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Quinhentismo no Brasil

Época literária em que textos eram escritos com cunho informativo. Esses
escritos são prolongamentos da literatura de viagens, gênero largamente
cultivado em Portugal e em toda Europa.
A literatura informativa descreve a nova terra descoberta (Brasil), seus
habitantes, sua beleza natural. Também documenta as intenções do
colonizador: conquistar, explorar, apresar escravos sob o disfarce da difusão
do Cristianismo.
Os escritos decorrentes das viagens de reconhecimento eram simples
relatórios destinados a Coroa Portuguesa reportando as possibilidades de
exploração e colonização. Expressam muitas vezes uma visão paradisíaca em
razão do deslumbramento do europeu diante da exuberante beleza tropical.
No Quinhentismo distinguimos quatro tipos de textos:

Textos Informativos - Visam à descrição da terra e do selvagem. Temos


como exemplos de escritores Pero Vaz de Caminha e Pero Lopes de Souza.
Citamos aqui a Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Emanuel sobre o
Descobrimento do Brasil. Trata-se de um dos mais importantes textos
informativos do Quinhentismo. Foi escrita sob forma de um diário de bordo
datada de maio de 1500. Os pontos mais importantes desta carta são a
simpatia pela terra e pelo índio.

Textos Propagandísticos - Adicionam ao propósito informativo a intenção de


atrair colonos e investimentos para a nova terra.

Textos Catequéticos - Unem o propósito de conversão dos índios à


preservação dos costumes e da moral ibérico-jesuíticos. Como principais
escritores deste estilo temos Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e
Fernão Cardim.
O Padre José de Anchieta é visto como a maior vocação literária que viveu no
Brasil Quinhentista, apesar de sua obra ter caráter utilitário, didático e
moralizante. Escreveu várias poesias em latim, castelhano, português, tupi e
multilingues. Também escreveu oito autos entre os quais: Na Festa de São
Lourenço e Na Visitação de Santa Isabel. Como os autos medievais e
aproximando-se do teatro de Gil Vicente, eram encenações simples,
envolvendo anjos, demônios, personificações do Bem e do Mal, dos Vícios, das
Virtudes, entremeados de rezas, cantos e danças. Sua prosa consta de cartas,
informações, fragmentos literários e sermões.

Textos de viajantes estrangeiros - São escritos de não-portugueses que


inventariam as riquezas e possibilidades da terra.
É importante ressaltar que o Quinhentismo não pára por aí. Em vários
momentos da nossa evolução literária, muitos escritores buscaram inspiração
nos textos quinhentistas, como Oswald de Andrade (Modernismo), José de
Alencar (Romantismo), Gonçalves Dias (Romantismo), entre outros.
BARROCO NO BRASIL

O marco inicial do Barroco brasileiro é o poema épico, Prosopopéia de Bento


Teixeira (1601). Há dúvidas quanto à origem do poeta, estudos literários
recentes afirmam que ele nasceu em Portugal, porém viveu grande parte de
sua vida no Brasil, em Pernambuco.
PROSOPOPÉIA é um poema épico com 94 estrofes, que exalta Jorge de
Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania de Pernambuco. Bento
Teixeira imita Camões de maneira infeliz, sua obra é cansativa e tem apenas
valor histórico.

CONTEXTO HISTÓRICO DO BARROCO BRASILEIRO

O Barroco domina durante todo o século XVII e metade do século XVIII, até
1768.
Na literatura desenvolveu-se na Bahia e nas artes plásticas (esculturas) em
Minas gerais
Com as obras do Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), e na pintura do Mestre
Ataíde.

BARROCO BRASILEIRO

*Movimento artístico e filosófico que surge com o conflito entre a Reforma


Protestante e a Contra Reforma. Seu objetivo era propagar a religião através
de uma arte de impacto, sinuosa, enfeitada ao extremo.Arte altamente
contraditória.
A origem da palavra ?barroco? é obscura, hipóteses têm sido consideradas
mais aceitáveis: ?barroco? era o adjetivo que designava certas pérolas de
superfície irregular e preço inferior.De qualquer forma há um valor depreciativo
na palavra, que durante muito tempo foi usada para indicar uma arte e uma
literatura ?bizarra?, ?extravagante.?

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA LITERATURA BARROCA

O homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar


no céu.
Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o prazer
pagão e a fé religiosa.
Antropocentrismo x Teocentrismo (homem X Deus, carne X espírito).
Detalhismo e rebuscamento- a extravagância e o exagero nos detalhes.
Contradição- é a arte do contraditório, onde é comum a idéia de opostos: bem
X mal, pecado X perdão, homem X Deus.
Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo, usando muitos recursos
estilísticos e figuras de linguagem e sintaxe, hipérboles, metáforas, antíteses e
paradoxos, para melhor expressarem a comparação entre o prazer passageiro
da vida e a vida eterna.
Regido por duas filosofias: Cultismo e Conceptismo. Cultismo é o jogo de
palavras, o uso culto da língua, predominando inversões sintáticas.
Conceptismo são os jogos de raciocínio e de retórica que visavam melhor
explicar o conflito dos opostos.

PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO BARROCO BRASILEIRO

POESIA

GREGÓRIO DE MATOS GUERRA nasceu em Salvador, em 1663, estudou em


Coimbra, exerceu cargos de magistratura em Portugal até, 1681, quando
voltou definitivamente para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos
angariados por suas poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições
devido a suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno ou Boca de
Brasa
TEMAS DA POESIA GREGORIANA:
POESIA RELIGIOSA: mostra o autor envolvido pelo sentimento de culpa e de
arrependimento, implorando perdão.
POESIA SATÍRICA: mostra a crítica severa de uma sociedade marcada pela
mediocridade e pela desonestidade, nasce de um sujeito lírico que adota um
ponto de vista conservador e preconceituoso. Seus poemas satíricos renderam-
lhe o apelido de Boca do Inferno.
POESIA ERÓTICA: mostra o uso de palavrões e alusões obscenas, mesmo em
textos sutis onde a ambigüidade aparece repleta de safadeza.

A PROSA BARROCA BRASILEIRA

PADRE ANTÔNIO VIEIRA nasceu em Lisboa, em 1608, chegou ao Brasil e se


instalou em Salvador, iniciando seu noviciado na Companhia de Jesus.Efetivou
uma política de defesa dos cristãos ?novos, procurando protegê-los da
Inquisição em Portugal.
Sua extensa obra reflete seu envolvimento nos debates sociais e políticos de
Portugal e do Brasil no século XVII. Os sermões e cartas, além de temas
especificamente religiosos também manifestam questões polêmicas da época
como: a luta pela independência portuguesa,, o confronto com holandeses no
nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e cristãos-novos
contra a intolerância da Inquisição.
OBRAS: CARTAS E SERMÕES ? Sermão da Sexagésima , Sermão de Santo
Antônio aos peixes e outros.
Sua obra é notável pelo manuseio da expressão verbal, são textos riquíssimos
em imagens, jogos de significado e conceitos, metáforas, e ricos em recursos
lingüísticos.
Para a literatura, sua importância foi fundamental. Vieira fixou a prosa na
língua portuguesa nos mesmos padrões de realização artística a que Camões
fixou a poesia, transformando-se num clássico da língua.
O mais conhecido sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima é uma conclusão
de que a palavra de Deus vinha obtendo poucos resultados porque os
pregadores estavam mais aplicados em obter efeitos literários do que
moralizantes, o que transformava os sermões em vazios estéticos.
Vieira compara a estrutura do sermão à estrutura de uma árvore ? ?a àrvore
da vida?, onde as partes constituintes da àrvore, todas relacionadas às partes
do sermão.(troncos, ramos,folhas, varas, flores, frutos) numa ordem
simetricamente inversa a seguir(frutos, flores, varas, folhas , ramos e tronco.
Lendo-se cuidadosamente percebe-se o ritmo das frases e a cadência do texto.
Era uma peça para ser exposta oralmente.
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