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APOSTILAS OPÇÃO
(B) I – parônimos; II – homônimos perfeitos; III – rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara,
homógrafos heterofônicos. xale, xingar, etc.
(C) I – homófonos homográficos; II – homófonos
heterográficos; III – homógrafos heterofônicos. Emprego do Ch
(D) I – homófonos homográficos; II – parônimos; III – Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha,
parônimos. bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute,
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila,
03. (Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE - Engenheiro pechincha, salsicha, tchau, etc.
Civil - CETREDE/2019) NÃO são homônimos homófonos
(A) taxar x tachar. Emprego do G
(B) expiar x espiar. Se empregará o “G” em:
(C) maça x massa. 1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem.
(D) lactante x lactente. Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem.
(E) bucho x buxo. Exceção: pajem.
Língua Portuguesa 5
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea. Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção
/ distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer –
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus contorção.
derivados.
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, 3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss.
puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta,
quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos. sintaxe, texto, trouxe.
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita. 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, Exemplos: excelente, excitar.
avezita.
Emprego do E
5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, Se empregará o “E” nas seguintes situações:
buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue,
continues.
6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
contraste entre o S e o Z. Exemplos: 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes,
Cozer (cozinhar) e coser (costurar); anterior).
Prezar (ter em consideração) e presar (prender); Exemplos: antebraço, antecipar.
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior).
3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria,
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.
Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir,
exótico, inexorável. Emprego do I
Se empregará o “I” nas seguintes situações:
Emprego do Fonema S 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir.
Existem diversas formas para a representação do fonema “S” Exemplos:
no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim Cair- cai
vajamos algumas situações: Doer- dói
Influir- influi
1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos
terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir. 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra).
Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão / Exemplos: anticristo, antitetânico.
verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão /
suspender – suspensão / converter – conversão / repelir – 3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar,
repulsão. digladiar, penicilina, privilégio, etc.
Língua Portuguesa 6
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APOSTILAS OPÇÃO
(extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir A letra “x" representa vários sons como em "exemploVz/.
som) e suar (transpirar). Assinale a alternativa com som diferente:
- Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume, (A) exato.
moleque. (B) exame.
- Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel, (C) expressar.
tábua. (D) exaurir.
Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO
2) Nos antropônimos, reais ou fictícios. 2) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos:
Língua Portuguesa 8
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APOSTILAS OPÇÃO
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de
reitor executivos à espera e me arruma rapidinho uma mesa para
Santa Maria ou santa Maria dois. Um homem de pasta que parecia impaciente à minha
frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e sua banca na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o
disciplinas. jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da
Exemplos: noite.
Português ou português [...]
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é
modernas este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza?
História do Brasil ou história do Brasil Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
Arquitetura ou arquitetura Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco,
desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em
Questões cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de
entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam
01. (MPE/SC - Promotor de Justiça - MPE/SC/2019) meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher,
saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando
Excerto 6 a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma
poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no
“[...] O jurídico aparece sempre na forma de linguagem apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a
textual, mais precisamente, na maneira verbal escrita, o que sonhar com gentilezas.
outorga maior estabilidade às relações deônticas entre os
sujeitos das relações. Como tal, as Ciências da Linguagem, Vocabulário:
particularmente a Semiótica, desempenham papel decisivo 1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São
para a investigação do objeto Direito. E, se pensarmos também Paulo
na afirmação de Flusser, segundo a qual a língua é constitutiva 2 funcionário que coordena agendamentos entre outras
da realidade, ficaremos autorizados a dizer que a linguagem coisas nos restaurantes
(língua) do Direito cria, forma e propaga a realidade jurídica. 3 carros muito velozes
[...]”
CARVALHO, Paulo Barros. O legislador como poeta: alguns apontamentos Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque
sobre a teoria flusseriana aplicados ao Direito. IN: PINTO, Rosalice; CABRAL, Ana
Lúcia Tinoco;
foi escrita com letra maiúscula por se tratar de:
RODRIGUES, Maria das Graças Soares (Orgs.). Linguagem e direito: (A) um erro de grafia.
perspectivas teóricas e práticas. São Paulo: Contexto, 2019. p. 25. [fragmento] (B) um destaque do autor
(C) um substantivo próprio.
As palavras Semiótica e Direito estão grafadas com letra (D) um substantivo coletivo.
inicial maiúscula, pois se referem a domínios do saber. De
acordo com a norma ortográfica vigente, também poderiam 03. (IF/PB - Assistente em Administração -
ser grafadas com letra inicial minúscula. IDECAN/2019)
Certo ( ) Errado ( )
ONG confirma segunda morte em conflitos na
02. (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental Venezuela
Completo - IBFC/2017)
Segunda vítima é mulher que foi baleada na cabeça,
Estranhas Gentilezas informa o Observatório Venezuelano de Conflito Social
(Ivan Angelo) (OVCS). País enfrenta onda de protestos pró e contra Maduro.
Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/02/ong-
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as relata-morte-de-mais-uma-pessoa-durante-protestos-na-venezuela.ghtml
pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza.
Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos No texto, no que concerne à grafia, as iniciais maiúsculas
ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de em “Observatório Venezuelano de Conflito Social” são
espera, nos embates familiares, e depois economizam com a gramaticalmente
gente. (A) inadequadas, pois se trata de um substantivo comum,
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns em razão de formação por sigla.
dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já (B) inadequadas, pois se trata de um adjetivo ligado à
captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de Venezuela.
asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo (C) inadequadas, pois, no gênero textual notícia, deve
estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um haver a ausência de iniciais maiúsculas.
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o (D) adequadas, pois se trata de um substantivo próprio.
engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e (E) adequadas, pois o gênero notícia exige este tipo de
que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a grafia para convencer ao leitor.
amizade, mas a inimizade morria ali.
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de Gabarito
algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em
meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até 01. Certo / 02.C / 03. D
pessoas distantes. E as próximas?
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem Palavras ou Expressões que geram dificuldades
motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que
estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um Algumas palavras ou expressões costumam apresentar
número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar
Língua Portuguesa 9
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APOSTILAS OPÇÃO
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você pública, departamento)
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente
incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. Demais: Vocês falam demais, caras! (advérbio de
intensidade)
A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem
futuro) aguardar. (equivale a “os outros”)
Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado) De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há “de menos”)
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo.
Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele.
Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a (inocentar, absolver de crime)
respeito de) Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do
A cerca de: dessa forma, separado, tem o significado de documento. (diferençar, distinguir, separar)
“perto de”, “próximo de”, “aproximadamente”. (A mulher foi Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita.
encontrada a cerca de 15 metros de sua casa.) (descrever)
Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz Discrição: Você foi muito discreto. (reservado)
tempo)
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar)
Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade. Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com
(estar a favor de) verbos de movimento)
De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas.
(oposição, choque) Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação.
(aquele que vê, assiste)
A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade) Expectador: O expectador aguardava o momento da
Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante) chamada. (que espera alguma coisa)
Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição, Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum
ao contrário de) lugar)
Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais
de) algumas semanas. (prazo concedido para carga e descarga)
A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado, Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha
ciente) no escuro)
Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente.
equivalência entre valores financeiros – câmbio) (determinado tipo de luminosidade)
Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª
conhecimento de) pessoa singular do presente do subjuntivo)
Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa
(prender) singular do presente do subjuntivo)
Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços Houve: Houve um grande incêndio no centro de São
funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do pretérito
supermercados. Vamos comemorar, pessoal! perfeito)
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª
(sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) pessoa singular do presente do indicativo)
da gasolina.
Mal: Dormi mal. (oposto de bem)
Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa Mau: Você é um mau exemplo. (oposto de bom)
que bebe)
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem. Mas: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. (ideia contrária)
(aparelho que fornece água) Mais: Há mais flores perfumadas no campo. (opõe-se a
menos)
Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem.
(adjetivo composto) Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.
Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome (equivale a nem um sequer)
próprio) Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.
(oposto de algum)
Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal.
(local de trabalho) Onde: Onde fica a farmácia mais próxima? (lugar em que se
Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que está)
fotografa) Aonde: Aonde vão com tanta pressa? (ideia de movimento)
Champanha/Champanhe (do francês): O Por ora: Por ora chega de trabalhar. (por este momento)
champanha/champanhe está bem gelado. Por hora: Você deve cobrar por hora. (cada sessenta
minutos)
Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar)
Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de Senão: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. (caso
tempo) contrário)
Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição Se não: Se não houver homens honestos, o país não sairá
Língua Portuguesa 10
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APOSTILAS OPÇÃO
Tampouco: Não compareceu, tampouco apresentou 01. (Prefeitura de Resende/RJ - Agente Comunitário de
qualquer justificativa. (Também não) Saúde - CONSULPAM/2019) Marque abaixo o item onde
Tão pouco: Encontramo-nos tão pouco esta semana. todas as palavras estão escritas de forma CORRETA:
(intensidade) (A) Tragédia, empréstimo, arcabouço.
(B) Próximo, esfoço, estrupo.
Trás ou Atrás: O menino estava atrás da árvore. (lugar) (C) Cabide, retrospequitiva, análogo.
Traz: Ele traz consigo muita felicidade. (verbo trazer) (D) Barcaça, palhero, aeroporto.
Vultoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. (volumoso) 02. (UTFPR - Engenheiro Civil - UTFPR/2019) Assinale
Vultuoso: Sua face está vultuosa e deformada. (congestão a alternativa cujo texto apresenta erro ortográfico.
no rosto) (A) Paralisia do governo dos EUA já começa a afetar dia a
dia de americanos.
Há menos de= Quando há a ideia de passado, tempo (B) Tomara que eles viajem juntos.
transcorrido. Pode ser substituído por "aproximadamente" ou (C) SP: falta saúde, educação e o problema é a pichação.
"mais ou menos". Ou ainda "faz" (do verbo fazer). (D) As perdas do semestre serão compensadas no próximo.
Exemplo: Ele saiu de casa há menos de dois anos. (E) O país interviu em várias guerras.
Samuel terminou a obra da casa há menos de seis meses.
03. (Prefeitura de Mauriti/CE - Procurador -
A Menos De2= Locução prepositiva. Indica tempo futuro ou CEV/URCA/2019) Dada sequência a seguir, marque a opção
distância aproximada. que não apresenta desvio na grafia das palavras:
Exemplo: Passou a menos de um metro do muro. (A) Transgressão; distorsão; consessão; expulsão;
A menos de um mês estarei de férias. contorção;
(B) Transgreção; distorção; concessão; expulção;
Bastante ou Bastantes?3 contorsão;
Está aí uma palavra-encrenca. O uso de “bastante” depende (C) Transgressão; distorção; conseção; expulsão;
muito de qual função ele está assumindo na frase, podendo ser contorção;
três: adjetivo, advérbio e pronome indefinido. Vejamos os três (D) Transgreção; distorsão; consessão; expulção;
casos. contorsão;
Como advérbio (E) Transgressão; distorção; concessão; expulsão;
contorção.
O uso mais comum é usar “bastante” como advérbio, no
sentido de “muito”. Nesse caso, a palavra está relacionada ao Gabarito
verbo, então não sofre flexão e deve ficar sempre no singular.
Veja exemplo: 01. A / 02. E / 03. E
Emprego do Porquê
– O frio é bastante intenso por aqui em julho.
– As questões formuladas estão bastante ruins. Orações Interrogativas Exemplo:
– Você já comeu bastante por hoje. (pode ser substituído Por que devemos nos
por: por qual motivo, por preocupar com o meio
Como adjetivo qual razão) ambiente?
Por
Quando usado como adjetivo, “bastante” assume significado Que
Exemplo:
de “suficiente”, devendo ser flexionado de acordo com o Equivalendo a “pelo Os motivos por que não
substantivo que o acompanha. Veja: qual” respondeu são
desconhecidos.
– Há motivos bastantes para o divórcio.
– Os salgados e as bebidas não serão bastantes para a festa. Exemplos:
– O álibi foi bastante para retirar as acusações. Você ainda tem coragem de
Por Final de frases e seguidos
perguntar por quê?
Como pronome indefinido Quê de pontuação
Você não vai? Por quê?
Não sei por quê!
Se “bastante” assume a função de pronome, ele deverá
expressar qualidades ou quantidades não especificadas. Essa Exemplos:
A situação agravou-se porque
função é menos usada na nossa língua. Conjunção que indica
ninguém reclamou.
explicação ou causa
Ninguém mais o espera,
– Bastantes empresas fecharam as portas este mês. Porque porque ele sempre se atrasa.
– Camila tem bastantes amigos na escola.
– Encontrei bastantes produtos como os que você pediu Conjunção de Finalidade Exemplos:
– equivale a “para que”, Não julgues porque não te
“a fim de que”. julguem.
2 https://luconcursos.blogspot.com/2016/03/ha-menos-de-ou-menos- 3 https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/duvidas-portugues/bastante-
de.html ou-bastantes
Língua Portuguesa 11
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APOSTILAS OPÇÃO
Fronteira, 2009.
Língua Portuguesa 12
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APOSTILAS OPÇÃO
Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem Este sinal é colocado após uma interjeição.
por qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, Ex.: — Olé! exclamei.
a exclamativa e as reticências. — Ah! brejeiro!
Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao
acompanhar muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre As mesmas observações vistas no ponto de interrogação,
outros. em relação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula
Se o período, oração ou frase terminar com uma ou minúscula inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao
abreviatura, o ponto final não é colocado após o ponto ponto de exclamação.
abreviativo, já que este, quando coincide com aquele,
apresenta dupla serventia. Reticências
Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das palavras
indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por algumas As reticências (...) demonstram interrupção ou
das letras com que se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” incompletude de um pensamento.
(Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro) Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de
O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto alegria na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou
e vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar. uma onda de ventura...”
— “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a
Obs.: Estilisticamente, pode-se usar o ponto para, em todos os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda
períodos curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura ontem...
do texto: “Era um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer
na vida. Estudou. Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências
Supremo.”. É muito utilizado em narrações em geral. dispensam o ponto final, como você pode observar nos
exemplos acima.
Ponto Parágrafo As reticências, quando indicarem uma enumeração
inconclusa, podem ser substituídas por etc.
Separa-se por ponto um grupo de período formado por Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta
orações que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma do interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início,
vez que o centro de interesse é trocado, é imposto o emprego no meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em
do ponto parágrafo se iniciando a escrever com a mesma cada uma dessas partes.
distância da margem com que o texto foi iniciado, mas em Quando ocorre a supressão de um trecho de certa
outra linha. extensão, geralmente utiliza-se uma linha pontilhada.
O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos As reticências podem aparecer após um ponto de
artigos de lei. exclamação ou interrogação.
É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação A vírgula (,) é utilizada:
interrogativa ou de incerteza, seja real ou fingida. - Para separar termos coordenados, mesmo quando
A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e ligados por conjunção (caso haja pausa).
requer que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”.
interrogação interna (quase sempre fictícia), não requer que a
próxima palavra se inicia com maiúscula. IMPORTANTE!
Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente
complicada? de verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito
— Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo da série .
Vaz Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos. Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de
Alencar tinham-nas começado.
Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não
requer que a oração termine por ponto final, a não ser que seja - Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que
interna. estas se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa.
Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e
patamar”. eu levava-lhe quanta podia obter”.
Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer - Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer,
acompanhando do ponto de exclamação, indicando o estado de etc.), quando forem proferidas com pausa.
dúvida de um personagem perante diante de um fato. Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei do grupo.
Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo
mês em diante são mais cinquenta... IMPORTANTE!
— ?!...” Quando ou exprimir retificação, esta mesma regra vigora.
Ex.: Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer
outro nome, que eu de nome não curo.
Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos
não é separado por vírgula.
Língua Portuguesa 13
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APOSTILAS OPÇÃO
Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino. - Para evitar e desfazer alguma interpretação errônea que
pode ocorrer quando os termos estão distribuídos de forma
- Em aposições, a não ser no especificativo. irregular na oração, a expressão deslocada é separada por
Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, vírgula.
para residência própria, casa de feitio moderno...” Ex.: De todas as revoluções, para o homem, a morte é a
maior e a derradeira.
- Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não
tiverem efeito superlativamente. - Em enumerações
Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!” sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos.
A casa é linda, linda. com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a dor
da despedida.
- Para intercalar ou separar vocativos e apostos.
Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o Não se separa por vírgula:
entendimento. - sujeito de predicado;
É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos. - objeto de verbo;
- adjunto adnominal de nome;
- Para separar orações adjetivas de valor explicativo. - complemento nominal de nome;
Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor - oração principal da subordinada substantiva (desde que
deputado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
valia mais, muito mais do que ele, — ...”
Dois Pontos
- Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas
restritiva de certa extensão, ainda mais quando os verbos de São utilizados:
duas orações distintas se juntam. - Na enumeração, explicação, notícia subsidiária.
Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte Ex.: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta.
este acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias “que (Viegas) padecia de um reumatismo teimoso, de uma
inteiramente se ignoravam, ninguém reparou nos dois asma não menos teimosa e de uma lesão de coração: era um
cavaleiros...” hospital concentrado”
“Queremos governos perfeitos com homens imperfeitos:
IMPORTANTE! disparate”
Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela
oração adjetiva, esta pontuação pode acontecer. - Em expressões que se seguem aos verbos dizer, retrucar,
Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem responder (e semelhantes) e que dão fim à declaração textual,
fazer gala da sua própria ignorância. ou que assim julgamos, de outrem.
Ex.: “Não me quis dizer o que era: mas, como eu instasse
- Para separar orações intercaladas. muito:
Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu” — Creio que o Damião desconfia alguma coisa”
- Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que - Em alguns casos, onde a intenção é caracterizar
precedem o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes textualmente o discurso do interlocutor, a transcrição aparece
ou no meio da sua principal. acompanhada de aspas, e poucas vezes de travessão.
Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...” Ex.: “Ao cabo de alguns anos de peregrinação, atendi às
suplicas de meu pai:
- Para separar o nome do lugar em datas. — Vem, dizia ele na última carta; se não vieres depressa
Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020. acharás tua mãe morta!”
- Para separar os partículas e expressões de correção, Em expressões que, ao serem enunciadas com entonação
continuação, explicação, concessão e conclusão. especial, o contexto acaba sugerindo causa, consequência ou
Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução” explicação.
Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. Ex.: “Explico-me: o diploma era uma carta de alforria”
- Para separar advérbios e conjunções adversativos - Em expressões que possuam uma quebra na sequência
(porém, todavia, contudo, entretanto), principalmente quando das ideias.
pospostos. Ex.: Sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou.
Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas “Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-
sensações últimas...” lhe as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se”
Língua Portuguesa 14
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APOSTILAS OPÇÃO
Ex.: “Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves - Isolar datas.
insistiu no projeto” Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918).
- Em leis, separando os incisos.
- Isolar siglas.
- Enumeração com explicitação. Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população
Ex.: Comprei alguns livros: de matemática, para estudar economicamente ativa (PEA)...
para o concurso; um romance, para me distrair nas horas
vagas; e um dicionário, para enriquecer meu vocabulário. - Isolar explicações ou retificações.
Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de
- Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para minha preocupação.
marcar distribuição.
Ex.: Comprei os produtos no supermercado: farinha para Os parênteses e os colchetes estão ligados pela sua função
um bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã. discursiva, mas estes são utilizados quando os parênteses já
foram empregados, com o objetivo de introduzir uma nova
Travessão inserção.
São utilizados, também, com a finalidade de preencher
É importante não confundir o travessão (—) com o traço lacunas de textos ou para introduzir, em citações
de união ou hífen e com o traço de divisão empregado na principalmente, explicações ou adendos que deixam a
partição de sílabas. compreensão do texto mais simples.
O uso do travessão pode substituir vírgulas, parênteses,
colchetes, indicando uma expressão intercalada: Aspas
Ex.: “... e eu falava-lhe de mil cousas diferentes — do
último baile, da discussão das câmaras, berlindas e cavalos, de A forma mais geral do uso das aspas é o sinal (“ ”),
tudo, menos dos seus versos ou prosas” entretanto, há a possibilidade do uso das aspas simples (‘ ’)
para diferentes finalidades, como em trabalhos científicos
Se a intercalação terminar o texto, o travessão é simples; sobre línguas, onde as aspas simples se referem a significados
caso contrário, se utiliza o travessão duplo. ou sentidos: amare, lat. ‘amar’ port.
Ex.: “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na As aspas podem ser utilizadas, também, para dar uma
algibeira das calças — umas largas calças de enfiar —, ou na expressão de sentido particular, ressaltando uma expressão
gaveta da mesa, ou ao pé do tinteiro, uma barata morta” dentro do contexto ou indicando uma palavra como
estrangeirismo ou uma gíria.
IMPORTANTE! Se a pausa coincidir com o final da sentença ou expressão
Como é possível observar no exemplo, pode haver vírgula que está entre aspas, o competente sinal de pontuação deve ser
após o travessão. utilizado após elas, se encerrarem somente uma parte da
proposição; mas se as aspas abarcarem todo o período, frase,
O travessão pode, também, denotar uma pausa mais forte. expressão ou sentença, a respectiva pontuação é abrangida
Ex.: “... e se estabelece uma cousa que poderemos chamar por elas.
—, solidariedade do aborrecimento humano” Ex.: “Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de
segurar? Ninguém.”
Além disso, ainda pode indicar a mudança de interlocutor, “Mísera, tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade
na transcrição de um diálogo, com ou sem aspas. imortal, que toda a luz resume!”
Ex.: — Ah! respirou Lobo Neves, sentando-se “Por que não nasce eu um simples vaga-lume?”
preguiçosamente no sofá.
— Cansado? perguntei eu. - Delimitam transcrições ou citações textuais.
— Muito; aturei duas maçadas de primeira ordem (...) Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.”
que se tem inventado para a divulgação do pensamento”. Na matemática, as chaves agrupam vários elementos de
(Carta inserta nos Anais da Biblioteca Nacional, vol. I) [Carlos uma operação, definindo sua ordem de resolução.
de Laet] Ex.: 30x{40+[30x(84-20x4)]}
5 https://bit.ly/2RongbC.
Língua Portuguesa 15
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APOSTILAS OPÇÃO
Também podem ser utilizadas na linguística, principais vilões de “Batman” nos quadrinhos, o longa já
representando morfemas. conquistou seu lugar de destaque.
Ex.: O radical da palavra menino é {menin-}. Após ser exibido em Veneza, nesta semana, o filme foi
aplaudido por oito minutos consecutivos, aos gritos de
Asterisco “bravo!”. Com Joaquin Phoenix no papel do palhaço Arthur
Fleck, nome original do vilão, “Coringa” tem direção e roteiro
Sinal (*) utilizado após ou sobre uma palavra, com a comandados por Todd Phillips, e vem recebendo elogios da
intenção de se fazer um comentário ou citação a respeito do crítica especializada, principalmente no que diz respeito à
termo, ou uma explicação sobre o trecho (neste caso o atuação de Phoenix. Segundo diretor e protagonista, o longa
asterisco se põe no fim do período). promete trazer uma abordagem bem diferente da que estamos
Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma acostumados a ver em filmes de super-heróis. O filme está
inicial, indicando uma pessoa cujo nome não se quer ou não se previsto para chegar aos cinemas brasileiros em 3 de outubro
pode declinar: o Dr.*, B.**, L.*** deste ano.
(Fonte: MSN)
Barra
As aspas (“”) são utilizadas para destacar falas, citações,
Aplicada nas abreviações das datas e em algumas título ou destacar palavras/ expressões. Assinale a alternativa
abreviaturas. em que seu uso não teve a mesma finalidade que o utilizado
em: “Coringa”.
Questões (A) “Joker”.
(B) “Batman”.
01. (Prefeitura de Cristalina - GO – Recepcionista - (C) “Coringa”.
Quadrix/2019) A respeito dos sinais de pontuação, é correto (D) “bravo!”.
afirmar que se utiliza o ponto de interrogação ao final de um(a)
(A) pensamento. 04. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor -
(B) exclamação. FURB/2019) No trecho “A Escola Municipal Bilíngue Erich
(C) afirmação. Klabunde oferece matérias em português e alemão, e a Escola
(D) pergunta. Básica Municipal Bilíngue Professor Fernando Ostermann, em
(E) citação. português e inglês.”, a segunda vírgula está sendo usada para:
(A) separar o adjunto adverbial
02. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - (B) antecipar o sujeito
Técnico em Segurança do Trabalho - IBFC/2019) Assinale (C) separar o vocativo
a alternativa em que o uso da vírgula foi corretamente (D) separar o aposto
empregado. (E) indicar a elipse de um termo
(A) Um navio cargueiro de uma companhia sul-coreana,
tombou e pegou fogo na costa da Geórgia, nos Estados Unidos, 05. (Prefeitura de Itapevi - SP - Professor de Educação
na manhã de domingo. Básica I - VUNESP/2019) Na passagem “… pela leitura da
(B) O acidente, que aconteceu perto do porto de versão integral do clássico de J.R.R. Tolkien, O Hobbit.”, a
Brunswick, deixou, quatro pessoas desaparecidas. vírgula é empregada porque a expressão “O Hobbit” especifica
(C) Autoridades americanas informaram que 20 pessoas, o sentido da informação anterior, que é mais amplo – clássico
entre elas o piloto, foram resgatadas em segurança. de J.R.R. Tolkien. Esse mesmo uso da vírgula está presente na
(D) O capitão da Guarda Costeira John Reed, explicou que passagem:
as chamas e a fumaça prejudicaram as operações de resgate. (A) Para minha surpresa, no entanto, seu envolvimento
Os desaparecidos, estavam na casa de máquinas da com a obra crescia a cada noite que a líamos juntos.
embarcação. (B) Ao terminarmos a leitura do décimo capítulo, Moana
não me desejou boa-noite.
03. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - (C) “Não é assim que vocês fazem, você e a mamãe, quando
Técnico em Segurança do Trabalho - IBFC/2019) leem Arendt e Paul Ricoeur em seus grupos de estudos?”.
(D) Na escola, é por meio das trocas discursivas entre
professores e alunos que um romance ou um programa
computacional deixam de ser coisas inertes…
(E) … para se transformarem em objetos que
desempenham uma função educativa e, assim, adquirem seu
sentido humanizador.
Língua Portuguesa 16
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APOSTILAS OPÇÃO
Til (~)
ACENTUAÇÃO6 Indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais.
Ex.: coração – melão – órgão – ímã.
Tonicidade
Regras Fundamentais
Implica na intensidade com que são pronunciadas as
sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais Palavras oxítonas
acentuada, mais forte, conceitua-se como sílaba tônica. As Acentua-se todas as oxítonas terminadas em: “a(s)”, “e(s)”,
demais, pronunciadas com menor intensidade, são “o(s)”, “em(ns)”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) –
denominadas átonas. cipó(s) – armazém(s).
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas As oxítonas que terminam com os ditongos tônicos abertos
como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de ““éis”, “éu”, “ói” recebem acento agudo: papéis, chapéu, Ilhéus.
levar acento gráfico: Nas palavras oxítonas, as vogais tônicas “i(s)” e “u(s)”
levam acento agudo quando estiverem depois de um ditongo:
Oxítonas tuiuiú, teiús.
São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.
Ex.: café – escritor – cajá – atum – anel – papel Monossílabos tônicos
Terminados em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)”, seguidos ou não de “s”.
Paroxítonas Ex.: pá(s) – pé(s) – dó – há
São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na
penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – Formas verbais
passível Terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los,
las.
Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo.
Língua Portuguesa 17
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APOSTILAS OPÇÃO
Paroxítonas Ex.:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is: táxi - lápis – júri. Antes Agora
- us, um, uns: vírus - álbuns – fórum. apazigúe (apaziguar) apazigue
- l, n, r, x, ps: automóvel - elétron - cadáver - tórax – argúi (arguir) argui
fórceps.
- ã, ãs, ão, ãos on, ons: ímã - ímãs - órfão - órgãos - próton O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
– prótons. Ex.:
Quando a segunda vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, Acentua-se a terceira pessoa do singular e do plural:
acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca Ele contém – Eles contêm.
– baú – país – Luís. Ele obtém – Eles obtêm.
Ele retém – Eles retêm.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Ele convém – Eles convêm.
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando Ele abstém – Eles abstêm.
hiato quando vierem depois de ditongo.
Ex.: Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
Antes Agora (regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções,
bocaiúva bocaiuva como:
feiúra feiura Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo).
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando Pode (terceira pessoa do singular do presente do
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con- indicativo).
tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz. Ex.:
Ela pode fazer isso agora.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou.
seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem preposição por.
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba. Ex.:
Faço isso por você.
Após o Novo Acordo Ortográfico, as seguintes duplas Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
perderam o Acento Diferencial:
Questões
Antes Depois
pára para 01. (COPEVE-UFAL - Assistente em Administração –
péla(s) pela(s) UFAL/2019) Assinale a opção que apresenta acentuação
pólo(s) polo(s) correta:
pêlo(s) pelo(s) (A) Individualísmo, flores, categoría, funil
pêra pera (B) Ruína, âmago, numerário, indivíduo
(C) Idéia, ultimato, area, relógio
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, (D) Efeméride, interêsse, raiz, antítese
(E) Língua, princêsa, burguês, saúde
com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”
não serão mais acentuadas.
Língua Portuguesa 18
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APOSTILAS OPÇÃO
02. (Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - Professor Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ/2019) A seguinte palavra desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando
é acentuada por se tratar de uma paroxítona: um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima)
(A) máscaras
(B) através Usa-se o artigo definido:
(C) câmeras - com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados
(D) fáceis foram punidos.
- com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano,
03. (Prefeitura de Várzea - PB - Auxiliar de Serviços montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o
Gerais - EDUCA/2019) Tendo por base o novo acordo oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço
ortográfico, qual a SEQUÊNCIA que obedece a mesma regra Brasília.
quanto à acentuação gráfica: - depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos
(A) fácil, táxi, tênis, próton os vinte atletas participarão do campeonato.
(B) vatapá, avó, refén, máquina - com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais
(C) saída, café, pá, mês lindas flores da floricultura.
(D) dádiva, sátira, parabéns, céu - com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo
(E) látex, éden, pé, mói (moer) tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e
simpático.
04. (Prefeitura de Cuiabá - MT - Oficial Administrativo - antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da
- IBFC/2019) Assinale a alternativa em que as palavras estão primavera vem o verão.
acentuadas corretamente. - com expressões de peso e medida: O álcool custa um real
(A) Há pesquisas sobre robôs inocuos que instalarão o litro. (=cada litro)
telescópios na Lua para observar a galáxia.
(B) Naquela manhã, Pedro saiu taciturno para a sala Não se usa o artigo definido:
recôndita após a conversa com o pérfido homem de chapéu. - antes de pronomes de tratamento iniciados por
(C) Aproximo-me suavemente do momento em que os possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa
filósofos e os imbecis tem o mesmo destino. Alteza estará presente ao debate?
(D) A Secretaria de Segurança Pública intervem, sempre - antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em
que necessário, em favor da população. maio de 2002.
- alguns nomes de países, como Espanha, França,
05. (Prefeitura de Resende - RJ - Agente Comunitário Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo,
de Saúde - CONSULPAM/2019) Marque o item abaixo onde principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu
a palavra está acentuada de forma INCORRETA: muito tempo em Espanha.”
(A) Pragmátismo. - antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos
(B) Café. quatro, amigos de João Luís e Laurinha.
(C) Tráfego. - antes de palavras que designam matéria de estudo,
(D) Terapêutico. empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar,
ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.
Gabarito
1. B / 2. D / 3. A / 4. B / 5. A O uso do artigo é facultativo:
- antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência
é irritante.
- antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou
Emprego das classes de Luciana / a Luciana?
palavras: substantivo, - “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a
adjetivo, numeral, pronome, frente: exige a preposição)
verbo, advérbio, preposição, Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao
conjunção (classificação e / de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.
sentido que imprime às
Usa-se o artigo indefinido:
relações entre as orações). - para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns
oito anos.
- antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em
CLASSES DE PALAVRAS pares: Usava umas calças largas e umas botas longas.
- em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é
Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo, uma meiguice só.
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, - para comparar alguém com um personagem célebre: Luís
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos August é um Rui Barbosa.
seu emprego e quando houver, sua flexão.
O artigo indefinido não é usado:
Artigo - em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte,
gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro.
É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o - com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.:
gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os Não há suficiente espaço para todos.
artigos podem ser: - com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra
Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de não morde.
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma
do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e
médio.” em + um, uma = num, numa, dum, duma.
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APOSTILAS OPÇÃO
O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra Assinale a alternativa que apresenta fragmento do texto
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do em que o emprego do artigo definido é optativo.
ler e do escrever. (A) “por não aderirem ao que o orador lhes apresenta”.
(B) “fundamento à sua construção”.
Questões (C) “O orador”.
(D) “adesão de seus ouvintes às proposições iniciais”.
01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão (E) “escolha das premissas”.
Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do
artigo mostra inadequação é: 05. (Câmara de Conselheiro Lafaiete - MG - Agente
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já Legislativo - FCM/2019) O artigo é um signo que exige a
foram novas; presença de outro (ou outros) com o qual se associa. Ele se
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas classifica em definido e em indefinido.
novas; Considere esse princípio e leia o texto seguinte.
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no
mundo, só falta aplicá-los; A noite/2
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte;
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas Eu adormeço às margens de uma mulher: eu adormeço às
sofrimento de amor dura toda a vida. margens de um abismo.
(GALEANO, Eduardo. Mulheres. Porto Alegre: L&PM, 1997, p. 28.)
02. (Prefeitura de Timbó - SC - Técnico em Segurança
do Trabalho - FURB/2019) Analise as afirmações a seguir e a relação proposta entre
elas.
Uma deputada estadual de Santa Catarina recebeu críticas I. Os artigos grifados nas frases apresentadas, antepostos
nas redes sociais após comparecer a posse na Assembleia aos substantivos, são classificados como indefinidos
Legislativa com um macacão decotado. A ex-prefeita de PORQUE
Bombinhas, Ana Paula da Silva, do PDT, no dia 1º de fevereiro II. atribuem aos seres que acompanham um sentido
foi até a cerimônia e chamou a atenção pela roupa. Nas redes preciso, particularizando as palavras “mulher” e “abismo”.
sociais, ela publicou uma foto dizendo que era o momento de
“trabalhar”, no entanto, a maioria das pessoas reparou apenas Sobre as afirmações, é correto afirmar que
no decote. [...] (A) as duas são falsas.
Disponível em: https://www.metrojornal.com.br. Acesso em: 05/02/2019. (B) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
[adaptado] (C) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
Assinale a alternativa que contenha um artigo utilizado no (D) as duas são verdadeiras e a segunda é uma justificativa
texto: correta da primeira.
(A) Uma (E) as duas são verdadeiras, mas a segunda não é uma
(B) Até justificativa da primeira.
(C) De
(D) Após Gabarito
(E) Ela 01. D / 02. A / 03. C / 04. B / 05. C
Língua Portuguesa 20
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APOSTILAS OPÇÃO
- Derivados: são formados de outra palavra já existente; - S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens /
vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão. abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes,
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no abdômenes, hífenes.
singular, designam um conjunto de seres de uma mesma - ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz,
espécie. Ex.: cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em
R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter,
Álbum de fotografias Colmeia de abelhas caracteres / sênior, seniores.
de bispos em - IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal,
Alcateia de lobos Concílio
assembleia jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções:
de textos mal, males / cônsul, cônsules / real, réis.
Antologia Conclave de cardeais
escolhidos
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S:
Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos.
Reflexão do Substantivo
Trocam-se:
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões
(masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau
/ mamão, mamões.
(aumentativo/diminutivo).
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão,
alemães / cão, cães.
Gênero (masculino/feminino)
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis /
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e
pernil, pernis.
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a,
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis /
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. projétil, projéteis.
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs /
Formação do Feminino atum, atuns.
O feminino se realiza de três modos:
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão,
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha /
balões. 2º elimina-se o S + zinhos.
mestre, mestra / leão, leoa;
Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos.
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um
Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos.
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul,
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora.
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical
Alguns substantivos terminados em X são invariáveis
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro,
(valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix,
ovelha / cavalo, égua.
as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.
Substantivos Uniformes
Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma
- Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, no plural:
quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea aldeão, aldeões, aldeãos;
/ a cobra macho ou fêmea. verão, verões, verãos;
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam
anão, anões, anãos;
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A
guardião, guardiões, guardiães;
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou
corrimão, corrimãos, corrimões;
feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a
ancião, anciões, anciães, anciãos;
pianista.
ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos.
- Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero
para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e
testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher).
aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô),
impostos (ó).
Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se
troca o gênero:
Substantivos que mudam de sentido quando usados no
o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens.
o capital (dinheiro) - a capital (cidade); (Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram
o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo);
maravilhosas. (Descanso).
o guia (acompanhante) - a guia (documentação).
Substantivos empregados somente no plural: Arredores,
São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o
belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias,
champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete,
férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames,
o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa,
viveres, idos, afazeres, algemas.
o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o
formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o
Plural dos Substantivos Compostos
plasma, o estigma.
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a
análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), - palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol
a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, = girassóis / autopeça = autopeças.
a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, - verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-
a Xerox, a aguardente.
céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa =
guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição =
Número (plural/singular)
vale-refeições.
Acrescentam-se:
- elemento invariável + palavra variável: sempre-viva =
- S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo:
sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém-
povo, povos / feira, feiras / série, séries.
Língua Portuguesa 21
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APOSTILAS OPÇÃO
nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto- - Analítico: formado com palavras de aumento: grande,
escola = auto-escolas. enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme /
- palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico- carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras
tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres. de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena,
- substantivo composto de três ou mais elementos não peça minúscula, saia diminuta).
ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres /
o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o - Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns
fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença
/ o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo,
os bumba meu bois. narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco.
- quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: - Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho,
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer Toninho, mãezinha.
= bel-prazeres. - Em consequência do dinamismo da língua, alguns
substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram
Somente o primeiro elemento vai para o plural: um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha
(calendário).
- substantivo + preposição + substantivo: água de colônia - As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em
= águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo
pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão
- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários- - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas
família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales- consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país =
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza =
belezinha.
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: - Há ainda aumentativos e diminutivos formados por
prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado,
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o minicalculadora.
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai Questões
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta
= os vai-e-volta. 01. (Prefeitura de Imperatriz - MA - Fisioterapeuta -
Prefeitura de Imperatriz - MA/2019) Quanto a classificação,
Os dois elementos, vão para o plural: estamos falando daquele que nomeiam estados, qualidades,
sentimentos ou ações cuja existência depende de outros seres.
- substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / Neste sentido, estamos nos referindo a qual classificação de
abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / substantivos?
tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = (A) Próprios;
redatores-chefes. (B) Primitivos;
- substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores- (C) Derivados;
perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = (D) Abstratos.
carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente
= cachorros-quentes. 02. (Prefeitura de Fraiburgo - SC - Auxiliar de
- adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta- Alimentação e Nutrição - FEPESE/2019) Assinale a
metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / alternativa em que todos os substantivos estão no grau
- numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = aumentativo.
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. (A) coração • coelhão • carvão • mão
(B) carrão • pavão • marcação • corpanzil
Composto com a palavra guarda só vai para o plural se (C) palavrão • barrigão • caixão • cabeção
for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda- (D) cebolão • canastrão • sabão • leão
florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / (E) portão • capataz • alemão • anão
guarda-marinha = guardas-marinha.
03. (Prefeitura de Fraiburgo - SC - Auxiliar de
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas Alimentação e Nutrição - FEPESE/2019) Assinale a
/ os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os alternativa em que todos os substantivos destacados
Silvas. pertencem ao gênero feminino.
(A) “A falta de chuva em Santa Catarina está levando o
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / estado a uma situação de estiagem.”
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. (B) “Para agravar a situação, a previsão para os próximos
dias é de pouca chuva”.
Grau (aumentativo/diminutivo) (C) “Provavelmente, as chuvas previstas para os próximos
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir dias não alterarão o quadro de estiagem em Santa Catarina”.
intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é (D) “Segundo ele, no dia 10 de agosto há previsão de chuva
que damos o nome de grau do substantivo. Os graus com volume entre 5 e 10 mm num período de 24 horas nas
aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: regiões do Oeste ao Sul do Estado.
(E) “[…] nas regiões mais críticas o total de precipitação
- Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou acumulada entre os dias 1º de junho e 5 de agosto está em
diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou torno de 40% a 50% da média climatológica.''
isinho.
Língua Portuguesa 22
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APOSTILAS OPÇÃO
04. (IBADE - Recenseador - IBGE/2019) O substantivo - biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o
QUINTAS-FEIRAS foi corretamente flexionado no texto. acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz
Assinale a opção em que a palavra destacada também está famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira.
correta no plural.
(A) Os guardas-noturnos não eram funcionários da Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas
empresa no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico-
(B) Os guardas-roupas dos funcionários ficavam no religiosa / são – sã.
primeiro andar Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos
(C) Os funcionários assinaram os abaixos-assinados ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como
(D) Aquelas eram verdadeiras obras-prima substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce
(E) Dois beijas-flores apareceram no jardim redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente).
- uniformes: têm forma única para o masculino e o - Absoluto: atribuída a um só ser; de forma absoluta. Pode
feminino. Funcionário incompetente = funcionária ser:
incompetente.
Língua Portuguesa 23
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APOSTILAS OPÇÃO
As informações textuais permitem afirmar que, em nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
12.12.2015, Sílvio Santos completou seu perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos
(B) octogésimo quinto aniversário. transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo
(C) octingentésimo quinto aniversário. a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a
(D) otogésimo quinto aniversário. esperança. (sua, dele, dela possessivo)
(E) oitavo quinto aniversário.
Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o
Gabarito nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação
01. A / 02. E / 03. B / 04. B / 05. B mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados.
(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei.
Pronome / Eu já se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos)
- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituídos
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três mim e ti.
pessoas do discurso são: - É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu,
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu
emissor; relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não
fala ou receptor; compra, não anda.
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de - As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas
quem se fala ou referente. como complemento de verbos transitivos diretos ao passo
que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga,
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa
relativos. comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo
indireto,VTI)
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais dividem-se em: - É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo
- Retos - exercem a função de sujeito da oração. a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve
- Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo fazer caridade com os mais necessitados.
(objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição - Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes
ou átonos sem preposição. que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª
pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo)
Pessoas do Retos Oblíquos - Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser
Discurso Átonos Tônicos empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
Singular 1ª pessoa eu me mim, funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa,
2ª pessoa tu te comigo cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com
3ª pessoa ele/ela se, o, a, ti, contigo
elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares.
lhe si, ele,
consigo
(Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa /
Plural 1ª pessoa nós nos nós, se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa /
2ª pessoa vós vos conosco consigo- complemento, 3ª pessoa).
3ª pessoa eles/elas se, os, as, vós,
lhes convosco Pronomes de Tratamento
si, eles, São usados no trato com as pessoas. Dependendo da
consigo pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o
tratamento será familiar ou cerimonioso.
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques;
do teatro. Vossa Eminência - V.Ema - cardeais;
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente,
pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem. oficiais;
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades;
pessoa apresentam as formas: Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores;
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: Vossa Santidade - V.S. - Papa;
Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente. Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso.
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, - São também pronomes de tratamento: o senhor, a
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, senhora, a senhorita, dona, você.
consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao - Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.
verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a
lápis) Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a dois fechos:
prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá). Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive
(eis, nos, vos perdem o S) para o presidente da República.
no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia
ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa. ou de hierarquia inferior.
lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
terminado em S não modificado: Nós entregamos-lhe a cópia - A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada
do contrato. (o S permanece) quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não
compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa)
Língua Portuguesa 26
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APOSTILAS OPÇÃO
- A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando - para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este
um congresso. (falando a respeito do cardeal) (e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª orgulhosos, estas, elegantes e risonhas.
pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o - dependendo do contexto os demonstrativos também
verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que servem como palavras de função intensificadora ou
seus ministros o apoiarão. depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma!
(=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma
Pronomes Possessivos tranqueira! (=expressão depreciativa)
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas - as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de
da fala. então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso,
Masculino Feminino a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança.
Singular Plural Singular Plural - os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um
meu meus minha minhas elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o
teu teus tua tuas
incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo.
seu seus sua suas
nosso nossos nossa nossas
vosso vossos vossa vossas Pronomes Indefinidos
seu seus sua suas São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de
modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo
Emprego dos Pronomes Possessivos César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode em gênero e número; outros são invariáveis.
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco,
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer.
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem,
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No nada, cada, mais, menos, demais.
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade.
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações Emprego dos Pronomes Indefinidos
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus
trinta anos. - O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.)
alteração fonética da palavra senhor. - Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da
anotações. situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, dia certo. (depois do substantivo=adjetivo).
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os - Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a
passos. (os seus passos) qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser;
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes indetermina, generaliza).
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, - Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; pensamento de outrem.
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te - Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer
preza.” negócios.
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem
em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão) ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que
seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou
Pronomes Demonstrativos outro / tal qual (=certo).
Indicam a posição dos seres designados em relação às
pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. Pronomes Relativos
Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis. São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma
este, esta, isto, estes, estas palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da
Ex.: oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que
Não gostei deste livro aqui. é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o
Neste ano, tenho realizado bons negócios. pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso
Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por
O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
mas esta é mais oprimida. o, a, os, as, qual / quais.
esse, essa, esses, essas Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e
Ex.: invariáveis.
Não gostei desse livro que está em tuas mãos. Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
Nesse último ano, realizei bons negócios. cujas, quanto, quantos;
Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa. Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.
aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas
Ex.:
Emprego dos Pronomes Relativos
Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe.
Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano realizei
bons negócios. - O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de
O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à
mas esta é mais oprimida que aquele.
Língua Portuguesa 27
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APOSTILAS OPÇÃO
pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo 04. (Prefeitura de Olímpia - SP - Guarda Civil Municipal
que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus. - VUNESP/2019) Assinale a alternativa em que o pronome
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome destacado expressa a noção de posse.
demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis (A) Não durou mais de um ou dois minutos, mas lhe
dizer. (o que = aquilo que). pareceu sinistra…
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre (B) Por um instante as duas mulheres se olharam,
precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a separadas pela piscina.
quem eu me referi. (C) … quando perceberam que alguém os observava pelo
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, portão entreaberto.
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e (D) Lá no terraço o marido, fascinado, assistiu a toda a
o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) cena.
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, (E) Era um ser encardido, cujos molambos em forma de
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e saia não bastavam para defini-la como mulher.
não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa;
Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as 05. (Prefeitura de Imperatriz - MA - Fisioterapeuta -
pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. Prefeitura de Imperatriz - MA/2019) Marque a alternativa
- Só se usa o relativo cujo quando o consequente é correta. Pronomes são palavras que acompanham os
diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é substantivos, podendo substituí-los (direta ou indiretamente),
paulista. retomá-los ou se referir a eles. Alguns exemplos de tipos de
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois pronome são: pessoais, possessivos, demonstrativos,
de si. interrogativos, relativos e indefinidos. Na frase "HELENA É
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: MINHA MÃE", estamos fazendo uso de qual pronome?
em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo (A) Possessivo;
mais barato. (= lugar em que) (B) Demonstrativo;
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados (C) Pessoal;
depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida (D) Indefinido;
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. Gabarito
01. B / 02. C / 03. E / 04. E / 05. A
Pronomes Interrogativos
São os pronomes em frases interrogativas diretas ou Verbo
indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual,
quanto: É a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da
- Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em:
(interrogativa direta, COM o ponto de interrogação) - número (singular e plural);
- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. - pessoa (primeira, segunda e terceira);
(interrogativa indireta, SEM a interrogação) - modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio);
Questões - tempo (presente, passado e futuro);
- e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).
01. (Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - Psicólogo -
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ/2019) Está destacado um De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados
pronome relativo no seguinte trecho: em três conjugações:
(A) “Que coisa fantástica”. 1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
(B) “...relataram uma melhora coincidente nas dores de 2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
cabeça de que sofriam.” 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
(C) “O fato é que todos foram criados para tratar outros
males...” O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor,
(D) “...depois que pacientes hipertensos, convulsivos e compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua
bipolares relataram...” origem latina poer.
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APOSTILAS OPÇÃO
Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal - Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado
temática. Ex.: contar - cont (radical) + a (vogal temática) = num instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo
tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o no coro da igreja matriz.
radical (contei = cont ei). - Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento
posterior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria
Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou um carro se tivesse dinheiro
ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências
modo temporais e desinências número pessoais. 1ª Conjugação: -AR
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais,
Contávamos dançam.
Cont = radical Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou,
a = vogal temática dançamos, dançastes, dançaram.
va = desinência modo temporal Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava,
mos = desinência número pessoal dançávamos, dançáveis, dançavam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras,
Flexões Verbais dançara, dançáramos, dançáreis, dançaram.
Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará,
o número e a pessoa. dançaremos, dançareis, dançarão.
- eu estudo – 1ª pessoa do singular; Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria,
- nós estudamos – 1ª pessoa do plural; dançaríamos, dançaríeis, dançariam.
- tu estudas – 2ª pessoa do singular;
- vós estudais – 2ª pessoa do plural; 2ª Conjugação: -ER
- ele estuda – 3ª pessoa do singular; Presente: como, comes, come, comemos, comeis,
- eles estudam – 3ª pessoa do plural. comem.
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos,
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma comestes, comeram.
diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja, Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos,
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens. comíeis, comiam.
- O pronome vós aparece somente em textos literários ou Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras,
bíblicos. comera, comêramos, comêreis, comeram.
- Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá,
pessoa, é o mais usado no Brasil. comeremos, comereis, comerão.
Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria,
Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a comeríamos, comeríeis, comeriam.
ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em
plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três 3ª Conjugação: -IR
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
pretérito e futuro. Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos,
partistes, partiram.
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, partíamos,
ao fato que enuncia. São três os modos: partíeis, partiam.
- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira,
precisão. O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, partíramos, partíreis, partiram.
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá,
presente e futuro do pretérito. partiremos, partireis, partirão.
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria,
dúvida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa partiríamos, partiríeis, partiriam.
uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta
presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Emprego dos Tempos do Subjuntivo
Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero; - Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
Quando o vir, dê lembranças minhas. duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.:
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um políticos.
pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e - Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma
imperativo negativo. condição ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à
universidade.
Emprego dos Tempos do Indicativo - Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético,
- Presente do Indicativo: para enunciar um fato pode ou não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será
momentâneo. Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que generosamente gratificado.
ocorre com frequência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de
minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes, 1ª Conjugação –AR
verdades universais. Ex.: A água é incolor, inodora, insípida. Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance,
- Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado, que nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
não concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses,
muito bem. se ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se
- Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato eles dançassem.
passado concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando
- Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes,
anterior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos quando eles dançarem.
no congresso de música.
Língua Portuguesa 29
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APOSTILAS OPÇÃO
7 https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php
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APOSTILAS OPÇÃO
- Quando o sujeito da oração estiver claramente 01. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE -
expresso. Ex.: Técnico em Segurança do Trabalho - IBFC/2019)
Se tu não perceberes isto...
Convém vocês irem primeiro. “Era uma vez
O bom é sempre lembrarmos (sujeito desinencial, sujeito O dia em que todo dia era bom
implícito = nós) desta regra. Delicioso gosto e o bom gosto das nuvens serem feitas
de algodão
- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração Dava pra ser herói no mesmo dia em que escolhia ser vilão
principal. Ex.: E acabava tudo em lanche
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos Um banho quente e talvez um arranhão” (Kell Smith)
estudarem bastante para a prova. (Fonte: Vagalume)
Perdoo-te por me traíres.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. Assinale a alternativa que apresenta o tempo correto dos
O guarda fez sinal para os motoristas pararem. verbos destacados no texto.
(A) Pretérito Imperfeito.
- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na (B) Futuro do Pretérito.
terceira pessoa do plural). Ex.: (C) Pretérito Perfeito.
Faço isso para não me acharem inútil. (D) Pretérito mais que Perfeito.
Temos de agir assim para nos promoverem.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua 02. (MPE-SP - Auxiliar de Promotoria I -
conduta. VUNESP/2019) No trecho “Isso significa que todos devem
pensar em consumir apenas produtos de origem vegetal?”, os
- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade verbos destacados estão no tempo presente. Passando-os para
de ação. Ex.: o tempo futuro, tem-se corretamente:
Vi os alunos abraçarem-se alegremente. (A) Isso significava que todos deveriam pensar em
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com consumir apenas produtos de origem vegetal?
gentileza. (B) Isso significou que todos deverão pensar em
Mandei as meninas olharem-se no espelho. consumir apenas produtos de origem vegetal?
(C) Isso significaria que todos deviam pensar em
Gerúndio consumir apenas produtos de origem vegetal?
Pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Ex.: Saindo de (D) Isso significara que todos devessem pensar em
casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio); Nas ruas, consumir apenas produtos de origem vegetal?
havia crianças vendendo doces. (Função adjetivo) (E) Isso significará que todos deverão pensar em
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; consumir apenas produtos de origem vegetal?
na forma composta, uma ação concluída. Ex.: Trabalhando,
aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o 03. (IF-RO - Engenheiro Civil - IBADE/2019) Em “Viu a
valor do dinheiro. Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de
ombros e braços nus, para dançar”, o verbo “ir” foi empregado
Particípio no pretérito maisque-perfeito. O que sugere o uso desse tempo
Quando não é empregado na formação dos tempos verbal?
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma (A) A ação de “ir trocar o vestido” ocorre simultaneamente
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex.: à ação de “ser vista surgir de ombros e braços nus”.
Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o (B) A ação de “ir trocar o vestido” ocorre após a ação de
particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação “ser vista surgir de ombros e braços nus”.
temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (C) A ação de “ir trocar o vestido” ocorre no passado,
(adjetivo verbal). Ex.: Ela foi a aluna escolhida para enquanto a ação de “ser vista surgir de braços nus” ocorre no
representar a escola. presente.
(D) A ação de “ir trocar o vestido” ocorre em um momento
1ª Conjugação –AR que antecedeu a ação de “ser vista surgir de ombros e braços
Infinitivo Impessoal: dançar. nus”.
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, (E) A ação de “ir trocar o vestido” ocorre no passado,
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. enquanto a ação de “ser vista de braços nus” ocorre no futuro.
Gerúndio: dançando.
Particípio: dançado. 04. (IPREMM - Agente Municipal de Vigilância
Patrimonial - VUNESP/2019) Para responder à questão,
2ª Conjugação –ER assinale a alternativa que completa, correta e adequadamente,
Infinitivo Impessoal: comer. as falas dos personagens dos quadrinhos.
Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele,
comermos nós, comerdes vós, comerem eles.
Gerúndio: comendo.
Particípio: comido.
3ª Conjugação –IR
Infinitivo Impessoal: partir.
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, (Garfield. Foi mal. Jim Davis. Adaptado)
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles.
Gerúndio: partindo. (A) Fizemos ... gostas
Particípio: partido. (B) Fizemos ... gostam
Língua Portuguesa 31
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APOSTILAS OPÇÃO
(C) Fiz ... gosta tempo, modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais,
(D) Fiz ... gostam os auxiliares não teriam sentido algum.
(E) Fizeram ... gostam
Questões
05. (Prefeitura de Aracruz - ES - Instrutor de Líbras -
IBADE/2019) “Mesmo que quisesse responder, eu não podia. 01. (FMS - Auxiliar de Administração - NUCEPE/2019)
Não sei o que procuro. Deve ser por isso mesmo que procuro.”
No período acima, o verbo poder está no pretérito TEXTO 01
imperfeito. A fim de tornar o sentido do trecho mais bem Imigração: o brilho eterno da grama do vizinho
elaborado e coeso o verbo poderia ser substituído por: Um em cada seis adultos do planeta deseja mudar de
(A) posso país. E isso é uma boa notícia.
(B) poderia (Por Edison Veiga e Alexandre Versignassi)
(C) poderei
(D) poderias É provável que você já tenha pensado em sair do Brasil. É
(E) podereis muito provável que você conheça pelo menos alguém que
Gabarito tenha saído do Brasil. Não estamos falando sobre política aqui:
01. A / 02. E / 03. D / 04. C / 05. B trata-se de uma tendência que já vem de um bom tempo. Dados
da Receita Federal mostram que o número de brasileiros que
Locução Verbal deram baixa, ou seja, fizeram o informe de saída definitiva do
País da última declaração de imposto de renda, no início de
Uma locução verbal8 é a combinação de um verbo 2018, foi de 21,2 mil. Em 2013, quando o número já era
auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo considerado alto, foram 9,8 mil.
juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal, (...)
desempenhando o papel de um único verbo. Exemplo: A explicação, (...) não está só na busca por mais qualidade
- estive pensando de vida. Está nos nossos instintos. A ilusão de que a grama do
- quero sair vizinho é mais verde, de que a felicidade está “lá fora”, foi
- pode ocorrer impressa em nosso DNA ao longo da evolução. A espécie de
- tem investigado hominídeo mais bem-sucedida entre todas foi o Homo erectus,
- tinha decidido nosso antepassado direto. Trata-se da única que durou mais de
1 milhão de anos. Nós, Homo sapiens, mal chegamos aos 300
Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais mil e já estamos a perigo. Bom, o erectus, que não detinha
Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o muito mais tecnologia que um chimpanzé, saiu de sua terra
que perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na natal, a África, e colonizou a Europa e a Ásia bem antes de o
conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o primeiro Homo sapiens ter nascido (a partir de descendentes
modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são do erectus que tinham ficado na África). Somos uma espécie
indicados pelo verbo auxiliar. migratória.
(https://super.abril.com.br/sociedade/imigracao-o-brilho-eterno-da-
grama-do-vizinho/-Publicado em 25 mar 2019. Acesso em 29 de junho de 2019).
8 https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/
Língua Portuguesa 32
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APOSTILAS OPÇÃO
Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são Questões
palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau:
comparativo e superlativo. 01. (Prefeitura de Peruíbe - SP - - Auxiliar de
Transporte - VUNESP/2019)
Comparativo de:
Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz
quanto / como você.
Superioridade - Analítico: mais do que. Ex.: Raquel é mais
elegante do que eu.
- Sintético: melhor, pior que. Ex.: Amanhã será melhor do
que hoje.
Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia.
Superlativo Absoluto:
Analítico - mais, muito, pouco, menos: O candidato
defendeu-se muito mal.
Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapidíssimo.
Emprego do Advérbio
- Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do
sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo
sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho,
depressinha, rapidinho (bem rápido). Ex.: Rapidinho chegou a No texto do último quadrinho, “Agora eu entendo!”, a
casa; Moro pertinho da universidade. palavra destacada estabelece circunstância de
- Frequentemente empregamos adjetivos com valor de (A) afirmação.
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente) (B) dúvida.
(C) tempo.
(D) lugar.
(E) modo.
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APOSTILAS OPÇÃO
03. (Câmara de Piracicaba - SP - Motorista Parlamentar As preposições acidentais são palavras de outras classes
- VUNESP/2019) que atuam eventualmente como preposições. São: como (=na
qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto,
mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. Ex.: Agia
conforme sua vontade. (= de acordo com)
Língua Portuguesa 34
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APOSTILAS OPÇÃO
(movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas
Anos Dourados. desconhecidas.
Modo: Partiu às pressas. Causa: Por ser muito caro, não compramos um pendrive
Tempo: Iremos nos ver ao entardecer. novo.
A preposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia. Espaço: Por cima dela havia um raio de luz.
(ideia de passear)
Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento.
Ante
(diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar.
emoção. Viveu, sob pressão dos pais.
Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao
encontro antes das quatro horas. Sobre
(em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal
Após (depois de): Após alguns momentos desabou num sobre a toalha rendada.
choro arrependido. Assunto: Conversávamos sobre política financeira.
Língua Portuguesa 35
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APOSTILAS OPÇÃO
(D) Por isso, o relatório clama por uma agenda econômica 4. Conclusivas (conclusão)
centrada em seres humanos...
(E) É importante lembrar que, segundo pesquisadores, Logo
haverá em poucos anos a extinção de profissões... Portanto
Por conseguinte
05. (Prefeitura de Valinhos - SP - Agente Pois (após o verbo)
Administrativo II - VUNESP/2019) Assinale a alternativa em
que se aponta corretamente, nos parênteses, a noção que o Ex.:
vocábulo destacado expressa no contexto em que se encontra. O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado!
(A) … selecionou torcedores para um programa de Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados.
concessão de entradas gratuitas… (propósito).
(B) Em dezembro de 2018, a agremiação azulina 5. Explicativas (explicação)
reformulou seu plano de sócio-torcedor… (local).
(C) … destinada a beneficiários de programas sociais como Que
o Bolsa-Família (modo). Porque
(D) “Fizemos questão de não colocar nenhuma distinção na Porquanto
carteirinha de sócio”… (procedência). Pois (antes do verbo)
(E) “Quando jogamos contra times de outros estados,
nosso trunfo é o apoio maciço…”… (comparação).
Ex.:
Não leia no escuro, que faz mal à vista.
Gabarito
Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem.
01. B / 02. D / 03. B / 04. C / 05. A
Conjunções Subordinativas
Conjunções
Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa,
Exercem a função de conectar as palavras dentro de uma
com verbo flexionado.
oração. Desta forma, elas estabelecem uma relação de
coordenação ou subordinação e são classificadas em:
1. Integrantes: iniciam a oração subordinada substantiva
Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinativas.
– Que / Se / Como
Conjunções Coordenativas
Ex.:
Todos perceberam que você estava atrasado.
1. Aditivas (Adição)
Aposto como você estava nervosa.
E 2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que /
Nem Assim que / Desde que
Não só... Mas também Ex.:
Mas Logo que chegaram, a festa acabou.
Mas ainda Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou.
Senão
3. Finais (Finalidade) – Para que / A fim de que
Ex.: Ex.:
Viajamos e descansamos. Foi embora logo, a fim de que ninguém o perturbasse.
Eu não só estudo, mas também trabalho.
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que /
2. Adversativas (posição contrária) À medida que / Quanto mais ... mais / Quanto menos... menos
Ex.:
Mas À medida que se vive, mais se aprende.
Porém Quanto mais se preocupa, mais se aborrece.
Todavia
Entretanto 5. Causais (Causa) – Porque / Como / Visto que / Uma vez
No entanto que
Ex.:
Ex.: Como estivesse doente, não pôde sair.
Ela era explorada, mas não se queixava.
Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram as 6. Condicionais (Condição) – Se / Caso / Desde que
notas necessárias. Ex.:
Comprarei o livro, desde que esteja disponível.
3. Alternativas (alternância) Se chover, não poderemos ir.
Língua Portuguesa 36
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APOSTILAS OPÇÃO
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APOSTILAS OPÇÃO
i) Mesmo, bastante
1- Como advérbios: invariáveis
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
2- Como pronomes: seguem a regra geral. (O melhor de Hagar, o horrível. Dik Browne. adaptado)
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (A) vou ... Meu ... biscoitos
(B) vamos ... Meus ... biscoito
j) Menos, alerta (C) vou ... Meu ... biscoito
Em todas as ocasiões são invariáveis. (D) vamos ... Meus ... biscoitos
Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta (E) vou ... Meus ... biscoitos
para com suas chamadas.
03. (Prefeitura de Barreiras - BA - Assistente
k) Tal qual Administrativo - Fundação CEFETBAHIA/2019) Avalie as
“Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o orações a seguir quanto à concordância nominal.
consequente. I – A paciente parece meia confusa após a cirurgia.
As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram II – É proibido entrada de alimentos no centro cirúrgico.
fantasiados tais quais os filhos. III – Há motivos bastantes para efetuar uma nova cirurgia
no paciente.
l) Possível IV - Ela mesmo compareceu à Policlínica para marcação de
Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou exames.
“pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. Considerando a norma culta, as orações que apresentam a
A mais possível das alternativas é a que você expôs. concordância nominal correta são:
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. (A) I e II.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da (B) I e III.
cidade. (C) II e III.
(D) II e IV.
m) Meio (E) III e IV.
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio (um pouco) insegura. 04. (MPE-GO - Auxiliar Administrativo - MPE-
GO/2019) Das frases abaixo assinale aquela com erro de
2- Como numeral: segue a regra geral. concordância nominal.
Comi meia (metade) laranja pela manhã. (A) Ele fez questão de deixar bem claras as intenções.
(B) Deixarei gravadas estas palavras de saudade.
n) Só (C) A Revolução Russa tornou visíveis os erros do
1- apenas, somente (advérbio): invariável. comunismo.
Só consegui comprar uma passagem. (D) Tomei emprestados ao professor vários livros.
(E) Os sindicatos tiveram reconhecidos o seu direito de
2- sozinho (adjetivo): variável. greve.
Estiveram sós durante horas.
05. (Prefeitura de Várzea - PB - Técnico em
Enfermagem - EDUCA/2019) Há erro de concordância
nominal em:
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APOSTILAS OPÇÃO
(A) A fruta é boa para a saúde. pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. /
(B) Seguem inclusas as notas fiscais. Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
(C) A janela, meio aberta, deixava ver o interior do
apartamento. 9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
(D) É proibida a aproximação de mensageiros. palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
(E) É proibido a aproximação de mensageiros. antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós
que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
Respostas
01. A / 02. A / 03. C / 04. E / 05. E 10) No caso de o sujeito aparecer representado por
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
CONCORDÂNCIA VERBAL com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da
Quando se fala sobre a concordância verbal, fala-se a diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
respeito da relação de dependência estabelecida entre um Observações:
termo e outro mediante um contexto oracional. - Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral:
Casos Referentes a Sujeito Simples Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no
1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da
número e pessoa: O aluno chegou atrasado. diretoria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os
singular, o verbo permanece na terceira pessoa do 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de 11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes
adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos pessoa do singular ou do plural: Vossas
gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu
com inteligência.
3) Quando o sujeito é representado por expressões
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o que os determinam:
substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo
/ A maioria dos alunos resolveram ficar. ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo
também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões Cubas é uma criação de Machado de Assis.
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas. mundial.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele
5) Em casos em que o sujeito é representado pela nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos
expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais é uma potência mundial.
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
Observação: no caso da referida expressão aparecer Casos Referentes a Sujeito Composto
repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade,
o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
de doação de alimentos. / Mais de um formando se relacionado a dois pressupostos básicos:
abraçaram durante as solenidades de formatura. - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na
verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos.
trabalhar.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer
7) Quanto aos relativos à concordância com locuções anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, e seus dois filhos compareceram ao evento.
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário
nos atermos a duas questões básicas: 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
concordar com o pronome pessoal: Alguns dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
de nós o receberá. Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
mundo.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras
singular ou poderá concordar com o antecedente desse sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
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APOSTILAS OPÇÃO
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha dióxido de carbono na atmosfera, mais do que a soma de todas
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu as emissões que haviam sido realizadas no mesmo mês entre
esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é 2010 e 2018.
fruto de meu esforço.
03. (Prefeitura de Pinto Bandeira - RS - Auxiliar
Questões Administrativo - OBJETIVA/2019) Assinalar a alternativa
que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:
01. (TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - FCC/2019) Queria que tu ___________ hoje me visitar.
(A) viesse
[Como se estrutura uma sociedade?] (B) venha
(C) vem
A pergunta formulada acima é uma constância da história (D) viesses
social. Alguns antropólogos têm afirmado que a estrutura
social é a rede de todas as relações de pessoa-a-pessoa, numa 04. (Prefeitura de Imperatriz - MA - Técnico em
dada sociedade. Mas tal definição é por demais ampla. Não Enfermagem - Prefeitura de Imperatriz - MA/2019) De
estabelece distinção entre os elementos efêmeros e os mais acordo com a concordância verbal marque a alternativa
persistentes na atividade social, e torna quase impossível correta:
distinguir a noção de estrutura de uma sociedade da totalidade (A) Devem haver muitas pessoas na confraternização;
da própria sociedade. (B) Houveram muitas festas no fim de semana passado;
No extremo oposto, está a noção de estrutura social (C) Existe Pessoas que não conhecem a verdade;
compreendendo, somente, as relações entre os grupos (D) Há alunos se preparando para a Olimpíada de Química
principais na sociedade, que persistem por muitas gerações, e Biologia.
mas exclui outros como a família, que se dissolve de uma
geração para outra. Essa definição é limitada demais. 05. (Prefeitura de Olímpia - SP - Guarda Civil Municipal
Uma terceira noção de estrutura social enfatiza não tanto - VUNESP/2019) Assinale a alternativa que reescreve
as relações reais entre pessoas ou grupos, mas as relações passagem do texto em conformidade com a norma-padrão de
esperadas ou mesmo as relações ideais. De acordo com esse concordância.
ponto de vista, o que realmente dá à sociedade sua forma e (A) Pesquiso a relação da arma de fogo com a violência
permite a seus membros exercerem suas atividades são as fazem mais de 15 anos.
expectativas ou mesmo as crenças idealizadas do que está (B) Quanto às medidas de restrição de armas de fogo,
feito, ou do que deverá ser feito pelos outros membros. Não tratam-se de questão de segurança.
falta quem veja tal formulação como bastante insatisfatória. (C) Existe argumentos ideológicos e crenças que tem pouca
Em vez de respostas prontas à pergunta aqui tratada, será relação com a realidade.
preciso sempre reconhecer que a validade de qualquer uma (D) Entre os brasileiros pesquisados, 61% são contrários à
delas estará presa à validação do critério que a sustenta. posse de armas.
(Adaptado de: FIRTH, Raymond. In: VV.AA. Homem e sociedade. Trad. Amadeu (E) O fato é que só se garante direitos quando se pensam
José Duarte Lanna. São Paulo: Nacional, 1975, p. 35-36)
nos interesses coletivos.
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se
Respostas
numa forma do singular para integrar corretamente a frase:
01. C / 02. E / 03. D / 04. D / 05. D
(A) As respostas que se (aguardar) para essa questão
prendem-se aos critérios a serem observados.
(B) A propósito dessa exata definição de estrutura com que
se (afligir) os antropólogos, estamos longe de qualquer Regência verbal e nominal.
consenso.
(C) Não (dever) caber aos sociólogos ou antropólogos
definir açodadamente o que seja uma estrutura social.
(D) Àqueles que (haver) de pesquisar o funcionamento de REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
uma sociedade recomenda-se sensatez na escolha de um
critério. Regência Verbal
(E) A validação dos critérios que se (apresentar) como
parâmetros aceitáveis deve receber o aval de todos os A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
envolvidos na definição. os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos
e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
02. (Câmara de Mauá - SP - Procurador Legislativo - O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
VUNESP/2019) Assinale a alternativa que atende à norma- capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
padrão de concordância. conhecermos as diversas significações que um verbo pode
(A) Será requerido ações urgentes de intensificação e assumir com a simples mudança ou retirada de uma
replicação das políticas mais bem-sucedidas para limitar o preposição.
aumento da temperatura a 1,5 grau. Observe:
(B) Os pesquisadores apontam que devem haver A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
investimentos diretos na descarbonização por três setores: contentar.
finanças, energia e indústria. A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado
(C) Os países mais vulneráveis precisa que três áreas seja ou prazer", satisfazer.
protagonista nas transformações: soluções baseadas na
natureza, ações locais e urbanas e o incremento da resiliência Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de
e adaptação às mudanças climáticas. "agradar a alguém".
(D) O desenvolvimento socioeconômico e ambiental sofre
impacto devido às mudanças climáticas que põe o mundo em
estado de alerta.
(E) Em junho, as queimadas emitiram 50 megatons de
Língua Portuguesa 40
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APOSTILAS OPÇÃO
Língua Portuguesa 41
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APOSTILAS OPÇÃO
Informar Agradar
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto - Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos,
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. acariciar.
Informe os novos preços aos clientes. Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos quando o revê.
preços) Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. /
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as - Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado
construções: a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. pela preposição "a".
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre O cantor não agradou aos presentes.
eles) O cantor não lhes agradou.
Língua Portuguesa 42
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APOSTILAS OPÇÃO
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime
atitude. de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva - nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
Subjetiva Reduzida de Infinitivo nomes correspondentes: todos regem complementos
introduzidos pela preposição "a". Veja:
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que Obedecer a algo/ a alguém.
atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por Obediente a algo/ a alguém.
pessoa. Observe o exemplo abaixo:
Custei para entender o problema. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da
Forma correta: Custou-me entender o problema. preposição ou preposições que os regem. Observe-os
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
Implicar nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a) dar a entender, fazer supor, pressupor Substantivos
Suas atitudes implicavam um firme propósito. Admiração a, por
b) Ter como consequência, trazer como consequência, Devoção a, para, com, por
acarretar, provocar Medo a, de
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de Aversão a, para, por
um povo. Doutor em
Obediência a
- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, Atentado a, contra
envolver Dúvida acerca de, em, sobre
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. Ojeriza a, por
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo Bacharel em
indireto e rege com preposição "com". Horror a
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. Proeminência sobre
Capacidade de, para
Proceder Impaciência com
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter Respeito a, com, para com, por
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de Adjetivos
adjunto adverbial de modo. Acessível a
As afirmações da testemunha procediam, não havia como Diferente de
refutá-las. Necessário a
Você procede muito mal. Acostumado a, com
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a Entendido em
preposição" de") e fazer, executar (rege complemento Nocivo a
introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto. Afável com, para com
O avião procede de Maceió. Equivalente a
Procedeu-se aos exames. Paralelo a
O delegado procederá ao inquérito. Agradável a
Escasso de
Querer Parco em, de
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter Alheio a, de
vontade de, cobiçar. Essencial a, para
Querem melhor atendimento. Passível de
Queremos um país melhor. Análogo a
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, Fácil de
estimar, amar. Preferível a
Quero muito aos meus amigos. Ansioso de, para, por
Ele quer bem à linda menina. Fanático por
Despede-se o filho que muito lhe quer. Prejudicial a
Apto a, para
Visar Favorável a
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, Prestes a
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Ávido de
O homem visou o alvo. Generoso com
O gerente não quis visar o cheque. Propício a
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Benéfico a
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a". Grato a, por
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Próximo a
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar Capaz de, para
público. Hábil em
Relacionado com
Regência Nominal Compatível com
Habituado a
É o nome da relação existente entre Relativo a
um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos Contemporâneo a, de
regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada Idêntico a
por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso Satisfeito com, de, em, por
levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o
Língua Portuguesa 43
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APOSTILAS OPÇÃO
Advérbios
- Longe de;
- Perto de. Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da fala
da personagem devem ser preenchidas, correta e
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir respectivamente, com:
o regime dos adjetivos de que são formados: paralela à; (A) que … no … ao
paralelamente a; relativa a; relativamente a.9 (B) que … ao … o
(C) que … no … o
Questões (D) de que … ao … ao
(E) de que … no … o
01. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Auxiliar de
Consultório Dentário - FCM/2019) “O verbo é fundamental 05. (Prefeitura de Fraiburgo - SC - Professor -
na formação de uma oração, pois é a palavra que exprime ação, FEPESE/2019) Preencha as lacunas com pronomes relativos
estado, fato e fenômeno natural em determinado espaço de que, quem, onde, cujo/cujos/cuja/ cujas, precedidos ou não
tempo.” de preposição, conforme exige o contexto frasal.
(BUENO, 2014, p.184). ◾ O engenheiro ......................... fez os estudos preliminares
A classificação do verbo grifado, quanto à predicação, está da obra acabou de me dizer que está à nossa disposição para
corretamente indicada em iniciar os trabalhos.
(A) “... os cachorros são os mamíferos mais bem-sucedidos ◾ O bairro ......................... ruas circulam animais domésticos
do planeta...” (transitivo indireto) fica a cerca de 10 min do centro da cidade.
(B) “Baseados em um conjunto de trabalhos sobre o ◾ Meu tio Armando, ................................. sempre admirei,
assunto que apelidaram de caninognição...” (intransitivo) recebeu uma justa homenagem da Câmara
(C) “... em termos de comportamento e de habilidades de ◾ O concurso ....................... estudou neste ano é um dos mais
comunicação – conquistando seus donos definitivamente.” (de difíceis que já fez.
ligação) ◾ Desconheço os reais motivos ........................... meu irmão
(D) “... o processo evolutivo que transformou lobos em não respeitou o acordo feito com a família antes da morte de
cachorros domésticos fez com que os animais adquirissem um mamãe.
novo tipo de inteligência social.” (transitivo direto) Os pronomes relativos, com ou sem preposição, que
preenchem corretamente as lacunas, de cima para baixo, são:
02. (Prefeitura de São José do Cedro - SC - Telefonista - (A) a quem • para o qual • a cujas • de quem • por quem
AMEOSC/2019) Em “A criança dormiu”, o verbo destacado é (B) pelo qual • em quem • de cujas • em que • pelos quais
classificado como: (C) a que • a quem • no qual • por quem • de cujas
(A) Verbo de ligação. (D) que • em cujas • a quem • para o qual • por que
(B) Verbo transitivo. (E) o qual • por cujas • que • no qual • para os quais
(C) Verbo intransitivo.
(D) Verbo transito e intransitivo. 06. (Câmara de Piracicaba - SP - Jornalista -
VUNESP/2019) Leia o texto para responder à questão.
03. (Prefeitura de São João do Oeste - SC - Secretário
Legislativo - AMEOSC/2019) Há erro de regência em qual das Ao filósofo americano Daniel Dennett, os editores da
frases do texto abaixo? revista Edge perguntaram: “Em 2013, o que deve nos
(A) Um dia um corvo estava pousado no galho de uma preocupar?”. Ele contou que em 1980 se temia que a revolução
árvore. do computador aumentasse a distância entre os países ricos
(B) Vendo o corvo com o quejo, a raposa logo começou a “do Ocidente” e os países pobres, que não teriam acesso à nova
matutar um jeito de se apoderar do quejo. tecnologia e a seus aparelhos. A verdade é que a informática
(C) Foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse, criou fortunas enormes, mas permitiu também a mais
meio como se namorasse com o corvo. profunda disseminação niveladora da tecnologia que já se viu
(D) Que pássaro magnífico nessa árvore!. na história. “Celulares e laptops e, agora, smartphones e tablets
puseram a conectividade nas mãos de bilhões”, afirmou
Dennett.
O planeta, segundo o filósofo, ficou mais transparente na
informação como ninguém imaginaria há 40 anos. Isso é
maravilhoso, disse Dennett, mas não é o paraíso. E citou a lista
9 https://bit.ly/2Gkw913
Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO
daquilo com que devemos nos preocupar: ficamos 10. (Prefeitura de Várzea - PB - Assistente Social -
dependentes e vulneráveis neste novo mundo, com ameaças à EDUCA/2019) Aponte a opção INCORRETA quanto ao uso da
segurança e à privacidade. E sobre as desigualdades, ele disse regência:
que Golias ainda não caiu; milhares de Davis*, porém, estão (A) O médico assistiu o paciente.
rapidamente aprendendo o que precisam. Os “de baixo” têm (B) Visaram os documentos.
agora meios para confrontar os “de cima”. O conselho do (C) Quero muito aos meus filhos.
filósofo é que os ricos devem começar a pensar em como (D) Aspirou ao ar puro das montanhas.
reduzir as distâncias criadas pelo poder e pela riqueza de (E) Tenho profunda admiração por você.
poucos.
* referência ao episódio bíblico em que Davi, Gabarito
aparentemente mais fraco, derrota o gigante Golias. 01. D / 02. C / 03. C / 04. D / 05. D / 06. C / 07. B / 08.
(Míriam Leitão. História do futuro: o horizonte do Brasil no século XXI. Rio B / 09. E / 10. D
de Janeiro, Intrínseca, 2015)
O trecho destacado em – ... E citou a lista daquilo com que
devemos nos preocupar... (2º parágrafo) – estará
corretamente substituído, quanto à regência, conforme a Colocação pronominal.
norma-padrão da língua portuguesa, por:
(A) sobre que devemos nos ater
(B) de que devemos estar atentos
(C) a que devemos dar atenção
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS
(D) a que devemos estar cientes
ÁTONOS
(E) em que devemos estar alertas
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi10, a
07. (Prefeitura de Itapevi - SP - Professor de Educação
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais
Básica I - VUNESP/2019) Assinale a alternativa cujo
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se
enunciado está em conformidade com a norma-padrão de
referem.
regência.
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
(A) Moana ia nos grupos de estudos com os pais e ficava
lhes, nos e vos.
atenta de todas as coisas que aconteciam ali.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
(B) Moana, antes de dormir, queria falar com o pai sobre
oração em relação ao verbo:
aquilo de que mais havia gostado na leitura de O Hobbit.
1. Próclise: pronome antes do verbo;
(C) As transformações no personagem central mostram
2. Ênclise: pronome depois do verbo;
que o hobbit aspirava em ser um aventureiro épico.
3. Mesóclise: pronome no meio do verbo.
(D) Quando Moana pediu para comentar a leitura, o pai
discordou com ela, achando que não queria dormir.
Próclise
(E) O pai pensava de que Moana não estava apta em ler a
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
versão integral do clássico de J.R.R. Tolkien, O Hobbit.
- Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair
dessa cama. / Não se trata de nenhuma novidade.
08. (Prefeitura de Campinas - SP - Agente de
Fiscalização - VUNESP/2019) A frase em que a regência está
- Advérbios: Nesta casa se fala alemão. / Naquele dia me
em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa
falaram que a professora não veio.
é:
(A) Nossos antepassados tinham pés aos quais eram mais
- Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não
saudáveis que os nossos.
veio hoje. / Não vou deixar de estudar os conteúdos que me
(B) Andar descalço pode contribuir para a melhora da
falaram.
saúde dos nossos pés.
(C) Surpreende o fato sob que quase 80% dos corredores
- Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? / Todos se
lesionam anualmente.
comoveram durante o discurso de despedida.
(D) Foi nos anos 70 que as pessoas passaram a interessar
mais para a corrida.
- Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! /
(E) Ficar mais sentados certamente influiu ao
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
enfraquecimento dos nossos pés.
- Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de
09. (Prefeitura de Campinas - SP - Especialista em
qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa
Informação - VUNESP/2019) Assinale a alternativa que
escolar.
atende à norma-padrão quanto à regência.
(A) As conquistas que aspiravam as antigas feministas
- Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios,
teriam tido resultados compatíveis aos interesses das
conforme lhe avisaram.
mulheres?
(B) Que mudanças foram trazidas no universo feminino
Ênclise
para se pensarem as relações injustas de gênero?
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
(C) Pesquisadoras do mundo afora se dedicam com afinco
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
em buscar respostas a complexas questões feministas.
ênclise vai acontecer quando:
(D) Com as conquistas feministas, pode-se, hoje, conciliar
a igualdade de gênero na igualdade social?
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns
(E) O avanço de conhecimento a que Susan Watkins se
aos outros. / Sigam-me e não terão derrotas.
refere diz respeito à expansão dos sistemas universitários.
10http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.htm
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APOSTILAS OPÇÃO
- O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. / 04. (Prefeitura de Bom Repouso - MG - Auxiliar em
Chamaram-me para ser sócio. Saúde Bucal - MDS/2019) Nas frases a seguir, o uso correto
quanto à colocação dos pronomes átonos correspondente à
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da sequência: Ênclise – mesóclise – próclise é:
preposição “a”: Naquele instante os dois passaram a odiar-se. (A) Ninguém te convidou para a festa? / A prova realizar-
/ Passaram a cumprimentar-se mutuamente. se-á neste sábado. / Diga-lhe que estou aqui.
(B) Far-lhe-ei a proposta. / Amem-se uns aos outros. / O
- O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que homem o qual me referi foi preso.
aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se, (C) Isso me deixa muito triste. / Gostaria de convidar-te
beijando-me a face. para jantar. / Neste país talvez se combata a fome.
(D) Sigam-me. / Os alunos esforçar-se-ão. / Ela desmaiou
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no logo que lhe contaram o acontecido.
vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. / Se
não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. 05. (Prefeitura de Arujá - SP - Assistente Social -
VUNESP) Leia a tira para responder à questão.
Mesóclise
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
realizará).
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
proposta a você).
Questões
11 https://bit.ly/2N8KAJ7.
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APOSTILAS OPÇÃO
12Veja que o verbo ir requer a preposição “a” (ir a algum - Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
lugar). Além disso, igreja é um substantivo feminino, que é
precedido pelo artigo “a”. Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
Houve o encontro das duas vogais “a”. Quando isso ocorre, (mesmo que a expressão “moda de” fique subentendida
elas se unem e tal união deve ser indicada pelo acento grave, a - O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
crase. - Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Vejamos outro exemplo: - O menino resolveu vestir-se à (moda de) Bruce Wayne.
- Conheço a aluna.
- Refiro-me à aluna. Na indicação de horas
Acordei às sete horas da manhã.
O verbo conhecer não exige preposição, pois é transitivo Elas chegaram às dez horas.
direto (conheço algo, alguém). Logo não há a ocorrência de Foram dormir à meia-noite.
crase, afinal não há o encontro de duas vogais “a”, temos
apenas um artigo “a”, de a aluna. Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
Já o verbo referir exige a preposição “a” (se referir a que participam palavras femininas.
alguém, a algo). Logo há ocorrência de crase, pois temos a Ex.:
artigo “a” em a aluna.
Quando o termo seguinte for feminino e admitir o artigo à tarde às ocultas às pressas à medida que
feminino “a” (ou um dos pronomes citados acima), a crase
existe. à noite às claras às escondidas à força
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APOSTILAS OPÇÃO
O verbo alugar é transitivo direto (alugar algo) e não exige Casos Em Que a Ocorrência da Crase É FACULTATIVA
preposição. Logo, a crase não ocorre.
Diante de nomes próprios femininos
Crase Com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais) É facultativo o uso da crase porque é facultativo o uso do
artigo. Veja:
Para que a crase ocorra com os pronomes relativos a qual - Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita.
e as quais, tudo dependerá do verbo. Caso o verbo que rege - Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga.
esses pronomes exigir a preposição, então haverá crase.
Em casos desse tipo, pode-se identificar a ocorrência da Como podemos ver, é facultativo o uso do artigo feminino
crase ao substituir o termo regido feminino por um termo diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever
regido masculino. as frases abaixo das seguintes formas:
Ex.: - Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula.
- A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. - Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao
- O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade Roberto.
Se a forma “ao” surgir com a substituição do termo, a crase Diante de pronome possessivo feminino
ocorrerá. É facultativo o uso da crase porque é facultativo o uso do
Ex.: artigo. Veja:
- São normas às quais todos os alunos devem obedecer. - Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta
- São termos aos quais todos os alunos devem obedecer. anos.
- Esta foi a conclusão à qual ele chegou. - Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã
- Este foi o lugar ao qual ele chegou. está esperando por você.
Crase com o Pronome Demonstrativo (a) Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” pronomes possessivos femininos, por isso podemos escrever
também pode ser detectada através da substituição do termo as frases abaixo das seguintes formas:
regente feminino por um termo regido masculino. Veja: - Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó.
- Minha revolta é ligada à do meu país. - Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô.
- Meu luto é ligado ao do meu país.
- As orações são semelhantes às de antes. Depois da preposição “até”
- Os exemplos são semelhantes aos de antes. - Fui até a praia; ou Fui até à praia.
- Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta.
Crase Com a Palavra “Distância” - A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra
vai até às cinco horas da tarde.
- Se a palavra distância aparecer especificada ou
determinada, a crase vai ocorrer. Questões
Ex.:
- Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está 01. (Câmara de Piracicaba - SP - Jornalista -
determinada) VUNESP/2019) Assinale a alternativa que completa
- Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A corretamente a lacuna da frase a seguir, quanto ao emprego do
palavra está especificada) sinal indicativo da crase.
O que deve causar preocupação à _____________?
Quando a palavra distância não estiver especificada, a (A) todos
crase não ocorre. (B) você
Ex.: (C) pessoas
- Os militares ficaram a distância. (D) nós
- Gostava de fotografar a distância. (E) população
- Ensinou a distância.
02. (UNIRIO - Administrador - CESGRANRIO/2019) O
IMPORTANTE acento grave indicativo de crase é necessário e está
Para evitar ambiguidade e confusão, muitos gramáticos empregado de acordo com a norma-padrão em:
modernos, ao contrário dos clássicos, incentivam o uso da (A) É bom manter-nos à distância de dez passos.
crase mesmo em casos onde a palavra distância não está (B) O sol estava à pino e precisamos nos proteger do calor.
especificada. (C) A volta à Portugal, seu país natal, fez meu pai muito
Língua Portuguesa 48
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APOSTILAS OPÇÃO
04. (IBGE - Recenseador - IBADE/2019) Assinale a A Análise Sintática examina a estrutura do período, divide
opção em que a o acento indicativo de crase foi corretamente e classifica as orações que o constituem e reconhece a função
empregado, como em COM DIREITO À BECA E TUDO. sintática dos termos de cada oração.
(A) Eles vinham à pé para o trabalho.
(B) Vocês assistiram à que reunião? Frase
(C) Todos estavam dispostos à colaborar.
(D) Entregamos o relatório diretamente à ela. É todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer
(E) Era importante obediência às orientações. comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação,
estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou
05. (IFAL - Assistente Social - COPEVE-UFAL/2019) exteriorizar emoções15. São exemplos de frases16:
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas na
frase a seguir: “Por favor!”
O Reitor dirigiu-se..... sala de eventos e pôs-se.....falar.... “Bom dia, tudo bem com você?”
todas as professoras.
(A) à - à - a Os sinais de pontuação são as pausas especiais nas frases,
(B) a - à - à e quando ocorre a inversão do sujeito + predicado, a sua
(C) à - a - à compreensão depende do contexto.
(D) à - a - a
(E) a - a – a Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o
verbo ou seja frases constituídas apenas por nomes,
Gabarito substantivo, adjetivo e pronome.
01. E / 02. A / 03. B / 04. E / 05. D Exemplo: Cada louco com sua mania.
Tipos de Frases
Declarativas: anuncia algo de forma afirmativa ou
Sintaxe. negativa, ou juízo acerca de alguma coisa ou alguém:
Pedro estuda muito. (afirmativa)
Jamais comprarei aquele carro. (negativa)
Língua Portuguesa 49
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões
Língua Portuguesa 50
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APOSTILAS OPÇÃO
17 www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/sujeito
Língua Portuguesa 51
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APOSTILAS OPÇÃO
Sem Sujeito - são enunciados através do predicado, o Predicativo do sujeito - é o nome dado ao núcleo do
verbo não é atribuído a nenhum sujeito. Construídas com predicado nominal, é atribuído uma qualidade ou
verbos impessoais na 3ª pessoa do singular: Havia gatos na característica ao sujeito. Os verbos de ligação (ser, estar,
sala. / Choveu durante a festa. parecer, etc.) são a ligação entre o sujeito e o predicado.
Exemplo: A atriz é talentosa.
São verbos impessoais: Haver (nos sentidos de existir, Sujeito – A atriz
acontecer, realizar-se, decorrer). Verbo de ligação - é
Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo. Predicativo - talentosa
Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer,
anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. Predicação verbal - tem como núcleo um verbo que
transmite ideia de ação, pode ser uma locução verbal (dois
Predicado - é a soma de todos os termos da oração, exceto verbos). Alguns verbos, por natureza, têm sentido completo,
o sujeito e o vocativo. É tudo o que se declara na oração podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). Sempre apresenta de predicação completa denominados intransitivos.
um verbo.19 Exemplo: Exemplos: A planta nasceu. / Os meninos correm.
Victor conhece os amigos do rei. Outros verbos, que tem predicação incompleta (sentido
sujeito: Victor = termo determinante. incompleto) conhecido como transitivos (precisam de
predicado: conhece os amigos do rei = termo determinado. complemento) Exemplos: Paulo comprou cinco pães. / A casa
pertence ao Júlio.
No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome,
quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração, Observe que, sem os seus complementos, os verbos
ou um verbo (ou locução verbal). “comprou” e “pertence” não transmitiriam informações
Predicado nominal - (seu núcleo significativo é um nome, completas, pois ainda fica a dúvida: Comprou o quê? Pertence
18 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 19 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011.
Língua Portuguesa 52
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APOSTILAS OPÇÃO
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, Transitivos Diretos e Indiretos: utilizam com dois
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar, objetos: um direto, outro indireto, ao mesmo tempo.
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc. Exemplos:
A jornalista fornece informações para os concorrentes.
Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, ou seja, Oferecemos rosas a nossa amiga.
sempre um complemento sem preposição. Alguns verbos Ceda o carro para sua mãe.
deste grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar,
designar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos: De Ligação: ligam ao sujeito o predicativo, uma palavra.
Comprei um terreno e construí a casa. Esses verbos, formam o predicado nominal. Exemplos:
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de A casa é feia.
Maricá) A carroça está torta.
A menina anda (=está) alegre.
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os A vizinha parecia uma mulher virtuosa.
que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos: Observações: os verbos de ligação não servem apenas de
Consideramos a situação difícil. anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais
Fernando trazia os documentos. se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
Em geral, os verbos transitivos diretos são usados na voz exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
passiva. transitório. Exemplos:
Podem receber como objeto direto, os pronomes o, a, os, Ele é doente. (aspecto permanente)
as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as. Ele está doente. (aspecto transitório).
Podem ser construídos acidentalmente com preposição, a Muitos desses verbos passam à categoria dos intransitivos
qual lhes acrescenta novo sentido: arrancar da espada; puxar em frases como por exemplo: Era = existia) uma vez uma
da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lápis; cumprir princesa.;
com o dever; Eu não estava em casa. / Fiquei à sombra. / Anda com
Alguns verbos transitivos diretos: abençoar, achar, colher, dificuldades. / Parece que vai chover.21
avisar, abraçar, comprar, castigar, contrariar, convidar,
desculpar, dizer, estimar, elogiar, entristecer, encontrar, ferir, Os verbos, relativamente à predicação, não fixos. Variam
imitar, levar, perseguir, prejudicar, receber, saldar, socorrer, conforme apresentado na frase, a sua regência e sentido
20 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 21 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.
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também aos outros.; A quantos a vida ilude!. agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de
- Em certas construções enfáticas, como puxar (ou que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a
arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são muitos.; As
atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas pessoas com quem conto são poucas.
de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da
agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é
coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube representado pelos substantivos (ou expressões substantivas)
do caso.” ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são:
a, com, contra, de, em, para e por.
Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativo; A Objeto Indireto Pleonástico: sempre representado por
substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome um pronome oblíquo átono para dar ênfase a um objeto
oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) indireto que já tem na frase. Exemplos:
e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa a mim o
(convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, incapazes de
ocorre com verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.”
as razões ou finalidades do emprego do objeto direto
preposicionado: a clareza da frase; a harmonia da frase; a Complemento Nominal: completa o sentido de um (nome)
ênfase ou a força da expressão. substantivo, de um adjetivo e um advérbio, sempre regido por
preposição. Exemplos: A defesa da pátria; “O ódio ao mal é
Objeto Direto Pleonástico: aquele que se repete na amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; “Ah,
sequência da frase. Quando queremos dar destaque ou ênfase não fosse ele surdo à minha voz!”
à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no início da frase
e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome Observações: O complemento nominal representa o
oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama- recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos: nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de
O pão, Paulo o trazia dentro da sacola. assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor de
Seus cachorros, ele os cuidava em amor. músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas no
objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
Objeto Indireto: por meio de uma preposição obrigatória, complementar verbos, complementa nomes (substantivos,
completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Dica: faça adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que
às perguntas “para quê, em quê, de quê, ou preposição mais requerem complemento nominal correspondem, geralmente,
quem?” a verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o
Exemplos: Meu irmão cuidava de toda a sua casa. (cuidava próximo ;perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente
de quê ?) João gosta de goiaba. (gosta do quê ?) aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à
pátria; etc.23
- Transitivos Indiretos: Assisti ao filme; Assistimos à
festa e à folia; Aludiu ao fato; Aspiro a uma casa boa. Agente da Passiva: complementa um verbo na voz
passiva. Sempre representa quem pratica a ação expressa pelo
- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou verbo passivo. Vem regido na maioria das vezes pela
passiva): Dou graças a Deus; Dedicou sua vida aos doentes e preposição por, e menos frequentemente pela preposição de:
aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.) O vencedor foi escolhido pelos jurados.
O menino estava cercado pelo seu pai e mãe.
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos
transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; ou pelos pronomes:
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe O cão foi atropelado pelo carro.
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. Este caderno foi rabiscado por mim.
Observações: Há verbos que podem construir-se com dois O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a voz ativa:
Deus por nós; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para A menina foi penteada pela mãe. (voz passiva)
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto A mãe penteou a menina. (voz ativa)
direto com o complemento nominal nem com o adjunto Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
adverbial; Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”,
“Para ele nada é impossível”, os pronomes em destaque Observações: Frase de forma passiva analítica sem
podem ser considerados adjuntos adverbiais. complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá
sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa expulso da cidade. (Expulsaram-no da cidade.); As florestas
ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes são devastadas. (Devastam as florestas.); Na passiva
objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobiavam-se
Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas eram
(=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo);
Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)
preposição é expressa, como característica do objeto indireto:
Recorro a Deus; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com Termos Acessórios da Oração
pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; São os que desempenham na oração uma função
Conto com você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os
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substantivos, exprimir alguma circunstância. São três os “Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.”
termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto (Carlos Drummond de Andrade)
adverbial e aposto.
O núcleo do aposto pode ser expresso por um substantivo
Adjunto adnominal: é o termo (expressão) que se junta a ou por um pronome substantivo. Exemplo:
um nome para melhor função especificar, detalhar ou Os responsáveis pelo projeto, tu e a arquiteta, não podem
caracterizar o sentido desse nome (substantivos).24 Exemplo: se ausentar.
Meu irmão veste roupas vistosas. (Meu determina o
substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases
caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do
adnominal). sujeito. Ex.
O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos: Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
água fresca, animal feroz; Pelos artigos: o mundo, as ruas; As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco sal, cores.
muitas rãs ,país cuja história conheço, que rua? Pelos
numerais: dois pés ,quinto ano; Pelas locuções ou expressões Os apostos, em geral, têm pausas, indicadas, na escrita, por
adjetivas que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não
especificação: haverá vírgula, como nestes exemplos:
- presente de rei (=régio): qualidade O romance Tróia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença Colégio Tiradentes, etc.
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
- fio de aço, casa de madeira: matéria (Graciliano Ramos)
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
Observações: Não confundir o adjunto adnominal vezes, está elíptico. Exemplos:
formado por locução adjetiva com complemento nominal. Este Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da
eleição do presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, alma humana.
empréstimo de dinheiro, plantio de árvores, colheita de
trigo, destruidor de matas, descoberta de petróleo, amor ao O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
próximo, etc. O adjunto adnominal formado por locução Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de
adjetiva representa o agente da ação, ou a origem, pertença, tempestade iminente.
qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
presidente, aviso de amigo, declaração do ministro,
empréstimo do banco, a casa do fazendeiro, folhas de Um aposto refere a outro aposto, às vezes:
árvores, farinha de trigo, beleza das matas, cheiro de “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
petróleo, amor de mãe.25 velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)
Adjunto adverbial: termo que exprime uma circunstância O aposto pode vir antecedido das expressões explicativas,
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que ou da preposição acidental como:
modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de roda na Dois países sul-americanos, isto é, a Colômbia e o Chile,
praça”. O adjunto adverbial é expresso: Pelos advérbios: não são banhados pelo mar.
Cheguei tarde; Maria é mais alta; Não durma na cabana; Ele
fala bem, fala corretamente; Talvez esteja enganado.; Pelas O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
locuções ou expressões adverbiais: Compreendo sem nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:
esforço.; Saí com meu pai.; Paulo reside em São Paulo.; O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
Escureceu de repente. “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
coisas.” (Raquel Jardim)
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não Vocativo: termo que exprime um nome, título, apelido,
dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No usado para chamar o interlocutor.
domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto de Lourdes Teixeira)
adverbial de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado
companhia, meio, assunto, negação, etc. É importante saber de Assis)
distinguir adjunto adverbial de adjunto adnominal, de objeto “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
indireto e de complemento nominal: sair do mar (ad. adv.);
água do mar (adj. adn.); gosta do mar (obj. indir.); ter medo Observação: Profere-se o vocativo com entoação
do mar (compl. nom.). exclamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo
inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um
Aposto: um termo ou expressão que associa a um nome chamado alto e prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª
anterior, e explica ou esclarece o sentido desse nome. pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, uma
Geralmente, separado dos outros termos da oração por dois coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos
pontos, travessão e vírgula. antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, olá, eh!):
Exemplos:
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de estômago. “Tem compaixão de nós, ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
24 AMARAL, Emília. Novas Palavras. Editora FTD.2016. 25 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.
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APOSTILAS OPÇÃO
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” 04. (Prefeitura de Pacujá/CE - Fiscal de Tributos -
(Graciliano Ramos) CETREDE/2019)
“Esconde-te, ó sol de maio ,ó alegria do mundo!” (Camilo
Castelo Branco) Estátua Falsa
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura
da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.26 Só de oiro falso meus olhos se douram;
Sou esfinge sem mistério no poente.
Questões A tristeza das coisas que não foram
Na minha alma desceu veladamente.
01. (MPE/SC - Promotor de Justiça - Instituto
Consulplan/2019) Na minha dor quebram-se espadas de ânsia,
Gomos de luz em treva se misturam.
Excerto 2 As sombras que eu dimano não perduram,
Como ontem para mim, hoje é distância.
“[...] Depois da aula, Hassan e eu passávamos a mão em um
livro e corríamos para uma colina arredondada que ficava bem Já não estremeço em face de segredo;
ao norte da propriedade de meu pai em Wazir Akbar Khan. Nada me aloira, nada me aterra
Havia ali um velho cemitério abandonado, com várias fileiras A vida corre sobre mim em guerra,
de lápides com as inscrições apagadas e muito mato E nem sequer um arrepio de medo!
impedindo a passagem pelas aleias. Anos e anos de chuva e
neve tinham enferrujado o portão de grade e deixado a mureta Sou estrela ébria que perdeu os céus,
de pedras claras em ruínas. Perto da entrada do cemitério Sereia louca que deixa o mar;
havia um pé de romã. Em um dia de verão, usei uma das facas Sou templo prestes a ruir sem deus,
de cozinha de Ali para gravar nossos nomes naquela árvore: Estátua falsa ainda erguida no ar...
“Amir e Hassan, sultões de Cabul.” Essas palavras serviram Mário de Sá Carneiro.
para oficializar o fato: a árvore era nossa. Depois da aula,
Hassan e eu trepávamos em seus galhos e apanhávamos as O sujeito de “desceu”, v. 4, é:
romãs encarnadas. Depois de comer as frutas e limpar as mãos (A) oiro.
na grama, eu lia para Hassan. [...]” (B) esfinge.
HOSSEINI, Khaled. O caçador de pipas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. (C) tristeza.
p. 34. [fragmento]
(D) alma.
(E) poente.
No início do excerto 2, há duas orações coordenadas cujo
sujeito é o mesmo: nós.
05. (Prefeitura de Porto Calvo/AL - Assistente
Certo ( ) Errado ( )
Administrativo - COPEVE-UFAL/2019)
Para ser franco, declaro que esses infelizes não me
02. (Prefeitura de Teresina/PI - Professor de Educação
inspiram simpatia. Lastimo a situação em que se acham,
Básica - NUCEPE/2019)
reconheço ter contribuído para isso, mas não vou além.
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. São Paulo: M. Fontes,
1970. p. 241.
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APOSTILAS OPÇÃO
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração) Estudei bastante / mas não passei no teste.
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações) OCA OCS Adversativa
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
oração) Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou
locuções verbais, duas orações) seja, por uma conjunção coordenativa adversativa.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por O aluno é estudioso, porém, suas notas são baixas.
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo “É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
tempo (também chamada de período misto).
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
Período Composto por Coordenação – Orações por isso, pois, logo.
Coordenadas
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
Considere, por exemplo, este período composto: OCA OCS Conclusiva
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os
tempos de infância. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
1ª oração: Passeamos pela praia conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato
2ª oração: brincamos enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção
3ª oração: recordamos os tempos de infância coordenativa conclusiva.
As três orações que compõem esse período têm sentido
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência Vives mentindo; logo, não mereces fé.
sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende
da outra sintaticamente. - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou... ou,
As orações independentes de um período são chamadas de ora... ora, seja... seja, quer... quer.
orações coordenadas (OC), e o período formado só de
orações coordenadas é chamado de período composto por Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
coordenação. OCA OCS Alternativa
As orações coordenadas são classificadas em assindéticas Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
e sindéticas. conjunção que estabelece uma relação de alternância ou
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: conjunção coordenativa alternativa.
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
OCA OCA OCA Cale-se agora ou nunca mais fale.
Ora colocava a luva, ora a retirava.
“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
Assis) - Orações coordenadas sindéticas explicativas: que,
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” porque, pois, porquanto.
(Antônio Olavo Pereira) Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” OCA OCS Explicativa
(Coelho Neto) Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa
vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: explicativa.
O homem saiu do carro / e entrou na casa.
OCA OCS Não comprei o carro, porque estava muito caro.
Cumprimente-a, pois hoje é o seu aniversário.
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
acordo com o sentido expresso pelas conjunções Período Composto por Subordinação
coordenativas que as introduzem. E podem ser: Observe os termos destacados em cada uma destas
orações:
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
só... mas também, não só... mas ainda. Todos querem sua participação. (objeto direto)
Saí da escola / e fui à lanchonete. Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
OCA OCS Aditiva causa)
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com orações com a mesma função sintática:
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada
coordenativa aditiva. com função de adjunto adnominal)
Todos querem / que você participe. (oração subordinada
O menino comprou pães e um leite. com função de objeto direto)
As crianças não gritavam e nem choravam. Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
Os celulares não somente instruem mas também subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
divertem.
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
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APOSTILAS OPÇÃO
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a Formiga, quando quer se perder, cria asas.
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
é classificado como período composto por subordinação. esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
As orações subordinadas são classificadas de acordo com a “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.”
função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas. (Marquês de Maricá)
Enquanto foi rico, todos o procuravam.
Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
São aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da - Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
oração principal (OP). São classificadas de acordo com a enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de
conjunção subordinativa que as introduz: que, porque (=para que), que.
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
- Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração OP OSA Final
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
visto que. “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
Não fui à escola / porque fiquei doente. (Marquês de Maricá)
OP OSA Causal Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que =
O tambor soa porque é oco. para que)
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de para que não deixasse)
Sousa)
- Consecutivas: expressam a consequência do que foi
- Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, (= porque), pois que, visto que.
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
Irei à sua casa / se não chover. OP OSA Consecutiva
OP OSA Condicional
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.”
ofensores. (José J. Veiga)
Se o conhecesses, não o condenarias. De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
de Andrade) prolongar minha viagem.
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência
tenha êxito. - Comparativas: expressam ideia de comparação com
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
- Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. com menos ou mais).
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais Ela é bonita / como a mãe.
que, mesmo que. OP OSA Comparativa
Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
OP OSA Concessiva A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que ferro.” (Marquês de Maricá)
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
Embora não possuísse informações seguras, ainda Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
assim arriscou uma opinião. Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo luz daquele olhar.
quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos
critiquem. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
Por mais que gritasse, não me ouviram. claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
subentendido o verbo ser (como a mãe é).
- Conformativas: expressam a conformidade de um fato
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. - Proporcionais: expressam uma ideia que se relaciona
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
OP OSA Conformativa Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
quanto mais, quanto menos.
O homem age conforme pensa. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. OSA Proporcional OP
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de À medida que se vive, mais se aprende.
informação. À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
- Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao diminuindo.
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando,
assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal Orações Subordinadas Substantivas
(=assim que). As orações subordinadas substantivas (OSS) são
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. aquelas que, num período, exercem funções sintáticas
OP OSA Temporal próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas
conjunções integrantes que e se. Elas podem ser:
Língua Portuguesa 59
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APOSTILAS OPÇÃO
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração Não sou quem você pensa.
principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
O grupo quer / que você ajude. - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela
OP OSS Objetiva Direta que exerce a função de aposto de um termo da oração
principal. Observe: Ele tinha um sonho a união de todos em
O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O benefício do país. (aposto)
mestre exigia a presença de todos.) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício
Mariana esperou que o marido voltasse. do país.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. OP OSS Apositiva
O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é coisa: a sua felicidade)
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto:
indireto) de que virias a morrer...” (Osmã Lins)
Necessito / de que você me ajude. “Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum
OP OSS Objetiva Indireta motivo oculto?” (Machado de Assis)
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à
viagem.) oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
Aconselha-o a que trabalhe mais. recuperasse a saúde, tornou-se realidade.
Daremos o prêmio a quem o merecer.
Lembre-se de que a vida é breve. Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as
orações substantivas podem ser introduzidas por outros
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Não sei quando ele chegou.
Observe :É importante sua colaboração. (sujeito) Diga-me como resolver esse problema.
É importante / que você colabore.
OP OSS Subjetiva Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a
A oração subjetiva geralmente vem: função de adjunto adnominal de algum termo da oração
- Depois de um verbo de ligação + predicativo, em principal. Observe como podemos transformar um adjunto
construções do tipo é bom ,é útil ,é certo ,é conveniente, etc. adnominal em oração subordinada adjetiva:
Ex.: É certo que ele voltará amanhã. Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
- Depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. adjetiva)
- Depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e As orações subordinadas adjetivas são sempre
seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem,
participem da reunião. etc.) e podem ser classificadas em:
É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é - Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas
necessária.) quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que
Parece que a situação melhorou. se referem. Exemplo:
Aconteceu que não o encontrei em casa. O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
Importa que saibas isso bem. OP OSA Restritiva
- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
Nominal: É aquela que exerce a função de complemento o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º
convencido de sua inocência. (complemento nominal) lugar. Exemplo:
Estou convencido / de que ele é inocente.
OP OSS Completiva Nominal Pedra que rola não cria limo.
Os animais que se alimentam de carne chamam-se
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão carnívoros.
dele.) Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
Estava ansioso por que voltasses. escreveram.
Sê grato a quem te ensina. “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão Mariano)
cedo.” (Graciliano Ramos)
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
importante é sua felicidade. (predicativo) O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
O importante é / que você seja feliz. novo livro.
OP OSS Predicativa OP OSA Explicativa OP
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
Minha esperança era que ele desistisse.
Língua Portuguesa 60
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APOSTILAS OPÇÃO
Língua Portuguesa 61
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APOSTILAS OPÇÃO
sentido de
(A) causa.
(B) condição.
(C) concessão.
(D) consequência.
(E) oposição.
Gabarito
01. C / 02. B / 03. E / 04. A / 05. A
Anotações
Língua Portuguesa 62
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MATEMÁTICA
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APOSTILAS OPÇÃO
Pai: 4x
Futuramente
Filho: x + 5
Pai: 4x + 5
4x + 5 = 3 . (x + 5)
4x + 5 = 3x + 15
4x – 3x = 15 – 5
X = 10
Resolução de situações- Pai: 4x = 4 . 10 = 40
problema. O filho tem 10 anos e o pai tem 40.
3) A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho. 02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP –
Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo da idade do Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP)
filho. Qual é a idade atual de cada um? Em um condomínio, a caixa d’água do bloco A contém 10 000
Resolução: litros a mais de água do que a caixa d’água do bloco B. Foram
Atualmente transferidos 2 000 litros de água da caixa d’água do bloco A
Filho: x para a do bloco B, ficando o bloco A com o dobro de água
Matemática 1
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APOSTILAS OPÇÃO
03. Resposta: B.
Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado.
Operações com Números Inteiros
5h35 = 60.5 + 35 = 335 minutos
335min: 40min = 8 equipamentos + 15 minutos (resto)
15min: 5min = 3 etapa. Adição de Números Inteiros: para melhor entendimento
desta operação, associaremos aos números inteiros positivos
a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de
perder.
Números Inteiros: Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Operações, Propriedades, Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Múltiplos e Divisores; O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado,
mas o sinal (–) antes do número negativo NUNCA pode ser
dispensado.
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião Subtração de Números Inteiros: a subtração é
do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o empregada quando:
conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este - Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen = número em - Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma
alemão). delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a
uma delas para atingir a outra.
Matemática 2
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplificando:
1) Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou Potenciação de Números Inteiros: a potência an do
de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura? número inteiro a, é definida como um produto de n fatores
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – iguais. O número a é denominado a base e o número n é o
(+3) = +3 expoente. an = a x a x a x a x ... x a, a é multiplicado por a n vezes
Matemática 3
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões Comentários
Matemática 4
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APOSTILAS OPÇÃO
04. Resposta: E. Existem frações muito simples que são representadas por
Se multiplicarmos o número de mesas por lugares que formas decimais infinitas, com uma característica especial
cada uma tem, teremos: 18. 6 = 108 lugares. (existência de um período):
108 lugares – 110 pessoas = -2, isto significa que todas as
mesas foram preenchidas e 2 pessoas não sentaram. Uma forma decimal infinita com período de UM dígito
pode ser associada a uma soma com infinitos termos desse
05. Resposta: A. tipo:
(a) A subtração de dois números inteiros sempre resultará 1 1 1 1
0, 𝑎𝑎𝑎𝑎. . . = 𝑎. + 𝑎. + 𝑎. + 𝑎. …
em um número inteiro. – V (10)1 (10)2 (10)3 (10)4
(b) A subtração de dois números naturais sempre resultará
em um número natural. – somente se o primeiro for maior que Aproveitando, vejamos um exemplo:
o segundo - F 1 1 1 1
(c) A divisão de dois números naturais sempre resultará 0,444. . . = 4. + 4. + 4. + 4. …
(10)1 (10)2 (10)3 (10)4
em um número natural. – somente se o dividendo for maior
que o divisor - F Representação Fracionária dos Números Decimais
(d) A divisão de dois números inteiros sempre resultará Estando o número racional escrito na forma decimal, e
em um número inteiro. – somente se o dividendo for maior que transformando-o na forma de fração, vejamos os dois casos:
o divisor - F 1º) Transformamos o número em uma fração cujo
numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador
é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quanto
Números Racionais: forem as casas decimais após a virgula do número dado:
7
Operações e Propriedades. 0,7 =
10
7
Um número racional é o que pode ser escrito na forma ,
𝑚 0,007 =
𝑛 1000
onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser
diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar 2º) Devemos achar a fração geratriz (aquela que dá
a divisão de m por n. origem a dízima periódica) da dízima dada; para tanto, vamos
Como podemos observar, números racionais podem ser apresentar o procedimento através de alguns exemplos:
obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão
pela qual, o conjunto de todos os números racionais é a) Seja a dízima 0, 444...
reconhecido pela letra Q. Assim, é comum encontrarmos na Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo
literatura a notação: 4), então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no
m numerador o período.
Q={ : m e n em Z, n ≠0}
n
4
Assim, a geratriz de 0,444... é a fração .
9
APOSTILAS OPÇÃO
No caso do numerador, faz-se a seguinte conta: Representação geométrica dos Números Racionais
Matemática 6
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APOSTILAS OPÇÃO
Matemática 7
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APOSTILAS OPÇÃO
Propriedades da Proporção
Números e Grandezas
Diretamente e Inversamente 1. Propriedade Fundamental
Proporcionais: Razões e O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto
é, a . d = b . c.
Proporções, Divisão
Proporcional, Regra de Três Exemplo
45 9
Simples e Composta. Na proporção = (lê-se: “45 está para 30 , assim como
30 6
9 está para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos:
45.6 = 30.9 = 270
RAZÃO
2. A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro
Razão1 nada mais é que o quociente entre dois números (ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois
(quantidades, medidas, grandezas). últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑
Sendo a e b dois números, chama-se razão de a para b: = → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑
𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0 3. A diferença entre os dois primeiros termos está para o
𝑏
Onde: primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença
entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto
termo).
𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑
Exemplo
Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 4. A soma dos antecedentes está para a soma dos
3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de consequente.
1 2
IEZZI, Gelson. et al. Fundamentos da Matemática: Financeira e Estatística IEZZI, Gelson. et al. Matemática Volume Único. São Paulo. Editora Atual. 2011.
Descritiva. São Paulo. Editora Atual. 2011. www.educacao.globo.com
Matemática 8
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APOSTILAS OPÇÃO
𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐 (D) 7\4.
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑 (E) 9\4.
5. A diferença dos antecedentes está para a diferença dos 04. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
consequente. para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐 absoluto da diferença entre as capacidades desses dois
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑 reservatórios, em litros, é igual a
(A) 8000.
Exemplo envolvendo Razão e Proporção (B) 6000.
Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram (C) 4000.
aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados (D) 6500.
para o total de candidatos participantes do concurso é: (E) 9000.
A) 2/3
B) 3/5 Comentários
C) 5/10
D) 2/7 01. Resposta: D
E) 6/7 Pelo que foi dito no enunciado vamos aos fatos:
Chamaremos professor de “p” e servidor de “s”, assim
Resolução: 𝑝 5
=
𝑠 4
Temos também que p + s = 108, portanto p = 108 – s, logo
Resposta “B”.
𝑝 5
= ,
Questões 𝑠 4
108 − 𝑠 5
=
01. (UNESP - Agente de Desenvolvimento Infantil - 𝑠 4
Multiplicando em cruz:
UNESP/2019) A razão entre os professores e os demais
5s = 4.108-4s
servidores de uma universidade é de 5 para 4. Se o total de
5s + 4s = 432
trabalhadores dessa universidade é 108, é correto afirmar
9s = 432
que: 432
(A) A universidade possui 69 professores e 39 s= = 48
9
servidores. e p = 108 – 48 = 60
(B) A universidade possui 58 professores e 50 Assim o número de professores dessa universidade
servidores. supera o número de servidores em 12 unidades.
(C) Trabalham nessa universidade 48 professores.
(D) O número de professores dessa universidade supera 02. Resposta: B
o número de servidores da mesma instituição em 12 Temos duas etapas, chamaremos de A aqueles com até 5
unidades. anos e de B aqueles com mais de 5 anos.
(E) O número de professores excede o número de 𝐴 3
=
servidores da universidade em 22 unidades. 𝐵 5
E também A + B = 104, logo A = 104 – B.
02. (Câmara de Serrana/SP - Técnico Legislativo - Mas
VUNESP/2019) Em determinada secretaria municipal, a 𝐴 3
=
razão entre o número de servidores com até 5 anos de 𝐵 5
serviços prestados àquele município e o número de 104 − 𝐵 3
=
servidores com mais de 5 anos de serviços prestados pode 𝐵 5
ser representada por 3/5. Sabendo-se que, no total, 104 3B = 104.5 – 5B
servidores prestam serviços naquela secretaria, a diferença 3B + 5B = 520
entre os números de servidores com mais tempo e menos 8B = 520
520
tempo de serviço prestados ao município em questão é igual B= = 65
8
a A = 104 – 65 = 39
(A) 25. Como é pedido a diferença, iremos fazer 65 – 39 = 26
(B) 26.
(C) 27. 03. Resposta: B
(D) 28. Vamos analisar as informações contidas no enunciado.
(E) 29. João Acertar o alvo: 15
João Errar o alvo: 5
03. (MPE/GO – Auxiliar Administrativo – MPE/2019) Podemos concluir a partir disto que ele atirou 20 vezes
Com a liberação da posse de arma de fogo recentemente Como devemos encontrar a razão entre o número de
concedida pelo governo federal, João ingressa num curso de acertos e o número de tiros dados, devemos fazer uma fração
tiro de precisão com o intuito de adquirir o artefato. Na onde o numerador será 15 e o denominador 20, ou seja,
primeira tentativa, João acertou o alvo 15 vezes e errou 5. 15 3
A razão entre o número de acertos e o número de tiros =
20 4
dados é?
04. Resposta: B
(A) 1\4. Vamos resolver esta questão de uma outra forma, diferente
(B) 3\4. das anteriores, iremos resolver através de uma constante de
(C) 5\4. proporcionalidade que chamaremos de “k”.
Primeiro: 2k
Matemática 9
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APOSTILAS OPÇÃO
Segundo: 5k Exemplos:
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2 1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C
Primeiro: 2.2 = 4 diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
Segundo: 5.2=10 sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240
Diferença: 10 – 4 = 6 m³ e 2 + 4 + 6 = P. Assim:
Mas a resposta precisa ser em litros, assim, se 1m³ = 1000l,
6m³ será 6x1000 = 6000l. 𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240
= = = = = 𝟐𝟎
2 4 6 𝑃 12
DIVISÃO PROPORCIONAL
Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120
Uma forma de divisão no qual determinam-se
valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..) 2) Determinar números A, B e C diretamente
previamente determinados, mantêm-se uma razão que não proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480
tem variação. A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
Exemplos: = = = = =𝑲
1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B 1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞
diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de
modo que A + B = 200, cuja solução segue de: O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B =
K/q.
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200
= = = = 𝟒𝟎 Exemplos:
2 3 5 5
1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B
Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema
B=40.3 = 120 tal que A + B = 120, de modo que:
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛
Matemática 10
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APOSTILAS OPÇÃO
Cuja solução segue das propriedades das proporções: Divisão em n partes direta e inversamente
proporcionais
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
= =⋯= =
1 1 1 1 1 1 diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente
+ +⋯
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M
em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1,
𝑀 p2/q2, ..., pn/qn.
= =𝑲
1 1 1 A montagem do sistema com n equações e n incógnitas
+ + ⋯+
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 exige que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso
Exemplos: 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C 𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛
inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C A solução segue das propriedades das proporções:
= 220. Desse modo:
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
= =⋯= 𝑝 =𝑝 𝑝 𝑝 =𝑲
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220 𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1
+ 2 +⋯+ 𝑛
= = = = = 240 𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12
Exemplos:
A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B =
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C
240/4 = 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40
diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3
2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais
equações e 3 incógnitas de forma de A + B + C = 115 e tal que:
a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as
proporções: 𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115
= = = = = 100
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120 1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20
= = = = =
1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13
Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 =
40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50
logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13
Existem proporções com números fracionários!
2) Determinar números A, B e C diretamente
proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4
Divisão em partes direta e inversamente
e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10.
proporcionais
A montagem do problema fica na forma:
- Divisão em duas partes direta e inversamente 𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100
proporcionais = = = = =
Para decompor um número M em duas partes A e B 1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69
diretamente proporcionais a, c e d e inversamente
proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C
duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta = K.p3/q3 = 40/69
montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de
forma que A + B = M e além disso: Problemas envolvendo Divisão Proporcional
1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞 casa e a divisão de despesas mensais é proporcional ao
= = = = =𝑲 número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três
𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑
pessoas e na de Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi
de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda?
A) 320,00
O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B =
B) 410,00
K.d/q.
C) 450,00
D) 480,00
Exemplos: E) 520,00
1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B
diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente Resolução:
proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções: Alda: A = 3 pessoas
Berta: B = 5 pessoas
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58
= = = = 70 A + B = 1280
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35 𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280
+ = = = 160
3 5 3+5 8
Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30
A = K.p = 160.3 = 480
2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a Resposta D
4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a
diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta 2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no
escrever que A – B = 21 resolver as proporções: transporte de 21 caixas que continham equipamentos
elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21 caixas entre si, na razão inversa de suas respectivas idades. Se
= = = = 72
4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24 ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas,
então, a idade do ajudante mais velho, em anos era?
Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27
Matemática 11
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APOSTILAS OPÇÃO
Matemática 12
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos:
01. Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros Observe que, se aumentarmos a velocidade, o tempo irá
de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km? reduzir, logo as grandezas velocidade e tempo são
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de inversamente proporcionais.
álcool. No nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da
consumido. flecha da coluna “tempo”:
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha:
Matemática 13
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APOSTILAS OPÇÃO
Matemática 14
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões
As grandezas máquinas e dias são inversamente 01. (Pref. De Salvador/BA – Professor de Matemática –
proporcionais (pois se aumentar o número de máquinas a FGV/2019) Se 2 atendentes atendem 12 pessoas em 3 horas,
quantidade de dias irá diminuir). No nosso esquema isso será então 3 atendentes atenderão 24 pessoas em
indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no (A) 4 horas.
sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: (B) 3 horas e meia.
(C) 3 horas.
(D) 2 horas e meia.
(E) 2 horas.
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que 02. (Pref. de Lucena/PB – Assistente Administrativo –
4 CONTEMAX/2019) Dois pedreiros levam 5 dias para levantar
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas 3 paredes. Em quantos dias, 5 pedreiros levantarão 12
x paredes?
6 160 (A) 5 dias
segundo a orientação das flechas . , repare que na (B) 2 dias
8 300 (C) 3 dias
inversa nós invertemos a fração: (D) 8 dias
(E) 10 dias
Matemática 15
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APOSTILAS OPÇÃO
(D) R$ 2.650,00. 5 15
=
(E) R$ 1.800,00. 𝑥 24
15x = 24.5
04. (CREF/ 20ª Região – Assistente Administrativo – 15x = 120
120
QUADRIX/2019) Para pintar 28 m de muro, são necessários x= = 8, logo alternativa “D”.
15
7 pintores, trabalhando 6 h por dia, durante 4 dias. Supondo,
nesse caso hipotético, que a eficiência dos pintores seja 03. Resposta: B
constante, julgue o item a seguir. Montando a tabela
9 pintores, trabalhando 3 h por dia, durante 8 dias, pintam escavadeiras horas dias custo
mais de 35 m de muro. 3 6 2 1800
( ) Certo ( ) Errado 2 5 4 x
Observe que utilizamos 2 escavadeiras, pois uma quebrou.
05. (PGE/PE – Analista Administrativo de Vamos analisar as informações, atenção pois agora são 4
Procuradoria – CESPE/2019) No item seguinte apresenta grandezas.
uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser Custo e escavadeiras: se diminui o número de escavadeiras
julgada, a respeito de proporcionalidade, porcentagens e vai diminuir o custo, logo diretamente proporcionais.
descontos. No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula Custo e horas: se diminuir o número de horas diminui o
comprou alimentos em quantidades suficientes para que eles custo, logo diretamente proporcionais.
e seus dois filhos consumissem durante os 30 dias do mês. No Custo e dias: se aumenta o número de dias então vai
dia 7 desse mês, um casal de amigos chegou de surpresa para aumentar o custo, logo diretamente proporcionais.
passar o restante do mês com a família. Nessa situação, se cada Ufa! Vamos montar nossa conta agora.
uma dessas seis pessoas consumir diariamente a mesma 1800 3 6 2
quantidade de alimentos, os alimentos comprados pelo casal = ∙ ∙
𝑥 2 5 4
acabarão antes do dia 20 do mesmo mês. 1800 3.6.2 36
( ) Certo ( ) Errado = =
𝑥 2.5.4 40
1800 36
Comentários =
𝑥 40
36x = 40.1800
01. Resposta: A 36x = 72000
Primeiro passo é montar a tabela, vamos lá! x=
72000
= 2000, logo alternativa “B”.
atendentes pessoas horas 36
2 12 3
3 24 x 04. Resposta: Certo
Como temos três grandezas, será uma regra de três Vamos montar a tabela:
composta, sendo assim sempre analisaremos de duas em duas, muro pintores horas dias
utilizando sempre o termo desconhecido. 28 7 6 4
Analisando horas com pessoas, observamos que serão x 9 3 8
diretamente proporcionais, pois se aumentar as pessoas para Observe que eu chamei de x a quantidade de metros de
serem atendidas o número de horas tende a aumentar. muro, pois na questão afirma que pintam mais de 35 metros
As grandezas horas e atendentes, se aumentar o número de muro, então vou descobrir o valor que eles pintam e
de atendentes diminuirão tempo gasto para atendimento, logo analisar se vai ser maior ou menor que 35.
são inversamente proporcionais, e na inversa nós invertemos. Analisando as informações:
Montando a conta agora, vamos inicialmente fixar a Se aumenta os pintores aumenta a metragem de muro, logo
proporção que contém o “x”. diretamente.
3 12 3 Se diminui as horas de trabalho diminui a metragem de
= ∙ muro, logo diretamente.
𝑥 24 2
3 12.3 36 Se aumenta o número de dias, irá aumentar a metragem de
= = muro, logo diretamente.
𝑥 24.2 48
3 36 Montando a conta, primeiro fixa o “x”.
= 28 7 6 4
𝑥 48 = ∙ ∙
36x = 48.3 𝑥 9 3 8
36x = 144 28 7.6.4 168
= =
x=
144
= 4, logo alternativa “A”. 𝑥 9.3.8 216
36 28 168
=
𝑥 216
02. Resposta: D 168x = 28.216
Montando a tabela: 168x = 6048
pedreiro dias paredes x=
6048
= 36, logo a questão está certa.
2 5 3 168
5 x 12
Vamos analisar dias com pedreiros: se aumenta o número 05. Resposta: Errado
de pedreiros devemos diminuir o número de dias, portanto Vamos analisar as informações contidas na questão: abril:
inversamente proporcionais (invertemos a fração na conta). 30 dias.
Agora dias com paredes, se aumenta o número de paredes Temos 4 pessoas e tem 100% de comida na casa (pois no
aumenta o número de dias, logo diretamente proporcionais. enunciado consta que dá para o mês todo).
Montando a conta, primeiro fixa o desconhecido “x”. O casal de amigos chegou no dia 7, então a família comeu
5 5 3 normalmente durante 6 dias.
= ∙ Vamos descobrir a porcentagem da comida que eles
𝑥 2 12
5 5.3 15 comeram antes do casal chegar na casa:
= = 30 dias----------100%
𝑥 2.12 24
6 dias------------X
Matemática 16
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APOSTILAS OPÇÃO
30
=
100 Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
6 𝑥
30x = 600
600 Podemos ainda escrever:
𝑥= C + L = V ou L = V - C
30
x = 20% (comeram 20% da comida durante 6 dias) P = C – V ou V = C - P
Portanto, sobraram 80% da comida.
pessoas dias porcentagem A forma percentual é:
4 6 20
6 x 80
Analisando as informações: se aumenta o número de
pessoas vai diminuir o número de dias, logo são
inversamente (e na inversa inverte).
Se aumenta a porcentagem o número de dias aumenta, Exemplo
logo são grandezas diretamente proporcionais. Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
Determinar:
6 6 20 a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
= ∙ b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
𝑥 4 80
6 6.20 120 Resolução
= = Preço de custo + lucro = preço de venda
𝑥 4.80 320
6 120 75 + lucro =100
=
𝑥 320 Lucro = R$ 25,00
120x = 6.320
120x = 1920 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 25
1920 𝑎) . 100% ≅ ≅ 0,3333 …
x= = 16 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 75
120
Resolvendo a regra de três composta, temos 16 dias. ≅ 33,33%
O restante da comida acabará em 16 dias. Se, naquele mês,
a família de quatro pessoas, já havia comido durante 6 dias, é 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 25
𝑏) . 100% = = 25%
só somar: 16+6=22, sendo assim a comida não acabará antes 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 100
do dia 20.
Aumento e Desconto Percentuais
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
por (𝟏 + ).V .
Porcentagem. 𝟏𝟎𝟎
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + ).V
𝟏𝟎𝟎
4
IEZZI, Gelson Fundamentos da Matemática: Financeira e Estatística Descritiva.
Vol. 1. Atual, 2013.
Matemática 17
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APOSTILAS OPÇÃO
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APOSTILAS OPÇÃO
O produto sem os juros, preço original, vale R$ 90,00 e Tempo ou período de capitalização (n ou t): nada mais
representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%, é do que a duração da operação financeira, ou seja, o horizonte
significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50 da operação financeira em questão. O prazo pode ser descrito
Então Marcos pagou R$ 67,50. em dias, meses, anos, semestres, entre outros.
Basta encontrarmos 15% de 1130 Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma
Que será encontrado realizando, 1130 x 0,15 ou 1130 x unidade:
15/100 → 169,50. Taxa anual Tempo em anos
Taxa mensal Tempo em meses
Taxa diária Tempo em dias
Juros Simples. E assim sucessivamente
Matemática 19
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões t = 6 meses, vou utilizar t = 0,5, pois ele quer taxa anual,
então vamos utilizar taxa anual já.
01. (Pref. de Macedôncia/SP – Fiscal Municipal de i=?
Tributos – PROAM/2019) Analise a aplicação exposta na Utilizando a fórmula de juros simples.
tabela a seguir: J = C.i.t
1407,60 = 10200.0,5.i
1407,60 = 5100.i
1407,60
i= = 0,276
5100
O que nos remete a 27,6% que está presente na alternativa
“D”.
Matemática 20
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APOSTILAS OPÇÃO
Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm
uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada
unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte. Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama
Por isso, o sistema é chamado decimal. e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t).
Medidas Especiais:
E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na 1 Tonelada(t) = 1000 Kg
prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular 1 Arroba = 15 Kg
de litro. 1 Quilate = 0,2 g
As unidades de área do sistema métrico correspondem às
unidades de comprimento da tabela anterior. Relações entre unidades:
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro
quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o
quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro
quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o
nome de hectare (há): 1 hm2 = 1 há.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma
unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como
nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema
continua decimal, porque 100 = 102. Temos que:
Existem outras unidades de medida mas que não 1 kg = 1l = 1 dm3
pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as relações 1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
entre algumas essas unidades e as do sistema métrico 1 m3 = 1000 l
decimal (valores aproximados):
1 polegada = 25 milímetros Questões
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros 01. O suco existente em uma jarra preenchia da sua
3
1 pé = 30 centímetros 4
capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade de
1
suco restante na jarra passou a preencher da sua capacidade
5
total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco na
jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é
correto afirmar que a quantidade de suco adicionada foi igual,
em mililitros, a
(A) 580.
(B) 720.
A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento (C) 900.
acrescidas de quadrado. (D) 660.
Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a (E) 840.
lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o 02. Em uma casa há um filtro de barro que contém, no
centímetro cúbico(cm3). início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro foram retirados
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade 800 mL para o preparo da comida e meio litro para consumo
vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, próprio. No início da tarde, foram colocados 700 mL de água
o sistema continua sendo decimal. dentro desse filtro e, até o final do dia, mais 1,2 litros foram
utilizados para consumo próprio. Em relação à quantidade de
água que havia no filtro no início da manhã, pode-se concluir
que a água que restou dentro dele, no final do dia, corresponde
a uma porcentagem de
(A) 60%.
(B) 55%.
(C) 50%.
(D) 45%.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o (E) 40%.
volume da água que enche um tanque é de 7.000 litros,
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade 03. Admita que cada pessoa use, semanalmente, 4 bolsas
fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa é
1 dm3. composta de 3 g de plástico. Em um país com 200 milhões de
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte. pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um
ano, para embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é
formado por 52 semanas. Indique o valor mais próximo do
obtido.
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas
Matemática 21
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APOSTILAS OPÇÃO
Respostas
01. Resposta: B.
Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como
Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim:
3 1 sabemos que 1 hora tem 60 minutos, temos, então
. 𝑥 − 495 = . 𝑥 acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos,
4 5
é o que resta nos minutos:
3 1
.𝑥 − . 𝑥 = 495
4 5
5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495
20
15x – 4x = 9900
11x = 9900
x = 9900 / 11
x = 900 mL (capacidade total) Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min.
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade
adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL B) 2 h 20 min – 1 h 30 min
02. Resposta: B.
4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500
ml Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min,
4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia) então devemos passar uma hora (+1) dos 2 para a coluna
Utilizaremos uma regra de três simples: minutos.
ml %
4000 ------- 100
2200 ------- x
4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55%
03. Resposta: D.
4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . 1011 g = 1,248 . 105 t Então teremos novos valores para fazermos nossa
subtração, 20 + 60 = 80:
MEDIDAS DE TEMPO
Não Decimais
Questões
Matemática 22
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APOSTILAS OPÇÃO
01. Resposta: C.
3. Trapézio
Sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:
Como 1h tem 60 minutos.
Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos.
02. Resposta: D.
T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 =
= 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto) 4. Losango
Sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:
03. Resposta: B.
15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min
Conceitos básicos de
geometria: cálculo de área e 5. Quadrado
Sendo l o lado:
cálculo de volume
Matemática 23
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APOSTILAS OPÇÃO
II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c: O perímetro do quadrado ABCD é de 40 cm. Nesse caso, o
perímetro do triângulo AQB, em cm, é:
(A) 75
(B) 25√2
(C) 50
(D) 10 + 5√2
III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo (E) 10 + 10√2
formado entre eles:
03. Câm. De Piracicaba/SP – Agente Legislativo –
VUNESP/2019) Um centro de reciclagem de produtos
eletrônicos está procurando um local para armazenamento e
separação desse material. Os responsáveis por esse centro
encontraram quatro possíveis locais para servir de depósito,
cujas áreas úteis estão representadas a seguir, com as
IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais): dimensões dadas em metros.
V) circunferência inscrita:
Matemática 24
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APOSTILAS OPÇÃO
03. Resposta: D
x 2 + 302 − 2.30. x + x 2
Vamos encontrar a área de cada uma das figuras. S=
Figura I 16
x 2 + 900 − 60x + x 2
É um retângulo, logo A = 25x35 = 875m², portanto não S=
serve. 16
2x2 60x 900
Figura II S= − + ,
16 16 16
Vou dividir a figura em duas partes para poder encontrar
sua área. sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16
e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice que e dado pela
−b
fórmula: x = , então:
2a
−60 60
−( )
xv = 16 = 16
2 4
2. 16
16
60 16 60
xv = . = = 15,
16 4 4
Temos um retângulo menor de lados 5x10 e um maior de Logo, l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.
lados 35x30, calculando a Área de cada um teremos:
5x10 = 50 06. Resposta: D
35x30 = 1050 Observando a figura temos que cada retângulo tem lados
No total a figura terá 1100m² de área, então serve. medindo x e 0,8x:
Figura III Perímetro = x + 285
Temos um trapézio onde base maior = 50, base menor = 8.0,8x + 6x = x + 285
20, altura = 25. 6,4x + 6x – x = 285
Sendo assim, vamos calcular a área. 11,4x = 285
(𝐵+𝑏)ℎ (50+20)25 70.25 1750 x = 285:11,4
𝐴= = = = = 875m² x = 25
2 2 2 2
Matemática 25
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APOSTILAS OPÇÃO
𝑅2
(C) (𝜋 + 2)
2
𝑅2
(D) (𝜋 − 4)
III- Setor circular: 2
Matemática 26
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta: A
Para calcular a área da região pintada basta fazer a área do
setor circular e subtrair a área a triângulo retângulo.
Área do Setor:
Como o enunciado diz que temos um triângulo retângulo,
o ângulo será igual a 90° e o raio = R, logo:
𝑎𝜋𝑟 2 90𝜋𝑅2
Se a área cinza formada pelos dois círculos é igual a 72π 𝐴= = =
𝑅²𝜋
360° 360° 4
cm², qual o perímetro do retângulo? Área do Retângulo:
(A) 24 cm.
𝑏. ℎ 𝑅. 𝑅 𝑅2
(B) 36 cm. = 𝐴= =
(C) 72 cm. 2 2 2
Desta forma a área total da figura pintada será:
(D) 36√2cm. 𝑅²𝜋 𝑅2
A= −
(E) 72√2cm. 4 2
Colocando em evidência:
𝑅2 𝜋
05. A área de um círculo, cuja circunferência tem A = ( − 1)
2 2
comprimento 20𝜋 cm, é: Mas não temos este valor, logo devemos colocar em
(A) 100𝜋 cm2. 𝑅2 𝑅2
(B) 80 𝜋 cm2. evidência e não , mas daí ficaria:
4 2
(C) 160 𝜋 cm2. 𝑅2
A= (𝜋 − 2)
(D) 400 𝜋 cm2. 4
03. Resposta: C
06. Quatro tanques de armazenamento de óleo, cilíndricos
Para descobrir a área da parte pintada, devemos fazer a
e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de
área do círculo maior menos a área do círculo menor, para isso,
comprimento por 20,0 m de largura, como representados na
precisamos encontrar o valor do raio de cada um dos círculos,
figura abaixo.
utilizaremos a informação dada sobre o quadrado para
encontrar esses raios.
Círculo menor:
Observando a figura, o lado do quadrado é igual ao
diâmetro do círculo, logo 4 = d, sendo assim o raio será r = 2
cm, portanto a área do círculo menor será:
𝐴 = 𝜋𝑟 2 = π22 = 4π
2
Círculo Maior:
Se as bases dos quatro tanques ocupam da área Observando a figura, o diâmetro do círculo maior é igual a
5
retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base de cada diagonal do quadrado.
tanque? Diagonal do quadrado: 𝑙√2 = 4√2
Dado: use 𝜋=3,1 Então o diâmetro será: 4√2, consequentemente o raio será
(A) 2. 2√2.
(B) 4. Calculando a área do círculo maior:
(C) 6. 2
(D) 8. 𝐴 = 𝜋(2√2. ) = π4.2 = 8π
(E) 16. Assim a área pintada da figura será: 8π − 4π = 4π cm²
Matemática 27
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APOSTILAS OPÇÃO
- Sólidos geométricos
Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)
- Volume: V = a.b.c
2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um
ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um
ângulo diferente de 90°.
Matemática 28
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APOSTILAS OPÇÃO
Além destes, ela também tem um apótema lateral e um observe que na superfície lateral sempre teremos trapézios
apótema da base. isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema exemplo, se a base da pirâmide for um hexágono regular,
da base e o apótema lateral forma um triângulo retângulo, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2. A área total do tronco de pirâmide é dada por:
Classificação: St = Sl + SB + Sb
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras: Onde:
1- Quanto à base: St → é a área total
- Pirâmide triangular...........................................................a base é Sl → é a área da superfície lateral
um triângulo. SB → é a área da base maior
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é Sb → é a área da base menor
um quadrilátero.
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é → Cálculo do volume do tronco de pirâmide.
um pentágono. A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é é obtida fazendo a diferença entre o volume de pirâmide maior
um hexágono. e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que
E, assim por diante. produziu o tronco. Colocando em função de sua altura e das
áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
2- Quanta à inclinação: tronco é:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do
centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior está deslocado em
relação ao centro da base. Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor
Fórmulas:
- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base
pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a
base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a
base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e
assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 =
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠
- Área Total: At = Al + Ab
Elementos de um cilindro:
1
- Volume: 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ a) Base: é sempre um círculo.
3
b) Raio
- TRONCO DE PIRÂMIDE c) Altura: distância entre as duas bases.
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral,
isto é, a face lateral é formada por infinitas geratrizes.
transversal numa pirâmide, como mostra a figura:
Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele
só pode ser classificado de acordo com a inclinação:
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um
ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo
diferente de 90°.
Matemática 29
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APOSTILAS OPÇÃO
- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone.
O triângulo obtido através desse corte é chamado de secção
Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da
centro do cilindro. O retângulo obtido através desse corte é secção meridiana é dada pela fórmula: ASM = r.h.
chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo
a área da secção meridiana é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.
- TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua
base circular, a uma determinada altura, teremos a
Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero constituição de uma nova figura geométrica espacial
quando a secção meridiana for um quadrado, para isto temos denominada Tronco de Cone.
que: h = 2r.
Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção
transversal é a base menor;
Elementos de um cone: - A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a
face lateral e formada por infinitas geratrizes.
1 1 Onde:
- Volume: 𝑉 = . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ h = altura
3 3
g = geratriz
- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo
retângulo, então: g2 = h2 + r2.
Matemática 30
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APOSTILAS OPÇÃO
V) ESFERA
Referências
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvalo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar –
Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual Editora
www.brasilescola.com.br
Questões
Comentários
01. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado
r = 5 cm.
- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
(r), a distância do centro ao paralelo ao centro da esfera (d) e Al = 2.π.r.h
o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, Al = 2.π.5.10
podemos aplicar o Teorema de Pitágoras: R2 = r2 + d2. Al = 100π
- Área: A = 4.π.R2
02. Respostas: Al = 12π cm2, At = 20π cm2 e V = 12π cm3
- Volume: V =
4
. π. R3 Aplicação direta das fórmulas sendo r = 2 cm e h = 3 cm.
3
Al = 2.π.r.h At = 2π.r(h + r) V = π.r2.h
Al = 2.π.2.3 At = 2π.2(3 + 2) V = π.22.3
Fuso Esférico:
Al = 12π cm2 At = 4π.5 V = π.4.3
At = 20π cm2 V = 12π cm2
03. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do
enunciado temos que a aresta da base é a = 4 cm e a altura h =
12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono
Fórmula da área do fuso: regular
6.𝑎2 √3
𝐴𝑏 =
4
𝛼. 𝜋. 𝑅 2
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 = 6.42 √3 6.16√3
90° 𝐴𝑏 = ➔ 𝐴𝑏 = ➔ 𝐴𝑏 = 6.4√3 ➔ 𝐴𝑏 = 24√3
4 4
cm2
Cunha Esférica:
V = 24√3.12
V = 288√3 cm3
Raciocínio Lógico.
Matemática 31
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APOSTILAS OPÇÃO
invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do Valores lógicos das proposições
discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade,
sentenças denominadas premissas e uma sentença se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição
denominada conclusão. é falsa (F).
Em diversas provas de concursos são empregados toda Consideremos as seguintes proposições e os seus
sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político, respectivos valores lógicos:
religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo a) Brasília é a capital do Brasil. (V)
da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F)
conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura.
A maioria das proposições são proposições contingenciais,
Conceito de proposição ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou exemplo, se considerarmos a proposição simples:
símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de
sentido completo. Assim, as proposições transmitem “Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista
juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor
entes. lógico é único — ou verdadeiro ou falso.
Elas devem possuir além disso:
- um sujeito e um predicado; Classificação das proposições
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor As proposições podem ser classificadas em:
lógico: verdadeiro (V) ou falso (F). 1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por
Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de
proposição. ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .
Vejamos alguns exemplos:
A) Terra é o maior planeta do sistema Solar Exemplos:
B) Brasília é a capital do Brasil. O céu é azul.
C) Todos os músicos são românticos. Hoje é sábado.
A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou 2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem
F). elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações,
TOME NOTA!!! podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por
Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou letras maiusculas: P, Q, R, ... .
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda
proposição, é pela presença de: Exemplos:
- sujeito simples: "Carlos é médico"; O ceu é azul ou cinza.
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos"; Se hoje é sábado, então vou a praia.
- sujeito inexistente: "Choveu"
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito, Observação: os termos em destaque são alguns dos
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
(V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada matemática.
proposição.
3) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um
Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a
consideradas proposições lógicas. proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São
consideradas sentenças abertas:
Princípios fundamentais da lógica a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou
A Lógica matemática adota como regra fundamental três ontem? – Fez Sol ontem?
princípios6 (ou axiomas): b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue
a televisão.
I – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: uma proposição d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas,
verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa. paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão
paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão
II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma ambígua) – 2 + 3 + 7
proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo
tempo. 4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição
admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso,
III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou
proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre sentença lógica.
um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.
Matemática 32
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APOSTILAS OPÇÃO
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para Vamos contar o número de verbos para termos a
a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda quantidade de proposições simples e distintas contidas na
proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV, proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair”
VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Análise Combinatória. Resposta D.
Construção da tabela verdade de uma proposição 02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições
composta simples e distintas, então o número de linhas da tabela-
Para sua construção começamos contando o número de verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
proposições simples que a integram. Se há n proposições (A) 2;
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso, (B) 4;
atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores (C) 8;
V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante. (D) 16;
(E) 32.
Exemplos
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio
2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2 acima, então teremos:
valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos Resposta D.
valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira
parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda Estudo dos Operadores e Operações Lógicas
a tabela propriamente dita. Quando efetuamos certas operações sobre proposições
chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de
forma a determinarmos os valores das proposições.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
Matemática 34
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplo: Exemplos
1. Saturno é um planeta do sistema solar. (a)
2. Sete é um número real maior que cinco. p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V
proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é
um número real maior que cinco”, que são ambos verdadeiros (b)
(V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em p: A neve é azul. (F)
termos de valores lógicos, entre si. q: 6 < 5. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F
2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de
conjunção de duas proposições p e q a proposição (c)
representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) p: Pelé é jogador de futebol. (V)
quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
falsidade (F) nos demais casos. V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).
Pela tabela verdade temos: (d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V
(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F
Matemática 35
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APOSTILAS OPÇÃO
Pela tabela verdade temos: Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,
“q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.
(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
Continuando:
(d)
p: A neve é azul. (F)
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana
q: 7 é número ímpar. (V)
estuda.
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
Transformação da linguagem corrente para a Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado.
simbólica Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos,
Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para
resolver questões deste tipo. isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
Matemática 36
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APOSTILAS OPÇÃO
p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V 3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade
F F V F V anterior as duas primeiras da esquerda relativas às
proposições simples componentes p e q. Obtermos então a
2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas seguinte tabela verdade simplificada:
correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar
colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
conectivos que compõem a proposição composta.
Matemática 37
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APOSTILAS OPÇÃO
~ (p ^ ~ q) 1) Idempotente: p v p ⇔ p
V V F F V A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a
F V V V F bicondicional p v p ↔ p é tautológica.
V F F F V
V F F V F p pvp pvp↔p
4 1 3 2 1 V V V
F F V
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio 2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002. bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.
Matemática 38
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APOSTILAS OPÇÃO
2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p
01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos Simbolizando-se P por A∧B, a negação da proposição P
9,10,11 e 16 – CESPE) será a proposição R: “Mário não dá suporte às salas de
treinamento nem executa scripts de atualização do banco de
dados.”, cuja tabela-verdade é a apresentada abaixo.
Matemática 39
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta: D. F V F F V V F F
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q
e Z = condicional. F F F F F F F F
b) p v q ⇔ q v p
p q p v q q v p
V V V V V V V V
03. Resposta: E.
Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas V F V V F F V V
proposições são falsas. F V F V V V V F
04. Resposta: Errado. F F F F F F F F
Temos que montar a tabela verdade de P = A∧B, assim
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
A B P = A∧B
V V V p q p v q q v p
V F F
F V F V V V F V V F V
F F F V F V V F F V V
Assim a negação de P será: F V F V V V V F
~P = R
F F F F F F F F F
V
V
V d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
p q p ↔ q q ↔ p
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
V V V V V V V V
Definição: Duas ou mais proposições compostas são
equivalentes, mesmo possuindo fórmulas (ou estruturas V F V F F F F V
lógicas) diferentes, quando apresentarem a mesma solução em
suas respectivas tabelas verdade. F V F F V V F F
Se as proposições P e Q são ambas TAUTOLOGIAS, ou
então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES. F F F V F F V F
p q ~p → q p v q V V V V V V V V
V V F V V V V V F F F V F F V F
V F F V F V V F
3 – Transitiva
F V V V V F V V Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
F F V F F F F F P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .
Matemática 40
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APOSTILAS OPÇÃO
F F V F F F V V F F F F F F V b) p ⇔ (p ∨ p)
p p p v p
F F F F F F F F F F F F F F F
V V V V V
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
F F F F F
p q r p v (q ^ r) (p v q) ^ (p v r)
V F F V F F F F V F F F V F F V V F V V F V V
F V V F F V V V F F V F F F V V F F V F V V V
F V F F F V F F F F V F F F F F V V V V F V F
F F V F F F F V F F F F F F V F F V F F V F F
F F F F F F F F F F F F F F F
Exemplo:
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r) ~p → q: Se André não é professor, então é pobre.
~q → p: Se André não é pobre, então é professor.
p q r p v (q v r) (p v q) v (p v r)
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
V V V V V V V V V V V V V V V
p q p → ~q q → ~p
V V F V V V V F V V V V V V F
V V V F F V F F
V F V V V F V V V V F V V V V
V F V V V F V F
V F F V V F F F V V F V V V F
F V V F V V V V F V V V F V V
F V F V F V V V
F V F F V V V F F V V V F F F F F F V V F V V
F F V F V F V V F F F V F V V
Exemplo:
F F F F F F F F F F F F F F F p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.
q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.
3 – Idempotência 4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
a) p ⇔ (p ∧ p) p q p → q ~p v q
p p p ^ p V V V V V F V V
V V V V V V F V F F F F F
F F F F F F V F V V V V V
F F F V F V V F
Matemática 41
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APOSTILAS OPÇÃO
5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V V V V V V V V V
V F V F F V F F F F V V
F V F F V F V V F V F F
F F F V F F V F V F V F
Matemática 42
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APOSTILAS OPÇÃO
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).
A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha,
A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou
e também nesta linha as proposições “p v q” e “p → q” também
ainda que o valor lógico da condicional P → Q será sempre V,
são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras
ou então que P → Q é uma tautologia.
duas proposições.
Então:
Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente
p^q⇒pvq
distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um
p^q⇒p→q
conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação
lógica que pode ou não existir entre duas proposições.
A tabela acima também demonstram as importantes
Regras de Inferência:
Exemplo:
Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será:
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q
V V
F V
Matemática 43
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões
Resposta
01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta
por uma das proposições simples como verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º F V
linha e nesta a proposição “~p” também é verdadeira, logo
subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus Corro ou faço ginástica
tollens. V F
(p → q) ^ ~q ⇒ ~p
Acordo cedo ou não corro
Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q V F
Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a Portanto ele:
Implicação Lógica: Comeu muito
Não fez ginástica
Adição p⇒pvq Correu, e;
q⇒pvq Acordou cedo
Matemática 44
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APOSTILAS OPÇÃO
- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª
parte da condicional, troca-se o conectivo CONDICIONAL pela
DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma
proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição
resultante será equivalente à sua proposição primitiva.
5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11
5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4
Matemática 45
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta: D
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja,
Pedro está descansado e atento.
03. Resposta: A
Quebrando a sentença em P e Q:
P: Vou à academia todos os dias da semana
Exemplo: Conectivo: ∧ (e)
Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos Q: Corro três dias na semana
que se trata de uma CONJUNÇÃO, pela Lei de Morgan temos Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q
que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, ~P: Não vou à academia todos os dias da semana
negando-se as partes, então teremos: Conectivo: ∨ (ou)
“Não é inteligente ou não estuda” ~Q: Não corro três dias na semana
Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
corro três dias na semana.
Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Matemática 46
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Conhecimentos Específicos 1
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APOSTILAS OPÇÃO
1 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2104-6.pdf 2 https://cursos.escolaeducacao.com.br/artigo/transporte-adequado-de-
acidentados
Conhecimentos Específicos 2
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APOSTILAS OPÇÃO
3 https://www.mdsaude.com/hipertensao/pressao-arterial-normal 5http://www2.ebserh.gov.br/documents/17018/851526/Boletim+de+Servi
4 http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/profissional/revista/24-1.pdf %C3%A7o+n%C2%BA+72%2C+de+15-04-2016.pdf/1208290e-3353-4c33-9002-
(7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão) 0f28c5a8c15e
6 https://aenfermagem.com.br/procedimentos/sinais-vitais/
Conhecimentos Específicos 3
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APOSTILAS OPÇÃO
de corrigir de imediato problemas que possam oferecer risco cabeça da pessoa para traz, mantendo o queixo erguido,
de vida ao acidentado. evitando assim a dobra do pescoço;
É no exame primário que se realiza o protocolo XABCDE do - O processo associado de respiração boca a boca e
Trauma. Envolve também os procedimentos iniciais para massagem deve ser repetido continuamente até que o coração
garantir a segurança do local. volte a pulsar, obedecendo a frequência de um sopro para cada
cinco pressões.
Condutas: Observação: somente deve realizar tal procedimento a
- Chamar o socorro pessoa que tenha conhecimento para tal.
- Sinalizar e isolar o local
- Verificar se a vítima apresenta fraturas, problemas de Queimaduras
circulação ou hemorragias visíveis e tentar buscar meios para A queimadura de primeiro grau afeta apenas a camada
contê-las; superficial da pele causando sinais como dor e vermelhidão na
- Verificação dos sinais vitais. região.
- Verificar o pulso e se a vítima está respirando. Neste caso recomenda-se colocar a região queimada
- Verificar o nível de consciência da vítima: se acordado, se debaixo da água corrente em temperatura ambiente ou colocar
responde a estímulos verbais, se está inconsciente. um pano úmido limpo para resfriar o local. Passar uma
- Manter a vítima aquecida com cobertores e/ou lençóis; pomada hidratante ou cicatrizante. Não aplicar produtos como
- Evitar ao máximo a exposição desnecessária do corpo da óleo, manteiga, pasta de dente, etc.
vítima (protegê-la contra o frio, sol e chuva). A queimadura de segundo grau afeta as camadas
intermediárias da pele e, por isso, além da vermelhidão e da
Exame Secundário dor, podem surgir outros sintomas como bolhas ou inchaço do
local.
Procedimento realizado após o exame primário, Neste tipo de queimadura é aconselhado que além de
geralmente em vítimas que apresentem um agravo clínico. O colocar a região debaixo da água, lave-se cuidadosamente a
objetivo desta avaliação é localizar alterações na cor da pele ou queimadura com sabão neutro, sem aplicar muita força. Não
mucosas, alterações de pressão, pulso, respiração, ruídos furar a bolha e procurar ajuda médica imediatamente, sem
anômalos emitidos pelo paciente, alterações de motricidade aplicar qualquer produto no local.
(funções nervosas e musculares) e sensibilidade. Por fim, a queimadura de terceiro grau é uma situação
É realizado após a estabilização dos sinais vitais vítima e mais grave, que inclusive pode colocar a vida da vítima em
visa identificar lesões que apesar de sua gravidade não risco, uma vez que as camadas mais profundas da pele são
colocam a vítima em risco iminente de morte afetadas, incluindo os nervos, vasos sanguíneos e músculos.
Neste caso é recomendado que o socorro especializado
Condutas: seja acionado imediatamente. Não colocar nenhum tipo de
- Buscar informações com a vítima, familiares ou terceiros produto na região afetada.
sobre o nome, idade, histórico de alergias ou problemas de
saúde do acidentado; queixas principais. O que não fazer em caso de queimadura:
- Procurar identificar eventuais obstruções respiratórias, - Não tentar retirar objetos ou roupas grudadas na
paradas respiratórias, queimaduras, traumas internos, etc. queimadura;
- Na vítima inconsciente, manter as vias aéreas permeáveis - Não aplicar produtos como por exemplo: manteiga, pasta
usando a manobra de elevação da mandíbula. Na vítima de dente, café, ou qualquer outro produto caseiro;
consciente, realizar o apoio lateral de cabeça. - Não estourar as bolhas que surjam após a queimadura;
- Não aplicar gelo sobre a pele
Principais espécies de traumas
Engasgo
Parada Cardiorrespiratória Em geral ocorre quando há um corpo estranho na garganta
A parada respiratória é caracterizada pela falta de ruído de da vítima, que pode obstruir suas vias aéreas.
respiração, pelo tórax que não se expande ou pelo - Recomenda-se abraçar a vítima pelas costas
arroxeamento da face e unhas. Pode ocorrer juntamente com posicionando as mãos acima do umbigo dela e iniciar um
a parada cardíaca (cardiorrespiratória), que se caracteriza procedimento de compressões para dentro e para cima do
pela parada dos batimentos do coração, que se observa pela abdome da vítima, observando se o corpo estranho sai.
ausência de pulsação nas artérias. - Chamar socorro especializado imediatamente.
Pode ser decorrente de ataque de asma, choque elétrico, - Enquanto o socorro não chega deve-se colocar a vítima
afogamento, asfixia, inalação de gases tóxicos, problemas em posição de decúbito dorsal.
cardíacos, reações alérgicas, queimaduras, entre outros.
Corte
Procedimentos7: - Lavar o local com água limpa e pressionar levemente o
- Chamar o socorro especializado imediatamente; ferimento com pano até cessar o sangramento;
- Não é recomendado reanimar a vítima, fornecendo a ela - Não utilizar soluções ou medicamentos caseiros, evitando
substâncias para comer, beber ou cheirar; processo alérgico ou infecções;
- Deve ser verificada (visualmente) obstrução das vias - Se houver necessidade de sutura (ponto), caso o corte
respiratórias; seja profundo, deve-se procurar uma unidade hospitalar;
- Com as mãos posicionadas sobre a região inferior do osso - É importante não deixar um ferimento grave exposto ao
vertical externo, no centro do peito deve ser iniciada a ar livre, sujeito a contaminação e infecção.
massagem cardíaca, efetuando pressões no tórax em
intervalos curtos; Fraturas8
- No mesmo instante da massagem, outra pessoa deve - Se a fratura for exposta, cubra o ferimento com gaze ou
realizar respiração boca a boca, estendendo levemente a pano limpo. Em hipótese alguma tente realinhar o membro ou
retornar o osso, isso pode agravar a situação;
Conhecimentos Específicos 4
Pedido N.: 2887386 - Apostila Licenciada para patricia.maria.rj@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO
- Imobilize a região lesada com tábua, papelão ou madeira, - Perda da sensibilidade nos membros, dependendo da
envolvendo uma faixa; região afetada com o comprometimento da medula.
- Em caso de sangramento incessante (hemorragia), realize
uma leve compressão com pano limpo, mas sem apertar. Tratamento: de maneira geral, o tratamento consiste
basicamente em evitar que a vítima tenha sua coluna
Fratura é a ruptura parcial ou total de um osso. As causas flexionada ou ainda que a cabeça do acidentado seja
mais comuns de fraturas são a violência externa, flexão movimentada (acidente na coluna cervical). Tais cuidados são
anormal ou torções resultantes de quedas ou pressões necessários para se evitar que a medula se rompa. Devemos,
externas e contrações musculares violentas. As pessoas idosas ao prestar o socorro de urgência a um acidentado na coluna,
são mais predispostas às fraturas, devido à falta de fibras com fratura ou suspeita de tal, observar os seguintes cuidados:
colágenas. - Transportar a vítima em uma maca rígida;
As fraturas podem ser: - Não mudar a vítima da posição em que se encontra após
Simples ou fechada – quando o osso quebrado não perfura o acidente;
a pele; - Prevenir o Estado de Choque.
Exposta ou aberta – quando o osso está quebrado e a pele
rompida. Estado de Choque9
É a acentuada depressão das funções do organismo e a
Reconhecimento de uma fratura: nota-se que, na prática, interrupção ou alteração do abastecimento de sangue ao
a constatação de uma fratura é tarefa difícil. Em caso de cérebro, ocasionado geralmente em casos de lesões graves,
dúvida, devemos sempre considerar a existência da fratura. hemorragias, terror, idade avançada, fraqueza geral,
Para o reconhecimento de uma fratura, deve-se observar a preocupações, etc.
presença e ou indícios dos seguintes sintomas:
- Dor local – uma fratura sempre será acompanhada de Sintomas e sinais do Estado de Choque
uma dor intensa, profunda e localizada, que aumenta com os - Pele pálida, úmida e fria;
movimentos ou pressão; - Pulso rápido e fraco;
- Incapacidade funcional – é a ausência da capacidade de se - Respiração rápida e superficial;
efetuar os movimentos ou a função principal da parte afetada; - Sede, tremores;
- Deformação – ocorre normalmente devido a duas causas, - Agitações;
que são o deslocamento das seções dos ossos fraturados ou o - Transpiração, frio, enjoo e vômitos;
acúmulo de sangue e ou plasma no local. - Tontura e perda de consciência.
Importante: o reconhecimento final de uma fratura será Devemos analisar os reais sintomas para poder assim
efetuado por um médico, em local especializado, mediante aplicar os seguintes procedimentos:
emprego de aparelho de Raio X. Assim, serão detectadas e - Deitar a vítima com as pernas elevadas +/- 30 cm;
determinadas com exatidão a espécie e situação da fratura e - Manter as vias respiratórias liberadas;
poderá ser prestado o tratamento definitivo. - Afrouxar as vestes da vítima;
- Aquecer a vítima;
Tratamento das fraturas: no caso de ser constatada a - Monitorar pulso e respiração.
fratura, ou a probabilidade da mesma ter ocorrido, não
devemos deslocar ou arrastar a vítima, a menos que a mesma Importante: se o Estado de Choque não for tratado de
se encontre em iminente perigo. imediato, poderá produzir a morte.
Nas fraturas simples ou fechadas fazemos a imobilização
do membro fraturado através de talas que deverão ter Hemorragias10
comprimento suficiente para ultrapassar, de forma não muita Podem ser externas e internas, caracterizando-se pelo
exagerada as juntas. Podem ser empregados como talas: tábua, rompimento de vasos sanguíneos, com vazamento de sangue
estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma tala inflável para fora do seu leito habitual que compreende as artérias,
que é o meio mais adequado e eficaz para as imobilizações. veias e vasos capilares. De acordo com o vaso rompido a
Nas fraturas expostas ou abertas devemos primeiramente hemorragia poderá ser arterial, venosa ou capilar.
tratar do ferimento, pois, este tipo de fratura, geralmente é Classificação das hemorragias – podem ser: internas ou
seguido de uma hemorragia. Devemos colocar uma gaze ou externas.
então um lenço limpo sobre o local do ferimento, ou ainda, Interna: aquela que se produz na intimidade dos tecidos ou
usarmos uma bandagem forte e imobilizar o local fraturado. no interior de uma cavidade natural como o tórax e o abdômen.
São difíceis de serem reconhecidas, devido o sangue não fluir
Importante: em ambos os casos, ou seja, na ocorrência para fora do corpo.
e/ou probabilidade de haver ocorrido fratura simples e Externa: aquela em que o sangue jorra, flui para o exterior
fechada ou aberta e exposta, o socorrista jamais deverá tentar e apresenta diagnóstico fácil. Pode-se visualizar não só o
colocar o osso fraturado no lugar, pois poderá causar danos sangue, mas a intensidade e a fonte de onde procede.
maiores ao acidentado. Condutas para conter hemorragias externas:
- Expor o ferimento;
Fratura da coluna: a coluna vertebral dá ao nosso corpo - Fazer compressão firme com gaze ou um pano fino e
os movimentos de flexão, bem como, sustentação de sua parte limpo;
estrutural. Divide-se em quatro regiões: cervical, dorsal, - Elevar o membro lesionado acima da linha do coração;
lombar e sacro cóccix. - Comprimir pontos arteriais próximos;
Reconhece-se que um acidentado sofreu da coluna, quando - Como último recurso usar o torniquete e só o afrouxar no
ele apresenta: hospital;
- Dor aguda na vértebra atingida, sendo irradiada em - No caso de ferimento na cabeça não comprimir com força
forma de cinturão ao redor do corpo; o local.
- Saliência anormal, e
9. Manual do Vigilante, Curso de Formação da Polícia Federal - 2ª edição. 10. Manual do Vigilante, Curso de Formação da Polícia Federal - 2ª edição.
Conhecimentos Específicos 5
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 6
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APOSTILAS OPÇÃO
podem ocasionar a obstrução das vias aéreas. A obstrução o que, de certa forma, vem sendo atendido pelas montadoras
produz asfixia que, se prolongada, resulta em parada brasileiras.
cardiorrespiratória”. (Manual de Primeiros Socorros. p. 24. Rio Os fabricantes de automóveis, por exemplo, têm a
de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2003.) obrigação de produzir veículos que emitam menos poluentes,
Sobre os diferentes tipos de respiração é INCORRETO a cada ano. Já as pessoas podem colaborar para que haja
afirmar que a menos poluição ao utilizarem de forma mais racional os meios
(A) taquipneia é a aceleração dos movimentos de transporte, evitando saídas desnecessárias com
respiratórios. automóveis, ou, ainda, mantendo os veículos sempre
(B) eupneia é a dificuldade na execução dos movimentos regulados, economizando assim combustível e reduzindo a
respiratórios. emissão de gases tóxicos.
(C) bradipneia é a diminuição na frequência média dos
movimentos respiratórios. Alternativas Menos Poluentes
(D) apneia é a ausência dos movimentos respiratórios,
equivale a parada respiratória. → O álcool polui menos que a gasolina; a gasolina polui
menos que o diesel.
Gabarito → Gás natural ainda é pouco usado no Brasil, mas polui
menos que os outros combustíveis.
01.B / 02.Errado / 03.Certo / 04.Certo / 05.B → Óleos vegetais estão sendo testados como alternativa
para melhorar o diesel.
→ Uma forte tendência para os próximos anos, dentro das
indústrias automobilísticas, é a presença, cada vez maior, de
Proteção ao Meio Ambiente. motores elétricos, que não emitem gases e são muito
silenciosos.
Poluição Sonora
Meio Ambiente
Outra fonte poluidora é o excesso de ruídos que contribui
A prioridade do governo, por meio dos órgãos e das para provocar grave alteração na qualidade do ambiente,
entidades que compõem o Sistema Nacional de Trânsito, é sendo conhecida como poluição sonora.
realizar ações para a defesa da vida, incluindo a preservação Também estão concentradas nas áreas urbanas,
da saúde e do meio ambiente. E nós, usuários das vias, temos a especialmente as maiores, as fontes de ruídos, o que constituí
obrigação de respeitar as determinações do Código de em sério problema, que reclama providências saneadoras.
Trânsito Brasileiro, evitando qualquer atitude que possa Destaca-se as capitais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro
constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de pessoas, e Minas Gerais, nas quais foram detectados índices alarmantes
veículos ou animais. 11 de poluição sonora. Nesses estados já foram iniciados
Não existe agressão ao meio ambiente que não possa ser levantamentos e medidas práticas, voltadas à redução e
solucionada, desde que a população se conscientize da controle da poluição sonora.
gravidade do problema e comece a participar. Um dos fatores A medição dos índices de intensidade dos sons é feita por
de poluição é, por exemplo, um motor desregulado, que uma unidade denominada Decibel (dB), em homenagem a
contribui para deixar o ambiente menos acolhedor e menos Alexandre Graham Bell, o inventor do telefone.
habitável. Tem-se como nível suportável para o descanso e sono a
Sendo a poluição uma forma de agressão humana ao faixa de 40 dB (A), tolerando-se variação entre 35 e 40 dB,
ambiente, é necessário rever nossos valores e experiências conforme anuncia a Associação Brasileira de Normas Técnicas,
com a finalidade de agirmos na busca de um mundo melhor e seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde.
uma vida mais saudável. Sabe-se que os ruídos com intensidade medida até 55 dB
(A) não causam problemas maiores às pessoas, todavia,
Os Veículos e a Poluição ultrapassando aquele limite, tem lugar o estressamento
auditivo, dando causa à fadiga, insônia, incômodos e outros
Estudos realizados comprovam que os veículos sintomas de desconforto.
automotores nacionais produzem poluição atmosférica muito Além de 90 dB (A), a saúde é profundamente afetada,
além do que seria tolerado. Também ocorrem para a variando os seus efeitos na medida do tempo que a pessoa é
degradação ambiental os motores que equipam os veículos submetida aos ruídos. Vale acrescentar que o nível de 120 dB
nacionais, de concepção antiquada, ultrapassada, com poucos (A) já ocasionou dores, provocando surdez nervosa
ou nenhum mecanismo de proteção para o meio ambiente. irreversível.
Não se pode negar que o Programa de Controle de Poluição
do Ar por Veículos Automotores – Proconve, de Os Efeitos da Poluição Sonora
responsabilidade do Ibama, tem trazido resultados positivos,
tanto que os modelos de fabricação mais recente já vêm O excesso de ruídos, na medida de intensidade pode
equipados com dispositivos destinados a neutralizar a emissão ocasionar múltiplos problemas na pessoa, os quais assim
de poluentes. podem ser relacionados:
De acordo com o Proconve, anualmente a indústria a) Dores de cabeça;
nacional de veículos deve apresentar, no mercado, modelos b) Distúrbios gástricos;
planejados para índices decrescentes de emissão de poluentes, c) Zumbidos e deficiência auditiva;
até que se consiga atingir padrões desejáveis aos praticados na d) Insônia;
Europa, nos patamares de 2g/km de monóxido de carbono, 0,6 e) Irritabilidade e agressividade;
g/km de óxidos de nitrogênio e 0,3g/km de hidrocarbonetos; f) Dispersão;
g) Agitação.
11
http://midia.pgr.mpf.gov.br/hotsites/educacaonotransito/Projeto%20Educacao
%20no%20Transito%20-%20Direcao%20Defensiva.pdf.
Conhecimentos Específicos 7
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APOSTILAS OPÇÃO
Como os Veículos Podem Afetar o Meio Ambiente → Conduzir o veículo derramando, lançando ou arrastando
sobre a via combustível ou lubrificante que esteja utilizando,
A queima de combustível produz gás carbônico. Liberado ou qualquer objeto que possa acarretar risco de acidentes;
no ar, o CO² interfere no efeito estufa, aumentando a → Conduzir o veículo produzindo fumaça, gases ou
temperatura da Terra. partículas em níveis superiores aos fixados por normas dos
O veículo com ar-condicionado produz o gás Órgãos Ambientais e os Órgãos do Sistema Nacional de
clorofluorcarbono (CFC). Quando esse gás escapa para o meio Trânsito;
ambiente, causa uma imensa reação em cadeia que destrói a → Utilizar a buzina entre 22 h e 6 h.
camada de ozônio.
A camada de ozônio é responsável pela filtração dos raios Recomendações para Economizar Combustível e
ultravioletas que são muito nocivos para a pele, causando Poluir Menos
câncer de pele.
Com a regulagem incorreta da mistura ar/combustível. → Aqueça o motor do veículo fora da garagem.
Motores danificados e com desgaste excessivo. → Não dirija com o freio de estacionamento acionado.
O óleo lubrificante é muito poluente e de difícil → Inicie o deslocamento sempre em 1ª marcha.
degradação. → Não acelere demasiadamente.
O lixo lançado pela janela do veículo no meio ambiente é → Evite freada brusca.
extremamente danoso. → Sempre que estiver parado deixe o veículo em ponto
Os papéis levam de duas a quatro semanas para se morto.
decompor, entopem ralos e bueiros e denigrem a imagem da → Não acelere enquanto aguarda o semáforo abrir.
cidade. → Não troque de marcha sem o veículo atingir a velocidade
Latas, plásticos e vidros levam séculos para se decompor. suficiente.
Pneus velhos guardados contribuem para a proliferação de → Evite acionar a embreagem enquanto acelera.
insetos causadores de doenças. → Não ande em velocidade reduzida.
Carcaças de veículos abandonadas ficam apodrecendo → Não exceda a velocidade.
lentamente durante anos no meio ambiente. → Mantenha o motor de seu veículo sempre regulado.
Conhecimentos Específicos 8
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APOSTILAS OPÇÃO
associação ode homens que é – depende da vida cooperativa meio social: família, escola, religião, situação econômica,
de seus cidadãos.12 saúde, alimentação.
As atribuições cívico-políticas do cidadão dependem da As diferenças individuais devem-se, principalmente, à
conformação do Estado a que pertence, ou seja, da forma de reunião de traços e atributos pessoais que constituem o que
governo por este adotada. chamamos de personalidade. Sendo assim, há necessidade do
Sendo a democracia a forma de governo eleita pelo respeito às diferenças individuais, pois o respeito é a base para
Estado, a cidadania retrata a qualidade dos “sujeitos o ser humano relacionar-se com os demais.
politicamente livres, ou seja, cidadãos que participam ada
criação e concordam com a ordem jurídica vigente”. O indivíduo como cidadão
Por democracia entende-se, de forma geral, o governo do Cidadão é o indivíduo consciente do seu papel na
povo, como governo de todos os cidadãos. Para que a sociedade. O homem é cidadão no momento em que exerce os
democracia se estabeleça, necessário o respeito à seus direitos e cumpre os seus deveres.
pluralidade, à transparência e à rotatividade: a democracia Para que a vida em sociedade seja possível foram criadas
caracteriza-se pelo respeito à divergência (heterogeneidade), as normas de conduta que preveem nossos direitos e deveres
pela publicidade do exercício do poder e pela certeza de que enquanto cidadãos.
ninguém ou grupo nenhum tem lugar cativo no poder, Os direitos e deveres do cidadão são determinados pelas
acessível a todos e exercido precária e transitoriamente. leis e pelos códigos. Na sociedade brasileira, a lei máxima é a
O exercício da cidadania, como gozo de direitos e Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. Além
desempenho de deveres, deve pautar-se por contornos dela, temos Códigos com leis mais específicas, como o Código
éticos: o exercício da cidadania deve materializar-se na Civil Brasileiro, o Código Penal, o Código de Trânsito, etc.
escolha da melhor conduta tendo em vista o bem comum, O cidadão tem o dever de obedecer às leis e normas, em
resultando em uma ação moral como expressão do bem. benefício do bem comum. Essa é a melhor forma de respeitar
o direito das demais pessoas e ter seus direitos respeitados.
Convívio Social no Trânsito13 Isso quer dizer que estamos sujeitos a punições todas as
vezes que nosso comportamento for nocivo para a coletividade
Relacionamento Interpessoal ou para nós mesmos.
O relacionamento interpessoal é a mola propulsora da
sociedade moderna. A qualidade dos nossos relacionamentos O trânsito é o maior ponto de junção entre os diversos
e a capacidade de mantê-los são fatores determinantes do grupos, segmentos e indivíduos de uma sociedade. É um
nosso posicionamento social e da nossa qualidade de vida. complexo sistema do qual todos dependem, diariamente.
Sociedades com forte desenvolvimento das relações
interpessoais são mais dinâmicas, mais cooperativas, tiram Convívio social no trânsito
melhor proveito do trabalho em equipe e se desenvolvem
melhor. O trânsito é, sem dúvida, o resultado das aglomerações
Quando os anseios coletivos se somam positivamente às humanas, tendo surgido o veículo justamente para facilitar o
características individuais, temos o indivíduo ajustado, o deslocamento, a comunicação e a interação entre os indivíduos
verdadeiro cidadão. e os grupos. Como eficiente meio de transporte, facilita o
Quando a individualidade é antagônica às demais pessoas intercâmbio comercial e cultural entre os povos, propiciando
e ao bem comum, temos conflitos. É dever de todo cidadão um relacionamento mais intenso e contínuo, mesmo a
aprimorar continuamente seus relacionamentos interpessoais distâncias maiores.
A falta de relacionamento gera, como consequência, os Para que se torne possível a convivência harmônica entre
desencontros em todos os setores da vida, inclusive no os indivíduos são necessários organização e respeito aos
trânsito. É importante acentuar que o relacionamento é direitos e aos deveres individuais e do grupo.
intrínseco ao ser humano porque decorre de sua própria Esse comportamento envolve valores sociais, morais,
natureza de animal social. éticos, religiosos e outros que determinam procedimentos a
Dentro dessa exigência do ser humano (animal social) é serem respeitados em todos os setores da vida.
que procuramos conceituar relacionamento humano como: o O condutor de veículo e o pedestre deveriam iniciar a
modo como nos conduzimos diante das pessoas, respeitando jornada com um exame preventivo de consciência e força de
seus gostos, suas liberdades e suas limitações. vontade, capaz de superar os obstáculos porventura
encontrados na via.
Diferenças Individuais Precisa-se haver consciência da existência de pessoas
Os homens são iguais na sua forma e constituição, mas diferentes no modo de pensar e agir, levando-se também em
quanto à maneira de ser são diferentes entre si. Cada pessoa consideração o temperamento, o grau de instrução, etc.
sente, age e pensa de forma diferente. Além de os homens É necessário também respeitar a legislação para tornar
diferirem entre si de todos os outros de sua espécie, cada possível o convívio social no trânsito.
criatura difere de si própria com o decorrer dos anos. Num O comportamento no trânsito é regido por um conjunto de
mesmo ano ou intervalo de poucos minutos, suas atitudes leis, contidas no Código de Trânsito Brasileiro e nos decretos e
podem mudar diante de uma mesma situação. resoluções complementares.
Os indivíduos se distinguem uns dos outros nos aspectos O trânsito em condições seguras é um direito de todos. Da
físicos, psíquicos, intelectuais, emocionas ou sociais, conforme mesma maneira, todas as pessoas têm o dever de obedecer às
as diferenças individuais que cada um possui. leis de trânsito.
As causas das diferenças individuais podem ser inatas, isto No Brasil, a regulamentação do trânsito de qualquer
é, o indivíduo já nasce com elas, como: sexo, raça, constituição natureza, nas vias terrestres, é feita pelo CTB - Código de
física, temperamento, etc. Trânsito Brasileiro (Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997).
Existem também as causas adquiridas por influência do O CTB prevê o comportamento e as ações consideradas
meio ambiente onde se vive. Algumas dessas causas advém do corretas para todos os elementos do trânsito, bem como as
infrações, multas, penalidades e nossa responsabilidade civil e
12 BORTOLETO, Leandro; MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. 13 Disponível em:
Editora Jus Podivm, 2014. http://midia.pgr.mpf.gov.br/hotsites/educacaonotransito/Projeto%20Educacao
%20no%20Transito%20-%20Direcao%20Defensiva.pdf.
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APOSTILAS OPÇÃO
criminal, sempre que estamos no trânsito, principalmente - Em vez de trafegar lentamente pela esquerda,
quando coloca-se em risco a segurança pessoal e das demais dificultando a ultrapassagem, mude de faixa; circulando pela
pessoas. direita;
Infelizmente é no trânsito que algumas pessoas - Em vez de invadir a via preferencial de outro motorista,
descarregam suas frustrações e problemas pessoais. aguarde um pouco mais; freadas bruscas não são muito
Presencia-se diariamente no trânsito ações de desrespeito, agradáveis;
demonstrações de superioridade, agressividade e violência - Em vez de buzinar excessivamente no trânsito, mantenha
praticadas principalmente pelos motoristas, a quem cabe a a calma;
maior parcela de responsabilidade na segurança do trânsito. O - Em vez de mudar bruscamente de pista, confira antes o
bom cidadão geralmente também é bom motorista, porque as retrovisor e use as setas;
qualidades para ambos são as mesmas. - Em vez de correr na chuva, ignorando o risco da pista
Portanto, para que haja segurança e conforto no trânsito é molhada, diminua sempre a velocidade; o aumento da
importante que cada um faça a sua parte. ocorrência de acidentes por causa do mau tempo não é mera
coincidência;
Fatores que influenciam as relações no trânsito - Ao estacionar, em vez de “esquecer” o carro em fila dupla,
Não podemos esquecer que no trânsito não se está sozinho atrapalhando os outros, ande um pouco mais;
e as leis foram feitas para o todo em geral. É importante - Em vez de ficar atrás de um carro que está indicando que
salientar que grande parte dos problemas de relacionamento vai virar à esquerda, ultrapasse pela direita; essa é a única
humano no trânsito ocorre em razão de uma série de fatores. exceção à regra de ultrapassagem, que deve sempre acontecer
Como por exemplo: pela esquerda;
- Em vez de carregar o capacete no braço, use-o na cabeça;
- Supervalorização da máquina: quanto melhor o veículo, é seguro e está prevista no Código a obrigatoriedade do uso;
mais direitos e menos deveres o motorista julga ter; - Em vez de “furar” o sinal que acabou de ficar vermelho,
- Inversão de valores: o veículo é usado como instrumento aproveitando-se da lógica insensata de que “o pedestre
de força, de vaidade e de competição; espera”, pare o carro antes da faixa de segurança; o respeito ao
- Falta de controle emocional do indivíduo: julgar que só próximo vem muito antes das leis de trânsito.
os próprios problemas ou vontades contam e devem ser
respeitados; O Código de Trânsito Brasileiro dispõe sobre o cidadão, em
- Egoísmo: falta de pensar em conjunto; levar em conta só seus artigos 72 e 73.
a si mesmo, os outros não existem;
- Descaso a normas e regulamentos: julgar que a legislação
de trânsito foi feita para os outros, não para si mesmo; Lei nº 9.503 de 23/09/97,
- Falta de planejamento em relação ao horário e ao que institui o Código de
percurso: tentar recuperar o “tempo perdido”, apressando ou
perturbando os outros motoristas; Trânsito Brasileiro.
- Crença na imunidade: achar que coisas ruins não
acontecem consigo mesmo;
- Desconhecimento das leis: o desconhecimento das leis de CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
trânsito, da sinalização e/ou de seu veículo impedirá que o O Código de Trânsito Brasileiro, conhecido como CTB ou
indivíduo dirija corretamente; Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, trata de assuntos
- Desrespeito aos direitos alheios: sempre que se cometer específicos da relação do cidadão com o Sistema Nacional de
uma infração de trânsito estará ferindo direitos alheios. Trânsito, destina-se a ser um instrumento de consulta
frequente por todos que se empenham para que o trânsito no
Atitudes que demonstram solidariedade no trânsito país seja a expressão da maturidade e autoestima de um povo
1. Fazer uso da comunicação: objetiva e clara. que zela pela segurança individual e coletiva, como valor
2. Proceder com civilidade. fundamental a ser reafirmado a cada ato da mobilidade e da
3. Cultivar a bondade, a amizade e a solidariedade. cidadania.
4. Entender que os seus direitos são limitados pelos Essa legislação desperta cada vez mais o interesse da
direitos dos outros. sociedade. Pessoas de todas as idades, condutores de veículos
5. Abrir mão dos próprios direitos em favor do bem e cidadãos em geral, procuram atualizar-se no conhecimento
comum. do CTB e na sua regulamentação, seja como um meio para
6. Aceitar os demais usuários das vias com suas limitações. desenvolver comportamentos seguros no trânsito, ou para
7. Evitar o cometimento de infrações. reivindicar de todos os agentes – públicos e privados –, com
8. Cultivar o respeito entre os indivíduos. responsabilidade sobre a segurança da via e dos veículos,
atenção à aplicação dos seus dispositivos.
Atitudes a serem incorporadas pelos motoristas no
trânsito Segue análise detalhada do Código.
Existem algumas atitudes que precisam ser incorporadas
ao modo de dirigir de uma pessoa, para que ela interaja com o Índice:
grupo de usuários responsáveis por um trânsito mais humano Preto itálico= legislação;
e mais seguro. São atitudes ancoradas no bom senso, no Azul normal= comentários.
espírito de solidariedade e nos direitos e deveres próprios do
cidadão consciente e democrático. Tais atitudes são: LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 199714
- Em vez de acelerar quando outro motorista pede Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
passagem, diminua a velocidade e deixe-o passar;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
14 Legislação disponível:
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503.htm. Acesso em: 10.02.2020.
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APOSTILAS OPÇÃO
condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
coletivo”. ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
( ) Certo ( ) Errado cumprimento;
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a
02 De acordo com regulamentação de trânsito analise a padronização de critérios técnicos, financeiros e
sentença a seguir: administrativos para a execução das atividades de trânsito;
“Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de
da vida, nela incluída exclusivamente a preservação da saúde”. facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
Em uma prova de concurso a banca organizadora poderá
( ) Certo ( ) Errado tentar confundi-los, inverter os objetivos básicos presentes no
artigo 6º com as finalidades do artigo 5º. Então só
03. Segundo lei 9.503 de 1997, veja a afirmativa a seguir: reafirmando, objetivo não é a mesma coisa que finalidade.
“Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Cada qual tem regulamentação específica no CTB.
Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências,
subjetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de Seção II
ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, Da Composição e da Competência do Sistema Nacional
projetos e serviços que garantam o exercício do direito do de Trânsito
trânsito seguro”.
Art. 7º - Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
( ) Certo ( ) Errado seguintes órgãos e entidades:
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador
Gabarito do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o
01.Certo / 02.Errado / 03.Errado Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE,
órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
CAPÍTULO II III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União,
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Seção I IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União,
Disposições Gerais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
V - a Polícia Rodoviária Federal;
Art. 5º - O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações -
dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades JARI.
de planejamento, administração, normalização, pesquisa, Para você não esquecer quantos órgãos compõe o SNT, é só
registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e lembrar que por estar no artigo 7, terão portanto, 7 órgãos.
reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do Vamos ao mapa mental:
sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de
infrações e de recursos e aplicação de penalidades.
Uma forma bacana de lembrar as finalidades do Sistema
Nacional de Trânsito é usar 4 mnemônicos, veja:
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APOSTILAS OPÇÃO
exames, execução e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, de municipal de trânsito, realizando a inspeção técnica, com
2016) suporte dos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, para
avaliação in loco das condições de integração do Município e
Art. 13 - As Câmaras Temáticas, (definição) órgãos técnicos certificando ao DENATRAN, para que se promova a
vinculados ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm “municipalização do trânsito”, conforme Resolução do
como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento CONTRAN nº 296/08.
técnico sobre assuntos específicos para decisões daquele Além destas três atividades principais, tais Conselhos
colegiado (CONTRAN = colegiado). também atuam como órgãos recursais (para os processos
§ 1º - Cada Câmara é constituída por especialistas administrativos de trânsito) e revisionais (no processo de
representantes de órgãos e entidades executivos da União, dos habilitação).
Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual Como órgãos recursais, os Conselhos Estaduais de
número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além de Trânsito são responsáveis pelo julgamento, em segunda (e
especialistas representantes dos diversos segmentos da última) instância administrativa, dos recursos interpostos
sociedade relacionados com o trânsito, todos indicados segundo contra as decisões de primeira instância (JARI), em todas as
regimento específico definido pelo CONTRAN e designados pelo penalidades aplicadas por órgãos e entidades executivos de
ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema Nacional trânsito e rodoviários dos Estados e dos Municípios (portanto,
de Trânsito. somente não julgam os recursos contra multas impostas em
§ 2º - Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo rodovias federais, nos termos do artigo 289 do CTB). Após a
anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem análise do recurso pelo CETRAN, não caberá mais recurso na
atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN. esfera administrativa, momento em que as penalidades devem
§ 3º - Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão ser cadastradas no RENACH, conforme o parágrafo único do
eleitos pelos respectivos membros. artigo 14, ratificado pelo parágrafo único do artigo 290.
No processo de habilitação, o Conselho Estadual possui
Art. 14 - Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - competência revisional para: avaliar decisões dos órgãos
CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - estaduais (DETRAN), nos casos de inaptidão permanente
CONTRANDIFE: constatados nos exames de aptidão física, mental ou
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de psicológica (inciso V, b); indicar um representante para
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; compor a comissão examinadora de candidatos portadores de
II - elaborar normas no âmbito das respectivas deficiência física à habilitação para conduzir veículos
competências; automotores (inciso VI); e designar, em caso de recursos
III - responder a consultas relativas à aplicação da deferidos e na hipótese de reavaliação dos exames, junta
legislação e dos procedimentos normativos de trânsito; especial de saúde para examinar os candidatos à habilitação
IV - estimular e orientar a execução de campanhas para conduzir veículos automotores (inciso XI).
educativas de trânsito; Os Conselhos Estaduais de Trânsito são órgãos colegiados,
V - julgar os recursos interpostos contra decisões: formados por representantes de diversos órgãos e entidades.
a) das JARI; Sua composição e funcionamento dependerão do previsto em
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de cada Regimento interno, cujas diretrizes foram dispostas pelo
inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão física, Conselho Nacional de Trânsito, por meio da Resolução nº
mental ou psicológica; 244/07.
VI - indicar um representante para compor a comissão
examinadora de candidatos portadores de deficiência física à Art. 15 - Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
habilitação para conduzir veículos automotores; nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
VII - (VETADO) respectivamente, e deverão ter reconhecida experiência em
VIII - acompanhar e coordenar as atividades de matéria de trânsito.
administração, educação, engenharia, fiscalização, § 1º - Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são
policiamento ostensivo de trânsito, formação de condutores, nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
registro e licenciamento de veículos, articulando os órgãos do respectivamente.
Sistema no Estado, reportando-se ao CONTRAN; § 2º - Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito.
trânsito no âmbito dos Municípios; e § 3º - O mandato dos membros do CETRAN e do
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução.
exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333. De acordo com o artigo 15, os Conselhos Estaduais de
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de Trânsito e do Conselho de Trânsito do Distrito Federal devem
reavaliação dos exames, junta especial de saúde para examinar ser compostos apenas por pessoas com reconhecida
os candidatos à habilitação para conduzir veículos automotores. experiência em matéria de trânsito, dependendo de nomeação
Parágrafo único - Dos casos previstos no inciso V, julgados dos respectivos Governadores, para um mandato de dois anos,
pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa. admitida a recondução (tais regras se aplicam indistintamente
As atribuições16 determinadas, pelo artigo 14, aos aos Presidentes e demais membros dos Conselhos).
Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN (e, no caso do
Distrito Federal, ao CONTRANDIFE), são relacionadas ao seu Art. 16 - Junto a cada órgão ou entidade executivos de
papel no Sistema Nacional de Trânsito, conforme artigo 7º, II: trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de
tratam-se de órgãos normativos (competências dos incisos I e Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados responsáveis
II), consultivos (inciso III) e coordenadores (incisos IV, VIII, IX pelo julgamento dos recursos interpostos contra penalidades
e X), no âmbito das respectivas Unidades Federativas. por eles impostas.
Na esfera de atuação, como órgão coordenador, compete Parágrafo único - As JARI têm regimento próprio,
ao CETRAN, também, a participação no processo de integração observado o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio
dos Municípios ao Sistema Nacional de Trânsito, recebendo a administrativo e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual
documentação inicial para criação do órgão ou entidade funcionem.
16 http://www.ctbdigital.com.br
Conhecimentos Específicos 14
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APOSTILAS OPÇÃO
As Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI condutores, mantendo o fluxo permanente de informações com
integram o Sistema Nacional de Trânsito, nas três esferas de os demais órgãos do Sistema;
governo (União, Estados e Municípios), pois devem existir XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
junto a todos os órgãos e entidades executivos de trânsito e Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as
rodoviários, responsáveis pela aplicação de penalidades por diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de
infrações de trânsito. programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de
ensino;
Art. 17 - Compete às JARI: XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; educação de trânsito;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
executivos rodoviários informações complementares relativas trânsito;
aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
recorrida; entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da
trânsito e executivos rodoviários informações sobre problemas sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
observados nas autuações e apontados em recursos, e que se XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os
repitam sistematicamente. manuais e normas de projetos de implementação da sinalização,
dos dispositivos e equipamentos de trânsito aprovados pelo
Art. 18 - (VETADO) CONTRAN;
XX – expedir a permissão internacional para conduzir
Art. 19 - Compete ao órgão máximo executivo de veículo e o certificado de passagem nas alfândegas mediante
trânsito da União: delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder
execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
no âmbito de suas atribuições; XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da representação do Brasil em congressos ou reuniões
Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de internacionais;
Trânsito; XXII - propor acordos de cooperação com organismos
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o inerentes à segurança e educação de trânsito;
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e XXIII - elaborar projetos e programas de formação,
executando o controle de ações para a preservação do treinamento e especialização do pessoal encarregado da
ordenamento e da segurança do trânsito; execução das atividades de engenharia, educação, policiamento
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de ostensivo, fiscalização, operação e administração de trânsito,
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a propondo medidas que estimulem a pesquisa científica e o
administração pública ou privada, referentes à segurança do ensino técnico-profissional de interesse do trânsito, e
trânsito; promovendo a sua realização;
V - supervisionar a implantação de projetos e programas XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito
relacionados com a engenharia, educação, administração, interestadual e internacional;
policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
uniformidade de procedimento; normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e montagem de veículos, consoante sua destinação;
habilitação de condutores de veículos, a expedição de XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do
documentos de condutores, de registro e licenciamento de código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
veículos; emplacamento e licenciamento;
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do
de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do
Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e Sistema Nacional de Trânsito;
do Distrito Federal; XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou órgão
de Habilitação - RENACH; coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e
Automotores - RENAVAM; financeiro ao CONTRAN.
X - organizar a estatística geral de trânsito no território XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações
nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
órgãos e promover sua divulgação; § 1º - Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de
sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra
trânsito; a administração pública, o órgão executivo de trânsito da União,
XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à mediante aprovação do CONTRAN, assumirá diretamente ou
segurança e à educação de trânsito; por delegação, a execução total ou parcial das atividades do
XIII - coordenar a administração do registro das infrações órgão executivo de trânsito estadual que tenha motivado a
de trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no investigação, até que as irregularidades sejam sanadas.
prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do repasse § 2º - O regimento interno do órgão executivo de trânsito da
de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela Lei nº 13.281, União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu
de 2016) funcionamento.
XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de § 3º - Os órgãos e entidades executivos de trânsito e
Trânsito informações sobre registros de veículos e de executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal
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APOSTILAS OPÇÃO
e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. arrecadar as multas que aplicar;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95,
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
Art. 20 - Compete à Polícia Rodoviária Federal, no previstas;
âmbito das rodovias e estradas federais: X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de e do Programa Nacional de Trânsito;
trânsito, no âmbito de suas atribuições; XI - promover e participar de projetos e programas de
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas
operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo pelo CONTRAN;
de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
da União e o de terceiros; Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os valores unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, animais e transferências de veículos e de prontuários de condutores de
escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas; uma para outra unidade da Federação;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas; produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de específicas dos órgãos ambientais locais, quando solicitado;
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas serem observados para a circulação desses veículos.
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais
relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de Art. 22 - Compete aos órgãos ou entidades executivos de
construções e instalações não autorizadas; trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre circunscrição:
acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
rodoviário federal; II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação,
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores,
Segurança e Educação de Trânsito; expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para
IX - promover e participar de projetos e programas de Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação
educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas do órgão federal competente;
pelo CONTRAN; III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema veicular, registrar emplacar, selar a placa, e licenciar veículos,
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual,
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à mediante delegação do órgão federal competente;
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as
transferências de veículos e de prontuários de condutores de diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
uma para outra unidade da Federação; V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e VIII do
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais. VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII
Art. 21 - Compete aos órgãos e entidades executivos do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as multas que
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos aplicar;
Municípios, no âmbito de sua circunscrição: VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de veículos e objetos;
trânsito, no âmbito de suas atribuições; VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da
veículos, de pedestres e de animais, e promover o Carteira Nacional de Habilitação;
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os acidentes de trânsito e suas causas;
dispositivos e os equipamentos de controle viário; X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de atividades previstas na legislação de trânsito, na forma
trânsito e suas causas; estabelecida em norma do CONTRAN;
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento XI - implementar as medidas da Política Nacional de
ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
policiamento ostensivo de trânsito; XII - promover e participar de projetos e programas de
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e estabelecidas pelo CONTRAN;
medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
arrecadando as multas que aplicar; Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
superdimensionadas ou perigosas; transferências de veículos e de prontuários de condutores de
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas uma para outra unidade da Federação;
administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de
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APOSTILAS OPÇÃO
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito
e executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos e do Programa Nacional de Trânsito;
veículos registrados e dos condutores habilitados, para fins de XV - promover e participar de projetos e programas de
imposição e notificação de penalidades e de arrecadação de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
multas nas áreas de suas competências; estabelecidas pelo CONTRAN;
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído XVI - planejar e implantar medidas para redução da
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando de diminuir a emissão global de poluentes;
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais locais; XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando,
de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN. autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas
decorrentes de infrações;(Redação dada pela Lei nº 13.154, de
Art. 23 - Compete às Polícias Militares dos Estados e do 2015)
Distrito Federal: XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
I - (VETADO) propulsão humana e de tração animal;
II - (VETADO) XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional
III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme de Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN;
convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
os demais agentes credenciados; acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações
específicas de órgão ambiental local, quando solicitado;
Art. 24 - Compete aos órgãos e entidades executivos de XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de serem observados para a circulação desses veículos.
trânsito, no âmbito de suas atribuições; § 1º - As competências relativas a órgão ou entidade
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou
veículos, de pedestres e de animais, e promover o entidade executivos de trânsito.
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; § 2º - Para exercer as competências estabelecidas neste
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional
dispositivos e os equipamentos de controle viário; de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
acidentes de trânsito e suas causas; Art. 25 - Os órgãos e entidades executivos do Sistema
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo atividades previstas neste Código, com vistas à maior eficiência
de trânsito; e à segurança para os usuários da via.
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, Parágrafo único - Os órgãos e entidades de trânsito poderão
edificações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento dos
circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no custos apropriados.
exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando os
infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo Quanto às competências disciplinadas neste capítulo, você
iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso tem uma tarefa, copie pelo menos uma vez, mas não vale
coletivo, somente para infrações de uso de vagas reservadas em digitar no computador, pegue uma folha em branco e escreva
estacionamentos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) cada competência de cada órgão e em seguida faça uma nova
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e leitura. A fixação é maior.
multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada Uma outra dica, não exagere no estudo, entre estudar 6h
previstas neste Código, notificando os infratores e arrecadando em apenas 1 dia na semana ou estudar 6 dias 1h, opte pela
as multas que aplicar; segunda opção, já que assim o cérebro trará disciplina e outra
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas coisa tão importante quanto, fixação do estudo. Gosto de fazer
administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de uma analogia deste tipo de estudo com a vaca, se você não sabe
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e as vacas ruminam o que comem, e pasmem senhores, o
arrecadar as multas que aplicar; cérebro também, só que ao invés de alimento ele faz todo esse
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, processo de revisão com o conhecimento.
aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
previstas; Questões
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento
rotativo pago nas vias; 01. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de Transportes Urbanos - Pref. RJ) De acordo com o Código
veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas Brasileiro de Trânsito (DENATRAN, 2008), um dos objetivos
superdimensionadas ou perigosas; básicos do Sistema Nacional de Trânsito consiste em:
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar (A) estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema cumprimento
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação (B) zelar pela uniformidade e cumprimento das normas
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à contidas no Código Brasileiro de Trânsito e nas resoluções
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das complementares
transferências de veículos e de prontuários dos condutores de (C) dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
uma para outra unidade da Federação; trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal
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APOSTILAS OPÇÃO
02. (Emdec - Técnico em Mobilidade Urbana Jr - IBFC) Neste capítulo optamos por deixar os comentários ao final
Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os órgãos ou do capítulo, visto que os artigos são autoexplicativos.
entidades relacionados abaixo, exceto o que está na
alternativa: Art. 26 - Os usuários das vias terrestres devem:
(A) Conselho Nacional de Trânsito. I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
(B) Conselhos Estaduais de Trânsito. obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais,
(C) Conselho de Trânsito do Distrito Federal. ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
(D) Conselho do Ministério dos Transportes. II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso,
atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou
03. (Emdec - Controlador de Trânsito e Transporte Jr - substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
IBFC) Leia as afirmativas a seguir tendo como base a lei que
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro. Art. 27 - Antes de colocar o veículo em circulação nas vias
Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas
Municípios, no âmbito de sua circunscrição: condições de funcionamento dos equipamentos de uso
I. Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
trânsito, no âmbito de suas atribuições. combustível suficiente para chegar ao local de destino.
II. Implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
dispositivos e os equipamentos de controle viário. Art. 28 - O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de
III. Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis
acidentes de trânsito e suas causas. à segurança do trânsito.
IV. Implantar, manter e operar sistema de estacionamento
rotativo pago nas vias. Art. 29 - O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à
V. licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e circulação obedecerá às seguintes normas:
propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-
aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de se as exceções devidamente sinalizadas;
infrações. II - o condutor deverá guardar distância de segurança
Das afirmações apresentadas estão corretas: lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em
(A) Apenas I e IV. relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
(B) Apenas II e III. velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as
(C) Apenas I, III e V condições climáticas;
(D) I, II, III, IV e V. III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem,
se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de
04. (SURG - Agente de Trânsito - CONSULPAM) Segundo passagem:
o Código de Trânsito Brasileiro, compete aos órgãos e a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia,
entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de aquele que estiver circulando por ela;
sua circunscrição, à EXCEÇÃO de: b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por
(A) registrar e licenciar, na forma da legislação, ela;
ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas
arrecadando multas decorrentes de infrações. de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao
(B) realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando
aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda,
expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de
Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação maior velocidade;
do órgão federal competente. V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos
(C) registrar e licenciar, na forma da legislação, acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia
ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de
arrecadando multas decorrentes de infrações. passagem, respeitadas as demais normas de circulação;
(D) credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de
veículos, escolta e transporte de carga indivisível. trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em
05. (DETRAN/RJ - Todos os Cargos - EXATUS) O SNT é o serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos
conjunto de entidades da União, dos Estados, do Distrito regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
Federal e dos Municípios. O Sistema Nacional de Trânsito é intermitente, observadas as seguintes disposições:
subordinado ao: a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a
(A) Ministério do Meio Ambiente. proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar
(B) Ministério da Saúde. livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da
(C) Ministério da Educação. via e parando, se necessário;
(D) Ministério das Cidades. b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar
no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver
Gabarito passado pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
01.A / 02.D / 03.D / 04.B / 05.D vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
prestação de serviço de urgência;
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APOSTILAS OPÇÃO
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá Art. 33 - Nas interseções e suas proximidades, o condutor
se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de não poderá efetuar ultrapassagem.
segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade Art. 34 - O condutor que queira executar uma manobra
pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os
e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
estabelecida pelo CONTRAN;
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá Art. 35 - Antes de iniciar qualquer manobra que implique
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu
as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio
veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto
entrar à esquerda; convencional de braço.
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma Parágrafo único - Entende-se por deslocamento lateral a
ultrapassagem, certificar-se de que: transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma esquerda e retornos.
manobra para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja Art. 36 - O condutor que for ingressar numa via, procedente
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
extensão suficiente para que sua manobra não ponha em perigo
ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; Art. 37 - Nas vias providas de acostamento, a conversão à
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com
gesto convencional de braço; segurança.
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de
tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; Art. 38 - Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção do I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo
veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o menor espaço possível;
trânsito dos veículos que ultrapassou; II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando
preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois
normas de circulação. sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um
XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) só sentido.
§ 1º - As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a Parágrafo único - Durante a manobra de mudança de
e b do inciso X e a e b do inciso XI, aplicam-se à transposição direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e
de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela
como pela da direita. pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de
§ 2º - Respeitadas as normas de circulação e conduta preferência de passagem.
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de
maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos Art. 39 - Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela feita nos locais para isto determinados, quer por meio de
incolumidade dos pedestres. sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,
ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e
Art. 30 - Todo condutor, ao perceber que outro que o segue fluidez, observadas as características da via, do veículo, das
tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se ciclistas.
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se Art. 40 - O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes
naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. determinações:
Parágrafo único - Os veículos mais lentos, quando em fila, I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando
deverão manter distância suficiente entre si para permitir que luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de
veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com iluminação pública e nas rodovias (Redação dada pela Lei nº
segurança. 13.290, de 2016);
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta,
Art. 31 - O condutor que tenha o propósito de ultrapassar exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por
embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros
velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
com vistas à segurança dos pedestres. ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a
existência de risco à segurança para os veículos que circulam no
Art. 32 - O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias sentido contrário;
com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de
curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes
quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. situações:
a) em imobilizações ou situações de emergência;
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APOSTILAS OPÇÃO
b) quando a regulamentação da via assim o determinar; § 2º - O estacionamento dos veículos motorizados de duas
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada
acesa a luz de placa; (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição determine outra condição.
quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou § 3º - O estacionamento dos veículos sem abandono do
desembarque de passageiros e carga ou descarga de condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste
mercadorias. Código ou naqueles regulamentados por sinalização específica.
Parágrafo único - Os veículos de transporte coletivo
regular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a Art. 49 - O condutor e os passageiros não deverão abrir a
eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes
farol de luz baixa durante o dia e a noite. se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para
outros usuários da via.
Art. 41 - O condutor de veículo só poderá fazer uso de Parágrafo único - O embarque e o desembarque devem
buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações: ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar
acidentes; Art. 50 - O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via.
Art. 42 - Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu
veículo, salvo por razões de segurança. Art. 51 - Nas vias internas pertencentes a condomínios
constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
Art. 43 - Ao regular a velocidade, o condutor deverá regulamentação da via será implantada e mantida às expensas
observar constantemente as condições físicas da via, do veículo do condomínio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou
e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade do entidade com circunscrição sobre a via.
trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade
estabelecidos para a via, além de: Art. 52 - Os veículos de tração animal serão conduzidos pela
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
anormalmente reduzida; destinada, devendo seus condutores obedecer, no que couber, às
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo normas de circulação previstas neste Código e às que vierem a
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem ser fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja
perigo iminente; Art. 53 - Os animais isolados ou em grupos só podem circular
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária nas vias quando conduzidos por um guia, observado o seguinte:
e a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade. I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns dos
Art. 44 - Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, II - os animais que circularem pela pista de rolamento
transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter deverão ser mantidos junto ao bordo da pista;
seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a
veículos que tenham o direito de preferência. Art. 54 - Os condutores de motocicletas, motonetas e
ciclomotores só poderão circular nas vias:
Art. 45 - Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos
seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção protetores;
se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na II - segurando o guidom com as duas mãos;
área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
trânsito transversal. especificações do CONTRAN.
Art. 46 - Sempre que for necessária a imobilização Art. 55 - Os passageiros de motocicletas, motonetas e
temporária de um veículo no leito viário, em situação de ciclomotores só poderão ser transportados:
emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de I - utilizando capacete de segurança;
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento
suplementar atrás do condutor;
Art. 47 - Quando proibido o estacionamento na via, a parada III - usando vestuário de proteção, de acordo com as
deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou especificações do CONTRAN.
desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres. Art. 56 - (VETADO)
Parágrafo único - A operação de carga ou descarga será
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre Art. 57 - Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita
a via e é considerada estacionamento. da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa
mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que não
Art. 48 - Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida
estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas
fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da das vias urbanas.
calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente Parágrafo único - Quando uma via comportar duas ou mais
sinalizadas. faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de
§ 1º - Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa
estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão adjacente à da direita.
estar situados fora da pista de rolamento.
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 58 - Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a Art. 66 - (VETADO)
circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível Art. 67 - As provas ou competições desportivas, inclusive
a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser
sentido de circulação regulamentado para a via, com realizadas mediante prévia permissão da autoridade de trânsito
preferência sobre os veículos automotores. com circunscrição sobre a via e dependerão de:
Parágrafo único - A autoridade de trânsito com I - autorização expressa da respectiva confederação
circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas;
bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à
automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa. via;
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de
Art. 59 - Desde que autorizado e devidamente sinalizado terceiros;
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos
permitida a circulação de bicicletas nos passeios operacionais em que o órgão ou entidade permissionária
incorrerá.
Art. 60 - As vias abertas à circulação, de acordo com sua Parágrafo único - A autoridade com circunscrição sobre a
utilização, classificam-se em: via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do
I - vias urbanas: contrato de seguro.
a) via de trânsito rápido;
b) via arterial; Normas Gerais de Circulação e Conduta
c) via coletora;
d) via local; As normas gerais de circulação e conduta visam disciplinar
II - vias rurais: e uniformizar as condutas que condutores e pedestre devem
a) rodovias; adotar quando estiverem no trânsito, normatizando ações,
b) estradas. comportamentos, deveres e proibições.
É de grande importância o condutor conhecer e praticar as
Art. 61 - A velocidade máxima permitida para a via será leis de transito e as regras de circulação e conduta para dirigir
indicada por meio de sinalização, obedecidas suas corretamente de acordo com o que determina a legislação.
características técnicas e as condições de trânsito. Todos os condutores de veículos antes de colocarem seus
§ 1º - Onde não existir sinalização regulamentadora, a veículos em circulação nas vias públicas, deverão verificar a
velocidade máxima será de: existência e as boas condições de funcionamento dos
I - nas vias urbanas: equipamentos de uso obrigatório, deverão a todo momento ter
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido: o domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e os
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; cuidados indispensáveis à segurança do trânsito,
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras; assegurando-se da existência de combustível para chegarem
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; ao seu destino, e ainda não deverão dirigir:
II - nas vias rurais: a) Com o braço do lado de fora.
a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº b) Transportando pessoas, animais ou volumes à sua
13.281, de 2016) esquerda ou entre os braços e pernas.
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para c) Com incapacidade física ou mental temporária que
automóveis, camionetas e motocicletas; comprometa a segurança do trânsito.
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais d) Usando calçado que não firme nos pés ou que
veículos; comprometa a utilização dos pedais (ex. chinelos).
3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) e) Com apenas uma das mãos.
b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei nº f) Utilizando de fones de ouvidos conectados a
13.281, de 2016) aparelhagem sonora ou telefones celulares.
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis,
camionetas e motocicletas; Os condutores de veículos deverão abster-se de todo ato
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de
veículos; veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora). propriedade pública ou privada, não obstruindo o trânsito ou
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) torna-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na
§ 2º - O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de obstáculo.
sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas
estabelecidas no parágrafo anterior. Regras de Circulação
Art. 62 - A velocidade mínima não poderá ser inferior à O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas a
metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as circulação obedecerá às seguintes regras:
condições operacionais de trânsito e da via. - A circulação far-se-á sempre pelo lado direito da via,
admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas (daí vem a
Art. 63 - (VETADO) denominação de faixa própria, que é a faixa mais à direita da
via). As exceções, são as situações em que a circulação será
Art. 64 - As crianças com idade inferior a dez anos devem ser pelo lado esquerdo da via, também conhecido como mão
transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções inglesa.
regulamentadas pelo CONTRAN. - Os veículos maiores e mais pesados deverão ocupar a
faixa da direita.
Art. 65 - É obrigatório o uso do cinto de segurança para - O condutor deve guardar distância lateral e frontal entre
condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da
salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
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APOSTILAS OPÇÃO
pista, considerando a velocidade, local, da circulação e A ultrapassagem deverá ser feita respeitadas as demais
condições climáticas. normas de circulação, e regulamente conforme linha de
divisão de fluxos opostos abaixo.
Distância Lateral: é a distância mínima que o condutor
deve guardar ao cruzar ou ultrapassa outro veículo.
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APOSTILAS OPÇÃO
• Deixe livre a passagem à sua esquerda. Desloque-se à carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito,
direita e até mesmo pare, se necessário. Vidas podem estar em obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos
jogo; para a via.
• Se Você for pedestre, aguarde no passeio ao ouvir o A velocidade máxima permitida para a via será indicada
alarme sonoro. Só atravesse a rua quando o veículo já tiver por meio de sinalização, obedecidas suas características
passado por ali. técnicas e as condições de trânsito. Onde não existir sinalização
regulamentadora, a velocidade máxima será de:
É bom lembrar que os veículos que se deslocam sobre
trilhos terão preferência de passagem sobre os demais, Vias Km/h Tipos de veículos
respeitadas as normas de circulação.
Trânsito
80 Todos
Veículos de prestadores de serviços de utilidade pública rápido
(companhias de água, luz, esgoto, telefone, etc.) também
Urbanas Arteriais 60 Todos
têm prioridade de parada e estacionamento no local em
que estiverem trabalhando. Mas o local deve estar Coletoras 40 Todos
sinalizado, segundo as normas do CONTRAN.
Locais 30 Todos
Vias17 Automóveis,
Rodovias de 110 camionetas e
A via é a superfície por onde transitam veículos, pessoas e motocicletas
pista dupla
animais, compreendendo a pista de rolamento, a calçada, o
acostamento, ilha, canteiro central, passeio, passarela, 90 Demais veículos
calçadão, praça, túnel, viaduto e ponte.
Rurais Automóveis,
Rodovias de 100 camionetas e
Classificação das Vias Públicas
pista simples motocicletas
As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização,
classificam-se em: 90 Demais veículos
Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar, 03. (Prefeitura de Itapema/SC - Agente Municipal de
constantemente, as condições físicas da via, do veículo e da Trânsito - MS/CONCURSOS ) Conforme o art. 61, a velocidade
17
http://www.detran.pr.gov.br/arquivos/File/habilitacao/manualdehabilitacao/
manualdehabparte4.pdf.
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APOSTILAS OPÇÃO
máxima permitida para a via será indicada por meio de A criação deste capítulo tem como função tutelar os
sinalização, obedecidas suas características técnicas e as motoristas profissionais, que muitas vezes atravessam país de
condições de trânsito. Nas vias urbanas, onde não existir ponta à ponta sem descanso, envolvendo-se em acidentes e
sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de: perdendo suas vidas em busca de seus objetivos.
(A) Setenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito
rápido, cinquenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e Art 67-B. (VETADO)
vinte quilômetros por hora, nas vias locais.
(B) Cento e dez quilômetros por hora, nas vias de trânsito Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por
rápido, sessenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de
quarenta quilômetros por hora, nas vias locais. transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte
(C) Noventa quilômetros por hora, nas vias de trânsito rodoviário de cargas. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
rápido, setenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e 2015) (antes desta nova redação o tempo máximo de 4 horas
trinta quilômetros por hora, nas vias locais. ininterruptas)
(D) Oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito § 1º Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
rápido, quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de
trinta quilômetros por hora, nas vias locais. transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e o do
tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e
04. (DETRAN/RO - Motorista - IDECAN) Segundo o meia contínuas no exercício da condução. (Incluído pela Lei nº
Código de Trânsito Brasileiro, é PROIBIDA a circulação de 13.103, de 2015)
ciclomotores: Os 30 minutos de descanso podem ser feitos no próprio
(A) Em qualquer via arterial. caminhão (cama do caminhão).
(B) Apenas sobre as calçadas das vias arteriais. § 1º-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
(C) Apenas sobre as calçadas das vias urbanas. a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de
(D) Nas vias arteriais e sobre as calçadas das vias urbanas. passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo
(E) Nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias de direção. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
urbanas. Quanto aos motoristas de veículo rodoviário de passageiros
existe uma maior cuidado quanto ao tempo, sendo que cada 4
05. (TRF/4ª Região - Técnico Judiciário - FCC) Segundo horas de condução serão observados 30 min de descanso.
o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, são veículos que gozam § 2º Em situações excepcionais de inobservância justificada
de prioridade no trânsito, livre circulação e parada: do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de
(A) As ambulâncias, apenas, quando no atendimento de direção poderá ser elevado pelo período necessário para que o
urgência, com os dispositivos sonoros e luminosos acionados, condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a
sendo que os demais veículos devem deixar livre a faixa da segurança e o atendimento demandados, desde que não haja
direita para a sua passagem. comprometimento da segurança rodoviária. (Incluído pela Lei
(B) Os veículos oficiais que transportam autoridades nº 13.103, de 2015)
públicas representantes de um dos poderes (legislativo, Veja que não fora estipulado em tempo determinado, o
executivo e judiciário), quando em deslocamento com as legislador deixou para interpretação do próprio condutor para
respectivas autoridades. que ele faça juízo de valor sobre a situação. A redação anterior
(C) Os veículos de polícia, sob qualquer circunstância, e os dava um tempo determinado de 1h.
de caráter oficial, apenas, quando em urgência. § 3º O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e
(D) Os veículos de socorro de incêndio e salvamento, os quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de
quais terão prioridade no trânsito, apenas, quando em descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e
prestação de serviço de urgência, com os dispositivos sonoros coincidir com os intervalos mencionados no § 1º, observadas no
e luminosos acionados, sendo que os pedestres devem primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.
aguardar sua passagem na calçada para, somente após, (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
atravessar a via. O primeiro período de 8h de fracionamento ininterruptas é
(E) Os veículos oficiais de transporte de autoridades uma inovação, já que de certa forma garante aos condutores um
públicas têm prioridade de trânsito em relação aos demais descanso justo.
veículos, quando no efetivo transporte de autoridade, porém, § 4º Entende-se como tempo de direção ou de condução
não possuem a prerrogativa de livre circulação e parada como apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao
os veículos de polícia. volante, em curso entre a origem e o destino. (Incluído pela Lei
nº 13.103, de 2015)
Gabarito Pessoal o tempo de direção ou de condução é o tempo em
que o motorista fica trabalhando.
01.C / 02.D / 03.D / 04.E / 05.D § 5º Entende-se como início de viagem a partida do veículo
na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como
CAPÍTULO III-A sua continuação as partidas nos dias subsequentes até o destino.
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
PROFISSIONAIS § 6º O condutor somente iniciará uma viagem após o
cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no § 3º
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) § 7º Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) terminais de carga, operador de transporte multimodal de
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei nº cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a seu
13.103, de 2015) serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo referido
§ 1º ao §7º (Revogados). (Redação dada pela Lei nº 13.103, no caput sem a observância do disposto no § 6º. (Incluído pela
de 2015) Lei nº 13.103, de 2015)
§ 8º (VETADO)
Art. 67-D. (VETADO).
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por não haja prejuízo ao fluxo de pedestres. Além do passeio, o
controlar e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67- pedestre também pode utilizar, nas vias rurais, o acostamento.
C, com vistas à sua estrita observância. (Incluído pela Lei nº O § 1º equipara o ciclista ao pedestre, quando desmontado
13.103, de 2015) e empurrando a bicicleta; nestas condições, portanto, poderá
§ 1º A não observância dos períodos de descanso utilizar o passeio e outras áreas de passagem exclusivas
estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às daquele que está a pé. É muito comum o questionamento sobre
penalidades daí decorrentes, previstas neste Código. (Incluído se esta mesma equiparação se estende aos motociclistas;
pela Lei nº 13.103, de 2015) embora seja razoável assim concluir, quando a motocicleta
§ 2º O tempo de direção será controlado mediante estiver desligada e sem a utilização da sua capacidade motora,
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou não é este o posicionamento do Conselho Nacional de Trânsito,
por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha que assim estabeleceu, na Resolução n. 371/10 (Manual
de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no Brasileiro de Fiscalização de Trânsito): “Os veículos
veículo, conforme norma do Contran. (Incluído pela Lei nº motocicleta, motoneta e ciclomotor, quando desmontados
13.103, de 2015) e/ou empurrados nas vias públicas, não se equiparam ao
§ 3º O equipamento eletrônico ou registrador deverá pedestre, estando sujeitos às infrações previstas no CTB”.
funcionar de forma independente de qualquer interferência do A circulação de pedestres também pode ser realizada na
condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído pela Lei nº pista de rolamento, mas apenas quando não houver passeio
13.103, de 2015) (vias urbanas) ou acostamento (vias rurais), sempre com
§ 4º A guarda, a preservação e a exatidão das informações prioridade sobre os veículos (já que estes são responsáveis
contidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de pela sua segurança, nos termos do § 2º do artigo 29). Para
velocidade e de tempo são de responsabilidade do condutor. tanto, devem ser utilizados os bordos da pista, em fila única e,
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) no caso das vias rurais, deve-se andar no sentido contrário ao
O dispositivo disciplina o cuidado com a velocidade que o deslocamento de veículos (para aumentar a visualização de
motorista deve ter. O registrador de instantâneo inalterável de ambos). Somente não poderá ser utilizada a pista de rolamento
velocidade é o aparelho chamado tacógrafo, caso a banca quando houver placa de regulamentação proibitiva (R-29 –
organizadora tente confundi-los. proibido trânsito de pedestres) ou quando a segurança ficar
comprometida, não havendo, todavia, mecanismo para
CAPÍTULO IV punição dos pedestres faltosos.
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO O § 4º pretendia autorizar a utilização da pista também
MOTORIZADOS quando o pedestre transportasse objetos que atrapalhassem a
circulação dos demais, mas tal dispositivo foi vetado sob a
Art. 68 - É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios justificativa de que tal exceção colocaria em risco a integridade
ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos física das pessoas e inibiria o fluxo normal de tráfego.
das vias rurais para circulação, podendo a autoridade O § 5º demonstrou grande preocupação do legislador, em
competente permitir a utilização de parte da calçada para relação à criação de novas vias, pois obrigou que, nos trechos
outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres. urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas,
§ 1º - O ciclista desmontado empurrando a bicicleta deve ser previsto passeio destinado à circulação dos
equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o
§ 2º - Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou acostamento (a expressão “obras de arte”, segundo o Anexo I
quando não for possível a utilização destes, a circulação de do CTB, refere-se às passagens subterrâneas e às passarelas).
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre
os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais Art. 69 - Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a
ficar comprometida. visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando
§ 3º - Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas
quando não for possível a utilização dele, a circulação de existirem numa distância de até cinquenta metros dele,
pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre observadas as seguintes disposições:
os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via
contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança II - para atravessar uma passagem sinalizada para
ficar comprometida. pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista:
§ 4º - (VETADO) a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das
§ 5º - Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte luzes;
a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o
circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos;
usar o acostamento. III - nas interseções e em suas proximidades, onde não
§ 6º - Onde houver obstrução da calçada ou da passagem existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via
para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a na continuação da calçada, observadas as seguintes normas:
via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de
circulação de pedestres. que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
O Anexo18 I do CTB faz uma distinção entre calçada e b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres
passeio e é com base nesta distinção, que o artigo 68 não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar
estabelece o direito do pedestre, na utilização do passeio e a sobre ela sem necessidade.
possibilidade de que a calçada seja destinada para outros fins,
como instalação de bancas de jornais, telefones públicos, As regras19 para que o pedestre atravesse a pista de
coletores de lixo ou postes de sinalização, implantação de rolamento estão descritas no artigo 69, de observância
jardim etc., a critério da autoridade de trânsito, e desde que obrigatória, sob pena de, não as cumprindo, ensejar-lhe
responsabilidade. Assim, ao contrário do que muitos pensam,
18 http://www.ctbdigital.com.br/comentario/comentario68-52. 19 http://www.ctbdigital.com.br/comentario/comentario69-245.
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APOSTILAS OPÇÃO
quando um pedestre é vítima de um atropelamento, por pedestre já tenha iniciado a travessia, os condutores deverão
exemplo, nem sempre podemos concluir, de maneira aguardar que ele chegue com segurança até o passeio, mesmo
automática, que o condutor do veículo automotor é o culpado após a mudança do sinal semafórico, liberando a passagem dos
(ainda que o Código de Trânsito estabeleça a ordem de veículos.
responsabilidade, na qual todos devem cuidar do pedestre – A desobediência ao artigo 70 pode configurar uma das
artigo 29, § 2º). infrações de trânsito previstas no artigo 214, que amplia o
Se, em determinada ocorrência específica, verificar-se que direito de passagem do pedestre também ao condutor de
o pedestre é que descumpriu as normas viárias, além de o veículo não motorizado, nas seguintes situações:
condutor não responder pela lesão corporal sofrida pelo I – que se encontre na faixa própria;
atropelado, pode ainda o Poder Judiciário atribuir ao pedestre II – que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra
o dever de indenizar os danos ocorridos no veículo do sinal verde para o veículo;
atropelante. O CTB chega, até mesmo, a estabelecer III – portadores de deficiência física, crianças, idosos e
responsabilidades de natureza administrativa, ao prescrever gestantes;
as infrações de trânsito cometidas por pedestres (artigo 254), IV – quando houver iniciado a travessia, mesmo que não
puníveis com multa de valor equivalente a 50% das infrações haja sinalização;
de natureza leve (ou seja, R$ 26,60), o que, infelizmente, não V – que esteja atravessando a via transversal para onde se
ocorre por um único motivo: não há, ainda, sistemática que dirige o veículo.
permita a aplicação de multa diretamente ao infrator que Tais infrações se configuram pelo simples desleixo do
utiliza a via pública a pé. motorista, que não observa a necessidade do pedestre ou do
Independente, portanto, de seu direito de preferência na condutor de veículo não motorizado que pretende atravessar
utilização da via pública, deve o pedestre sempre adotar a via; contudo, se a manobra efetuada pelo condutor for ainda
precauções de segurança na travessia da via, levando em conta mais contundente, no sentido de ameaçar aqueles que
a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos. A realizam a travessia, estará configurada infração de trânsito
utilização de faixas ou passagens a ele destinadas (faixa de mais gravosa, constante do artigo 170 do CTB: “Dirigir
pedestres, passarelas, passagens subterrâneas) somente é ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via
obrigatória, quando existir numa distância de até 50 metros de pública, ou os demais veículos”, de natureza gravíssima, para a
onde ele se encontra (se existir em uma distância maior, o qual se prevê as penalidades de multa e suspensão do direito
pedestre não é obrigado a caminhar até a faixa ou passagem, de dirigir.
para atravessar a via). Cabe lembrar, finalmente, que, apesar de não existir (pelo
menos até o presente momento) mecanismo hábil para
Além desta cautela, prevê o artigo 69 três regras simples: aplicação de multa aos pedestres, estes também estão sujeitos
1ª) se não houver faixa ou passagem, o cruzamento deve a serem responsabilizados por infrações de trânsito, previstas
ser feito em sentido perpendicular; no artigo 254.
2ª) onde houver passagem sinalizada, obedecer à
sinalização semafórica de pedestres ou, na sua inexistência, Art. 71 - O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
aguardar a interrupção do fluxo de veículos (pelo semáforo manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres
destinado aos veículos ou por meio de ação do agente de em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e
trânsito); sinalização.
3ª) nos cruzamentos sem faixa de pedestre, atravessar na
continuação da calçada, sem atrapalhar o trânsito. O artigo 71 trata21 das boas condições das faixas e
passagens de pedestres (segundo os conceitos previstos no
Art. 70 - Os pedestres que estiverem atravessando a via Anexo I do CTB, estas passagens são: as passarelas e as
sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagens subterrâneas, definidas, respectivamente, como
passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde "obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível
deverão ser respeitadas as disposições deste Código. aéreo, e ao uso de pedestres" e "obra de arte destinada à
Parágrafo único - Nos locais em que houver sinalização transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de
semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres ou veículos").
pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso As faixas de travessia de pedestres constituem uma das
de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos. marcas transversais, integrantes da sinalização horizontal de
trânsito, podendo ser do tipo zebrada ou paralela, conforme
A preferência20 ao pedestre não é absoluta, como alguns item 2.2.3 do Anexo II do CTB, devendo atender às
pensam. Embora exista uma regra de responsabilidade, especificações da Resolução do Conselho Nacional de Trânsito
segundo a qual os condutores de veículos são responsáveis n. 236/07.
pela segurança dos pedestres (artigo 29, § 2º, do CTB), o A obrigação de manter estes locais em boas condições de
próprio Código também prevê as situações em que, visibilidade, higiene, segurança e sinalização, é do órgão ou
efetivamente, os pedestres terão a prioridade de passagem na entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a
via: quando estiverem realizando a travessia nas faixas via, de acordo com as competências do Sistema Nacional de
delimitadas para esse fim (as faixas de travessia de pedestres, Trânsito, o que significa que, nas vias urbanas, tal atribuição
zebradas ou paralelas, são tipos de marcas transversais, recai sobre o órgão de trânsito municipal e, nas vias rurais,
constantes da sinalização horizontal de trânsito, conforme sobre o órgão rodoviário da União, Estados ou Municípios, a
previsão do item 2.2.3.d. do Anexo II do CTB). depender do tipo de rodovia, na conformidade dos artigos 24,
Além disso, faz-se a ressalva de que, nos locais em que inciso III, e 21, inciso III, ambos tratando da competência,
existir sinalização semafórica, tanto o condutor do veículo destes órgãos, em "implantar, manter e operar o sistema de
quanto o pedestre devem atender às luzes respectivas, para sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle
alternar o direito de passagem (neste aspecto, destaca-se que viário".
a sinalização semafórica tem como função, justamente, A inobservância deste dispositivo pode acarretar, para o
controlar os deslocamentos – item 4.1 do Anexo II). Como órgão que se omitir, o dever de indenizar eventuais prejuízos
prevê o parágrafo único do artigo sob comento, caso o causados aos cidadãos, tendo em vista a responsabilidade
20 Idem 21 http://www.ctbdigital.com.br/comentario/comentario71-208.
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APOSTILAS OPÇÃO
objetiva prescrita pelo artigo 1°, parágrafo 3°: "Os órgãos e ambiente” e o § 1º do artigo 269, que igualmente menciona a
entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito “proteção à vida e à incolumidade física da pessoa”. Assim, a
respondem, no âmbito das respectivas competências, interpretação sistemática da legislação de trânsito nos permite
objetivamente, por danos causados aos cidadãos, em virtude concluir que as ações de educação para o trânsito devem ser
de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de direcionadas com um fim delimitado: mudança de
programas, projetos e serviços que garantam o exercício do comportamento dos usuários da via, para incremento da
direito do trânsito seguro". segurança do trânsito.
A educação para o trânsito contempla, destarte, as diversas
CAPÍTULO V ações, sejam aquelas adotadas de maneira associada a outras
DO CIDADÃO atividades dos órgãos públicos, ou as decorrentes de projetos
e programas que busquem conscientizar a comunidade sobre
Art. 72 - Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de a necessidade de adoção de comportamentos seguros. O
solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema processo educacional não deve ser compreendido como mero
Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de mecanismo de divulgação de informações e disseminação do
equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em conhecimento sobre trânsito, mas como um processo muito
normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código. mais amplo, que possui como foco principal a devida
O que acontece em algumas vias perigosas é a população adequação cultural do modo de agir no ambiente viário. Visto
reivindicar aos órgãos a instalação de radares para coibir os sob esta óptica, podemos dizer que até a multa educa, posto
motoristas que conduzem seus veículos sem muita que acarreta, por meio da punição a atos incorretos, a correção
responsabilidade. de atitudes e a consequente mudança comportamental.
Quanto ao § 2º do artigo 74, merece destaque a Resolução
O Próximo artigo demonstra o que os órgãos competentes CONTRAN nº 207/06, que estabelece critérios de
deverão fazer quando solicitado. padronização para funcionamento das Escolas Públicas de
Art. 73 - Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Trânsito, cuja finalidade precípua é a execução de cursos,
Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e ações e projetos educativos, voltados para o exercício da
responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a cidadania no trânsito.
possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou O Conselho Nacional do Transito – CONTRAN, através da
justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao Resolução nº 30/98, regulamenta as campanhas
solicitante quando tal evento ocorrerá. permanentes de segurança de transito mencionadas no
Parágrafo único - As campanhas de trânsito devem artigo acima, prescrevendo a competência para o
esclarecer quais as atribuições dos órgãos e entidades Departamento Nacional de Trânsito para apresentar as
pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proceder propostas para a realização destas campanhas, que deverão
a tais solicitações. ser desenvolvidas em torno de temas específicos, tais como
fatores de risco e acidentes.
CAPÍTULO VI A resolução em comento estabelece como principais
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO fatores de risco: acidentes com pedestres, ingestão de álcool,
excesso de velocidade, segurança veicular, equipamentos
Art. 74 - A educação para o trânsito é direito de todos e obrigatórios, entre outros, sendo que se trata de rol
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema exemplificativo. O tema a ser trabalhado nacionalmente
Nacional de Trânsito. deverá ser aprovado pelo Conselho Nacional do Transito –
§ 1º - É obrigatória a existência de coordenação educacional CONTRAN.
em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de
Trânsito. Art. 75 - O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e
§ 2º - Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que
promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do
convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos
moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN. referentes às férias escolares, feriados prolongados e à Semana
Nacional de Trânsito.
A educação para o trânsito constitui, pela regra do artigo § 1º - Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
74, a única atividade que deve ser compartilhada por toda a Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbito de sua
Administração pública de trânsito, tratando-se de dever circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
prioritário do Sistema Nacional de Trânsito. Assim, § 2º - As campanhas de que trata este artigo são de caráter
independente de se tratar de órgão ou entidade normativo, permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e
executivo, fiscalizador ou julgador, todos eles devem possuir imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-
uma coordenação educacional, nos termos do dispositivo sob las gratuitamente, com a frequência recomendada pelos órgãos
comento. competentes do Sistema Nacional de Trânsito.
Aliás, no caso dos órgãos e entidades executivos de trânsito
dos municípios, a existência de estrutura organizacional e Art. 76 - A educação para o trânsito será promovida na pré-
capacidade instalada para o exercício da atividade de educação escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
para o trânsito compõe o conjunto de requisitos obrigatórios planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades
para a integração do município ao Sistema Nacional de do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
Trânsito, conforme prevê o artigo 1º da Resolução CONTRAN Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas
nº 296/08, que regulamentou o § 2º do artigo 24 do CTB. áreas de atuação.
Por se tratar de dever e de prioridade, o trabalho de Parágrafo único - Para a finalidade prevista neste artigo, o
educação para o trânsito merece ser tratado em consonância Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do
com outros três dispositivos legais, que também versam sobre CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades
as ações primordiais dos órgãos de trânsito: o § 2º do artigo Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá:
1º, que estabelece o “dever de propiciar o trânsito em I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
condições seguras”, o § 5º do artigo 1º, que privilegia a “defesa interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de
da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio- trânsito;
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II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o motoristas (formação de condutores; reciclagem de infratores,
trânsito nas escolas de formação para o magistério e o cursos especializados para transportes de passageiros e
treinamento de professores e multiplicadores; outros), isto porque há previsão na Resolução nº 168/2004 do
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para Conselho Nacional do Transito – CONTRAN.
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao
trânsito; Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de componentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação de mensagens
trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na educativas de trânsito em todo o território nacional, em caráter
área de trânsito. suplementar às campanhas previstas nos arts. 75 e 77.
O artigo 77 – tendo como objetivo instituir os artigos
A ideia do legislador no artigo 76 foi a criação de um seguintes (77-B a 77-E), propondo mecanismos para a
programa nacional de implantação da educação para o transito realização das campanhas educativas previstas nos artigos
em todos os níveis de ensino, começando junto com a formação anteriores.
escolar do aluno, com a intensão de ir além da
interdisciplinariedade do tema nas escolas, mas também tendo Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou
a pretensão de: promoção, nos meios de comunicação social, de produto oriundo
- Formar professores especializados na área de educação da indústria automobilística ou afim, incluirá,
para o trânsito; obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser
- Criar grupos, formados por profissionais especializados, conjuntamente veiculada.
a fim de realizar o levantamento de dados estatísticos; § 1º Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se
- Fazer parcerias com as Universidades a fim de elaborar produtos oriundos da indústria automobilística ou afins:
planos de redução de acidentes. I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie,
incluídos os de passageiros e os de carga;
O que se nota é que tal dispositivo não tem ainda aplicação II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos
prática, uma vez que as poucas iniciativas voltadas para este veículos mencionados no inciso I.
tema vieram em forma de normas de transito, que não tem o § 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda
condão de criar regras aplicáveis aos estabelecimentos de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante do
educacionais. Entre as normas podemos citar: produto, em qualquer das seguintes modalidades:
a) Portaria do DENATRAN n. 147, de 02/06/09, que I – rádio;
estabelece as Diretrizes Nacionais de Educação para o Trânsito II – televisão;
na Pré-Escola e no Ensino Fundamental, com a finalidade de III – jornal;
“trazer um conjunto de orientações capaz de nortear a prática IV – revista;
pedagógica voltada ao tema trânsito”; e V – outdoor.
b) Resolução do CONTRAN n. 265, de 14/12/07, que § 3º Para efeito do disposto no § 2º, equiparam-se ao
dispõe sobre a formação teórico-técnica do processo de fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o
habilitação de condutores de veículos automotores e elétricos, revendedor autorizado dos veículos e demais produtos
como atividade extracurricular no ensino médio e define os discriminados no § 1º deste artigo.
procedimentos para implementação nas escolas interessadas. No caso do artigo 77 – B, o legislador vinculou a promoção
O Artigo 76 traz algumas nomenclaturas que se e marketing de produtos que tenham relação com o trânsito
encontram defasadas, tais como Ministério da Educação e do (veículos, peças, acessórios, etc.) à necessidade de educação no
Desporto, que desde 1999 passou a ser denominado apenas trânsito, exigindo que toda a mídia utilizada para tais produtos
Ministério da Educação. Também houveram modificações também tenham mensagens educativas.
quanto aos níveis escolares, que deixaram de ser organizados Ainda, o legislador estipulou que todos os meios utilizados
em graus (1º, 2º e 3º) e passaram a ser nomeados como pelo fabricante de produtos automotivos esteja devidamente
“educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e vinculada à mensagens educativas. O rol apresentado no §2º é
educação superior”. Contudo, a aplicação do artigo em estudo exemplificativo e pode ser ampliado conforme o surgimento
segue sendo a mesma. de novas mídias, como o caso da internet.
Art. 77 - No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em
Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a serem respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B
seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de trânsito. estende-se à propaganda de qualquer tipo de produto e
Parágrafo único - As campanhas terão caráter permanente anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo eleitoral.
intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76. O artigo 77 – C preocupou-se com a questão dos motoristas
que trafegam nas rodovias, onde há o maior índice de
O artigo 77 prevê, além das campanhas de educação sobre acidentes. Assim sendo, determinou que qualquer tipo de
o transito em caráter permanente, também estabelece a propaganda que seja colocada às margens da rodovia deverá
necessidade de educação especifica para esclarecimento conter mensagens educativas para o transito.
da população em geral sobre a forma de prestar os primeiros Não há dúvidas que as mensagens publicitarias com
socorros às vítimas de acidentes. conteúdo educativo não podem ficar a cargo dos próprios
Percebe-se que a intensão do legislador era que o Conselho fabricantes, então, resta claro que cabe ao Conselho Nacional
Nacional do Transito – CONTRAN apresentasse propostas para do Transito – CONTRAN regulamentar o conteúdo e a forma
o Ministério da Saúde, que seria o responsável por tais das mensagens a serem adicionadas às propagandas
campanhas de conscientização, dando especial atenção aos publicitárias.
períodos mais críticos, tais como férias escolares, feriados Caso os fabricantes de material automotivo não cumpram
prolongados e a Semana Nacional do Trânsito. com as determinações dos artigos acima, nos moldes
O que se vê na prática é que o ensino de primeiros socorros estabelecidos pelo Conselho Nacional do Transito – CONTRAN,
limita-se aos cursos de formação e especialização de
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APOSTILAS OPÇÃO
poderão ser aplicadas sanções, que vão desde um advertência Nacional de Trânsito, em especial nos períodos referentes às
até a aplicação de multa. férias escolares, feriados prolongados e à Semana Nacional de
Vale ressaltar que do cometimento de qualquer infração Trânsito, mas os serviços de rádio e difusão sonora de sons e
descrita, será suspensa a veiculação da publicidade que estiver imagens explorados pelo poder público não são obrigados a
em desacordo. difundi-las gratuitamente.
(D) O Ministério da Educação e do Desporto, mediante
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das
especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio,
mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na promoverá campanha nacional esclarecendo condutas a
respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se trânsito.
refere o art. 75.
02. (DETRAN/MT - Agente do Serviço de Trânsito -
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo UFMT) A educação para o trânsito é um direito de todos e
com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infração constitui dever prioritário para os órgãos do Sistema Nacional
punível com as seguintes sanções: de Trânsito (SNT). Sobre o assunto, assinale a afirmativa
I – advertência por escrito; correta.
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de (A) Os Conselhos Nacional, Estaduais e do Distrito Federal
qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 de Trânsito, bem como os órgãos e entidades executivos de
(sessenta) dias; trânsito deverão promover, dentro de sua estrutura ou
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete reais) mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de
a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobrada do Trânsito.
dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. (Redação dada (B) Para implementação de programas educativos em
pela Lei nº 13.281, de 2016) geral, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) assegura o repasse
§ 1º As sanções serão aplicadas isolada ou de 20% do total de valores arrecadados pelo Seguro
cumulativamente, conforme dispuser o regulamento. Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos
§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, Automotores de Via Terrestre (DPVAT) ao Conselho Nacional
qualquer infração acarretará a imediata suspensão da de Trânsito.
veiculação da peça publicitária até que sejam cumpridas as (C) É obrigatória a existência de coordenação educacional
exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D. nos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios a quem incumbirá
Art. 78 - Os Ministérios da Saúde, da Educação e do exclusivamente a execução e a promoção dos temas e
Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por cronogramas das campanhas estabelecidas pelo Conselho
intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão Nacional de Trânsito.
programas destinados à prevenção de acidentes. (D) Toda peça publicitária destinada à divulgação ou
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos promoção, nos meios de comunicação social, de produto
valores arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito.
Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº
6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados 03. (DETRAN/MT - Pedagogo - UFMT) Sobre a educação
mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para o trânsito prevista no Código de Trânsito Brasileiro,
para aplicação exclusiva em programas de que trata este artigo. assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) Será promovida, especificamente, nas escolas de
Art. 79 - Os órgãos e entidades executivos de trânsito Ensino Fundamental, por meio de planejamento e ações
poderão firmar convênio com os órgãos de educação da União, coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito
cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo. Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
(B) É obrigatória a existência de coordenação educacional
Questões em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional
de Trânsito.
01. (DETRAN/MT - Agente do Serviço de Trânsito - (C) Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
UFMT) O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) dispõe, em seu promover, dentro de sua estrutura organizacional ou
artigo 74, que “A educação para o trânsito é direito de todos e mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo Conselho
Nacional de Trânsito”. Seguindo essa orientação e, com vista a Nacional de Trânsito.
efetivar os direitos e deveres para a educação para o trânsito, (D) A educação para o trânsito é direito de todos e constitui
assinale a afirmativa correta. dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de
(A) Toda peça publicitária destinada à divulgação ou Trânsito.
promoção, nos meios de comunicação social, de produto
oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá, 04. (DETRAN/RJ - Assistente Técnico de Trânsito -
obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser FGV) De acordo com o CTB, “No âmbito da educação para o
conjuntamente veiculada. trânsito caberá ao_______________, mediante proposta do
(B) A veiculação de publicidade feita em desacordo com as CONTRAN, estabelecer campanha nacional esclarecendo
condições fixadas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) condutas a serem seguidas nos primeiros socorros em caso de
constitui infração punível com sanções que, se aplicadas acidente de trânsito.”
isoladas ou cumulativamente, dispensarão a suspensão da Assinale a alternativa cujo conteúdo completa
veiculação da peça publicitária em desacordo com a legislação. CORRETAMENTE a lacuna do trecho acima.
(C) O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os (A) Ministério da Saúde.
cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão (B) Ministério dos Transportes.
ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema (C) Ministério da Fazenda.
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 80 - Sempre que necessário, será colocada ao longo da Art. 89 - A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
via, sinalização prevista neste Código e em legislação I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a circulação e outros sinais;
utilização de qualquer outra. II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
§ 1º - A sinalização será colocada em posição e condições III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de
que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a trânsito.
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito,
conforme normas e especificações do CONTRAN. Art. 90 - Não serão aplicadas as sanções previstas neste
§ 2º - O CONTRAN poderá autorizar, em caráter Código por inobservância à sinalização quando esta for
experimental e por período prefixado, a utilização de insuficiente ou incorreta.
sinalização não prevista neste Código. § 1º - O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
§ 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas sobre a via é responsável pela implantação da sinalização,
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de colocação.
estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu proprietário. § 2º - O CONTRAN editará normas complementares no que
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização.
01.C
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APOSTILAS OPÇÃO
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APOSTILAS OPÇÃO
metodologia e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, § 5º - Será aplicada a medida administrativa de retenção
ouvido o órgão ou entidade de metrologia legal. aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de
emissão de gases poluentes e ruído.
Art. 100 - Nenhum veículo ou combinação de veículos § 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput,
poderá transitar com lotação de passageiros, com peso bruto durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os
total, ou com peso bruto total combinado com peso por eixo, veículos novos classificados na categoria particular, com
superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham
capacidade máxima de tração da unidade tratora. suas características originais de fábrica e não se envolvam em
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.
poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
13.281, de 2016) § 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata o
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) características originais de fábrica e não se envolvam em
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.
passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016) Art. 105 - São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
Art. 101 - Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica
transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao
de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser transporte de passageiros em percursos em que seja permitido
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, viajar em pé;
autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de
necessárias. carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e
§ 1º - A autorização será concedida mediante requerimento trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo
que especificará as características do veículo ou combinação de inalterável de velocidade e tempo;
veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos
deslocamento inicial. automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
§ 2º - A autorização não exime o beneficiário da IV - (VETADO)
responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases
combinação de veículos causar à via ou a terceiros. poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo
§ 3º - Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões CONTRAN.
poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna
a via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses, dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. lado esquerdo.
VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal
Art. 102 - O veículo de carga deverá estar devidamente para o condutor e o passageiro do banco dianteiro
equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento § 1º - O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos
da carga sobre a via. obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações
Parágrafo único - O CONTRAN fixará os requisitos mínimos técnicas.
e a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de § 2º - Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou
acordo com a sua natureza. acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e
medidas administrativas previstas neste Código.
Seção II § 3º - Os fabricantes, os importadores, os montadores, os
Da Segurança dos Veículos encarroçadores de veículos e os revendedores devem
comercializar os seus veículos com os equipamentos
Art. 103 - O veículo só poderá transitar pela via quando obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais
atendidos os requisitos e condições de segurança estabelecidos estabelecidos pelo CONTRAN.
neste Código e em normas do CONTRAN. § 4º - O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento
§ 1º - Os fabricantes, os importadores, os montadores e os do disposto neste artigo.
encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de § 5º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos de
condições estabelecidas pelo CONTRAN. automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados,
§ 2º - O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a importados, montados ou encarroçados, a partir do 1º
periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os (primeiro) ano após a definição pelo Contran das especificações
montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento aos técnicas pertinentes e do respectivo cronograma de
requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, manter implantação e a partir do 5º (quinto) ano, após esta definição,
disponíveis a qualquer tempo os resultados dos testes e ensaios para os demais automóveis zero quilômetro de modelos ou
dos sistemas e componentes abrangidos pela legislação de projetos já existentes e veículos deles derivados.
segurança veicular. § 6º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação.
Art. 104 - Os veículos em circulação terão suas condições de
segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído Art. 106 - No caso de fabricação artesanal ou de
avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição
periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de de equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será
segurança e pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e exigido, para licenciamento e registro, certificado de segurança
ruído. expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou
§ 1º ao §4º- (VETADOS) entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo
CONTRAN.
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 107 - Os veículos de aluguel, destinados ao transporte Art. 115 - O veículo será identificado externamente por meio
individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua
das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos
aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo CONTRAN.
pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a § 1º - Os caracteres das placas serão individualizados para
exploração dessa atividade. cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo
vedado seu reaproveitamento.
Art. 108 - Onde não houver linha regular de ônibus, a § 2º - As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a Nacional serão usadas somente pelos veículos de representação
título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos
ou misto, desde que obedecidas as condições de segurança Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do
estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN. Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos
Parágrafo único - A autorização citada no caput não Ministros de Estado, do Advogado-Geral da União e do
poderá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a Procurador-Geral da República.
autoridade pública responsável deverá implantar o serviço § 3º - Os veículos de representação dos Presidentes dos
regular de transporte coletivo de passageiros, em conformidade Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários
com a legislação pertinente e com os dispositivos deste Código. Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembleias
Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos
Art. 109 - O transporte de carga em veículos destinados ao Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças
as normas estabelecidas pelo CONTRAN. Armadas terão placas especiais, de acordo com os modelos
estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 110 - O veículo que tiver alterada qualquer de suas § 4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a
características para competição ou finalidade análoga só arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar
poderá circular nas vias públicas com licença especial da trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados. registro na repartição competente, se transitarem em via
pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento.
Art. 111 - É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
I - (VETADO) § 4º-A. Os tratores e demais aparelhos automotores
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a
veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar
retrovisores em ambos os lados. em via pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e
painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer a Abastecimento, acessível aos componentes do Sistema Nacional
segurança do veículo, na forma de regulamentação do de Trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
CONTRAN. § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso
Parágrafo único - É proibido o uso de inscrição de caráter bélico.
publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos § 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da
condutores em toda a extensão do para-brisa e da traseira dos placa dianteira.
veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito. § 7º Excepcionalmente, mediante autorização específica e
fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida
Art. 112 - REVOGADO. comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos
utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério
Art. 113 - Os importadores, as montadoras, as Público que exerçam competência ou atribuição criminal
encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são poderão temporariamente ter placas especiais, de forma a
responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma de
usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho
oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do Ministério
equipamentos utilizados na sua fabricação. Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de Trânsito -
CONTRAN.
Seção III § 8º Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola
Da Identificação do Veículo (jericos), para efeito do registro de que trata o § 4º-A, ficam
dispensados da exigência prevista no art. 106. (Incluído pela Lei
Art. 114 - O veículo será identificado obrigatoriamente por nº 13.154, de 2015)
caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos § 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a
em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN. identificação do veículo ao qual estão atreladas são dispensadas
§ 1º - A gravação será realizada pelo fabricante ou da utilização do lacre previsto no caput, na forma a ser
montador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as regulamentada pelo Contran. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
suas características, além do ano de fabricação, que não poderá 2016)
ser alterado.
§ 2º - As regravações, quando necessárias, dependerão de Art. 116 - Os veículos de propriedade da União, dos Estados
prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e e do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados,
somente serão processadas por estabelecimento por ela somente quando estritamente usados em serviço reservado de
credenciado, mediante a comprovação de propriedade do caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os
veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano critérios e limites estabelecidos pela legislação que regulamenta
de fabricação. o uso de veículo oficial.
§ 3º - Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da
autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, Art. 117 - Os veículos de transporte de carga e os coletivos
modificações da identificação de seu veículo. de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a
inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
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APOSTILAS OPÇÃO
- Tração: refere-se àquilo que é utilizado para colocar o O artigo 97 chega a ter caráter redundante, uma vez que
veículo em movimento. Os veículos poderão ser automotores cabe ao Conselho Nacional do Transito – CONTRAN a
(quando sua propulsão for independente e suficiente para regulamentação das normas de trânsito em geral, é de se
movê-los), elétricos (movidos à combustíveis fósseis ou à esperar que caberia à ele também a formulação das regras
eletricidade) e os de propulsão humana. para registro e demais situações envolvendo os veículos.
- Espécie: neste sentido, classificam-se os veículos de Os veículos devem seguir algumas regras quanto ao seu
acordo com sua utilidade, sua serventia, havendo previsão de registro e utilização, assim sendo, resta claro que a
sete diferentes formas: de passageiros, de carga, misto, de modificação de algum item que possa interferir nestes
competição, de tração, especial e de coleção quesitos, deverá ser objeto de análise e aprovação por parte do
órgão responsável. Nem todas as alterações necessitam de
- Categoria: tem por finalidade demonstrar a propriedade autorização, visto que dizem respeito apenas à aspectos
do veículo. A classificação quanto à categoria resultará nas visuais, segurança e outros, desde que não interfiram nas
cores a serem utilizadas nas placas de identificação (fundo e especificações originais do veículo (incluir aerofólio,
dígitos), conforme o estabelecido na Resolução do Consellho acrescentar luzes, personalizar o veículo).
Nacional de Trânsito nº 231/07.
Para que a alteração estrutural possa ser realizada, exige-
Para facilitar os estudos, a classificação dos veículos foi se o cumprimento de três etapas:
organizada na seguinte tabela: I) autorização prévia do órgão de trânsito;
II) comprovação de que a alteração efetuada não
CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS compromete a segurança automotiva (mediante obtenção de
Tração Espécie Categoria Certificado de Segurança Veicular – CSV, expedido por
Instituição Técnica Licenciada pelo Denatran); e
III) registro da modificação nos documentos do veículo
Tração Animal a) Passageiros Aprendizagem
(Certificados de Registro e o de Licenciamento). Para cada tipo
Reboque ou Triciclo Particular
de alteração, todavia, deve o interessado verificar, na
Semireboque
Resolução mencionada, quais são os critérios específicos a
Automotor Motoneta Aluguel
serem atendidos.
Propulsão Quadriciclo Representação
Humana Diplomática As vias deverão conter sinalização quanto aos limites de
Elétrico Reboque ou Oficial peso e dimensões dos veículos que poderão trafegar ali.
semirreboque
Bicicleta O artigo 100 coaduna-se com as demais especificações no
Automóvel sentido de que a segurança no transito tem total relevância e
Micro-ônibus total atenção das autoridades. O veículo que não atende à estes
Ônibus requisitos coloca em risco a segurança de muitas pessoas e
Bonde deve ser fiscalizado e autorizado.
Ciclomotor
Quanto à Segurança dos Veículos, o artigo 103 vincula a
b) Carga autorização para o transito do veículo aos requisitos e
Triciclo condições de segurança estabelecidos por esta lei e resoluções
Motoneta complementares. Esta regra tem como destinatária a indústria
Quadriciclo automobilística.
Reboque ou
semirreboque De acordo com o Artigo 104, são exigidos dois tipos de
Caminhonete inspeção veicular:
Caminhão 1. Inspeção de segurança veicular, conforme normas do
Motocicleta Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN;
Carroça 2. Inspeção de controle de emissão de gases poluentes e de
Carro de mão ruído,
c) Especial
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APOSTILAS OPÇÃO
22 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/d86714.htm 23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/DNN/Anterior%20a%202000/1993/Dnn1
613.htm
Conhecimentos Específicos 36
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APOSTILAS OPÇÃO
ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
diretamente ou mediante convênio. (Incluído pela Lei nº 13.154, Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.
de 2015) § 1º - O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso
bélico.
Questões § 2º - No caso de transferência de residência ou domicílio, é
válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
01. (CODAR - Operador de Retroescavadeira –
EXATUS) NÃO será obrigatória a expedição de novo Art. 131 - O Certificado de Licenciamento Anual será
Certificado de Registro de Veículo quando: expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de
(A) For alterada qualquer característica do veículo. Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo
(B) For transferida a propriedade. CONTRAN.
(C) Houver mudança de categoria. § 1º - O primeiro licenciamento será feito simultaneamente
(D) O proprietário mudar de endereço dentro do mesmo ao registro.
município. § 2º - O veículo somente será considerado licenciado estando
quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de
02. (DETRAN/MT - Administrador - UFMT) Sobre o trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
registro de veículos pelo Sistema Nacional de Trânsito (SNT), independentemente da responsabilidade pelas infrações
assinale a afirmativa correta. cometidas.
(A) Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de § 3º - Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá
Registro de Veículo de acordo com os modelos e especificações comprovar sua aprovação nas inspeções de segurança veicular
estabelecidos pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do e de controle de emissões de gases poluentes e de ruído,
Distrito Federal. conforme disposto no art. 104.
(B) No caso de transferência de propriedade, o prazo para
o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação Art. 132 - Os veículos novos não estão sujeitos ao
da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN
sessenta dias. durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
(C) No caso de mudança de domicílio ou residência para § 1º O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos
outro Município pelo proprietário, as providências necessárias veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou
à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de entreposto alfandegário e o Município de destino. (Renumerado
Veículo deverão ser imediatas. do parágrafo único pela Lei nº 13.103, de 2015)
(D) Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque
ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão Art. 133 - É obrigatório o porte do Certificado de
executivo de trânsito do Município. Licenciamento Anual.
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no
Gabarito momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido
sistema informatizado para verificar se o veículo está licenciado.
01.D / 02.C (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
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APOSTILAS OPÇÃO
licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou
Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os
veículo. doze últimos meses;
(C) O primeiro licenciamento será feito apenas após o V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da
registro. regulamentação do CONTRAN.
(D) Os veículos novos estão sujeitos ao licenciamento e
terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o trajeto Art. 139 - O disposto neste Capítulo não exclui a
entre a fábrica e o Município de destino. competência municipal de aplicar as exigências previstas em
seus regulamentos, para o transporte de escolares.
02. (SURG - Agente de Trânsito - CONSULPAM)
Utilizando-se as disposições do Código de Trânsito Brasileiro Não existe no Código de Trânsito Brasileiro uma definição
relativas ao licenciamento de veículos, identifique a do que vem a ser veículos “escolares”, no entanto é o
alternativa INCORRETA: posicionamento corrente de que as regras estabelecidas para
(A) Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque a condução destas pessoas limitam-se ao transporte de
ou semirreboque, ou de uso bélico, para transitar na via, crianças em idade escolar.
deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de O Código de Trânsito Brasileiro tem previsão dos Artigos
trânsito do Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver 136 a 139.
registrado o veículo.
(B) O veículo somente será considerado licenciado estando As exigências mínimas para o veículo utilizado para a
quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de condução de escolares, nos termos do artigo 136, podem ser
trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, complementadas por meio de leis municipais, como prevê o
independentemente da responsabilidade pelas infrações artigo 139 do CTB.
cometidas. A ostentação da autorização, afixada na parte interna do
(C) Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar veículo, em local visível, orienta sobre a regularidade do
sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de veículo em uso de transporte de escolares, ao mesmo tempo
controle de emissões de gases poluentes e de ruído. que serve de indicador para fiscalização e orientação dos
(D) Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento usuários quanto a observância da capacidade passageiros
e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o estabelecida pelo fabricante.
trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
Art. 143, IV do CTB - Categoria D - condutor de veículo
Gabarito motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja
lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista.
01.A / 02.A
O condutor de veículo destinado à condução de escolares
CAPÍTULO XIII deve satisfazer os requisitos artigo 138 e também submeter-
DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES se à avaliação psicológica e prova de bons antecedentes
criminais, de acordo como previsto no artigo 329 do CTB.
Art. 136 - Os veículos especialmente destinados à condução
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com Pelo que dispõe este artigo, as disposições sobre a
autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de condução de escolares, podem ser complementadas por meio
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para de leis municipais. Com isso, temos no artigo 136 as exigências
tanto: mínimas para o veículo utilizado em tal atividade, devendo o
I - registro como veículo de passageiros; interessado verificar, em cada município, a coexistência de
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos regulamentação local, que também deverá ser atendida, para
obrigatórios e de segurança; obtenção da autorização especial, esta emitida pelo órgão
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com executivo de transito dos Estados (DETRAN/CIRETRAN).
quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a
extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o Questões
dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de
carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas 01. Qual é a característica da categoria D, que é a
devem ser invertidas; habilitação exigida para a condução de escolares?
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de (A) É a de condutor de veículo motorizado de 2 ou 3 rodas,
velocidade e tempo; com ou sem carro lateral.
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas (B) Condutor de veículo motorizado cujo peso bruto total
extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz não exceda a 3500kg.
vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira; (C) Condutor de veículo motorizado cujo peso bruto total
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; exceda a 3500kg.
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios (D) Condutor de veículo motorizado utilizado no
estabelecidos pelo CONTRAN. transporte de passageiros, cuja lotação exceda a 8 lugares,
excluído o do motorista
Art. 137 - A autorização a que se refere o artigo anterior (E) Nenhuma das respostas anteriores
deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível,
com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução 02. NÃO é requisito para a habilitação do condutor de
de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo veículo destinado à condução de escolares:
fabricante. (A) Ter idade superior a vinte e um anos.
Art. 138 - O condutor de veículo destinado à condução de (B) Estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria
escolares deve satisfazer os seguintes requisitos: “B”.
I - ter idade superior a vinte e um anos; (C) Possuir habilitação na categoria “C”.
II - ser habilitado na categoria D; (D) Ser aprovado em curso especializado.
III - (VETADO)
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(E) Não ter cometido infração grave durante os doze na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o
últimos meses. condutor preencher os seguintes requisitos:
I - ser penalmente imputável;
03. O condutor de veículo destinado à condução de II - saber ler e escrever;
escolares deve satisfazer entre outros, os seguintes requisitos. III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
(A) ter idade superior a 18 anos e ser habilitado na Parágrafo único - As informações do candidato à
categoria B. habilitação serão cadastradas no RENACH.
(B) ter idade superior a 18 anos e ser habilitado na
categoria D Art. 141 - O processo de habilitação, as normas relativas à
(C) ter idade superior a 18 anos e não ter cometido aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos e
nenhuma infração durante os últimos 12meses. à autorização para conduzir ciclomotores serão
(D) ter idade superior a 21 anos e ser habilitado na regulamentados pelo CONTRAN.
categoria B. § 1º - A autorização para conduzir veículos de propulsão
(E) ter idade superior a 21 anos e ser habilitado na humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
categoria D.
Art. 142 - O reconhecimento de habilitação obtida em outro
04. Os veículos especialmente destinados à condução país está subordinado às condições estabelecidas em convenções
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com e acordos internacionais e às normas do CONTRAN.
autorização emitida pelo órgão ou entidades executivas de
trânsito: Art. 143 - Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias
(A) dos Municípios de A a E, obedecida a seguinte gradação:
(B) dos Estados e do Distrito Federal I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou
(C) da União três rodas, com ou sem carro lateral;
(D) de Órgão Colegiado da União, Estados e Municípios II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a
Gabarito três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a
oito lugares, excluído o do motorista;
01.D / 02.C / 03.E / 04.B III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado
em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e
CAPÍTULO XIII-A quinhentos quilogramas;
DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado
no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares,
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao excluído o do motorista;
transporte remunerado de mercadorias – moto-frete – somente V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que
poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja
ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada
Federal, exigindo-se, para tanto: tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto
I – registro como veículo da categoria de aluguel; total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado § 1º - Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá
no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter
condutor em caso de tombamento, nos termos de cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser
regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran; reincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses.
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos § 2º - São os condutores da categoria B autorizados a
termos de regulamentação do Contran; conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos
IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg
obrigatórios e de segurança. (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito)
§ 1º A instalação ou incorporação de dispositivos para lugares, excluído o do motorista.
transporte de cargas deve estar de acordo com a § 3º - Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da
regulamentação do Contran. combinação de veículos com mais de uma unidade tracionada,
§ 2º É proibido o transporte de combustíveis, produtos independentemente da capacidade de tração ou do peso bruto
inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este total.
artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água
mineral, desde que com o auxílio de sidecar, nos termos de Art. 144 - O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto
regulamentação do Contran. ou o equipamento automotor destinado à movimentação de
cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via
competência municipal ou estadual de aplicar as exigências pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E.
previstas em seus regulamentos para as atividades de moto- Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos
frete no âmbito de suas circunscrições. automotores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão
ser conduzidos em via pública também por condutor habilitado
CAPÍTULO XIV na categoria B. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)
DA HABILITAÇÃO
Art. 145 - Para habilitar-se nas categorias D e E ou para
Prezado neste capítulo optamos por comentar ao final dos conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
artigos. escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato
deverá preencher os seguintes requisitos:
Art. 140 - A habilitação para conduzir veículo automotor e I - ser maior de vinte e um anos;
elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser II - estar habilitado:
realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou
do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou
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a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há Art. 148 - Os exames de habilitação, exceto os de direção
um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou
categoria D; e privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas
habilitar-se na categoria E; estabelecidas pelo CONTRAN.
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou § 1º - A formação de condutores deverá incluir,
gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos
últimos doze meses; básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de trânsito.
treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos § 2º - Ao candidato aprovado será conferida Permissão para
da normalização do CONTRAN. Dirigir, com validade de um ano.
Parágrafo único. A participação em curso especializado § 3º - A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao
previsto no inciso IV independe da observância do disposto no condutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha
inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou
seja reincidente em infração média.
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir § 4º - A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação,
ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto no
especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5 parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o
(cinco) anos, nos termos da normatização do Contran. (Incluído processo de habilitação.
pela Lei nº 12.998, de 2014) § 5º - O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá
dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o
Art. 146 - Para conduzir veículos de outra categoria o cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo
condutor deverá realizar exames complementares exigidos para Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da
habilitação na categoria pretendida. prestação do exame de aptidão física e mental.
Art. 147 - O candidato à habilitação deverá submeter-se a Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão
exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na seguinte submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e
ordem: renovação da Carteira Nacional de Habilitação. (Incluído pela
I - de aptidão física e mental; Lei nº 13.103, de 2015)
II - (VETADO) § 1º O exame de que trata este artigo buscará aferir o
III - escrito, sobre legislação de trânsito; consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente,
IV - de noções de primeiros socorros, conforme comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de
regulamentação do CONTRAN; detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das normas
V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
da categoria para a qual estiver habilitando-se. § 2º Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
§ 1º - Os resultados dos exames e a identificação dos Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos deverão
respectivos examinadores serão registrados no RENACH. fazer o exame previsto no § 1º no prazo de 2 (dois) anos e 6 (seis)
§ 2º - O exame de aptidão física e mental será preliminar e meses a contar da realização do disposto no caput. (Incluído
renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para pela Lei nº 13.103, de 2015)
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local § 3º Os condutores das categorias C, D e E com Carteira
de residência ou domicílio do examinado. Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos deverão
§ 3º - O exame previsto no § 2º incluirá avaliação psicológica fazer o exame previsto no § 1º no prazo de 1 (um) ano e 6 (seis)
preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o meses a contar da realização do disposto no caput. (Incluído
condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, pela Lei nº 13.103, de 2015)
incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas § 4º É garantido o direito de contraprova e de recurso
no exame referente à primeira habilitação. administrativo no caso de resultado positivo para o exame de
§ 4º - Quando houver indícios de deficiência física, mental, que trata o caput, nos termos das normas do Contran. (Incluído
ou de progressividade de doença que possa diminuir a pela Lei nº 13.103, de 2015)
capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º § 5º A reprovação no exame previsto neste artigo terá como
poderá ser diminuído por proposta do perito examinador. consequência a suspensão do direito de dirigir pelo período de 3
§ 5º - condutor que exerce atividade remunerada ao veículo (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão ao
terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicação de
Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de outras penalidades, ainda que acessórias. (Incluído pela Lei nº
Trânsito – Contran. 13.103, de 2015)
§ 6º O resultado do exame somente será divulgado para o
Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante emprego disposto neste artigo ou no § 6º do art. 168 da Consolidação das
de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em todas as Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de
etapas do processo de habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.146, 1º de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
de 2015) § 7º O exame será realizado, em regime de livre
§ 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no art. Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos termos
147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com das normas do Contran, vedado aos entes públicos: (Incluído
legenda oculta associada à tradução simultânea em Libras. pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº 13.103,
§ 2º É assegurado também ao candidato com deficiência de 2015)
auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de II - limitar o número de empresas ou o número de locais em
intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº 13.103,
e teóricas. de 2015)
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III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Incluído Art. 156 - O CONTRAN regulamentará o credenciamento
pela Lei nº 13.103, de 2015) para prestação de serviço pelas autoescolas e outras entidades
destinadas à formação de condutores e às exigências necessárias
Art. 149 - (VETADO) para o exercício das atividades de instrutor e examinador.
Art. 150 - Ao renovar os exames previstos no artigo anterior, Art. 157 - (VETADO)
o condutor que não tenha curso de direção defensiva e primeiros
socorros deverá a eles ser submetido, conforme normalização do Art. 158 - A aprendizagem só poderá realizar-se:
CONTRAN. I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão
Parágrafo único - A empresa que utiliza condutores executivo de trânsito;
contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
conforme normalização do CONTRAN. aprendizagem poderá conduzir apenas mais um acompanhante.
§ 2º Parte da aprendizagem será obrigatoriamente
Art. 151 - No caso de reprovação no exame escrito sobre realizada durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a
legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só carga horária mínima correspondente.
poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da
divulgação do resultado. Art. 159 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN,
Art. 152. O exame de direção veicular será realizado atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá
perante comissão integrada por 3 (três) membros designados fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e
pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação equivalerá a documento de identidade em todo o território
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) nacional.
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos § 1º - É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à
superior à pretendida pelo candidato. direção do veículo.
§ 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e § 2º - (VETADO)
bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos § 3º - A emissão de nova via da Carteira Nacional de
Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de formação Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN.
de condutor ministrado em suas corporações serão dispensados, § 4º - (VETADO)
para a concessão do documento de habilitação, dos exames aos § 5º - A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para
quais se houverem submetido com aprovação naquele curso, Dirigir somente terão validade para a condução de veículo
desde que neles sejam observadas as normas estabelecidas pelo quando apresentada em original.
Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) § 6º - A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no
na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com RENACH.
ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade § 7º - A cada condutor corresponderá um único registro no
administrativa onde prestar serviço, do qual constarão o RENACH, agregando-se neste todas as informações.
número do registro de identificação, naturalidade, nome, § 8º - A renovação da validade da Carteira Nacional de
filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir, Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será
acompanhado de cópia das atas dos exames prestados. realizada após quitação de débitos constantes do prontuário do
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) condutor.
§ 9º - (VETADO)
Art. 153 - O candidato habilitado terá em seu prontuário a § 10 - A validade da Carteira Nacional de Habilitação está
identificação de seus instrutores e examinadores, que serão condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física e
passíveis de punição conforme regulamentação a ser mental.
estabelecida pelo CONTRAN. § 11 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na
Parágrafo único - As penalidades aplicadas aos instrutores vigência do Código anterior, será substituída por ocasião do
e examinadores serão de advertência, suspensão e cancelamento vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão
da autorização para o exercício da atividade, conforme a falta física e mental, ressalvados os casos especiais previstos nesta Lei.
cometida.
Art. 160 - O condutor condenado por delito de trânsito
Art. 154 - Os veículos destinados à formação de condutores deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar a
serão identificados por uma faixa amarela, de vinte centímetros dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN,
de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com independentemente do reconhecimento da prescrição, em face
a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. da pena concretizada na sentença.
Parágrafo único - No veículo eventualmente utilizado para § 1º - Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido
aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo
ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada ampla
branca removível, de vinte centímetros de largura, com a defesa ao condutor.
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 2º - No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva
estadual de trânsito poderá apreender o documento de
Art. 155 - A formação de condutor de veículo automotor e habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames
elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão realizados.
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal,
pertencente ou não à entidade credenciada. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH), também
Parágrafo único - Ao aprendiz será expedida autorização conhecida como carta/carteira de motorista, carta/carteira de
para aprendizagem, de acordo com a regulamentação do habilitação ou, simplesmente, carta, carteira ou habilitação, é
CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, mental, o nome dado ao documento oficial que, no Brasil, atesta a
de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito. aptidão de um cidadão para conduzir veículos automotores
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24 http://www.detran.pr.gov.br/modules/catasg/servicos-
detalhes.php?tema=motorista&id=81.
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(D) poderá conduzir veículo motorizado com unidade O Código de Trânsito Brasileiro acerca das Infrações de
acoplada; Trânsito, suas penalidades e medidas administrativas, organiza-
(E) poderá conduzir veículo motorizado, cuja função seja se da seguinte maneira:
de transporte de carga.
→ Quanto às infrações: Artigos 161 a 255;
05. (SEDS/TO - Assistente Socioeducativo - Motorista -
FUNCAB) Laura está com a Carteira Nacional de Habilitação → Quanto às penalidades: Artigos 256 a 268;
vencida. Para não cometer infração de trânsito, ela poderá
dirigir seu veículo com a sua CNH vencida, por até: → Quanto aos recursos: Divide-se em Medidas
(A) 10 dias. Administrativas: Artigos 269 a 279; e Processo Administrativo:
(B) 15 dias. Artigos 280 a 290.
(C) 30 dias.
(D) 45 dias. Art. 161 - Constitui infração de trânsito a inobservância de
qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou
Gabarito das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às
penalidades e medidas administrativas indicadas em cada
01.D / 02.B / 03.B / 04.B / 05.C artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
Parágrafo único - As infrações cometidas em relação às
CAPÍTULO XV resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas
DAS INFRAÇÕES administrativas definidas nas próprias resoluções.
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Medida administrativa - retenção do veículo até o Art. 170 - Dirigir ameaçando os pedestres que estejam
saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor atravessando a via pública, ou os demais veículos:
habilitado. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Art. 163 - Entregar a direção do veículo a pessoa nas Medida administrativa - retenção do veículo e
condições previstas no artigo anterior: recolhimento do documento de habilitação.
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior; Art. 171 - Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do ou veículos, água ou detritos:
artigo anterior. Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 164 - Permitir que pessoa nas condições referidas nos
incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a Art. 172 - Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou
conduzi-lo na via: substâncias:
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162; Infração - média;
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162; Penalidade - multa.
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do
art. 162. Art. 173 - Disputar corrida:
Infração - gravíssima;
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
outra substância psicoativa que determine dependência: dirigir e apreensão do veículo;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - recolhimento do documento de
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de habilitação e remoção do veículo.
dirigir por 12 (doze) meses. Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
Medida administrativa - recolhimento do documento de caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro. Art. 174. Promover, na via, competição, eventos
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão
da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via:
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame Infração - gravíssima;
clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma dirigir e apreensão do veículo;
estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - recolhimento do documento de
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) habilitação e remoção do veículo.
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de § 1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos
dirigir por 12 (doze) meses; condutores participantes.
Medida administrativa - recolhimento do documento de § 2º Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso
habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração
do art. 270. anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses Art. 175 - Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou
Art. 166 - Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus:
que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não Infração - gravíssima;
estiver em condições de dirigi-lo com segurança: Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de
Infração - gravíssima; dirigir e apreensão do veículo;
Penalidade - multa. Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação e remoção do veículo.
Art. 167 - Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
de segurança, conforme previsto no art. 65: caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da
Infração - grave; infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação Art. 176 - Deixar o condutor envolvido em acidente com
do cinto pelo infrator. vítima:
I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo
Art. 168 - Transportar crianças em veículo automotor sem fazê-lo;
observância das normas de segurança especiais estabelecidas II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de
neste Código: evitar perigo para o trânsito no local;
Infração - gravíssima; III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da
Penalidade - multa; polícia e da perícia;
Medida administrativa - retenção do veículo até que a IV - de adotar providências para remover o veículo do local,
irregularidade seja sanada. quando determinadas por policial ou agente da autoridade de
trânsito;
Art. 169 - Dirigir sem atenção ou sem os cuidados V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações
indispensáveis à segurança: necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Infração - leve; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de
dirigir;
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XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela X - em local e horário proibidos especificamente pela
sinalização (placa - Proibido Estacionar): sinalização (placa - Proibido Parar):
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 183 - Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada mudança de sinal luminoso:
proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar): Infração - média;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo. Art. 184 - Transitar com o veículo:
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou circulação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto
idosos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído pela para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita:
Lei nº 13.281, de 2016) Infração - leve;
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Penalidade - multa;
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de
pela Lei nº 13.281, de 2016) circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
Infração - grave;
§ 1º - Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de Penalidade - multa.
trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a
remoção do veículo. III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada
§ 2º - No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o com circulação destinada aos veículos de transporte público
calço de segurança na via. coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com
autorização do poder público competente: (Incluído pela Lei
Art. 182 - Parar o veículo: nº 13.154, de 2015)
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de
alinhamento da via transversal: 2015)
Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído
Penalidade - multa; pela Lei nº 13.154, de 2015)
Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta pela Lei nº 13.154, de 2015)
centímetros a um metro:
Infração - leve; Art. 185 - Quando o veículo estiver em movimento, deixar de
Penalidade - multa; conservá-lo:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um regulamentação, exceto em situações de emergência;
metro: II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Art. 186 - Transitar pela contramão de direção em:
Código: I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para
Infração - leve; ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário,
Penalidade - multa; respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido
contrário:
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias Infração - grave;
de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento: Penalidade - multa;
Infração - grave;
Penalidade - multa; II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único
de circulação:
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas Infração - gravíssima;
ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de Penalidade - multa.
rolamento e marcas de canalização:
Infração - leve; Art. 187 - Transitar em locais e horários não permitidos pela
Penalidade - multa; regulamentação estabelecida pela autoridade competente:
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a I - para todos os tipos de veículos:
circulação de veículos e pedestres: Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; II - (Revogado)
VIII - nos viadutos, pontes e túneis: Art. 188 - Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo
Infração - média; ou perturbando o trânsito:
Penalidade - multa; Infração - média;
Penalidade - multa.
IX - na contramão de direção:
Infração - média; Art. 189 - Deixar de dar passagem aos veículos precedidos
Penalidade - multa; de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de
operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em
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serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos Art. 199 - Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo
regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que
intermitentes: vai entrar à esquerda:
Infração - gravíssima; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 190 - Seguir veículo em serviço de urgência, estando Art. 200 - Ultrapassar pela direita veículo de transporte
este com prioridade de passagem devidamente identificada por coletivo ou de escolares, parado para embarque ou
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação desembarque de passageiros, salvo quando houver refúgio de
vermelha intermitentes: segurança para o pedestre:
Infração - grave; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 191 - Forçar passagem entre veículos que, transitando Art. 201 - Deixar de guardar a distância lateral de um metro
em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
outro ao realizar operação de ultrapassagem: Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
dirigir. Art. 202 - Ultrapassar outro veículo:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no I - pelo acostamento;
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses II - em interseções e passagens de nível;
da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº
Art. 192 - Deixar de guardar distância de segurança lateral 12.971/2014)
e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação
ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, Art. 203 - Ultrapassar pela contramão outro veículo:
as condições climáticas do local da circulação e do veículo: I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente;
Infração - grave; II - nas faixas de pedestre;
Penalidade - multa. III - nas pontes, viadutos ou túneis;
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras,
Art. 193 - Transitar com o veículo em calçadas, passeios, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, circulação;
canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua
públicos: amarela:
Infração - gravíssima; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes). Penalidade – multa (cinco vezes).
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
Art. 194 - Transitar em marcha à ré, salvo na distância caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
à segurança:
Infração - grave; Art. 204 - Deixar de parar o veículo no acostamento à
Penalidade - multa. direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou
entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para
Art. 195 - Desobedecer às ordens emanadas da autoridade operação de retorno:
competente de trânsito ou de seus agentes: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 205 - Ultrapassar veículo em movimento que integre
Art. 196 - Deixar de indicar com antecedência, mediante cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes:
veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o Infração - leve;
veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação: Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa. Art. 206 - Executar operação de retorno:
I - em locais proibidos pela sinalização;
Art. 197 - Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
respectiva mão de direção, quando for manobrar para um ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento,
desses lados: refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados;
Infração - média; IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da
Penalidade - multa. via transversal;
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda
Art. 198 - Deixar de dar passagem pela esquerda, quando que em locais permitidos:
solicitado: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 207 - Executar operação de conversão à direita ou à
esquerda em locais proibidos pela sinalização:
Infração - grave;
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de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na Art. 225 - Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
faixa da direita: demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes
Infração - média; externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
Penalidade - multa. tornar visível o local, quando:
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
Art. 220 - Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma permanecer no acostamento;
compatível com a segurança do trânsito: II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, retirada imediatamente:
cortejos, préstitos e desfiles: Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 226 - Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo sido utilizado para sinalização temporária da via:
agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou Infração - média;
gestos; Penalidade - multa.
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
acostamento; Art. 227 - Usar buzina:
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não I - em situação que não a de simples toque breve como
sinalizada; advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada; II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; III - entre as vinte e duas e as seis horas;
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
de obras ou trabalhadores na pista; V - em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; pelo CONTRAN:
IX - quando houver má visibilidade; Infração - leve;
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, Penalidade - multa.
defeituoso ou avariado;
XI - à aproximação de animais na pista; Art. 228 - Usar no veículo equipamento com som em volume
XII - em declive; ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
XIII - ao ultrapassar ciclista: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização.
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa Art. 229 - Usar indevidamente no veículo aparelho de
movimentação de pedestres: alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego
Infração - gravíssima; público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
Penalidade - multa. Infração - média;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Art. 221 - Portar no veículo placas de identificação em Medida administrativa - remoção do veículo.
desacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo
CONTRAN: Art. 230 - Conduzir o veículo:
Infração - média; I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou
Penalidade - multa; qualquer outro elemento de identificação do veículo violado ou
Medida administrativa - retenção do veículo para falsificado;
regularização e apreensão das placas irregulares. II - transportando passageiros em compartimento de carga,
Parágrafo único - Incide na mesma penalidade aquele que salvo por motivo de força maior, com permissão da autoridade
confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN;
terceiros, placas de identificação não autorizadas pela III - com dispositivo antirradar;
regulamentação. IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
Art. 222 - Deixar de manter ligado, nas situações de VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
atendimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha condições de legibilidade e visibilidade:
intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e Infração - gravíssima;
salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda Penalidade - multa e apreensão do veículo;
que parados: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
Penalidade - multa. VII - com a cor ou característica alterada;
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
Art. 223 - Transitar com o farol desregulado ou com o facho veicular, quando obrigatória;
de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor: IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente
Infração - grave; ou inoperante;
Penalidade - multa; X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
Medida administrativa - retenção do veículo para estabelecido pelo CONTRAN;
regularização. XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão
defeituoso, deficiente ou inoperante;
Art. 224 - Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias XII - com equipamento ou acessório proibido;
providas de iluminação pública: XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de
Infração - leve; sinalização alterados;
Penalidade - multa.
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XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse superiores aos fixados pelo CONTRAN;
aparelho; IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem
publicitário afixados ou pintados no para-brisa e em toda a autorização:
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses Infração - grave;
previstas neste Código; Penalidade - multa;
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por Medida administrativa - retenção do veículo para
películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; regularização;
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas
pela legislação; V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida
segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança pelo CONTRAN:
e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; Infração - média;
XIX - sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva: Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas
Infração - grave; ou fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte
Penalidade - multa; tabela:
Medida administrativa - retenção do veículo para a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais
regularização; e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016)
XX - sem portar a autorização para condução de escolares, b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos
na forma estabelecida no art. 136: quilogramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos);
Infração – gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.855, de (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
2019) c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) -
Penalidade – multa (cinco vezes); (Redação dada pela Lei R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação
nº 13.855, de 2019) dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Medida administrativa – remoção do veículo; (Incluído d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$
pela Lei nº 13.855, de 2019) 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); (Redação
dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil
inscrições previstas neste Código; quilogramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
ou com lâmpadas queimadas: f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20
Infração - média; (cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada pela Lei
Penalidade - multa. nº 13.281, de 2016)
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela
67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao autoridade competente para transitar com dimensões
volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de excedentes, ou quando a mesma estiver vencida:
veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros: Infração - grave;
(Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de Medida administrativa - remoção do veículo;
2015)
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de VII - com lotação excedente;
2015)
Medida administrativa - retenção do veículo para VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens,
cumprimento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força
pela Lei nº 13.103, de 2015) maior ou com permissão da autoridade competente:
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de
XXIV- (VETADO) 2019)
§1º Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 Penalidade – multa (Redação dada pela Lei nº 13.855, de
(doze) meses, será convertida, automaticamente, a penalidade 2019)
disposta no inciso XXIII em infração grave. (Incluído pela Lei nº Medida administrativa – remoção do veículo; (Redação
13.103, de 2015) dada pela Lei nº 13.855, de 2019)
§2º Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito, judicial IX - desligado ou desengrenado, em declive:
ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº 13.103, de Infração - média;
2015) Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo;
Art. 231 - Transitar com o veículo:
I - danificando a via, suas instalações e equipamentos; X - excedendo a capacidade máxima de tração:
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: Infração - de média a gravíssima, a depender da relação
a) carga que esteja transportando; entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo
Penalidade - multa; de carga excedente.
Medida administrativa - retenção do veículo para Parágrafo único - Sem prejuízo das multas previstas nos
regularização; incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou
excedendo à capacidade máxima de tração, não computado o
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percentual tolerado na forma do disposto na legislação, somente Art. 241 - Deixar de atualizar o cadastro de registro do
poderá continuar viagem após descarregar o que exceder, veículo ou de habilitação do condutor:
segundo critérios estabelecidos na referida legislação Infração - leve;
complementar. Penalidade - multa.
Art. 232 - Conduzir veículo sem os documentos de porte Art. 242 - Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
obrigatório referidos neste Código: registro, licenciamento ou habilitação:
Infração - leve; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo até a
apresentação do documento. Art. 243 - Deixar a empresa seguradora de comunicar ao
órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de perda
Art. 233 - Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e
de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as documentos:
hipóteses previstas no art. 123: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos
Medida administrativa - retenção do veículo para documentos.
regularização.
Art. 244 - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
Art. 234 - Falsificar ou adulterar documento de habilitação I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de
e de identificação do veículo: proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações
Infração - gravíssima; aprovadas pelo CONTRAN;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; II - transportando passageiro sem o capacete de segurança,
Medida administrativa - remoção do veículo. na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento
suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Art. 235 - Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em
externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: uma roda;
Infração - grave; IV - com os faróis apagados;
Penalidade - multa; V - transportando criança menor de sete anos ou que não
Medida administrativa - retenção do veículo para tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria
transbordo. segurança:
Infração - gravíssima;
Art. 236 - Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
salvo em casos de emergência: Medida administrativa - Recolhimento do documento de
Infração - média; habilitação;
Penalidade - multa.
VI - rebocando outro veículo;
Art. 237 - Transitar com o veículo em desacordo com as VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
especificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias eventualmente para indicação de manobras;
à sua identificação, quando exigidas pela legislação: VIII – transportando carga incompatível com suas
Infração - grave; especificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do art.
Penalidade - multa; 139-A desta Lei;
Medida administrativa - retenção do veículo para IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em
regularização. desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as
normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:
Art. 238 - Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou Infração – grave;
a seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, Penalidade – multa;
de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, Medida administrativa – apreensão do veículo para
para averiguação de sua autenticidade: regularização.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII,
Medida administrativa - remoção do veículo. além de:
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento
Art. 239 - Retirar do local veículo legalmente retido para especial a ele destinado;
regularização, sem permissão da autoridade competente ou de b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo
seus agentes: onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
Infração - gravíssima; c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias,
Penalidade - multa e apreensão do veículo; condições de cuidar de sua própria segurança.
Medida administrativa - remoção do veículo.
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do
Art. 240 - Deixar o responsável de promover a baixa do parágrafo anterior:
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente Infração - média;
desmontado:
Infração - grave; § 3º A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo
Penalidade - multa; não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de semirreboques especialmente projetados para esse fim e
Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. devidamente homologados pelo órgão competente.
Penalidade - multa.
Conhecimentos Específicos 52
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 247 - Deixar de conduzir pelo bordo da pista de Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V
rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão caracterizar-se-á como infração gravíssima no caso de o
humana e os de tração animal, sempre que não houver condutor estar segurando ou manuseando telefone celular.
acostamento ou faixa a eles destinados: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Infração - média;
Penalidade - multa. Art. 253 - Bloquear a via com veículo:
Infração - gravíssima;
Art. 248 - Transportar em veículo destinado ao transporte Penalidade - multa e apreensão do veículo;
de passageiros carga excedente em desacordo com o Medida administrativa - remoção do veículo.
estabelecido no art. 109:
Infração - grave; Art. 253-A. Usar veículo para, deliberadamente,
Penalidade - multa; interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem
Medida administrativa - retenção para o transbordo. autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Art. 249 - Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de embarque 2016)
ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de
mercadorias: dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
Infração - média; 2016)
Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído
pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Art. 250 - Quando o veículo estiver em movimento: § 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos
I - deixar de manter acesa a luz baixa: organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela Lei
a) durante a noite; nº 13. 281, de 2016)
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas § 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no
rodovias (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016); período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte 2016)
coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles § 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou
destinadas; jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade com
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se possível,
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição as condições de normalidade para a circulação na via. (Incluído
sob chuva forte, neblina ou cerração; pela Lei nº 13. 281, de 2016)
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Infração - média; Art. 254 - É proibido ao pedestre:
Penalidade - multa. I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto
para cruzá-las onde for permitido;
Art. 251 - Utilizar as luzes do veículo: II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de túneis, salvo onde exista permissão;
emergência; III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes quando houver sinalização para esse fim;
situações: IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo,
outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo; esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a
b) em imobilizações ou situação de emergência, como devida licença da autoridade competente;
advertência, utilizando pisca-alerta; V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea
c) quando a sinalização de regulamentação da via ou subterrânea;
determinar o uso do pisca-alerta: VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Conhecimentos Específicos 53
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APOSTILAS OPÇÃO
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APOSTILAS OPÇÃO
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no § 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
sete centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) nº 13.154, de 2015)
III - infração de natureza média, punida com multa no
valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor 13.281, de 2016)
de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte)
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a pontuação
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 2º - Quando se tratar de multa agravada, o fator II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
Código. suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
2016)
Art. 259 - A cada infração cometida são computados os § 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão
seguintes números de pontos: do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº
I - gravíssima - sete pontos; 13.281, de 2016)
II - grave - cinco pontos; I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano
III - média - quatro pontos; e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8
IV - leve - três pontos. (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
§ 1º ao §3º- (VETADOS) 2016)
§ 4º Ao condutor identificado no ato da infração será II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
atribuída pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo
nos termos previstos no § 3º do art. 257, excetuando-se aquelas infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze)
praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no
rodoviário de passageiros em viagens de longa distância inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
qualquer modalidade, excetuadas as situações regulamentadas reciclagem.
pelo Contran a teor do art. 65 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro § 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de
de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. (Incluído pela Lei nº dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para fins de
13.103, de 2015) contagem subsequente.
§ 4º (VETADO)
Art. 260 - As multas serão impostas e arrecadadas pelo § 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no
estabelecida neste Código. período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos, conforme
§ 1º - As multas decorrentes de infração cometida em regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
unidade da Federação diversa da do licenciamento do veículo de 2016)
serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo § 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o
CONTRAN. condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
§ 2º - As multas decorrentes de infração cometida em atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela
unidade da Federação diversa daquela do licenciamento do Lei nº 13.154, de 2015)
veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
responsável pelo seu licenciamento, que providenciará a poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
notificação. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 3º - (Revogado) § 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
§ 4º - Quando a infração for cometida com veículo licenciado serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
no exterior, em trânsito no território nacional, a multa atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
o princípio de reciprocidade. volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em 13.154, de 2015)
veículo, habilitado na categoria C, D ou E, será convocado pelo § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o
órgão executivo de trânsito estadual a participar de curso condutor que, notificado da penalidade de que trata este artigo,
preventivo de reciclagem sempre que, no período de um ano, dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela Lei nº
atingir quatorze pontos, conforme regulamentação do Contran. 13.281, de 2016)
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) § 10. O processo de suspensão do direito de dirigir referente
§ 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado
condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido concomitantemente com o processo de aplicação da penalidade
atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Lei nº 13.154, de 2015) § 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
§ 7º Após o término do curso de reciclagem, na forma do § (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
5º, o condutor não poderá ser novamente convocado antes de
transcorrido o período de um ano. (Incluído pela Lei nº 13.154, Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
de 2015)
Conhecimentos Específicos 55
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 263 - A cassação do documento de habilitação dar-se- (D) frequência obrigatória em curso de reciclagem e
á: remoção do veículo.
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir (E) advertência por escrito e recolhimento da Carteira
qualquer veículo; Nacional de Habilitação.
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das
infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 02. (DETRAN/CE - Vistoriador - UECE/CEV/2018)
165, 173, 174 e 175; Considerando as penalidades previstas no CTB, assinale a
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, afirmação verdadeira.
observado o disposto no art. 160. (A) A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos
§ 1º - Constatada, em processo administrativo, a ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo
irregularidade na expedição do documento de habilitação, a licenciamento do veículo e habilitação do condutor.
autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento. (B) A aplicação das penalidades previstas no CTB elide as
§ 2º - Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes
de Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, de trânsito, conforme disposições de lei.
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na (C) O transportador e o embarcador são responsáveis,
forma estabelecida pelo CONTRAN. sendo este subsidiariamente, pela infração relativa ao excesso
de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura
Art. 264 - (VETADO) ou manifesto for superior ao limite legal.
(D) O embarcador é o responsável pela infração relativa ao
Art. 265 - As penalidades de suspensão do direito de dirigir transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando
e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por a carga proveniente de mais de um transportador ultrapassar
decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, o peso bruto total.
em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo
direito de defesa. 03. (ELETROBRAS - Eletricista Motorista - IADES)
Considerando que a aplicação de penalidades está prevista no
Art. 266 - Quando o infrator cometer, simultaneamente, Código de Trânsito Brasileiro, assinale a alternativa correta.
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, (A) Ao infrator são computados dois pontos para multa de
as respectivas penalidades. natureza leve.
(B) A advertência por escrito não é considerada penalidade
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por possuir caráter educativo.
por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser (C) Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, (D) Ao infrator são computados seis pontos para multa de
considerando o prontuário do infrator, entender esta natureza grave.
providência como mais educativa. (E) A frequência obrigatória em curso de reciclagem não é
§ 1º - A aplicação da advertência por escrito não elide o considerada penalidade por possuir caráter educativo.
acréscimo do valor da multa prevista no§ 3º do art. 258, imposta
por infração posteriormente cometida. Gabarito
§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos
pedestres, podendo a multa ser transformada na participação 01.C / 02.A / 03.C
do infrator em cursos de segurança viária, a critério da
autoridade de trânsito. CAPÍTULO XVII
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Art. 268 - O infrator será submetido a curso de reciclagem,
na forma estabelecida pelo CONTRAN: Art. 269 - A autoridade de trânsito ou seus agentes, na
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de
reeducação; sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
II - quando suspenso do direito de dirigir; administrativas:
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja I - retenção do veículo;
contribuído, independentemente de processo judicial; II - remoção do veículo;
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
colocando em risco a segurança do trânsito; V - recolhimento do Certificado de Registro;
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII - (VETADO)
Questões VIII - transbordo do excesso de carga;
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
01.(Detran/PA - Agente de Educação de Trânsito - de substância entorpecente ou que determine dependência física
FADESP/2019) Compete ao órgão máximo executivo de ou psíquica;
trânsito da União coordenar a administração do registro das X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
infrações de trânsito, da pontuação e das penalidades e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos
aplicadas no prontuário do infrator. De acordo com o CTB, são seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos
consideradas penalidades devidos.
(A) advertência por escrito e retenção do veículo. XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
(B) cassação da Permissão para Dirigir e recolhimento do legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
Certificado de Registro. veicular.
(C) multa e cassação da Carteira Nacional de Habilitação. § 1º - A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção
à vida e à incolumidade física da pessoa.
Conhecimentos Específicos 56
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APOSTILAS OPÇÃO
§ 2º - As medidas administrativas previstas neste artigo não regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações 2015)
estabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar a § 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente
estas. no momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no
§ 3º - São documentos de habilitação a Carteira Nacional de prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá
Habilitação e a Permissão para Dirigir. expedir ao proprietário a notificação prevista no § 5º, por
§ 4º - Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que assegure
o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber. a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá ser
feita por edital. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos § 7º A notificação devolvida por desatualização do endereço
neste Código. do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la será
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da considerada recebida para todos os efeitos (Incluído pela Lei nº
infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a 13.160, de 2015)
situação. § 8º Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação
§ 2º Não sendo possível sanar a falha no local da infração, o será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
veículo, desde que ofereça condições de segurança para § 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade
circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor puder ser sanada no local da infração. (Incluído pela Lei nº
regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado 13.160, de 2015)
de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, § 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será
assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a correspondente ao período integral, contado em dias, em que
situação, para o que se considerará, desde logo, notificado. efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao
(Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015) prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao § 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados
condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas por particulares poderão ser pagos pelo proprietário
administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de
autoridade devidamente regularizado. 2016)
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da § 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o
infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio
caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
2016) § 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, que
quando se tratar de veículo de transporte coletivo o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no período de
transportando passageiros ou veículo transportando produto retenção em depósito, é da responsabilidade do ente público a
perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de segurança devolução das quantias pagas por força deste artigo, segundo os
para circulação em via pública. mesmos critérios da devolução de multas indevidas. (Incluído
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere pela Lei nº 13. 281, de 2016)
o § 2º, será feito registro de restrição administrativa no
Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Art. 272 - O recolhimento da Carteira Nacional de
Estados e do Distrito Federal, que será retirada após Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante
comprovada a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160, recibo, além dos casos previstos neste Código, quando houver
de 2015) suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.
§ 7º O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 2º
resultará em recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se, Art. 273 - O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-
nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
de 2015) quando:
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste II - se, alienado o veículo, não for transferida sua
Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade propriedade no prazo de trinta dias.
competente, com circunscrição sobre a via.
§ 1º A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante Art. 274 - O recolhimento do Certificado de Licenciamento
prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste
estada, além de outros encargos previstos na legislação Código, quando:
específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
§ 2º A liberação do veículo removido é condicionada ao II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não
que não esteja em perfeito estado de funcionamento. puder ser sanada no local.
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que Art. 275 - O transbordo da carga com peso excedente é
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será
pela remoção liberará o veículo para reparo, na forma efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da
transportada, mediante autorização, assinalando prazo para multa aplicável.
reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) Parágrafo único - Não sendo possível desde logo atender ao
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de
particular contratado por licitação pública, sendo o remoção e estada.
proprietário do veículo o responsável pelo pagamento dos custos
desses serviços. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de 2016) Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
§ 5º O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às
ato de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à penalidades previstas no art. 165.
sua restituição e sobre o disposto no art. 328, conforme
Conhecimentos Específicos 57
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APOSTILAS OPÇÃO
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de substância entorpecente ou que determine dependência física
tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho ou psíquica.
de medição, observada a legislação metrológica.
02. (DETRAN/CE - Vistoriador - UECE/CEV/2018)
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em Assinale a opção que NÃO corresponde a uma medida
acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito administrativa aplicável por autoridade de trânsito ou seus
poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro agentes na esfera das competências estabelecidas no Código
procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma de Trânsito e dentro de sua circunscrição.
disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool (A) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
ou outra substância psicoativa que determine dependência. (B) Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.
§ 1º (Revogado) (C) Multa.
§ 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser (D) Retenção do veículo.
caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais
que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da Gabarito
capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras
provas em direito admitidas. 01.A / 02.C
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao CAPÍTULO XVIII
condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
procedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação dada
pela Lei nº 13.281, de 2016) O processo administrativo destinado a apuração das
infrações de trânsito e imposição de penalidades aos
Art. 278 - Ao condutor que se evadir da fiscalização, não responsáveis, desenhado no CTB, começa com a lavratura do
submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de auto de infração (art. 280) e se encerra com o julgamento das
pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista no formas de impugnações à disposição do suposto infrator (arts.
art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto de evasão para 281 e ss).
fim de pesagem obrigatória. Na primeira etapa, a autoridade de trânsito julgará a
Parágrafo único - No caso de fuga do condutor à ação consistência e regularidade do auto de infração, sendo
policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, facultado ao interessado a apresentação de defesa prévia.
aplicando-se, além das penalidades em que incorre, as Aplicada a penalidade, o interessado será notificado para
estabelecidas no art. 210. pagamento da multa e/ou interposição de recurso a ser
apreciado pelas Juntas Administrativas de Recursos de
Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para a Infração (JARI), sendo esta uma fase tipicamente recursal, pois
prática do crime de receptação, descaminho, contrabando, pressupõe o reexame da decisão da autoridade de trânsito por
previstos nos arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de colegiado especificamente constituído para esse fim (art. 282
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), condenado por um a 287). Por fim, há, ainda, previsão de recurso dirigido ao
desses crimes em decisão judicial transitada em julgado, terá Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) aos Conselhos
cassado seu documento de habilitação ou será proibido de obter Estaduais de Transito (CETRAN e CONTRANDIFE), o que
a habilitação para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5 constitui uma segunda instância recursal administrativa (arts.
(cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019) 288 e 289).
§ 1º O condutor condenado poderá requerer sua
reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à O CTB prevê disposição dos artigos 280 a 290.
habilitação, na forma deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.804,
de 2019) O auto de infração é o registro formal de um fato ocorrido,
§ 2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos comprovado pela autoridade de trânsito, agente ou
crimes de que trata o caput deste artigo, poderá o juiz, em equipamento regulamentado pelo CONTRAN, de acordo com a
qualquer fase da investigação ou da ação penal, se houver aplicação da sanção administrativa pertinente para o
necessidade para a garantia da ordem pública, como medida cometimento da infração.
cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou
ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, A aplicação da pena de multa é a mais aplicada para as
em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da infrações cometidas no trânsito e seu valor é afixado de acordo
habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de com a gravidade da infração.
sua obtenção. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)
Versa sobre um ato administrativo vinculado, restrito aos
Art. 279 - Em caso de acidente com vítima, envolvendo limites estabelecidos em lei, eis que não se trata de ato
veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade e discricionário, ou seja, o agente de trânsito não irá escolher se
tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento quer ou não autuar o infrator, se trata-se de amigo próximo ou
pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do parente, pois ele deve agir de acordo com os ditames legais.
registro.
O CONTRAN delegou, por meio da Resolução CONTRAN nº
Questões 217/06, competência ao órgão máximo executivo de trânsito
da União para estabelecer os campos de preenchimento das
01. (DETRAN/CE - Vistoriador - UECE/CEV/2018) São informações do auto de infração.
exemplos de medidas administrativas:
(A) transbordo do excesso de carga e recolhimento da Formas de comprovação de uma infração de trânsito:
Carteira Nacional de Habilitação. 1ª – declaração da autoridade de trânsito (dirigente
(B) retenção do veículo e multa. máximo de órgão ou entidade executivo de trânsito ou
(C) remoção do veículo e suspensão do direito de dirigir. rodoviário, ou pessoa por ele expressamente credenciada);
(D) frequência obrigatória em curso de reciclagem e
realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de
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2ª – declaração do agente de trânsito (pessoa, civil ou Apenas permite-se o efeito suspensivo ao recurso, no caso
policial militar, credenciada pela autoridade para tal função); do §3º, caso o recurso não seja julgado dentro do prazo de 30
ou dias.
3ª – equipamentos previamente regulamentados pelo
CONTRAN, que podem ser metrológicos (realizam medição), No caso específico da penalidade de suspensão do direito
como é o caso dos equipamentos medidores de velocidade de dirigir, ressalta-se, entretanto, que o CONTRAN atribuiu o
(conhecidos como radares), decibelímetros ou etilômetros ou, efeito suspensivo aos recursos, tendo em vista o constante do
ainda, não metrológicos (que tão somente constatam a artigo 24 da Resolução do CONTRAN nº 182/05: “No curso do
conduta infracional, como ocorre com os sistemas detectores processo administrativo de que trata esta Resolução não
de avanço de sinal vermelho do semáforo ou utilização de faixa incidirá nenhuma restrição no prontuário do infrator,
exclusiva). inclusive para fins de mudança de categoria da CNH,
renovação e transferência para outra unidade da Federação,
Após ser lavrado o auto de infração, a próxima etapa a ser até a notificação para a entrega da CNH, de que trata o art. 19”.
aplicada será o julgamento deste auto, com o fim de aplicar a
penalidade pertinente, caso realmente tenha cometido a O processo administrativo de trânsito pode ser
infração, deverá emitir uma notificação da autuação, para o compreendido, desta forma, como o “conjunto articulado de
proprietário do veículo, a fim de que ele possa manifestar-se providências dos órgãos de trânsito, na esfera de suas
com a indicação do condutor, para os crimes de sua competências e dentro de sua circunscrição, mediante às
responsabilidade e apresentação de defesa da autuação, de condutas infracionais na utilização da via pública, para a
forma que a multa não seja aplicada. imposição das penalidades administrativas de trânsito, e os
seus correspondentes recursos”.
Quanto ao prazo da notificação da penalidade, O artigo 280, inciso VI, do CTB prevê que a assinatura do
diferentemente do prazo para notificação que é de 30 dias, não infrator vale como notificação do cometimento da infração, o
existe uma data máxima, devendo-se atentar para o prazo que foi delimitado pela Resolução nº 149/03, nas seguintes
prescricional de cinco anos, contados da prática da infração. situações: I – infração de responsabilidade do condutor; e II –
A multa é conceituada como uma penalidade condução do veículo pelo proprietário, em infração de sua
administrativa de trânsito, de natureza pecuniária, decorrente responsabilidade.
de um ato classificado como infração de trânsito
Caso seja apresentado o recurso e seja paga a multa pelo
Possui previsão legal: artigos 258 e 260 do CTB. condutor, da improcedência do recurso, será devolvida a
importância paga, atualizada em UFIR.
O valor da multa de trânsito varia conforme a gravidade da
infração cometida: gravíssima, grave e leve. Caso seja paga até Embora saiba-se que os recursos de trânsito devam ser
o dia do vencimento, será conferido um desconto de 20% apresentados ao JARI, este artigo permite que o interessado
apresente o recurso junto ao órgão ou entidade de trânsito da
Seu pagamento é condição de exigência para seu residência ou domicílio.
licenciamento (§ 2º do artigo 131) e, se removido ao pátio, por O recurso pode ser apresentado em qualquer órgão ou
qualquer motivo que seja, para sua liberação. entidade executivo de trânsito ou rodoviário, desde que
localizado no mesmo município onde o interessado possui
O destinatário do recurso nem primeira instância será o residência ou domicílio.
órgão de trânsito que aplicou a penalidade, deve providenciar
a recepção do recurso, nos termos da Resolução do CONTRAN Como, todavia, não se menciona qual é o órgão de trânsito,
nº 299/08, com o encaminhamento a uma das Juntas se estadual ou municipal, é de se entender que o (a limitação
Administrativas de Recursos de Infrações aos órgãos executivos, em vez de mencionar qualquer
componente do Sistema Nacional de Trânsito, deve-se à
O recurso interposto fora do prazo legal (intempestivo) previsão do parágrafo único, que faz referência à remessa do
deverá ser recebido e encaminhado, devendo o órgão julgador recurso pela autoridade de trânsito que o receber).
avaliar o ato praticado. Com relação ao mérito, não será
conhecido, por ser intempestivo. A notificação da autuação será encaminhada ao
proprietário, tornando-se necessário o seu conhecimento
Os recursos de trânsito não possuem efeito suspensivo, já sobre o ocorrido, ainda que outra pessoa esteja conduzindo o
que o infrator de trânsito sofrerá as penalidades, veículo, no momento da autuação.
independente de recurso em trânsito. Com relação a multa, por
exemplo, o recurso não desobriga ao seu pagamento caso o Todo motorista tem o direito de ser multado corretamente
interessado tenha a necessidade de licenciar ou transferir a e, ainda que seja responsável pela infração de que é acusado,
propriedade do veículo; de igual sorte, o desconto de 20% deve ter o seu direito de defesa garantido por lei e assegurado
sobre o valor da multa não é prorrogado após a data de seu efetivamente pelo Estado, tendo em vista que o exercício do jus
vencimento, sob o argumento de haver recurso pendente. puniendi estatal (direito de punir) não deve confundir o rigor
na aplicação da lei com o arbítrio de uma punição, a todo custo,
No caso dos recursos de trânsito, ao estabelecer, pelo simples ato de punir.
expressamente, que eles não possuem efeito suspensivo, Quando um condutor infrator interpõe recurso de uma
pretendeu o legislador consignar que a penalidade de trânsito multa, esta recebe efeito suspensivo e caso o recurso seja
aplicada terá suas consequências atribuídas normalmente ao indeferido, com o esgotamento dos prazos recursais,
infrator, independentemente de haver recurso em andamento; computam-se os pontos que serão considerados desde a data
para a penalidade de multa, por exemplo, o recurso não da prática da infração.
desobriga ao seu pagamento caso o interessado tenha a
necessidade de licenciar ou transferir a propriedade do
veículo; de igual sorte, o desconto de 20% sobre o valor da
multa não é prorrogado após a data de seu vencimento, sob o
argumento de haver recurso pendente.
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Art. 287 - Se a infração for cometida em localidade diversa interpostos contra penalidades aplicadas pelos órgãos e
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser entidades executivos de trânsito ou rodoviários?
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da (A) Às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações.
residência ou domicílio do infrator. (B) Ao Conselho Estadual de Trânsito e Infrações.
Parágrafo único - A autoridade de trânsito que receber o (C) Ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a (D) Ao Conselho das Cidades.
penalidade acompanhado das cópias dos prontuários (E) Às Câmaras Temáticas de Infrações.
necessários ao julgamento.
03. (DETRAN/RJ - Assistente Técnico de Trânsito -
Art. 288 - Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, Makiyama) No caso de ocorrer infração prevista na legislação
na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da de trânsito de responsabilidade do proprietário, e este estiver
publicação ou da notificação da decisão. conduzindo o veículo, e assinar o Auto de Infração, este valerá
§ 1º - O recurso será interposto, da decisão do não como:
provimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de (A) Formulário de Identificação do Condutor.
provimento, pela autoridade que impôs a penalidade. (B) Notificação da Autuação.
(C) Defesa da Autuação.
Art. 289 - O recurso de que trata o artigo anterior será (D) Notificação de Penalidade de Multa.
apreciado no prazo de trinta dias: (E) Multa.
I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou
entidade de trânsito da União: 04. (DETRAN/RN - Assessor Técnico - FGV) Sobre o
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis Julgamento das Autuações e Penalidades previstas na Lei nº.
meses, cassação do documento de habilitação ou penalidade por 9503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
infrações gravíssimas, pelo CONTRAN; Brasileiro), marque a alternativa INCORRETA:
b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo (A) A autoridade de trânsito, na esfera da competência
Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que estabelecida no Código de Trânsito Brasileiro e dentro de sua
apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta; circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou aplicará a penalidade cabível.
entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, (B) A notificação da penalidade, a pessoal de missões
pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. diplomáticas, de repartições consulares de carreira e de
Parágrafo único - No caso da alínea b do inciso I, quando representações de organismos internacionais e de seus
houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus integrantes será remetida ao Ministério das Relações
próprios membros. Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos
valores, no caso de multa.
Art. 290. Implicam encerramento da instância (C) Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao
administrativa de julgamento de infrações e penalidades: proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e 289; ciência da imposição da penalidade.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (D) A notificação da penalidade, devolvida por
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluído desatualização do endereço do veículo não será considerada
pela Lei nº 13.281, de 2016) válida, devendo a autoridade de trânsito com circunscrição
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração sobre a via diligenciar à procura do infrator.
e requerimento de encerramento do processo na fase em que se (E) Da notificação da penalidade deverá constar a data do
encontra, sem apresentação de defesa ou recurso. (Incluído pela término do prazo para apresentação de recurso pelo
Lei nº 13.281, de 2016) responsável pela infração, que não será inferior a trinta dias
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades contados da data da notificação da penalidade.
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no
RENACH. 05. (DETRAN/RN - Assessor Técnico - Administração
de Rede - FGV) De acordo com a Lei nº. 9503, de 23 de
Questões setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), o auto de
infração de trânsito será arquivado e seu registro julgado
01. (Prefeitura de Recife/PE - Guarda Municipal - insubsistente se não for expedida a notificação da autuação, no
IPAD) Acerca do processo administrativo que incide em prazo máximo de:
imposição de multa, é correto afirmar que: (A) 24 horas.
(A) É necessário a notificação da autuação ao infrator para (B) 48 horas.
imposição de multa de transito, apenas (C) 5 dias.
(B) É necessário a notificação da aplicação da pena (D) 10 dias.
decorrente da infração para imposição de multa de trânsito, (E) 30 dias.
apenas
(C) O Auto de Infração valera como notificação da autuação Gabarito
quando colhida a assinatura do condutor e a infração for de
responsabilidade do condutor. 01.D / 02.A / 03.D / 04.D / 05.E
(D) O Auto de Infração valera como notificação da autuação
quando for assinado pelo condutor e este for o proprietário do CAPÍTULO XIX
veículo. DOS CRIMES DE TRÂNSITO
(E) Se não for expedida a notificação de autuação em 15
dias, o auto de infração deve ser arquivado. O Código de Trânsito Brasileiro, em matéria penal, está
dividido em duas partes:
02. (DETRAN/RJ - Assistente Técnico Administrativo - 1. Disposições gerais (art. 291/301);
Makiyama) A quem compete o julgamento dos recursos 2. Crimes em espécie (art. 302/312A).
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Considera-se crime de trânsito, a conduta que envolve, que ser imposta isolada ou cumulativamente com outras
guarda relação com o trânsito, com a direção de veículo penalidades. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
automotor, prevista nos arts. 302 ao 312 do Código de Trânsito
Brasileiro. Art. 293 - A penalidade de suspensão ou de proibição de se
O Código de Trânsito Brasileiro disciplina a aplicação do obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo
Código Penal, Código de Processo Penal e Lei nº 9.099/1995. automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
As penas restritivas de direitos, cominadas no Código de § 1º - Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu
Trânsito Brasileiro, se apresentam na modalidade específica será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta
de interdição temporária de direitos, assim disciplinadas: e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
- suspensão da habilitação; Habilitação.
- suspensão da permissão; § 2º - A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter
- proibição de se obter habilitação; a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não
- proibição de se obter permissão. se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação
penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
Essas penas podem ser cumuladas com pena privativa de
liberdade e, ainda, com a pena de multa. Art. 294 - Em qualquer fase da investigação ou da ação
A pena tem duração de 2 meses a 5 anos, não tendo a lei penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública,
estabelecido um critério de dosimetria, logo, o entendimento poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
prevalente sugere o critério trifásico do art. 68 do Código requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
Penal. representação da autoridade policial, decretar, em decisão
O início da contagem dessa pena iniciará a partir do motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
momento em que o agente deixar o estabelecimento penal se dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
estiver preso. Parágrafo único - Da decisão que decretar a suspensão ou
No caso de suspensão da habilitação ou da permissão o a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do
agente condenado tem um prazo de 48 horas para entregar o Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito
documento para as autoridades, a partir da intimação do suspensivo.
condenado do trânsito em julgado da sentença penal
condenatória. Art. 295 - A suspensão para dirigir veículo automotor ou a
A falta de entrega desse documento caracteriza o crime do proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre
art. 307, § único do Código de Trânsito Brasileiro. comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de
Essas quatro penas podem ser aplicadas cautelarmente Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o
pelo juiz de ofício ou a requerimento do Ministério Público, indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
toda vez que o agente constituir uma ameaça para a ordem
pública. Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime
previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão
No CTB matéria referente encontra-se disposta dos Artigos da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem
291 a 312 – A. prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
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Art. 299 - (VETADO) Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
Art. 300 - (VETADO) outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e
Art. 301 - Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em para dirigir veículo automotor.
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral § 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
socorro àquela. I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool
por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de
Seção II álcool por litro de ar alveolar; ou
Dos Crimes em Espécie II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
alteração da capacidade psicomotora.
Art. 302 - Praticar homicídio culposo na direção de veículo § 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
automotor: mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico,
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação
veículo automotor. dada pela Lei nº 12.971/2014)
§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo § 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os
automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
o agente: caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de pela Lei nº 12.971/2014)
Habilitação; § 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia -
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem INMETRO - para se determinar o previsto no caput. (Incluído
risco pessoal, à vítima do acidente; pela Lei nº 13.840, de 2019)
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
conduzindo veículo de transporte de passageiros. Art. 307 - Violar a suspensão ou a proibição de se obter a
§ 2º (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
§ 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência imposta com fundamento neste Código:
de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova
determine dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição.
proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre o condenado
para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546, de que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293,
2017) a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Art. 303 - Praticar lesão corporal culposa na direção de Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em
veículo automotor: via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
veículo automotor. competente, gerando situação de risco à incolumidade pública
§ 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ou privada: (Redação dada pela Lei nº 13.546, de 2017)
ocorrer qualquer das hipóteses do §1º do art. 302. (Renumerado Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e
do parágrafo único pela Lei nº 13.546, de 2017) suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
§ 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a para dirigir veículo automotor.
cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, § 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão
se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3
lesão corporal de natureza grave ou gravíssima. (Incluído pela (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
Lei nº 13.546, de 2017) neste artigo.
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte,
Art. 304 - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de
fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo
da autoridade pública: das outras penas previstas neste artigo (Redação dada pela Lei
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato nº 12.971/2014).
não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único - Incide nas penas previstas neste artigo o Art. 309 - Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se
terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
com ferimentos leves. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 305- Afastar-se o condutor do veículo do local do Art. 310 - Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou
possa ser atribuída: com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja
em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Conhecimentos Específicos 63
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (A) praticar lesão corporal culposa na direção de veículo
automotor; afastar-se o condutor do veículo do local do
Art. 311 Trafegar em velocidade incompatível com a acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de possa ser atribuída; deixar o condutor do veículo, na ocasião
embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
ou onde haja grande movimentação ou concentração de podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
pessoas, gerando perigo de dano: solicitar auxílio da autoridade pública.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. (B) avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada
obrigatória; deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre
Art. 312- Inovar artificiosamente, em caso de acidente circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito
automobilístico com vítima, na pendência do respectivo da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou indevidamente; trafegar em velocidade incompatível com a
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: embarque e desembarque de passageiros, logradouros
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração
Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo, ainda de pessoas, gerando perigo de dano.
que não iniciados, quando da inovação, o procedimento (C) praticar homicídio doloso na direção de veículo
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere. automotor; afastar-se o condutor do veículo do local do
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 possa ser atribuída; conduzir o veículo com dispositivo
deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição antirradar.
de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, (D) participar, na direção de veículo automotor, em via
esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não
entidades públicas, em uma das seguintes atividades: (Incluído autorizada pela autoridade competente, gerando situação de
pela Lei nº 13.281, de 2016) risco à incolumidade pública ou privada; avançar o sinal
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória; praticar
corpos de bombeiros e em outras unidades móveis homicídio culposo na direção de veículo automotor.
especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído (E) praticar homicídio culposo na direção de veículo
pela Lei nº 13.281, de 2016) automotor; usar no veículo equipamento com som em volume
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN;
rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de
politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na pela autoridade competente, gerando situação de risco à
recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº incolumidade pública ou privada.
13.281, de 2016)
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento 04. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1º Classe -
e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído VUNESP) Sobre o Código de Trânsito Brasileiro, está correto
pela Lei nº 13.281, de 2016) afirmar que
(A) a punição da conduta de participação em racha (artigo
Questões 308), está condicionada à ocorrência de acidente.
(B) o agente que deixa de prestar socorro à vítima em
01. (Pref. do Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de Transportes acidente de trânsito fica isento de pena, quando essa omissão
Urbanos - Pref. RJ) Após um acidente de trânsito, o condutor for suprida por terceiros.
do veículo prestou pronto e integral socorro à vítima. Neste (C) a conduta de violar ordem de suspensão para dirigir
caso, NÃO pode ser aplicada a este condutor a: veículo automotor é punida, administrativamente, com nova
(A) imposição de prisão em flagrante, mas é permitida a suspensão.
exigência de fiança e a apreensão do veículo (D) o crime do artigo 311 exige perigo de dano para a
(B) imposição de prisão em flagrante e apreensão do conduta de trafegar em velocidade incompatível com a
veículo, mas é permitida a exigência de fiança segurança nas proximidades de escolas.
(C) imposição de prisão em flagrante, bem como a (E) a conduta de entregar a direção de veículo automotor
exigência de fiança à pessoa não habilitada é punida, administrativamente, com
(D) exigência de fiança, bem como a apreensão de veículo suspensão do direito de dirigir pelo prazo previsto em lei.
02. (Pref. de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de Transportes 05. (PC/MA - Delegado de Polícia - CESPE/2018)
Urbanos - Pref. RJ) As penas para aquele que praticar lesão Assinale a opção correta a respeito dos crimes de trânsito.
corporal culposa na direção de veículo automotor são (A) A condução de veículo automotor em via pública por
detenção de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição motorista com a habilitação suspensa configurará crime
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo apenas se a situação gerar perigo de dano.
automotor. Contudo, caso o infrator, no exercício de sua (B) Para a constatação do crime de embriaguez ao volante,
profissão ou atividade, esteja conduzindo veículo de é imprescindível a realização de prova por teste de bafômetro
transporte de passageiros, a pena tem aumento: ou etilômetro.
(A) de 1/4 (um quarto) à 1/2 (metade) (C) A lesão corporal culposa cometida na direção de
(B) de 1/3 (um terço) à 1/2 (metade) veículo automotor por condutor sob a influência de álcool
(C) de 1/4 (um quarto) ao dobro dispensa a representação do ofendido.
(D) de 1/3 (um terço) ao dobro (D) A suspensão da habilitação, aplicada cumulativamente
na sentença condenatória por homicídio culposo na direção de
03. (TRT 9ª REGIÃO/PR - Técnico Judiciário - FCC) São veículo automotor, deve ter o mesmo prazo da pena de prisão.
crimes previstos no Código Brasileiro de Trânsito (Lei nº (E) É causa de aumento de pena a utilização de veículo em
9.503/1997), dentre outros, que tenham sido adulterados equipamentos ou características
que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento.
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APOSTILAS OPÇÃO
Art. 313 - O Poder Executivo promoverá a nomeação dos Art. 323 - O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a
membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da publicação metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo
deste Código. percentuais de tolerância, sendo durante este período suspensa
a vigência das penalidades previstas no inciso V do art. 231,
Art. 314 - O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos
dias a partir da publicação deste Código para expedir as quilogramas ou fração de excesso.
resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como revisar Parágrafo único - Os limites de tolerância a que se refere
todas as resoluções anteriores à sua publicação, dando este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles
prioridade àquelas que visam a diminuir o número de acidentes estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985.
e a assegurar a proteção de pedestres. Art. 324 - (VETADO)
Parágrafo único - As resoluções do CONTRAN, existentes
até a data de publicação deste Código, continuam em vigor Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no
naquilo em que não conflitem com ele. mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação de
condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e aos
Art. 315 - O Ministério da Educação e do Desporto, mediante autos de infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e quarenta de 2016)
dias contado da publicação, estabelecer o currículo com § 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados
conteúdo programático relativo à segurança e à educação de e tramitados eletronicamente, bem como arquivados e
trânsito, a fim de atender o disposto neste Código. armazenados em meio digital, desde que assegurada a
autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a segurança
Art. 316 - O prazo de notificação previsto no inciso II do das informações, e serão válidos para todos os efeitos legais,
parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda física. (Incluído pela
e quarenta dias contados da publicação desta Lei. Lei nº 13.281, de 2016)
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o
Art. 317 - Os órgãos e entidades de trânsito concederão arquivamento, o armazenamento e a eliminação de documentos
prazo de até um ano para a adaptação dos veículos de condução eletrônicos e físicos gerados em decorrência da aplicação das
de escolares e de aprendizagem às normas do inciso III do art. disposições deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
136 e art. 154, respectivamente. § 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá ser
certificado digitalmente, atendidos os requisitos de
Art. 318 - (VETADO) autenticidade, integridade, validade jurídica e
interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas
Art. 319 - Enquanto não forem baixadas novas normas pelo Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº Art. 326 - A Semana Nacional de Trânsito será comemorada
62.127, de 16 de janeiro de 1968. anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de
setembro.
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código
poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran, Art. 326 - A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional
respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços ao de Trânsito, no que se refere à política de segurança no trânsito,
Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído pela deverá voltar-se prioritariamente para o cumprimento de metas
Lei nº 13.281, de 2016) anuais de redução de índice de mortos por grupo de veículos e
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto de índice de mortos por grupo de habitantes, ambos apurados
no caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90 por Estado e por ano, detalhando-se os dados levantados e as
(noventa) dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído pela ações realizadas por vias federais, estaduais e municipais.
Lei nº 13.281, de 2016) (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
§ 1º O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice
de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional de
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e mortos por grupo de habitantes, relativamente aos índices
educação de trânsito. apurados no ano da entrada em vigor da lei que cria o Plano
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação § 2º As metas expressam a diferença a menor, em base
de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) percentual, entre os índices mais recentes, oficialmente
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na apurados, e os índices que se pretende alcançar. (Incluído pela
rede mundial de computadores (internet), dados sobre a receita Lei nº 13.614, de 2018)
arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua § 3º A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as
destinação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) respectivas margens de tolerância. (Incluído pela Lei nº 13.614,
de 2018)
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de § 4º As metas serão fixadas pelo Contran para cada um dos
Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o Estados da Federação e para o Distrito Federal, mediante
aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio propostas fundamentadas dos Cetran, do Contrandife e do
do compartilhamento da receita arrecadada com a cobrança
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APOSTILAS OPÇÃO
Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das a evolução do desempenho dos Estados e do Distrito Federal
respectivas circunscrições. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) desde o início das análises; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)
§ 5º Antes de submeterem as propostas ao Contran, os II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do
Cetran, o Contrandife e o Departamento de Polícia Rodoviária estabelecimento de metas previsto no § 1º deste artigo. (Incluído
Federal realizarão consulta ou audiência pública para pela Lei nº 13.614, de 2018)
manifestação da sociedade sobre as metas a serem propostas.
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) Art. 327 - A partir da publicação deste Código, somente
§ 6º As propostas dos Cetran, do Contrandife e do poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos
Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei,
encaminhadas ao Contran até o dia 1º de agosto de cada ano, ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN.
acompanhadas de relatório analítico a respeito do Parágrafo único - (VETADO)
cumprimento das metas fixadas para o ano anterior e de
exposição de ações, projetos ou programas, com os respectivos Art. 328 - O veículo apreendido ou removido a qualquer
orçamentos, por meio dos quais se pretende cumprir as metas título e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de
propostas para o ano seguinte. (Incluído pela Lei nº 13.614, de sessenta dias, contado da data de recolhimento, será avaliado e
2018) levado a leilão, a ser realizado preferencialmente por meio
§ 7º As metas fixadas serão divulgadas em setembro, eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
durante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o § 1º Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser
desempenho, absoluto e relativo, de cada Estado e do Distrito iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento do
Federal no cumprimento das metas vigentes no ano anterior, veículo, o qual será classificado em duas categorias: (Incluído
detalhados os dados levantados e as ações realizadas por vias pela Lei nº 13.160, de 2015)
federais, estaduais e municipais, devendo tais informações I – conservado, quando apresenta condições de segurança
permanecer à disposição do público na rede mundial de para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
computadores, em sítio eletrônico do órgão máximo executivo II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela
de trânsito da União. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) Lei nº 13.160, de 2015)
§ 8º O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia § 2º Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será
Trânsito, definirá as fórmulas para apuração dos índices de que arrematado pelo maior lance, desde que por valor não inferior a
trata este artigo, assim como a metodologia para a coleta e o cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
tratamento dos dados estatísticos necessários para a 2015)
composição dos termos das fórmulas. (Incluído pela Lei nº § 3º Mesmo classificado como conservado, o veículo que for
13.614, de 2018) levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será leiloado
§ 9º Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo respectivo § 4º É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à
órgão ou entidade executivos de trânsito, que os repassará ao circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
órgão máximo executivo de trânsito da União até o dia 1º de § 5º A cobrança das despesas com estada no depósito será
março, por meio do sistema de registro nacional de acidentes e limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
estatísticas de trânsito. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) 2015)
§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo órgão § 6º Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do Distrito para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos entre
Federal compreendem os coletados naquela circunscrição: os veículos arrematados, proporcionalmente ao valor da
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) arrematação, e destinando-se os valores remanescentes, na
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executivo seguinte ordem, para: (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
rodoviário da União; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei nº
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade executivos 13.160, de 2015)
rodoviários do Estado ou do Distrito Federal; (Incluído pela Lei II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10;
nº 13.614, de 2018) (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e pelos III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios. crédito com garantia real, segundo a ordem de preferência
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) estabelecida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de
§ 11. O cálculo dos índices, para cada Estado e para o 1966 (Código Tributário Nacional); (Incluído pela Lei nº 13.160,
Distrito Federal, será feito pelo órgão máximo executivo de de 2015)
trânsito da União, ouvidos o Departamento de Polícia IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Trânsito. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 31 de Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e
março de cada ano. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no decorrer do VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência
ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife poderão recomendar legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
aos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas § 7º Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os
ações, projetos e programas em desenvolvimento ou previstos, débitos incidentes sobre o veículo, a situação será comunicada
com o fim de atingir as metas fixadas para cada um dos Estados aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
e para o Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) § 8º Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados do
§ 14. A partir da análise de desempenho a que se refere o § leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos
7º deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, também ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez dias.
durante a Semana Nacional de Trânsito: (Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
13.614, de 2018) § 9º Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alienação
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Distrito administrativa ficam dele automaticamente desvinculados, sem
Federal, uma referente ao ano analisado e outra que considere prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior. (Incluído
pela Lei nº 13.160, de 2015)
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APOSTILAS OPÇÃO
§ 10. Aplica-se o disposto no § 9º inclusive ao débito relativo II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, a vendedor;
posse, a circulação ou o licenciamento de veículo. (Incluído pela III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
Lei nº 13.160, de 2015) IV - nome, endereço e identidade do comprador;
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo, V - características do veículo constantes do seu certificado
por qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados ao de registro;
bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. VI - número da placa de experiência.
271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) § 2º - Os livros terão suas páginas numeradas
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será tipograficamente e serão encadernados ou em folhas soltas,
depositado em conta específica do órgão responsável pela sendo que, no primeiro caso, conterão termo de abertura e
realização do leilão e ficará à disposição do antigo proprietário, encerramento lavrados pelo proprietário e rubricados pela
devendo ser expedida notificação a ele, no máximo em trinta repartição de trânsito, enquanto, no segundo, todas as folhas
dias após a realização do leilão, para o levantamento do valor serão autenticadas pela repartição de trânsito.
no prazo de cinco anos, após os quais o valor será transferido, § 3º - A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos
definitivamente, para o fundo a que se refere o parágrafo único referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se
do art. 320. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao correspondentes, podendo os veículos irregulares lá
animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para sua
proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de completa regularização.
recolhimento, conforme regulamentação do CONTRAN. § 4º - As autoridades de trânsito e as autoridades policiais
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo,
§ 14. Se identificada a existência de restrição policial ou entretanto, retirá-los do estabelecimento.
judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade responsável § 5º - A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao
pela restrição será notificada para a retirada do bem do realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a multa
depósito, mediante a quitação das despesas com remoção e prevista para as infrações gravíssimas, independente das
estada, ou para a autorização do leilão nos termos deste artigo. demais cominações legais cabíveis.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) § 6º Os livros previstos neste artigo poderão ser substituídos
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran.
notificação de que trata o § 14, não houver manifestação da (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
autoridade responsável pela restrição judicial ou policial, estará
o órgão de trânsito autorizado a promover o leilão do veículo Art. 331 - Até a nomeação e posse dos membros que
nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento dos
§ 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens recursos administrativos previstos na Seção II do Capítulo XVIII
automotores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1 deste Código, o julgamento dos recursos ficará a cargo dos
(um) ano poderão ser destinados à reciclagem, órgãos ora existentes.
independentemente da existência de restrições sobre o veículo.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 332 - Os órgãos e entidades integrantes do Sistema
Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do
§ 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16 CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as
será realizado por lote de tonelagem de material ferroso, facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes
observando-se, no que couber, o disposto neste artigo, as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a
condicionando-se a entrega do material arrematado aos execução de quaisquer serviços e deverão atender prontamente
procedimentos necessários à descaracterização total do bem e à suas requisições.
destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à reciclagem
siderúrgica, vedado qualquer aproveitamento de peças e partes. Art. 333 - O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) dias após a nomeação de seus membros, as disposições previstas
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados, nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e
adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários para
possibilidade de regularização perante o órgão de trânsito, exercerem suas competências.
serão destinados à reciclagem, independentemente do período § 1º - Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
em que estejam em depósito, respeitado o prazo previsto no prazo de um ano, após a edição das normas, para se adequarem
caput deste artigo, sempre que a autoridade responsável pelo às novas disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme
leilão julgar ser essa a medida apropriada. (Incluído pela Lei nº disposto neste artigo.
13.281, de 2016) § 2º - Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados
exercerão as competências previstas neste Código em
Art. 329 - Os condutores dos veículos de que tratam os arts. cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN,
135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo respectivo
previamente, certidão negativa do registro de distribuição CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou CONTRAN, se
criminal relativamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal ou da União,
e corrupção de menores, renovável a cada cinco anos, junto ao passando a integrar o Sistema Nacional de Trânsito.
órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização.
Art. 334 - As ondulações transversais existentes deverão ser
Art. 330 - Os estabelecimentos onde se executem reformas homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de
ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser
desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir retiradas em caso contrário.
livros de registro de seu movimento de entrada e saída e de uso
de placas de experiência, conforme modelos aprovados e Art. 335 - (VETADO)
rubricados pelos órgãos de trânsito.
§ 1º - Os livros indicarão: Art. 336 - Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo
I - data de entrada do veículo no estabelecimento; II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e
Conhecimentos Específicos 67
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APOSTILAS OPÇÃO
sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas
Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta,
obedecidos os padrões internacionais. motoneta e ciclomotor.
Art. 337 - Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao
Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE, do estacionamento de bicicletas.
Distrito Federal.
BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre
Art. 338 - As montadoras, encarroçadoras, os importadores trilhos.
e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de
qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser
comercialização do respectivo veículo, manual contendo demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a
normas de circulação, infrações, penalidades, direção defensiva, parte da via destinada à circulação de veículos.
primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro.
CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível
Art. 339 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao
especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e quatro trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de
mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), em favor do mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima do
Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a
decorrentes da implantação deste Código. tracionar ou arrastar outro.
Art. 340 - Este Código entra em vigor cento e vinte dias após CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga
a data de sua publicação. com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas.
Art. 341 - Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de
setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de 10 passageiros e carga no mesmo compartimento.
de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974, 6.308, de CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como
15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro de 1976, 6.731, separador de duas pistas de rolamento, eventualmente
de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 20 de setembro de 1982, substituído por marcas viárias (canteiro fictício).
7.052, de 02 de dezembro de 1982, 8.102, de 10 de dezembro de
1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto-lei nº 237, de 28 de CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a
fevereiro de 1967, e os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo
1969, 912, de 2 de outubro de 1969, e 2.448, de 21 de julho de fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de
1988. geração e multiplicação de momento de força e resistência dos
elementos que compõem a transmissão.
ANEXO I
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos
automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de protesto
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições: cívico ou de uma classe.
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no
rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, transporte de pequenas cargas.
em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas,
quando não houver local apropriado para esse fim. CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao
transporte de carga.
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou
policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz
exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato).
ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao
AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, transporte de pessoas.
originário dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº
12.760, de 2012) CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
humana.
AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte
de passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à
o condutor. circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização
específica.
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou
entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um
ou pessoa por ele expressamente credenciada. motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a
cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical velocidade máxima de fabricação não exceda a cinquenta
passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto quilômetros por hora.
mais recuado do veículo, considerando-se todos os elementos
rigidamente fixados ao mesmo. CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos,
separada fisicamente do tráfego comum.
Conhecimentos Específicos 68
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APOSTILAS OPÇÃO
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela
superior ao necessário para embarque ou desembarque de municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
passageiros. veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada,
parques, áreas de lazer, calçadões.
ESTRADA - via rural não pavimentada.
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e
ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor passageiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas
alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) para os veículos de carga, ou número de pessoas, para os
veículos de passageiros.
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais,
delimitada por lei específica e sob responsabilidade do órgão ou LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas
entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a via. ou rurais e que com elas se limita.
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a
longitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou via até uma grande distância do veículo.
não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura
suficiente para permitir a circulação de veículos automotores. LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a
via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que
estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de venham em sentido contrário.
polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição
dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos
competências definidas neste Código. demais usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que
o condutor está aplicando o freio de serviço.
FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou
impedimento de locomoção na faixa apropriada. LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo
destinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor
FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a tem o propósito de mudar de direção para a direita ou para a
manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso de esquerda.
um reboque, se este se encontra desengatado.
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via que o
diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de
serviço. marcha à ré.
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a
diminuição da marcha do veículo ou pará-lo. iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de
pó.
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço,
adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a
trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem indicar a presença e a largura do veículo.
dos veículos ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou
completando outra sinalização ou norma constante deste MANOBRA - movimento executado pelo condutor para
Código. alterar a posição em que o veículo está no momento em relação
à via.
GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de
braço, adotados exclusivamente pelos condutores, para orientar MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas,
direção, redução brusca de velocidade ou parada. apostos ao pavimento da via.
ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, MICRO-ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo
destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. com capacidade para até vinte passageiros.
INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou
de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do sem sidecar, dirigido por condutor em posição montada.
Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida
pelo órgão ou entidade executiva do trânsito. MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por
condutor em posição sentada.
Conhecimentos Específicos 69
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APOSTILAS OPÇÃO
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja PISTA - parte da via normalmente utilizada para a
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, circulação de veículos, identificada por elementos separadores
comércio ou finalidades análogas. ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos
canteiros centrais.
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o
nascer do sol. PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao
lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de
ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante
capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas
virtude de adaptações com vista à maior comodidade destes, como sinais de trânsito.
transporte número menor.
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e
veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou reprimir atos relacionados com a segurança pública e de
descarregamento de animais ou carga, na forma disciplinada garantir obediência às normas relativas à segurança de
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes.
circunscrição sobre a via.
PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens
OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado opostas de uma superfície líquida qualquer.
nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de
fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um
as interferências tais como veículos quebrados, acidentados, veículo automotor.
estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito,
prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de
condutores. regulamentação pelo órgão ou entidade competente com
circunscrição sobre a via, definindo, entre outros, sentido de
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo direção, tipo de estacionamento, horários e dias.
tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou
desembarque de passageiros. REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida,
destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma.
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma
via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria. RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados.
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores.
à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em
menor velocidade, mas em faixas distintas da via. RETORNO - movimento de inversão total de sentido da
direção original de veículos.
PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à
transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de RODOVIA - via rural pavimentada.
pedestres ou veículos.
SEMIRREBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apoia
PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação.
em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que
PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle
último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados
livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e
pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. pedestres.
PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos
Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obediência às de segurança colocados na via pública com o objetivo de
normas de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez
acidentes. no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela
circulam.
PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área
rural. SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente
pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar
PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres,
ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação. sobrepondo-se ou completando sinalização existente no local ou
norma estabelecida neste Código.
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da
transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão- carroçaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e
trator mais seu semirreboque ou do caminhão mais o seu acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do
reboque ou reboques. fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em TRAILER - reboque ou semirreboque tipo casa, com duas,
caráter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de
da via que o veículo está imobilizado ou em situação de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades
emergência. turísticas como alojamento, ou para atividades comerciais.
Conhecimentos Específicos 70
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APOSTILAS OPÇÃO
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o
pessoas e animais nas vias terrestres. trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de
trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de regiões da cidade.
uma faixa demarcada para outra.
VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível
TRATOR - veículo automotor construído para realizar não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas
trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar restritas.
outros veículos e equipamentos.
VIA RURAL - estradas e rodovias.
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro
veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares
e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa abertos à circulação pública, situados na área urbana,
de origem. caracterizados principalmente por possuírem imóveis
edificados ao longo de sua extensão.
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade
do seu uso, inclusive fora de estrada. VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias
destinadas à circulação prioritária de pedestres.
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados,
sendo um deles automotor. VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor
uma depressão de terreno ou servir de passagem superior.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão
que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente
Anexo II do Código de Trânsito
para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração
Brasileiro
viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e
coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha
elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico). RESOLUÇÃO Nº 160, DE 22 DE ABRIL DE 200425
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro.
carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o
condutor. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso VIII, da
VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
fabricado há mais de trinta anos, conserva suas características de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711, de 29
originais de fabricação e possui valor histórico próprio. de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
Nacional de Trânsito - SNT, e
VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o Considerando a aprovação na 5ª Reunião Ordinária da
primeiro um veículo automotor e os demais reboques ou Câmara Temática de Engenharia da Via.
equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem Considerando o que dispõe o Artigo 336 do Código de
ou pavimentação. Trânsito Brasileiro, resolve:
VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado Art. 1º. Fica aprovado o Anexo II do Código de Trânsito
ao transporte de carga com peso bruto total máximo superior a Brasileiro - CTB, anexo a esta Resolução.
dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte
passageiros. Art. 2º Os órgãos e entidades de trânsito terão até 30 de
junho de 2007 para se adequarem ao disposto nesta Resolução.
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao
transporte de pessoas e suas bagagens. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias
após a data de sua publicação.
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao
transporte simultâneo de carga e passageiro. ANEXO
ANEXO II DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CTB
VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha 1. SINALIZAÇÃO VERTICAL
e canteiro central.
É um subsistema da sinalização viária cujo meio de
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por comunicação está na posição vertical, normalmente em placa,
acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo
sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis,
pedestres em nível. através de legendas e/ou símbolos pré-reconhecidos e
legalmente instituídos.
VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em A sinalização vertical é classificada de acordo com sua
nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade função, compreendendo os seguintes tipos:
aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o - Sinalização de Regulamentação;
trânsito entre as regiões da cidade. - Sinalização de Advertência;
- Sinalização de Indicação.
acesso em 10.02.2020.
Conhecimentos Específicos 71
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APOSTILAS OPÇÃO
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APOSTILAS OPÇÃO
Forma Cor
Fundo Amarela
Símbolo Preta
1.1.5. Informações Complementares
Orla interna Preta
Sendo necessário acrescentar informações para
Orla externa Amarela
complementar os sinais de regulamentação, como período de
validade, características e uso do veículo, condições de Legenda Preta
estacionamento, além de outras, deve ser utilizada uma placa
adicional ou incorporada à placa principal, formando um só Constituem exceções:
conjunto, na forma retangular, com as mesmas cores do sinal de · quanto à cor:
regulamentação. - o sinal A-24 – Obras, que possui fundo e orla externa na cor
laranja;
Características das Informações Complementares - o sinal A-14 – Semáforo à Frente, que possui símbolo nas
cores preta, vermelha, amarela e verde;
- todos os sinais que, quando utilizados na sinalização de
obras, possuem fundo na cor laranja.
· quanto à forma, os sinais A-26a – Sentido Único, A-26b –
Sentido Duplo e A-41 – Cruz de Santo André.
Conhecimentos Específicos 73
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 74
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 75
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos:
Conhecimentos Específicos 76
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos:
g) Placas de Pedágios
Conhecimentos Específicos 77
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APOSTILAS OPÇÃO
Características das Placas Diagramadas Características das Placas de Serviços Auxiliares para
Condutores
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos de Pictogramas:
Conhecimentos Específicos 79
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APOSTILAS OPÇÃO
2.2. CLASSIFICAÇÃO
A sinalização horizontal é classificada em:
- marcas longitudinais;
- marcas transversais;
- marcas de canalização;
- marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou
parada;
- inscrições no pavimento.
2.1.2. Cores
A sinalização horizontal se apresenta em cinco cores:
- Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos
opostos; na delimitação de espaços proibidos para
estacionamento e/ou parada e na marcação de obstáculos.
- Vermelha: utilizada para proporcionar contraste, quando
necessário, entre a marca viária e o pavimento das ciclofaixas
e/ou ciclovias, na parte interna destas, associada à linha de
bordo branca ou de linha de divisão de fluxo de mesmo sentido e
nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
- Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo
sentido; na delimitação de trechos de vias, destinados ao
estacionamento regulamentado de veículos em condições
especiais; na marcação de faixas de travessias de pedestres,
símbolos e legendas.
- Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas
portadoras de deficiência física, em áreas especiais de
estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.
Conhecimentos Específicos 80
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APOSTILAS OPÇÃO
c) Linha de Bordo
d) Linha de Continuidade
Conhecimentos Específicos 81
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APOSTILAS OPÇÃO
a) Linha de Retenção
Indica ao condutor o local limite em que deve parar o
veículo.
Conhecimentos Específicos 82
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 83
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 84
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 85
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APOSTILAS OPÇÃO
· Paralelo ao meio-fio:
- Linha simples contínua ou tracejada
Conhecimentos Específicos 86
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APOSTILAS OPÇÃO
a) Setas Direcionais
Conhecimentos Específicos 87
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 88
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APOSTILAS OPÇÃO
b) Símbolos
c) Legendas
Advertem acerca de condições particulares de operação da
via e complementam os sinais de regulamentação e
advertência.
- Cor: branca
Exemplos de legendas:
Conhecimentos Específicos 89
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APOSTILAS OPÇÃO
Conhecimentos Específicos 90
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APOSTILAS OPÇÃO
Cilindros Delimitadores
Exemplo:
Conhecimentos Específicos 91
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APOSTILAS OPÇÃO
Painéis Eletrônicos
Exemplos:
Tipos de Dispositivos para Fluxo Veicular:
· Defensas Metálicas
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplos:
· Barreiras de Concreto
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplos:
Conhecimentos Específicos 92
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APOSTILAS OPÇÃO
Tambores
Exemplos:
Cones
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplo:
Cavaletes
Exemplos:
ARTICULADOS
Cilindro
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplo:
DESMONTÁVEIS
Balizador Móvel
Exemplo:
Barreiras
Exemplos:
FIXAS
Conhecimentos Específicos 93
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APOSTILAS OPÇÃO
MÓVEIS
CANCELAS
Bandeiras
Exemplos:
PLÁSTICAS
Faixas
Exemplos:
Tapumes
Exemplos:
Gradis
Exemplos:
4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização
viária que se compõe de indicações luminosas acionadas
alternada ou intermitentemente através de sistema
elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos.
Existem dois (2) grupos:
- a sinalização semafórica de regulamentação;
- a sinalização semafórica de advertência.
Formas e Dimensões
Conhecimentos Específicos 94
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APOSTILAS OPÇÃO
4.1.1. Características
Compõe-se de indicações luminosas de cores
preestabelecidas, agrupadas num único conjunto, dispostas
verticalmente ao lado da via ou suspensas sobre ela, podendo
neste caso ser fixadas horizontalmente.
4.1.3. Tipos
Conhecimentos Específicos 95
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APOSTILAS OPÇÃO
6. GESTOS
7. SINAIS SONOROS
Conhecimentos Específicos 96
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APOSTILAS OPÇÃO
(...)
Art. 6º Os sinais sonoros devem ter as seguintes
características:
I - podem ser digitalizados ou sintetizados;
II - ter intensidade de 10 dBA acima do ruído momentâneo (A) Peso máximo permitido por eixo; Sentido de circulação
mensurado no local pela própria botoeira, obedecidos os limites da via ou pista.
máximos de emissão sonora conforme legislação vigente; (B) Peso bruto total mínimo permitido; Sentido único.
III - ter intermitência, duração e frequência em onda (C) Peso bruto total máximo permitido; Passagem
senoidal, conforme o Quadro 1 a seguir: Obrigatória.
(D) Peso mínimo permitido por eixo; Depressão à direita.
Quadro 1 – Especificação de sinais sonoros
(Incluído pela Resolução Contran nº 704/2017) 02. (Pref. Jandira/SP - Agente de Trânsito – IBFC) A
sinalização vertical de advertência tem por finalidade alertar
aos usuários das condições potencialmente perigosas,
Momento Intermitência Duração Frequência
obstáculos ou restrições existentes na via ou adjacentes a ela,
Para o sinal indicando a natureza dessas situações à frente, quer sejam
0,5 Hz (1 ciclo 60 ms 950 Hz
sonoro de permanentes ou eventuais. De acordo com o Código de
a cada 2 s) (± 2 ms) (± 10 Hz)
localização. Trânsito Brasileiro (CTB), a sinalização vertical de advertência
Para o sinal apresentada abaixo corresponde a:
sonoro de 2000 Hz (± 10
início do Hz),
1 pulso único,
tempo de Decrescendo
antecedendo o 160 ms
travessia gradativamente
sinal sonoro (± 5 ms)
(silvo inicial até
de travessia.
do tempo de 500 Hz (± 10
verde do foco Hz)
do pedestre).
(A) Junções sucessivas contrárias, primeira à esquerda.
Para o sinal Frequência (B) Junções sucessivas contrárias, primeira à direita.
sonoro de Modulada:
1 Hz (1 (C) Confluência à direita.
travessia 160 ms 2000 Hz
ciclo/s) (D) Entroncamento obliquo à esquerda.
(tempo de (± 5 ms) (± 10 Hz) + 500
verde do foco Hz
de pedestre). (±10 Hz) 03. (Pref. Alhandra/PB - Agente de Fiscalização de
Trânsito - EducaPB) A Sinalização de Obras têm como
Para o sinal característica a utilização dos sinais e elementos de sinalização
sonoro de vertical, horizontal, semafórica, de dispositivos e sinalizações
advertência auxiliares combinados de forma que os usuários da via sejam
Frequência
de advertidos sobre a intervenção realizada e possam identificar
Modulada:
encerramento 2 Hz (2 seu caráter temporário; que sejam preservadas as condições
160 ms 2000 Hz
de travessia ciclo/s) de segurança e fluidez do trânsito e de acessibilidade; que os
(± 5 ms) (± 10 Hz) + 500
(tempo de
Hz usuários sejam orientados sobre caminhos alternativos.
vermelho
(±10 Hz) A respeito da Placa de Sinalização de Obras, assinale a
intermitente
do foco de
alternativa que corresponde ao símbolo da Placa abaixo
pedestre). CORRETA:
Conhecimentos Específicos 97
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APOSTILAS OPÇÃO
Moral e Ética
A ética é composta por valores reais e presentes na
sociedade e por mais que às vezes tais valores pareçam
deturpados no contexto social, não seria possível falar em
convivência humana sem que estes valores forem
considerados. Valores que destacam-se por preceitos morais e
05. (Pref. Japeri/RJ – Agente de Trânsito – FBC) Qual do valor do justo conforme o conceito ético do Direito.
significado da placa abaixo: Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas
transformações sofridas pela sociedade através dos tempos
provocaram uma variação no conceito de ética, por outro, não
é possível negar que as questões que envolvem o agir ético
sempre estiveram presentes no pensamento filosófico e social.
Aliás, um marco da ética é a sua imutabilidade: a mesma
ética de séculos atrás está vigente até hoje, por exemplo,
respeitar ao próximo nunca será considerado uma atitude
(A) Proibido seguir em frente e dobrar à esquerda. antiética. Outra característica da ética é a sua validade
(B) Proibido seguir em frente e dobrar à direita. universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano
(C) Permitido seguir em frente e proibido dobrar à para todos os que vivem no mundo. Não há uma ética conforme
esquerda. cada época, cultura ou civilização: a ética é uma só, válida para
(D) Permitido dobrar a esquerda e proibido ir em frente. todos eternamente, de forma imutável e definitiva.
(E) Siga em frente ou à esquerda. Quanto à etimologia da palavra ética, no grego existem
duas vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma breve,
Gabarito chamada epsílon, e uma longa, denominada eta. Éthos, escrita
com a vogal longa, significa costume; porém, se escrita com a
01.C / 02.B / 03.C / 04.C / 05.E vogal breve, éthos, significa caráter, índole natural,
temperamento, conjunto das disposições físicas e psíquicas de
uma pessoa.27
A ética passa por certa evolução natural através da
Ética e sigilo profissional. história, mas uma breve observação do ideário de alguns
pensadores do passado permite perceber que ela é composta
por valores comuns desde sempre consagrados.
Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a
ÉTICA E SIGILO PROFISSIONAL Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a Ética, mas apenas
parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus,
Ética Profissional referindo-se exclusivamente ao regramento que determina a
ação do indivíduo.
A Ética Profissional nada mais é do que proceder bem, Sendo assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas
correto, justo, agir direito, sem prejudicar os outros, é estar pela Moral ser apenas uma parte da Ética; mas principalmente
tranquilo com a consciência pessoal. É também agir de acordo porque enquanto a Moral é entendida como a prática, como a
com os valores morais de uma determinada sociedade. Essas realização efetiva e cotidiana dos valores; a Ética é entendida
regras morais são resultado da própria cultura de uma como uma “filosofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a
comunidade. Elas variam de acordo com o tempo e sua moral, pois Moral é ação e Ética é reflexão.
localização no mapa. E uma regra ética é uma questão de A ética está presente em todas as esferas da vida de um
atitude e de escolha.26 indivíduo e da sociedade que ele compõe e é fundamental para
A maioria das profissões possuem seu próprio Código de a manutenção da paz social que todos os cidadãos (ou ao
Ética, Todos os códigos de ética profissionais, trazem em seu menos a grande parte deles) obedeçam aos ditames éticos
texto a maioria dos seguintes princípios: honestidade no consolidados. A obediência à ética não deve se dar somente no
trabalho, lealdade na empresa, alto nível de rendimento, âmbito da vida particular, mas também na atuação
respeito à dignidade humana, segredo profissional, profissional, principalmente se tal atuação se der no âmbito
observação das normas administrativas da empresa entre estatal.
outros.
Agir corretamente hoje não é só uma questão de Sigilo Profissional
consciência. É um dos quesitos fundamentais para quem quer
ter uma carreira longa e respeitada. Em escolhas Segredo ou Sigilo Profissional trata-se de manter em
aparentemente simples, muitas carreiras brilhantes podem segredo toda a informação que seja valiosa para a empresa e
ser jogadas fora. Atualmente, mais do que nunca, a atitude dos seus colaboradores, cuja responsabilidade recai sobre o
profissionais em relação às questões éticas pode ser a profissional responsável pelas informações.
diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso. No que diz respeito ao sigilo profissional trata-se de uma
Ter um comportamento ético profissional é uma informação a ser protegida, impõe uma relação entre
característica fundamental, sendo assim valorize a ética na sua privacidade e publicidade, cujo dever profissional se
vida e em seu ambiente de trabalho. estabelece desde a se ater ao estritamente necessário ao
A ética é o comportamento que assumimos perante os cumprimento de seu trabalho, a não informar sobre assuntos
demais, o padrão de comportamento e valores que presidem ou o que envolve o trabalho e é de caráter sigiloso.
nossa prática, a ciência que tenciona alcançar o puro e simples Não são todas as profissões que devem a obrigação do
bem-estar do homem, tendo por objetivo a perfeição dele sigilo e isso já seria revelador da disposição social que é
através de sua livre ação. atribuída a algumas profissões de terem o dever e o direito de
mantê-lo.
26 ARAÚJO, U.F. et al. Programa Ética e Cidadania: construindo valores na Fundação de Apoio à Faculdade de Educação USP–Brasília: Ministério da
escola e na sociedade: relações étnico-raciais e de gênero / organização FAFE – Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
27 CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005.
Conhecimentos Específicos 98
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APOSTILAS OPÇÃO
Posto isso é de consenso que o profissional conheça todos correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma
os elementos necessários para o bom cumprimento de seu consolidação do valor ético do Estado.
trabalho, desde as condições institucionais até as informações Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas
obtidas na sua relação com o usuário. dentro da administração pública, passando a desempenhar um
O sigilo profissional não é absoluto, em muitos casos, esse papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver
elemento abre a possibilidade do profissional avaliar, nesta condição, mais ainda, será exigido o respeito à ética.
subjetivamente, se deve manter ou divulgar o fato sigiloso, Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da sociedade,
devendo prevalecer o disposto no Código de Ética Profissional que espera dele uma conduta ilibada e transparente.
da área de atuação em que o profissional trabalha. Atentando Quando uma pessoa é nomeada como servidor público,
para o conteúdo ético-político dos princípios que o regem. passa a ser uma extensão daquilo que o Estado representa na
A análise do sigilo profissional a partir da ética mostra que sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os
se está diante de algo complexo, que não se limita a um consagrados preceitos éticos.
preceito legal. Quer dizer, o seu entendimento remete as Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a
questões: Para quem? Com qual necessidade? Para quê? E em exercem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em
que condições? Essas questões não podem ser pensadas Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria
abstratamente, mas sim a partir das situações concretas nas profissional. No caso das profissões na esfera pública, esta
quais estão inseridas, pois interrogam a multiplicidade de exigência se amplia.
demandas que lhe são colocadas na comunicação de uma Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação
informação. ética no setor público vai além e encontra-se disciplinada em
O sigilo profissional (guarda de informações obtidas em detalhes na legislação, tanto na esfera constitucional
razão do exercício profissional, de tudo aquilo que lhe foi (notadamente no artigo 37) quanto na ordinária (em que se
confiado como sigilo, ou o que veio a ser conhecido devido seu destacam o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n°
estatuto profissional) está prevista em muitos dispositivos 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa - e a Lei n°
legais (Constituição Federal brasileira, Código Penal, Código 8.112/90 - regime jurídico dos servidores públicos civis na
Civil, Código de Processo Penal, Lei das Contravenções Penais esfera federal).
e Código de Processo Civil). Em geral, as diretivas a respeito do comportamento
Constitucionalmente, ninguém será obrigado a fazer ou profissional ético podem ser bem resumidas em alguns
deixar de fazer algo, senão em virtude da lei, e que são princípios basilares.
invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas. Esse entendimento norteia os dispositivos legais Princípios do Sigilo Profissional
que se referem ao sigilo profissional, em particular o sigilo Segundo Nalini29, o princípio fundamental seria o de agir
médico. de acordo com a ciência, se mantendo sempre atualizado, e de
A referência a esses dispositivos legais nos é útil nessa acordo com a consciência, sabendo de seu dever ético;
reflexão para chamar a atenção que o direito à tomando-se como princípios específicos:
confidencialidade é tanto um direito da pessoa, como também
uma responsabilidade profissional. Em outros termos, a 1. Princípio da conduta ilibada: conduta irrepreensível
existência do sigilo profissional interessa a toda sociedade, na vida pública e na vida particular.
pois é condição indispensável para o trabalho do profissional, 2. Princípio da dignidade e do decoro profissional: agir
na medida em que essas ações encarnam um interesse da da melhor maneira esperada em sua profissão e fora dela, com
sociedade, definido historicamente.28 técnica, justiça e discrição.
As organizações públicas, possuem um Código de Ética já 3. Princípio da incompatibilidade: não se deve acumular
formulado, Já as organizações privadas, cabe a cada empresa funções incompatíveis.
configurar seu próprio Código de Ética ou também chamado 4. Princípio da correção profissional: atuação com
de Código de Conduta Ética, que geralmente é elaborado em transparência e em prol da justiça.
conjuntura com os colaboradores, de forma que possa 5. Princípio do coleguismo: ciência de que você e todos
abranger o conhecimento e prática de todos. Muitas vezes as os demais operadores do Direito querem a mesma coisa,
empresas privadas tomam como base o Código de Ética realizar a justiça.
contido em lei para desenvolverem o seu próprio. 6. Princípio da diligência: agir com zelo e escrúpulo em
Antes de adentrar nos princípios e fundamentos regidos todas as funções.
pelas leis sobre a Ética é importante definir sobre o Estado, 7. Princípio do desinteresse: relegar a ambição pessoal
sobre os cidadãos, e consequentemente dos valores éticos para buscar o interesse da justiça.
considerados por ambos. 8. Princípio da confiança: cada profissional de Direito é
O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de dotado de atributos personalíssimos e intransferíveis, sendo
fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, das escolhido por causa deles, de forma que a relação estabelecida
individualidades e das demais sociedades, chamadas de fins entre aquele que busca o serviço e o profissional é de
particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um arranjo confiança.
formulado pelos homens para organizar a sociedade de 9. Princípio da fidelidade: fidelidade à causa da justiça,
disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em aos valores constitucionais, à verdade, à transparência.
plenitude, atingindo suas finalidades particulares. 10. Princípio da independência profissional: a maior
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação autonomia no exercício da profissão do operador do Direito
deve se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o não deve impedir o caráter ético.
Estado que é ético, porque ele é composto por homens. Assim, 11. Princípio da reserva: deve-se guardar segredo sobre
falta ética ou não aos homens que o compõem. Ou seja, o bom as informações que acessa no exercício da profissão.
comportamento profissional do funcionário público é uma 12. Princípio da lealdade e da verdade: agir com boa-fé
questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens e de forma correta, com lealdade processual.
que compõem a estrutura do Estado tomam uma atitude
28 SAMPAIO, S.S; RODRIGUES, F.W. Ética e Sigilo Profissional. Serv. Soc. Soc., 29 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 8. ed. São Paulo: Revista dos
Conhecimentos Específicos 99
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APOSTILAS OPÇÃO
13. Princípio da discricionariedade: geralmente, o decretos regulamentares. Embora sejam factíveis decretos
profissional do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia autônomos30, não é o caso do decreto em estudo, o qual
sua profissão. encontra conexão com diplomas como as Leis n° 8.112/90
(regime jurídico dos servidores públicos federais) e Lei n°
Outros princípios éticos, como informação, solidariedade, 8.429/92 (lei de improbidade administrativa), além da
cidadania, residência, localização, continuidade da profissão, Constituição Federal.
liberdade profissional, função social da profissão, severidade Disto extrai-se que a adoção da forma de decreto não
consigo mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e significa, de forma alguma, que suas diretrizes não sejam
tolerância. obrigatórias: o servidor público federal que desobedecê-las
estará sujeito à apuração de sua conduta perante a respectiva
A Ética, num sentido amplo, é composta por ao menos dois Comissão de Ética, que enviará informações ao processo
elementos (a Moral e o Direito (justo)); no caso da disciplina administrativo disciplinar, podendo gerar até mesmo a perda
da Ética no Setor Público a expressão é adotada num sentido do cargo, ou aplicará a pena de censura nos casos menos
estrito - ética corresponde ao valor do justo, previsto no graves.
Direito vigente, o qual é estabelecido com um olhar atento às
prescrições da Moral para a vida social. Em outras palavras, Como ter Atitudes Éticas no Ambiente de Trabalho31
quando se fala em ética no âmbito do Estado não se deve
pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas Hoje, os profissionais requisitados pelos recrutadores
que a regulamentam, o que permite a aplicação de sanções. devem ter inúmeras qualidades para obter sucesso na carreira
Veja o organograma: profissional. Porém, apesar dos diversos conhecimentos que
as pessoas possuem, existe algo que é um pré-requisito para
alcançar qualquer posição: a ética. Este termo deve ser
conhecido e praticado dentro e fora das empresas.
Muitos estudiosos, como Platão, Aristóteles e Sócrates,
aprofundaram suas pesquisas sobre este assunto. Apesar das
divergências das linhas teóricas e de como o comportamento é
regido, existe um significado para ética que é imutável: ela
corresponde aos valores morais que guiam o comportamento
de um indivíduo.
Ser ético está relacionado a seguir os padrões da sociedade
e as regras e políticas das organizações.
30 LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: 31 MARQUES, José Roberto. Como ter atitudes éticas no ambiente de trabalho,
Saraiva, 2011. 2014.
APOSTILAS OPÇÃO
Questões
APOSTILAS OPÇÃO
- Bens de uso especial: possui finalidade específica. Ex: com órgãos de segurança pública da União, dos Estados e do
bibliotecas, teatros; Distrito Federal ou de congêneres de Municípios vizinhos e,
- Bens de uso dominical: não se encaixa nem no uso nas hipóteses previstas nos incisos XIII e XIV deste artigo,
comum do povo, nem no uso especial. Trata-se do patrimônio diante do comparecimento de órgão descrito nos incisos do
disponível do Estado, já que não tem finalidade específica, de caput do art. 144 da Constituição Federal, deverá a guarda
modo que o Estado se torna proprietário do bem. Exemplo: municipal prestar todo o apoio à continuidade do
terras devolutas. atendimento.
Art. 5º São competências específicas das guardas Fique de olho nas competências específicas:
municipais, respeitadas as competências dos órgãos federais e XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais,
estaduais: ou prestá-lo direta e imediatamente quando deparar-se com
I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do elas;
Município; XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de
II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do
coibir, infrações penais ou administrativas e atos infracionais crime, quando possível e sempre que necessário.
que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais;
III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do Art. 144, Constituição Federal: A segurança pública, dever
Município, para a proteção sistêmica da população que utiliza do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
os bens, serviços e instalações municipais; a preservação da ordem pública e da incolumidade das
IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a I - polícia federal;
paz social; II - polícia rodoviária federal;
V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus III - polícia ferroviária federal;
integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos IV - polícias civis;
direitos fundamentais das pessoas; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem
conferidas, nas vias e logradouros municipais, nos termos da CAPÍTULO IV
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito DA CRIAÇÃO
Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante convênio
celebrado com órgão de trânsito estadual ou municipal; Art. 6º O Município pode criar, por lei, sua guarda
VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, municipal.
arquitetônico e ambiental do Município, inclusive adotando Parágrafo único. A guarda municipal é subordinada ao
medidas educativas e preventivas; chefe do Poder Executivo municipal.
VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em
suas atividades; Art. 7º As guardas municipais não poderão ter efetivo
IX - interagir com a sociedade civil para discussão de superior a:
soluções de problemas e projetos locais voltados à melhoria I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em
das condições de segurança das comunidades; Municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da II - 0,3% (três décimos por cento) da população, em
União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração de Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de
convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvimento de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não
ações preventivas integradas; seja inferior ao disposto no inciso I;
XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em
sociais, visando à adoção de ações interdisciplinares de Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes,
segurança no Município; desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso II.
XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia Parágrafo único. Se houver redução da população referida
administrativa, visando a contribuir para a normatização e a em censo ou estimativa oficial da Fundação Instituto Brasileiro
fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal; de Geografia e Estatística (IBGE), é garantida a preservação do
XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, efetivo existente, o qual deverá ser ajustado à variação
ou prestá-lo direta e imediatamente quando deparar-se com populacional, nos termos de lei municipal.
elas;
XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de Criação
flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do Art. 7º As guardas municipais não poderão ter efetivo
crime, quando possível e sempre que necessário; superior a:
XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local,
conforme plano diretor municipal, por ocasião da construção Porcentagem da População Municípios
de empreendimentos de grande porte;
XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, 0,4% (quatro décimos por em Municípios com até
isoladamente ou em conjunto com os demais órgãos da cento) da população 50.000 (cinquenta mil)
própria municipalidade, de outros Municípios ou das esferas habitantes
estadual e federal; 0,3% (três décimos por cento) em Municípios com mais de
XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na da população 50.000 (cinquenta mil)
proteção de autoridades e dignatários; e habitantes, desde que o
XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança efetivo não seja inferior ao
escolar, zelando pelo entorno e participando de ações acima
0,2% (dois décimos por em Municípios com mais de
educativas com o corpo discente e docente das unidades de
cento) da população 50.000 (cinquenta mil)
ensino municipal, de forma a colaborar com a implantação da
habitantes, desde que o
cultura de paz na comunidade local. efetivo não seja inferior ao
Parágrafo único. No exercício de suas competências, a acima
guarda municipal poderá colaborar ou atuar conjuntamente
APOSTILAS OPÇÃO
Art. 8º Municípios limítrofes podem, mediante consórcio e das atividades do órgão, propor soluções, oferecer
público, utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda recomendações e informar os resultados aos interessados,
municipal de maneira compartilhada. garantindo-lhes orientação, informação e resposta.
§ 1º O Poder Executivo municipal poderá criar órgão
Municípios limítrofes são aqueles vizinhos aos outros. colegiado para exercer o controle social das atividades de
segurança do Município, analisar a alocação e aplicação dos
Art. 9º A guarda municipal é formada por servidores recursos públicos e monitorar os objetivos e metas da política
públicos integrantes de carreira única e plano de cargos e municipal de segurança e, posteriormente, a adequação e
salários, conforme disposto em lei municipal. eventual necessidade de adaptação das medidas adotadas face
aos resultados obtidos.
CAPÍTULO V § 2º Os corregedores e ouvidores terão mandato cuja
DAS EXIGÊNCIAS PARA INVESTIDURA perda será decidida pela maioria absoluta da Câmara
Municipal, fundada em razão relevante e específica prevista
Art. 10. São requisitos básicos para investidura em cargo em lei municipal.
público na guarda municipal:
I - nacionalidade brasileira; Art. 14. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art.
II - gozo dos direitos políticos; 13, a guarda municipal terá código de conduta próprio,
III - quitação com as obrigações militares e eleitorais; conforme dispuser lei municipal.
IV - nível médio completo de escolaridade; Parágrafo único. As guardas municipais não podem ficar
V - idade mínima de 18 (dezoito) anos; sujeitas a regulamentos disciplinares de natureza militar.
VI - aptidão física, mental e psicológica; e
VII - idoneidade moral comprovada por investigação social CAPÍTULO VIII
e certidões expedidas perante o Poder Judiciário estadual, DAS PRERROGATIVAS
federal e distrital.
Parágrafo único. Outros requisitos poderão ser Art. 15. Os cargos em comissão das guardas municipais
estabelecidos em lei municipal. deverão ser providos por membros efetivos do quadro de
carreira do órgão ou entidade.
CAPÍTULO VI § 1º Nos primeiros 4 (quatro) anos de funcionamento, a
DA CAPACITAÇÃO guarda municipal poderá ser dirigida por profissional
estranho a seus quadros, preferencialmente com experiência
Art. 11. O exercício das atribuições dos cargos da guarda ou formação na área de segurança ou defesa social, atendido o
municipal requer capacitação específica, com matriz disposto no caput.
curricular compatível com suas atividades. § 2º Para ocupação dos cargos em todos os níveis da
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, poderá ser carreira da guarda municipal, deverá ser observado o
adaptada a matriz curricular nacional para formação em percentual mínimo para o sexo feminino, definido em lei
segurança pública, elaborada pela Secretaria Nacional de municipal.
Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça. § 3º Deverá ser garantida a progressão funcional da
carreira em todos os níveis.
Art. 12. É facultada ao Município a criação de órgão de
formação, treinamento e aperfeiçoamento dos integrantes da Comentário
guarda municipal, tendo como princípios norteadores os A progressão funcional trata-se da mudança que o servidor
mencionados no art. 3º. se encontra para a imediatamente superior.
§ 1º Os Municípios poderão firmar convênios ou
consorciar-se, visando ao atendimento do disposto no caput Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de
deste artigo. arma de fogo, conforme previsto em lei.
§ 2º O Estado poderá, mediante convênio com os Parágrafo único. Suspende-se o direito ao porte de arma de
Municípios interessados, manter órgão de formação e fogo em razão de restrição médica, decisão judicial ou
aperfeiçoamento centralizado, em cujo conselho gestor seja justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigente.
assegurada a participação dos Municípios conveniados.
§ 3º O órgão referido no § 2º não pode ser o mesmo Art. 17. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
destinado a formação, treinamento ou aperfeiçoamento de destinará linha telefônica de número 153 e faixa exclusiva de
forças militares. frequência de rádio aos Municípios que possuam guarda
municipal.
CAPÍTULO VII
DO CONTROLE Art. 18. É assegurado ao guarda municipal o recolhimento
à cela, isoladamente dos demais presos, quando sujeito à
Art. 13. O funcionamento das guardas municipais será prisão antes de condenação definitiva.
acompanhado por órgãos próprios, permanentes, autônomos
e com atribuições de fiscalização, investigação e auditoria, CAPÍTULO IX
mediante: DAS VEDAÇÕES
I - controle interno, exercido por corregedoria, naquelas
com efetivo superior a 50 (cinquenta) servidores da guarda e Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não
em todas as que utilizam arma de fogo, para apurar as pode utilizar denominação idêntica à das forças militares,
infrações disciplinares atribuídas aos integrantes de seu quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos
quadro; e e condecorações.
II - controle externo, exercido por ouvidoria, independente
em relação à direção da respectiva guarda, qualquer que seja o
número de servidores da guarda municipal, para receber,
examinar e encaminhar reclamações, sugestões, elogios e
denúncias acerca da conduta de seus dirigentes e integrantes
APOSTILAS OPÇÃO
CAPÍTULO X (A) V, F, V, F.
DA REPRESENTATIVIDADE (B) F, V, F, V.
(C) F, F, V, V.
Art. 20. É reconhecida a representatividade das guardas (D) V, F, V, V.
municipais no Conselho Nacional de Segurança Pública, no (E) V, V, F, V.
Conselho Nacional das Guardas Municipais e, no interesse dos
Municípios, no Conselho Nacional de Secretários e Gestores 03. (Prefeitura Municipal de Porto Alegre - Guarda
Municipais de Segurança Pública. Municipal) Consoante regramentos da Lei Federal n.
13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais),
CAPÍTULO XI assinale a alternativa correta.
DISPOSIÇÕES DIVERSAS E TRANSITÓRIAS É competência específica das guardas municipais,
respeitadas as competências dos órgãos federais e estaduais:
Art. 21. As guardas municipais utilizarão uniforme e (A) Atuar repressivamente no território do Estado, para a
equipamentos padronizados, preferencialmente, na cor azul- proteção sistêmica da população.
marinho. (B) Estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da
União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração de
A pegadinha aqui está em mencionar a palavra convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvimento de
preferencialmente e não obrigatoriamente. ações preventivas integradas.
(C) Colaborar, de forma integrada e remunerada com os
Art. 22. Aplica-se esta Lei a todas as guardas municipais órgãos de segurança pública, em ações disjuntivas que
existentes na data de sua publicação, a cujas disposições contribuam com a paz social.
devem adaptar-se no prazo de 2 (dois) anos. (D) Contribuir no estudo de impacto de vizinhança e no
Parágrafo único. É assegurada a utilização de outras relatório de impacto ambiental, conforme plano diretor
denominações consagradas pelo uso, como guarda civil, municipal, por ocasião da construção de empreendimentos de
guarda civil municipal, guarda metropolitana e guarda civil grande porte.
metropolitana. (E) Lavrar auto de flagrante delito e fazer a emissão de
nota de culpa.
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
04. (Prefeitura Municipal de Porto Alegre - Guarda
Brasília, 8 de agosto de 2014; 193º da Independência e Municipal) Nos termos da Lei Federal n. 13.022/2014
126º da República. (Estatuto Geral das Guardas Municipais), assinale a alternativa
correta.
DILMA ROUSSEFF (A) O funcionamento das guardas municipais será
acompanhado por órgãos próprios, permanentes, autônomos
Questões e com atribuições de fiscalização, investigação e auditoria,
mediante: I – controle interno, exercido por ouvidoria,
01. (Prefeitura de Suzano/SP - Guarda Civil Municipal independente em relação à direção da respectiva guarda,
- VUNESP/2018) Nos termos da Lei n° 13.022/2014 (Estatuto qualquer que seja o número de servidores da guarda
Geral das Guardas Municipais), é um princípio mínimo de municipal, para receber, examinar e encaminhar reclamações,
atuação das guardas municipais: sugestões, elogios e denúncias acerca da conduta de seus
(A) patrulhamento ostensivo e repressivo. dirigentes e integrantes e das atividades do órgão, propor
(B) direito ao uso de armas letais e não letais. soluções, oferecer recomendações e informar os resultados
(C) função de assistência social à população carente. aos interessados, garantindo-lhes orientação, informação e
(D) compromisso com a evolução social da comunidade. resposta; e II – controle externo, exercido por corregedoria,
(E) comprometimento com a função de segurança pública. naquelas com efetivo superior a 50 (cinquenta) servidores da
guarda e em todas as que utilizam arma de fogo, para apurar
02. (Prefeitura Municipal de Porto Alegre - Guarda as infrações disciplinares atribuídas aos integrantes de seu
Municipal) Leia as assertivas abaixo e assinale (V) para quadro.
verdadeiro ou (F) para falso, à luz das disposições da Lei (B) As guardas municipais devem ficar sujeitas a
Federal n. 13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas regulamentos disciplinares de natureza militar.
Municipais). (C) Os cargos em comissão das guardas municipais
( ) É competência geral das guardas municipais a proteção deverão ser providos por membros ocupantes de cargos
de bens, serviços, logradouros públicos municipais e comissionados do quadro provisório do órgão ou entidade.
instalações do Município. (D) Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma
( ) A estrutura hierárquica da guarda municipal deverá de fogo, conforme previsto em lei. Suspende- se o direito ao
utilizar denominação idêntica à das forças militares, quanto porte de arma de fogo em razão de restrição médica, decisão
aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e judicial ou justificativa da adoção da medida pelo respectivo
condecorações. dirigente.
( ) Os Municípios limítrofes podem, mediante consórcio (E) É assegurado ao guarda municipal o recolhimento à
público, utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda cela, conjuntamente com os demais presos, quando sujeito à
municipal de maneira compartilhada. prisão antes de condenação definitiva.
( ) São princípios mínimos de atuação das guardas
municipais: I - proteção dos direitos humanos fundamentais, Gabarito
do exercício da cidadania e das liberdades públicas; II -
preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das 01.D / 02.D / 03.B / 04.D
perdas; III – patrulhamento preventivo; IV - compromisso com
a evolução social da comunidade; e V – uso progressivo da
força.
Assinale a alternativa que indica a correta sequência de
preenchimento dos parênteses, de cima para baixo.
APOSTILAS OPÇÃO
33PINHO. Rodrigo Cesar Rebello. Teoria Geral da Constituição e Direitos 34MOTTA, Sylvio. Direito Constitucional. 27ª edição, 2018.
Fundamentais - 12° edição.
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
Atenção! Observa-se que os objetivos previstos neste Este princípio é inspirador dos relacionamentos do Brasil
artigo, não se confundem com os fundamentos estabelecidos com outros Estados de ordem mundial.
no artigo 1º, tendo em vista que os fundamentos são princípios VII - solução pacífica dos conflitos;
inerentes ao próprio Estado brasileiro, fazem parte de sua Acaba com a violência ou coação, garantindo os direitos
construção, já os objetivos fundamentais são as finalidades a humanos e a paz entre os povos.
serem alcançadas. VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da
Questões humanidade;
Tem como objetivo combater disparidades que impedem o
01. (MPE/RN - Técnico do Ministério Público Estadual progresso da humanidade.
- COMPERVE/2017) Os objetivos fundamentais da república X - concessão de asilo político.
brasileira são metas que o Estado deve promover com força Asilo político é o acolhimento de estrangeiro por um
vinculante e imediata, servindo como norte a ser seguido em Estado que não é seu em razão de perseguições feitas por seu,
toda e qualquer atividade estatal. Nessa acepção, a ou outros países.
Constituição Federal aponta, expressamente, como objetivo Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
fundamental a PROMOÇÃO integração econômica, política, social e cultural dos povos da
(A) do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
sexo e cor. americana de nações.
(B) de uma sociedade livre, justa e solidária com repúdio Outros princípios fundamentais estão espalhados por todo
ao racismo e ao terrorismo. o texto constitucional, de forma explícita ou implícita. Muitos
(C) da erradicação da miséria e da marginalização e da de forma até repetitiva, para que não sejam desconsiderados.
redução da desigualdade nacional. As colisões de princípios são resolvidas pelo critério de peso,
(D) da autodeterminação dos povos e dos direitos preponderando o de maior valor no caso concreto, pois ambas
humanos. as normas jurídicas são consideradas igualmente válidas. Por
exemplo: o eterno dilema entre a liberdade de informação
02. (IFF - Assistente de Administração - FCM) NÃO é um jornalística e a tutela da intimidade, da vida privada, da honra
dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e da imagem das pessoas (CF/88, art. 220, §1º). Há
(A) garantir o desenvolvimento nacional. necessidade de compatibilizar ao máximo os princípios,
(B) construir uma sociedade livre, justa e solidária. podendo prevalecer, no caso concreto, a aplicação de um ou
(C) constituir uma supremacia perante os países da outro direito.
América Latina.
(D) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as Questões
desigualdades sociais e regionais.
(E) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, 01. (TRT 6ª Região - Técnico Judiciário - FCC/2018) À
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de luz do que dispõe a Constituição Federal quanto aos seus
discriminação. princípios fundamentais,
A) todo o poder emana de Deus, que o exerce por meio de
03. (PGE/MT - Técnico Administrativo - FCC) É um dos representantes eleitos pelo povo, nos termos da Constituição.
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, B) são Poderes da União, independentes e harmônicos
previsto no art. 3º da Constituição Federal, entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Moderador.
(A) garantir uma renda mínima a todo cidadão. C) constituem, dentre outros, objetivos fundamentais da
(B) combater à fome. República Federativa do Brasil os valores sociais do trabalho e
(C) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, da livre iniciativa.
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de D) a República Federativa do Brasil buscará a integração
discriminação. econômica, política, social e cultural dos povos da América
(D) erradicar o analfabetismo. Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
(E) garantir a paz no território nacional. americana de nações.
E) a República Federativa do Brasil tem como um de seus
Gabarito fundamentos a cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade.
01.A / 02.C / 03.C
02. (SEGEP/MA - Técnico da Receita Estadual - FCC)
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas NÃO consta entre os princípios que regem as relações
relações internacionais pelos seguintes princípios: internacionais da República Federativa do Brasil:
I - independência nacional; (A) A defesa da paz.
Liga-se a ideia de soberania, pois o Estado brasileiro é (B) O repúdio ao terrorismo e ao racismo.
independente por sua vontade não estar condicionada à (C) A prevalência dos direitos humanos.
ordens externas. (D) A redução das desigualdades regionais na América
II - prevalência dos direitos humanos; Latina.
Reforça a ideia de que o respeito às prerrogativas do (E) A autodeterminação dos povos.
homem também devem guiar as relações exteriores do país.
III - autodeterminação dos povos; 03. (Pref. de Araguari/MG - Procurador Municipal -
IV - não-intervenção; IADHED) Assinale a alternativa que não corresponde a um
Neste princípio, o Estado deve repelir qualquer tentativa princípio fundamental que rege a República Federativa do
de ameaça à organização interna que possa prejudicar o Brasil de 1988 nas relações internacionais, conforme
desenvolvimento econômico, político, social e cultural. disposição expressa no texto constitucional:
V - igualdade entre os Estados; (A) Independência nacional;
O Brasil não deve sujeitar-se ao controle econômico, (B) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
político, social e tecnológico de outras organizações estatais. (C) Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
VI - defesa da paz; (D) Defesa da paz.
APOSTILAS OPÇÃO
04. (CBTU - Assistente Operacional - FUMARC) A Garantias dos Direitos , Coletivos, Sociais e Político
República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios, EXCETO: A Constituição Federal de 1988 tutela os direitos difusos e
(A) Igualdade entre os Estados. coletivos; o art. 129, III, da CF/88, ao dispor sobre as funções
(B) Independência nacional. institucionais do Ministério Público, destaca a de promover o
(C) Não intervenção. inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
(D) Pluralismo político. patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos.
Gabarito A previsão constitucional, além de reconhecer os
interesses difusos e, ao mesmo tempo, destinar a sua proteção
01.D / 02.D / 03.B / 04.D ao Ministério Público, demonstra não se tratar de norma
meramente programática, mas preceptiva ou atributiva de
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS direitos. A própria Constituição confere os meios de
investigação, constantes do inquérito civil, e o instrumento de
A Constituição Federal de 1988 (CF) trouxe em seu Título proteção judicial, a ação civil pública. Dispõe, inclusive, sobre
II os direitos e garantias fundamentais, subdivididos em cinco a titularidade da ação, ao conferi-la ao Ministério Público.
capítulos: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos Nesse sentido, o art. 5.º, LXXIII, da Carta Constitucional,
sociais, nacionalidade, direitos políticos e partidos políticos. que trata da ação popular, também reconhece a existência de
interesses difusos e coletivos e estabelecendo que qualquer
Na concepção de Bahia35, Direitos e Garantias podem ser cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise
entendidos como, Direito em sua acepção clássica, seria a anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade
disposição meramente declaratória que imprime existência administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
legal ao direito reconhecido. É a proteção ao bem, ao interesse cultural.
tutelado pela norma jurídica configurando verdadeiro A Magna Carta reconhece os interesses difusos e coletivos
patrimônio jurídico. Ao lado dos direitos encontramos os e impõe a sua proteção pelo próprio cidadão, conforme os
deveres, que são normas de caráter limitativo, que buscam direitos e garantias fundamentais, por meio da ação popular. A
impor comportamento de respeito às normas que definem a Constituição Federal não somente reconheceu a existência dos
proteção ao direito fundamental. A todo direito corresponde interesses difusos e coletivos, mas também estabeleceu um
um dever. Exemplo: ao lado da norma que declara a liberdade "sistema de garantia" desses interesses, definindo titulares do
de expressão (art. 5", IV), encontramos o dever de exercício direito à proteção e instrumentos jurídicos de proteção, ao
dessa liberdade sem ofensa a terceiros, sob pena de aplicação conferi-la ao Ministério Público, por intermédio do inquérito
de sanção a quem dele abusa (art. 5", V). civil e da ação civil pública, e ao cidadão, por meio da ação
As "garantias", por sua vez, traduzem-se no direito dos popular.
cidadãos de exigir dos Poderes Públicos a proteção de seus Ao Ministério Público coube a titularidade ampla, uma vez
direitos. Servem para assegurar os direitos através da que poderá tutelar, além dos interesses especificamente
limitação do poder, possuindo caráter instrumental, atuando mencionados pela Constituição, como o meio ambiente e o
como mecanismos prestacionais na tutela dos direitos. patrimônio público e social, os demais interesses difusos e
As garantias constitucionais, segundo a visão bipartida36 coletivos, conforme a fórmula genérica utilizada pelo
da doutrina, classificam-se em gerais e específicas: mencionado art. 129 da CF/88.
a) garantias fundamentais gerais: são aquelas que vêm Aos cidadãos coube também uma titularidade, mas
convertidas em normas constitucionais que proíbem os restrita, uma vez que a ação popular somente pode ter por
abusos de poder e todas as espécies de violação aos direitos objeto a anulação de ato lesivo ao patrimônio público ou a
que elas asseguram e procuram tomar efetivos. entidade de que o Estado participe, à moralidade
Realizam-se por meio de princípios e preceitos administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
constitucionais como o princípio da legalidade, o princípio da cultural.
liberdade, princípio do devido processo legal, e pelas cláusulas O texto constitucional não define os interesses difusos,
de inviolabilidade (art. 5°, VI, X, XI, XII etc.); tarefa realizada pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei n°
b) garantias fundamentais específicas: são aquelas que 8.078/90), que, em seu art. 82, I, os reconhece como interesses
instrumentalizam, verdadeiramente, o exercício dos direitos, transindividuais, de natureza indivisível, de que são titulares
fazendo valer o conteúdo e a materialidade das garantias pessoas indetermináveis e ligadas por circunstâncias de fato.
fundamentais gerais. Por elas, os titulares do direito
encontram a forma, o procedimento, a técnica, o meio de exigir Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
a proteção incondicional de suas prerrogativas, como por
exemplo o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas A CF foi a primeira a estabelecer direitos não só de
data, o mandado de injunção, a ação popular, o direito de indivíduos, mas também de grupos sociais, os denominados
petição etc. São chamados de "remédios constitucionais" por direitos coletivos. As pessoas passaram a ser coletivamente
designar um recurso àquilo que combate o mal, qual seja, o consideradas. Por outro lado, pela primeira vez, junto com os
desrespeito ao direito fundamental direitos, foram também estabelecidos expressamente deveres
fundamentais. Tanto os agentes públicos como os indivíduos
Garantias Constitucionais Individuais têm obrigações específicas, inclusive a de respeitar os direitos
das demais pessoas que vivem na ordem social.
Diz-se Garantias Constitucionais Individuais para se Analisaremos o Artigo 5º da CF com apontamentos em
exprimir os meios, instrumentos, procedimentos e instituições todos os incisos para melhor compreensão do tema.
destinados a assegurar o respeito, a efetividade do gozo e a
exigibilidade dos direitos de cada um. Direitos estes, que se
fazem presente nos incisos do Art.5º da Carta Magna.
35 BAHIA, Flávia. Direito Constitucional. 2018. 36 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 2004.
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
lei posterior reduz os efeitos de aplicabilidade da lei anterior Neste inciso está presente o desdobramento da liberdade
o que garante a liberdade de exercício de trabalho, ofício ou de associação, onde a criação de cooperativas e associações
profissão. independem de autorização. É importante salientar que o
Exemplo: o Exame aplicado pela Ordem dos Advogados do constituinte também trouxe no bojo deste inciso uma vedação
Brasil aos bacharéis em Direito, para que estes obtenham no que diz respeito à interferência estatal no funcionamento
habilitação para exercer a profissão de advogados. Como é de tais órgãos. O constituinte vedou a possibilidade de
notório, a lei garante a liberdade de trabalho, sendo, no interferência estatal no funcionamento das associações e
entanto, que a lei posterior, ou seja, o Estatuto da OAB, prevê a cooperativas obedecendo à própria liberdade de associação.
realização do exame para que seja possível o exercício da
profissão de advogado. XIX- as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
XIV- é assegurado a todos o acesso à informação e exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício O texto constitucional traz expressamente as questões
profissional; referentes à dissolução e suspensão das atividades das
Aqui estamos tratando do direito de informar e de ser associações. Neste inciso estamos diante de duas situações
informado. Cabe ressaltar que, o referido inciso traz a diversas. Quando a questão for referente à suspensão de
possibilidade de se resguardar o sigilo da fonte. Esse sigilo diz atividades da associação, a mesma somente se concretizará
respeito àquela pessoa que prestou as informações. Todavia, através de decisão judicial. Todavia, quando falamos em
esse sigilo não possui conotação absoluta, haja vista que há dissolução compulsória das entidades associativas só
possibilidade de revelação da fonte informadora, em casos alcançará êxito por meio de decisão judicial transitada em
expressos na lei. julgado (decisão definitiva por ter esgotado todas as fases
recursais).
XV- é livre a locomoção no território nacional em tempo de Logo, para ambas as situações, seja na dissolução
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, compulsória, seja na suspensão de atividades, será necessária
permanecer ou dele sair com seus bens; decisão judicial. Entretanto, como a dissolução compulsória
O inciso em questão prega o direito de locomoção. Esse possui uma maior gravidade exige-se o trânsito em julgado da
direito abrange o fato de se entrar, permanecer, transitar e sair decisão judicial.
do país. Quando o texto constitucional explicita que qualquer
pessoa está abrangida pelo direito de locomoção, não há XX- ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
diferenciação entre brasileiros natos e naturalizados, bem permanecer associado;
como nenhuma questão atinente aos estrangeiros. Desta
forma, como é possível perceber a locomoção será livre em XXI- as entidades associativas, quando expressamente
tempo de paz. Porém tal direito é relativo, podendo ser autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
restringido em casos excepcionais e expressamente dispostos judicial ou extrajudicialmente;
na Constituição, como por exemplo, no estado de sítio e no Cabe ressaltar que, de acordo com a legislação processual
estado de defesa. civil, ninguém poderá alegar em nome próprio direito alheio,
ou seja, o próprio titular do direito buscará a sua efetivação.
XVI- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em No entanto, aqui estamos diante de uma exceção a tal regra, ou
locais abertos ao público, independentemente de autorização, seja, há existência de legitimidade extraordinária na defesa
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada dos interesses dos filiados. Assim, desde que expressamente
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à previsto no estatuto social, as entidades associativas passam a
autoridade competente; ter legitimidade para representar os filiados judicial ou
Neste inciso encontra-se garantido o direito de reunião. extrajudicialmente. Quando falamos em legitimidade na esfera
A grande característica da reunião é a descontinuidade, ou judicial, estamos nos referindo à tutela dos interesses no Poder
seja, pessoas se reúnem para discutirem determinado assunto, Judiciário. Porém, quando falamos em tutela extrajudicial,
e finda a discussão, a reunião se encerra. Cabe ressaltar que a pode ser realizada administrativamente (Vale esclarecer, é
diferença entre reunião e associação está intimamente ligada REPRESENTAÇÃO e não substituição processual).
a tal característica. Enquanto a reunião não é contínua, a
associação tem caráter permanente. XXII- é garantido o direito de propriedade;
É importante salientar que o texto constitucional não exige De acordo com a doutrina civilista, o direito de
que a reunião seja autorizada, mas tão somente haja uma propriedade caracteriza-se pelo uso, gozo e disposição de um
prévia comunicação à autoridade competente. bem. Todavia, o direito de propriedade não é absoluto, pois
De forma similar ao direito de locomoção, o direito de existem restrições ao seu exercício, como por exemplo, a
reunião também é relativo, pois poderá ser restringido em obediência à função social da propriedade. Há duas garantias
caso de estado de defesa e estado de sítio. de propriedade, a de conservação (ninguém pode ser privado
de seus bens, exceto hipóteses previstas nesta constituição) e
XVII- é plena a liberdade de associação para fins lícitos, a de compensação (se privado de seus bens, há o direito de
vedada a de caráter paramilitar; ressarcimento no valor equivalente ao prejuízo sofrido).
Este inciso garante a liberdade de associação. É importante
salientar que a associação deve ser para fins lícitos, haja vista XXIII- a propriedade atenderá a sua função social;
que a ilicitude do fim pode tipificar conduta criminosa. A função social é uma das limitações ao direito de
O inciso traz uma vedação, que consiste no fato da propriedade. A propriedade urbana estará atendendo sua
proibição de criação de associações com caráter paramilitar, função social quando obedecer às exigências expressas no
ou seja, àquelas que buscam se estruturar de maneira análoga plano diretor (é obrigatório para as cidades que possuam mais
às forças armadas ou policiais. de vinte mil habitantes e tem por objetivo traçar metas que
serão obedecidas para o desenvolvimento das cidades).
XVIII- a criação de associações e, na forma da lei, a de Quanto à propriedade rural, deve ser obedecida a preservação
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a do meio ambiente, os critérios e graus de exigência
interferência estatal em seu funcionamento; estabelecidos em lei, à utilização adequada dos recursos
APOSTILAS OPÇÃO
naturais disponíveis e à exploração que favoreça o bem-estar explorar a obra. Após o tempo estabelecido a obra pertencerá
dos proprietários e dos trabalhadores. a todos.
XXIV- a lei estabelecerá o procedimento para XXVIII- são assegurados, nos termos da lei:
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
interesse social, mediante justa e prévia indenização em e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; atividades desportivas;
A Desapropriação é o procedimento pelo qual o Poder b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico
Público, fundado na necessidade pública, utilidade pública ou das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos
interesse social, compulsoriamente, priva alguém de certo intérpretes e às respectivas representações sindicais e
bem, móvel ou imóvel, adquirindo-o para si em caráter associativas;
originário, mediante justa e prévia indenização. É, em geral, Este inciso preza a proteção dos direitos individuais do
um ato promovido pelo Estado, mas poderá ser concedido a autor quando participe de uma obra coletiva. Um exemplo que
particulares permissionários ou concessionários de serviços pode ilustrar o conteúdo da alínea “a” diz respeito à gravação
públicos, mediante autorização da Lei ou de Contrato com a de um clipe musical por diversos cantores. Não é pelo simples
Administração. fato da gravação ser coletiva que não serão garantidos os
Requisitos para desapropriação: 1) Necessidade pública; direitos autorais individuais dos cantores. Pelo contrário,
2) Utilidade pública; 3) Interesse social; serão respeitados os direitos individuais de cada cantor.
Mediante: 1) justa e prévia indenização; 2) Indenização em O inciso “b” traz o instituto do direito de fiscalização do
dinheiro. aproveitamento das obras. A alínea em questão expressa que
o próprio autor poderá fiscalizar o aproveitamento econômico
XXV- no caso de iminente perigo público, a autoridade da obra, bem como os intérpretes, representações sindicais e
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada associações.
ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Neste caso estamos diante do instituto da requisição XXIX- a lei assegurará aos autores de inventos industriais
administrativa, que permite à autoridade competente utilizar privilégio temporário para sua utilização, bem como às criações
propriedades particulares em caso de iminente perigo público industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e
(calamidade pública) - já ocorrido ou prestes a ocorrer. Desta a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
maneira, utilizada a propriedade particular será seu desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
proprietário indenizado, posteriormente, caso seja constatada Este inciso trata, da tutela do direito de propriedade
a existência de dano. Em caso negativo, este não será intelectual, explicitando o caráter não-definitivo de exploração
indenizado. Um exemplo típico do instituto da requisição das obras, haja vista a limitação temporal de exploração por
administrativa é o encontrado no caso de guerras. lei. Isso ocorre pelo fato de que há induzido um grande
interesse da sociedade em conhecer o conteúdo das pesquisas
XXVI- a pequena propriedade rural, assim definida em lei, e inventos que podem trazer maior qualidade de vida à
desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora população.
para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu XXX- é garantido o direito de herança;
desenvolvimento; A herança é o objeto da sucessão. Com a morte abre-se a
Este inciso traz a impenhorabilidade da pequena sucessão, que tem por objetivo transferir o patrimônio do
propriedade rural. É importante salientar que a regra de falecido aos seus herdeiros. É importante salientar que são
impenhorabilidade da pequena propriedade rural para transferidos aos herdeiros tanto créditos (ativo) como dívidas
pagamento de débitos decorrentes da atividade produtiva (passivo), até que seja satisfeita a totalidade da herança.
abrange somente aquela trabalhada pela família.
XXXI- a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos
Súmula 364-STJ: O conceito de impenhorabilidade de
filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável à lei
bem de família abrange também o imóvel pertencente a
pessoal do de cujus;
pessoas solteiras, separadas e viúvas.
A regra é que a sucessão dos bens do estrangeiro será
regulada pela lei brasileira. Todavia, o próprio inciso traz uma
exceção, no caso de sucessão de bens de estrangeiros situados
Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel
no país, admite-se aplicar a lei mais favorável ao cônjuge ou
residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde
filhos brasileiros da pessoa falecida, a lei brasileira ou a lei do
que a renda obtida com a locação seja revertida para a
país de origem do de cujus.
subsistência ou a moradia da sua família.
XXXII- o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, consumidor;
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos Com o objetivo de dar cumprimento a este inciso, no dia 11
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; de setembro de 1990 entrou em vigor o código de defesa do
Este inciso tem por escopo a tutela do direito de consumidor, Lei Federal n° 8.078/90.
propriedade intelectual, sendo a propriedade industrial e os
direitos do autor. Esses direitos podem ser morais XXXIII- todos têm direito a receber dos órgãos públicos
(inalienáveis e irrenunciáveis) - consiste na paternidade da informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo
obra, ou patrimoniais (os direitos são transmissíveis e ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
renunciáveis). Como é possível extrair do inciso esses direitos responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
são passíveis de transmissão por herança, sendo, todavia, imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
submetidos a um tempo fixado pela lei. Desta maneira, não é Aqui encontramos um desdobramento do direito à
pelo simples fato de ser herdeiro do autor de uma determinada informação. É direito fundamental de obter informações do
obra que lhe será garantida a propriedade da mesma, pois a lei poder público, que será exercitado na via administrativa e se
estabelecerá um tempo para que os herdeiros possam relaciona com um interesse particular, geral ou coletivo. Nesse
APOSTILAS OPÇÃO
caso, havendo recusa no fornecimento de certidões, ou Após os debates, o juiz presidente do Tribunal do Júri
informações de terceiros, o remédio cabível será o mandado de efetua a leitura dos quesitos formulados acerca do crime para
segurança. os sete jurados, que compõe o Conselho de Sentença, e os
questiona se estão preparadas para a votação. Caso seja
XXXIV- são a todos assegurados, independentemente do afirmativa a resposta, estes serão encaminhados, juntamente
pagamento de taxas: com o magistrado até uma sala onde será realizada a votação.
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de Neste ato, o juiz efetua a leitura dos quesitos e um oficial
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; entrega duas cédulas de papel contendo as palavras sim e não
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para aos jurados. Posteriormente, estas são recolhidas, para que
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse seja possível chegar ao resultado final do julgamento. É
pessoal; importante salientar que essa característica de sigilo atribuída
O fato de ser independente de pagamento de taxas não à votação deriva do fato que inexiste possibilidade de se
quer dizer que o exercício desses direitos seja realizado descobrir qual o voto explicitado pelos jurados
gratuitamente, mas sim, que podem ser isentos de taxas para individualmente. Isso decorre que inexiste qualquer
as pessoas reconhecidamente pobres. identificação nas cédulas utilizadas para a votação.
A alínea “a” traz, em seu bojo, o direito de petição, que c) a soberania dos veredictos;
consiste na possibilidade de levar ao conhecimento do Poder Essa característica pressupõe que as decisões tomadas
Público a ocorrência de atos revestidos de ilegalidade ou abuso pelo Tribunal do Júri não poderão ser alteradas pelo Tribunal
de poder. de Justiça respectivo.
A alínea “b” trata da obtenção de certidões em repartições d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
públicas. De acordo com a Lei nº 9.051/95 o prazo para o contra a vida;
esclarecimento de situações e expedição de certidões é de Os crimes dolosos37 contra a vida estão previstos nos
quinze dias. artigos 121 a 128 do Código Penal (homicídio, induzimento,
instigação, auxílio ao suicídio, infanticídio e aborto).
XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito; XXXIX- não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
Neste inciso encontra-se consagrado o princípio da sem prévia cominação legal;
inafastabilidade da jurisdição. Não poderão haver óbices para Esse princípio, muito utilizado no Direito Penal, encontra-
o acesso ao Poder Judiciário. Havendo lesão ou ameaça de se divididos em dois subprincípios, da reserva legal (não será
lesão a direito, tal questão deverá ser levada até o Poder possível imputar determinado crime a um indivíduo, sem que
Judiciário para que possa ser dirimida. Quando a lesão a conduta cometida por este esteja tipificada) e da
acontecer no âmbito administrativo não será necessário o anterioridade (demonstra que há necessidade uma lei anterior
esgotamento das vias administrativas. Exceção: Justiça ao cometimento da conduta para que seja imputado o crime).
Desportiva, que exige para o ingresso no Poder Judiciário, o
esgotamento de todos os recursos administrativos cabíveis. XL- a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
O réu é o sujeito ativo praticante da conduta criminosa. No
XXXVI- a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato caso específico deste inciso estamos diante de aplicação de leis
jurídico perfeito e a coisa julgada; penais no tempo. A lei penal produz efeitos a partir de sua
A real intenção deste inciso é a preservação da segurança entrada em vigor, não se admitindo sua retroatividade
jurídica, pois com essa observância, estaremos diante da maléfica, ou seja, somente será admitida a retroatividade da
estabilidade das relações jurídicas. Conceitualmente, de lei, se for para benefício do réu. É proibida a aplicação da lei
acordo com o artigo 6º da LINDB (Lei de Introdução às Normas penal inclusive aos fatos praticados durante seu período de
de Direito Brasileiro) temos: vacatio38.
- Direito adquirido: Os direitos já adquiridos por uma
pessoa não podem ser prejudicados por novas leis, exemplo: XLI- a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
aposentadoria (quem já a recebe, não pode ser prejudicado direitos e liberdades fundamentais;
por leis posteriores); Destaca neste inciso que é necessária a pré-existência de
- Ato jurídico perfeito: Ato já consumado segundo a lei uma lei punitiva aos que atentam os direitos e liberdades
vigente ao tempo em que se efetuou; fundamentais.
- Coisa julgada: Decisão judicial de que não caiba mais
recurso. XLII- a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XXXVII- não haverá juízo ou tribunal de exceção; O caráter de inafiançabilidade deriva do fato que não será
São considerados juízos ou tribunais de exceção, aqueles admitido o pagamento de fiança em razão do cometimento de
organizados posteriormente à ocorrência do caso concreto. O crime racial. A fiança consiste na prestação de caução
juízo de exceção é caracterizado pela transitoriedade e pela pecuniária ou prestação de obrigações que garantam a
arbitrariedade aplicada a cada caso. liberdade ao indivíduo até sentença condenatória. Outrossim,
a prática do racismo constitui crime imprescritível. A
XXXVIII- é reconhecida a instituição do júri, com a prescrição consiste na perda do direito do Estado em punir, em
organização que lhe der a lei, assegurados: razão do elevado tempo para apuração dos fatos.
a) a plenitude da defesa; A reclusão é uma modalidade de pena privativa de
A plenitude de defesa admite a possibilidade de todos os liberdade que comporta alguns regimes prisionais, quais
meios de defesa, sendo caracterizado como um nível maior do sejam: o fechado, o semiaberto e o aberto.
que a ampla defesa, defendida em todos os procedimentos
judiciais, sob pena de nulidade processual.
b) o sigilo das votações;
37 Crime doloso: o sujeito praticante da conduta lesiva quer que o resultado 38 Vacatio refere-se ao tempo em que a lei é publicada até a sua entrada em
se produza ou assume o risco de produzi-lo. Crime culposo: o sujeito ativo vigor. A lei somente será aplicável a fatos praticados posteriormente a sua
praticante da conduta agiu sob imprudência, negligência ou imperícia. vigência.
APOSTILAS OPÇÃO
XLIII- a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis A tutela do preso cabe ao Estado. O fato de estar preso não
de 39graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de significa que ele poderá receber tratamento desumano ou
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como degradante.
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; L- às presidiárias serão asseguradas condições para que
O inciso em questão tem por objetivo vetar alguns possam permanecer com seus filhos durante o período de
benefícios processuais aos praticantes de crimes considerados amamentação;
como repugnantes pela sociedade. Neste inciso não se busca a proteção dos direitos da
presidiária, mas sim dos filhos, pois é de extrema importância
XLIV- constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de à alimentação das crianças com leite materno.
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático; LI- nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
A constituição protege o Estado de ação de grupos naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
armados militares ou civis que agem contra o sistema político. naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
XLV- nenhuma pena passará da pessoa do condenado, Em hipótese alguma o brasileiro nato será extraditado.
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do Contudo, o brasileiro naturalizado, poderá ser extraditado
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos desde que ocorram as seguintes situações:
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
Destaca-se neste inciso princípio da personalização da Antes da naturalização Depois da naturalização
pena. Há responsabilidades nos âmbitos civil e penal. No
âmbito penal, a pena é personalíssima, não podendo ser - não será extraditado por
- prática de crime comum
transferida a seus herdeiros. crime comum
Quanto à responsabilidade no âmbito civil, a interpretação - comprovado - comprovado
é realizada de maneira diversa, a obrigação de reparar o dano envolvimento em tráfico envolvimento em tráfico
e a decretação de perdimento de bens podem se estender aos ilícito de entorpecentes e ilícito de entorpecentes e
sucessores, no limite do valor do patrimônio transferido. drogas afins drogas afins.
XLVI- a lei regulará a individualização da pena e adotará,
entre outras, as seguintes: LII- não será concedida extradição de estrangeiro por crime
a) privação ou restrição de liberdade; político ou de opinião;
b) perda de bens; É importante não confundir a expressão “crime político”
c) multa; com a expressão “crime eleitoral”. Crimes políticos são aqueles
d) prestação social alternativa; que atentam contra a estrutura política de um Estado,
e) suspensão ou interdição de direitos; enquanto os crimes eleitorais são aqueles referentes ao
Este inciso expressa o princípio da individualização da processo eleitoral, explicitados pelo respectivo Código.
pena. Há também o emprego da individualização no Com relação aos crimes de opinião, podemos defini-los
cumprimento da pena, pois é necessário que exista uma como aqueles que sua execução consiste na manifestação de
correspondência entre a conduta externalizada pelo sujeito e pensamento. Sendo estes a calúnia, a difamação e a injúria.
a punição descrita pelo texto legal.
Apresenta ainda um rol exemplificativo das penas LIII- ninguém será processado nem sentenciado senão por
admissíveis no ordenamento jurídico brasileiro. autoridade competente;
Há dois princípios importantes, o princípio do promotor
XLVII- não haverá penas: natural e o princípio do juiz natural. O princípio do promotor
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos natural consiste no fato que ninguém será processado, senão
do artigo 84, XIX; por autoridade competente, ou seja, será necessária a
b) de caráter perpétuo; existência de um Promotor de Justiça previamente
As penas cumpridas no Brasil, não podem ser superiores a competente ao caso. O princípio do juiz natural, há a
30 anos (artigo 75, CP). consagração que ninguém será sentenciado, senão por
c) de trabalhos forçados; autoridade competente. Isso importa dizer que não será
Os condenados não são obrigados a trabalharem em possível existência de juízos ou tribunais de exceção, ou seja,
serviços desgastantes e exaustivos. especificamente destinados à análise de um caso concreto.
d) de banimento;
Consiste na expulsão do brasileiro do território nacional LIV- ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
e) cruéis; o devido processo legal;
Penas que ferem o princípio da dignidade humana. Para que haja um processo legal, há necessidade da
observância do contraditório e da ampla defesa (direito de
XLVIII- a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, defesa à acusação).
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
Um exemplo a ser citado é o da Fundação CASA, para onde LV- aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
são destinados os adolescentes que cometem atos infracionais. aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
XLIX- é assegurado aos presos o respeito à integridade física Contraditório é a ciência dos atos processuais e a
e moral; possibilidade de contrariá-los naquilo que houver
discordância. A ampla defesa é o direito do acusado apresentar
argumentos em favor, provando-os nos limites legais. Frisa-se
APOSTILAS OPÇÃO
que, tanto o contraditório quanto a ampla defesa são direitos LXII- a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
de respostas do réu. serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
família ou à pessoa por ele indicada;
LVI- são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por Este inciso demonstra o direito de comunicação imediata
meios ilícitos; do preso, restrito na forma legal.
Prova ilícita é a que viola regra de direito material, seja
constitucional ou legal, no momento de sua obtenção (ex.: LXIII- o preso será informado de seus direitos, entre os quais
confissão mediante tortura). o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado;
LVII- ninguém será considerado culpado até o trânsito em A Constituição traz mais um direito ao preso, o de
julgado da sentença penal condenatória; permanecer calado (o preso não é obrigado a produzir prova
Aqui estamos diante do princípio da presunção de contra si) e assegura a assistência de sua família e de um
inocência ou da não-culpabilidade. Trânsito em julgado da advogado.
sentença penal condenatória, significa que não há mais
possibilidade de interposição de recursos. Assim, após o LXIV- o preso tem direito a identificação dos responsáveis
trânsito em julgado da sentença será possível lançar o nome por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
do réu no rol dos culpados. A autoridade policial deve estar devidamente identificada,
ex. estar fardada, com nome aparente.
LVIII- o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LXV- a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
Atualmente, a Lei nº 12.037/2009, traz em seu artigo 3º, as autoridade judiciária;
hipóteses em que o civilmente identificado deverá proceder à Caso a prisão tenha ocorrido de forma ilegal (alguma
identificação criminal. São elas: nulidade, ou abuso de autoridade no ato da prisão, etc.), a peça
- se o documento apresentado tiver rasura ou tiver indício cabível para soltá-lo é o relaxamento de prisão, deferida ou
de falsificação; não pelo juiz de direito.
- se o documento apresentado for insuficiente para
identificar cabalmente o indiciado; LXVI- ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando
- se o indiciado portar documentos de identidade distintos, a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
com informações conflitantes entre si; Estamos diante de uma prisão legalmente realizada.
- se a identificação criminal for essencial às investigações Contudo, a lei permite que o acusado responda em liberdade,
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária com ou sem o pagamento da fiança. A liberdade com fiança
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação pode ser decretada pelo Juiz de Direito ou pelo Delegado de
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; Polícia (o delegado apenas poderá decretar a liberdade
- constar de registros policiais o uso de outros nomes ou provisória com fiança quando a pena privativa de liberdade
diferentes qualificações; e máxima não for superior a 4 anos). Já a liberdade sem fiança,
- se o estado de conservação ou a distância temporal ou da somente poderá ser decretada pelo Juiz de Direito.
localidade da expedição do documento apresentado
impossibilite a completa identificação dos caracteres LXVII- não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
essenciais. responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LIX- será admitida ação privada nos crimes de ação pública, A prisão civil é medida privativa de liberdade, sem caráter
se esta não for intentada no prazo legal; de pena, com a finalidade de compelir o devedor a satisfazer
Quando o Ministério Público (órgão competente para uma obrigação. O Pacto de San José da Costa Rica, ratificado
ajuizar a ação) permanecer inerte e não oferecer denúncia no pelo Brasil (recepcionado de forma equivalente a norma
prazo legal, o ofendido poderá fazê-la. Esse mecanismo chama- constitucional), autoriza a prisão somente em razão de dívida
se ação penal privada subsidiária da pública. alimentar. Assim, não é admitida a prisão do depositário infiel.
LX- a lei só poderá restringir a publicidade dos atos Súmula Vinculante 25: É ilícita a prisão civil de
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de
o exigirem; depósito.
A regra é a publicidade de todos os atos processuais.
Contudo, segundo este inciso, poderá haver restrição.
LXVIII- conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
Exemplo: Ações que envolvem menores e incapazes - correm
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
em segredo de justiça.
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Este remédio constitucional tem por escopo assegurar a
LXI- ninguém será preso senão em flagrante delito ou por efetiva aplicação do direito de locomoção, ou seja, o direito de
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária ir, vir e permanecer em um determinado local.
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime Este remédio constitucional poderá ser utilizado tanto no
propriamente militar, definidos em lei; caso de iminência de violência ou coação à liberdade de
De acordo com este inciso só existem duas maneiras de se locomoção, como no caso de efetiva ocorrência de ato
efetuar a prisão de um indivíduo. A primeira se dá por meio da atentatório à liberdade.
prisão em flagrante e a segunda é a prisão realizada por ordem Assim, são duas as espécies de habeas corpus:
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente
- Preventivo ou salvo-conduto: Neste caso o habeas corpus
(mandado de prisão). Para os militares, há duas ressalvas,
será impetrado pelo indivíduo que se achar ameaçado de
poderão ser presos em razão de transgressão militar (violação
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
dos princípios da ética, dos deveres e das obrigações militares)
ilegalidade ou abuso de poder. Tem por finalidade obter um
ou pelo cometimento de crime militar, previstos em lei.
salvo-conduto, ou seja, um documento para garantir o livre
trânsito em sua liberdade de locomoção (ir, vir e permanecer).
Exemplo: Fulano está sendo acusado de cometer um crime de
roubo, porém há indícios de que não foi ele que cometeu o
APOSTILAS OPÇÃO
crime. Então, ele impetra o Habeas Corpus preventivo, o juiz LXXII- conceder-se-á habeas data:
reconhecendo legítimos seus argumentos o concede o salvo- a) para assegurar o conhecimento de informações relativas
conduto, que permitirá que este se mantenha solto até a à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
decisão final do processo. dados de entidades governamentais ou de caráter público;
- Repressivo ou liberatório: Aqui haverá a impetração b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo
quando alguém sofrer violência ou coação em sua liberdade de por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Nesse passo, o O habeas data assegura o direito de informação. De acordo
habeas corpus será impetrado com a finalidade de obter a com o princípio da informação todos têm direito de receber
expedição de um alvará de soltura (documento no qual consta informações relativas à pessoa do impetrante, constante de
ordem emitida pelo juiz para que alguém seja posto em registros ou banco de dados de entidades governamentais ou
liberdade). de caráter público.
LXIX- conceder-se-á mandado de segurança para proteger LXXIII- qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de entidade de que o Estado participe, à moralidade
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
exercício de atribuições de Poder Público; cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXX- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado A Ação Popular é regida pela Lei nº 4.717/65 que confere
por: legitimidade de propositura ao cidadão (os que estão em gozo
a) partido político com representação no Congresso dos direitos políticos - direito de votar e ser votado), imbuído
Nacional; de direitos políticos, civis e sociais. Este remédio
b) organização sindical, entidade de classe ou associação constitucional, cuja legitimidade para propositura, é do
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um cidadão, visa um provimento jurisdicional (sentença) que
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; declare a nulidade de atos lesivos ao patrimônio público.
Não confunda ação civil pública com ação popular: A ação
O objeto do Mandado de Segurança é a proteção de direito civil pública, explicitada pela Lei nº 7.347/85, é um
líquido e certo (aquele que pode ser demonstrado de plano, instrumento processual tendente a tutelar interesses difusos,
por meio de prova pré-constituída, sendo, portanto, coletivos e individuais homogêneos. Neste caso, a Lei da Ação
dispensada a dilação probatória). Civil Pública, dispõe um rol de legitimados à propositura da
A impetração de mandado de segurança, nos casos não ação, como por exemplo: a União, os Estados, os Municípios, o
amparados por habeas corpus ou habeas data, ocorre pelo fato Distrito Federal, o Ministério Público, dentre outros. Desta
de que é necessário utilizar o remédio processual adequado a maneira, podemos perceber que o cidadão individualmente
cada caso. Cabe ressaltar que um dos requisitos mais considerado, detentor de direitos políticos, não é legitimado
importantes para a impetração do mandado de segurança é a para a propositura de tal ação.
identificação da autoridade coatora pela ilegalidade ou abuso
do poder. Para fins de impetração de mandado de segurança, LXXIV- o Estado prestará assistência jurídica integral e
autoridade é o agente investido no poder de decisão. É gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
importante tal caracterização, pois, desta maneira, não há o Com a finalidade de atender aos indivíduos mais
risco de ilegitimidade passiva na impetração do mandado de necessitados financeiramente, a própria Constituição em seu
segurança. artigo 134, trata da Defensoria Pública, instituição
Similarmente ao habeas corpus, existem duas espécies de especificamente destinada a este fim, que incumbe a
mandado de segurança: orientação jurídica e a defesa, em todos os graus.
- Preventivo: Quando estamos diante de ameaça ao direito
líquido e certo, por ilegalidade ou abuso de poder. LXXV- o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,
- Repressivo: Quando a ilegalidade ou abuso de poder já assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
foram praticados. Estamos diante de responsabilidade objetiva do Estado, ou
seja, comprovado o nexo de causalidade entre a conduta e o
LXXI- conceder-se-á mandado de injunção sempre que a resultado danoso, será exigível a indenização,
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos independentemente da comprovação de culpa ou dolo.
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXVI- são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
O mandado de injunção tem por objetivo combater a falta forma da lei:
de efetividade das normas constitucionais. Para que seja a) o registro civil de nascimento;
possível a impetração de mandado de injunção há necessidade b) a certidão de óbito;
da presença de dois requisitos:
- Existência de norma constitucional que preveja o LXXVII- são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas
exercício de direitos e liberdades constitucionais e das data e, na forma da lei, os atos necessário ao exercício da
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
cidadania. Exemplo: a emissão de título de eleitor - que garante ao
- Inexistência de norma regulamentadora que torne indivíduo o caráter de cidadão, para fins de propositura de
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e ação popular.
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania. LXXVIII- a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
A grande consequência do mandado de injunção consiste assegurados a razoável duração do processo e os meios que
na comunicação ao Poder Legislativo para que elabore a lei garantam a celeridade de sua tramitação.
necessária ao exercício dos direitos e liberdades A duração razoável do processo deverá ser empregada
constitucionais. tanto na esfera judicial como na administrativa, fazendo com
que o jurisdicionado não necessite aguardar longos anos à
espera de um provimento jurisdicional.
APOSTILAS OPÇÃO
§1º As normas definidoras dos direitos e garantias desde que não frustrem outra reunião anteriormente
fundamentais têm aplicação imediata. convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio
Os direitos e garantias fundamentais constantes na C.F. aviso à autoridade competente.
passaram a ter total validade com sua entrada em vigor, II. É plena a liberdade de associação para fins lícitos,
independentemente, da necessidade de regulamentação de inclusive a de caráter paramilitar.
algumas matérias por lei infraconstitucional. III. Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
§2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Quais estão corretas?
Federativa do Brasil seja parte. (A) Apenas I.
Além dos direitos e garantias já existentes, este parágrafo (B) Apenas III.
consagra a possibilidade de existência de outros decorrentes (C) Apenas I e II.
do regime democrático. Quando o assunto abordado diz (D) Apenas I e III.
respeito aos tratados, cabe ressaltar a importante alteração (E) I, II e III.
trazida pela Emenda Constitucional nº 45/04, que inseriu o
parágrafo 3º, que será analisado posteriormente. 03. (Pref. de Penalva/MA - Procurador Municipal -
IMA/2017) Nos termos da Constituição Federal de 1988,
§3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos acerca dos direitos e garantias individuais e coletivos, é
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso CORRETO afirmar que:
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos (A) Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
respectivos membros, serão equivalentes às emendas de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
constitucionais. direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
Este parágrafo trouxe uma novidade inserida pela Emenda inerentes à igualdade, à soberania e à cidadania.
Constitucional nº 45/04 (Reforma do Judiciário). Cabe (B) São gratuitas as ações de habeas corpus e mandado de
ressaltar que este parágrafo somente abrange os tratados e segurança, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício
convenções internacionais sobre direitos humanos. Assim, os da cidadania.
demais tratados serão recepcionados pelo ordenamento (C) As normas definidoras dos direitos e garantias
jurídico brasileiro com o caráter de lei ordinária, fundamentais têm aplicação mediata.
diferentemente do tratamento dado aos tratados de direitos (D) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
humanos, com a edição da Emenda nº 45/04. de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
§4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
Este parágrafo é outra novidade inserida ao ordenamento
jurídico pela Emenda Constitucional nº 45/04. O 04. (PC/AP - Agente de Polícia - FCC/2017) A
referido tribunal foi criado pelo Estatuto de Roma em 17 de Constituição Federal de 1988, ao tratar dos direitos e deveres
julho de 1998, o qual foi subscrito pelo Brasil. Trata-se de individuais e coletivos,
instituição permanente, com jurisdição para julgar genocídio, (A) assegura-os aos brasileiros residentes no País, mas não
crimes de guerra, contra a humanidade e de agressão, e cuja aos estrangeiros em trânsito pelo território nacional, cujos
sede se encontra em Haia, na Holanda. Os crimes de direitos são regidos pelas normas de direito internacional.
competência desse Tribunal são imprescritíveis, dado que (B) prescreve que a natureza do delito praticado não pode
atentam contra a humanidade como um todo. ser critério para determinar o estabelecimento em que a pena
O tratado foi equiparado no ordenamento jurídico correspondente será cumprida pelo réu.
brasileiro às leis ordinárias. Em que pese tenha adquirido este (C) atribui ao júri a competência para o julgamento dos
caráter, o mencionado tratado diz respeito a direitos humanos, crimes dolosos contra a vida, assegurando a plenitude de
porém não possui característica de emenda constitucional, defesa, a publicidade das votações e a soberania dos
pois entrou em vigor em nosso ordenamento jurídico antes da veredictos.
edição da Emenda Constitucional nº 45/04. Para que tal (D) excepciona o princípio da irretroatividade da lei penal
tratado seja equiparado às emendas constitucionais deverá ao permitir que a lei seja aplicada aos crimes cometidos
passar pelo mesmo rito de aprovação destas. anteriormente a sua entrada em vigência, quando for mais
benéfica ao réu, regra essa que incide, inclusive, quando se
Questões tratar de crime hediondo.
(E) determina que a prática de crime hediondo constitui
01. (ABIN - Técnico de Inteligência - CESPE/2018) A crime inafiançável e imprescritível.
respeito dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o
item a seguir. 05. (Pref. de Chapecó/SC - Engenheiro de Trânsito -
IOBV) De acordo com o texto constitucional, é direito
O direito à liberdade de expressão artística previsto fundamental do cidadão:
constitucionalmente não exclui a possibilidade de o poder (A) A manifestação do pensamento, ainda que através do
público exigir licença prévia para a realização de determinadas anonimato.
exposições de arte ou concertos musicais. (B) A liberdade de associação para fins lícitos, inclusive de
( ) Certo ( ) Errado caráter paramilitar.
(C) Ser compelido a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
02. (DPE/SC - Técnico Administrativo - somente em virtude de lei.
FUNDATEC/2018) Em relação aos Direitos e Garantias (D) Ser livre para expressar atividade intelectual e
fundamentais previstos na Constituição Federal, analise as artística, mediante licença do Ministério da Educação e
seguintes assertivas: Cultura.
I. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização,
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
Vejamos o que prevê a norma constitucional sobre o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
tema: função gratificada na administração pública direta e indireta
em qualquer um dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
TÍTULO III Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
[...] associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
CAPÍTULO VII definidos em lei específica;
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Segundo MOTTA41, a associação e o direito de greve são
Seção I instrumentos dos trabalhadores para proteger seus direitos e
DISPOSIÇÕES GERAIS interesses. Sendo os servidores públicos também
trabalhadores, é razoável que possam utilizar tais
Art. 37. A administração pública direta e indireta de instrumentos. Além do mais, negar tais meios aos servidores
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal só seria razoável se dispusessem eles de um tratamento
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, suficientemente seguro e diferenciado. A partir do momento
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, que em tudo se procura assemelhar os servidores públicos aos
ao seguinte: trabalhadores privados, não se poderá negar àqueles estes
Dica! Para conseguir memorizar e nunca mais esquecer meios de defesa.
quais são os mais importantes princípios constitucionais da A associação sindical já era assegurada, porém jamais foi
Administração Pública, basta unir as iniciais de cada um destes editada a lei complementar reguladora o direito de greve. O
e, com isso, chegaremos à palavra mnemônica “LIMPE”. novo art. 37, VII, aboliu a exigência da lei complementar,
Lembre-se sempre do “LIMPE”, as bancas adoram questões admitindo a regulamentação da greve no serviço público
sobre esse tema. Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; através de lei ordinária, teoricamente de mais fácil edição.
Publicidade e Eficiência. VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, critérios de sua admissão;
assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Acessibilidade) IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
Não esqueça! Há cargos que os estrangeiros não podem determinado para atender a necessidade temporária de
ocupar, como os cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § excepcional interesse público;
3°). Não esqueça! Essas contratações são feitas para situações
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de de emergência ou extremamente peculiares.
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
exoneração; distinção de índices;
Súmula Vinculante 43 É inconstitucional toda modalidade Não confunda! Subsídio X Remuneração X Vencimento:
de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia Subsídio: está prevista na Constituição, é uma forma de
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, retribuição obrigatória, paga em parcela única para os
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente membros de poder, detentores de mandatos eletivos, ex.
investido. Ministros de estados e secretários estaduais.
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois Remuneração: é a soma do vencimento do cargo mais as
anos, prorrogável uma vez, por igual período; vantagens e benefícios estabelecidos por lei.
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de Vencimento: é a retribuição pelo exercício de cargo, com
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou valor fixado em lei.
de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos Súmula vinculante 42-STF: é inconstitucional a vinculação
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou
Neste caso, a Constituição respeitando o princípio da municipais a índices federais de correção monetária.
impessoalidade, condicionou da seguinte forma,
a pessoa aprovada em um concurso que não fora XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
convocada ainda está no prazo previsto em edital de funções e empregos públicos da administração direta,
convocação terá prioridade para ser chamado sobre os novos autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes
concursados, por ex. pessoa “x” aprovado em um concurso em da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
último lugar, 1 ano depois ainda dentro do prazo de detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e
convocação tem novo concurso e “Y” passa em 1º lugar, como os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
ainda está dentro do prazo de convocação do concurso de “X”, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
a pessoa “Y” só será convocada depois que “X” for convocado. pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo
Súmula Vinculante 13 - A nomeação de cônjuge, e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
APOSTILAS OPÇÃO
limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e A criação de entidade da Administração indireta deve ser
aos Defensores Públicos; feita através de lei. O constituinte distinguiu casos de criação
Este inciso refere-se aos tetos remuneratórios. O teto é a por lei específica (para as autarquias) e os casos de
soma de todos os ganhos do agente político, que pode ser autorização (para as empresas públicas, sociedades de
dividido em geral (nenhum servidor público no Brasil poderá economia mista e fundações). No último caso, deverá a lei
ter remuneração que exceda o subsídio mensal, em espécie, complementar definir as áreas de atuação. Ver também o art.
dos Ministros do STF) e específicos (cada ente da federação 173.
possui regras próprias sobre o teto). As fundações regidas pelo Direito comum (privadas) não
União: há apenas o teto geral do subsídio de ministro do estão sujeitas ao mesmo regramento que as fundações de
STF; é igual para todos os poderes. direito público.
Estados e DF: há tetos especiais para cada poder: XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
1) Poder Executivo: o subsídio mensal do Governador; obras, serviços, compras e alienações serão contratados
2) Poder Legislativo: o subsídio dos deputados estaduais ou mediante processo de licitação pública que assegure igualdade
distritais; de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
3) Poder Judiciário: o subsídio dos desembargadores do TJ, estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
limitado a 90,25% do subsídio de ministro do STF, sendo efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá
aplicável este limite também ao MP, Procuradores e Defensores as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
Públicos. à garantia do cumprimento das obrigações.
Municípios: o teto é o subsídio do Prefeito. A licitação possui como objeto a seleção da proposta mais
vantajosa para a Administração Pública. A escolha dos que
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do serão contratados pela Administração Pública não pode
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo decorrer de critérios pessoais do administrador ou de ajustes
Poder Executivo; entre interessados. A escolha dos que serão contratados
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer decorrerá do procedimento denominado licitação, de
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de obrigatoriedade imposta por regra constitucional.
pessoal do serviço público; XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados,
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
público não serão computados nem acumulados para fins de funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
concessão de acréscimos ulteriores; específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas
Este inciso impede os aumentos em cascata, e quaisquer atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
formas usuais de se conceder aumentos disfarçados a compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na
servidores, quase sempre fazendo perder o controle sobre os forma da lei ou convênio.
gastos com pessoal e criando as famigeradas “vantagens Esse inciso tem dois pontos interessantes, primeiro,
pessoais”. expandiu as hipóteses que permitem a troca de informações
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e entre as Fazendas Públicas da União, Estados, Distrito Federal
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos e Municípios. E segundo, determinou a dotação de recursos
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e prioritários para atividades essenciais ao funcionamento do
153, § 2º, I; Estado.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
a) a de dois cargos de professor; nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou pessoal de autoridades ou servidores públicos.
científico; O parágrafo veda a promoção política, visto que não faz
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais sentido aquilo que é pago pelo povo ser usado para promover
de saúde, com profissões regulamentadas; quem eventualmente esteja atuando na Administração,
mesmo que seja com a melhor coisa do mundo. Respeitando,
portanto, o princípio da eficiência o agente público tem que
Dica! Este inciso costuma ser muito cobrado em
fazer sempre o melhor para a coletividade.
concursos públicos, então é importante saber as situações
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III
em que é permitida a acumulação remunerada de cargos
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
públicos.
responsável, nos termos da lei.
O Parágrafo só reforça a ideia de punição, já que a não
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e observância de todos os dispositivos Constitucionais
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, acarretam algum tipo de responsabilidade.
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; na administração pública direta e indireta, regulando
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais especialmente:
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
precedência sobre os demais setores administrativos, na forma em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
da lei; atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia interna, da qualidade dos serviços;
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, informações sobre atos de governo, observado o disposto no art.
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 5º, X e XXXIII;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a III - a disciplina da representação contra o exercício
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
anterior, assim como a participação de qualquer delas em administração pública.
empresa privada;
APOSTILAS OPÇÃO
A primeira42 observação é que o povo, antes de ser usuário, § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
é titular do poder. Mais do que um usuário-cliente, ele é um aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com
usuário-patrão. Assim, a Administração não pode olhar o a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
cidadão-usuário do mesmo modo que uma empresa privada ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição,
olha seu cliente-consumidor. No trato público, o cidadão é os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
mais do que um usuário. Esperamos que o uso do termo livre nomeação e exoneração.
signifique apenas uma escolha inocente de palavras, e não uma § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
visão deturpada dos reformadores e do governo em relação às remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as
naturezas jurídica e política do cidadão que se utiliza dos parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
serviços da administração pública, direta e indiretamente. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a
(Improbidade) noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos
prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
ressarcimento. § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser
Prescrição, é a impossibilidade de alguém ser punido por readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e
alguma falta, em virtude do tempo entre a prática do fato e da responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
punição. tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
de dolo ou culpa. § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo
Neste parágrafo recaímos na responsabilidade objetiva, o de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função
qual o dano ocorre por uma atividade lícita, que apesar deste pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social,
caráter gera um perigo a outrem, ocasionando o dever de acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido
ressarcimento, pelo simples fato do implemento do nexo tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional
causal. Para tanto, surgiu a teoria do risco para preencher as nº 103, de 2019)
lacunas deixadas pela culpabilidade, permitindo que o dano § 15. É vedada a complementação de aposentadorias de
fosse reparado independente de culpa. servidores públicos e de pensões por morte a seus
Contudo é assegurado o direito de regresso por parte da dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a
Administração Pública, nos casos em que se verificar a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime
existência de culpa ou dolo na conduta do agente público próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda
causador do dano, poderá o Estado propor ação regressiva, Constitucional nº 103, de 2019)
com a finalidade de apurar a responsabilidade pessoal do
agente, sempre partindo-se do pressuposto de que o Estado já Acumulação de Cargo Público com Mandato Eletivo
foi condenado anteriormente. A situação funcional do servidor público que passa a
A entidade estatal que propuser a ação deverá demonstrar desempenhar mandato eletivo é tratada com especificidade
a ocorrência dos requisitos que comprovem a pelo art. 38 da Constituição Federal, que estabelece as soluções
responsabilidade do agente, ou seja, ato, dano, nexo e culpa ou em relação à acumulação de cargos, empregos ou funções com
dolo. Caso o elemento subjetivo, representado pela culpa ou cargos eletivos.
dolo, não esteja presente no caso concreto, haverá exclusão da
responsabilidade do agente público. Vejamos o artigo 38, CF
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
Visa impedir que servidores da atividade pública utilizem aplicam-se as seguintes disposições:
as informações para obter vantagens indevidas. I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
administradores e o poder público, que tenha por objeto a remuneração;
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, III - investido no mandato de Vereador, havendo
cabendo à lei dispor sobre: compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
I - o prazo de duração do contrato; cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; norma do inciso anterior;
III - a remuneração do pessoal. IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado
às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal merecimento;
ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de
custeio em geral. (Teto remuneratório nas empresas públicas e previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente
sociedades de economia mista e suas subsidiárias).
APOSTILAS OPÇÃO
federativo de origem. (Redação dada pela Emenda (D) Durante o prazo improrrogável previsto no edital de
Constitucional nº 103, de 2019) convocação, aquele aprovado em concurso público de provas
ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
Questões novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira.
01. (TJ/AM - Titular de Serviços de Notas e de Registros (E) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por
- IESES/2018) Sobre a Administração Pública na Constituição servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
Federal, é INCORRETO afirmar: comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
(A) Somente por lei específica poderão ser criadas casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
e fundações, cabendo à lei complementar definir suas assessoramento.
respectivas áreas de atuação.
(B) As funções de confiança e os cargos em comissão 05. (PC/GO - Escrivão de Polícia Substituto - CESPE) No
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e que se refere à administração pública, assinale a opção correta.
assessoramento. (A) É vedada a acumulação não remunerada de cargos,
(C) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo empregos e funções públicos na administração direta, nas
determinado para atender à necessidade temporária de autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
excepcional interesse público. economia mista e sociedades controladas, direta ou
(D) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e indiretamente, pelo poder público.
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, (B) As obras, os serviços, as compras e as alienações serão
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar contratados mediante processo de licitação pública que
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção assegure igualdade de condições a todos os concorrentes,
pessoal de autoridades ou servidores públicos. permitindo-se exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações, nos
02. (AL/RR - Administrador - FUNRIO/2018) Na termos da lei.
Administração Pública, de acordo com os preceitos (C) Agente público que cometer ato de improbidade
constitucionais, é vedado administrativa estará sujeito à cassação de direitos políticos, à
(A) investir em cargo público sem aprovação prévia em perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e ao
concurso público. ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
(B) abrir um novo concurso público durante o prazo de sem prejuízo da ação penal cabível.
validade não expirado de um concurso anterior. (D) A remuneração dos servidores públicos organizados
(C) adotar critérios diferenciados para concessão de em carreira não pode ser fixada exclusivamente por subsídio
aposentadoria. constituído de parcela única.
(D) acumular cargo público se não houver compatibilidade (E) Os cargos em comissão, que devem ser ocupados
de horário. exclusivamente por servidores de carreira, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
03. (CREA/SP - Analista Advogado - NR/2017) A
administração pública, a teor do que dispõe o art. 37 da Gabarito
Constituição Federal, deve atender aos seguintes princípios
nele contidos: 01.A / 02.D / 03.C / 04.C / 05 B
(A) Legalidade, impessoalidade, moralidade, celeridade,
eficiência. DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
(B) Legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e DEMOCRÁTICAS
eficiência.
(C) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e As sociedades politicamente organizadas, como a
eficiência. República Federativa do Brasil, estão sujeitas a situações de
(D) Legalidade, impessoalidade, contraditório, publicidade crise institucional. Situações, infelizmente, inevitáveis, mas
e eficiência. cujas consequências são perfeitamente previsíveis.
(E) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e Desta forma, a ordem constitucional prevê mecanismos de
isonomia. autodefesa, de forma a sair de eventuais crises, retornando à
normalidade institucional, com o menor dano possível à
04. (CRQ 19ª Região (PB) - Assistente Administrativo - ordem jurídica e com o menor sacrifício dos direitos e
EDUCA/2017) De acordo com a Constituição Federal, em seu garantias individuais e coletivos. Pode-se dizer que só os
art.37, a administração pública direta e indireta de qualquer regimes democráticos, porque expostos aos riscos da
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos liberdade, é que precisam de salvaguardas; já as ditaduras,
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, inerentemente fechadas, dispensam essa regulamentação, que
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, só se coloca como problema nas sociedades em que se
também, ao seguinte, EXCETO: verifique um equilíbrio entre a autoridade, protagonizada pelo
(A) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis Poder Público, e a liberdade, que resume a proteção dos
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em direitos fundamentais e a autonomia da pessoa.
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. Contudo, salienta J.J. Gomes Canotilho que o regime de
(B) A investidura em cargo ou emprego público depende exceção é “constitucionalizado”, ou seja, toda e qualquer fuga
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de da ordem “normal” deve estar prevista expressamente na
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade Constituição, que a legitima e a válida. Trata-se de submeter as
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as situações de crise e de emergência (guerra, tumultos,
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre calamidades) à própria Constituição, “constitucionalizando” o
nomeação e exoneração. recurso a meios excepcionais, necessários, adequados e
(C) O prazo de validade do concurso público será de até
três anos, prorrogável uma vez, por igual período.
APOSTILAS OPÇÃO
proporcionais, para se obter o “restabelecimento da A segurança pública é um serviço público que deve ser
normalidade constitucional”.43 universalizado, sendo “dever do estado” e “direito de todos”. O
Assim, a defesa do Estado pode ser entendida como: a) art. 5º da Constituição Federal, em seu caput, eleva a segurança
defesa do território nacional contra eventuais invasões à condição de direito fundamental. Como a convivência
estrangeiras (arts. 34, II, e 137, II); b) defesa da soberania harmônica reclama a preservação dos direitos e garantias
nacional (art. 91); c) defesa da Pátria (art. 142). E, a defesa das fundamentais, é necessário existir uma atividade constante de
instituições democráticas caracteriza-se como o equilíbrio da vigilância, prevenção e repressão de condutas delituosas.
ordem constitucional, não havendo preponderância de um O poder de polícia é a atividade do Estado consistente em
grupo sobre outro, mas, em realidade, o equilíbrio entre os limitar o exercício dos direitos individuais em benefícios do
grupos de poder. Se a competição entre os grupos sociais interesse público.
extrapola os limites constitucionais, teremos o que a doutrina A atividade policial divide-se, então em duas grandes
denomina situação de crise44. áreas: administrativa e judiciária. A polícia administrativa
Em nossa Constituição, encontramos normas de proteção (polícia preventiva ou ostensiva) atua preventivamente,
da ordem constitucional e do Estado brasileiro no Título V (Da evitando que o crime aconteça e preservando a ordem pública,
Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas), mais fica a cargo das polícias militares, forças auxiliares e reserva
precisamente a partir do art. 136. Conjunto de regras estas que do Exército. Já a polícia judiciária (polícia de investigação) atua
se convencionou chamar de sistema constitucional das crises, e repressivamente, depois de ocorrido o ilícito. A investigação e
que prevê, no regime jurídico pátrio, dois estados de a apuração de infrações penais (exceto militares e aquelas de
legalidade extraordinários, baseados nos princípios da competência da polícia federal), ou seja, o exercício da polícia
necessidade e temporariedade: o Estado de Defesa e o Estado judiciária, em âmbito estadual, cabe às policias civis, dirigidas
de Sítio.45 por delegados de polícia de carreira.
Interessante observar que essas medidas de exceção
guiam-se por três princípios básicos: o do gradualismo Órgãos da segurança pública
(segundo o qual parte-se da forma mais branda até às mais A segurança pública efetiva-se por meio dos seguintes
drásticas, das de menor às de maior sacrifício individual); da órgãos:
proporcionalidade (adequada correspondência entre os riscos - Polícia Federal - instituída por lei como órgão
e os meios a superá-los); e, da corresponsabilidade (a legítima permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
defesa do Estado é ônus dos poderes constituídos e da em carreira, destina-se a:
sociedade, de forma que serão definidos as competências, a) apurar infrações penais contra a ordem política e social
procedimentos e controles recíprocos).46 ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou
Optou-se, dessa forma, dentro da tradição brasileira, em de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
termos de excepcionalidade constitucional, por um sistema do como outras infrações cuja prática tenha repercussão
tipo rígido, assim caracterizado como aquele que melhor se interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
harmoniza com o Estado de Direito, porque não permite segundo se dispuser em lei;
restrições às garantias constitucionais além das b) prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
expressamente enumeradas na ordenação das crises. drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da
Compreende esse modelo, além do estado de sítio, também o ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
estado de defesa. áreas de competência;
c) exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
Pressupostos Gerais de fronteiras; e
A defesa do Estado é exercida por meio do sistema d) exercer, com exclusividade, as funções de polícia
constitucional de crises e somente terá validade se presentes, judiciária da União.
pelo menos, três requisitos:
a) Necessidade: - Polícia rodoviária federal - órgão permanente,
b) Temporalidade: organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
c) Obediência irrestrita aos comandos constitucionais. destina-se, nos termos da Lei n° 9.654, de 2 de junho de 1998,
ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
Da Segurança Pública - Polícia ferroviária federal - órgão permanente,
A Segurança é um direito constitucionalmente organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
consagrado e constitui, juntamente com a Justiça e o Bem- destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
estar, um dos três fins do Estado Social. Viver em segurança é ferrovias federais.
uma necessidade básica dos cidadãos, é um direito destes e - Polícias civis - dirigidas por delegados de carreira,
uma garantia a ser prestada pelo Estado. exercem, ressalvada a competência da União, as funções de
Assim, o objetivo fundamental da segurança pública, dever polícia judiciária e de apuração de infrações penais, exceto as
do Estado, direito e responsabilidade de todos, é a preservação militares. Deve ser observado que a Resolução n° 2, de 20 de
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do fevereiro de 2002, do Conselho Nacional de Segurança Pública,
patrimônio. estabelece diretrizes para as polícias civil e militar dos Estados
No título V da Constituição Federal de 1988, “Da defesa do e do Distrito Federal em relação às Corregedorias e recomenda
Estado e das instituições democráticas”, está o capítulo III, “Da a criação de Ouvidorias autônomas e independentes dos
segurança pública” que em seu único artigo dispõe: “Art. 144. órgãos policiais.
A segurança pública, dever do Estado, direito e - Polícias militares - realizam o policiamento ostensivo e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
patrimônio...”. execução de atividades de defesa civil. Nesse caso, há a
Resolução n° 4, de 20 de fevereiro de 2002, do Conselho
43 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 4. ed. Coimbra: 45 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 18. ed. São
Paulo: Malheiros. 2014 RESEK, José Francisco et al. A Constituição brasileira de 1988: interpretações. Rio
de Janeiro: Forense Universitária, 1988. p. 282-3.
APOSTILAS OPÇÃO
Nacional de Segurança Pública, que estatui os procedimentos Dispositivos constitucionais pertinentes ao tema:
a serem adotados pela Polícia Militar em relação às suas
atribuições legais, e dá outras providências. TÍTULO V
- Corpos de bombeiros militares - são forças auxiliares Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas
que se subordinam, conjuntamente com as polícias civis, aos [...]
governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos CAPÍTULO III
Territórios. DA SEGURANÇA PÚBLICA
Importante lembrar que os Municípios poderão constituir Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
serviços e instalações, conforme dispuser a lei e a segurança ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
viária, exercida para a preservação da ordem pública e da através dos seguintes órgãos:
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias I - polícia federal;
públicas compreende a educação, engenharia e fiscalização de II - polícia rodoviária federal;
trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que III - polícia ferroviária federal;
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; IV - polícias civis;
e compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Incluído
seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma pela Emenda Constitucional 104 de 2019)
da lei. O direito a segurança é prerrogativa constitucional
O homicídio cometido contra integrantes dos órgãos de segurança indisponível, garantido mediante a implementação de
pública (ou contra seus familiares) passa a ser considerado como políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar
homicídio qualificado, se o delito tiver relação com a função exercida. condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal
A Lei n° 13.142/2015 acrescentou o inciso VII ao § 2º do art. 121 do CP serviço. É possível ao Poder Judiciário determinar a
prevendo o seguinte: implementação pelo Estado, quando inadimplente, de políticas
Art. 121. Matar alguém: públicas constitucionalmente previstas, sem que haja
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. ingerência em questão que envolve o poder discricionário do
(...) Poder Executivo47
Homicídio qualificado O conceito jurídico de ordem pública não se confunde com
§ 2° Se o homicídio é cometido: incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144 da
(...)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da CF/1988). Sem embargo, ordem pública se constitui em bem
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força jurídico que pode resultar mais ou menos fragilizado pelo
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em modo personalizado com que se dá a concreta violação da
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente integridade das pessoas ou do patrimônio de terceiros, tanto
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: quanto da saúde pública (nas hipóteses de tráfico de
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
entorpecentes e drogas afins).
2) A pena da LESÃO CORPORAL será aumentada de 1/3 a 2/3 se essa Daí sua categorização jurídico-positiva, não como
lesão tiver sido praticada contra integrantes dos órgãos de segurança descrição do delito nem cominação de pena, porém como
pública (ou contra seus familiares), desde que o delito tenha relação pressuposto de prisão cautelar; ou seja, como imperiosa
com a função exercida. necessidade de acautelar o meio social contra fatores de
A Lei n° 13.142/2015 acrescentou o § 12 ao art. 129 do CP, prevendo o perturbação que já se localizam na gravidade incomum da
seguinte: execução de certos crimes.
Não há incomum gravidade abstrata desse ou daquele
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: crime, mas da incomum gravidade na perpetração em si do
Pena - detenção, de três meses a um ano. crime, levando à consistente ilação de que, solto, o agente
(...)
Aumento de pena reincidirá no delito. Donde o vínculo operacional entre
(...) necessidade de preservação da ordem pública e
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos acautelamento do meio social. Logo, conceito de ordem
arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional pública que se desvincula do conceito de incolumidade das
e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em pessoas e do patrimônio alheio (assim como da violação à
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é saúde pública), mas que se enlaça umbilicalmente à noção de
aumentada de um a dois terços. acautelamento do meio social48.
3) Foram previstos como crimes hediondos (Lei nº 8.072, de 25 de § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
Julho de 1990): permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
- Lesão corporal dolosa gravíssima (art. 129, § 2º)
- Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º) carreira, destina-se a:"
- Homicídio qualificado praticados contra integrantes dos órgãos de I - apurar infrações penais contra a ordem política e social
segurança pública (ou contra seus familiares), se o delito tiver relação ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
com a função exercida. suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser
em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da
ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
áreas de competência;
47 RE 559.646-AgR, rel. min.Ellen Gracie, julgamento em 7-6-2011, Segunda 48 HC 101.300, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 5-10-2010, Segunda
Turma, DJE de 24-6-2011. No mesmo sentido: ARE 654.823-AgR, rel. min. Dias Turma, DJE 18-11-2010
Toffoli, julgamento em 12-11-2013, Primeira Turma, DJE de 5-12-2013
APOSTILAS OPÇÃO
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e problemática da superpopulação carcerária em contraste com
de fronteiras; a escassez de mão de obra, entendo razoável a participação da
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia Polícia Militar em serviços de custódia e guarda de presos,
judiciária da União. sobretudo a fim manter a ordem nos estabelecimentos
Cabe salientar que a mútua cooperação entre organismos prisionais. Por fim, emerge dos documentos acostados aos
policiais, o intercâmbio de informações, o fornecimento autos que a ordem foi dada no sentido de reforçar a guarda,
recíproco de dados investigatórios e a assistência técnica entre temporariamente, em serviços inerentes à carceragem, e não
a Polícia Federal e as polícias estaduais, com o propósito para substituir agentes penitenciários como afirma a defesa52.”
comum de viabilizar a mais completa apuração de fatos § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão
delituosos gravíssimos, notadamente naqueles casos em que administrador do sistema penal da unidade federativa a que
se alega o envolvimento de policiais militares na formação de pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
grupos de extermínio, encontram fundamento, segundo penso, (Incluído pela Emenda Constitucional 104 de 2019)
no próprio modelo constitucional de federalismo cooperativo § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros
cuja institucionalização surge, em caráter inovador, no plano militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-
de nosso ordenamento constitucional positivo, na CF de 1934, se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais
que se afastou da fórmula do federalismo dualista inaugurada estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito
pela Constituição republicana de 1891, que impunha, por Federal e dos Territórios. (Nova redação dada pela Emenda
efeito da outorga de competências estanques, rígida separação Constitucional 104 de 2019)
entre as atribuições federais e estaduais49. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
A cláusula de exclusividade inscrita no art. 144, § 1º, IV, da órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
Constituição da República – que não inibe a atividade de garantir a eficiência de suas atividades.
investigação criminal do Ministério Público – tem por única § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
finalidade conferir à Polícia Federal, dentre os diversos destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
organismos policiais que compõem o aparato repressivo da conforme dispuser a lei.
União Federal (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
Polícia Ferroviária Federal), primazia investigatória na órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
apuração dos crimes previstos no próprio texto da Lei art. 39.
Fundamental ou, ainda, em tratados ou convenções § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da
internacionais50. ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
patrimônio nas vias públicas:
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
rodovias federais. e
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da
ferrovias federais. lei.
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as Questões
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares. 01. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário -
A Constituição do Brasil – art. 144, § 4º – define VUNESP/2017) Nos termos da Constituição Federal, os
incumbirem às polícias civis ‘as funções de polícia judiciária e policiais militares estaduais têm, entre suas funções,
a apuração de infrações penais, exceto as militares’. Não (A) a segurança nacional, se o caso.
menciona a atividade penitenciária, que diz com a guarda dos (B) a garantia dos poderes constitucionais.
estabelecimentos prisionais; não atribui essa atividade (C) a preservação da ordem pública.
específica à polícia civil51. (D) a de polícia judiciária.
(E) a apuração de infrações penais.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros 02. (SJC/SC - Agente de Segurança Socioeducativo -
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a FEPESE/2016) De acordo com a Constituição Federal, a
execução de atividades de defesa civil. segurança pública é composta pelos seguintes órgãos:
“(...) reputo não haver que se falar em manifesta ilegalidade 1. Bombeiro militar
em ato emanado de superior hierárquico consistente em 2. Defesa civil
determinar a subordinado que se dirija à cadeia pública, a fim 3. Polícia federal
de reforçar a guarda do local. Por outro lado, tenho para mim Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
que a obediência reflete um dos grandes deveres do militar, corretas.
não cabendo ao subalterno recusar a obediência devida ao (A) É correta apenas a afirmativa 1.
superior, sobretudo levando-se em conta os primados da (B) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
hierarquia e da disciplina. Ademais, inviável delimitar, de (C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
forma peremptória, o que seria, dentro da organização militar, (D) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
ordem legal, ilegal ou manifestamente ilegal, uma vez que não (E) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
há rol taxativo a determinar as diversas atividades inerentes à
função policial militar. Observo ainda que, levando-se em 03. (Câmara de Natal/RN - Guarda Legislativo -
conta a quadra atual a envolver os presídios brasileiros, com a COMPERVE/2016) A segurança pública, dever do Estado,
49 RHC 116.002, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 12-3-2014, decisão 51 ADI 3.916, rel. min.Eros Grau, julgamento em 3-2-2010, Plenário, DJE de 14-
APOSTILAS OPÇÃO
05. (PC/DF - Perito Criminal - IADES/2016) A segurança b) Princípio da reserva legal: segundo este princípio
pública é dever do Estado e direito e responsabilidade de somente a lei poderá descrever uma conduta como crime e
todos. É exercida pela Polícia Federal e por outros órgãos, com cominar penas. Trata-se de matéria reservada exclusivamente
base na Constituição Federal, para a preservação da ordem à lei. Dessa forma, não poderá o legislador utilizar-se de
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Acerca decretos, medidas provisórias ou outros meios legislativos
desse tema, assinale a alternativa correta. para definir condutas como criminosas e suas respectivas
(A) Juntamente com a Polícia Civil, cabe à Polícia Federal penas.
exercer funções de Polícia Judiciária da União. Nesse sentido ainda, a doutrina entende que Medida
(B) A Polícia Federal é um órgão permanente, organizado Provisória não pode versar sobre matéria de direito penal,
e mantido pela União, e estruturado em carreira que se pois, apesar de possuir força de lei, não é efetivamente uma lei,
destina, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das visto que não advém do Poder Legislativo. O artigo 62, § 3º da
rodovias federais. CF, compartilhou deste mesmo entendimento ao dispor que:
(C) As Polícias Federais, Militares e os Corpos de “As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12
Bombeiros Militares, as forças auxiliares e a reserva do perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas
Exército subordinam-se, juntamente com as Polícias Civis, aos em lei no prazo de sessenta dias...”
governadores dos estados, do Distrito Federal e dos
territórios. Normas Penais em Branco
(D) À Polícia Federal cabe apurar as infrações penais
contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, As normas penais em brancos são normas que necessitam
serviços e interesses da União ou de suas entidades de uma complementação para ter uma aplicabilidade efetiva.
autárquicas e empresas públicas. Esta complementação pode se dar por meio de uma lei ou de
(E) Às Polícias Civis incumbe, ressalvada a competência da outro ato normativo, como por exemplo, decretos,
União, a apuração de infrações penais, incluindo as militares. regulamentos, portarias, etc.
Quando a complementação for do conceito primário, ou
Gabarito seja, quando estiver relacionada com a descrição do crime, as
normas penais em branco podem ser classificadas em:
01.C / 02.C / 03.D / 04.A / 05.D - Homogêneas (ou impróprias): quando a
complementação vem por meio de outra norma da mesma
hierarquia ou da mesma fonte legislativa. Exemplo: quando a
APOSTILAS OPÇÃO
norma penal em branco for uma lei ordinária e a - Da retroatividade: como exceção ao princípio da
complementação vier por meio de outra lei ordinária. Neste irretroatividade, temos que a lei penal poderá retroagir apenas
caso o complemento emana do próprio legislador e da mesma para beneficiar o réu. Possibilidade conferida à lei penal, a fim
instância legislativa. de regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em
As normas penais em branco homogêneas ou impróprias, vigor.
podem ser subdivididas em duas outras espécies: - Da ultratividade: também considerado uma exceção ao
- Homovitelina (homóloga): quando o complemento está princípio da irretroatividade, o princípio da ultratividade
no mesmo diploma legal da norma incompleta. Ex.: art. 312 do consiste na aplicação de uma lei, mesmo após a sua revogação,
CP, que descreve o crime de peculato, mas não define o que é para regular os fatos ocorridos durante a sua vigência.
funcionário público. Esta definição, ou esta complementação,
vem por meio por meio do art. 327 do próprio CP, que Conflito de Leis Penais no Tempo
conceitua o funcionário público.
- Heterovitelina (heteróloga): quando o complemento O conflito de leis penais no tempo ocorre quando um delito
está em diploma legal diverso do da norma incompleta. é praticado na vigência de uma lei e o seu julgamento se dá na
Exemplo: no delito de ocultação de impedimento para o vigência de outra lei, ou, quando o comportamento se dá na
casamento (artigo 236 do CP) as hipóteses impeditivas da vigência de uma lei e o resultado na vigência de outra.
união civil estão elencadas no Código Civil (diploma legal
diverso). Hipóteses de conflitos de lei no tempo:
- Heterogêneas (ou próprias): quando a complementação
vem por meio de outra fonte normativa, ou seja, não vem do a) Abolitio criminis: ocorre quando uma lei posterior
Poder Legislativo por meio de uma lei. Neste caso, por deixa de considerar crime um comportamento que
exemplo, a complementação pode vir por meio de Decretos, anteriormente era punível, ou seja, a lei posterior torna atípica
Portarias, etc. Ex.: Lei de Drogas (lei nº. 11.343/2006), cuja penalmente uma conduta que até então era proibida por lei.
complementação do conceito de drogas é encontrada em Neste caso, em observância ao princípio da retroatividade da
portaria da Anvisa (portaria nº. 344/1998). lei mais benéfica, aplica-se a lei posterior. (Art. 2º, CP).
A abolitio criminis acarreta como efeito, a extinção da
Norma penal em branco ao revés ou invertida punibilidade, nos termos do art. 107 do CP.
Quando a complementação for do conceito secundário, ou Assim, se o sujeito ainda não foi processado, não mais
seja, quando não estiver relacionada com a descrição do crime, poderá ser. Caso o processo esteja em andamento, deverá ser
mas sim, com a pena/sanção estabelecida para este crime, trancado.
ocorre a chamada norma penal em branco ao revés ou Já no caso de o sujeito já ter sido condenado por sentença
invertida. transitada em julgado, não poderá sofrer a execução da pena.
Ex. A Lei do Genocídio (lei nº 2.889/56) não cuidou de Por outro lado, se já estiver cumprindo pena, deverá ser solto,
especificar diretamente a pena para este crime, remetendo a em razão da extinção de punibilidade.
aplicação desta lei para outras leis, como por exemplo para o Importante salientar que, embora os efeitos penais
Código Penal. desapareçam com a abolitio criminis, os efeitos civis
permanecem, ou seja, no caso de um sujeito ter sido
Observação: diferentemente da norma penal em branco condenado por crime tanto na vara criminal quanto na vara
que poderá ser complementada por decretos, regulamentos ou cível (ex. danos morais), temos que os efeitos penais, sejam
portarias, a norma penal em branco ao revés ou invertida eles primários ou secundários, desaparecem, contudo, os
somente poderá ser complementada por outra lei, sob pena de efeitos cíveis não, de forma que, o sujeito deverá arcar com a
violação ao princípio da legalidade. reparação do dano moral a que foi condenado.
Lei Penal no Tempo b) Novatio legis incriminadora: ocorre quando a lei nova
incrimina fatos anteriormente considerados lícitos, ou seja,
A lei penal é regulada pelo princípio do “Tempus Regit tipifica comportamento que anteriormente não era
Actum” (o Tempo rege o ato). Assim, como regra, os atos considerado crime. Neste caso, as condutas supervenientes
processuais são regidos pela lei em vigor na época dos fatos, que se tornaram crime não retroagem e somente serão
ou seja, pela lei em vigor no momento em que os atos foram aplicadas a partir de sua vigência.
praticados.
Já como exceção, temos o princípio da retroatividade da lei c) Novatio legis in pejus: ocorre quando a lei posterior é
penal benéfica, que dispõe que a lei penal poderá retroagir mais severa que a lei anterior. Neste caso, a lei nova que
apenas quando beneficiar o réu, mesmo que tenha havido o prejudica o agente, não retroage, devendo ser aplicada ao caso
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. concreto, a lei anterior, mesmo que revogada (ultratividade).
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei Observação: súmula 711 do Supremo Tribunal Federal
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude (STF): “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado
dela a execução e os efeitos penais da sentença ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
condenatória. cessação da continuidade ou da permanência”.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo Deste modo, se o crime estiver acontecendo e houver
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda sucessão de leis no tempo, ao fato deve ser aplicada a lei
que decididos por sentença condenatória transitada em correspondente ao momento do último ato de execução, ainda
julgado. que a ocorrência do delito se prolongue por duração real
(crime permanente, como o sequestro - art. 148, CP) ou por
Da análise do artigo 2º do Código Penal, extraem-se os ficção jurídica (crime continuado, a exemplo de furtos
seguintes princípios: assemelhados cometidos diariamente - art. 155, c/c o art. 71,
CP).
- Da irretroatividade: como regra temos que a lei penal - Crime permanente: aquele cujo momento da
não retroagirá. O princípio da irretroatividade está previsto consumação se prolonga no tempo. Ex.: crime de sequestro.
ainda no artigo 5º, XL, da CF. (Art.148 do Código Penal)
APOSTILAS OPÇÃO
- Crime continuado: quando o agente, reiteradamente, excepcionalidade. São leis que já possuem seu fim
mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais determinado desde o início de sua vigência.
crimes da mesma espécie, nas mesmas condições de tempo, As leis temporárias são aquelas que trazem em seu
ação e lugar. Ex.: funcionário que todos os dias furta pequena próprio corpo a data de sua revogação, ou seja, possuem
quantia em dinheiro do caixa da empresa. vigência previamente determinada. São leis criadas para um
período determinado. (Ex. Lei nº. 12.663/2013 - Lei Geral da
d) Novatio Legis in Mellius: ocorre quando a lei nova é de Copa do Mundo - Tipos penais (arts. 30 a 35) terão vigência até
qualquer modo mais favorável que a lei anterior. Deve ser o dia 31 de dezembro de 2014).
aplicada aos fatos anteriores, mesmo havendo sentença Já as leis excepcionais são aquelas criadas para
condenatória transitada em julgado. (Art. 2º, parágrafo único, disciplinar determinadas situações transitórias. Ex: guerra,
CP). calamidade pública, etc. Esta lei dura enquanto durar a
excepcionalidade. (Ex.: Crimes em tempos de Guerra - Código
Lei intermediária Penal Militar)
Ocorre quando, por exemplo, um fato foi cometido na Essas leis são chamadas de autorrevogáveis, tendo em
vigência de uma lei (Lei A), no decorrer da apuração do fato vista que não dependem de outra lei para serem revogadas. A
adveio outra lei (Lei B) e no momento da sentença penal, lei temporária se autorrevoga na data estabelecida e a lei
vigora uma terceira lei (Lei C). Neste caso, a Lei B seria uma lei excepcional se autorrevoga assim que terminam os motivos
intermediária. que ensejaram sua criação.
Em caso de vigência de três leis sucessivas, deve-se Estas leis são também ultrativas, ou seja, podem ser
ressaltar que sempre será aplicada a lei mais favorável ao aplicadas mesmo após a sua revogação para regular os fatos
autor do crime. ocorridos durante a sua vigência, ainda que prejudiquem o
Sendo assim, se entre as leis que se sucedem, surge uma agente. (Exemplo: no caso de um surto de febre amarela é
intermediária mais benigna, embora não seja nem a do tempo criado um crime de omissão de notificação de febre amarela.
do crime nem daquele em que a lei vai ser aplicada, essa lei Nesta situação, caso alguém cometa o crime e logo em seguida
intermediária mais benévola poderá ser aplicada. o surto seja controlado, cessando a vigência da lei, o agente
mesmo assim responderá pelo crime). Do contrário, a lei
Conjugação de Leis (lex tertia) perderia sua força coercitiva, visto que o agente, sabendo qual
A conjugação ou combinação de leis ocorre quando se seria o término da vigência da lei, poderia retardar
extrai de duas leis, uma revogada e outra vigente, dispositivos propositalmente o processo para que não fosse apenado pelo
que interessem ao agente, combinando-os para utilizá-los no crime.
caso concreto, de modo a extrair o máximo de benefício ao réu.
A chamada lex tertia seria, portanto, a criação de uma Conflito Aparente de Normas
“terceira lei”, resultado da combinação parcial de duas ou mais
leis na aplicação do direito penal ao caso concreto, desde que O conflito aparente de normas também é conhecido como
o conteúdo parcial utilizado tenha o objetivo de beneficiar o concurso aparente de normas. Ele ocorre quando um mesmo
réu. fato é aparentemente regulado por duas ou mais normas
A doutrina e a jurisprudência divergem sobre essa penais, ambas instituídas por leis de mesma hierarquia e
possibilidade. Os doutrinadores que não admitem sua originárias da mesma fonte de produção, além de ambas
aplicação, defendem que seria impossível a aplicação da lei estarem em vigor ao tempo da prática da conduta.
nova apenas na parte favorável, sob pena de ofensa a Assim, existe apenas um fato punível, mas com diversos
separação dos poderes, já que o magistrado neste caso estaria tipos penais aparentemente aplicáveis ao caso concreto. Neste
legislando ao criar uma “nova lei”. caso, por ser injusta a aplicação de mais de uma sanção penal
Por outro lado, alguns doutrinadores defendem que seria pela prática de uma única conduta, é necessária a escolha de
possível a retroatividade apenas de partes da lei nova, desde um dispositivo legal que tenha melhor adequação a conduta
que sejam favoráveis ao acusado, sendo que nesses casos, o criminosa praticada, para a aplicação ao caso concreto.
juiz não estaria legislando, mas apenas fazendo a transição,
dentro dos limites previamente estabelecidos pelo legislador. São requisitos para se caracterizar o conflito de normas:
O Código Penal Brasileiro não faz qualquer referência a lex - Unidade de fato: apenas uma infração penal.
tertia, já o Código Penal Militar, através do art. 2º, §2º, veda a - Pluralidade de normas penais: duas ou mais normas
combinação de leis penais: aparentemente regulando o mesmo fato e vigência
“Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior contemporânea de todas elas.
deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria - Aparente aplicação de todas as normas à espécie: a
vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos incidência de todas as normas é apenas aparente.
efeitos de natureza civil. - Efetiva aplicação de apenas uma delas: somente uma
(...) norma é efetivamente aplicável, por isso o conflito é aparente.
§ 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior
e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual Princípios que solucionam o Conflito Aparente de
no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. Normas
APOSTILAS OPÇÃO
a) Expressa: neste caso o caráter subsidiário da norma objetivo é o homicídio, mas para alcançá-lo é necessário o
está expresso no tipo penal. Ex. artigo 132, CP: cometimento da lesão corporal. Neste caso, as lesões são
Perigo para a vida ou saúde de outrem absorvidas pelo homicídio.
CP - Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo 3) Progressão Criminosa
direto e iminente: a) Progressão criminosa em sentido estrito: neste caso
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não o sujeito tem uma pretensão inicial, realiza os atos a fim de
constitui crime mais grave. alcançá-la, mas depois muda sua vontade, passando a desejar
crime mais grave. Ex: agente que desejando apenas ferir seu
Verifica-se neste dispositivo que a própria norma já desafeto passa a lhe desferir vários socos, porém, no meio da
expressa o seu carater subsidiário, afirmando que somente conduta, resolve que quer matá-lo e passa a sufocá-lo. Neste
será aplicada quando o fato não constituir crime mais grave e, caso, o agente responderá por homicídio, ficando a lesão
portanto, quando a norma principal não for aplicável. corporal absorvida.
b) Tácita: neste caso a subsidiariedade está implicita no Observação: cuidado para não confundir a progressão
tipo penal. Aqui, mesmo o tipo penal não fazendo menção criminosa em sentido estrito com o crime progressivo. No
expressa do seu caráter subsidiário, ele somente será aplicado crime progressivo o sujeito tem apenas uma vontade, já na
nas hipóteses de não ocorrência de um delito mais grave que, progressão criminosa em sentido estrito, há pluralidade de
nesta situação, afastará a aplicação da norma subsidiária. vontades.
Ex.: O art. 311 do Código de Trânsito Brasileiro descreve o
crime de “trafegar em velocidade incompatível com a segurança Elementos que devem ser observados:
nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e - Pluralidade de desígnios: inicialmente o agente deseja
desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde praticar um crime, e após cometê-lo, resolve praticar outro de
haja grande movimentação ou concentração de pessoas, maior gravidade, demonstrando duas ou mais vontades.
gerando perigo de dano”. Trata-se de uma norma subsidiária - Pluralidade de fatos: existe mais de um crime
implícita, pois, caso dessa conduta resulte um atropelamento correspondente a mais de uma vontade. Neste caso, embora
com morte, o agente será responsabilizado pelo crime do haja condutas distintas, o agente só responderá pelo fato final
artigo 302 do CTB(“Praticar homicídio culposo na direção de mais grave, ficando os demais absorvidos.
veículo automotor”) e não mais pelo artigo 311, CTB. - Progressividade na lesão ao bem jurídico: a primeira
sequência voluntária de atos, ou seja, o primeiro crime,
- Princípio da Especialidade: este princípio determina provoca uma lesão menos grave do que a última e, por isso,
que a norma especial prevalecerá sob a norma geral, ou seja, a acaba por ele absorvida.
lei especial, afastará a aplicação da lei geral. Lembrando que Como consequência, temos que, embora haja duas
uma lei especial é aquela que contém todos os elementos de condutas distintas, o agente responderá apenas pelo ato final
uma norma geral, mais alguns elementos chamados de mais grave, ficando os demais anteriores absorvidos.
especializantes, que especificam determinado tipo penal,
agregando mais ou menos severidade ao tipo penal. Ex: mãe b) Fato anterior (“ante factum”) não punível: são fatos
que mata o filho durante o parto: aparentemente ela incorre anteriores praticados como meio de execução do crime
nos crimes de homicídio (art.121, CP) e de infanticídio (art. principal, que ficam por ele absorvidos. Ex.: furto de uma bolsa
123, CP). Neste caso, o infanticídio contém todos os elementos que se encontra no interior de um automóvel. A eventual
da norma geral (matar + alguém), mais os especializantes destruição do vidro não acarreta imputação ao agente do
(influência do estado puerperal; próprio filho; durante o crime contido no art. 163, CP (Dano).
parto). Aplica-se, portanto, neste caso, o artigo 123 do Código STJ - Súmula nº 17 - Estelionato. Potencialidade Lesiva.
Penal. Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais
potencialidade lesiva, é por este absorvido.
- Princípio da Consunção ou da Absorção: aplicável nos
casos em que o agente, para atingir a intenção criminosa, c) Fato posterior (“post factum”) não punível: são fatos
pratica uma sucessão de condutas, todas penalmente que se fossem analisados isoladamente seriam púníveis, no
tipificadas e efetivamente relacionadas. Neste caso, os crimes entanto, quando são analisados como desdobramentos do
menos graves constituem um meio necessário ou normal fase crime principal, não são púníveis. Ocorre geralmente quando
de preparação ou de execução de outro crime. depois de realizada a conduta, o sujeito pratica nova ofensa
Há, portanto, uma sucessão de fatos, todos penalmente contra o mesmo bem jurídico, buscando alguma vantagem com
tipificados, na qual o mais amplo consome o menos amplo, o crime anterior. Ex.: o uso posterior do documento falso, se
evitando a dupla punição, como parte de um todo e como crime quem o utilizou foi o próprio falsificador.
autônomo.53 Difere do princípio da especialidade porque
naquele analisa-se as normas e nesse os fatos. Ex: lesão - Princípio da Alternatividade: os tipos penais
corporal que é absorvida no caso do homicídio. alternativos são aqueles que a lei estabelece diversos núcleos
em sua descrição e que se praticados dentro de um mesmo
Pode ocorrer nos seguintes casos: contexto fático, caracterizam a prática de apenas um crime. Ex:
1) Crimes Complexos: são aqueles formados pela união art. 122, CP - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
de dois ou mais crimes autônomos, que passam a funcionar prestar-lhe auxílio para que o faça.
como elementares no tipo complexo. Decorrem, portanto, da Nestes casos, o princípío da alternatividade determina que
união de duas condutas que formam um novo tipo penal. Ex. basta a realização de qualquer dos verbos para que o crime se
latrocínio (roubo + homicídio). caracterize, ou seja, a realização de um ou de todos os verbos
2) Crimes Progressivos: são aqueles em que o sujeito, do tipo penal, configuram apenas um crime.
pretendendo alcançar um resultado mais grave, pratica por
meio de atos sucessivos, crescentes violações ao bem jurídico.
Ex: desejando matar Pedro, João desfere-lhe várias facadas. O
8ª edição.2014.
APOSTILAS OPÇÃO
Dica para lembrar dos Princípios que solucionam o de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
conflito aparente de normas: espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§2º- É também aplicável a lei brasileira aos crimes
S SUBSIDIARIEDADE praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
E ESPECIALIDADE estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas
C CONSUNÇÃO em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
A ALTERNATIVIDADE correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
Brasil.
Tempo do Crime
Princípios da Territorialidade
Art. 4º- Considera-se praticado o crime no momento da
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do Princípio da territorialidade
resultado. Trata-se da regra geral aplicada no Brasil e dispõe que o
Estado em cujo território foi cometido o crime é o competente
A determinação do momento (tempo) em que foi realizado para julgar o agente, independentemente de sua
um crime é importante, pois é por meio desta identificação que nacionalidade, da nacionalidade da vítima ou do bem jurídico
será possível saber qual lei deverá ser aplicada ao caso lesado.
concreto ou ainda para estabelecer a imputabilidade do sujeito
ou mesmo para fixar o marco prescricional. Divide-se em:
a) Princípio da Territorialidade Absoluta: apenas a lei
Existem três teorias sobre o tempo do crime: penal brasileira é aplicada aos crimes cometidos no território
- Teoria da atividade: considera-se praticado o crime no nacional.
momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento b) Princípio da Territorialidade Temperada: a regra de
do resultado. que a lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos no
- Teoria do resultado: considera-se praticado o crime no território nacional não é absoluta, podendo a lei estrangeira
momento em que se produziu o resultado, sendo irrelevante o ser aplicada em crimes praticados em nosso território, quando
tempo da ação ou da omissão. assim exigirem os Tratados e Convenções Internacionais.
- Teoria mista ou da ubiquidade: esta teoria considera
como tempo do crime tanto o momento da ação ou da omissão, O Brasil adotou o Princípio da Territorialidade
quanto o momento do resultado. Temperada (art. 5º, CP)
A teoria adotada pelo Código Penal, quanto ao tempo São extensões do território nacional:
(momento) do crime, é a TEORIA DA ATIVIDADE (art. 4º do - Embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública
Código Penal). ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem.
Lei Penal no Espaço - Aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se encontrem em alto-mar (mar de
A lei penal no espaço busca delimitar o lugar onde um ninguém) ou no espaço aéreo correspondente.
crime foi praticado e analisar quando a lei brasileira poderá
ser aplicada. Zona Econômica Exclusiva (ZEE)
A delimitação do lugar do crime é importante uma vez que Faixa situada além das águas territoriais (entre 12 e 200
serve como parâmetro para solucionar, por exemplo, situações milhas marítimas), onde o Brasil tem direitos de soberania
em que um crime inicia sua execução em um país e o resultado para fins de exploração dos recursos naturais (Não é
se dá em país diverso, ou seja, quando um crime viola considerada território nacional)
interesses de dois ou mais países.
Via de regra, a lei brasileira será aplicada a crimes Regra para as aeronaves e embarcações particulares:
cometidos em território brasileiro, porém, em casos - Se estiver no Brasil: aplica-se a lei brasileira.
excepcionais, a lei brasileira também poderá ser aplicada a - Se estiver no Exterior: aplica-se a lei estrangeira local.
crimes cometidos em território estrangeiro.
Por esta razão, dizemos que a aplicação da lei penal no Princípio do pavilhão ou da bandeira
espaço é regida por dois princípios básicos: o da Por este princípio, as embarcações e aeronaves são
territorialidade (aplica-se a lei brasileira para crimes consideradas como extensão do território do país onde se
cometidos em território nacional) e o da extraterritorialidade acham registradas. Assim, quando estiverem em alto-mar ou
(excepcionalmente, a lei brasileira poderá ser aplicada para em espaço aéreo correspondente, aplicar-se á a lei do país cuja
crimes cometidos em território estrangeiro). bandeira elas ostentarem.
Em sentido jurídico, território é o espaço em que o Estado Vale ressaltar que embarcações e aeronaves militares
exerce sua soberania. Já em sentido estrito, é a superfície brasileiras, sempre serão consideradas extensões do território
terrestre, as águas territoriais e os espaços aéreos nacional, mesmo quando em Estado estrangeiro. Por esta
correspondentes, delimitados por fronteiras. razão, aplica-se a lei penal brasileira às infrações nelas
cometidas.
Territorialidade
Princípio da passagem do inocente
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de Este princípio dispõe que é permitido uma embarcação ou
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao aeronave de propriedade privada atravessar o território
crime cometido no território nacional. brasileiro, desde que não afete em nada nossos interesses.
§1º- Para os efeitos penais, consideram-se como Nesta hipótese, caso ocorra um crime dentro desta
extensão do território nacional as embarcações e embarcação/aeronave, não será aplicada a lei brasileira (país
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do em trânsito). A lei penal brasileira poderá ser aplicada
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como somente se o crime afetar um bem jurídico nacional.
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou
APOSTILAS OPÇÃO
Art. 6º- Considera-se praticado o crime no lugar em que 01. (Pref. de Guarulhos/SP - Inspetor Fiscal de Rendas
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como - VUNESP/2019) No que concerne à aplicação da lei penal,
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. assinale a alternativa correta.
(A) A lei excepcional ou temporária não se aplica ao fato
Em observância ao princípio da territorialidade, praticado durante sua vigência.
necessário se faz a identificação do lugar do cometimento do (B) Considera-se praticado o crime no momento do
crime, para que seja possível fixar a competência para o seu resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou omissão.
julgamento. (C) Lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, mas apenas se ainda não
Teorias decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Sobre o lugar do crime, a doutrina apresenta três teorias: (D) Não há crime sem lei anterior que o defina, porém,
a) Teoria da atividade: (também conhecida como “teoria pode haver pena sem prévia cominação legal.
da ação”): considera como lugar do crime o local onde foi (E) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
praticada a ação ou omissão, ou seja, é aquele onde ocorre a deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
conduta delituosa. execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
b) Teoria do resultado: considera como lugar do crime o
local em que o resultado foi produzido, não importando qual 02. (PC/BA - Investigador - VUNESP/2018) Sobre a
foi o local da prática da conduta, ou seja, o local da ação ou da territorialidade e a extraterritorialidade da lei penal, previstas
omissão. nos artigos 5° e 7° do Código Penal, assinale a alternativa
c) Teoria mista ou da ubiquidade: esta teoria é um misto correta
das duas teorias anteriores e assim, considera como lugar do (A) Ao crime cometido no território nacional, aplica-se a
crime tanto o local onde foi praticada a ação ou omissão, como lei brasileira, independentemente de qualquer convenção,
o lugar em que se produziu o resultado. tratado ou regra de direito internacional.
Esta Teoria, tendo em vista que considera tanto o lugar da (B) Ao autor de crime praticado contra a liberdade do
conduta como o do resultado, soluciona com mais facilidade os Presidente da República quando em viagem a país estrangeiro,
crimes à distância, bem como os crimes que começam e aplica-se a lei do país em que os fatos ocorrerem.
terminam em outros países, envolvendo assim o Direito (C) Embarcação brasileira a serviço do governo brasileiro,
Internacional, permitindo assim, que tais crimes sejam para os efeitos penais, é considerada extensão do território
resolvidos nos termos da legislação brasileira. nacional.
(D) Crime cometido no estrangeiro, praticado por
Nos termos do que dispõe o artigo 6º, CP, a Teoria mista brasileiro, fica sujeito à lei brasileira independentemente da
ou da ubiquidade é a adotada pelo Código Penal brasileiro. satisfação de qualquer condição.
(E) Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por
Atenção: quando se tratar do Código de Processo Penal, estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil,
a Teoria adotada é diferente! independentemente da satisfação de qualquer condição.
O Código de Processo Penal ao afirmar em seu artigo 70 03. (TRF - 5ª Região - Analista Judiciário - FCC/2017)
que “a competência será, de regra, determinada pelo lugar em Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que
que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar (A) o Código Penal adotou o princípio da territorialidade,
em que for praticado o último ato de execução”, adotou a Teoria em relação à aplicação da lei penal no espaço. Tal princípio é
do Resultado. absoluto, não admitindo qualquer exceção.
(B) transitada em julgado a sentença condenatória,
No entanto, importante destacar que não existe conflito compete ao Juízo do Conhecimento a aplicação da lei mais
entre o Código Penal e o Código de Processo Penal com relação benigna.
à teoria do lugar do crime, isto porque, a regra do Código (C) a lei aplicável para os crimes permanentes será aquela
Penal será aplicada apenas quando se tratar de crimes à vigente quando se iniciou a conduta criminosa do agente.
distância, ou seja, aqueles em que a conduta criminosa é (D) quando a abolitio criminis se verificar depois do
praticada em um país, e o resultado se produz em outro. trânsito em julgado da sentença penal condenatória, extinguir-
Envolve o chamado Direito Penal Internacional. se-ão todos os efeitos penais e extrapenais da condenação.
Já a regra do Código de Processo Penal será aplicada (E) a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o
quando se tratar de crimes plurilocais, ou seja, aquele em que período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
a ação/omissão ocorre em um local e o resultado em outro, determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua
porém, os dois lugares são dentro do mesmo território vigência.
nacional (dentro do mesmo país - entre cidades). Neste caso a
jurisdição é nacional, entre Comarcas. Gabarito
Exceção: nos casos de crimes contra a vida plurilocais, 01.E / 02.C / 03.E
excepcionalmente, a competência poderá ser fixada no local da
ação e não do resultado. Isto porque, na grande maioria das
vezes, a instrução probatória é mais fácil no local onde se Arts. 13 a 19
iniciaram os atos executórios.
DO CRIME
DICA: Para não confundir as Teorias adotadas pelo Código
Penal acerca do Tempo e Lugar do Crime, lembrar da palavra Fato Típico
LUTA.
L Lugar do Crime O fato típico é o primeiro requisito do crime. Consiste no
U Ubiquidade (art. 6º, CP) fato que se amolda no conjunto de elementos descritivos
T Tempo contidos na lei penal.
A Atividade (art. 4º, CP)
APOSTILAS OPÇÃO
54 MASSON, Cleber. Direito Penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª 56 MASSON, Cleber. Direito Penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª
edição. edição.
55 Resultado naturalístico: “modificação do mundo exterior provocada pelo
comportamento do agente”.
APOSTILAS OPÇÃO
Todo crime tem resultado jurídico, mas nem TEORIA ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL: Ao dispor que
todo crime tem resultado naturalístico. causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido, nota-se que Código adotou a teoria da equivalência
dos antecedentes ou Teoria da conditio sine qua non.
3. Nexo Causal ou Relação de Causalidade
Trata-se do elo entre a conduta do agente e o resultado
Para se aferir se determinada conduta é causa ou não de
dela decorrente. É através da relação de causalidade que se
um resultado, deve-se fazer o juízo hipotético de eliminação,
pode concluir se o resultado foi ou não provocado pela conduta
que consiste na supressão mental de determinada ação ou
do agente.
omissão dentro de toda a cadeia de condutas presentes no
É através da relação de causalidade que se pode concluir
contexto do crime. Se, eliminada, o resultado desaparecer,
se o resultado foi ou não provocado pela conduta do agente.
pode-se afirmar que aquela conduta é causa. Caso contrário,
Nos crimes materiais somente existe a configuração do
ou seja, se a despeito de suprimida, o resultado ainda assim
delito quando fica evidenciado que a conduta do agente
existir, não será considerada conduta.
provocou o resultado, ou seja, quando fica demonstrado o nexo
Atente-se para o fato de que ser causa do resultado não é
causal.
bastante para ensejar a responsabilização penal. É preciso,
Nos crimes formais e nos crimes de mera conduta não se
ainda, verificar se a conduta do agente considerada causa do
exige o nexo causal, uma vez que esses crimes dispensam a
resultado foi praticada mediante dolo ou culpa, pois nosso
ocorrência de qualquer resultado naturalístico e, assim, não há
Direito Penal não se coaduna com a responsabilidade objetiva,
que se pensar em nexo de causalidade entre a conduta e
isto é, aquela que se contenta com a demonstração do nexo de
resultado.
causalidade, sem levar em conta o elemento subjetivo da
Assim, a conduta precisa dar causa a um resultado previsto
conduta.
na lei, ou seja, é preciso ter o nexo causal.
Portanto, dizer que alguém causou o resultado não basta
O fundamento legal da necessidade do nexo causal ou da
para ensejar a responsabilidade penal. É imprescindível ainda
relação de causalidade é o artigo 13 do Código Penal, que assim
que esteja presente o elemento subjetivo (dolo ou culpa) nessa
dispõe:
conduta que foi causa do evento.
O art. 13 caput aplica-se, exclusivamente, aos crimes
Relação de Causalidade
materiais porque, ao dizer "o resultado, de que depende a
CP - Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do
existência do crime", refere-se ao resultado naturalístico da
crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
infração penal (aquele que é perceptível aos sentidos do
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o
homem e não apenas ao mundo jurídico), e a única modalidade
resultado não teria ocorrido.
de crime que depende da ocorrência do resultado naturalístico
para se consumar (existir) é o material, como por exemplo; o
APOSTILAS OPÇÃO
homicídio (121 CP), em que a morte da vítima é o resultado Tais causas são divididas em preexistente, concomitante e
naturalístico. superveniente:
Aos crimes formais (exemplo; concussão - 316 CP) e os de - Preexistente: a causa é anterior a prática da conduta, ou
mera conduta (exemplo; violação de domicílio - 150 CP), o art. seja, o resultado teria se produzido mesmo sem o
13 caput não tem incidência, pois prescindem da ocorrência do comportamento ilícito do agente. Exemplo: “Zé” disfere
resultado naturalístico para existirem. facadas no coração de “Joãozinho”, mas o exame necroscópico
conclui que a morte se deu em virtude de envenenamento
Observação: a expressão “o resultado”, constante no anterior efetuado por “Cebolinha”.
artigo 13 do CP, se refere ao resultado naturalístico, - Concomitante: a causa é simultânea a prática da conduta,
entendimento este, prevalente na doutrina brasileira. ou seja, ocorre no mesmo momento em que o agente comete
uma conduta criminosa. Exemplo: “Mônica” efetua disparos de
Superveniência de Causa Independente arma de fogo contra “Zé Bento” no mesmo momento em que o
O § 1º do artigo 13, do CP, trata-se de uma exceção à regra telhado desaba sobre ela.
da Teoria da conditio sine qua non, adotada no caput do artigo - Superveniente: a causa é posterior a prática da conduta
13: do agente. Exemplo: “Magali” dá veneno para “Cebolinha”, mas
antes de produzir o efeito desejado, “Chico” desfere inúmeras
SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTE facadas em “Cebolinha”, matando-o.
CP – Art.13,§ 1º - A superveniência de causa
relativamente independente exclui a imputação quando, Efeitos jurídicos (causas absolutamente
por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, independentes preexistentes, concomitantes e
entretanto, imputam-se a quem os praticou. supervenientes):
Deve ser imputado ao agente somente o ato praticado e
O §1º do art. 13 nos diz que: "a superveniência de causa não o resultado naturalístico, tendo em vista que não há
independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o relação de causalidade entre sua conduta e o resultado, pois
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os mesmo sem a conduta do agente o resultado teria ocorrido.
praticou". Assim, em respeito a teoria da conditio sine qua non, no caso
Admite, o referido dispositivo legal, a interrupção do nexo dos exemplos mencionados, o agente responderia somente
causal entre a conduta do agente e o resultado. Nessas por tentativa de homicídio.
hipóteses, pode-se dizer que existe uma concausa, ou seja, a
conduta do agente e outra causa qualquer, quais sejam: Causas relativamente independentes:
a) a causa que produza o resultado seja superveniente à Originam-se da própria conduta efetuada pelo agente. Daí
conduta do agente, isto é, ocorra depois de sua ação; serem relativas, pois não existiriam sem a atuação criminosa.
b) que a causa superveniente seja relativamente Como, entretanto, tais causas são independentes, têm
independente da conduta do agente, isto é, mantenha relação idoneidade para produzir, por si sós, o resultado, já que não se
com a conduta inaugurada pelo autor; situam no normal trâmite do desenvolvimento causal.
c) que a causa superveniente independente produza o
resultado por si só, isto é, seja causa bastante para a Tais causas também são divididas em preexistente,
produção do resultado. concomitante e superveniente:
- Preexistente: existe previamente à prática da conduta do
Conceito de concausa: é a convergência de uma causa agente. Exemplo: “A”, com ânimo homicida, efetua disparos de
externa à vontade do autor da conduta, influindo na produção arma de fogo contra “B”, atingindo-o de raspão. Os ferimentos,
do resultado naturalístico por ele desejado e posicionando-se contudo, são agravados pela diabete da vítima, que vem a
paralelamente ao seu comportamento, comissivo ou falecer.
omissivo.57 - Concomitante: ocorre simultaneamente a prática da
Quando várias causas contribuem para a produção do conduta. Exemplo: “A” aponta uma arma de fogo contra “B”, o
resultado. Ex. A foi envenenada por B, que desejava sua morte, qual, assustado, corre em direção a movimentada via pública.
contudo foi socorrida e no hospital houve um erro médico que No momento em que é alvejado pelo disparos, é atropelado por
matou a paciente. um caminhão e falece.
57 MASSON, Cleber. Direito Penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª 59 MASSON, Cleber. Direito penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª
edição. edição.
58 (Idem)
APOSTILAS OPÇÃO
Nesse caso, “B” não teria morrido, ainda que por imperícia garantidor, ou seja, há pessoas que, pela sua peculiar posição
médica, sem a conduta inicial de “A”. De fato, somente pode diante do bem jurídico, recebem ou assumem a obrigação de
falecer por falta de qualidade do profissional da medicina assegurar sua conservação. A posição de garantidor requer
aquele que foi submetido ao seu exame, no exemplo, essencialmente que o sujeito esteja encarregado da proteção
justamente pela conduta homicida que redundou no ou custódia do bem jurídico que aparece lesionado ou
encaminhamento da vítima ao hospital. ameaçado de agressão.
b) causas relativamente independentes O essencial para compreender a posição de garantidor é o
supervenientes que produzem por si sós o resultado: reconhecimento de que determinadas pessoas estabelecem
No §1º do artigo 13, de forma excepcional, foi adotada a um vínculo, uma relação especial com o bem jurídico, criando
teoria da causalidade adequada, em que a causa é a conduta no ordenamento a expectativa de que o protegerá de eventuais
idônea que provoca o resultado naturalístico. Exemplo: João é danos. O Direito, então, espera a sua ação de garantia. Se não
atingida por disparos de arma de fogo, que internado no cumprir esse dever, será imputado por omissão imprópria.
hospital, morre em virtude de incêndio e não dos ferimentos. No Código Penal, esta regra está no artigo 13, § 2º: a
Assim, João faleceu em virtude de acontecimento posição de garantidor pode emanar de:
inesperado e imprevisível, ou seja, uma causa idônea e a) dever legal, imposto pela lei;
adequada, que produziu por si só o resultado, motivo pelo qual b) aceitação voluntária, ou seja, quando o sujeito
só responde pelos atos praticados e não pelo resultado morte. livremente a assume, tal como acontece, por exemplo, nos
casos de contrato;
Relevância da Omissão c) ingerência, quando o sujeito, por sua conduta
precedente, cria a situação de perigo para o bem jurídico.
RELEVÂNCIA DA OMISSÃO
CP – Art.13, § 2º - A omissão é penalmente relevante 4. Tipicidade
quando o omitente devia e podia agir para evitar o É o enquadramento da conduta realizada pelo agente na
resultado. O dever de agir incumbe a quem: norma penal descrita em abstrato. Assim, para se falar em
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou crime é necessário que o sujeito realize, no caso concreto,
vigilância; todos os elementos componentes da definição legal do delito
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de A tipicidade penal tem dois elementos:
impedir o resultado; - Tipicidade formal: É o ajuste entre o fato e a norma.
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da Trata-se da adequação do fato praticado na vida real e seu
ocorrência do resultado. enquadramento em um tipo pena.
- Tipicidade material (ou substancial): é a lesão ou
De acordo com Cleber Masson60: perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado em razão
O dispositivo aplicável somente aos crimes omissivos da prática da conduta legalmente descrita.61
impróprios, espúrios ou comissivos por omissão, isto é, aqueles
em que o tipo penal descreve uma ação, mas a inércia do agente, Tipicidade Penal = Tipicidade Formal + Tipicidade
que podia e devia agir para impedir o resultado naturalístico, Material
conduz à sua produção. São crimes materiais, como é o caso do (Para configurar o fato típico, é necessário que estejam
homicídio, cometido em regra por ação, mas passível também de presentes a tipicidade formal e material
ser praticado por inação, desde que o agente ostente o poder e o
dever de agir. A adequação típica pode dar-se de duas maneiras:
a) imediata ou direta: quando houver uma
Da mesma forma que ação, em Direito Penal, não significa correspondência total da conduta ao tipo. Ex. A atirou em B,
“fazer algo”, mas fazer o que o ordenamento jurídico proíbe, a que morreu – adequação direta com art. 121 do CP –
omissão não é um “não fazer”, mas não fazer o que o Homicídio Simples - “Matar alguém”.
ordenamento jurídico obriga. b) mediata ou indireta: quando a materialização da
Omissão relevante para o Direito Penal é o não tipicidade exige a utilização de uma norma de extensão, sem a
cumprimento de um dever jurídico de agir em circunstâncias qual seria absolutamente impossível enquadrar a conduta no
tais que o omitente tinha a possibilidade física ou material de tipo. É o que ocorre nos casos de participação (art. 29) e
realizar a atividade devida. tentativa (art. 14, II).
Consequentemente, a omissão passa a ter existência Ex. A atirou em B, que não morreu – nesse caso conjuga-se
jurídica desde que preencha os seguintes pressupostos: o art. 121 do CP, com seu art. 14, II, que trata da tentativa.
- Dever de agir: impõe uma obrigação de agir ou uma
obrigação de evitar um resultado proibido. Existem dois Excludentes de Tipicidade
critérios para fixar o dever de agir, quais sejam:
a)Critério legal: a lei arrola taxativamente as hipóteses do Haverá excludente de tipicidade nos seguintes casos:
dever de agir.
b) Critério judicial: é permitido ao magistrado decidir a) Coação Física Absoluta
sobre a presença ou não do dever de agir. Neste caso, o ato só ocorre devido a uma violência, ou seja,
- Poder de agir: é a possibilidade real e efetiva do homem o ato se consegue pela força física. Não se permite qualquer
médio evitar resultado penalmente relevante no caso consentimento ou manifestação de vontade da vítima.
concreto.
b) Princípio da Insignificância ou da Bagatela
O primeiro pressuposto (dever de agir ou de evitar um Este princípio está diretamente ligado à tipicidade
resultado lesivo) exige o conhecimento dos meios pelos quais o material, e preconiza que só haverá aplicação de pena, quando
ordenamento jurídico pode impor às pessoas a obrigação de a lesão causada ao bem jurídico tutelado for significante.
não se omitir, em determinadas circunstâncias. Assim, quando a conduta causar uma lesão desprezível ao bem
Em segundo lugar, o dever de agir pode ser imposto ao jurídico tutelado, o fato será atípico, ou seja, indiferente ao
60 MASSON, Cleber. Direito Penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª 61 MASSON, Cleber. Direito Penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª
edição. edição.
APOSTILAS OPÇÃO
Direito Penal e incapaz de gerar condenação ou mesmo de dar d) Teoria da Tipicidade Conglobante
início à persecução penal. Esta teoria foi criada pelo jurista argentino Eugênio Raúl
Zaffaroni e preceitua que o fato típico deve ser contrário ao
Mas como poderemos definir o que efetivamente é uma ordenamento jurídico em geral e não apenas ao ordenamento
lesão insignificante ou reconhecer se uma conduta é capaz ou penal. Ou seja, o que é permitido por uma norma, não pode ser
não de gerar lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico proibido por outra. Nesse sentido, caso qualquer outro ramo
tutelado? do direito (ex. trabalhista, administrativo, dentre outros)
permita o comportamento, o fato será atípico. Ou seja, a
Para sanar estes questionamentos, a jurisprudência vem conduta deve ser contrária ao ordenamento jurídico em todas
fixando alguns requisitos para o reconhecimento da as esferas do direito.
insignificância de uma conduta: São eles:
a) mínima ofensividade da conduta; Crime Consumado (Art.14, I, CP)
b) a ausência de periculosidade social da ação;
c) o reduzido grau de reprovabilidade do Crime consumado é aquele em que foram realizados
comportamento todos os elementos da definição legal. Crime exaurido é aquele
d) a inexpressividade da lesão jurídica. em que o agente já consumou o crime, mas continua atingindo
o bem jurídico. O exaurimento influi na primeira fase da
Importante salientar que a incidência do princípio da fixação da pena (art. 59, caput, do Código Penal).
insignificância não está relacionada somente ao valor do Trata-se da última fase do caminho do crime (iter criminis).
bem. Por exemplo na hipótese de um furto de uma galinha A consumação ocorre quando todos os elementos do fato
de um grande criador pode ser hipótese de aplicação do típico são realizados.
princípio. Contudo, caso essa galinha pertença a uma família
pobre, e seja indispensável ao seu sustento, a insignificância A consumação nas várias espécies de crimes:
não poderá ser reconhecida. a) materiais: com a produção do resultado naturalístico;
Por isso, a observância dos requisitos apresentamos b) culposos: igual os materiais, com a produção do
acima é de suma importância para a análise do fato. resultado naturalístico;
Assim, a doutrina majoritária assegura que o Princípio da c) de mera conduta: com a ação ou omissão delituosa;
Insignificância afasta a tipicidade material do fato, ou seja, d) formais: com a simples atividade, independente do
retira a conduta do âmbito de proteção do Direito Penal. resultado;
Apesar de não haver previsão expressa em nosso e) permanentes: o momento consumativo se protrai no
ordenamento jurídico sobre o Princípio da Insignificância ou tempo;
Bagatela ele é muito aceito e vem sendo aplicado cada vez mais f) omissivos próprios: com a abstenção do comportamento
perante os Tribunais Pátrios. devido;
Vale destacar ainda, que a jurisprudência dos Tribunais g) omissivos impróprios: com a produção do resultado
Superiores vem afastando a aplicação do Princípio da naturalístico;
Insignificância em alguns casos, como podemos notar nas h) qualificados pelo resultado: com a produção do resultado
Súmulas 589, 599 e 606 do STJ: agravador;
i) complexos: quando os crimes componentes estejam
STJ - Súmula 589: É inaplicável o princípio da insignificância integralmente realizados;
nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher j) habituais: com a reiteração de atos, pois cada um deles,
no âmbito das relações domésticas. isoladamente, é indiferente à lei penal. O momento
STJ - Súmula 599: O princípio da insignificância é inaplicável consumativo é incerto, pois não se sabe quando a conduta se
aos crimes contra a administração pública. tornou um hábito, por essa razão, não cabe prisão em flagrante
STJ - Súmula 606: Não se aplica o princípio da insignificância nesses crimes.
a casos de transmissão clandestina de sinal de internet via
radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. Tentativa (Art.14, II, CP)
183 da Lei n. 9.472/1997.
Tentativa é a não consumação de um crime, cuja execução
c) Princípio da Adequação Social foi iniciada, por circunstâncias alheias à vontade do agente. De
Entende este princípio que, as condutas praticadas pelo acordo com o que dispõe o artigo 14, II do Código Penal.
meio social e aceitas pela sociedade, devem ser excluídas da
esfera penal, desde que não ofendam a Constituição Federal. 1. Aplicação da Pena.
Ex.: Mãe que fura a orelha da filha para colocar brincos, logo A tentativa é punida com a mesma pena do crime
após o nascimento. Apesar da conduta estar descrita na lei consumado, reduzida de 1/3 a 2/3. O critério para essa
(lesão corporal), não é considerada crime, por se tratar de redução é a proximidade do momento consumativo, ou seja,
um costume aceito pela sociedade. quanto mais próximo chegar da consumação, menor será a
redução.
Nesse sentido, o doutrinador Cezar Roberto Bitencourt62:
2. Espécies de Tentativa.
“Segundo "Welzel, o Direito Penal tipifica somente - Tentativa imperfeita ou inacabada: Ocorre quando a
condutas que tenham uma certa relevância social; caso execução do crime é interrompida, ou seja, o agente, por
contrário, não poderiam ser delitos. Deduz-se, circunstâncias alheias à sua vontade, não chega a praticar
consequentemente, que ha condutas que por sua “adequação todos os atos de execução do crime.
social” não podem ser consideradas criminosas. Em outros - Tentativa perfeita ou acabada: Também conhecida
termos, segundo esta teoria, as condutas que se consideram como “crime falho”. Ocorre quando o agente pratica todos os
“socialmente adequadas” não podem constituir delitos e, por atos de execução do crime, mas o resultado não se produz por
isso, não se revestem de tipicidade”. circunstâncias alheias à sua vontade.
62 https://hudsonbarboza.jusbrasil.com.br/artigos/112113871/os-
principios-da-adequacao-social-e-insignificancia-a-criminalizacao-de-
condutas-e-sua-filtragem-constitucional
APOSTILAS OPÇÃO
- Tentativa branca ou incruenta: Classificação para os circunstâncias alheias à sua vontade. É chamado pela doutrina
crimes contra a pessoa; ocorre quando a vítima não é atingida. de “ponte de ouro”.
- Tentativa cruenta: Classificação para os crimes contra a
pessoa; ocorre quando a vítima é atingida, mas o resultado Desistência voluntária (art. 15, 1ª parte): O agente
desejado não acontece por circunstância alheia à vontade do interrompe voluntariamente a execução do crime, impedindo,
agente. desse modo, a sua consumação. Ocorre antes de o agente
- Tentativa idônea: É aquela em que o sujeito pode esgotar os atos de execução, sendo possível somente na
alcançar a consumação, mas não consegue fazê-lo por tentativa imperfeita ou inacabada. Não há que se falar em
circunstâncias alheias à sua vontade. É a tentativa desistência voluntária em crime unissubsistente, visto que
propriamente dita, definida no art. 14, II, do Código Penal. este é composto de um único ato.
- Tentativa inidônea: Sinônimo de crime impossível (art. Exemplo: visando furtar o DVD de um automóvel, o agente
17) ocorre quando o agente inicia a execução, mas a quebra o vidro deste, mas, antes de se apossar do bem, desiste
consumação do delito era impossível por absoluta ineficácia de cometer o crime e vai embora sem nada levar. Nesse caso,
do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto não se pode falar em tentativa de furto, porque, para que haja
material. Nesse caso, não se pune a tentativa, pois a lei tentativa, é necessário que o agente não tenha conseguido a
considera o fato atípico. consumação por circunstâncias alheias à sua vontade, e, na
hipótese, o agente não consumou o furto por vontade própria.
3. Infrações que não admitem tentativa Em razão disso é que a lei determina que a punição deve ser
- Crimes culposos: Parte da doutrina admite no caso de apenas em relação aos atos já praticados, não havendo punição
culpa imprópria. pela tentativa. Nesse exemplo, o agente responde apenas pelo
- Crimes preterdolosos: No caso dos crimes preterdolosos crime de dano (no vidro do veículo).
ou preterintencionais, o evento de maior gravidade não
querido pelo agente, é punido a título de culpa. No caso de Arrependimento eficaz (art. 15, 2ª parte): O agente
latrocínio tentado, o resultado morte era querido pelo agente; executa o crime até o último ato, esgotando-os, e logo após se
assim, embora qualificado pelo resultado, o latrocínio só arrepende, impedindo o resultado. Só é possível no caso da
poderá ser preterdoloso quando consumado. tentativa perfeita ou acabada. Ocorre somente nos crimes
- Crimes omissivos próprios: São crimes de mera conduta materiais que se consumam com a verificação do resultado
(exemplo: crime de omissão de socorro, artigo 135 do Código naturalístico.
Penal). Exemplo: o agente quebra o vidro de um carro para furtar
- Contravenção penal: A tentativa não é punida (artigo 4.º seu DVD automotivo. Após retirá-lo do painel, ele
do Decreto-lei n. 3.688/41). imediatamente resolve colocá-lo de volta no local. Responde
- Delitos de atentado: São crimes em que a lei pune a apenas pelo crime de dano (do vidro). Se o crime, entretanto,
tentativa como se fosse consumado o delito (exemplo: crime já se tinha consumado e, algum tempo depois, o sujeito resolve
de evasão mediante violência contra a pessoa, artigo 352 do devolver o bem à vítima, poderá haver, dependendo das
Código Penal). circunstâncias, o arrependimento posterior (art. 16), cuja
- Crimes habituais: Tais crimes exigem, para consumação, consequência é a simples redução da pena.
a reiteração de atos que, isolados, não configuram fato típico.
Inviável a verificação da tentativa, posto que uma segunda A desistência ou o arrependimento não precisa ser
conduta já caracteriza o delito. espontâneo, mas deve ser voluntário. Mesmo se a desistência
- Crimes unissubsistentes: Que se consumam com um ou a resipiscência for sugerida por terceiros subsistirão seus
único ato. Ex.: injúria verbal. efeitos. A tentativa abandonada, em suas duas modalidades,
-Crimes que a lei só pune se ocorrer o resultado: Trata- exclui a aplicação da pena por tentativa, ou seja, o agente
se, por exemplo, do crime de induzimento, instigação ou responderá somente pelos atos até então praticados.
auxílio a suicídio (artigo 122 do Código Penal). Nesse delito, se
a pessoa empresta um revolver para outra se matar e esta não Arrependimento Posterior (Art. 16, CP)
se mata, o fato é atípico, mas se ela comete o suicídio, o crime
está consumado. Nos termos do artigo 16 do Código Penal, “Nos crimes
cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
Observações: Parte da doutrina entende que os crimes dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
formais e de mera conduta não admitem tentativa. Não queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de
concordamos com esse entendimento. O crime de ameaça, por um a dois terços”. A expressão utilizada pelo legislador é
exemplo, trata-se de crime formal, mas admite a tentativa no redundante, pois todo arrependimento é posterior. Na
caso de ameaça por escrito, em que a carta é interceptada por verdade o arrependimento é posterior à consumação do crime.
terceiro. Alguns crimes de mera conduta também admitem Trata-se de causa obrigatória de redução de pena. É causa
tentativa, como a violação de domicílio (o agente pode, sem objetiva de diminuição de pena, portanto, estende-se aos
sucesso, tentar invadir domicílio de outrem). O crime coautores e partícipes condenados pelo mesmo fato.
unissubsistente comporta tentativa em alguns casos, por
exemplo, quando o agente efetua um único disparo contra a Requisitos:
vítima e erra o alvo. Só cabe em crime cometido sem violência ou grave ameaça
contra a pessoa. Visa o legislador a dar oportunidade ao
Tentativa Abandonada ou Qualificada (Art.15, CP) agente, que pratica crime contra o patrimônio sem violência
ou grave ameaça, de reparar o dano ou restituir a coisa. Na
Essas expressões são utilizadas como sinônimas da jurisprudência, prevalece o entendimento de que a lei só se
desistência voluntária e do arrependimento eficaz (art. 15), refere à violência dolosa, podendo a diminuição ser aplicada
casos esses nos quais, em verdade, afasta-se a aplicação da aos crimes culposos em que haja violência, como o homicídio
tentativa, respondendo o agente apenas pelos atos anteriores, culposo. Assim, a intenção do legislador foi criar um instituto
uma vez que, por ato voluntário, desistiu ele de prosseguir na para os crimes patrimoniais, mas a jurisprudência estendeu ao
execução do crime ou impediu a produção do resultado. homicídio culposo.
Nesses casos, não se pode cogitar de tentativa, porque a - Reparação do dano ou restituição da coisa (deve ser
consumação foi evitada pelo próprio agente e não por integral).
APOSTILAS OPÇÃO
- Por ato voluntário do agente. Não há necessidade de ser apreciação da realidade, que está cometendo um crime
ato espontâneo, podendo haver influência de terceira pessoa. (exemplo: compra cocaína pensando ser talco).
- O arrependimento posterior só pode ocorrer até o
recebimento da denúncia ou queixa. Após, a reparação do dano Crime de ensaio ou experiência: Também chamado
será somente causa atenuante genérica (artigo 65, inciso III, “delito putativo por obra do agente provocador” ou “crime de
alínea “b”). flagrante preparado”, ocorre quando a polícia ou terceiro
(agente provocador) prepara uma situação, que induz o agente
Critérios para Aplicação da Redução da Pena: a cometer o delito (exemplo: detetive simula querer comprar
São dois os critérios para se aplicar a redução da pena: maconha e prende o traficante). O agente é protagonista de
espontaneidade e celeridade. O arrependimento posterior não uma farsa. A jurisprudência considera a encenação do
precisa ser espontâneo, mas se for a pena sofrerá flagrante preparado uma terceira espécie de crime impossível,
maior diminuição. Também, quanto mais rápido reparar o entendendo não haver crime ante a atipicidade do fato
dano, maior será a diminuição. (Súmula n. 145 do Supremo Tribunal Federal).
APOSTILAS OPÇÃO
produzir o resultado. O agente não quer, mas não se importa cujo tipo penal é sequestrar pessoa com o fim de obter
com o resultado. vantagem como condição ou preço do resgate.
- Teoria da representação ou da previsão: dolo é a
previsão do resultado. Para que haja dolo, basta o agente Dolo de perigo: É a vontade de expor o bem a uma
prever o resultado. O Código Penal adotou as teorias da situação de perigo de dano. O perigo pode ser concreto ou
vontade e do assentimento. Ao conceituar crime doloso, o abstrato. Quando o perigo for concreto, é necessária a efetiva
legislador indiretamente conceituou dolo: “quando o agente comprovação de que o bem jurídico ficou exposto a uma real
quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” (artigo 18, situação de perigo (exemplo: crime do artigo132 do Código
inciso I, do Código Penal). A teoria da representação, que Penal). O perigo abstrato, também conhecido como presumido
confunde culpa consciente com dolo, não foi adotada. é aquele em que basta a prática da conduta para que a lei
presuma o perigo (exemplo: artigo 135 do Código Penal). Os
Elementos do dolo: Professores Damásio de Jesus e Luiz Flávio Gomes sustentam
- Consciência que os crimes de perigo abstrato não existem mais na ordem
- Vontade jurídica.
A consciência é seu elemento intelectual, ao passo que a Dolo de dano: Existe quando a vontade é de produzir uma
vontade desponta como elemento volitivo.63 efetiva lesão ao bem jurídico. Quase todos os crimes são de
Primeiramente verifica-se a consciência da conduta e do dano (exemplos: furto, homicídio etc.).
resultado. Após o sujeito manifesta sua consciência sobre o
nexo causal entre a conduta a ser praticada e o resultado que Dolo direto ou determinado: Existe quando o agente
será produzido com tal conduta. quer produzir resultado certo e determinado; é o dolo da
Finalmente, o sujeito exterioriza sua vontade de praticar a teoria da vontade.
conduta e produzir o resultado.
Importante ressaltar que para verificação do dolo, basta Dolo indireto ou indeterminado: É aquele que existe
que o resultado seja produzido de acordo com a vontade que o quando o agente não quer produzir resultado certo e
agente teve no momento da conduta. Exemplo: “Maria” quer determinado. Pode ser:
matar “João” e para isso, dispara três tiros contra ele. a) Eventual: quando o agente não quer produzir o
Outrossim, com relação ao nexo causal (entre conduta e resultado, mas aceita o risco de produzi-lo (exemplo: o
resultado), não é necessário que o Iter criminis (caminho do motorista que, em desabalada corrida, para chegar em seu
crime) aconteça exatamente da forma planejada pelo agente. destino, aceita o resultado de atropelar uma pessoa). Nélson
Basta que o objetivo do agente seja alcançado, ainda que de Hungria lembra a fórmula de Frank para explicar o dolo
modo diverso. Exemplo: se no caso exemplificado, de Maria e eventual: “Seja como for, dê no que der, em qualquer caso não
João, este não morre com os tiros, mas na fuga “cambaleando” deixo de agir”.
cai e bate a cabeça e morre em decorrência disso, Maria b) Alternativo: quando o agente quer produzir um ou
responde pelo resultado “morte”. outro resultado (exemplo: o agente atira para ferir ou para
Contudo, é necessário destacar que há necessidade de que matar; nesse caso, responde pelo resultado mais grave,
o agente, por exemplo, no caso destacado, saiba que sua aplicando-se o princípio da consunção).
conduta “mata alguém” e que tenha vontade de fazê-lo, pois o
dolo deve englobar todas as elementares e circunstâncias do Dolo geral ou erro sucessivo: Conhecido também como
tipo penal. Faltando qualquer parte do tipo penal, ocorre o erro sobre o nexo causal ou aberratio causae, ocorre quando o
erro de tipo. agente, supondo já ter produzido o resultado, pratica nova
agressão, que para ele é mero exaurimento, mas é
Espécies de Dolo nesse momento que atinge a consumação (exemplo:
“A” quer matar “B” por envenenamento; após o
Dolo normativo: É o dolo segundo a teoria clássica, causal envenenamento, supondo que “B” já está morto, “A” joga o que
ou naturalista. É o dolo que integra a culpabilidade e não a imagina ser um cadáver no rio e “B” acaba morrendo por
conduta, e tem como elementos a consciência (sei o que faço), afogamento; nesse caso, o erro é irrelevante, pois o que vale é
a vontade (quero fazer) e a consciência da ilicitude (sei que é a intenção do agente, que responderá por homicídio doloso). O
errado). É o dolo que depende de um juízo de valor. Professor Damásio de Jesus entende que o agente deve
responder por tentativa de homicídio, aplicando-se a teoria da
Dolo natural: É o dolo segundo a doutrina finalista. Para imputação objetiva.
os finalistas, o dolo passou a constituir elemento do fato típico
(conduta dolosa), deixando de ser requisito para a Dolo de primeiro grau e de segundo grau: o primeiro
culpabilidade. A consciência da ilicitude se destacou do dolo grau consiste na vontade de produzir as consequências
e passou a integrar a culpabilidade. Assim, o dolo que passou primárias do delito, ou seja, o resultado típico inicialmente
para a conduta é aquele composto apenas por consciência e visado, ao passo que o de segundo grau abrange os efeitos
vontade (sem a consciência da ilicitude, que passou a integrar colaterais da prática delituosa, ou seja, as suas consequências
a culpabilidade). É uma manifestação psicológica, que secundárias, que não são desejadas originalmente, mas
prescinde de juízo de valor. É o dolo adotado pelo Código acabam sendo provocadas porque indestacáveis do primeiro
Penal. evento. No dolo de segundo grau, portanto, o autor não
pretende produzir o resultado, mas se dá conta de que não
Dolo genérico: É a vontade de realizar o verbo do tipo sem pode chegar à meta traçada sem causar tais efeitos acessórios.
qualquer finalidade especial. Por exemplo, a situação na qual o agente, desejando matar
determinada pessoa que está em ambiente público, usa de
Dolo específico: É a vontade de realizar o verbo do tipo explosivo que, ao detonar, certamente matará outras pessoas
com uma finalidade especial. Sempre que no tipo houver um que ali também se encontram. Nesse caso, embora o agente
elemento subjetivo, para que o fato seja típico, será necessário não quisesse atingir outras vítimas, esse resultado era
o dolo específico. Ex.: extorsão mediante sequestro (art. 159), absolutamente esperado na explosão do artefato.
APOSTILAS OPÇÃO
Crime Culposo (Art. 18, II, CP) comportamento do outro agente se dará conforme o que
acontece normalmente.
Culpa é o elemento normativo da conduta (não confundir Exemplo: o motorista que, conduzindo seu veículo pela
com elemento normativo do tipo), pois sua existência decorre preferencial, passa por um cruzamento, confia que o outro
da comparação que se faz entre o comportamento do agente automóvel, que se encontra na via secundária, aguardará sua
no caso concreto e aquele previsto na norma, que seria o ideal. passagem. Havendo acidente, não terá necessariamente o
Essa norma corresponde ao sentimento médio da sociedade primeiro agido com culpa.
sobre o que é certo e o que é errado. O princípio da confiança guarda relação direta com os
crimes culposos. Ele indicará, no caso concreto, se o agente
1. Elementos do Fato Típico Culposo agiu com imprudência, imperícia ou negligência, ou se
São elementos do fato típico culposo: apenas atuou orientado pelo princípio da confiança.
- conduta voluntária; O agente somente será responsabilizado se constatado
- resultado naturalístico involuntário; que agiu com imprudência, imperícia ou negligência. Nos
- nexo causal; casos em que o agente atuou corretamente, confiando na
- tipicidade; conduta de outra pessoa, não pode ser responsabilizado por
- previsibilidade objetiva: é a possibilidade de qualquer eventual resultado ofensivo a bem jurídico.
pessoa ter previsto o resultado; o que se leva em conta é se o
resultado era ou não previsível para uma pessoa de prudência 3. Excepcionalidade da Culpa: Um crime só pode ser
mediana, e não a capacidade do agente de prever o resultado; punido como culposo quando há previsão expressa na lei. Se a
- ausência de previsão: não prever o previsível. Exceção: na lei é omissa o crime só é punido como doloso (artigo 18,
culpa consciente há previsão; parágrafo único, do Código Penal).
- quebra do dever objetivo de cuidado: é o dever de
cuidado imposto a todos. Existem três maneiras de violar o 4. Compensação de Culpas: No Direito Penal, não existe
dever objetivo de cuidado. São as três modalidades de culpa. compensação de culpas. O fato de a vítima ter agido também
com culpa não impede que o agente responda pela sua conduta
2. Modalidades de Culpa culposa. Somente nos casos em que existir culpa exclusiva da
- Imprudência: É a culpa de quem age (exemplo: passar no vítima haverá exclusão da culpa do agente. Não confundir com
farol fechado). É a prática de um fato perigoso, ou seja, é uma concorrência de culpas que ocorre quando dois ou mais
ação descuidada. Decorre de uma conduta comissiva. agentes, culposamente, contribuem para a produção do
- Negligência: É a culpa de quem se omite. É a falta de resultado (exemplo: choque de dois veículos num
cuidado antes de começar a agir. Ocorre sempre antes da ação cruzamento).
(exemplo: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-
lo em movimento). 5. Graus de Culpa: Para efeito de cominação abstrata de
- Imperícia: É a falta de habilidade no exercício de uma pena, não há diferença. Na dosagem da pena concreta,
profissão ou atividade. entretanto, é levado em conta o grau da culpa na primeira fase
de sua fixação (artigo 59 do Código Penal). São três níveis:
No caso de exercício de profissão, arte ou ofício, se não for grave, leve e levíssima.
observada uma regra técnica o fato poderá enquadrar-se nos Cabe ao juiz aferir, em cada caso concreto, o grau da culpa
artigos 121, § 4.º, e 129, § 7.º, do Código Penal. Observe-se que (isto é, o grau de descuido frente ao bem jurídico). Isso retrata
só haverá aumento de pena se o agente conhecer a regra a culpabilidade como fator de graduação da pena (CP, art. 59).
técnica e não aplicá-la. Não incide o aumento de pena se o Saliente-se que a culpabilidade, no contexto do art. 59 do
agente desconhece a regra. Se a imperícia advier de pessoa que CP, significa a posição do agente frente ao bem jurídico
não exerce a arte ou profissão, haverá imprudência ou afetado. Tem ela, no Direito penal, tríplice função:
negligência (exemplo: motorista sem habilitação). Difere-se a (a) de fundamento da pena;
imperícia do erro profissional, que ocorre quando são (b) de limite da pena (cada um é punido nos limites da sua
empregados os conhecimentos normais da arte ou ofício e o culpabilidade – CP, art. 29) e
agente chega a uma conclusão equivocada. (c) de fator de graduação da pena (CP, art. 59).
O tipo culposo é um tipo aberto, pois não há descrição da Como fator de graduação da pena, já se disse, a
conduta. Assim, se o legislador tentasse descrever todas as culpabilidade conduz à análise da posição do agente frente ao
hipóteses em que ocorresse culpa, certamente jamais bem jurídico, que pode ser:
esgotaria o rol. Compara-se a conduta do agente, no caso (a) de menosprezo,
concreto, com a conduta de uma pessoa de prudência mediana. (b) de indiferença ou
Se a conduta do agente se afastar dessa prudência, haverá a (c) de descuido64.
culpa. Será feita uma valoração para verificar a existência da .
culpa. A primeira está vinculada com o dolo direto, a segunda com
O tipo culposo, como vimos, é um tipo aberto. o dolo eventual e a terceira com o crime culposo. Quanto mais
Excepcionalmente, o tipo culposo é um tipo fechado. intenso o menosprezo ao bem jurídico (isso se revela, por
Exemplos: receptação culposa, tráfico culposo (ministrar dose exemplo, na crueldade de um assassinato) mais reprovação se
evidentemente maior) etc. justifica. Quando mais indiferença, mais pena. Quanto à culpa,
seus graus (culpa leve, levíssima, grave e gravíssima ou
Princípio da confiança temerária) é que comandam o nível da censura penal.
Trata-se de um princípio fundamentado no fato de que as A culpa, desse modo, tanto é relevante para a tipicidade
pessoas, em determinadas situações, agem de uma forma penal (não existe crime culposo sem a criação de risco
normal, já esperada e confiam que as outras pessoas também proibido relevante), como para a culpabilidade (daí falar-se
agirão da mesma forma. Consiste, portanto, na realização da em tipo de ilícito culposo e tipo de culpabilidade).
conduta de uma determinada forma na confiança de que o
64 (Cf. GOMES, Luiz Flávio, Direito penal, v. 7, Coleção Manuais para concursos
APOSTILAS OPÇÃO
Enquanto a inobservância do cuidado objetivo necessário - Culpa consciente ou com previsão: É aquela em que o
(leia-se: criação de risco proibido) é relevante para a agente prevê o resultado, mas acredita sinceramente que ele
composição do tipo de ilícito, os graus desse descuido (leve, não ocorrerá. Não se pode confundir a culpa consciente com o
grave etc.) são fundamentais para a aferição da pena no âmbito dolo eventual. Tanto na culpa consciente quanto no dolo
da culpabilidade mencionada no art. 59 do CP. Se cada agente eventual o agente prevê o resultado, entretanto na culpa
deve ser punido na medida da sua culpabilidade (CP, art. 29), consciente o agente não aceita o resultado, e no dolo eventual
cumpre ao juiz aferir esse nível de censura para fazer a correta o agente aceita o resultado.
dosimetria da pena. - Culpa indireta ou mediata: É aquela em que o sujeito dá
A intensidade do dolo e da culpa não cumpre, em princípio, causa indiretamente a um resultado culposo (exemplo: o
grande papel no momento da configuração do injusto penal assaltante aponta uma arma a um motorista que está parado
(do tipo de ilícito), salvo, evidente, quando o próprio tipo penal no sinal; o motorista, assustado, foge do carro e acaba sendo
a exige (crime cometido com crueldade, crime cometido com atropelado). A solução do problema depende
culpa temerária etc.). Sua função primordial acaba sendo da previsibilidade ou imprevisibilidade do segundo resultado.
revelada no momento da aplicação da pena, que é justamente - Culpa imprópria: Também é chamada culpa por
quando o juiz tem que dar sentido para a palavra culpabilidade extensão, por assimilação ou por equiparação. Nesse caso, o
dentro do art. 59 do CP. resultado é previsto e querido pelo agente, que age em erro de
Não nos parece acertado dizer que não tem nenhum tipo inescusável ou vencível. Exemplo: “A” está em casa
sentido falar em intensidade do dolo e da culpa. Essa assistindo televisão quando seu primo entra na
intensidade é muito relevante em Direito penal, sobretudo no casa pelas portas dos fundos; pensando tratar-se de um
momento da aplicação da pena, quando então é fundamental ladrão, “A” efetua disparos de arma de fogo contra seu azarado
constatar a dimensão da intensidade do dolo (nível da posição parente. Nesse caso, “A” acredita estar agindo em legítima
do agente frente ao bem jurídico) assim como da culpa (nível defesa. Como “A” agiu em erro de tipo inescusável ou vencível
de descuido do agente frente ao bem jurídico). (se fosse mais atento e diligente perceberia que era seu
Os denominados delitos de atitude (ou delitos de atitude primo), responde por homicídio culposo nos termos do artigo
interna), que são os que expressam estados anímicos que 20, §1.º, do Código Penal. Observe-se que a culpa imprópria, na
fundamentam ou reforçam o juízo de desvalor do fato, ou seja, verdade, diz respeito a um crime doloso que o legislador aplica
o juízo de reprovação do fato, bem evidenciam a intensidade pena de crime culposo. Se “A”, no entanto, tivesse agido em
do dolo do agente. A crueldade, a traição, a evidente má-fé, os erro de tipo escusável ou invencível, haveria exclusão de dolo
crimes cometidos inescrupulosamente etc. revelam o alto nível e culpa, hipótese em que “A” ficaria impune. Qual a solução se
de censurabilidade da posição do agente frente ao bem o primo (do exemplo citado acima) não tivesse morrido? Há
jurídico protegido. A atitude interna do agente, que revela a duas posições na doutrina: 1.ª posição: “A” responderia por
intensidade do dolo, deve sempre ser levada em conta no lesões corporais culposas. 2.ª posição: “A” responderia
momento da cominação da pena ou da sua aplicação. por tentativa de homicídio culposo. Preferimos a primeira
Pode-se afirmar a mesma coisa em relação ao nível de posição, pois não admitimos a tentativa em crime culposo.
descuido do agente frente ao bem jurídico. Quanto mais
intensa a culpa, isto é, quanto mais descuidado for o agente, Como regra, os crimes culposos não admitem tentativa.
mais censurável será seu fato. Esse nível de descuido encontra Como exceção, pune-se a tentativa na culpa imprópria, isto
seu ponto mais extremado na chamada culpa temerária, que é porque, na culpa imprópria, apesar de ser tratada como culpa,
forma de culpa gravíssima. A culpa temerária expressa uma a conduta é dolosa.
especial intensificação da culpa, é uma conduta praticada de Já nos crimes culposos o agente não tem dolo de
modo especialmente perigoso. O resultado, no contexto de consumação, o que o torna essa modalidade de delito
uma culpa temerária, apresenta-se como altamente provável. incompatível com o instituto da tentativa.
A previsibilidade é patente. A atitude do agente na culpa Para boa parte da doutrina, admite-se a tentativa na culpa
temerária é altamente censurável, chega mesmo à leviandade, imprópria (art. 20, § 1 °, do CP), pois trata-se de hipótese em
por isso que justifica maior nível de reprovação65. que existe dolo de consumação.
65 (Cf. SANTANA, Selma Pereira de, A culpa temerária, São Paulo: RT, 2005). 66 MASSON, Cleber. Direito Penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª
edição.
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
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conduta praticada além do necessário para fazer cessar uma - Exculpante: neste caso o bem jurídico sacrificado é de
ação injusta. igual ou maior valor do que o bem jurídico protegido. Nesse
O agente no caso de ação exagerada ou desproporcional, caso fala-se em excludente de culpabilidade e não de ilicitude.
em qualquer caso de excludente da ilicitude, responderá pelo (Inexigibilidade de conduta diversa). Ex. Em um naufrágio, “A”
excesso doloso ou culposo. (Excesso Punível) mata “B” para ficar com a única boia - Patrimônio (protegido)
O excesso punível está previsto no parágrafo único do x vida (sacrificado).
artigo 23 do CP.
Requisitos do Estado de Necessidade:
a) Excesso doloso: neste caso o agente tem consciência - Perigo atual ou iminente: deve estar acontecendo
dos limites permitidos pela lei, mesmo assim comete o naquele momento ou prestes a acontecer.
excesso. Quando, portanto, o perigo for remoto ou futuro, não há o
Ex.: uma pessoa inicialmente estava em legítima defesa estado de necessidade.
consegue desarmar o agressor e, na sequência, o mata. Pode ser causado por comportamento humano, animal e
Responde por homicídio doloso. até mesmo fatos da natureza.
b) Excesso culposo: (excesso inconsciente, ou não - Perigo deve ameaçar um bem jurídico próprio ou um
intencional): é o excesso que deriva de culpa em relação à direito alheio (terceiro): abrange qualquer bem protegido
moderação, e, para alguns doutrinadores, também quanto à pelo ordenamento jurídico. Se o bem não for tutelado pelo
escolha dos meios necessários. ordenamento, não se admite estado de necessidade.
Ocorre quando o agente, reagindo contra a agressão, a)Estado de necessidade próprio: para salvar direito
excede os limites da causa justificante por negligência, próprio.
imprudência ou imperícia, respondendo por crime culposo. b) Estado de necessidade de terceiro: para salvar direito de
Obs. O resultado lesivo causado deve estar previsto em lei terceiro (não há necessidade de autorização da terceira pessoa
como crime culposo, para que o agente possa responder. que está em perigo)
- Perigo não provocado voluntariamente: a pessoa que
Segue dispositivo do CP que trata da matéria: dá causa a uma situação de perigo, não pode invocar o estado
de necessidade para afastá-la. Aquele que provocou o perigo
EXCLUSÃO DE ILICITUDE com dolo não age com estado de necessidade porque tem o
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: dever jurídico de impedir o resultado.
I - em estado de necessidade; - Inevitabilidade do comportamento lesivo: o sacrifício
II - em legítima defesa; do bem jurídico é o único meio para salvar direito próprio ou
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício de terceiros. O agente deve ter conhecimento da situação
regular de direito. justificante, ou seja, deve saber que está lesando um bem
jurídico para salvar outro.
EXCESSO PUNÍVEL - Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo (CP-
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste Art.24, § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. o dever legal de enfrentar o perigo). Ex. Bombeiro / Salva-Vidas,
etc.
Estado de Necessidade - Inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado: é
necessário existir proporcionalidade entre a gravidade do
Estado de necessidade é uma situação de perigo atual de perigo que ameaça o bem jurídico do agente ou alheio e a
interesses protegidos pelo direito, em que o agente, para gravidade da lesão causada pelo fato necessitado.O bem
salvar um bem próprio ou de terceiros, não tem outro meio protegido deve ser de maior ou igual valor ao sacrificado.
senão o de lesar o interesse de outrem; perigo atual é o (Justificante)
presente, que está acontecendo; iminente é o prestes a
desencadear-se. Segue dispositivo do CP que trata da matéria:
O estado de necessidade é uma causa de exclusão de
ilicitude e encontra-se tipificado no art. 24 do CP. ESTADO DE NECESSIDADE
Consiste em uma conduta lesiva praticada para afastar Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem
uma situação de perigo. O Código Penal não especificou pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
exatamente o que seria perigo ou quais seriam as suas sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
hipóteses, muito embora foi claro ao exigir que o perigo deve alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
ser atual (deve estar acontecendo no momento que o agente exigir-se.
pratica a conduta), inevitável (não havia outra forma de salvar § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
aquele bem jurídico) e involuntário (o perigo não deve ter sido dever legal de enfrentar o perigo.
provocado pelo agente). § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
Espécies
O Estado de Necessidade pode ser: Legítima Defesa
- Justificante: neste caso o bem jurídico protegido deve ser
de valor maior do que o bem jurídico sacrificado. Ex. Dano em Trata-se de causa de exclusão da ilicitude consistente em
um veículo para salvar uma criança (bem sacrificado repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou
(patrimônio) tem valor menor que o bem protegido (vida da alheio, usando moderadamente dos meios necessários. É o
criança) - não incorrerá no crime de dano. direito de reação a uma agressão atual ou iminente e injusta.
- Quando o bem sacrificado for de maior valor, subsistirá o
crime, admitindo- se no máximo a diminuição de pena. Requisitos da Legítima Defesa
(Adotado pelo CP). - Agressão injusta atual ou iminente: não pode ser uma
(CP - art.24, § 2º - Embora seja razoável exigir-se o simples provocação. Não se admite a legítima defesa contra
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de provocação, tendo em vista que provocação (insulto, ofensa ou
um a dois terços) desafio) não é o suficiente para gerar o requisito legal, que é a
agressão. Exceção: provocação pode justificar uma reação
APOSTILAS OPÇÃO
quando for insistente tornando-se assim uma agressão, - Cabe legítima defesa real contra agressão culposa. Isso
respeitada a moderação. porque ainda que a agressão seja culposa, sendo ela também
Obs. Se o ataque é comandado por animais irracionais, não ilícita, contra ela cabe a excludente.
é legítima defesa e sim estado de necessidade. - Cabe legítima defesa real contra agressão de inimputável.
- Defesa de um direito próprio ou alheiro (de Os inimputáveis podem agir voluntária e ilicitamente, embora
terceiros): é legítima defesa própria quando o sujeito está se não sejam culpáveis. Para agir contra agressão de inimputável,
defendendo e legítima defesa alheia quando o sujeito defende exige-se, no entanto, cautela redobrada, porque nesse caso a
terceiros. Pode-se alegar legítima defesa alheia mesmo pessoa que ataca não tem consciência da ilicitude de seu ato.
agredindo o próprio terceiro (ex.: em caso de suicídio, pode-se
agredir o terceiro para salvá-lo). Pergunta: Cabe legítima defesa real contra legítima defesa
- Meios necessários, usados moderadamente: meios subjetiva?
necessários são aqueles que estão ao alcance do agente para Resposta: Em tese caberia, pois, a partir da continuidade da
repelir a agressão injusta. Devem ser utilizados agressão a vítima se torna agressora.
moderadamente (a agressão dever ser repelida de forma Para a jurisprudência, entretanto, não é aceita quando o
moderada, ou seja, dever haver proporcionalidade e excesso for repelido pelo próprio agressor, porque não pode
razoabilidade em sua conduta e na escolha do meio a ser invocar a legítima defesa quem iniciou a agressão, mas o
utilizado). excesso pode ser repelido por terceiro.
Caso haja outros meios menos lesivos, o meio escolhido
deixa de ser considerado necessário, passando a legítima Segue dispositivo do CP que trata da matéria:
defesa a se tornar uma agressão.
- Animus Defendendi: (requisito subjetivo) o sujeito LEGÍTIMA DEFESA
deve ter consciência de que está se defendendo de uma Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
agressão injusta. Deve atuar com vontade de se defender moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
agressão injusta. atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no
Espécies de legítima defesa caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o
- Legítima defesa real: quando a agressão injusta agente de segurança pública que repele agressão ou risco de
efetivamente estiver presente agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.
- Legítima defesa putativa: é a legítima defesa imaginária. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
É a errônea suposição da existência da legítima defesa por erro
de tipo ou erro de proibição. Os agentes imaginam haver Estrito Cumprimento do Dever Legal
agressão injusta quando na realidade esta inexiste.
- Legítima defesa subjetiva: é o excesso cometido por um É o dever emanado da lei ou de respectivo regulamento. O
erro plenamente justificável, o agente, por erro supõe ainda agente atua em cumprimento de um dever emanado de um
existir a agressão e, por isso, excede-se. Nesse caso, excluem- poder genérico, abstrato e impessoal.
se o dolo e a culpa (art. 20, § 1º, 1ª parte, CP). Se houver abuso, não há a excludente, ou seja, o
- Legítima defesa sucessiva: é a repulsa do agressor inicial cumprimento deve ser estrito. Como a excludente exige o
contra o excesso. Assim, a pessoa que estava inicialmente se estrito cumprimento do dever, deve-se ressaltar que haverá
defendendo, no momento do excesso, passa a ser considerada crime quando o agente extrapolar os limites deste.
agressora, de forma a permitir legítima defesa por parte do Requisitos: (dever + estrito)
primeiro agressor. A ação de defesa inicial é legítima até que a - Previsão Legal
agressão injusta seja cessada, sendo que, toda conduta -Atendimento aos estritos termos da Lei.
posterior a isso é configurada como excesso.
Exemplos:
Atenção: enquanto a legitima defesa real é causa de 1) Oficial de Justiça quando cumpre uma ordem de busca e
exclusão da ilicitude do fato, a legítima defesa putativa excluirá apreensão de bens, não pode responder por invasão de
o dolo e consequentemente o fato típico. Isto porque a domicílio ou furto ou roubo, etc. Atua em estrito cumprimento
denominada legitima defesa putativa na verdade caracteriza do dever legal.
erro de tipo, ou seja, o agente tem uma falsa percepção da 2) Carcereiro que coloca a pessoa em privação de
realidade que faz com que o mesmo pense que está agindo em liberdade, comete o fato típico de cárcere privado, porém
uma situação de legitima defesa, quando, de fato, não está existe uma legislação que o permite a sua prática. Assim ele
sofrendo agressão alguma. atua em estrito cumprimento do dever legal.
67 http://www.ambito-juridico.com.br/pdfsGerados/artigos/6960.pdf
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
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A emboscada ou tocaia é a espera e escolha do lugar Frisa-se, ainda, que nos termos do art. 121, §7º, do CP, a
melhor para a execução da vítima que desconhece a situação. pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a
A dissimulação é o disfarce, uma máscara que esconde da metade se o crime for praticado:
vítima seu destino e a intenção do agente. I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
A surpresa, quando dificulta a defesa da vítima é parto;
considerada como qualificadora, como o exemplo do crime II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
praticado quando a vítima estava dormindo. (sessenta) anos ou com deficiência;
e) crimes praticados para assegurar a execução, a III - na presença de descendente ou de ascendente da
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Ou vítima.
seja, quando haja conexão entre dois crimes, sendo um deles
praticado pelo ou para o outro, podendo ser anterior, g) Lei 13.142/2015: Esta norma acrescenta mais uma
concomitante e posterior. circunstância qualificadora ao crime de homicídio, tornando
A premeditação não é considerada qualificadora, podendo mais severa a punição àquele que pratica ou tenta praticar este
ser considerada circunstância judicial para a fixação da pena crime contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
acima do mínimo legal. da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da
Matar o pai não qualifica o crime, mas, trata-se de Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função
circunstância agravante. ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
Conforme o caso o homicídio pode ser considerado m ou parente consanguíneo até 3º grau, em razão dessa condição.
crime político, genocídio. Antes de prosseguir cabe destacar alguns pontos
As circunstâncias qualificadoras e privilegiadoras se importantes sobre os sujeitos passivos do delito. Em primeiro
comunicam entre os coautores, desde que objetivas e lugar, a proteção é estendida àqueles abrangidos pelo o art.
conhecidas pelo coautor, havendo entendimento diverso. 142 da CF/88, sendo estes os membros das Forças Armadas,
Outra dúvida na doutrina, a respeito destas circunstâncias, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica. Já
é a possibilidade de reconhecimento de qualificadoras e o art. 144 disciplina os órgãos de segurança pública: polícia
privilegiadoras num mesmo fato. Alguns entendem não ser federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal,
possível, pois, um crime qualificado, não pode ser considerado polícias civis, polícias militares, corpos de bombeiros militares
ao mesmo tempo privilegiado. Numa segunda posição estão os e guardas municipais.
que entendem que é possível a coexistência de qualificadoras Na categoria integrantes do sistema prisional entende-se
objetivas com o privilégio e, a terceira entende ser possível a que não estão abrangidos apenas os agentes presentes no dia
coexistência em qualquer hipótese. a dia da execução penal (diretor da penitenciária, agentes
Não é possível a combinação de circunstâncias penitenciários, guardas, etc), mas também aqueles que atuam
qualificadoras de caráter subjetivo com as circunstâncias em certas etapas da execução (comissão técnica de
privilegiadoras. classificação, comissão de exame criminológico, conselho
Com o advento do E.C.A., o crime de homicídio praticado penitenciário etc).
contra menor de 14 anos, seja simples, qualificado ou O Departamento da Força Nacional de Segurança Pública
privilegiado, terá um aumento de 1/3. ou Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), é um
Existe distinção entre o homicídio e o aborto pois nesta e programa de cooperação de segurança pública brasileiro,
conduta somente poderá ocorrer antes do início do parto e do coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública
infanticídio pois, neste, existe uma série de elementos, como (SENASP). É um agrupamento de polícia da União que assume
mãe, a serem preenchidos pelo sujeito ativo. o papel de polícia militar em distúrbios sociais ou em situações
O concurso, quer seja formal ou material, pode ocorrer excepcionais nos estados brasileiros, sempre que a ordem
quando da prática de homicídio, como ocultação de cadáver, pública é posta em situação concreta de risco. É composta
lesões corporais em terceiros, etc, sendo, inclusive, possível, a pelos quadros mais destacados das polícias de cada Estado e
continuidade delitiva. da Polícia Federal, seus integrantes possuem a proteção da
f) feminicídio: Com recente alteração à norma penal norma.
pela Lei nº 13.104/2015, foi inserida a qualificadora que
eleva a pena quando o homicídio é praticado contra a mulher ATENÇÃO: Nos três casos, a qualificadora pressupõe
por razões da condição de sexo feminino. Diz-se de razões da que o crime tenha sido cometido contra o agente no
condição de sexo feminino quando o crime envolve: violência exercício da função ou em decorrência dela.
doméstica e familiar; e menosprezo ou discriminação à
condição de mulher.
Importante destacar, ainda, que utiliza-se os termos Por fim, o crime de homicídio é punido mais severamente
“feminicídio” ou “assassinato relacionado a gênero”, ao quando cometidos contra o cônjuge, companheiro ou parente
assassinato de mulheres pela condição de serem mulheres. Tal consanguíneo até 3º grau dos agentes descritos nas alíneas
tipo penal se refere a um crime de ódio contra as mulheres, anteriores. Contudo, alerta o legislador ser indispensável que
justificada sócio-culturalmente por uma história de o crime tenha sido praticado em razão dessa condição, ou seja,
dominação da mulher pelo homem e estimulada pela que o homicida escolheu matar aquela vítima exatamente por
impunidade e indiferença da sociedade e do Estado. ser ela parente de policial.
O doutrinador Nucci, em comentário acerca da alteração Cumpre destacar ainda aqui que a Lei 8.072/90 (Crimes
da Lei menciona que em lugar do legislador criar essa nova Hediondos) foi igualmente alterada pela norma. Com isso, o
figura qualificada do delito do art. 121, maior eficácia teria, ao homicídio e a lesão corporal gravíssima ou seguida de morte,
combate da violência contra a mulher, se este elevasse as quando praticados contra autoridade ou agente descrito nos
penas dos crimes de ameaça e lesão corporal, uma vez que arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
estas são as causas primárias do homicídio cometido contra a prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
mulher. Assim, ameaçar de morte permanece com pena de exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
multa (a menor). Lesionar a integridade corporal, três meses cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3o. Grau,
de detenção, com vários benefícios, logo, prisão não há. Quer- em razão dessa condição passam a ser etiquetados como
se punir o mais, ignorando-se o menos. hediondos.
APOSTILAS OPÇÃO
homicídio culposo ocorre quando o agente consegue a morte A lei prevê que, se da automutilação ou tentativa de
da vítima sem ter a intenção do resultado. suicídio resulta lesão grave ou gravíssima, a pena é de reclusão
Geralmente verifica-se o crime de homicídio culposo, em de 1 a 3 anos; e, se o suicídio se consuma, ou se da
acidentes de trânsito, tanto é verdade que luta-se pela criação automutilação resulta morte, a pena prevista é de 2 a 6 anos de
de delito autônomos em relação aos acidentes de trânsito, reclusão.
onde a culpa consiste na transgressão de determinada regra de A pena é duplicada se o crime é praticado por motivo torpe,
trânsito, devendo haver, além da transgressão, prova se a vítima é menor ou tem diminuída a capacidade de
inequívoca da culpa do agente. Às vezes a culpa vem revelado resistência, e a pena é aumentada até o dobro se a conduta é
no fato do motorista dirigir embriagado, na contra mão de realizada pela internet, rede social ou transmitida em tempo
direção, em velocidade incompatível para o local. real.
Se necessário se faz a prova da culpa do agente, impõe-se o Também há aumento de pena se o agente é líder ou
entendimento de que se a culpa for da vítima, não haverá coordenador de grupo ou rede virtual.
responsabilização penal, em relação àquele que causou a lesão,
salvo no caso de culpa recíproca. Infanticídio (art.123)
Nada mais é do que um homicídio privilegiado, praticado
HOMICÍDIO CULPOSO QUALIFICADO: artigo 121 § 4º. pela mãe, sob a influência do estado puerperal, durante ou logo
Ocorre a qualificadora do homicídio culposo, nas seguintes após o parto, contra seu próprio filho.
hipóteses: 1- se o crime resulta de inobservância de regra O fato do legislador ter utilizado como fundamento da
técnica de profissão, arte ou ofício, que não deve ser prática do crime o estado puerperal, pois a influência deste
confundida com a imperícia, pois, no caso, o agente conhece a estado não está definida, faz com que o dispositivo seja
regra técnica, entretanto, não a observa, como o caso do criticado, pois, na realidade o crime tem por matéria, mais um
motorista que, sabendo estar obrigado a utilizar as duas mãos problema social da mãe (solteira, casada com filho espúrio), do
no volante, dirige com apenas uma, não havendo necessidade que simplesmente o puerpério.
de ser um motorista profissional, pois a lei se refere também a A pena para a prática do crime é de detenção de 2 a 6 anos.
arte e ofício. 2- quando o agente não prestar socorro à vítima, Com o artigo tem o legislador o objetivo de proteger a vida
não procura minorar as consequências de seu ato, ou foge da do ser humano, no caso, a vida extrauterina.
prisão em flagrante. O socorro á vítima é obrigação legal, e o O delito em estudo é próprio, portanto, deve ser praticado
seu descumprimento implica em aumento de pena no pela mãe, sendo ela sujeito ativo do crime.
homicídio culposo, mas, se ficar comprovado que o agente Pergunta-se, entretanto se a pessoa que colabora com a
podia evitar a morte da vítima, caso prestasse socorro, prática do crime responde por ele ou por homicídio Alguns
responderá por homicídio doloso, pois, com conduta anterior entendem que, como a condição de mãe, estado puerperal são
criou o risco de produzir o resultado. elementos de caráter pessoal, na forma do artigo 30, devem se
É natural que se o agente deixou de prestar o socorro à comunicar e, portanto, o colaborador responderá por
vítima, ou fugiu do local com a intenção de buscar socorro infanticídio.
próprio ou, de populares que o agrediriam, a qualificadora não Outros que entendem ser o estado puerperal
poderá ser reconhecida, o mesmo ocorrendo se a vítima foi personalíssimo, lutam pela responsabilização do colaborador
socorrida por terceiros. por homicídio.
É possível o concurso formal, no caso de haver duas ou Terceira corrente entende que se o colaborar pratica ato
mais vítimas. de execução, como dar pauladas, responderá por homicídio,
Paira dúvida, entretanto, na possibilidade de concurso mas, se colaborar, sem praticar qualquer ato de execução
entre o homicídio culposo e a contravenção de falta de (partícipe), responderá por infanticídio.
habilitação, uma corrente entendendo que não pode ser Sujeito passivo do crime é o filho que está nascendo ou
absorvida a contravenção, reconhecendo-se, assim, o recém-nascido, mesmo se ainda não respirou, ou se caso não
concurso. Outra corrente descorda desta posição, entendendo fosse praticada a conduta, morreria ele de consequências
haver a absorção, sendo a primeira a predominante. naturais.
Além das consequências penais o CTB prevê como O feto abortado por não ter condições de desenvolvimento,
consequência administrativa da condenação por crime não pode ser sujeito passivo do crime, mas se tratar-se de
culposo de trânsito, a inabilitação para dirigir veículos. parto prematuro, o recém-nascido poderá ser sujeito passivo.
A descrição objetiva do crime exige a conduta matar, que
PERDÃO JUDICIAL: artigo 121 § 5º. Quando as pode consistir numa ação, dar pauladas, ou omissão, como a
consequências da infração foram danosas para o agente a falta de ligadura no cordão umbilical.
ponto da sanção penal ser desnecessária, permite-se ao Juiz o O fato deve ter ocorrido sob a influência de estado
aplicação do perdão judicial. Como o caso do marido que perde puerperal, e, ainda, durante ou logo após o parto, que se inicia
a família num acidente de trânsito no qual foi culpado. com a contração do útero e termina com a eliminação da
Entretanto, a aplicação do perdão deve ser feita com cautela e placenta.
como exceção, pois, se aplicado indistintamente, poderá A lei não indica o que se considera logo após o parto,
consistir num caminho para a impunidade. entendendo alguns doutrinadores que é de sete dias, outros,
Nos casos de homicídio, crime contra a vida, a ação penal é oito dias, a aqueles que entendem que o prazo deva ser
pública incondicionada e, nos casos de crime doloso, a examinado pelo prudente arbítrio do julgador. O normal é
competência para julgamento será do Tribunal do Júri. considerar logo após o parto, até a data da queda do cordão
umbilical.
Induzimento, Instigação Ou Auxílio Ao Suicídio (art. O tipo subjetivo exige a presença do dolo, qual seja, a
122) vontade de matar o próprio filho, nascente ou recém-nascido,
A Lei 13.968/2019 alterou o Código Penal para modificar não havendo forma culposa, podendo haver
o crime de incitação ao suicídio. A norma também incluiu no responsabilização, no caso, por homicídio culposo.
Código Penal condutas como induzir ou instigar a A consumação ocorre com a morte do nascente ou recém-
automutilação, bem como a de prestar auxílio a quem a nascido, sendo possível, perfeitamente, a tentativa.
pratique. Neste caso, a pena prevista é de reclusão, de 6 meses O aborto diferencia-se do infanticídio, pois somente pode
a 2 anos. ocorrer antes do parto. Se não existir a influência do estado
puerperal, o crime será de homicídio. Se a conduta foi
APOSTILAS OPÇÃO
abandonar, com a finalidade de ocultação de desonra própria, A pergunta que surge em relação ao crime de aborto, gira
o crime será de exposição ou abandono de recém-nascido, em torno da possibilidade do concurso de pessoas no casos de
qualificado se resultar morte. auto aborto e no consentimento.
Poderá haver concurso do presente crime como o de Alguns entendem que poderá haver concurso na forma
ocultação de cadáver. moral, ou seja, na instigação ou induzimento, desde que não
haja participação direta na prática do crime. Mas, se houver a
Aborto prática de qualquer ato de execução o partícipe responderia
O Aborto pode ser definido como a interrupção da gravidez pelo crime previsto no artigo 126.
com a destruição do produto da concepção, (ovo, até três Para outra corrente, aquele que participa de qualquer
semanas, embrião, até 3 meses e feto, a partir dos 3 meses), forma sempre responde pelo crime previsto no artigo 126,
não havendo necessidade de expulsão. mesmo que não pratique ato de execução, sendo a primeira
Pode o aborto ser espontâneo (natural), ocorrendo nos corrente a mais aceitável.
casos de problemas de saúde da gestante; acidental, resultante Em qualquer hipótese o consentimento da gestante deve
de um acidente, como queda, e provocado, criminoso e que ser válido.
merece punição.
O aborto não é considerado crime em diversas legislações Aborto provocado por terceiro (art. 125)
estrangeiras, e existe no Brasil, movimento para sua liberação. O resultado, sem consentimento pode advir do emprego de
O aborto é apresentado na nossa legislação das seguintes força, de ameaça ou, ainda, de fraude, geralmente na última
formas: auto-aborto ou consentimento no aborto, (artigo 124), modalidade.
aborto sem o consentimento da gestante, (artigo 125) e aborto Existem casos de impossibilidade de consentimento e,
com o consentimento da gestante, (artigo 126). nestes, mesmo havendo a vontade da gestante, o crime será o
O objetivo do legislador é a proteção da vida intrauterina e previsto no artigo 125, pois, não é válido o consentimento em
a vida e integridade corporal da gestante, no caso de aborto determinados casos, como as menores de 14 anos e as
pratica sem o eu consentimento. alienadas mentais.
Pode ser sujeito ativo do crime de aborto, qualquer pessoa,
salvo no caso do auto-aborto, onde somente a gestante poderá Aborto consensual (art. 126)
ser agente no crime. Define o artigo a provocação do aborto, por terceira
O sujeito passivo é o Estado e a comunidade Nacional, já pessoa, com o consentimento da gestante, sendo que, a
que o feto, embora tenha garantia civil, não é sujeito como gestante que consente responderá pelo crime previsto no
direito e obrigações na esfera penal. No caso do aborto artigo 124.
praticado sem consentimento a mulher é sujeito passivo. Existem duas formas de consentimento, o expresso e o
A descrição objetiva apresente um objeto material, que tácito, e, caso haja a revogação do consentimento, durante as
consiste no produto da concepção, desde o início da gravidez manobras abortivas, continuando o agente, responderá pelo
até o início do parto (o início da gravidez, para efeitos penais crime de aborto provocado sem o consentimento.
se dá com a implantação do óvulo no útero da mãe, fato que
permite a utilização de pílulas anticoncepcionais). Aborto qualificado (art. 127)
Assim, não há crime com a interrupção de gravidez Prevê aumento de 1/3 na pena, caso a gestante sofra lesões
tubárica ou ovárica, bem como a molar. corporais de natureza grave, e a duplicação da pena se resultar
A conduta exigida é qualquer uma, capaz de produzir o a morte, nas formas do aborto provocado e, desde que o
aborto, ou seja, causar o aborto, interrompendo a gravidez resultado mais grave não fosse querido, manifestando-se na
com a morte do feto. forma de crime preterdoloso. Havendo intenção de obter o
Diversas formas podem ser utilizadas para provocação do resultado o agente responderá por lesão corporal ou
aborto, bem como diversos meios, químicos, orgânicos, físicos homicídio, em concurso com o aborto.
ou psíquicos. Se o meio for ineficaz, haverá o crime impossível. Como a lei faz referência somente aos meios empregados,
Embora a posição seja criticada é possível a prática de é possível a punição do agente por tentativa de aborto
aborto por omissão, devendo, em qualquer caso, haver a prova qualificado. A aplicação da qualificadora só é possível nas
da gravidez, bem como a realização de exame pericial no feto, formas previstas nos artigos 125 e 126.
por ser infração que deixa vestígios. Quando a lesão, mesmo de natureza grave, for
O tipo subjetivo exige a presença do dolo, ou seja a vontade consequência necessária do fato, não existirá a qualificadora.
de interromper a gravidez, com a morte do feto, não havendo
forma culposa em relação à mulher que imprudentemente, Aborto necessário (art. 128)
toma uma substância abortiva, permanecendo a punição em É o realizado por médico com a intenção de salvar a vida
relação ao terceiro que causou o aborto culposamente. A da gestante e desde que o aborto seja o único meio para a
tentativa de suicídio de mulher grávida, não é punida a título salvação da grávida, não havendo necessidade que o perigo
de tentativa de aborto. seja atual, podendo ser futuro. (aborto legal)
O crime de aborto consuma-se com a interrupção da A necessidade do aborto fica a critério do médico, havendo
gravidez e a morte do feto. doutrinadores que entendem ser imprescindível o
A tentativa é possível quando as manobras abortivas não consentimento da gestante.
interrompem a gravidez ou provocam somente aceleração do Caso outra pessoa, que não médico, realize o aborto,
parto. poderá haver estado de necessidade.
Aborto provocado pela gestante ou com seu ABORTO SENTIMENTAL: praticado em mulher cuja
consentimento (art. 124) gravidez resultou de estupro e, numa interpretação extensiva,
A conduta descrita é provocar aborto em si mesma ou de atentado violento ao pudor.
consentir com que o façam. No caso de consentimento, a Neste caso, não será necessário decisão judicial, bem como
gestante que consentiu responde pela revisão do artigo 124, autorização, bastando prova da gravidez e do crime praticado,
enquanto que, aquele que realiza o aborto responde pelo crime ficando o médico adstrito somente ao seu código de ética
previsto no artigo 126, com pena mais severa. profissional, sendo necessário o consentimento da gestante, e,
se menor, prova da menoridade ou alienação mental.
APOSTILAS OPÇÃO
O aborto eugenésico, quando existe possibilidade de VII - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
anormalidade do feto, não é permitido por nossa legislação. 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e
O aborto se distingue do infanticídio por ocorrer somente da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função
antes do parto. O agente que agride a grávida, conhecendo a ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
situação, responderá, em concurso formal pelo aborto e pelas parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
lesões causadas, se desconhecer e puder prever, responderá condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
por lesões corporais de natureza gravíssima. VIII - (VETADO): (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Se o feto é expulso com vida e assim permanece, haverá Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
tentativa de aborto e, caso a intenção fosse somente a § 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo
aceleração do parto, haverá crime de lesão corporal. feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104,
Praticadas manobras abortivas em mulher não grávida, de 2015)
inexistirá o aborto, mas, haverá punição por homicídio I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº
culposo. 13.104, de 2015)
A lesão corporal de natureza leve está contida no crime de II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
aborto e não será punida separadamente. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Anunciar meio abortivo é contravenção penal, prevista no Homicídio culposo
artigo 20 da L.C.P. § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Morrendo o feto em decorrência de homicídio da gestante Pena - detenção, de um a três anos.
e conhecendo o agente a gravidez, ele responderá pelo crime Aumento de pena
de aborto e de homicídio, embora haja posição em contrário. § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
A existência de diversos fetos, (gêmeos, por exemplo), não terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
implica na ocorrência de concurso formal, pois, não são eles profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
sujeitos passivos do crime. socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu
ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o
Em decisão proferida pela 1ª Turma do Supremo homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é
Tribunal Federal (STF), em 29.11.2016, no julgamento do praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
HC 124.306-RJ, foi afastada a prisão preventiva dos (sessenta) anos.
acusados da prática de aborto com o consentimento da § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar
gestante. Entendendo o ministro relator que é preciso dar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o
interpretação conforme a Constituição aos artigos 124 a próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne
126 do Código Penal - que tipificam o crime de aborto - desnecessária.
para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se
voluntária da gestação efetivada no primeiro o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
trimestre. Argumenta que o bem jurídico protegido (a prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
vida potencial do feto) é “evidentemente relevante”, mas a (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
criminalização do aborto antes de concluído o primeiro § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço)
trimestre de gestação viola diversos direitos fundamentais até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº
da mulher, além de não observar suficientemente o 13.104, de 2015)
princípio da proporcionalidade. I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema: (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças
degenerativas que acarretem condição limitante ou de
CAPÍTULO I vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº
DOS CRIMES CONTRA A VIDA 13.771, de 2018)
III - na presença física ou virtual de descendente ou de
Homicídio simples ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de
Art 121. Matar alguém: 2018)
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência
Caso de diminuição de pena previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340,
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018)
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. automutilação (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
Homicídio qualificado Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a
§ 2° Se o homicídio é cometido: praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
motivo torpe; Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação
II - por motivo fútil; dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta
ou outro meio lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 13.968,
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do de 2019)
ofendido; Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou nº 13.968, de 2019)
vantagem de outro crime: § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. morte: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo nº 13.968, de 2019)
feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
APOSTILAS OPÇÃO
§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de Das Lesões Corporais (art. 129 e parágrafos, CP)
2019)
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; Nos termos do artigo 129 do CP, pode-se definir o crime de
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) lesão corporal como a ofensa à integridade física ou saúde de
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer outra pessoa, ofendendo a normalidade funcional do
causa, a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei nº 13.968, organismo, quer do ponto de vista físico, como o psíquico,
de 2019) tanto na modalidade dolosa quanto na culposa.
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é O objetivo jurídico do artigo é a proteção da integridade
realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou física e psíquica do indivíduo.
transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de Pode ser sujeito ativo do crime em estudo, qualquer
2019) pessoa, menos a pessoa que se auto lesiona, pois, a auto lesão
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou não é punida por nossa legislação, podendo haver o delito de
coordenador de grupo ou de rede virtual. (Incluído pela Lei nº fraude contra o seguro.
13.968, de 2019) Sujeito passivo é qualquer pessoa humana, a partir do
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em início do parto, desde que esteja vivo. Assim, a prática de lesão
lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra em um cadáver, caracterizará crime de vilipêndio de cadáver,
menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade mas não de lesão corporal.
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para Como a integridade física é bem indisponível, o
a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode consentimento da vítima é indiferente na prática do crime,
oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § salvo nos casos de intervenções cirúrgicas de esportes
2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de violentos, onde a lesão não caracteriza crime e o
2019) consentimento é necessário.
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido A evolução do direito tem levado ao caminho de se
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o considerar a integridade corporal como bem disponível, onde
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por o consentimento, certamente, descaracterizará a prática do
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o crime.
agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste No caso específico das intervenções cirúrgicas, entendem
Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) alguns doutrinadores que falta tipicidade, pois, a intervenção,
na maioria das vezes, ao invés de ofender a integridade da
Infanticídio vítima, acaba por melhorar sua saúde.
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o Haverá crime de lesão corporal quando o ferimento é
próprio filho, durante o parto ou logo após: causado na fuga do ataque do sujeito ativo.
Pena - detenção, de dois a seis anos. A descrição objetiva exige a ofensa a integridade física da
pessoa humana, ou seja, qualquer alteração desfavorável
Aborto provocado pela gestante ou com seu produzida no organismo de outra pessoa, quer seja o mal
consentimento físico, fisiológico ou psíquico, não sendo necessário a
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que existência de dor ou sangramento.
outrem lhe provoque: O crime pode ser praticado através de diversos meios e
Pena - detenção, de um a três anos. atingir o organismo humano de diversas formas, inclusive
através de uma doença.
Aborto provocado por terceiro A lesão corporal não caracteriza-se somente em causar a
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da lesão, mas também, o fato de agravar-se uma lesão já existente.
gestante: O crime será único se, em determinada conduta forem
Pena - reclusão, de três a dez anos. causados diversos ferimentos.
No casos de lesões leves entre casados, a jurisprudência,
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: por política, indica a não punição, desde que a vida conjugal,
Pena - reclusão, de um a quatro anos. após o fato, é coroada de harmonia.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a A lesão pode ser praticada por violência física e até moral,
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil como um susto, por exemplo.
mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave É possível a prática do crime por omissão, quando presente
ameaça ou violência o dever jurídico de evitar-se o resultado, bem como por meio
indireto, como o caso da vítima que é dirigida para cair e um
Forma qualificada buraco.
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são A descrição subjetiva exige o dolo, ou seja, a vontade do
aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos agente em causar o dano à integridade física ou psíquica da
meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão vítima.
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer No caso da prática de intervenções cirúrgicas e prática de
dessas causas, lhe sobrevém a morte. esportes violentos, para aqueles que entendem haver
tipicidade, o crime será excluído, face a presença de exercício
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: regular de direito, portanto, causa que exclui a
antijuridicidade.
Aborto necessário Ganha importância a discussão na análise da possibilidade
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; de operação transexual, alguns entendendo tratar-se de lesão
corporal e outros, concordando com a possibilidade da
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro operação sem a caracterização do crime. Se a cirurgia for
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de realizada para correção de problema congênito, como o
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu hermafrodita, não haverá prática do crime de lesão corporal.
representante legal. A consumação do crime ocorre quando a vítima tem sua
integridade física ou mental alterada pela conduta do sujeito
ativo.
APOSTILAS OPÇÃO
Em relação à tentativa, existem posições diversas, uns 1- incapacidade permanente para o trabalho: e não
entendendo ser impossível, pois estaria caracterizado a ocupações habituais e, portanto, se relaciona a trabalho, desde
contravenção de vias de fato e outros, em contrariedade, que permanente.
entendendo ser perfeitamente possível, quando o agente tenta Quando a lei diz trabalho, se relaciona a qualquer trabalho
causar a lesão, mas não obtém o resultado por circunstâncias e não à atividade específica da vítima. Assim, a qualificadora é
alheias a sua vontade, posição adotada pela maioria e fixada de difícil aplicação, pois, sempre restará à vítima a
pela jurisprudência, mesmo sendo difícil a comprovação de possibilidade de realizar algum trabalho, mesmo que
qual tentativa se fala, de lesão corporal de natureza leve, grave vendedor de bilhete de loteria, entretanto, com a ocorrência
ou gravíssima, devendo ser a decisão sempre a favor do réu. desta qualificadora, certamente outra terá ocorrido, fato que
possibilita a punição do agente como lesão de natureza
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE: Para se gravíssima.
determinar se a lesão corporal e de natureza leve, utiliza-se o 2- enfermidade incurável: ou moléstia que não apresenta
processo de eliminação. O legislador indica quando a lesão é possibilidade de cura. A transmissão de AIDS pode ser
de natureza grave ou gravíssima. Se não ocorrer o resultado considerado, caso não haja a morte, lesão corporal de natureza
previsto pelo legislador, a lesão será leve. gravíssima.
3- quando ocorre perda ou inutilização de membro,
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE: artigo 129, § sentido ou função: A qualificadora estará caracterizada com
1º - Neste parágrafo estão descritas certas consequências que a amputação do membro, ou inutilização do sentido ou função.
obtidas com a prática do crime, dão causa a uma punição A perda de somente um dedo, ou audição de apenas um ouvido,
maior, pois, de maios potencial ofensivo a lesão. por exemplo, não caracteriza a qualificadora.
São consequências que fazem considerar-se grave a lesão: Se devido à lesão o ser humano fica impotente, quer não
1- quando a vítima fica incapaz de realizar suas podendo produzir mais filhos, quer não poder mais ter a
ocupações habituais por mais de 30 dias, sendo que relação sexual, está tipificada a qualificadora. E ainda, o
ocupação habitual não deve ser confundida com trabalho, mas, rompimento do hímen (perda da virgindade) não é
como qualquer atividade, ainda que não remunerada. Assim, considerada como qualificadora.
crianças, enfermos e velhos podem ser ficar sem suas 4- quando resultar deformidade permanente: que pode
ocupações habituais por mais de trinta dias e estar ser definida como uma lesão estética no indivíduo, desde que
perfeitamente caracterizado o crime. Também não se importa seja, visível e permanente, e que não possa ser reparado
o legislador se a incapacidade é relativa ou absoluta. naturalmente, entretanto se a vítima, através de cirurgia
Não se deve também confundir incapacidade com ausência plástica, conseguir corrigir a deformidade, não haverá a lesão
de cura, assim, pode ocorrer o fato da lesão não estar corporal de natureza gravíssima. As deformidades geralmente
totalmente curada no final de 30 dias, mas a vítima já se se traduzem em cicatrizes ou amputações de pequenos
encontrar em sua atividade normal, não estando deste forma pedaços do corpo.
caracterizada a lesão grave. 5- quando ocorrer aborto: ou seja, o agente pretende
Para a comprovação da lesão grave se faz necessária a somente obter a ofensa à integridade física da vítima,
realização de um exame complementar no 31º dia após o entretanto, ao praticar a conduta e como consequência desta,
crime, sendo tolerada a realização dentro de alguns dias, mas, acaba por interromper a gravidez da ofendida. Da mesma
caso não seja realizado o exame em tempo hábil, estará forma que na aceleração de parto, se o agente desconhecer
excluída a gravidade da lesão. totalmente o estado gravídico da vítima, não responderá pelo
A ocupação à qual fica incapacitada a vítima deve ser lícita resultado agravador, embora haja decisão em contrário.
e, portanto, aqueles que têm atividade ilegal, não são
alcançados por este dispositivo, tolera-se, assim, as atividades LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE: artigo 129, § 3º
imorais. Assim, a meretriz pode ser vítima de lesão corporal de - nada mais é do que o homicídio preterdoloso, no qual o
natureza grave. agente pretende praticar a lesão corporal, mas, sem nenhuma
2- quando ocorrer perigo de vida: desde que o perigo intenção, acaba por matar a vítima, como o caso do agente que
seja efetivo e concreto, que é constatado por exame pericial, empurra a vítima que, desequilibrada cai ao chão, batendo a
como o caso de choque traumático, traumatismo craniano. cabeça contra um objeto dura e acaba por fraturar o crânio.
Perigo de vida é probabilidade de morte. Não havendo intenção do resultado lesão corporal, haverá
Não se pode levar em consideração para a determinação homicídio culposo.
do perigo de vida exclusivamente a sede ou a extensão das
lesões. AGRAVANTE NO CRIME DE LESÃO CORPORAL:
3- quando ocorrer debilidade permanente de membro, Novidade trazida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e
sentido ou função, ou seja, uma redução no funcionamento de o aumento de 1/3 na pena de quem pratica o crime de lesão
parte do organismo. Os membros são os braços e pernas, corporal contra criança menor de 14 anos, não sendo possível,
sentidos são todas as sensações do ser humano, tato, paladar, por este motivo, o reconhecimento da agravante genérica de
olfato, audição e visão e função, as atividades realizadas pelos ter sido o crime praticado contra criança.
órgãos, como a função respiratória. A gravidade no caso,
caracteriza-se pela diminuição de qualquer destes, como a LESÃO CORPORAL PRIVILEGIADA: artigo 129 § 4º -
perda de um olho, sendo necessária prova pericial da perda ocorre no caso da prática do crime quando presente a violenta
parcial da função. emoção logo após a injusta provocação da vítima, ou por
A compensação, através da instalação de prótese, não relevante valor social, com diminuição na pena variando de
elimina a gravidade da lesão. 1/6 a 1/3.
4- aceleração de parto, ou seja, quando o feto é expulso O juiz, não sendo graves as lesões, pode substituir a pena
antes do final da gravidez e sobrevive, pelo fato de que todo de detenção pela pena de multa em duas situações: I - se
parto prematuro causa risco para o feto e para a gestante. A ocorrer qualquer das hipóteses do § 4º do art. 129; e II - se as
qualificadora não prevalece se o agente desconhecia e não lesões forem recíprocas. Importante destacar que o
podia prever o estado de gravidez da vítima dispositivo é aplicável somente à lesão corporal leve - as
graves e gravíssimas foram expressamente excluídas e a lesão
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA: artigo 129, § 2º. São corporal culposa o foi tacitamente.
causa que caracterizam a lesão gravíssima:
APOSTILAS OPÇÃO
LESÃO CORPORAL CULPOSA: artigo 129 § 6º, ou seja, será (§ 12), majorando a pena da lesão corporal (dolosa, leve,
punido o agente que der causa à lesão por negligência, grave, gravíssima ou seguida de morte) de um a dois terços
imprudência ou imperícia. No caso de lesão corporal culposa, quando praticada contra autoridade ou agente descrito nos
a gravidade da lesão não será considerada para efeito de arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
determinação (aumento) da pena, servindo-se somente como prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
circunstância judicial. exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
Utilizar os conhecimentos ministrados a respeito do cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3º grau,
homicídio culposo. em razão dessa condição.
Nos termos do art. 129, § 7º: A pena será aumentada de 1/3
se o crime resultar de inobservância de regra técnica de Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema:
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixar de prestar
imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as CAPÍTULO II
consequências do seu ato, ou fugir para evitar prisão em DAS LESÕES CORPORAIS
flagrante (CP, art. 121, § 4º, 1ª parte).
Lesão corporal
CONCURSO: se a lesão pratica for meio para obtenção de Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de
outro crime, será absorvido por ele, salvo se houver disposição outrem:
em contrário. Se as lesões forem praticadas por autoridades, Pena - detenção, de três meses a um ano.
haverá o crime de abuso de autoridade, devendo ele responder
também pelas lesões, em concurso formal. É possível a Lesão corporal de natureza grave
continuidade delitiva o presente crime. § 1º Se resulta:
A tentativa de lesão corporal deve ser distinguida do crime I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de
de perigo de vida, pois, neste o dolo é somente de perigo, trinta dias;
enquanto no outro é de dano. II - perigo de vida;
A tortura, conforme caso, pode caracterizar crime de lesão III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
corporal, mas, se praticada contra criança, tipificará crime IV - aceleração de parto:
específico previsto no E.C.A. Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta:
LESÃO CORPORAL E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: O art. 129, I - Incapacidade permanente para o trabalho;
§ 9º, disciplina forma qualificada de lesão corporal que leva II - enfermidade incurável;
em conta o contexto em que é praticada. A pena prevista ao III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
caso, em razão da sua quantidade, somente deve ser aplicada IV - deformidade permanente;
na hipótese de lesão corporal leve. Se a lesão corporal for V - aborto:
grave, gravíssima ou seguida de morte, aplicar-se-á o art. 129 Pena - reclusão, de dois a oito anos.
do CP. Pode ser praticada: a) contra ascendente, descendente,
irmão, cônjuge ou companheiro: o parentesco pode ser civil ou Lesão corporal seguida de morte
natural. Não ingressam as relações decorrentes do parentesco § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o
por afinidade. Exige-se prova documental da relação de agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
parentesco ou do vínculo matrimonial. A união estável pode Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
ser comprovada por testemunhas ou outros meios de prova
que não exclusivamente os documentos; b) com quem conviva Diminuição de pena
ou tenha convivido: tais expressões devem ser interpretadas § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de
restritivamente. Quanto ao trecho “tenha convivido”, exige-se relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta
tenha sido a lesão corporal praticada em decorrência da emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
convivência passada entre o autor e a vítima. c) prevalecendo- pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade: Relações domésticas são as criadas entre os Substituição da pena
membros de uma família, podendo ou não existir ligações de § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir
parentesco. Coabitação é a moradia sob o mesmo teto, ainda a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois
que por breve período - deve ser lícita e conhecida dos contos de réis:
coabitantes. Hospitalidade é a recepção eventual, durante a I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
estadia provisória na residência de alguém, sem necessidade II - se as lesões são recíprocas.
de pernoite. Em todos os casos, a relação doméstica, a
coabitação ou a hospitalidade devem existir ao tempo do Lesão corporal culposa
crime, pouco importando tenha sido o delito praticado fora do § 6° Se a lesão é culposa:
âmbito da relação doméstica, ou do local que ensejou a Pena - detenção, de dois meses a um ano.
coabitação ou a hospitalidade Aumento de pena
Se a lesão corporal for grave, gravíssima ou seguida de § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer
morte, e o crime for praticado com violência doméstica, qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código.
incidirá sobre as penas respectivas (art. 129, §§ 1º, 2º e 3º) o § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
aumento de 1/3 imposto pelo § 10 do art. 129 do CP.
A pena da lesão corporal leve cometida com violência Violência Doméstica
doméstica será aumentada de 1/3 (um terço) quando a vítima § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente,
for pessoa portadora de deficiência. Contudo, deve tratar-se de irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha
pessoa portadora de deficiência e ligada ao autor do crime convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações
pelos laços de violência doméstica indicados pelo § 9º do art. domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada
129 do CP.É o que dispõe o §11º. pela Lei nº 11.340, de 2006)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
Por fim, cabe ressaltar a alteração trazida no art. 129 pela
Lei nº13.142/2015, acrescentando ao tipo um novo parágrafo
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
presente o fim especial de agir, o crime poderá ser de lesão A ação penal no crime de ameaça é pública condicionada a
corporal, ameaça ou vias de fato. representação da vítima ou seu representante legal.
A consumação do crime ocorre quando a vítima pratica o
ato, ou se omite e a tentativa a possível quando a vítima, Sequestro e cárcere privado (art. 148)
embora o constrangimento, resiste, e não pratica o ato, ou a O objetivo do legislador é proteger a liberdade física do
omissão a qual estaria sendo obrigado. indivíduo, em especial a liberdade de locomoção.
Duas formas qualificadas estão previstas pelo legislador, a Pode ser sujeito ativo do crime em tela, qualquer pessoa e,
primeira é a prática do crime com concurso de ao menos no caso de funcionário público, o crime será outro.
quatro pessoas (mais de três), desde que todos eles participem Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo do presente
da execução do crime. A segunda é a utilização de arma (pois o crime, inclusive os incapazes.
potencial ofensivo é maior), devendo necessariamente que a A descrição objetiva do legislador indica o sequestro e o
arma seja utilizada, não caracterizando a qualificadora o cárcere privado, devendo haver, em primeiro lugar, uma
simples porte da arma. diferenciação entre os dois termos que, singelamente reside
O crime em estudo também é subsidiário, pois, se o no fato de que no cárcere privado a vítima fica retida em sua
constrangimento for meio para obtenção de resultado diverso, residência, enquanto no sequestro, é retirada e colocado num
como a conjunção carnal no estupro, a subtração da coisa local de onde ela não pode se afastas, como uma ilha, não
móvel alheia no roubo, a resgate na extorsão mediante havendo confinamento.
sequestro, o crime será outro e não serão aplicadas as penas Exige o legislador a privação da liberdade, sem se importar
do crime em tela. como o meio utilizado para obtenção do crime, podendo haver
Quando o constrangimento é dirigido a diversas pessoas, violência, ameaça, fraude, havendo possibilidade da prática do
pode estar caracterizado o concurso formal. Se for a coação presente crime por omissão, como o médico que se recusa a
exercida para a prática de crime (autoria mediata), haverá dar alta para o paciente já curado.
concurso material entre o constrangimento e o crime Trata-se de crime permanente, cuja consumação se
praticado pelo coagido, embora haja entendimento que se prolonga no tempo e qualquer pessoa que vier a participar,
trata o caso de concurso formal. Como é parte integrante o tipo responderá pelo crime, mesmo que seja no último dia do
a violência é natural que possa haver o concurso material entre sequestro ou do cárcere. Ademais, é crime de ação única, onde
o crime e lesões corporais. o crime pode ser praticado apenas por uma conduta, um verbo:
O legislador prevê também casos de exclusão de crime (§ “privar alguém de sua liberdade”.
3º), nas intervenções cirúrgicas quando iminente o perigo de O consentimento descaracteriza o crime, salvo no caso de
vida e a coação exercida para impedir o suicídio. menor de 14 anos.
O tipo subjetivo exige a presença do dolo, ou seja, a vontade
Ameaça (art. 147) de privar a vítima de sua liberdade, não havendo, no caso,
Como conceito ameaçar a prometer a causação de mal finalidade específica (dolo específico).
grave, fato que restringe a liberdade psíquica do indivíduo. O sequestro é crime subsidiário e, se houver uma
O objetivo do legislador é a proteção da liberdade psíquica finalidade específica o crime será outro, como a extorsão
do indivíduo, seu sossego. mediante sequestro.
Pode ser sujeito ativo qualquer pessoa e, caso seja A consumação ocorre quando o sujeito passivo fica
funcionário público, no exercício de suas funções, o crime será provado de sua liberdade de locomoção, mesmo que seja por
de abuso de autoridade. Sujeito passivo pode ser, também, pouco tempo, não devendo ser o pouco tempo confundido com
qualquer pessoa física que têm capacidade de entendimento, instantaneidade, que pode caracterizar a tentativa, que é
podendo ser intimidada. possível, por se tratar de crime material, que apresenta
Na descrição objetiva impõe o legislador a conduta resultado naturalístico, desde que a prática do crime seja por
ameaçar, que significa prometer um mal, podendo ser ação, pois, se por omissão a tentativa não será possível.
praticada através de palavra, escrito, por um desenho, um O legislador prevê formas qualificadas do presente delito,
gesto, ou qualquer outro meio simbólico. A ameaça pode ser havendo cinco circunstâncias qualificadoras. A primeira delas
direta quando dirigida pessoalmente à vítima ou indireta, e ser a vítima ascendente, descendente ou cônjuge do agente.
quando dirigida por intermédio de outra pessoa, pode ser, A segunda forma é a internação da vítima em casa de saúde ou
ainda, implícita ou explícita e condicional, quando o mal a ser hospital. O terceiro caso á para o cárcere ou sequestro que
causado estiver condicionado a um outro fato. dura mais de 15 dias. A quarta e a quinta forma foram inseridas
O mal a ser prometido, deve ser grave, sério o suficiente em 2005 pela Lei nº 11.106, sendo a quarta se o crime é
para intimidar a vítima. O mal a ser causado, deve ser possível. praticado contra menor de 18 (dezoito) anos e a quinta se o
O mal a ser causado, para caracterizar o crime de ameaça, crime é praticado com fins libidinosos.
deve estar na dependência do agente. Não há crime quando o Caso sofra a vítima, em decorrência do sequestro ou do
pessoa diz à outra que um raio o parta. cárcere, grave sofrimento físico ou moral, a pena será
O mal, além de ser possível e verdadeiro, deve ser injusto, aumentada em seu limite, indo para reclusão de 2 a 8 anos.
mesmo que não seja criminoso, assim, não é ameaça o fato do No caso do cárcere (prender os assaltantes as vítimas do
agente dizer que vai executar a duplicata da vítima. roubo no banheiro para a fuga), não estará caracterizado o
A descrição subjetiva do crime exige o dolo, vontade de crime, embora haja entendimento contrário, principalmente
ameaçar a pessoa, (dolo genérico), além do dolo específico, o em relação ao que fica encarcerado no porta-malas de veículo.
fim especial de agir que é a intimidação da vítima. Caso haja justa causa para o ato, como o caso do preso em
A consumação do crime ocorre no momento em que a flagrante surpreendido e encarcerado pela vítima até a
vítima toma conhecimento da ameaça, independentemente de chegada da polícia, não haverá o crime.
seu temor.
A tentativa é possível no caso de ameaça realizada por Redução a condição análoga de escravo (art.149)
carta, desde que o ameaçado for incapaz e a carta for O conceito vem previsto no referido artigo da seguinte
interceptada por seu representante legal, pois, ao contrário, forma: reduzir alguém a condição análoga de escravo.
como o crime depende de representação, deve chegar ao O objetivo do legislador é a proteção, mais uma vez, da
conhecimento da vítima e, quando chega, esta consumado. liberdade do indivíduo, principalmente a relacionado entre o
A ameaça pode ser meio para a prática de outro crime e, poder de mando de outra pessoa.
havendo este, não haverá a responsabilização pela ameaça.
APOSTILAS OPÇÃO
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime, havendo eles, prevalecerá a proibição, o mesmo ocorrendo em relação
ressalva ao funcionário público, que pratica outro crime e aos estudantes moradores em repúblicas.
podem ser sujeito passivo, qualquer pessoa humana, Não constitui crime a entrada ou permanência de pessoas
independente de raça, cor, religião, idade, sendo a pessoa no interior de residência quando permitidas por algum dos
civilizada ou não. moradores, na ausência do outro, mesmo que para a prática de
A descrição objetiva exige conduta de sujeitar a vítima à atos ilícitos. Assim, a mulher que coloca o amante no interior
total vontade do agente, mesmo no caso da mulher colocada da casa para relações sexuais, enquanto o marido se encontra
exclusivamente para fins libidinosos (escrava sexual). fora, faz excluir a conduta violadora do amante.
A descrição subjetiva exige o dolo, ou seja, a vontade de A descrição objetiva prevê duas condutas, entrar e
praticar a redução com supressão dos estado de liberdade. permanecer. Entrar é ingressar, ultrapassar os limites
A consumação ocorre quando o sujeito passivo passa a ser demarcadores do domicílio, a partir do momento em que se
dominado pelo agente, sendo necessário o decurso de passa com todo o corpo e permanecer é não se retirar, após ter
determinado tempo para a caracterização do crime. entrado legitimamente, exigindo-se para, para esta
A tentativa ocorre quando o agente não consegue modalidade de conduta, a permanência por determinado
submeter a vítima à sua vontade. tempo, que haja resistência com certa duração.
Pode perfeitamente haver concurso entre o crime em Exige, também, que a entrada seja contra a vontade tácita
estudo e o de lesões corporais e homicídio ou expressa do morados, denominada entrada franca, onde há
a utilização de violência ou grave ameaça.
Tráfico de pessoas (art. 149- A) Pode ser clandestina, quando escondida, às ocultas, sem
A Organização das Nações Unidas (ONU), no Protocolo de que o morador tenha conhecimento do fato e, por fim, pode
Palermo (2003), define tráfico de pessoas como “o dar-se por forma astuciosa, com a utilização de fraude. Nos
recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o dois últimos casos, presume-se a discordância do morador,
acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da denominado dissenso implícito.
força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao A entrada ou permanência deve ocorrer em casa ou em
engano, ao abuso de autoridade ou à situação de suas dependências. A definição de casa, para efeito do crime
vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou em estudo é encontrada no próprio artigo, no § 4º e incisos,
benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que que independe de uma explicação acurada, sendo perceptível
tenha autoridade sobre outra para fins de exploração” com a simples leitura do dispositivo. A seguir, para espancar
Assim o sujeito ativo e o passivo deste crime pode ser qualquer dúvida, o legislador indica o que não é considerado
qualquer pessoa. Deve haver dolo, mais finalidade específica. casa, portanto, que ali está indicado, acrescido à definição de
A conduta prevista neste tipo penal é: Agenciar, aliciar, casa, podem ser objeto do delito, fora disto, não haverá crime.
recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher Não há violação na entrada ou permanência em pastagens
pessoa. ou plantações em lotes rurais.
A consumação independe da efetiva concretização da Por fim, a casa deve ser habitada, mesmo não estando
vontade específica, bastando a realização de um dos núcleos presentes os moradores.
do tipo mediante violência física ou moral, fraude ou abuso. A subjetividade exige o dolo, a vontade de entrar e
Trata-se de crime de ação penal pública incondicionada. permanecer na casa, nas formas expressas pelo legislador, não
havendo necessidade de finalidade específica, que, se estiver
Dos Crimes contra a Inviolabilidade do Domicílio presente, caracteriza a ocorrência de outro crime, como a
violação do domicílio para a prática de furto, havendo somente
Violação de Domicílio (art. 150) o último crime. Assim, se o agente entra e, lar alheio para fugir
Como corolário da disposição constitucional de que a casa da polícia ou de um agressor, por faltar o elemento subjetivo,
é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo descaracteriza o crime.
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de A consumação se dá no momento em que o agente transpôs
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, o limite demarcatório da residência ou quando permanece no
durante o dia, por determinação judicial, prevê o artigo 150 do interior desta após ter sido solicitada a sua saída, não havendo
CP que entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, necessidade de ocorrência de resultado danoso, bastando o
ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em perigo.
casa alheia ou em suas dependências, incorre em pena de 1 a 3 A tentativa é possível e ambos os casos, entrar e
meses de detenção ou multa. permanecer.
Tem por objetivo o legislador, proteger a liberdade total Prevê o legislador como qualificadora para este crime: se o
que deve gozar o indivíduo em sua residência, sua crime é praticado durante à noite, sendo divergentes as
tranquilidade doméstica. opiniões dos doutrinadores em relação à determinação deste
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime, inclusive período, uns entendendo como a ausência de luz solar, outros
o proprietário, quando a posse estiver em mãos de terceiros, equivalendo como o repouso noturno, outros que vai do
como no caso da locação. entardecer ao amanhecer, alguns das 18:00 horas de um dia
Sujeito passivo é o morador, a pessoa que tem poder para até as 6:00 horas do outro, sendo certo que a qualificadora
impedir que o sujeito ativo entre ou permanece. A regra é o existe para condutas realizadas de forma a dificultas a defesa
chefe da casa, que, na ausência, será representado por outro da vítima, havendo entendimento que a qualificadora não está
componente ou por empregados domésticos, no caso de presente quando, no local, mesmo que seja 3:00 horas da
instituição de ensino, ou saúde, o responsável será o diretor, manhã, não há qualificadora se, no local, se realiza uma festa.
nas habitações coletivas, qualquer morador poderá ser sujeito O lugar ermo também qualifica o crime. Lugar ermo é
passivo, inclusive impedindo a entrada ou permanência no aquele onde há pequeno ou nenhum trânsito de pessoas ou
local de uso comum. tráfego de veículos, isolado, afastado, que facilita a prática do
No caso de existência de duas ou mais pessoas com poder crime.
de decisão, pode haver desacordo em relação a autorização O emprego de violência também é qualificadora, bem como
para entrada de terceiros na residência. Se forem marido e o emprego de arma para a prática do crime, respondendo
mulher o direito é de ambos e equivalente, prevalecendo em também o agente pelas penas correspondentes à violência.
relação aos demais moradores, mas, se a discordância for entre Existem casos e que fica excluída a antijuridicidade. O
primeiro caso é o entrar ou permanecer em moradia contra a
APOSTILAS OPÇÃO
vontade do morador, durante o dia, obedecidas as quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência, restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de
precedido o ato de ordem judicial. O segundo é o caso de dívida contraída com o empregador ou preposto:
penetrar na residência, mesmo que à noite, havendo a Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena
ocorrência de crime, justificada pelo flagrante delito, onde se correspondente à violência.
encontra a contravenção. Como última hipótese, tem-se o caso § 1o Nas mesmas penas incorre quem:
do desastre, onde a entrada tem a finalidade de prestação de I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do
socorro. trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
No caso de ser o crime ato preparatório para outro, haverá II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se
punição pelo crime ou pelos atos já praticados no caso de apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com
desistência voluntária ou arrependimento eficaz. o fim de retê-lo no local de trabalho.
No caso de ser a violação crime meio, haverá punição § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
somente pelo crime fim, salvo hipótese de ser este, de menor I - contra criança ou adolescente;
gravidade. II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
origem.
Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema:
Tráfico de Pessoas
CAPÍTULO VI Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar,
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave
SEÇÃO I ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
Constrangimento ilegal II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave escravo;
ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, IV - adoção ilegal; ou
ou a fazer o que ela não manda: V - exploração sexual.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Aumento de pena § 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se:
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, I - o crime for cometido por funcionário público no exercício
quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três de suas funções ou a pretexto de exercê-las;
pessoas, ou há emprego de armas. II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as pessoa idosa ou com deficiência;
correspondentes à violência. III - o agente se prevalecer de relações de parentesco,
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica
do paciente ou de seu representante legal, se justificada por inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou
iminente perigo de vida; IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território
II - a coação exercida para impedir suicídio. nacional.
§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for
Ameaça primário e não integrar organização criminosa.
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e SEÇÃO II
grave: DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. DOMICÍLIO
Parágrafo único - Somente se procede mediante
representação. Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou
Sequestro e cárcere privado astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
sequestro ou cárcere privado: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Pena - reclusão, de um a três anos. § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou ou mais pessoas:
companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena
(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) correspondente à violência.
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em § 2º - Revogado pela Lei nº. 13.869/2019
casa de saúde ou hospital; § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa
III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. alheia ou em suas dependências:
IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) I - durante o dia, com observância das formalidades legais,
anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) para efetuar prisão ou outra diligência;
V - se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime
Lei nº 11.106, de 2005) está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da § 4º - A expressão "casa" compreende:
natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: I - qualquer compartimento habitado;
Pena - reclusão, de dois a oito anos. II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém
Redução a condição análoga à de escravo exerce profissão ou atividade.
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, § 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva,
APOSTILAS OPÇÃO
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação gasoso, instrumentos ou títulos, bem como partes do solo, de
coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do casas, árvores, navios, aeronaves, que são móveis equiparados
parágrafo anterior; a imóveis para efeitos civis.
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. É de fundamental importância, para caracterização do
crime de furto que a coisa tenha valor econômico ou afetivo,
Questão pois todos eles são bens que satisfazem as necessidades dos
homens.
01. (SUSEPE/RS - Agente Penitenciário - Fundação La As coisas comuns, como o ar e a água, também podem ser
Salle/ 2017) Quem constranger alguém, mediante violência objeto material do delito, desde que, destacadas como o caso
ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por dessas substâncias engarrafadas.
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer É necessário que a coisa tenha dono, pois, apoderar-se da
o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda estará coisa que não tem dono não é figura típica, bem como aquelas
incorrendo no crime de: que foram abandonadas pelo dono, mas, apropriar-se de coisa
(A) ameaça. achada é crime previsto na nossa legislação penal.
(B) constrangimento ilegal. O ser humano não pode ser objeto material do crime de
(C) extorsão. furto, poderá haver sequestro, mas, pode haver furto de coisas
(D) estelionato. postiças do corpo, como dentaduras, perucas, prótese.
(E) extorsão indireta. Quando a finalidade for econômica a subtração de cadáver
é furto.
Gabarito Se incluem entre os objetos materiais do crime, os títulos
que representam as obrigações.
01.B Se o valor da coisa for irrelevante, pelo princípio da
insignificância, não haverá crime de furto.
Por fim a coisa dever ser alheia, que não pertence ao
Arts. 155 a 159 agente.
A subjetividade exige o dolo, ou seja, a vontade de subtrair,
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO somado ao elemento subjetivo do injusto, contido na
expressão para si ou para outrem, não havendo necessidade de
Do Furto que o agente vise o lucro, que pode agir simplesmente por
capricho. Tirar uma joia da vítima para jogá-la, não caracteriza
Furto (art. 155) o crime de furto.
Em primeiro lugar, deve se entender o que seja patrimônio, O consentimento da vítima na subtração, desde que seja
a fim de verificar-se o que o legislador protege com as anterior à consumação, faz desaparecer o crime, se for após o
condutas descritas neste capítulo. Pode-se definir como crime já se consumou.
patrimônio, o conjunto de relações jurídicas de uma pessoa O momento da consumação do crime de furto é discutido
que tiver valor econômico, a exceção dos direitos imateriais entre os doutrinadores, alguns entendendo que basta o agente
que, embora possam ser avaliados economicamente, são tocar na coisa, outros quando a coisa é segura, outros quando
protegidos em outro capítulo. é removida, ou quando a coisa é segura, outros quando é
O conceito de furto vem descrito no artigo 155 do CP, que removida, ou quando a coisa é colocado no local a qual se
nada mais é do que a subtração da coisa alheia móvel, para si destinava. A despeito das diversas opiniões, o entendimento
ou para outrem, com intenção de apossamento definitivo. A mais correto é que o crime se consuma quando há inversão da
pena cominada para a conduta na forma simples é de reclusão posse, havendo julgado entendendo estar caracterizado o
de 1 a 4 anos e multa. crime na conduta do empregado que escondeu a coisa no
O objetivo jurídico em relação ao crime de furto é discutido estabelecimento comercial para levá-la posteriormente.
entre os doutrinadores, uns entendendo que o dispositivo Como se trata de crime material, com resultado
protege a posse, de forma direta e a propriedade, naturalístico, é possível a tentativa, como o casso daquele que
indiretamente, ou o inverso, outros, que a tutela é somente da tenta furtar a carteira da vítima, mas não consegue, pois ela se
propriedade e não da posse. Numa corrente dominante, encontra em outro bolso, entretanto, se a vítima não possuir
entendem que a proteção é feita tanto à posse como a nenhum valor, temos o crime impossível.
propriedade, além da detenção da coisa, portanto, para a Como distinção se apresenta o fato do agente, após a
punição do agente, é indiferente de que a pessoa tenha prática do crime, colaborar (escondendo a coisa, por exemplo),
somente a posse ou a propriedade da coisa, bastando que o respondendo apenas pelo crime de favorecimento real e não
agente se apodera da coisa ilegalmente. Assim, é possível a pelo furto. Quem subtrai a coisa visando ressarcir-se de
punição do ladrão a coisa subtraída por outro, pois a coisa prejuízo, responde pelo crime de exercício arbitrário das
ficou mais longe da vítima. próprias razões.
Pode ser sujeito ativo do crime qualquer pessoa física, A trombada, que não deixa de ser violência, se for leve,
desde que não seja o possuidor da coisa subtraída. O caracteriza o furto e não o roubo.
empregado que, numa empresa é responsável e utiliza certas Quem adquire a coisa produto de crime de furto responde
ferramentas para o trabalho, tendo a posse vigiada, se por receptação, na forma dolosa ou culposa.
transforma a posse precária, em propriedade, pratica o crime É possível o concurso do crime de furto com diversos
de furto. outros delitos, como o estupro, ou mesmo a subtração de
Sujeito passivo é a pessoa física ou jurídica que tenha a coisas de diversas pessoas.
posse ou a propriedade da coisa, salvo no caso de detenção Em algumas hipóteses, o crime de furto absorve outros,
desinteressada, como o caixa de um banco, em que o sujeito como a violação de domicílio, o dano, o estelionato, no caso de
passivo é o banco. subtração de talão de cheque, embora, no último exemplo, haja
A descrição objetiva exige as condutas de subtrair, ou seja, entendimento contrário. Se a coisa furtada foi documento que,
retirar, de qualquer forma e independe da presença da vítima. posteriormente, foi falsificado, haverá concurso material entre
O objeto material é a coisa que, em direito penal é toda o furto e a falsificação.
substância corpórea, material, suscetível de apreensão ou Por furto de uso deve entender-se a conduta da pessoa que
transporte, no estado em que se encontra, sólido, líquido ou se apossa da coisa com a finalidade de utilizá-la
APOSTILAS OPÇÃO
momentaneamente e, já que o legislador exige a intenção Para comprovação do crime é fundamental o exame
definitiva na conduta do agente, não está caracterizado o crime pericial.
de furto, havendo entendimento contrário. Para a A segunda qualificadora é o abuso de confiança, previsto
caraterização do uso, na subtração, é necessário que o agente no inciso II, caracterizada pela diminuição da vigilância sobre
a devolva da mesma forma que a subtraiu, caso contrário, a coisa devido a esta confiança de que o agente não praticará a
haverá crime de furto. conduta, como o caso do vigia contratado para cuidar de uma
A subtração de energia, seja ela de qualquer natureza, residência, da empregada doméstica que fica sozinha em casa,
também caracteriza o crime de furto, pois o legislador enquanto os patrões trabalham, sendo necessário, que além do
equiparou a energia a coisa móvel. Se o agente desvia energia vínculo empregatício, haja a confiança depositada no agente.
praticará furto, mas, se obtém, com artifícios, levando a vítima Outra qualificadora no mesmo inciso é a fraude,
a erro, praticará estelionato. consistente num meio enganoso, num artifício utilizado pelo
O § 1º do artigo 155, prevê uma agravante específica, agente, obtendo a posse devido a esse artifício, como a pessoa
tratando do furto praticado durante o repouso noturno, com que se veste com uniforme da empresa de emergia elétrica, a
aumento de pena de 1/3, porque neste período é precária a fim de penetrar no interior da residência e subtrair a coisa.
vigilância sobre a coisa. Não se pode confundir o furto através de fraude com o
Repouso noturno não significa noite, que se caracteriza estelionato-furto, onde o artifício é utilizado para que a vítima
pela ausência da luz solar, enquanto aquela significa o período entregue a coisa.
em que normalmente os moradores repousam, mesmo que no A escalada também qualifica o furto, significando a
local, embora tenha moradores, não se encontrem no local, utilização de uma via de acesso anormal para penetrar na casa
assim, o furto de veículo que se encontra na rua, durante este ou estabelecimento, com utilização de escadas, cordas, a fim de
período, agrava o crime. ser vencido um obstáculo que exige esforço incomum, como o
A agravação da pena é levada a efeito, tendo-se por base a exemplo da pessoa que cava um túnel para atingir o local onde
pena do furto simples, não se considerando, pois, as a coisa de encontra, qualificadora que, para a sua
qualificadoras. caracterização, segundo entendimento da maioria, independe
O § 2º do mesmo artigo, descreve o furto privilegiado, no de exame pericial.
caso de ser o criminoso primário e ser de pequeno valor a coisa A destreza, habilidade física ou manual do agente,
furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão por detenção, impedindo a percepção da vítima em relação prática do crime,
diminuí-la de 1/3 a 2/3, ou aplicar somente a pena de multa. é qualificadora. A destreza tem, por exemplo, típico o do
Vamos analisar os requisitos que devem estar presentes batedor de carteira, que retira do bolso da vítima sem que ela
para o reconhecimento da privilegiadora, a iniciar-se pela sinta a sua ação.
condição de primário do agente, lembrando que é primário No inciso III está previsto a utilização de chave falsa, que
aquele que nunca sofreu uma condenação, não devendo, pois, pode ser definida como qualquer instrumento que faça suas
confundir-se primariedade com não reincidência. vezes, havendo entendimento de que a chave verdadeira,
Segundo requisito é ser a coisa subtraída, de pequeno quando furtada, caracteriza a qualificadora, posição que não é
valor, sendo o entendimento majoritário que pequeno valor é aceita pela maioria dos doutrinadores, que entendem se tratar
aquele menor que um salário mínimo da época dos fatos. Não de fraude e não de uso de chave falsa.
se deve confundir, também, pequeno valor com pequeno Por fim o inciso IV prevê o concurso de duas ou mais
prejuízo, sendo que na jurisprudência existem dois pessoas, que indica maior periculosidade dos agentes que se
entendimentos a respeito, um entendendo que a coisa dever unem para mais facilmente praticar o crime, não havendo
ser de pequeno valor e outra que o prejuízo deve ser pequeno necessidade, inclusive, para reconhecimento da qualificadora
para o reconhecimento da privilegiadora. que todos sejam imputáveis, havendo opinião de que deva
Atualmente se exige, também, que o agente não revele má haver a coautoria para o reconhecimento da qualificadora e,
personalidade, nem possua antecedentes desabonadores, fato segundo corrente majoritária, é possível seu reconhecimento,
que vem sendo aceito, porque, as possibilidades colocadas inclusive nos casos de participação.
pelo legislador são de aplicação facultativa pelo juiz, que deve No caso de furto praticado por quadrilha o entendimento
analisar o aspecto subjetivo. dominante é de que a qualificadora não prevalece, devendo os
É natural que, pela própria colocação do dispositivo na lei, componentes responder pelo furto e pelo crime de formação
o privilégio somente pode ser aplicado aos crimes simples e de quadrilha ou bando.
agravado pelo período noturno, embora haja entendimento A lei nº. 13.654/2018 incluiu os § 4º-A e 7º ao artigo 155
contrário. para dispor respectivamente que a pena será de reclusão de 4
(quatro) a 10 (dez) anos e multa, se para a prática do furto
FURTO QUALIFICADO: disposto no § 4º do artigo 155, houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause
cuja pena vai de 2 a 8 anos de reclusão e multa. perigo comum e que a pena será de reclusão de 4 (quatro) a 10
A primeira qualificadora prevista no inciso I é o (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias
rompimento do obstáculo para a subtração da coisa, ou seja, explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
quando o agente para a prática do crime, inutiliza, desfaz, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
desmancha, estraga, deteriora obstáculos colocados para Havendo duas ou mais qualificadoras num mesmo furto,
garantir o patrimônio, como as trancas, fechaduras, portas, uma delas irá qualificar, enquanto as outras deverão ser
janelas, paredes, sendo a destruição total ou parcial e desde utilizadas pelo juiz como circunstâncias agravantes, quando da
que a conduta atinja diretamente o obstáculo. Assim, se o aplicação da pena.
agente para furtar um veículo, quebra o vidro, não pratica o
crime qualificado, mas, se a destruição foi, no mesmo exemplo, Furto de coisa comum (art. 156)
para subtrair coisas que estavam no interior de veículo, a Define o crime da seguinte forma: Subtrair o condômino,
qualificadora persiste. Mas se ação visa um dispositivo de coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
segurança de veículo, como alarme, ou trinco, estará presente legitimamente a detém a coisa comum, estará sujeito a uma
a qualificadora. pena de detenção de 6 meses a 2 anos ou multa, sabendo-se
O fato de o agente retirar a porta, desaparafusando, sem que o condomínio é a propriedade de uma coisa por diversas
destruí-la, não caracteriza a qualificadora, o mesmo ocorre pessoas, herança é o patrimônio do falecido e sociedade é a
com a retirada de telhas. reunião de duas ou mais pessoas, para com esforço comum,
atingir um objetivo.
APOSTILAS OPÇÃO
Tem o legislador por objetivo a proteção da propriedade e Por fim, e expressão logo depois deve ser entendida como
da posse comum. imediatamente.
Trata-se de crime próprio, podendo ser sujeito ativo o O § 2º do artigo 157 prevê as hipóteses de roubo
condômino, o herdeiro ou o sócio. qualificado.
Sujeitos passivos serão os demais condôminos, herdeiros e A primeira qualificadora neste crime era o emprego de
sócios ou ainda outra pessoa que tenha a posse legítima da arma, porém, este inciso foi revogado pela Lei nº.
coisa, entretanto, no caso de sociedade, pessoa jurídica, se o 13.654/2018.
bem a ela pertencer, haverá prática de crime de furto simples. A segunda qualificadora é o concurso de duas ou mais
A descrição objetiva exige os mesmos elementos que o pessoas, fato que dificulta, ainda mais a defesa da vítima,
furto simples, devendo a coisa ser comum, não se importando mesmo que uma destas pessoas seja inimputável e que apenas
com o montante que pertença ao autor do crime. uma delas pratique atos executórios do crime, nem, tampouco
A subjetividade exige o dolo, vontade de subtrair a coisa que seja identificado a outra pessoa, e, caso haja condenação
comum, acrescida da finalidade específica, contida na dos agentes pelo crime de quadrilha ou bando, ficará afastada
expressão para si ou para outrem. a qualificadora. O terceiro caso é quando a vítima se encontra
Prevê o legislador um caso de exclusão do crime tratando- em transporte de valores, sendo o agente conhecedor desta
se de coisa comum fungível, aquela que pode ser substituída circunstância, pois, estas pessoas são as mais visadas na
por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade e, não prática do crime em estudo. É natural que, para o
excedendo o valor do bem, ao da cota que o agente teria reconhecimento da qualificadora é necessário que o valor
direito, está descaracterizada a infração. transportado não seja daquele que o realiza e que o agente
A ação penal é pública condicionada à representação de conheça a realização do transporte.
qualquer um dos outros coerdeiros, condôminos ou sócios. A quarta ocorre se a subtração for de veículo automotor
que venha a ser transportado para outro Estado ou para o
Do Roubo e da Extorsão exterior; Já a quinta ocorre se o agente mantém a vítima em
seu poder, restringindo sua liberdade. A sexta qualificadora,
Roubo (art.157) que foi incluída pela Lei nº. 13.654/2018, que trata dos casos
A subtração de coisa alheia móvel constitui o furto, mas se em que a subtração for de substâncias explosivas ou de
estiverem presentes algumas circunstâncias especiais, tais acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
como a violência e a grave ameaça, temos o crime de roubo, fabricação, montagem ou emprego. Por fim, a sétima
que vem previsto no artigo 157 do CP, com pena de reclusão qualificadora, incluída pela Lei 13.964/2019, trata dos casos
de 4 a 10 anos de reclusão, além da multa. em que a violência ou grave ameaça é exercida com emprego
Diretamente, tem o legislador por objetivo, proteger o de arma branca;
patrimônio da vítima, mas ao mesmo tempo, não deixa de No caso de existência de duas ou mais qualificadoras, no
preservar a integridade física, psíquica e a vida do ser humano. mesmo crime, uma delas servirá para qualificar, a outra, como
Por se tratar de crime comum, pode o roubo ser praticado circunstância judicial para aplicação da pena.
por qualquer pessoa, assim, qualquer um pode ser sujeito Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de
ativo do crime. arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a
Em relação ao sujeito passivo, pode-se dizer que é vítima pena prevista no caput do artigo 157.
o possuidor da coisa, mas, também, qualquer pessoa que sofra A lesão corporal de natureza grave também qualifica o
a violência exercida pelo sujeito ativo. roubo, conforme previsão do § 3º, 1ª parte do artigo 157.
A descrição objetiva exige a conduta de subtrair, a coisa Lesões graves são as previstas no artigo 129, §§ 1º e 2º do C.P.,
alheia móvel, mas, com utilização de violência, grave ameaça, desde que decorrente da violência. Pela disposição de nosso
ou qualquer outro meio que reduza a capacidade de código, não é possível, reconhecer-se as qualificadoras
resistência da vítima. estudadas acima, juntamente com a ora analisada, o que
A coisa móvel alheia é o objeto material do crime, desde possibilita que uma pessoa que utilize arma para a prática do
que tenha valor econômico. crime, mas não cause lesão, sofrer uma pena maior do que
A subjetividade exige o dolo, vontade de subtrair a coisa, aquela que, causou a lesão de natureza grave, utilizando a
aliada ao desejo de praticar a violência, estando presente, arma.
também, o elemento subjetivo para si ou para outrem. No caso de lesão grave, considera-se consumado o crime,
A consumação do crime se dá quando a coisa sai do mesmo que o agente não tenha conseguido a subtração.
domínio da vítima, existindo entendimento minoritário no Com a violência praticada pode ser que o agente cause a
qual a consumação se dá com a prática da violência e a morte da vítima. Estamos diante do que a doutrina denomina
tentativa é perfeitamente possível. latrocínio (matar para roubar), cuja conduta vem descrita no
O artigo 157, § 1º prevê o chamado roubo impróprio artigo 157, § 3º, com redação dada pela lei dos crimes
quando a violência é praticada após a subtração da coisa, para hediondos.
garantir a posse da coisa subtraída ou a impunidade do crime, Embora alguns doutrinadores entendam que para que haja
desde que haja um relacionamento direto de tempo entre a o latrocínio o agente deve querer o resultado morte, pela
subtração e a violência, pois, se decorrido muito tempo, será redação do dispositivo, outra interpretação não pode ocorrer
caracterizado um crime de furto e outro de lesão corporal. a não ser no sentido de não ser necessária a intenção do
A previsão alcança somente a prática de violência ou grave agente, basta que em decorrência da prática do crime resulte a
ameaça, excluindo o outro recurso que reduza a defesa da morte, desde que esta violência tenha sido exercida para à
vítima, e consiste na presença do elemento subjetivo do subtração da coisa, ou para garantir a posse ou impunidade
injusto, qual seja, deve ter a intenção de assegurar a dela. Por consequência, se existirem desígnios autônomos, o
impunidade ou a subtração da coisa. Neste caso a consumação agente responderá pelo crime de roubo e homicídio, em
se dá com a prática da violência, mesmo que a subtração tenha concurso.
sido anterior, e, não havendo a subtração, o agente deverá Não é necessário que a morte seja da vítima, mas, de
responder pelo crime de tentativa de furto e de lesões qualquer pessoa que sofra a violência, existindo, no caso, dois
corporais em concurso material, embora haja entendimento sujeitos passivos.
contrário. Quando a pessoa já subtraiu a coisa e quando tenta Embora haja entendimento contrário, a morte do coautor
praticar a violência, não obtendo êxito, ocorre a tentativa de do crime não caracteriza o latrocínio, pois, contra ele não é
roubo impróprio. exercida violência.
APOSTILAS OPÇÃO
A consumação do crime ocorre quando há a subtração e a A descrição objetiva prevê conduta de constranger
morte e a doutrina discute as hipóteses de não ocorrendo um alguém, o que pode ser feito através da violência ou da grave
destes resultados, por qual crime responderá o sujeito ativo. ameaça.
Diversas soluções são apresentadas: É necessário, segundo entendimento majoritário da
No caso de serem tentados ambos os resultados o agente doutrina e jurisprudência, que o ato de violência ou a ameaça,
responderá por tentativa de latrocínio; se ocorrer somente a seja capaz de intimidar a vítima, mas, existe entendimento de
subtração e o agente tentou contra a vida na prática da que a análise deverá ser feita de acordo com o homem médio.
violência, também ocorre a tentativa de latrocínio; entretanto, A forma mais comum da prática do crime de extorsão e a
quando ocorre a morte mas a subtração não consuma, há chantagem, no qual a ameaça consiste na revelação de um
divergências entre os doutrinadores. segredo.
Alguns entendem que o agente responderá por crime de A vantagem a ser obtida pelo sujeito ativo deve ser injusta,
furto tentado em concurso com homicídio qualificado, pois, pois, se justa, o crime será de exercício arbitrário das próprias
praticado para garantir a impunidade de outro crime. Outros razões, ao qual pode ser somada as penas equivalentes à
entendem ser uma tentativa de roubo em concurso com o violência.
homicídio qualificado; existe entendimento no sentido de Prevendo o legislador a violência e grave ameaça, somente,
tratar-se somente de homicídio; de latrocínio tentado e, por não caracteriza o crime, o constrangimento através de fraude.
fim, de latrocínio consumado, posição que, embora em Por fim, a violência ou grave ameaça deve ser empregada para
desacordo com a legislação é a dominante. que a vítima pratique ou deixe de praticar algum ato.
Caso o agente, na violência, não pretendia o resultado Se o ato praticado pela vítima for nulo, como consequência,
morte, (preterdolo), responderá pelo latrocínio tentado não gera efeitos jurídicos e, portanto, não poderá o agente
(roubo seguido de morte). obter vantagem econômica e, tem-se, no caso o crime
Existe posição contrária, mas, no caso de mais de uma impossível, entretanto, de forma indireta pode ser que o
vítima o latrocínio será único. agente consiga a vantagem com o ato nulo, de forma indireta,
Distinções podem ser apresentadas, como o exemplo da e, assim, estará caracterizado o crime.
trombada que, segundo entendimento de uns é furto e de A subjetividade exige a conduta de constranger, mediante
outros é roubo. a prática de violência ou grave ameaça, a fim de que a vítima
Roubo e extorsão são crimes diversos e a diferença reside faça ou deixe de fazer alguma coisa, acrescido do dolo
no sentido de que no roubo há a subtração da coisa, através do específico que é a intenção de obter uma vantagem econômica
emprego da violência e, na extorsão, a violência é empregada ilícita.
para que a vítima entregue a coisa. Em relação à consumação do crime existem duas
Se o crime é praticado para salvaguardar algum direito, correntes na doutrina, havendo entendimento de que a
será o caso de exercício arbitrário das próprias razões em extorsão se consuma quando o agente faz ou deixa de fazer
concurso com a violência. alguma coisa, ou permite que alguém faça. Num segundo
Em relação à possibilidade de concurso no crime de roubo, entendimento a consumação ocorre quando o agente obtém a
diversas são as situações em que se encontra presente. vantagem econômica, sendo a primeira posição a dominante.
Em primeiro lugar é importante lembrar que todos os Sendo considerada a extorsão, um crime formal, somente
crimes componentes (furto, ameaça, lesões leves), são ocorrerá a coautoria e a participação, antes do agente agir ou
absorvidas pelo roubo. deixar de agir e, a atividade posterior consistirá em crime
No caso de sequestro da vítima, sendo elemento do crime autônomo.
de roubo, é por este absorvido, entretanto, caso ocorra após a A tentativa é possível, como exemplo cita-se o caso de a
subtração, haverá o concurso. ameaça não chegar ao conhecimento da vítima.
Embora, em tese, é possível a continuidade delitiva neste Existem qualificadoras para o crime de extorsão a
crime, a jurisprudência atual tende ao não reconhecimento da primeira delas é ter sido o crime praticado por duas ou mais
possibilidade, por consequência, também não se aceita a pessoas e quando há o emprego de arma. Os estudos realizados
continuidade entre o roubo e o furto, o latrocínio e a extorsão. em relação às qualificadoras do roube devem aqui ser
Vislumbrando o exemplo e possibilidade de, num local aplicados.
onde se encontram diversas pessoas, estas são ameaçadas e No caso deste crime, sendo a vítima menor de 14 anos, de
mediante esta ameaça, o agente subtrai objetos pertencentes acordo com o E.C.A, haverá o aumento de 1/3 da pena.
às vítimas, tem-se admitido no caso o concurso formal, No caso de resultar lesão corporal de natureza grave, ou
existindo posições contrárias. morte, serão aplicadas as mesmas penas do roubo qualificado
Entretanto, se tratar-se de somente um objeto, ainda que pelo resultado.
diversas pessoas sofram a violência, o crime é único. É difícil a distinção entre o crime de extorsão e o de roubo,
Embora seja também atingida a vida, indiretamente, no uns entendendo que a diferença reside no fato do roubo ser
caso do latrocínio, a competência para julgamento é da justiça uma subtração, enquanto que na extorsão a vítima é quem
comum e não do Tribunal do Júri. pratica o ato. Outros que na extorsão sempre existe uma opção
para a vítima, enquanto que no roubo, isto não ocorre. Há
Extorsão (art.158) aqueles que sustentam que a distinção se encontra no fato de
Visa o legislador fundamentalmente, proteger o que no roubo a vantagem é imediata, enquanto que na
patrimônio da vítima, mas, de forma indireta também estão extorsão é futura.
protegidos a liberdade e a integridade física da vítima. Pode ser distinguido, também o delito de extorsão do
É de se notar que, no crime em estudo, o objeto material estelionato, pois, neste a vantagem é obtida mediante fraude,
pode ser a coisa imóvel, o que diferencia este do crime de enquanto que, naquele, a vantagem é resultado da violência ou
roubo, onde há a subtração. grave ameaça.
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de Por fim, cumpre consignar que é possível a continuidade
extorsão, e, caso seja funcionário público, no exercício de sua delitiva neste crime.
função, o crime será de concussão, ou ainda, concussão e
extorsão em concurso. Extorsão mediante sequestro (art.159)
Sujeito passivo é a pessoa que sofre a ameaça ou a O objetivo do legislador á a proteção do patrimônio, mas,
violência, bem como aquela que sofre o prejuízo econômico. pela descrição, não deixa ele de proteger, ainda que de forma
APOSTILAS OPÇÃO
indireta, a liberdade individual, a integridade física e a vida da Existem também um caso de redução obrigatória da
vítima. pena, quando o crime é praticado por quadrilha ou bando e u
Pode figurar como sujeito ativo qualquer pessoa que dos componentes delata os outros a ponto de ficar fácil o
pratique qualquer dos elementos subjetivos contidos no tipo, esclarecimento do crime e a liberação da vítima, devendo a
mesmo quando se tratar de funcionário público, quando sua pena ser diminuída somente quando a polícia consegue
finalidade foi privar a liberdade da vítima para obter uma libertar a vítima.
vantagem.
São sujeitos passivos do crime tanto a pessoa que é Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema:
sequestrada, como aquela que sofre o prejuízo econômico.
A descrição objetiva exige a conduta de sequestrar, que TÍTULO II
nada mais é do que privar a liberdade da pessoa, mesmo que DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
por pouco tempo e, enquanto durar a privação, o crime estará CAPÍTULO I
se consumando, por ser infração permanente. DO FURTO
Dúvida existe na possibilidade da pessoa privar a liberdade Furto
da vítima não através do sequestro, mas de cárcere privado, Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia
havendo entendimento que, no segundo caso, está móvel:
descaracterizada a infração, se bem que o melhor Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
entendimento é de que o cárcere privada é espécie do qual o § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado
sequestro é gênero, permanecendo, assim, o crime. durante o repouso noturno.
A subjetividade exige o dolo, qual seja, a vontade de § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa
sequestrar, acrescido do elemento subjetivo que é o de obter a furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
vantagem para si ou para outrem, vantagem esta que deve ser detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
apreciada economicamente. Se por ventura a vantagem for pena de multa.
devida pela vítima, teremos o crime de exercício arbitrário das § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou
próprias razões. qualquer outra que tenha valor econômico.
Quando a lei se refere a resgate, automaticamente se pensa
em dinheiro, mas, nem sempre a vantagem consiste em Furto qualificado
dinheiro, podendo ser qualquer outra utilidade. § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o
Como condição deve se entender a exigência da prática de crime é cometido:
algum ato que redunde em lucro (vantagem econômica, mas, I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração
que não seja a entrega de dinheiro, como a assinatura de uma da coisa;
promissória. II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou
A consumação do crime ocorre com o arrebatamento da destreza;
vítima, não sendo necessária a obtenção do resgato, por tratar- III - com emprego de chave falsa;
se de crime formal, de consumação antecipada. IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Mesmo sendo um crime formal, a tentativa é possível, § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
como no caso do agente é preso quando tenta arrebatar a multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo
vítima. que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Prevê o legislador formas qualificadas para o crime em § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração
estudo. for de veículo automotor que venha a ser transportado para
A primeira hipótese é quando a privação da liberdade dura outro Estado ou para o exterior.
mais de 24 horas, por haver um dano maior à liberdade do § 6º A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a
indivíduo, bem como maior sofrimento para a família ou entes subtração for de semovente domesticável de produção, ainda
queridos. que abatido ou dividido em partes no local da subtração.
O segundo caso é ser a vítima do sequestro menor de 18 (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016).
anos, por terem estes menor possibilidade de resistência. § 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
O crime quando é praticado por quadrilha ou bando, multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de
também é qualificado, por ser mais fácil a prática do crime acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
nestas circunstâncias, sendo necessário que os componentes fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654,
estejam reunidos para a prática de crimes, o que dá de 2018).
possibilidade da punição pelo crime de extorsão mediante
sequestro e de formação de quadrilha ou bando em concurso. Furto de coisa comum
O resultado também qualifica o crime de extorsão Art. 156 - Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si
mediante sequestro, no caso de resultar lesão corporal de ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
natureza grave, ou morte, sendo que, neste último caso, a pena Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
será de 24 a 30 anos de reclusão, a maior estabelecida em § 1º - Somente se procede mediante representação.
nossa legislação penal. Entretanto, para que esteja presente a § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível,
qualificadora, necessário se faz que a morte seja do cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
sequestrado, pois, se outro morrer, haverá crime de homicídio
em concurso com a extorsão mediante sequestro. CAPÍTULO II
Não é necessário que a morte ou lesão corporal grave DO ROUBO E DA EXTORSÃO
decorra da violência para o sequestro, mas também, através
dos maus tratos e do modo da privação da liberdade, sem se Roubo
importar se a morte adveio de dolo ou culpa. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para
Além das qualificadoras o legislador também coloca outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois
agravantes no crime, quando praticado contra vítima não de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
maior de 14 anos, contra alienada ou débil mental, desde que resistência:
o fato seja conhecido pelo agente e se a vítima por qualquer Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
outro motivo está impossibilitado de oferecer resistência. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída
a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
O sujeito ativo é o funcionário público e o sujeito passivo funcionário tem de ter a posse lícita da coisa. Se alguém
é o Estado, visto como Administração Pública. Pode existir um desviar em proveito da própria Administração, haverá outro
sujeito passivo secundário (particular). crime, qual seja, uso ou emprego irregular de verbas públicas
O pressuposto do peculato é a posse da coisa pela (art. 315 do CP).
Administração Pública. O dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel precisa estar na posse do funcionário público. A 3. PECULATO-FURTO: Artigo 312, § 1.º, do Código Penal.
palavra deve ser interpretada em sentido amplo, abrangendo Funcionário público que, embora não tendo a posse do
tanto a posse direta como a posse indireta, e também a dinheiro, valor ou bem, o subtrai ou concorre para que seja
detenção. A lei é clara ao exigir que a posse deva ser em razão subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de
do cargo: é imprescindível a relação de causa e efeito entre ela facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
(posse) e este (cargo). Não é pelo fato de ser funcionário Nesse caso é aplicada a mesma pena.
público que o sujeito deve automaticamente responder pelo A conduta é subtrair, ou seja, tirar da esfera de proteção da
crime de peculato. A finalidade da lei é outra. Somente estará vítima, de sua disponibilidade. Outra conduta possível é a de
caracterizado o crime de peculato quando o sujeito comete a concorrer dolosamente.
apropriação, o desvio ou a subtração em razão das facilidades Não basta ser funcionário público; ele precisa se valer da
proporcionadas pelo seu cargo. facilidade que essa qualidade lhe proporciona (a execução do
crime é mais fácil para ele). Por facilidade, entende-se crachá,
Podemos dividir o peculato em dois grandes grupos; doloso segredo de cofre etc. Um funcionário público pode praticar
e culposo: furto ou peculato-furto, dependendo se houve, ou não, a
a) Peculato Doloso: facilidade.
- Peculato-apropriação: art. 312, caput, primeira parte. Consumação e tentativa: O crime consuma-se com a
- Peculato-desvio: art. 312, caput, segunda parte. efetiva retirada da coisa da esfera de vigilância da vítima. A
- Peculato-furto: art. 312, § 1.º. tentativa é possível.
- Peculato mediante erro de outrem: art. 313.
4. PECULATO CULPOSO: Artigo 312, § 2.º, do Código Penal.
b) Peculato Culposo: São requisitos do crime de peculato culposo: a conduta culposa
- O peculato culposo está descrito no art. 312, § 2.º, do do funcionário público e que terceiro pratique um crime
Código Penal. doloso, aproveitando-se da facilidade provocada por aquela
conduta.
1. PECULATO APROPRIAÇÃO: Consumação e tentativa: Peculato culposo é crime
a) apropriar-se; independente do crime de outrem, mas estará consumado
b) funcionário público; quando se consumar o crime de outrem. Não há tentativa de
c) dinheiro, valor, bem móvel, público ou privado; peculato culposo, pois não existe tentativa de crime culposo.
d) posse em razão do cargo; Se o crime de outrem é tentado, este responderá por tentativa,
e) proveito próprio ou alheio. porém o fato é atípico para o funcionário público.
Reparação de danos no peculato culposo – Artigo 312, §
Elementos objetivos do tipo: O núcleo é “apropriar-se”, 3.º, do Código Penal: É a devolução do objeto ou o
ou seja, fazer sua a coisa alheia. A pessoa tem a posse e passa a ressarcimento do dano. É preciso ficar atento para as seguintes
agir como se fosse dona. O agente muda a sua intenção em regras:
relação à coisa. O fundamento é a posse lícita anterior. - Se a reparação do dano for anterior à sentença
No caso da posse em razão do cargo, temos que a posse está irrecorrível (antes do trânsito em julgado – primeira ou
com a Administração. O bem tem de estar sob custódia da segunda instância), extingue a punibilidade.
Administração. Exemplo: Um automóvel apreendido na rua vai - Se a reparação do dano for posterior à sentença
para o pátio da Delegacia; o policial militar subtrai o aparelho irrecorrível (depois do trânsito em julgado), ocorre a
de DVD. Ele praticou peculato-furto, pois não tinha a posse do diminuição da pena, pela metade.
bem. Se o funcionário fosse o responsável pelo bem, seria caso
de peculato-apropriação. Se o carro estivesse na rua, seria Atenção: No peculato doloso não se aplicam essas
furto. regras.
No “peculato-apropriação” e no “peculato mediante erro
de outrem” o núcleo do tipo é a apropriação, ou seja, a posse
anterior lícita; a diferença está no erro de outrem. 5. PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM - Art. 313,
CP: Não é um estelionato, pois o erro da vítima não é
Objeto material: Dinheiro, valor ou bem móvel. Tudo que provocado pelo agente. O núcleo do tipo é apropriar-se (para
for imóvel não é admitido no peculato. O crime que admite tanto, é preciso posse lícita anterior). Na verdade, é um
imóvel é o estelionato. peculato-apropriação, diferenciado pelo erro da vítima.
Consumação: A consumação do peculato-apropriação se O erro de outrem tem de ser espontâneo, e o recebimento,
dá no momento em que ocorreu a apropriação: quando o por parte do funcionário de boa-fé. Não há fraude. Exemplo:
agente inverteu o animus, quando passou a agir como se fosse Pessoa deve dinheiro para a Prefeitura, erra a conta e paga a
dono. mais. O funcionário recebe o dinheiro sem perceber o erro.
Depois, ao perceber o erro, apropria-se do excedente – trata-
2. PECULATO-DESVIO: Artigo 312, Segunda Parte, do se de peculato mediante erro.
Código Penal. No peculato-desvio o que muda é apenas a O elemento subjetivo é o dolo de se apropriar. O crime
conduta, que passa a ser “desviar”. Desviar é alterar a consuma-se no momento da apropriação, ou seja, no momento
finalidade, o destino. Exemplo: existe um contrato que prevê o em que o agente passa a agir como se fosse dono.
pagamento de certo valor por uma obra. O funcionário paga Em síntese, o erro da pessoa que entrega o dinheiro ou
esse valor, sem a obra ser realizada. Nesse caso, há peculato- qualquer outra utilidade (vítima) deve ser espontâneo, pouco
desvio. Liberação de dinheiro para obra superfaturada importando qual a sua causa; se dolosamente provocado pelo
também é caso de peculato-desvio. funcionário público, estará configurado o crime de estelionato
Elemento subjetivo do tipo: O elemento subjetivo do tipo (art. 171 do CP).
é a intenção do desvio para proveito próprio ou alheio. O
APOSTILAS OPÇÃO
Antes de encerrarmos o tema cabe ainda um comentário Consumação: Por se tratar de crime formal, dá-se no
acerco do peculato de uso. Considera-se a existência do momento da concreção de qualquer uma das condutas, não se
peculato de uso na hipótese em que o funcionário público exigindo a superveniência de dano, que, no caso, qualifica o
apropria-se, desvia, subtrai bem móvel, público ou particular crime.
que se encontra sob a custódia da Administração Pública, para Tentativa: Admissível, por ser o crime plurissubsistente.
posteriormente restituí-lo. A doutrina diverge sobre a
possibilidade de admitir-se a figura do peculato de uso. Uma Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou
primeira corrente entende que a intenção (falsa ou documento (art. 314)
verdadeira) de restituir o bem móvel de que o agente Seguindo a regra dos demais crimes deste Capítulo, o bem
apropriou-se, desviou ou subtraiu não exclui o peculato jurídico tutelado é a Administração Pública.
doloso, pouco importando se o funcionário público possui Sujeitos ativo e passivo. Como não poderia deixar de ser,
recursos financeiros para tanto, bem como se a coisa era o sujeito ativo é somente o funcionário público, sendo a vítima
fungível ou infungível. Não admite, portanto, a figura do o Estado e, eventualmente, o particular que tem documento
peculato de uso. Também não se afasta o crime com a prova de sob a guarda da Administração.
que se produziu alguma vantagem para a Administração A lei pune três condutas:
Pública, pois a vantagem indevida não deve aproveitar ao - extraviar: fazer desaparecer, ocultar;
Estado. Se a coisa móvel é utilizada em fim diverso daquele a - sonegar: sinônimo de não apresentar, não exibir quando
que era destinado, desde que o agente vise a proveito próprio alguém o solicita;
ou alheio, apresenta-se o peculato na modalidade desvio. Por - inutilizar: tornar imprestável.
outro lado, há quem admita o peculato de uso, considerando-o Trata-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla
fato irrelevante. Para os partidários dessa linha de ou de conteúdo variado – a prática de duas ou mais condutas,
pensamento, é atípico o fato relacionado ao uso momentâneo no mesmo contexto fático e contra o mesmo bem jurídico,
de coisa infungível, sem a intenção de incorporá-la ao caracteriza um único crime.
patrimônio pessoal ou de terceiro, seguido da sua integral
restituição a quem de direito. Nas três hipóteses a conduta deve recair sobre livro oficial,
que é aquele pertencente à Administração Pública, ou sobre
Inserção de dados falsos em sistema de informações qualquer documento público ou particular que esteja sob a
(art. 313-A) guarda da Administração. Nos termos da lei, o crime subsiste
Bem jurídico: interesse em preservar o patrimônio ainda que a conduta atinja parcialmente o livro ou documento.
público e garantir o respeito à probidade administrativa. Elemento subjetivo. O dolo.
Sujeitos: Consumação. A infração penal se consuma com o extravio
a) Ativo: funcionário público, sendo admissível o concurso ou inutilização, ainda que parcial e independentemente de
com particular. qualquer outro resultado.
b) Passivos: União, Estados-membros, Distrito Federal, Já na modalidade sonegar, o crime se consuma no instante
municípios e as demais pessoas mencionadas no artigo 327, em que o agente deveria fazer a entrega e, intencionalmente,
§1º. Secundariamente, o particular que sofreu o dano. não o faz. Nessa hipótese, bem como nos casos de extravio, o
Tipo objetivo: Inserir ou facilitar a inserção de dados crime é permanente.
falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos Tentativa. A tentativa não é admissível apenas na
sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração modalidade omissiva (sonegar).
Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para Distinção. Aquele que inutiliza documento ou objeto de
outrem ou para causar dano. valor probatório que recebeu na qualidade de advogado ou
Tipo subjetivo: O dolo e o elemento subjetivo especial do procurador comete o crime do art. 356 do Código Penal. Por
tipo – fim especial de agir – consubstanciado na expressão com outro lado, o particular que subtrai ou inutiliza, total ou
o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à
para causar dano. Administração comete o crime do art. 337 do Código Penal.
Consumação: por se tratar de crime formal, ocorre com a Absorção. A própria lei estabelece que esse crime é
concreção de qualquer uma das condutas, não se exigindo a subsidiário, ou seja, deixa de existir se o fato constitui crime
obtenção da vantagem indevida nem que haja o dano almejado mais grave, como corrupção passiva (art. 317), supressão de
(exaurimento). documento (art. 305) etc.
Tentativa: Admissível, por ser o crime plurissubsistente.
Pena e Ação penal: A pena é de dois a doze anos de Emprego irregular de verbas ou rendas públicas (art.
reclusão, além da multa, e a ação é pública incondicionada. 315)
Análise do núcleo do tipo. A conduta consiste em dar
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de aplicação, e tem como objeto as verbas ou rendas públicas.
informações (art. 313-B) Sujeitos:
Bem jurídico: O interesse em se preservar o normal a) ativo: funcionário público.
funcionamento da Administração Pública, especialmente o seu b) passivo: o Estado, secundariamente, a entidade de
patrimônio e o do administrado, bem como assegurar o direito público prejudicada.
prestígio que deve gravitar em torno dos atos daquela. Elemento subjetivo do tipo. Dolo, não se exige elemento
Sujeitos: subjetivo específico, nem se pune a forma culposa.
a) Ativo: funcionário público, sendo admissível o concurso Objetos material e jurídico. Objeto material é a verba ou
como particular. a renda pública, objeto jurídico é a administração pública, em
b) Passivos: União, Estados-membros, Distrito Federal, seus interesses patrimonial e moral.
municípios e demais pessoas mencionadas no artigo 327, §1º, Classificação. Crime próprio, material, de forma livre,
bem como o particular que sofreu o dano. comissivo e, excepcionalmente, omissivo impróprio,
Tipo objetivo: Modificar ou alterar sistema de informações instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente; admite
ou programa de informática sem autorização ou solicitação de tentativa.
autoridade competente.
Tipo subjetivo: O dolo.
APOSTILAS OPÇÃO
A concussão é uma forma especial de extorsão praticada Excesso de exação ( art. 316, §§1º e 2º)
por funcionário público com abuso de autoridade. Deve, assim, Exação é a cobrança pontual de impostos. Pune-se o
haver um nexo entre a represália prometida, a exigência feita excesso, sabido que o abuso de direito é considerado ilícito.
e a função exercida pelo funcionário público. Assim, quando o funcionário público cobre imposto além da
Por isso, se o funcionário público empregar violência ou quantia efetivamente devida, comete o excesso de exação.
grave ameaça referente a mal estranho à função pública, Análise do núcleo do tipo. Há duas formas para compor
haverá crime de extorsão ou roubo. Ex.: um policial aponta um o excesso de exação: a) exigir o pagamento de tributo ou
revólver para a vítima e, mediante ameaça de morte, pede que contribuição sindical indevidos; b) empregar meio vexatório
ela lhe entregue o carro. na cobrança.
Na concussão não é necessário que o funcionário público Na primeira modalidade, o funcionário público exige
esteja trabalhando no momento da exigência. O próprio tipo tributo ou contribuição social que sabe ou deve saber
diz que ele pode estar fora da função (horário de descanso, indevido, sem amparo válido para cobrança, seja porque seu
férias, licença) ou, até mesmo, nem tê-la assumido (quando já valor já foi pago pela vítima, seja porque a quantia cobrada é
passou no concurso, mas ainda não tomou posse). O que é superior à fixada em lei. A palavra “indevido” funciona como
necessário é que a exigência diga respeito à função pública e as elemento normativo do tipo. Na outra hipótese, o tributo ou
represálias a ela se refiram. contribuição social é devido. Entretanto, o funcionário público
Se o crime for cometido por policial militar estará emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, não
configurado o crime do art. 305 do Código Penal Militar, que é autorizado por lei. Meio vexatório é o que desonra e humilha a
igualmente chamado de concussão. vítima; meio gravoso é o que acarreta maiores despesas ao
Se alguém finge ser policial e exige dinheiro para não contribuinte.
prender a vítima, não há concussão, porque o agente não é Elemento subjetivo do tipo. Dolo, nas modalidades direta
funcionário público. Responderá, nesse caso, por crime de e indireta. Não há elemento subjetivo do tipo, nem se pune a
extorsão (art. 158). forma culposa.
Concluindo, a concussão é um crime em que a vítima é
constrangida a conceder uma vantagem indevida a funcionário
APOSTILAS OPÇÃO
Elemento normativo do tipo. Meio vexatório é o que Tipo remetido. A facilitação de contrabando ou
causa vergonha ou ultraje; gravoso é o meio oneroso ou descaminho é considerado como tipo remetido porque remete
opressor. ao delito do contrabando ou descaminho (art. 334 do CPB).
Norma em branco. É preciso consultar os meios de Exceção à teoria unitária. Se alguém facilita a prática do
cobrança de tributos e contribuições, instituídos em lei delito previsto no art. 334 do CP deveria responder pelo delito
específica, para apurar se está havendo excesso de exação. previsto no art. 318 do CPB (facilitação de contrabando ou
Objetos material e jurídico. O objeto material é o tributo descaminho) bem como pelo contrabando ou descaminho (art.
ou a contribuição social. O objeto jurídico é a administração 334 do CPB), entretanto, temos aqui mais uma vez a teoria
pública (interesses material e moral). pluralística sendo aplicada, configurando mais uma exceção à
Classificação: crime próprio, formal na forma exigir e teoria unitária, vez que uma pessoa é quem facilita o
material na modalidade empregar na cobrança, de forma livre, contrabando ou descaminho e outra é quem pratica o
comissivo ou omissivo impróprio, unissubjetivo, contrabando ou descaminho.
unissubsistente ou plurissubsistente, forma em que se admite Defesa preliminar. No tipo penal ora estudado (da
tentativa. facilitação de contrabando ou descaminho - Art. 318 do CPB)
não há a incidência de possibilidade da defesa preliminar do
Corrupção passiva ( art. 317) funcionário público.
Na corrupção passiva não há ameaça, nem
constrangimento. Se o funcionário pede e a pessoa coloca a Prevaricação (art. 319)
mão dentro do bolso e entrega, não é caso de corrupção ativa, Objeto jurídico. Proteger o prestígio da Administração
pois não existe tipificação para entregar, só para prometer, Pública
oferecer. Só há corrupção passiva nesse caso. Sujeitos.
Na modalidade solicitar, onde a iniciativa é do funcionário a) Ativo. Funcionário público no exercício da função
público, não há crime de corrupção ativa, e sim de corrupção b) Passivo. O Estado
passiva. Análise do núcleo do tipo. "Retardar ou deixar de
Já, nas modalidades de receber e aceitar promessa, ocorre praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
corrupção ativa na outra ponta, pois a iniciativa foi de terceiro. disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
Vantagem indevida na corrupção passiva é para que o sentimento pessoal".
funcionário faça alguma coisa, deixe de fazer, ou então retarde. O tipo penal tem seu núcleo composto por 3 verbos:
A consumação ocorre quando houver a solicitação, o retardar, deixar de praticar, praticar.
recebimento ou a aceitação da vantagem. A consumação não Classificação. Crime próprio - somente pode ser praticado
depende da prática ou da omissão de ato por parte do por funcionário público, se retirada a qualidade o fato torna-se
funcionário. O recebimento da vantagem só é importante para atípico - formal - comissivo - instantâneo - unissubjetivo -
a modalidade receber. plurissubsistente - de ação múltipla - de conteúdo variado ou
alternativo.
Elementos Objetivos do Tipo: Elemento subjetivo do tipo. É o dolo, ou seja, a vontade
- Solicitar, pedir. Quem pede não constrange, não ameaça, específica de prevaricar. O interesse pessoal está ligado ao
simplesmente pede. A atitude de solicitar é iniciativa do sentimental.
funcionário público. Consumação. O crime se consuma com a omissão,
- Receber, entrar na posse. É preciso ao menos o indício de retardamento ou realização do ato.
que a pessoa entrou na posse. Tentativa. Não é possível nas formas omissivas (omitir ou
- Aceitar promessa, concordar com a proposta. Pode ser retardar), pois ou o crime está consumado ou o fato é atípico.
por silêncio, gesto, palavra. A iniciativa é de terceiro que faz a Na forma comissiva, a tentativa é possível.
proposta. Alguém propõe e o funcionário aceita. Figura equiparada. A Lei n. 11.466, de 28 de março de
2007, criou nova figura ilícita no art. 319-A do Código Penal,
Corrupção Passiva Privilegiada: estabelecendo que a mesma pena prevista para o crime de
Quando o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda prevaricação será aplicada ao diretor de penitenciária e/ou
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a agente público que deixar de cumprir seu dever de vedar ao
pedido ou influência de outrem, estamos diante da Corrupção preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
passiva privilegiada, prevista no artigo 317, § 2º do CP. permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo. O legislador entendeu necessária a criação desse tipo
Da facilitação de contrabando ou descaminho (art. 318) penal em face da constatação de que presos têm tido fácil
Conduta típica. É a facilitação com violação do dever acesso a telefones celulares ou aparelhos similares, e que os
funcional do descaminho ou contrabando. Para configurar a agentes penitenciários não vêm dando o combate adequado a
prática do delito previsto no art. 318 do CP, é necessário que o esse tipo de comportamento. Assim, a Lei n. 11.466/2007,
funcionário público esteja investido na função de fiscalizar a além de criar essa figura capaz de punir o agente penitenciário
entrada e a saída de mercadorias do território nacional. que se omita em face da conduta do preso, estipulou também
Contrabando. É a importação ou exportação de que este, ao fazer uso do aparelho, incorre em falta grave —
mercadorias cuja comercialização seja proibida. que tem sérias consequências na execução criminal (art. 50,
Descaminho. É a importação ou exportação de VII, da Lei de Execuções Penais, com a redação dada pela Lei n.
mercadorias cuja comercialização seja legalmente permitida 11.466/2007). Com essas providências pretende o legislador
com a ocorrência de fraude no pagamento de tributos. evitar que presos comandem suas quadrilhas do interior de
Competência. Pelo disposto no art. 144 da CF/88, julgar penitenciárias e que deixem de cometer crimes com tais
pessoas incursas na prática do presente delito é de aparelhos, pois é notório que um grande número de delitos de
competência da justiça federal, sendo a polícia federal a extorsão vem sendo cometido por pessoas presas, por meio de
competente para efetuar as prisões. telefonemas.
Por convênio firmado entre o ex-governador de Minas Diferença entre a prevaricação comum e a militar. A
Gerais, Hélio Garcia, e o ex-ministro da justiça à época, aqui é prevaricação comum está prevista no art. 319 do CP e é punida
competente para fiscalizar e reprimir o tráfico ilícito de drogas com pena de detenção de 3 meses a 1 ano mais multa, sendo
a Polícia Civil do estado. aplicada a normatização prevista na lei 9.099/95. A
prevaricação militar está prevista no art. 319 do CPM e é
APOSTILAS OPÇÃO
punida com pena de 6 meses a 2 anos. Verifica-se então que a Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar
diferença principal entre as duas tipificações do delito está na subordinado que cometeu infração no exercício do cargo;
pena aplicada. Deixar o funcionário, por indulgência, de levar ao
conhecimento de autoridade competente para punir, o fato de
Principais aspectos. que outro funcionário público tenha cometido infração no
1) Na corrupção passiva, o funcionário público negocia exercício do cargo, evitando assim que o infrator seja
seus atos, visando uma vantagem indevida. Na prevaricação responsabilizado.
isso não ocorre. Aqui, o funcionário público viola sua função Consumação. Com a omissão
para atender a objetivos pessoais. Tentativa. Inadmissível porque o delito é omissivo
2) O agente deve atuar para satisfazer: próprio.
a) interesse patrimonial (desde que não haja recebimento
de vantagem indevida, hipótese em que haveria corrupção Advocacia administrativa (art. 321)
passiva) ou moral; Definição jurídica. O termo advocacia é impróprio e
b) sentimento pessoal, que diz respeito à afetividade do indevido pois nada tem a ver com a função do advogado. O
agente em relação a pessoas ou fatos. Ex.: Permitir que amigos delito consiste em "patrocinar, direta ou indiretamente,
pesquem em local público proibido. Demorar para expedir interesse privado perante a administração pública, valendo-se
documento solicitado por um inimigo. O sentimento, aqui, é do da qualidade de funcionário; punível com pena de detenção, de
agente, mas o benefício pode ser de terceiro. 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Se o interesse é ilegítimo a
O atraso no serviço por desleixo ou preguiça não constitui pena é de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da
crime. Se fica caracterizado, todavia, que o agente, por multa". No Direito Penal Militar a incorreção no nomem iuris é
preguiça, rotineiramente deixa de praticar ato de ofício, desfeita, naquele diploma legal a nomenclatura usada é
responde pelo crime. Ex.: delegado que nunca instaura "patrocínio indébito". Importa salientar que no projeto de
inquérito policial para apurar crime de furto, por considerá-lo reforma do CPB o presente tipo adota a nomenclatura do CPM.
pouco grave. Análise do núcleo do tipo. O verbo núcleo do tipo é
3) A prevaricação não se confunde com a corrupção patrocinar, significa proteger ou beneficiar. É a figura do
passiva privilegiada. Nesta, o agente atende a pedido ou funcionário público relapso que relega seu serviço a um
influência de outrem. segundo plano e passa a defender interesses privados,
Na prevaricação não há tal pedido ou influência. O agente legítimos ou ilegítimos, ante a Administração Pública.
visa satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Sujeitos
Se um fiscal flagra um desconhecido cometendo a) ativo. Funcionário público
irregularidade e deixa de multá-lo em razão de insistentes b) passivo. A Administração Pública
pedidos deste, há corrupção passiva privilegiada; mas se o
fiscal deixa de multar a pessoa porque percebe que se trata de Desnecessidade de ser advogado. Tendo em vista que o
um antigo amigo, comete prevaricação. funcionário público é impedido de exercer a advocacia, é
4) O tipo exige que a conduta do funcionário público seja desnecessária a qualidade de advogado ao autor para que o
indevida apenas nas duas primeiras modalidades (retardar e delito se configure.
deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício). Na última Outras condutas
hipótese prevista no tipo (praticar ato de ofício), a conduta Lei 8.137/90, art. 3º, inc. III - funcionário público
deve ser “contra expressa previsão legal”. Temos, neste último patrocinado interesse privado contra a Administração
caso, uma norma penal em branco, pois sua aplicação depende Fazendária;
da existência de outra lei. Lei 8.666/93, art. 94 - funcionário público patrocinado
interesse privado no âmbito das licitações.
Condescendência criminosa (art. 320)
Definição jurídica. A condescendência criminosa consiste Violência arbitrária (art. 322)
em "deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar Para a maioria da doutrina penal, esse artigo foi revogado
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, pela Lei n. 4.898/65, que trata do abuso de autoridade. Mas
quando lhe falte competência, não levar o fato ao para o Supremo Tribunal Federal e para a minoria da doutrina
conhecimento da autoridade competente, punível com pena de ainda está em vigor.
detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa". Trata-se de um crime praticado por funcionário público,
A terminologia é imprópria porque não se trata apenas do que em função do cargo, age não contra a Administração
fato de um funcionário público ser condescendente com outro Pública, mas contra o administrado, agredindo-o.
que tenha tido conduta criminosa, mas também, se aquele tiver O presente crime se refere a violência ilegal, arbitrária, fora
cometido qualquer falta disciplinar. dos parâmetros permitidos.
A condescendência criminosa é praticada pelo funcionário
público que, por indulgência, benevolência ou tolerância, deixa Abandono de função (art. 323)
de responsabilizar subalterno hierárquico que tenha cometido Protege a lei nesse dispositivo a regularidade e o normal
crime, contravenção penal ou qualquer falta disciplinar. desempenho das atividades públicas, no sentido de evitar que
Também comete o delito em estudo o funcionário público que, os funcionários públicos abandonem seus postos de forma a
embora não seja superior hierárquico daquele que tenha gerar perturbação ou até mesmo a paralisação do serviço
cometido crime, contravenção penal ou qualquer falta público.
disciplinar, deixa de levar o fato ao conhecimento da Sujeitos ativo e passivo. Apesar de o delito ter o nome de
autoridade competente para puni-lo. “abandono de função”, percebe-se pela descrição típica que o
Bem jurídico. A Administração Pública crime somente existe com o abandono de cargo, não
Sujeitos prevalecendo a regra do art. 327 do Código Penal, que define
a) ativo. Funcionário público funcionário público como ocupante de cargo, emprego ou
b) passivo. O Estado função pública. Assim, em razão da ressalva constante do tipo
Tipo subjetivo. Indulgência, benevolência ou tolerância; penal, pode-se concluir que sujeito ativo desse crime pode ser
no Direito Penal Militar, além disso, a negligência. apenas quem ocupa cargo público (criado por lei, com
Condutas típicas denominação própria, em número certo e pago pelos cofres
públicos). Sujeito passivo é o Estado.
APOSTILAS OPÇÃO
Abandonar significa deixar o cargo. Para que esteja teor a terceiro, por escrito, verbalmente, mostrando
configurado o abandono é necessário que o agente se afaste do documentos etc. Já a conduta de facilitar a divulgação de
seu cargo por tempo juridicamente relevante, de forma a segredo, também chamada de divulgação indireta, dá-se
colocar em risco a regularidade dos serviços prestados. Assim, quando o funcionário, querendo que o fato chegue a
não há crime na falta eventual, bem como no desleixo na conhecimento de terceiro, adota determinado procedimento
realização de parte do serviço, que caracterizam apenas falta que torna a descoberta acessível a outras pessoas, como
funcional, punível na esfera administrativa. ocorre no clássico exemplo de deixar anotações ou
Não há crime também quando a ausência se dá nos casos documentos em local que possa ser facilmente visto por outras
permitidos em lei, como, por exemplo, com autorização da pessoas.
autoridade competente, para prestação de serviço militar etc. Comete crime o servidor público incumbido de elaborar
Por se tratar de crime doloso, não há crime quando o provas de concurso público que, antes da prova, faz chegar ao
abandono ocorre em razão de força maior (prisão, doença conhecimento de alguns candidatos as questões que serão
etc.). abordadas.
A doutrina tem sustentado também que não existe crime Sujeitos ativo e passivo. Apenas o funcionário público
na suspensão, ainda que prolongada, do trabalho por parte de pode ser sujeito ativo. Predomina na doutrina o entendimento
funcionário público — mesmo que de função essencial — de que mesmo o funcionário aposentado ou afastado pode
quando se trata de ato coletivo na luta por reivindicações da cometer o delito, pois o interesse público na manutenção do
categoria, ou seja, nos casos de greve (enquanto não declarada sigilo permanece. O crime admite a coautoria e também a
ilegal). participação — de outro funcionário público ou de particular
Consumação. O crime se consuma com o abandono do que colabore com a divulgação. A doutrina, contudo, salienta
cargo por tempo juridicamente relevante, ainda que não que o particular que se limita a tomar conhecimento do fato
decorra efetivo prejuízo para a Administração. Aliás, o §1º divulgado não comete o delito.
estabelece uma forma qualificada, quando o abandono traz A revelação de segredo profissional por quem não é
como consequência prejuízo ao erário. funcionário público constitui crime de outra natureza, previsto
Tentativa. Por se tratar de crime omissivo puro, não se no art. 154 do Código Penal.
admite a tentativa. O sujeito passivo é sempre o Estado e, eventualmente, o
Por fim, a pena será exasperada se o fato ocorrer em lugar particular que possa sofrer prejuízo, material ou moral, com a
compreendido na faixa de fronteira (compreende a faixa de revelação do sigilo.
150 quilômetros ao longo das fronteiras nacionais — Lei n. Elemento subjetivo. É o dolo, ou seja, a intenção livre e
6.634/79). consciente de revelar o sigilo funcional. Não se admite a forma
culposa.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou Consumação. No momento em que terceiro, funcionário
prolongado (art. 324) público ou particular, que não podia tomar conhecimento do
Análise do núcleo do tipo. Entrar no exercício significa segredo, dele toma ciência. Trata-se de crime formal, cuja
iniciar o desempenho de determinada atividade; continuar a caracterização independe da ocorrência de prejuízo.
exercê-la quer dizer prosseguir no desempenho de Tentativa. É admitida, exceto na forma oral.
determinada atividade. O objeto é a função pública. Subsidiariedade explícita. O art. 325, ao cuidar da pena,
Sujeitos. expressamente estabelece sua absorção quando o fato
a) ativo: somente funcionário público nomeado, porém constitui crime mais grave, como, por exemplo, crime contra a
sem ter tomado posse; na segunda hipótese, há de estar segurança nacional, fraude em procedimento licitatório com
afastado ou exonerado. divulgação antecipada de propostas, crime contra o sistema
b) passivo: Estado. financeiro etc.
Elemento subjetivo do tipo. É o dolo. Não se exige Figuras equiparadas. A Lei n. 9.983/2000 criou no § 1º
elemento subjetivo específico, nem se pune a forma culposa. do art. 325 algumas infrações penais equiparadas, punindo
Na segunda figura, há apenas o dolo direto. Inexiste forma com as mesmas penas do caput quem permite ou facilita,
culposa. mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou
Elemento normativo do tipo. A expressão “sem qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a
autorização” indica a ilicitude da conduta, ao passo que a sistemas de informações ou banco de dados da Administração
continuidade do exercício, devidamente permitida pela Pública (inciso I), ou se utiliza, indevidamente, do acesso
administração pública, não configura o tipo penal. restrito a tais informações (inciso II). Por fim, o § 2º estabelece
Objetos material e jurídico. O objeto material é a função uma qualificadora, prevendo pena de reclusão, de dois a seis
pública e o objeto jurídico é a administração pública, nos anos, e multa, se da ação ou omissão resulta dano à
interesses material e moral. Administração ou terceiro.
Classificação. Crime próprio, delito de mão própria,
formal, de forma livre, comissivo e, excepcionalmente, Violação do sigilo de proposta de concorrência (art.
omissivo impróprio, instantâneo, unissubjetivo, 326)
plurissubsistente; admite tentativa. A maioria dos escritores criminalistas entendem que esse
artigo foi implicitamente revogado no art. 94 da Lei nº
Violação de sigilo funcional ( art. 325) 8.666/93, que trata da Lei de Licitação.
Condutas típicas. Esta infração penal visa resguardar o
regular funcionamento da Administração Pública, que pode Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em
ser prejudicado pela revelação de certos segredos. Por isso, procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o
será punido o funcionário público que revelar ou facilitar a ensejo de devassá-lo:
revelação desses segredos, desde que deles tenha tido Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
conhecimento em razão de seu cargo. O segredo a que se refere
este dispositivo é aquele cujo conhecimento é limitado a
número determinado de pessoas e cuja divulgação afronte o Funcionário público (art. 327)
interesse público pelas consequências que possam advir. Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os
A conduta de revelar segredo caracteriza-se quando o efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
funcionário público intencionalmente dá conhecimento de seu remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
APOSTILAS OPÇÃO
- Cargos: são criados por lei, com denominação própria, em Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema:
número certo e pagos pelos cofres públicos (Lei n. 8.112/90,
art. 3º, parágrafo único). TÍTULO XI
- Emprego: para serviço temporário, com contrato em DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
regime especial ou pela CLT. Ex.: diaristas, mensalistas, CAPÍTULO I
contratados. DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
- Função pública: abrange qualquer conjunto de CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
atribuições públicas que não correspondam a cargo ou
emprego público. Ex.: jurados, mesários etc. Peculato
São funcionários públicos o Presidente da República, os Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
Prefeitos, os Vereadores, os Juízes, Delegados de Polícia, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
escreventes, oficiais de justiça etc. que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce próprio ou alheio:
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
ou conveniada para a execução de atividade típica da embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai,
Administração Pública. ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou
A Lei n. 9.983, de 14 de julho de 2000, alterou a redação do alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
art. 327, § 1º, para ampliar o conceito de funcionário público de funcionário.
por equiparação. Em virtude dessa nova redação, podem ser Peculato culposo
extraídas algumas conclusões: § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime
1) em relação ao conceito de entidade paraestatal adotou- de outrem:
se a corrente ampliativa, pela qual se considera funcionário Pena - detenção, de três meses a um ano.
por equiparação aquele que exerce suas atividades em: § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano,
a) autarquias (ex.: INSS); se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
b) sociedades de economia mista (ex.: Banco do Brasil); lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
c) empresas públicas (ex.: Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos); Peculato mediante erro de outrem
d) fundações instituídas pelo Poder Público (ex.: FUNAI). Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade
2) Passam a ser puníveis por crimes funcionais (arts. 312 que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
a 326 do CP) aqueles que exercem suas funções em Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
concessionárias ou permissionárias de serviço público
(empresas contratadas) e até mesmo em empresas Inserção de dados falsos em sistema de informações
conveniadas, como, p. ex., a Santa Casa de Misericórdia. O Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
conceito de funcionário público por equiparação não abrange inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados
as pessoas que trabalham em empresa contratada com a corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da
finalidade de prestar serviço para a Administração Pública Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
quando não se trata de atividade típica desta. Ex.: trabalhador para si ou para outrem ou para causar dano: )
de empreiteira contratada para construir viaduto. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Entende-se, ademais, que a equiparação do § 1º, em razão
do local onde está prevista no Código Penal, só se aplica Modificação ou alteração não autorizada de sistema de
quando se refere ao sujeito ativo do delito e nunca em relação informações
ao sujeito passivo. Ex.: ofender funcionário de uma autarquia Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
é injúria e não desacato. Se o mesmo funcionário, contudo, informações ou programa de informática sem autorização ou
apropriar-se de um bem da autarquia, haverá peculato, não solicitação de autoridade competente:
mera apropriação indébita. Embora esse entendimento seja Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
quase pacífico na doutrina, existe um conhecido julgado do Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até
STF em sentido contrário (RT, 788/526). a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a
Administração Pública ou para o administrado.
AUMENTO DA PENA
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou
autores dos crimes previstos neste Capítulo forem documento
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de
ou assessoramento de órgão da administração direta, que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação total ou parcialmente:
instituída pelo poder público. Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui
Cargo em comissão é o cargo para o qual o sujeito é crime mais grave.
nomeado em confiança, sem a necessidade de concurso
público. Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
O aumento também será cabível quando o agente ocupa Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa
função de direção ou assessoramento. da estabelecida em lei:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
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pronunciamento judicial acerca de sua manutenção. Este E) No mesmo prazo de vinte e quatro horas, será entregue
posicionamento despreza, veja-se, a inexistência de prévia ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela
ordem judicial para realizar tal prisão. autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o
Por fim, de acordo com uma terceira corrente, a prisão em das testemunhas (art. 306, §2º, CPP);
flagrante é ato complexo, composto de uma primeira fase F) Ao receber o auto de prisão em flagrante,
administrativa, que se dá com sua efetivação (isto é, a captura juntamente com o próprio detido, haverá a audiência de
do acusado), e de uma segunda fase processual, que se dá com custódia (Res. 213/2015, CNJ) e, posteriormente, o juiz deverá
sua apreciação pela autoridade judicial acerca de sua fundamentadamente poderá relaxar a prisão ilegal, ou
manutenção ou não de acordo com a presença dos requisitos e converter a prisão em flagrante em preventiva (quando
pressupostos ensejadores da prisão preventiva. presentes os requisitos do art. 312, do Código de Processo
Diz-se que o assunto caminha para a pacificação, pois, se Penal, e quando se revelarem inadequadas as medidas
desde a Lei nº 6.416/77 não mais se vislumbra a possibilidade cautelares diversas da prisão), ou conceder liberdade
de ficar alguém preso em flagrante durante todo o processo (o provisória com ou sem fiança (art. 310, CPP);
juiz, desde 1977, deveria apreciar a presença dos requisitos G) Se o juiz verificar pelo auto que o agente praticou o fato
ensejadores da prisão preventiva para manter ou não o em estado de necessidade, legítima defesa, estrito
flagrante), agora, com a Lei nº 12.403/11, ficou a prisão em cumprimento do dever legal, ou exercício regular de um
flagrante em condição excepcionalíssima, já que, de acordo direito (todos previstos no art. 23, do Código Penal), poderá,
com o atual art. 310, CPP, o juiz, ao receber o auto de prisão em fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
flagrante, deverá fundamentadamente relaxar a prisão se provisória, mediante termo de comparecimento a todos os
ilegal (inciso I), converter a prisão em flagrante em atos processuais, sob pena de revogação (art. 310, parágrafo
preventiva se presentes os requisitos do art. 312, CPP e se único, CPP).
revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado
cautelares diversas da prisão (inciso II), ou conceder a prisão, o preso será apresentado à prisão do lugar mais
liberdade provisória, com ou sem fiança (inciso III). próximo (art. 308, CPP).
Por fim, se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
Funções da prisão em flagrante liberdade, depois de lavrado o “APF” (auto de prisão em
São elas: flagrante) (art. 309, CPP).
A) Evitar a fuga do infrator;
B) Auxiliar na colheita de elementos probatórios; Espécies/modalidades de flagrante.
C) Impedir a consumação ou o exaurimento do delito. Vejamos a classificação feita pela doutrina:
A) Flagrante obrigatório. É aquele que se aplica às
Procedimento do flagrante autoridades policiais e seus agentes, que têm o dever de
O procedimento da prisão em flagrante está efetuar a prisão em flagrante;
essencialmente descrito entre os art. 304 e 310, do Código de B) Flagrante facultativo. É aquele efetuado por qualquer
Processo Penal: pessoa do povo, embora não seja o indivíduo obrigado a
A) Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá prender em flagrante, caso isso ameace sua segurança e sua
esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, integridade;
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso C) Flagrante próprio (ou flagrante perfeito) (ou flagrante
(art. 304, caput, primeira parte, CPP); verdadeiro). É aquele que ocorre se o agente é preso quando
B) Em seguida, procederá a autoridade competente à oitiva está cometendo a infração ou acaba de cometê-la. Sua previsão
das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do está nos incisos I e II, do art. 302, do Código de Processo Penal;
acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada D) Flagrante impróprio (ou flagrante imperfeito) (ou “quase
oitiva, suas respectivas assinaturas, lavrando a autoridade, ao flagrante”). É aquele que o ocorre se o agente é perseguido,
final, o auto (art. 304, caput, parte final, CPP); logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
C) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontrem pessoa, em situação que se faça presumir ser ele autor da
serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao infração. Sua previsão está no terceiro inciso, do art. 302, do
Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele Diploma Processual Penal.
indicada (art. 306, caput, CPP); Vale lembrar que não há um prazo pré-determinado para
D) Resultando das respostas às perguntas feitas ao esta perseguição, desde que ela seja contínua, ininterrupta.
acusado fundada suspeita contra o conduzido, a autoridade Assim, pode um agente ser perseguido por vinte e quatro horas
mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto após a prática delitiva, p. ex., e ainda assim ser autuado em
ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do processo ou flagrante;
inquérito se para isso for competente (se não o for, enviará os E) Flagrante presumido (ou flagrante ficto). É aquele que
autos à autoridade que o seja) (art. 304, §1º, CPP); ocorre se o agente é encontrado, logo depois do crime, com
E) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir
de prisão em flagrante, mas, nesse caso, com o condutor ser ele o autor da infração. Sua previsão está no art. 302, IV,
deverão assiná-lo ao menos duas pessoas que tenham CPP;
testemunhado a apresentação do preso à autoridade (art. 304, F) Flagrante preparado (ou “crime de ensaio”) (ou delito
§2º, CPP). Quando o acusado se recusar a assinar, não souber putativo por obra do agente provocador). A autoridade policial
ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será instiga o indivíduo a cometer o crime, apenas para prendê-lo
assinado por duas testemunhas que tenham ouvido sua leitura em flagrante. O entendimento jurisprudencial, contudo, é no
na presença deste (art. 304, §3º, CPP). Na falta ou no sentido de que esta espécie de flagrante não é válida, por se
impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela tratar de crime impossível. Neste sentido, há até mesmo a
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso Súmula nº 145, do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual
legal (art. 305, CPP); não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia
F) Em até vinte e quatro horas após a realização da prisão, torna impossível a sua consumação;
será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em G) Flagrante esperado. Aqui, a autoridade policial sabe que
flagrante, e caso o autuado não informe o nome de seu o delito vai acontecer, independentemente de instigá-lo ou
advogado, será encaminhada cópia integral deste auto para a não, e, portanto, se limita a esperar o início da prática do delito,
Defensoria Pública (art. 306, §1º, CPP); para efetuar a prisão em flagrante. Trata-se de modalidade de
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flagrante perfeitamente válida, apesar de entendimento imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas
minoritário que o considera inválido pelos mesmos motivos do respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
flagrante preparado; § 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o
H) Flagrante forjado (ou flagrante fabricado) (ou flagrante conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no
maquiado). É o flagrante “plantado” pela autoridade policial caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos
(ex.: a autoridade policial coloca drogas nos objetos pessoais atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se
do investigado somente para prendê-lo em flagrante). não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
I) Flagrante prorrogado (ou “ação controlada”) (ou § 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto
flagrante protelado). A autoridade policial retarda sua de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor,
intervenção, para que o faça no momento mais oportuno sob o deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
ponto de vista da colheita de provas. Sua legalidade depende testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
de previsão legal. Atualmente, encontra-se na Lei nº § 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou
12.850/13 (“Nova Lei das Organizações Criminosas”) e na Lei não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado
nº 11.343/06 (“Lei de Drogas”). por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na
Na Lei nº 12.850/13, em seu art. 3º, III, a ação controlada é presença deste.
permitida em qualquer fase da persecução penal, porém ao § 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá
contrário do previsto pela revogada Lei nº 9.034/95, devem constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas
ser observados alguns requisitos para o procedimento, tais idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de
como: comunicar sigilosamente a ação ao juiz competente que, eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
se for o caso, estabelecerá os limites desta e comunicará ao pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Ministério Público; até o encerramento da diligência, o acesso
aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer
delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de
investigações e ao término da diligência, elaborar-se-á auto prestado o compromisso legal.
circunstanciado acerca da ação controlada. Outrossim, na Lei
nº 11.343/06, em seu art. 53, II, a ação controlada é possível, Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se
desde que haja autorização judicial, ouvido o Ministério encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente,
Público. ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada.
Apresentação espontânea do acusado § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da
Antes de tal diploma normativo, o art. 317, CPP, previa que prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão
a apresentação espontânea do acusado à autoridade não em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu
impediria a decretação da prisão preventiva. Ou seja, a prisão advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
em flagrante não era possível (já que não havia flagrante: foi o § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante
agente quem se apresentou à autoridade policial, e não a recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo
autoridade policial que foi no encalço do agente), o que não da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
obstava, contudo, a decretação de prisão preventiva.
Com a Lei nº 12.403/11, tal dispositivo foi suprimido, Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da
causando alguma divergência doutrinária acerca da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções,
possibilidade de se prender em flagrante ou não em caso de constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as
livre apresentação por parte do acusado. Apesar de inexistir declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas,
qualquer entendimento doutrinário/jurisprudencial sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas
consolidado, até agora tem prevalecido a ideia de que a testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber
apresentação espontânea continua impedindo a prisão em tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade
flagrante. que houver presidido o auto.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz
I - está cometendo a infração penal; deverá fundamentadamente:
II - acaba de cometê-la; I - relaxar a prisão ilegal; ou
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando
ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se
da infração; revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, diversas da prisão; ou
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes
flagrante delito enquanto não cessar a permanência. dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de
7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá,
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. processuais, sob pena de revogação.
Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a
APOSTILAS OPÇÃO
04. (PC/AC - Delegado de Polícia Civil - IBADE/2017) O Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº
Tendo em vista a correta classificação, considera-se em 8.069/1990, é reconhecido internacionalmente como um dos
flagrante delito quem: mais avançados Diplomas Legais dedicados à garantia dos
(A) é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, direitos da população infanto-juvenil.68
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, é um conjunto
infração, ou seja, flagrante impróprio. de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como
(B) acaba de cometer a infração penal, ou seja, flagrante objetivo a proteção integral da criança e do adolescente,
próprio. aplicando medidas e expedindo encaminhamentos para o juiz. É
(C) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido o marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e
ou por qualquer pessoa em situação que faça presumir ser adolescentes.
autor da infração, ou seja, flagrante presumido.
(D) é preso por flagrante provocado. O ECA teve como inspiração as diretrizes fornecidas pela
(E) está cometendo a infração penal, ou seja, crime Constituição Federal de 1988, internalizando uma série de
imperfeito. normativas internacionais, como a Declaração dos Direitos da
Criança; as Regras mínimas das Nações Unidas para
05. (PC/PA - Investigador de Polícia Civil - administração da Justiça da Infância e da Juventude - Regras
FUNCAB/2016) A prisão em flagrante consiste em medida de Beijing; e as Diretrizes das Nações Unidas para prevenção
restritiva de liberdade de natureza cautelar e processual. Em da Delinquência Juvenil.
relação às espécies de flagrante, assinale a alternativa correta. O objetivo estatutário é a proteção dos menores de 18
(A) Flagrante próprio constitui-se na situação do agente anos, proporcionando a eles um desenvolvimento físico,
que, logo depois, da prática do crime, embora não tenha sido mental, moral e social condizente com os princípios
perseguido, é encontrado portando instrumentos, armas,
68
http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/caopca/eca_anotado_2013
_6ed.pdf.
APOSTILAS OPÇÃO
69 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm - Acesso em
06.02.2020.
APOSTILAS OPÇÃO
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em nos meios utilizados para fins de educação sob pena de
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a responsabilidade criminal e perda do poder familiar.70
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os
liberdade e à convivência familiar e comunitária. direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: da criança e do adolescente como pessoas em
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer desenvolvimento.
circunstâncias; A aplicação desta lei deve levar em conta a proteção
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de integral da criança e do adolescente que é o fim social que ela
relevância pública; busca alcançar. Cada caso em particular a ser sobrepesado
c) preferência na formulação e na execução das políticas pelo juiz deve revelar a singularidade da situação do menor
sociais públicas; como sujeito de direitos que requer especial atenção da
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas família, da sociedade e do Estado. Silvio Venosa (2004:175)
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. lembra com propriedade que “interpretar o Direito não
A instituição familiar é a base da sociedade, sendo significa simplesmente tornar clara a norma, mas
indispensável à organização social, conforme preceitua o Art. principalmente revelar seu sentido apropriado para a vida
226 da Constituição Federal. Não sendo regra, mas os real”.
adolescentes correm maior risco quando fazem parte de Nessa legislação do menor sua proteção se sobrepõe aos
famílias desestruturadas ou violentas. direitos de seus pais, tutores ou guardião, visto que na
Cabe aos pais o dever de sustento, guarda e educação dos aplicação da lei o magistrado atentará para o melhor interesse
filhos, não constituindo motivo de escusa a falta ou a carência da criança e do adolescente ao buscar a justiça na norma
de recursos materiais, sob pena da perda ou a suspensão do jurídica.71
pátrio poder.
Caso a família natural, comunidade formada pelos pais ou Jurisprudência:
qualquer deles e seus descendentes, descumpra qualquer de Administrativo. Processual civil. Recurso especial.
suas obrigações, a criança ou adolescente serão colocados em Competência. Juízo da infância e da juventude. Constituição
família substituta mediante guarda, tutela ou adoção. federal. Sistema da proteção integral. Criança e adolescente.
Sujeitos de direitos. Princípios da absoluta prioridade e do
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de melhor interesse da criança. Interesse disponível vinculado ao
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, direito fundamental à educação. Expressão para a coletividade.
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei Competência absoluta da vara da infância e da juventude.
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos Recurso provido. 1. A Constituição Federal alterou o anterior
fundamentais. Sistema de Situação de Risco então vigente, reconhecendo a
A criança e o adolescente estão a salvo de toda forma de criança e o adolescente como sujeitos de direitos, protegidos
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e atualmente pelo Sistema de Proteção Integral. 2. O corpo
opressão. O artigo 227 § 4° da Constituição Federal assegura normativo que integra o sistema então vigente é norteado,
proteção severa ao abuso, violência e exploração sexual da dentre eles, pelos Princípio da Absoluta Prioridade (art. 227,
criança e adolescente. caput, da CF) e do Melhor Interesse da Criança e do Adolescente.
Sofre negligência a criança e o adolescente privado de suas 3. Não há olvidar que, na interpretação do Estatuto e da Criança
necessidades básicas como saúde, alimentação, educação e "levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
lazer, pois seus pais ou responsáveis deixam de prover as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e
necessidades básicas para o desenvolvimento físico, coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente
emocional e social da criança e do adolescente. como pessoas em desenvolvimento" (art. 6º). 4. Os arts. 148 e
O menor é vítima de discriminação quando tratado com 209 do ECA não excepcionam a competência da Justiça da
desigualdade e preconceito em relação a outros indivíduos do Infância e do Adolescente, ressalvadas aquelas estabelecidas
seu meio. constitucionalmente, quais sejam, da Justiça Federal e de
Explorar a criança e o adolescente é tirar proveito dos competência originária. 5. Trata-se, in casu, indubitavelmente,
mesmos em qualquer âmbito das relações sociais, e ocorre, por de interesse de cunho individual, contudo, de expressão para a
exemplo, quando o menor é colocado para trabalhar em prol coletividade, pois vinculado ao direito fundamental à educação
dos interesses daquele que deveria zelar por sua proteção (art. 227, caput, da CF), que materializa, consequentemente, a
integral. dignidade da pessoa humana. 6. A disponibilidade (relativa) do
A criança e o adolescente são vítimas de violência ao lhe interesse a que se visa tutelar por meio do mandado de
sobrevir toda e qualquer forma de constrangimento físico e segurança não tem o condão de, por si só, afastar a competência
moral, maus tratos e tortura, atos com emprego de força física da Vara da Infância e da Juventude, destinada a assegurar a
não acidental provocada por pais, responsáveis, familiares ou integral proteção a especiais sujeitos de direito, sendo, portanto,
pessoas próximas. É no ambiente familiar que desponta a de natureza absoluta para processar e julgar feitos versando
maior violência em face do menor, local que deveria lhe acerca de direitos e interesses concernentes às crianças e aos
proporcionar segurança. adolescentes. 7. Recurso especial provido para reconhecer a
O dever de educação, correção e orientação dos pais competência da 16ª Vara Cível da Comarca de Aracaju (Vara da
encontra óbice na violência desmedida, abusiva ou exagerada, Infância e da Juventude) para processar e julgar o feito (STJ –
pois não se pode tolerar ou sequer admitir o uso de violência
física ou psicológica que coloquem em risco o
desenvolvimento pleno do menor ou mesmo que prejudique
sua saúde. A proteção da lei alcança todas as facetas da vida do
menor, portanto não podem os pais ou responsável exacerbar
APOSTILAS OPÇÃO
REsp 1199587 / SE, 2010/0101307-5, 21/10/2010, Rel. Min. A substituição da doutrina da situação irregular (etapa
Arnaldo Esteves Lima).72 tutelar) pela doutrina da proteção integral (etapa garantista -
art. 1º) ensejou uma limitação do poder punitivo estatal: a
Questões possibilidade de intervenção punitiva por medida
socioeducativa (art. 112) somente pode ser cogitada em face
01. (Prefeitura de Peruíbe/SP - Auxiliar de Transporte de uma conduta que seja tipificada como infração penal para
– VUNESP/2019) Em relação às disposições preliminares do os adultos. Em outras palavras, as situações de risco do art. 98
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, assinale a permitem a aplicação apenas das medidas de proteção (art.
alternativa correta. 101), pois as medidas socioeducativas (manifestação do poder
(A) O ECA adota como princípio geral a proteção da punitivo estatal) dependem da configuração de um ato
situação singular e individual do menor de dez anos. infracional praticado por adolescente (art. 112, caput).
(B) O ECA adota como princípio fundamental a proteção
integral à criança e ao adolescente. Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de
(C) Os casos expressos no ECA não se aplicam às pessoas dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
de 21(vinte e um) anos de idade, mesmo que Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
excepcionalmente. considerada a idade do adolescente à data do fato.
(D) Para os fins do ECA, considera-se adolescente a pessoa
a partir dos 13 (treze) anos de idade. Mas o que é imputabilidade penal? Imputabilidade
(E) Na interpretação do ECA, deverá ser levado em conta penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente
apenas os fins individuais de cada criança ou adolescente a que capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de
ele se dirige. um fato punível. O conceito de sujeito imputável é encontrado
no artigo 26, caput, do Código Penal, que trata dos
02. (Prefeitura de Belo Horizonte/MG - Guarda Civil inimputáveis. Neste contexto, podemos definir como
Municipal – FGR/2019) Acerca do Estatuto da Criança e do imputável o sujeito mentalmente são e desenvolvido, capaz de
Adolescente – ECA assinale a afirmativa CORRETA: entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo
(A) O ECA trata a criança como a pessoa de até doze anos com esse entendimento.
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e A inimputabilidade penal por idade, portanto, não significa
dezoito anos de idade, trazendo ainda, excepcionalidade de indiferença ou impunidade, mas apenas a impossibilidade de
que pode ser aplicado, em alguns casos, às pessoas entre 18 e imposição de sanções do direito penal comum (penas e
21 anos de idade. medidas de segurança).
(B) O ECA trata a criança como a pessoa de até treze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre treze e Sistema de
dezoito anos de idade, trazendo ainda, excepcionalidade de Idade Respostas
Responsabilidade
que pode ser aplicado, em alguns casos, às pessoas entre 18 e
Maiores de 18 Responsabilidade Penas ou medida
21 anos de idade.
anos penal de segurança
(C) O ECA trata a criança como a pessoa de até catorze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre catorze e Medidas
dezoito anos de idade, trazendo ainda, excepcionalidade de Responsabilidade socioeducativas
Adolescentes
que pode ser aplicado, em alguns casos, às pessoas entre 18 e especial (sanção) e de
21 anos de idade. proteção
(D) O ECA trata a criança como a pessoa de até quinze anos Medidas de
de idade incompletos, e adolescente aquela entre quinze e Crianças Irresponsabilidade
proteção
dezoito anos de idade, trazendo ainda, excepcionalidade de
que pode ser aplicado, em alguns casos, às pessoas entre 18 e Em que momento será analisada a responsabilidade do
21 anos de idade. autor do delito?
Para a aplicação do sistema de responsabilidade especial
Gabarito do ECA, "deve ser considerada a idade do adolescente à data
do fato" (art. 104, parágrafo único), ou seja, a idade do sujeito
01.B / 02.A no momento da conduta (ação ou omissão), ainda que outro
seja o momento do resultado (consumação). Trata-se de
Título III adoção da teoria da atividade, em consonância com o art. 4º do
Da Prática de Ato Infracional CP.
Capítulo I Crimes permanentes (ex.: sequestro), em que a conduta se
Disposições Gerais prolonga no tempo, são exceção à regra mencionada. Assim, se
um menor inicia a pratica de um sequestro e este somente se
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita consuma quando o ele atingir a maioridade este responderá
como crime ou contravenção penal. como adulto pelo crime e não por ato infracional.
O art. 103 do ECA considera "ato infracional a conduta
descrita como crime ou contravenção penal". Assim, o menor Importante destacar que a prescrição penal também se
de 18 anos não pratica infração penal (crime), mas ato aplica as medidas socioeducativas; nos termos do previsto
infracional. pela Súmula 338 do STJ. E ainda, que segundo posicionamento
Adota-se um mecanismo de tipicidade remetida (ao direito adotado pelo STF também se aplica o princípio da
penal comum), que incorpora o princípio da legalidade - insignificância ao ato infracional.
reserva legal e anterioridade - ao sistema de responsabilidade
especial do ECA (art. 5º, XXXIX, da CF; art. 40, n. 2, a, da Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
Convenção sobre os Direitos da Criança - Dec. 99.710/1990). corresponderão as medidas previstas no art. 101.
72 Disponível em:
ttps://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/ita.asp?registro=201001013075&dt_publi
cacao=12/11/2010.
APOSTILAS OPÇÃO
APOSTILAS OPÇÃO
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Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal A complexidade dos casos que envolvem a violação de
entendimento e as providências tomadas para a orientação, o direitos infanto-juvenis por vezes irá demandar a intervenção
apoio e a promoção social da família. de profissionais de outras áreas, tanto na fase da investigação
policial quanto na instrução processual (através da articulação
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente de ações - cf. art. 86, do ECA - entre as autoridades policial e
poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de judiciária e as equipes técnicas interprofissionais a serviço do
quem tenha legítimo interesse. Poder Judiciário e/ou do município), razão pela qual a coleta
de provas deve ser particularmente cautelosa e criteriosa,
Questão sempre na perspectiva de evitar que a criança ou adolescente
vítima seja submetida a uma situação vexatória ou
01. (Prefeitura de Peruíbe/SP - Secretário de Escola – constrangedora, sem perder de vista a celeridade (e prioridade
VUNESP/2019) De acordo com o art. 136 do Estatuto da - cf. art. 4º, par. único, alínea “b”, do ECA) na conclusão do
Criança e do Adolescente, são atribuições do conselho tutelar, processo.
dentre outras, a de
(A) garantir a frequência de todos alunos às aulas. Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública
(B) prestar serviços nas áreas de saúde, educação, serviço incondicionada.
social, trabalho e segurança dos programas de atendimento O Código Penal estabelece no art. 100 que a ação penal é
aos direitos da criança e do adolescente. pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa
(C) do ofendido. Assim, se não houver referência na norma de
encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua que a ação é privativa do ofendido, a ação penal é pública, de
competência. atribuição do Ministério Público de promovê-la.
(D) emitir certidões de nascimento e de óbito da criança ou
adolescente. A ação pública é a regra geral e sua iniciativa cabe ao órgão
(E) destituir o poder paterno sempre que comprovar ministerial que tem o dever de exercê-la independentemente
abandono ou maus tratos. de manifestação de quem quer que seja. O art. 100, § 1° do
Código Penal estabelece que a ação pública é promovida pelo
Gabarito Ministério Público, dependendo, quando a lei o exigir, de
representação do ofendido ou de requisição do Ministro da
01.C Justiça.
Na ação pública incondicionada a autoridade policial tem o
Título VII dever de promover a abertura do inquérito, independente de
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas requerimento, bastando para tal, conhecimento do delito (art.
Capítulo I 5°, I do CPP).
Dos Crimes Este dispositivo do Estatuto traduz a necessidade de se
Seção I prever os meios para chegar ao fim da almejada erradicação
Disposições Gerais da impunidade.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I do
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
prejuízo do disposto na legislação penal. 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei,
O Estatuto contém garantias às necessidades básicas da praticados por servidores públicos com abuso de autoridade,
criança e do adolescente, que devem ser atendidas são condicionados à ocorrência de reincidência. (Incluído pela
primeiramente pela família, sociedade e o Estado. No intento Lei nº 13.869. de 2019)
de oferecer proteção integral ao menor estão previstos no Parágrafo único .A perda do cargo, do mandato ou da
Estatuto especificamente os crimes que contra estes são função, nesse caso, independerá da pena aplicada na
cometidos, atribuindo as penalidades justas e necessárias ao reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)
infrator.
Seção II
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as Dos Crimes em Espécie
normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo,
as pertinentes ao Código de Processo Penal. Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de
Na verdade não existe qualquer diferencial, em termos estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter
processuais, entre os crimes previstos no ECA e os crimes registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo
previstos no Código Penal, ressalvado o fato de serem todos referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
aqueles de ação penal pública incondicionada (cf. art. 227, do parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica,
ECA). Interessante observar que o processo e julgamento declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do
destes crimes não está definido como sendo de competência parto e do desenvolvimento do neonato:
do Juízo da infância e da juventude (a contrariu sensu do Pena - detenção de seis meses a dois anos.
disposto no art. 148, do ECA), ficando, a rigor, a cargo do Juízo Parágrafo único. Se o crime é culposo:
criminal (ressalvada a existência de disposição em contrário Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
na Lei de Organização Judiciária local). A declaração de nascimento, que servirá de base ao
Seu processo e julgamento, no entanto, está também registro da criança, deverá ser fornecida gratuitamente,
sujeito ao princípio da prioridade absoluta à criança e ao independentemente do pagamento de eventual débito
adolescente, ex vi do disposto no art. 4º, par. único, alínea “b”, hospitalar.
do ECA e art. 227, caput, da CF e aos princípios e normas de
interpretação próprios do ECA e do Direito da Criança e do Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
Adolescente (devendo, portanto, por força do disposto nos estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar
arts. 1º, 6º e 100, par. único, inciso II, do ECA, ser as normas corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto,
incriminadoras interpretadas e aplicadas da forma que melhor bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10
assegure a proteção integral infanto-juvenil). desta Lei:
APOSTILAS OPÇÃO
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Numa interpretação sistemática da Lei nº 8.069/1990,
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. percebe-se que o dispositivo abrange não apenas aqueles
O crime previsto neste dispositivo trata da omissão de casos em que o dever de guarda decorre expressamente da lei
médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento que pode (como nos casos da guarda propriamente dita, tutela,
ser penalmente responsabilizado pela omissão no equiparação do dirigente da entidade de acolhimento
atendimento de gestante, como realização de exames e institucional ao guardião ou como atributo natural do poder
fornecimento do resultado dos exames à mesma, bem como familiar - cf. arts. 33 e 92, §1º, 36, par. único, do ECA e art.
conferir proteção ao neonato. 1.634, inciso II, do CC, respectivamente), mas também toda e
qualquer situação em que um adulto se coloca na posição de
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua “autoridade” e/ou de “cuidador” de uma criança ou
liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante adolescente, como é caso do policial quando da apreensão de
de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade criança ou adolescente em flagrante de ato infracional, o
judiciária competente: professor ou diretor da escola onde a criança estuda etc.
Pena - detenção de seis meses a dois anos. O crime em questão pode restar caracterizado quando da
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que violação dos direitos relacionados nos arts. 15 a 18, 53, inciso
procede à apreensão sem observância das formalidades legais. II, 109, 178 do ECA, dentre outros. O sujeito ativo será o pai,
O art. 5°, II da Carta Magna estabelece que ninguém será mãe, tutor, guardião, dirigente da entidade de entidade de
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em acolhimento familiar, policial, membro do Conselho Tutelar,
virtude de lei. O art. 16 desta lei estabelece como liberdade da Ministério Público ou Poder Judiciário, comissário de
criança e do adolescente ir, vir e estar nos logradouros vigilância da infância e da juventude, professor, diretor de
públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições escola e/ou qualquer outra pessoa que detém autoridade em
legais, a liberdade de opinião e expressão, de crença e culto relação a criança ou adolescente, assim como as pessoas
religioso, de brincar, praticar esportes e divertir-se, de encarregadas de sua guarda (lato sensu) ou vigilância. Para
participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação, caracterização da infração aqui tipificada, em tese, não há
de participar da vida política, na forma da lei e de buscar necessidade de que o agente use de violência ou grave ameaça
refúgio, auxílio e orientação. (tal qual ocorre com o tipo penal previsto no art. 146, do CP),
dada “ascendência” natural que o mesmo exerce em relação à
Devem ser consideradas as definições do CPP para as criança ou adolescente.
situações em que restará caracterizado o flagrante de ato
infracional, que serão exatamente as mesmas em que um Art. 233. Revogado.
imputável seria considerado em flagrante de crime ou
contravenção penal. Vale destacar que, contrariamente ao Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa,
sustentado por alguns, crianças que se encontrem em de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão
flagrante de ato infracional podem ser apreendidas (inclusive logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
como forma de preservar a ordem pública e mesmo de colocá- Pena - detenção de seis meses a dois anos.
las a salvo de represálias por parte de populares) e os atos O crime terá como sujeitos ativos tanto a autoridade
infracionais a elas atribuídos, a rigor, devem ser investigados policial quanto a autoridade judiciária. Vale lembrar que, seja
pela polícia judiciária (inclusive no que diz respeito à qual for o ato infracional praticado e mesmo quando perfeito
apuração da eventual participação de terceiros). A diferença o flagrante, a regra será a colocação do adolescente em
em relação aos adolescentes é que, na sequência, as crianças liberdade, inclusive pela própria autoridade policial,
acusadas deverão ser encaminhadas ao Conselho Tutelar, não independentemente de ordem judicial.
podendo, sob qualquer circunstância, permanecer privadas
de liberdade. Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado
nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela Os prazos a que se refere o dispositivo são: arts. 108, caput
apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata e 183 (internação provisória - 45 dias), 121, §2º (reavaliação
comunicação à autoridade judiciária competente e à família do judicial da necessidade de continuidade da medida de
apreendido ou à pessoa por ele indicada: internação - no máximo a cada 06 meses), 121, §3º c/c 122,
Pena - detenção de seis meses a dois anos. incisos I e II (período máximo de duração da medida de
A autoridade policial não pode apreender criança ou internação socioeducativa - 03 anos), 121, §5º (liberação
adolescente sem fazer imediata comunicação à autoridade compulsória - quando o jovem completar 21 anos), 122, inciso
judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa III c/c §1º (período máximo de duração da internação por
por ele indicada. Incidindo nessa conduta estará sujeita a descumprimento de medida anteriormente imposta - 03
penalidade de detenção de seis meses a dois anos. meses), 175, §1º (encaminhamento do adolescente
A comunicação da apreensão à autoridade judiciária, à apreendido ao MP - 24 horas), 185, §2º (transferência de
família do apreendido ou, na falta desta, à pessoa por ele adolescente apreendido da repartição policial para entidade
indicada (vide art. 100, par. único, inciso IX, do ECA) deve ser própria para adolescentes – 05 dias). Atentar para o fato de os
efetuada incontinenti, ou seja, no exato momento em que o referidos prazos serem computados do dia em que o
adolescente apreendido dá entrada na repartição policial, adolescente é apreendido (inclusive), não podendo ser em
devendo ser a lavratura do auto de apreensão em flagrante ou hipótese alguma dilatados ou prorrogados.
boletim de ocorrência circunstanciado efetuada na presença
dos pais ou responsável pelo adolescente, que na sequência já Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
irão, em regra, receber o adolescente liberado, firmando termo judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do
de compromisso de apresentação do adolescente ao Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
representante do MP, na forma do disposto no art. 174, do ECA. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Constitui o mesmo crime impedir ou embaraçar a ação
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua tanto da autoridade judiciária quanto de membro do Conselho
autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a Tutelar, o que reafirme o status de autoridade pública que este
constrangimento:
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APOSTILAS OPÇÃO
possui, instituído na já mencionada perspectiva de cena. O sujeito ativo do crime é qualquer pessoa. O simples ato
“desjudicializar” e agilizar o atendimento à criança e ao de fotografar criança ou adolescente em cena de sexo explícito
adolescente. ou pornográfica já caracteriza o crime neste artigo tipificado.
A lei pune com maior rigor aqueles que, prevalecendo-se
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem de sua função ou da relação de parentesco ou proximidade
o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com com a criança ou adolescente, a induz à prática das condutas
o fim de colocação em lar substituto: que o dispositivo visa coibir. Em qualquer caso, o eventual
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. “consentimento” da vítima e/ou o fato de já ter se envolvido
Para caracterização do tipo penal previsto neste em situações similares no passado é absolutamente
dispositivo é necessária a presença de dolo específico, ou seja, irrelevante para caracterização do crime.
a subtração da criança ou adolescente deve ter por objetivo a
colocação em lar substituto. Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou
outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. Para a caracterização do disposto no art. 241 do Estatuto
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece da Criança e do Adolescente, não se exige dano individual
ou efetiva a paga ou recompensa. efetivo, bastando o potencial. Significa não se exigir que, em
O conceito de “filho”, para fins de tipificação do disposto no face da publicação, haja dano real à imagem, respeito à
art. 238, do ECA, abrange o nascituro, sendo necessário, no dignidade de alguma criança ou adolescente, individualmente
entanto, que a oferta ou promessa seja efetuada a pessoa lesados. O tipo se contenta com o dano à imagem
determinada, e não de maneira genérica. abstratamente considerada. O Estatuto da Criança e do
Adolescente garante a proteção integral a todas as crianças e
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato adolescentes, acima de qualquer individualização.
destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior
com inobservância das formalidades legais ou com o fito de Dica: O Juízo competente para processar e julgar o crime
obter lucro: tipificado no art. 241, do ECA, é o Juízo do local onde ocorreu
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. a publicação das imagens pedófilo-pornográficas
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça envolvendo crianças e adolescentes, e não o do local onde
ou fraude: está situado o provedor que dá acesso à internet, ou onde
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena ocorreu sua efetiva visualização pelos usuários.
correspondente à violência.
Este artigo prevê duas modalidades de conduta. A primeira Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir,
é promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive
de criança ou adolescente para o exterior com inobservância por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia,
das formalidades legais. A segunda é promover ou auxiliar a vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
para o exterior com fito de obter lucro. Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
A lei pune a ação de quem promove e quem auxilia a § 1º Nas mesmas penas incorre quem:
efetivação de ato destinado ao envio de crianças para outro I - assegura os meios ou serviços para o armazenamento
país, sem as observâncias legais ou com fins lucrativos. O das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste
sujeito ativo deste crime pode ser qualquer pessoa que artigo;
promova ou auxilie. O sujeito passivo é a criança ou II - assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de
adolescente e o tipo objetivo consiste em promover a computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o
efetivação do ato. caput deste artigo.
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1º deste
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação
registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo.
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. O artigo em questão pune a simples conduta de oferecer,
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de
participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro
caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente envolvendo criança ou adolescente.
comete o crime:
I - no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer
exercê-la; meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
II - prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
ou de hospitalidade; ou criança ou adolescente:
III - prevalecendo-se de relações de parentesco Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de § 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de
tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, pequena quantidade o material a que se refere o caput deste
a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu artigo.
consentimento. § 2º Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a
Este artigo trata da proteção moral da criança e do finalidade de comunicar às autoridades competentes a
adolescente, e o que se pretende punir é a utilização de ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e
menores em cenas pornográficas, de sexo explícito ou 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
vexatório, tutelando a moralidade, o desenvolvimento sadio, o I - agente público no exercício de suas funções;
respeito e o decoro da criança e do adolescente envolvido na
APOSTILAS OPÇÃO
II - membro de entidade, legalmente constituída, que A Lei nº 10.826/2003, em seu art. 16, par. único, inciso V,
inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o também considera crime, punível de 03 (três) a 06 (seis) anos
processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes de reclusão, e multa, “vender, entregar ou fornecer, ainda que
referidos neste parágrafo; gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a
III - representante legal e funcionários responsáveis de criança ou adolescente”. Pode ser entendido que o art. 242, do
provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de ECA foi tacitamente revogado pelo citado art. 16, par. único, da
computadores, até o recebimento do material relativo à notícia Lei nº 10.826/2003, que além de se tratar de lei posterior,
feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder estabelece um tratamento mais rigoroso ao agente, por incluir
Judiciário. a multa como pena a ser também aplicada, conjuntamente com
§ 3º As pessoas referidas no § 2º deste artigo deverão a privativa de liberdade, prevendo ainda em seu art. 21 que tal
manter sob sigilo o material ilícito referido. infração é “insuscetível de liberdade provisória”.
A lei passa a criminalizar a simples posse de material
pornográfico envolvendo criança ou adolescente, sob qualquer Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar,
forma, visando assim coibir a ação de pessoas que mantém tais ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
registros para uso próprio. adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
produtos cujos componentes possam causar dependência
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou física ou psíquica:
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o
meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, fato não constitui crime mais grave.
vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: Foi criada justamente para permitir a punição daqueles
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. que fornecem a crianças e adolescentes produtos tais como
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, thinner e outros solventes, "cola de sapateiro" e outros
expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por inalantes, que por utilização indevida, podem causar
qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material dependência física ou psíquica. A rigor aqui também são
produzido na forma do caput deste artigo. enquadrados o cigarro comum (pois a nicotina nele contida
Para caracterização do crime tipificado neste artigo, comprovadamente pode causar dependência) e a bebida
sequer é necessário a prática real de sexo com criança ou alcoólica.
adolescente. Basta a simples simulação de tal prática, ainda
que por intermédio de montagem ou edição de cenas e Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
imagens. O objetivo da norma é desestimular toda e qualquer entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de
produção de imagens pornográficas envolvendo crianças ou estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
adolescentes. reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer
dano físico em caso de utilização indevida:
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela Aqui tutela-se a integridade física da criança e do
praticar ato libidinoso. adolescente, ao ser vedada a venda, fornecimento, ainda que
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. gratuito ou entrega de fogos de estampido ou de artifício,
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam
I - facilita ou induz o acesso à criança de material contendo incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de
cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela utilização indevida.
praticar ato libidinoso;
II - pratica as condutas descritas no caput deste artigo com Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais
o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à
sexualmente explícita. exploração sexual
O dispositivo refere-se apenas a crianças, não havendo a Pena - reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda
tipificação do crime quando as condutas aqui descritas de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do
envolverem adolescentes. É possível, no entanto, que as Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da
mesmas venham a caracterizar outros crimes, previstos no Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o
próprio ECA ou em outras leis, valendo observar, em especial, crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Redação
o disposto no art. 217-A, do CP (com a redação que lhe deu a dada pela Lei nº 13.440, de 2017)
Lei nº 12.015/2009), que considera “estupro” a prática de § 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente
qualquer ato libidinoso com menor de 14 (quatorze) anos. ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de
criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a artigo.
expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” § 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação
compreende qualquer situação que envolva criança ou da licença de localização e de funcionamento do
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou estabelecimento.
simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou O disposto no art. 244-A, do ECA, não pode ser
adolescente para fins primordialmente sexuais. interpretado de forma isolada, mas sim no contexto mais
Ao definir, de maneira expressa, o que deve ser entendido amplo de todo "Sistema Jurídico" que integra, declaradamente
como “cena de sexo explícito ou pornográfica”, o legislador quis voltado à "proteção integral" de todas as crianças e
evitar possíveis dúvidas quanto ao alcance da norma adolescentes, inclusive aquelas que, por sua maior
proibitiva, que deve ser o mais abrangente possível, em vulnerabilidade pessoal, familiar e social, praticam condutas
observância do disposto nos arts. 1º, 5º, 6º e 100, par. único, que contribuem para violação de seus direitos fundamentais
inciso II, do ECA. (cf. art. 98, inciso III, do ECA), até porque, logicamente, são
precisamente estas que mais reclamam a prometida
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou intervenção estatal protetiva. As normas instituídas no sentido
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, da responsabilização penal dos agentes que praticam abuso ou
munição ou explosivo: exploração sexual de crianças e adolescentes, como forma de
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
APOSTILAS OPÇÃO
resguardar, acima de tudo, o princípio da dignidade da pessoa pelas entidades de atendimento que o promovem, também se
humana. volta para sua vigilância e defesa, por meio de instituições
Pratica o crime aquele que se utiliza, diretamente do corpo públicas. Tendo como seu principal objetivo, assegurar os
da criança e do adolescente como produto do consumo, para direitos da pessoa idosa.
práticas sexuais, bem como aquele que favorece, propicia, O Estatuto do Idoso vem implementar a participação de
incentiva, induz, facilita ou promove a intermediação deste parcela significativa do povo brasileiro (os idosos), por
corpo em troca de dinheiro ou qualquer outra vantagem. A intermédio de entidades representativas, os Conselhos, que
circunstância de a vítima possuir experiência de vida e já estar têm por objetivo deliberar sobre políticas públicas, controlar
inserida na prostituição não é relevante porque se trata de ações de atendimento, além de zelar pelo cumprimento dos
delito formal em que a consumação independe da ocorrência direitos do idoso, de acordo com o novo Estatuto, em seu Art.
de resultado, como o efetivo prejuízo para a formação moral 7º.
ou a integridade física ou psíquica da adolescente.
Durante ou após a apuração dos crimes tipificados neste As entidades de atendimento ao idoso podem ser
artigo e em outros do CP que tenham sido violados, pode ser classificas como aquelas que executam atividades lucrativas e
instaurado, a pedido do Ministério Público, Conselho Tutelar atividades filantrópicas (que podem incluir gratuidade parcial
ou mesmo de ofício pelo juiz, um procedimento ou total de serviços). Contudo, suas obrigações são idênticas
administrativo, junto ao órgão municipal competente, no frente à questão do atendimento das necessidades do idoso,
sentido da cassação das licenças de localização e enquanto direito fundamental.
funcionamento do estabelecimento, evitando assim, desde
logo, continue a ser utilizado como ponto de exploração sexual O Estatuto do Idoso, assim como o ECA (Estatuto da
de crianças e adolescentes. Criança e do Adolescente), é mais um instrumento para a
realização da cidadania.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor O idoso possui direito à liberdade, à dignidade, à
de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou integridade, à educação, à saúde, a um meio ambiente de
induzindo-o a praticá-la: qualidade, entre outros direitos fundamentais (individuais,
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. sociais, difusos e coletivos), cabendo ao Estado, à Sociedade e
§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo à família a responsabilidade pela proteção e garantia desses
quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de direitos.
quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da Pode-se afirmar que o cerne do Estatuto está nas normas
internet. gerais que referem sobre a PROTEÇÃO INTEGRAL.
§ 2º As penas previstas no caput deste artigo são A natureza e essência encontram-se no Artigo 2º, quando
aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou estabelece a sucessão de direitos do idoso e visualiza sua
induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 condição como ser constituído de corpo, mente e espírito – já
de julho de 1990. prevê a preservação de seu bem-estar físico, mental e
A inclusão da norma no Estatuto da Criança e do espiritual – e identifica a existência de instrumentos que
Adolescente reclama sua interpretação e aplicação de acordo assegurem seu bem-estar.
com a sistemática consagrada por este Diploma Legal, tendo
por objetivo precípuo a “proteção integral” infanto-juvenil, FIQUE LIGADO: Artigos Importantes e bastante
consignada já em seu art. 1º. Assim sendo, necessário cobrados em CONCURSOS: Art.4º, Art.10, Art.15, Art.19 e
considerar o disposto no art. 6º estatutário, que juntamente Art.74, I
com os arts. 4º, caput, 5º, 17, 18 e 70, impõe a todos o dever de
assegurar a plena efetivação dos direitos infanto-juvenis e de
Art.230 da Constituição Federal- A Família, a sociedade e
colocar crianças e adolescentes a salvo de situações o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando
potencialmente lesivas a seus interesses. Diante de tal sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e
constatação, inevitável concluir que o crime tipificado neste bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
artigo é meramente formal, razão pela qual irrelevante o fato §1º. Os programas de amparo aos idosos serão executados
de as crianças ou adolescentes com as quais o crime é preferencialmente em seus lares.
praticado tenham ou não antecedentes infracionais. §2º. Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a
gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
APOSTILAS OPÇÃO
BEM-ESTAR: O que são maus-tratos? Maus-tratos contra Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular
idosos não são apenas agressões físicas de fato, como aqueles os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior
espancamentos horríveis que vivem aparecendo no noticiário. a 60 (sessenta) anos.
Deixar um velho sozinho a maior parte do tempo, não trocar a
fralda geriátrica na frequência necessária ou não oferecer Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais
alimentação adequada também são exemplos de ações inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral
consideradas maus-tratos pelo Estatuto do Idoso. A quem de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros
recorrer? Qualquer tipo de denúncia pode ser registrada meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação
numa delegacia do idoso, presente em vários municípios, ou de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
mesmo numa delegacia comum. Para pedidos de pensão intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
alimentícia, vá à Defensoria Pública. Em situações de risco, dignidade.
como abandono ou maus-tratos, também é possível procurar
o promotor de Justiça no Ministério Público.
73 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741compilado.htm - acesso
em 10.02.2020.
APOSTILAS OPÇÃO
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis)
negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e meses a 1 (um) ano e multa:
todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por
punido na forma da lei. motivo de idade;
§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou
direitos do idoso. trabalho;
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar
prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados. de prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
Art. 5º A inobservância das normas de prevenção motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a
importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos que alude esta Lei;
termos da lei. V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos
indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei,
Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à quando requisitados pelo Ministério Público.
autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei
que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento. Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em
Art. 7º Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito que for parte ou interveniente o idoso:
Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do
idoso, definidos nesta Lei. Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos,
pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes
[...] aplicação diversa da de sua finalidade:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
CAPÍTULO II
DOS CRIMES EM ESPÉCIE Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso,
como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal entidade de atendimento:
pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
182 do Código Penal.
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como
dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de qualquer outro documento com objetivo de assegurar
transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio recebimento ou ressarcimento de dívida:
APOSTILAS OPÇÃO
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. (A) É dever exclusivo dos familiares prevenir as ameaças
ou violação aos direitos do idoso.
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de (B) A proteção ao idoso deve ser restrita à preservação de
comunicação, informações ou imagens depreciativas ou sua saúde física e mental.
injuriosas à pessoa do idoso: (C) Somente as pessoas físicas poderão ser
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. responsabilizadas pela inobservância das normas de
prevenção e proteção ao idoso.
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus (D) O Estatuto do Idoso, por ser norma especial em razão
atos a outorgar procuração para fins de administração de bens da matéria, impede a aplicação de qualquer outra legislação.
ou deles dispor livremente: (E) Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, testemunhado ou de que tenha conhecimento.
contratar, testar ou outorgar procuração:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. Gabarito
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem 01.D / 02.E / 03.D/ 04.E
discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Questões
LEI Nº 10.826, DE 22 DE
DEZEMBRO DE
01. (Pref. de Xaxim/SC - Assistente Social - ASSCONPP) 2003(ESTATUTO DO
Assinale a alternativa correta a respeito do estatuto do idoso.
(A) Priorização do atendimento do idoso por sua própria
DESARMAMENTO): Do Porte
família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que (art. 6º ao 11ª); Dos Crimes e
não a possuam ou careçam de condições de manutenção da das Penas (art.12 ao 21).
própria sobrevivência.
(B) Atendimento preferencial imediato e individualizado
junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à
população. Caro (a) candidato (a), tendo em vista que o edital cobrou
(C) Garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de a presente lei em duplicidade, disponibilizaremos na íntegra.
assistência social locais. Bons estudos.
(D) Todas as alternativas estão corretas
Estatuto do Desarmamento
02. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP) Minerva,
45 anos de idade, é filha de Pomona, 62 anos de idade. Ambas O Estatuto do Desarmamento é uma lei federal, que fora
vivem juntas. Quando Pomona veio a adoecer gravemente, regulamentada em razão da necessidade da aplicação de
Minerva a levou para um hospital público e lá a abandonou sob alguns de seus artigos, entre eles o teste psicotécnico para a
os cuidados médicos do estabelecimento, não mais retornando aquisição e porte de armas de fogo, marcação de munição e
para buscá-la. Essa conduta de Minerva. indenização para o indivíduo que possuísse arma e a
(A) é considerada um crime de preconceito punível pelo entregasse, conforme solicitado.
Estatuto do Idoso A presente lei proíbe o porte de armas por civis, com
(B) não é considerada como crime, uma vez que Pomona, exceção para os casos onde haja necessidade comprovada;
embora abandonada, foi deixada sob cuidados médicos. nesses casos, haverá uma duração previamente determinada e
(C) não é considerada crime, por se tratar de hospital sujeita o indivíduo à demonstração de sua necessidade em
público, que tem a obrigação legal de cuidar de Pomona. portá-la, com efetuação de registro e porte junto à Polícia
(D) seria considerada crime pelo Estatuto do Idoso apenas Federal (Sinarm), para armas de uso permitido, ou ao
se Pomona fosse maior de 65 anos de idade. Comando do Exército (Sigma), para armas de uso restrito, e
(E) é considerada um crime pelo Estatuto do Idoso. pagar as taxas, que foram aumentadas
Frise-se que o porte pode ser cassado a qualquer tempo,
03. (DPE/PB - Defensor Público - FCC) O Estatuto do principalmente no caso do portador ser abordado com sua
Idoso define o idoso como aquele com idade igual ou superior arma em estado de embriaguez ou ainda sob efeito de drogas
a ou medicamentos que provoquem alteração do desempenho
(A) 60 (sessenta) anos, garantindo a ele todos os direitos intelectual ou motor.
previstos no respectivo diploma legal. Destarte, a Lei estabelece que somente poderão portar
(B) 65 (sessenta e cinco) anos, garantindo a ele todos os arma de fogo os responsáveis pela garantia da segurança
direitos previstos no respectivo diploma legal. pública, integrantes das Forças Armadas, policiais civis,
(C) 70 (setenta) anos, garantindo a ele todos os direitos militares, federais e rodoviários federais, agentes de
previstos no respectivo diploma legal. inteligência, agentes e guardas prisionais, auditores fiscais e os
(D) 60 (sessenta) anos, mas estabelecendo idades e agentes de segurança privada unicamente quando em serviço.
circunstâncias diferenciadas para o exercício pleno de todos os
direitos previstos no respectivo diploma legal.
(E) 65 (sessenta e cinco) anos, mas estabelecendo idades e
circunstâncias diferenciadas para o exercício pleno de todos os
direitos previstos no respectivo diploma legal.
APOSTILAS OPÇÃO
74 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.826compilado.htm - Acesso
em 10.02.2020.
APOSTILAS OPÇÃO
I - emissão de certificado de registro provisório pela XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da
internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros
Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de
estimar como necessário para a emissão definitiva do segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo
certificado de registro de propriedade. Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto Ministério Público - CNMP.
no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio § 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput
toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei deste artigo terão direito de portar arma de fogo de
nº. 13.870/2019). propriedade particular ou fornecida pela respectiva
Fique ligado.. corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos
As bancas de concurso público querem saber se o do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional
candidato está atualizado, portanto essa informação sobre os para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
residentes em área rural do artigo 5º pode ser cobrada em § 1º-A. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
prova. E indo um pouco mais além, a pegadinha que caberia § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e
para um tipo de questão é afirmar que considera-se residência guardas prisionais poderão portar arma de fogo de
ou domicílio apenas a extensão que compreende cultivo, propriedade particular ou fornecida pela respectiva
criação de animais, mas sempre pense que a área rural aqui corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que
será toda a extensão do imóvel. estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído
CAPÍTULO III pela Lei nº 12.993, de 2014)
DO PORTE II - sujeitos à formação funcional, nos termos do
regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de
território nacional, salvo para os casos previstos em legislação controle interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
própria e para: § 1º-C. (VETADO).
I – os integrantes das Forças Armadas; § 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X
IV e V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da do caput deste artigo está condicionada à comprovação do
Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta
pela Lei nº 13.500, de 2017) Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei.
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das
São órgãos do artigo 144, CF: guardas municipais está condicionada à formação funcional de
I - polícia federal; seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade
II - polícia rodoviária federal; policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de
III - polícia ferroviária federal; controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento
IV - polícias civis; desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça.
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias
federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o
Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos direito descrito no art. 4o, ficam dispensados do cumprimento
mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do
desta Lei; regulamento desta Lei.
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e
com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de
(quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
Leve em mente para a sua prova o número de habitantes categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso
que permite dos municípios que permitem que os guardas permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
municipais andem armados. alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde
que o interessado comprove a efetiva necessidade em
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes
Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do documentos:
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da I - documento de identificação pessoal;
República; II - comprovante de residência em área rural; e
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, III - atestado de bons antecedentes.
IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; § 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e arma de fogo, independentemente de outras tipificações
guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por
guardas portuárias; disparo de arma de fogo de uso permitido.
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de § 7o Aos integrantes das guardas municipais dos
valores constituídas, nos termos desta Lei; Municípios que integram regiões metropolitanas será
IX – para os integrantes das entidades de desporto autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.
legalmente constituídas, cujas atividades esportivas
demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das
desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação empresas de segurança privada e de transporte de valores,
ambiental. constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente
Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas
Auditor-Fiscal e Analista Tributário. observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas
APOSTILAS OPÇÃO
pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso
autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome permitido, em todo o território nacional, é de competência da
da empresa. Polícia Federal e somente será concedida após autorização do
§ 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de Sinarm.
segurança privada e de transporte de valores responderá pelo § 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser
crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos
prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua física;
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;
ocorrido o fato. III – apresentar documentação de propriedade de arma de
§ 2o A empresa de segurança e de transporte de valores fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
deverá apresentar documentação comprobatória do § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste
preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta Lei artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador
quanto aos empregados que portarão arma de fogo. dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob
§ 3o A listagem dos empregados das empresas referidas efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao
Sinarm. Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores
constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das relativos:
instituições descritas no inciso XI do art. 6o serão de I – ao registro de arma de fogo;
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas II – à renovação de registro de arma de fogo;
instituições, somente podendo ser utilizadas quando em III – à expedição de segunda via de registro de arma de
serviço, devendo estas observar as condições de uso e de fogo;
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela V – à renovação de porte de arma de fogo;
Polícia Federal em nome da instituição. VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma
§ 1º A autorização para o porte de arma de fogo de que de fogo.
trata este artigo independe do pagamento de taxa. § 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à
§ 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e do
Público designará os servidores de seus quadros pessoais no Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas
exercício de funções de segurança que poderão portar arma de responsabilidades.
fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por § 2o São isentas do pagamento das taxas previstas neste
cento) do número de servidores que exerçam funções de artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos I
segurança. a VII e X e o § 5o do art. 6o desta Lei.
§ 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de
que trata este artigo fica condicionado à apresentação de Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as
documentação comprobatória do preenchimento dos condições do credenciamento de profissionais pela Polícia
requisitos constantes do art. 4o desta Lei, bem como à Federal para comprovação da aptidão psicológica e da
formação funcional em estabelecimentos de ensino de capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.
atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização § 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor
e de controle interno, nas condições estabelecidas no cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos
regulamento desta Lei. honorários profissionais para realização de avaliação
§ 4º A listagem dos servidores das instituições de que trata psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho
este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm. Federal de Psicologia.
§ 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a § 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor
registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não poderá
eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua munição.
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de § 3o A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§
ocorrido o fato. 1 e 2o deste artigo implicará o descredenciamento do
o
APOSTILAS OPÇÃO
É crime permanente, ou seja, seu momento consumativo se Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição de
prolonga no tempo. uso permitido ou restrito.
Conduta: Consumação e tentativa:
As condutas são 2: Consumação: só ocorre após 24 horas do fato.
a- possuir; É crime omissivo puro ou próprio, por isso não admite
b- manter sob guarda. tentativa.
Atenção! A posse ou manutenção da arma de fogo,
acessório ou munição de uso permitido deve dar-se no interior Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
da residência do sujeito ativo, ou dependência desta, ou ainda Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
responsável legal do estabelecimento ou empresa. emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
Arma de fogo, acessório ou munição em local de arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
trabalho configura qual crime? autorização e em desacordo com determinação legal ou
Depende. Pode ser crime de posse ou crime de porte, regulamentar:
depende se infrator é proprietário do local ou não. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição, de Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
uso permitido. É norma penal em branco, portanto, seu inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada
complemento encontra-se num Decreto. em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1 – que declarou
Elemento subjetivo: dolo. inconstitucional esse dispositivo)
Consumação:
A consumação se dá com a mera posse ou guarda da arma, Breves comentários:
mesmo que a conduta não gera real situação de perigo. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum).
Não admite tentativa. Sujeito passivo: coletividade (crime vago).
É crime permanente, ou seja, seu momento consumativo se
Omissão de cautela prolonga no tempo.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora Conduta:
de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja A conduta do art. 14 é de ação múltipla ou variada (tipo
sob sua posse ou que seja de sua propriedade: misto alternativo). Temos ao total treze verbos (portar, deter,
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
Breves comentários: empregar, manter sob guarda ou ocultar),
Sujeito ativo: proprietário ou possuidor da arma (crime O porte não se restringe somente a conduta de portar
próprio). (fornecer, emprestar, remeter, etc.).
Sujeito passivo: temos dois. Primário, a coletividade; Segundo o STJ a conduta “arma enterrada no quintal da
secundário, as pessoas menores de 18 anos e as pessoas casa” caracteriza porte de arma (“ocultar”).
portadoras de deficiência mental. Esse crime admitirá tentativa em algumas condutas, como
Conduta: “Deixar de observar as cautelas necessárias” [...] por exemplo na modalidade “adquirir”.
Esse crime é omissivo puro ou próprio, ou seja, a omissão Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição, de
criminosa está no próprio tipo incriminador. uso permitido.
É crime culposo. Porque “deixar de observar as cautelas Consumação: com a prática de uma ou mais condutas
necessárias” indica quebra do dever de cuidado objetivo, que previstas no tipo penal.
configura conduta culposa. Atenção! Sendo crime de conteúdo variado, a prática de
Consumação: mais de uma conduta não importa em concurso de crimes.
A consumação ocorre com o apoderamento da arma pela A tentativa, em tese, é admitida.
vítima.
Por ser crime omissivo puro e culposo não admite Disparo de arma de fogo
tentativa. Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em
Objeto material: arma de fogo de uso permitido ou restrito. lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
Atenção! acessório e munição não são objetos materiais direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
do crime. finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança inafiançável. (Vide Adin 3.112-1 – que declarou
e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência inconstitucional esse dispositivo)
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou
outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou Breves comentários:
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum).
quatro) horas depois de ocorrido o fato. Sujeito passivo: a coletividade.
Condutas:
Breves comentários: a. Disparar arma de fogo.
A doutrina chama o parágrafo único do art. 13 de Omissão b. Acionar munição: é o simples acionamento de munição
de Comunicação. sem disparo.
Sujeito ativo: proprietário ou diretor responsável de # O disparo acidental é considerado crime?
empresa de transporte de valores e de segurança (crime Não, porque o crime é punido somente na forma dolosa.
próprio). Caso o disparo atingir alguém o agente responderá por
Sujeito passivo: primário, Estado; secundário, coletividade. homicídio culposo ou lesão corporal.
Condutas: Consumação:
a. Deixar de comunicar a polícia federal; O crime consuma-se com o disparo.
b. Deixar de registrar ocorrência policial; Admite-se a tentativa, embora difícil de ocorrer na prática.
APOSTILAS OPÇÃO
Cuidado! O elemento espacial do tipo está na expressão: importação, sem autorização da autoridade competente, a
“[...] lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou agente policial disfarçado, quando presentes elementos
em direção a ela [...]”. Não há crime se o disparo ocorrer em probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
lugar ermo, desabitado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Observação: a quantidade de disparos será considerada
na dosagem da pena. Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito forem de uso proibido ou restrito.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou pena é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei nº
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, 13.964, de 2019)
sem autorização e em desacordo com determinação legal ou I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas
regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (Incluído pela Lei nº
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela II - o agente for reincidente específico em crimes dessa
Lei nº 13.964, de 2019) natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal
de identificação de arma de fogo ou artefato; Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
II – modificar as características de arma de fogo, de forma insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1 – que
a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou declarou inconstitucional esse dispositivo)
restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir
a erro autoridade policial, perito ou juiz; Atenção!
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato Com o julgamento da ADI 3112-1 pelo STF os parágrafos
explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo únicos dos arts. 14, 15 e o art. 21 do Estatuto do
com determinação legal ou regulamentar; Desarmamento foram declarados inconstitucionais.
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma Os dois primeiros dispositivos vedavam a fiança e o
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de último não permitia a liberdade provisória aos crimes
identificação raspado, suprimido ou adulterado; previstos nos arts. 16, 17 e 18 do Estatuto.
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, Portanto, atualmente é cabível fiança e liberdade
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou provisória em todos os crimes do Estatuto do Desarmamento,
adolescente; e até mesmo crimes de tráfico internacional de armas e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, comércio ilegal.
ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo CAPÍTULO V
envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de DISPOSIÇÕES GERAIS
reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios
com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
Comércio ilegal de arma de fogo disposto nesta Lei.
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma definição das armas de fogo e demais produtos controlados, de
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder
munição, sem autorização ou em desacordo com determinação Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
legal ou regulamentar: Exército.
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. § 1o Todas as munições comercializadas no País deverão
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) estar acondicionadas em embalagens com sistema de código
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o informações definidas pelo regulamento desta Lei.
exercido em residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de § 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão
2019) expedidas autorizações de compra de munição com
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma identificação do lote e do adquirente
de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em § 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da
desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de
agente policial disfarçado, quando presentes elementos segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) previstos no art. 6o.
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas
Tráfico internacional de arma de fogo municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do desta Lei e no seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de
acessório ou munição, sem autorização da autoridade suas atividades, mediante autorização concedida nos termos
competente: definidos em regulamento.
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e
entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
APOSTILAS OPÇÃO
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação,
controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma sem ônus para o requerente.
de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu
do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo apresentação de documento de identificação pessoal e
juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal
(quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos
de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada
regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.886, de na qual constem as características da arma e a sua condição de
2019) proprietário, ficando este dispensado do pagamento de taxas
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do e do cumprimento das demais exigências constantes dos
Exército que receberem parecer favorável à doação, incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei.
obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no
órgão de segurança pública, atendidos os critérios de caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de
Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado registro provisório, expedido na forma do § 4o do art. 5o desta
trimestral a ser encaminhado àquelas instituições, abrindo-se- Lei.
lhes prazo para manifestação de interesse.
§ 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo
decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou de qualquer adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá-
forma utilizadas em atividades ilícitas de produção ou las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos
comercialização de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham termos do regulamento desta Lei.
sido adquiridas com recursos provenientes do tráfico de
drogas de abuso, perdidas em favor da União e encaminhadas Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo
para o Comando do Exército, devem ser, após perícia ou poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
vistoria que atestem seu bom estado, destinadas com presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do
prioridade para os órgãos de segurança pública e do sistema regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse
penitenciário da unidade da federação responsável pela irregular da referida arma.
apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil
armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme
seu perdimento em favor da instituição beneficiada. especificar o regulamento desta Lei:
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário,
responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por
seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte
§ 4o (VETADO) de arma ou munição sem a devida autorização ou com
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o inobservância das normas de segurança;
encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de II – à empresa de produção ou comércio de armamentos
arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da que realize publicidade para venda, estimulando o uso
relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações
características e o local onde se encontram. especializadas.
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com
comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob
simulacros de armas de fogo, que com estas se possam pena de responsabilidade, as providências necessárias para
confundir. evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os garantidos pelo inciso VI do art. 5o da Constituição Federal.
simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação
coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo dos serviços de transporte internacional e interestadual de
Comando do Exército. passageiros adotarão as providências necessárias para evitar
o embarque de passageiros armados.
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,
excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros
restrito. balísticos serão armazenados no Banco Nacional de Perfis
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
aquisições dos Comandos Militares. § 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como
objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar características
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos de classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de
adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das munição deflagrados por arma de fogo. (Incluído pela Lei nº
entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput 13.964, de 2019)
do art. 6o desta Lei. § 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído
pelos registros de elementos de munição deflagrados por
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações
concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação destinadas às apurações criminais federais, estaduais e
desta Lei. distritais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de § 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela
validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, unidade oficial de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 13.964, de 2019)
APOSTILAS OPÇÃO
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis 03. (CODEBA - Guarda Portuário - FGV) Segundo o
Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou Estatuto do Desarmamento, para adquirir arma de fogo de uso
promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva
Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e necessidade, atender aos seguintes requisitos:
administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I. comprovação de idoneidade.
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base II. apresentação de documento comprobatório de
de dados do Banco Nacional de Perfis Balísticos. (Incluído pela ocupação lícita e de residência certa.
Lei nº 13.964, de 2019) III. comprovação de capacidade técnica e de aptidão
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de psicológica para o manuseio de arma de fogo.
Perfis Balísticos serão regulamentados em ato do Poder
Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
CAPÍTULO VI (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
DISPOSIÇÕES FINAIS (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
munição em todo o território nacional, salvo para as entidades
previstas no art. 6o desta Lei. 04. (MPE/SC - Promotor de Justiça - MPE/SC) O tipo
§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de penal do art. 15 da Lei n. 10.826/03 (Estatuto do
aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em Desarmamento) prevê pena de reclusão e multa para a
outubro de 2005. conduta de disparar arma de fogo ou acionar munição em
§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação direção a ela, apresentando, contudo, uma ressalva que
de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral. caracteriza ser o crime referido de natureza subsidiária, qual
seja, desde que as condutas acima referidas não tenham como
Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de finalidade a prática de outro crime.
1997. ( ) Certo ( ) Errado
Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 05. (CODEBA - Guarda Portuário - FGV) De acordo com
o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a
Anexo afirmativa correta.
Disponível em: (A) A aquisição de munição no calibre correspondente à
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.826com arma registrada é ilimitada, mas, em outro calibre, a
pilado.htm quantidade deve ser registrada.
(B) A empresa que comercializa arma de fogo em território
Questões nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
competente.
01. (CODESA - Guarda Portuário - FUNCAB) Sobre o (C) A empresa que comercializa armas de fogo e acessórios
Estatuto do Desarmamento (Lei n° 10.826, de 2003), é correto responde legalmente por essas mercadorias que, mesmo
afirmar que: depois de vendidas, ficam registradas como de sua
(A) a supressão de sinal identificador de arma de fogo é propriedade.
conduta equiparada ao porte de arma de fogo de uso (D) A empresa que comercializa arma de fogo em território
permitido. nacional está desobrigada a manter banco de dados com as
(B) há norma penal no Estatuto do Desarmamento características das armas vendidas.
tratando dos artefatos explosivos, mas não dos incendiários. (E) A comercialização de armas de fogo, acessórios e
(C) se o comércio é clandestino, não se caracteriza o crime munições entre pessoas físicas obedece à lei da oferta e da
de comércio ilegal de arma de fogo. procura e de autorização do SINARM.
(D) constitui crime previsto na lei especial disparar
culposamente arma de fogo em direção à via pública. Gabarito
(E) quando a arma de fogo é de uso restrito, posse e porte
são punidos pelo mesmo tipo penal. 01.E / 02.A / 03.E / 04.Certo / 05.B
APOSTILAS OPÇÃO
às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e inverte § 2o Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as
a lógica da hierarquia de poder em nossa sociedade, de modo condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos
a privilegiar as mulheres e dotá-las de maior cidadania e enunciados no caput.
conscientização dos reconhecidos recursos para agir e se
posicionar, no âmbito familiar e social, garantindo-lhes sua Art. 4o Na interpretação desta Lei, serão considerados os
emancipação e autonomia. fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições
peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e
Segue abaixo a Lei Maria da Penha em sua integralidade: familiar.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Qualquer relação íntima de afeto: aqui independe de
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: coabitação.
APOSTILAS OPÇÃO
e) Violência moral: qualquer conduta que configure violência doméstica e familiar. Para efeitos de proteção da lei,
calúnia, difamação ou injúria. a criação das condições necessárias para o efetivo exercício
dos direitos compete
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra (A) ao companheiro e à família.
a mulher, entre outras: (B) à família e ao Poder Judiciário.
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que (C) à família, à sociedade e ao poder público.
ofenda sua integridade ou saúde corporal; (D) à sociedade e ao companheiro.
II - a violência psicológica, entendida como qualquer (E) aos filhos e ao Estado.
conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 03. (TJ/AC - Juiz de Direito Substituto - VUNESP/2019)
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas Em relação à violência doméstica e ao quanto previsto na Lei
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, n° 11.340/06 (Lei Maria da Penha), assinale a alternativa
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, correta.
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, (A) O crime de descumprimento de medidas protetivas de
chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, urgência é inafiançável.
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro (B) A violência patrimonial também pode ser considerada
meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à forma de violência doméstica e familiar contra a mulher.
autodeterminação; (Redação dada pela Lei nº. 13.772/2018) (C) A prisão preventiva do agressor poderá ser decretada
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta pelo juiz de ofício somente durante a instrução, mas não
que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de durante o inquérito policial.
relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, (D) Configura violência doméstica e familiar contra a
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante afeto, desde que o agressor conviva ou tenha convivido sob o
coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou mesmo teto com a ofendida.
anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer Gabarito
conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial
ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, 01.C / 02.C / 03.B
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades; LEI Nº 4.898, DE 09 DE
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta
que configure calúnia, difamação ou injúria. DEZEMBRO DE 1965 (LEI DE
ABUSO DE AUTORIDADE): Art.
Questões 3º ao 6º.
01. (Câmara de Piracicaba/SP - Advogado -
VUNESP/2019) Maria é casada com João há 10 anos. Sempre
dependeu financeiramente do marido. Recentemente João Caro (a) candidato (a), a Lei 4.898/65 foi revogada pela Lei
passou a tratar a esposa de maneira diferente. Num primeiro 13.898/65. Assim, disponibilizaremos a Lei de forma
momento, passou a chamá-la de gorda e vagabunda. Depois atualizada. Bons estudos.
disse que ela estava proibida de tomar anticoncepcional, pois
era caro e ela que se virasse para não engravidar, porque ele LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 201976
não faria nada para evitar filhos. Por fim, disse em uma festa
de família que Maria era ladra, pois, se ele estava endividado, Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a Lei
isso se dava por que Maria “roubava” o dinheiro dele. nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de
Diante desse quadro, nos termos da Lei n° 11.340/2006, é julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº
certo afirmar que 8.906, de 4 de julho de 1994; e revoga a Lei nº 4.898, de 9 de
(A) o primeiro ato de João contra Maria é exclusivamente dezembro de 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de
de violência moral. 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
(B) de todos os atos praticados por João contra Maria, o da
violência física foi o mais grave. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
(C) impedir Maria de usar anticoncepcional pode ser
enquadrado como violência sexual. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
(D) a acusação de “roubo” contra Maria se configura a seguinte Lei:
exclusivamente como violência psicológica.
(E) o ato de impedir que Maria utilize anticoncepcional, [...]
alegando seu preço alto, é tanto violência patrimonial quanto
moral. CAPÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
02. (SEASTER/PA - Técnico de Enfermagem -
IADES/2019) A Lei nº 11.340/2006, denominada Lei Maria da Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal
Penha, cria mecanismos para coibir e prevenir a violência pública incondicionada.
doméstica e familiar contra a mulher, bem como estabelece § 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não
medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público
aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
APOSTILAS OPÇÃO
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas O Município de Iguassú foi criado no dia 15 de janeiro de
independentemente das sanções de natureza civil ou 1833, com sua sede instalada às margens do Rio Iguassú, que
administrativa cabíveis. serviu de inspiração para o seu nome. Ele surgiu a partir da
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei Vila de Iguassú – uma localidade que desde o século XVIII era
que descreverem falta funcional serão informadas à utilizada como pouso de tropeiros que faziam o Caminho de
autoridade competente com vistas à apuração. Terra Firme. Ainda em 1822, durante o Ciclo do Café, foi aberta
a Estrada Real do Comércio, que em conexão com os portos de
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são Iguassú, escoava a produção de cana-de-açúcar e do café
independentes da criminal, não se podendo mais questionar plantado nas serras. O movimento foi tão expressivo que
sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões provocou a mudança do status de Vila para Município.
tenham sido decididas no juízo criminal. Em 1858, com a inauguração da Estrada de Ferro Dom
Pedro II, iniciou-se o crescimento do Arraial de Maxambomba.
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no Por conta disso, foi realizada a transferência da sede do
administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer município para um novo centro econômico. Em 1916,
ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima Maxambomba passa a se chamar Nova Iguassú.
defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício No século XX, a principal atividade do Município passa a
regular de direito. ser o plantio de laranjas. Os pomares de Nova Iguaçu se
estendiam por toda a Estrada de Madureira, Cabuçu, Marapicu,
alcançando também Itaguaí. Na época, Nova Iguaçu ficou
conhecida como “Cidade Perfume” por causa do cheiro das
77 http://www.novaiguacu.rj.gov.br/cidade/
APOSTILAS OPÇÃO
frutas. Porém, diante de forte influência da Segunda Guerra Durante o verão, são comuns dias com elevadas
Mundial, aconteceu a explosão demográfica da Baixada temperaturas e intensa evapotranspiração, provocando
Fluminense e do Rio de Janeiro. Seu cultivo e exportação da intensas chuvas ao fim do tarde. Tais condições, aliadas a
laranja entraram em decadência levando a economia da outros fatores, possibilitaram a ocorrência de um fenômeno
cidade, o que culminou na divisão do território. raro no Brasil: em 19 de janeiro de 2011, um tornado atingiu a
Foi a partir da década de 40 que surgiu o processo de região sudoeste do município, provocando estragos e prejuízo.
emancipação do Município. Nova Iguaçu perdeu Duque de Em locais como a Rua Flor de Maio, no bairro Lagoinha, muitos
Caxias (1943), Nilópolis e São João de Meriti (1947). Nos anos moradores tiveram suas casas destelhadas pela ventania. As
90, foi a vez de Belford Roxo e Queimados (1990), Japeri instalações elétricas foram arrebentadas e árvores
(1991) e Mesquita (1999). Vale lembrar que em 1952, com a derrubadas. Algumas casas ficaram sem energia elétrica por
inauguração da Rodovia Presidente Dutra e a recuperação da mais de 10 horas.
malha ferroviária, a cidade passou por um aumento A temperatura mínima na cidade pode atingir os 10°C, nos
populacional e assumiu outras funções, entre elas, a de cidade meses de maio a julho. Levando-se em conta o gradiente
dormitório e de corredor de acesso à capital. térmico, que estabelece a variação de 0,65°C para cada 100
Hoje, Nova Iguaçu é o maior município da Baixada metros de altitude, é possível que, nas partes mais altas do
Fluminense em extensão territorial e segundo em população. município (notadamente a Serra do Tinguá, cuja altitude
Possui um dos centros comerciais mais importantes do Estado máxima é cerca de 1600 metros) a temperatura seja cerca de
do Rio de Janeiro, um polo que atrai consumidores das cidades 10°C mais baixa que na sede.
de seu entorno.
Localização
Hino de Nova Iguaçu A Cidade de Nova Iguaçu apresenta-se geograficamente
Nova Iguaçu! limitada pelos seguintes municípios: Rio de Janeiro, a sul;
Terra linda e encantadora, Mesquita, a sudeste; Belford Roxo, a leste; Duque de Caxias, a
Desde os tempos de outrora, nordeste; Miguel Pereira, a norte; Japeri, a noroeste;
Dos meus velhos ancestrais. Queimados, a oeste; e Seropédica, a sudoeste.
Tens uma história, Longitudinalmente, apresenta uma extensão máxima de
Cheia de belezas mil, 36,33km e 31,28km de extensão máxima transversal,
O encanto Fluminense, perfazendo uma área de 524,5km², que a torna o maior
É o orgulho do Brasil. município da Baixada Fluminense.
A Maxambomba! O município situa-se na região mais importante,
Dos engenhos do passado, econômica e financeiramente, do estado do Rio de Janeiro, a
Nova Iguaçu! denominada Região Metropolitana, da qual fazem parte, além
Dos dourados laranjais. de Nova Iguaçu, os municípios de Belford Roxo, Duque de
Hoje feliz, Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé,
Com teu rico alvorecer, Mangaratiba, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Paracambi,
Com teu progresso e beleza, Queimados, Rio de Janeiro, São João de Meriti, São Gonçalo,
Fiz consulta a natureza, Seropédica, Tanguá, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu e
És grande desde o nascer! Petrópolis.
Em virtude de seu posicionamento geográfico, a cidade
Geografia desempenha o papel de centro de negócios e de comércio para
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, os municípios vizinhos, situados a oeste da Baía de Guanabara.
instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões A Cidade de Nova Iguaçu situa-se a 35km da Cidade do Rio
Geográficas Intermediária e Imediata do Rio de Janeiro. Até de Janeiro, como demonstra o marco quilométrico instalado na
então, com a vigência das divisões em microrregiões e estação ferroviária da antiga Estrada de Ferro Central do
mesorregiões, fazia parte da microrregião do Rio de Janeiro, Brasil. O diagrama seguinte representa os municípios
que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana periféricos a Nova Iguaçu, num raio de 40km. As distâncias são
do Rio de Janeiro. em linha reta.
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Questões
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