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Goiânia
2003
À minha família
MEUS AGRADECIMENTOS
À Deus
Aos meus pais pelo amor e incentivo que sempre me deram para a realização deste
trabalho. E aos meus irmãos Ana Carolina e Rafael
Às empresas: Perfinasa – Perfilados e Ferros Nossa Senhora Aparecida Ltda, Lajes Santa
Inês, Isoest –Indústria e Comércio de isolantes térmicos Ltda, FURNAS Centrais Elétricas
S.A., Estruturas Metálicas Delta, Florenzano Engenharia, Carlos Campos Consultoria
Limitada, GloboSteel, Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira e Betonmaster – Concreto e
Artefatos de Cimento Ltda.
LISTA DE FIGURAS........................................................................ 9
LISTA DE QUADROS...................................................................... 13
LISTA DE TABELAS........................................................................ 14
LISTA DE SÍMBOLOS..................................................................... 15
RESUMO............................................................................................ 22
ABSTRACT........................................................................................ 23
1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 24
1.1 GENERALIDADES............................................................................. 24
1.2 JUSTIFICATIVA................................................................................. 25
1.3 OBJETIVOS......................................................................................... 26
1.4 METODOLOGIA................................................................................ 26
1.5 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO................................................. 29
2 REVISÂO BIBLIOGRÀFICA.......................................................... 30
2.1 PERFIS FORMADOS A FRIO........................................................... 30
2.1.1 Generalidades..................................................................................... 30
2.1.2 Teoria de placas esbeltas.................................................................... 31
2.1.3 Comportamento pós–crítico e método da largura efetiva............... 33
2.1.4 Efeitos do trabalho a frio................................................................... 40
Dimensionamento de barras de seção fechada tipo caixão
2.1.5 42
submetidas à flexão simples segundo a NBR 14762:2001...............
2.1.6 Reserva de resistência inelástica....................................................... 47
2.2 LAJE TRELIÇADA DE CONCRETO................................................. 49
2.3 CONECTORES DE CISALHAMENTO............................................. 54
Comportamento da viga mista em relação ao cisalhamento na
2.3.1 54
interface...............................................................................................
2.3.2 Classificação dos conectores.............................................................. 56
2.3.3 Ensaios em conectores........................................................................ 57
Expressões para cálculo da resistência última de conectores tipo
2.3.4 62
U em perfil laminado e formado a frio.............................................
2.3.4.1 Norma brasileira NBR 8800: 1986 ...................................................... 62
2.3.4.2 Norma americana AISC-LRFD:1999..…………………..................... 63
Norma americana de rodovias AASHTO, 1973, apud LEMA,
2.3.4.3 63
1982......................................................................................................
2.3.4.4 Norma Britânica BS 5400: 1979 apud MALITE.................................. 64
2.4 VIGA MISTA....................................................................................... 65
2.4.1 Largura efetiva.................................................................................... 67
2.4.2 Dimensionamento............................................................................... 68
2.4.2.1 Regime elástico..................................................................................... 69
2.4.2.2 Regime totalmente plástico................................................................... 71
2.4.2.3 Resistência ao esforço cortante............................................................. 71
2.4.2.4 Armaduras transversais......................................................................... 71
2.4.3 Recomendações de norma.................................................................. 73
3.4.3.1 Norma brasileira NBR 8800:1986........................................................ 73
3.4.3.2 Norma america AISC-LRFD: 1999...................................................... 78
3.4.3.3 Norma canadense CAN3-S16: 1984..................................................... 79
3.4.3.4 Norma Européia EUROCODE 4 - Draft 2001..................................... 80
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL..................................................... 84
3.1 INTRODUÇÃO.................................................................................... 84
3.2 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS................................................. 86
3.2.1 Aço das vigas e dos conectores........................................................... 86
3.2.2 Concreto.............................................................................................. 87
3.3 ENSAIO DE CONECTORES.............................................................. 90
3.3.1 Detalhamento dos modelos................................................................. 91
3.3.1.1 Dimensões das lajes.............................................................................. 91
3.3.1.2 Conectores............................................................................................ 93
3.3.2 Montagem e Concretagem................................................................. 93
3.3.3 Instrumentação................................................................................... 95
3.3.3.1 Extensômetros...................................................................................... 95
3.3.3.2 Deflectômetros..................................................................................... 97
3.3.3.3 Sistema de Aquisição de Dados e Célula de Carga.............................. 98
3.3.4 Montagem dos ensaios e aplicação das cargas................................. 98
3.4 ENSAIOS EM VIGAS......................................................................... 100
3.4.1 Detalhamento das vigas...................................................................... 100
3.4.1.1 Viga metálica........................................................................................ 100
3.4.1.2 Viga mista com laje maciça (VM1)...................................................... 101
3.4.1.3 Viga mista com laje treliçada (VM2 )................................................... 101
3.4.1.4 Viga mista com laje treliçada (VM3 )................................................... 101
3.4.2 Montagem das fôrmas e concretagem............................................... 103
3.4.2.1 Viga Mista com laje maciça (VM1)...................................................... 103
3.4.2.2 Viga Mista com laje treliçada (VM2 e VM3 )...................................... 103
3.4.3 Montagem e mecanismo dos ensaios................................................. 104
3.3.5 Instrumentação................................................................................... 107
3.3.5.1 Extensômetros uniaxiais....................................................................... 107
3.3.5.2 Extensômetros mecânicos..................................................................... 108
3.3.5.3 Rosetas.................................................................................................. 109
3.3.5.4 Deflectômetros analógicos.................................................................... 109
3.3.5.5 Deflectômetros digitais......................................................................... 111
3.3.5.6 Sistema de Aquisição de Dados e Célula de Carga.............................. 112
a: espessura comprimida da laje ou, para interação parcial, espessura considerada efetiva;
: comprimento longitudinal da placa;
: distância entre enrijecedores transversais de alma;
b: largura da placa;
: largura do elemento;
: largura efetiva da laje;
bc: largura da região comprimida do elemento sob gradiente de tensões normais, calculado
com base na seção efetiva;
bef : largura efetiva;
bf : largura de referência empregada no cálculo do efeito “shear lag”;
bf : largura da mesa superior da viga metálica;
c: comprimento, na direção longitudinal da barra, de atuação da força aplicada;
d: altura da seção;
dc: diâmetro do conector;
de : altura do enrijecedor;
d1: distância do centro de gravidade da seção da viga de aço até a face superior desta viga;
e: espaçamento entre conectores;
fcd: resistência à compressão de cálculo do concreto;
fck: resistência à compressão do concreto;
fcm: resistência média à compressão do concreto;
fdc: resistência à compressão de cálculo no concreto;
fdt: resistência à tração de cálculo na mesa inferior da viga de aço;
fsd: resistência ao escoamento de cálculo do aço do conector;
fu: resistência à ruptura do aço na tração;
fy: resistência ao escoamento do aço;
fya: resistência ao escoamento do aço modificada, considerando o trabalho a frio;
fyc: resistência ao escoamento do aço na região das dobras do perfil;
fyf : resistência ao escoamento do aço, média, para as partes planas do perfil;
g: índice que permite avaliar o grau de conexão;
h: largura da alma (altura da parte plana da alma);
: distância entre mesas do perfil;
hF : altura entre a laje e o perfil quando a laje não for plana;
k: coeficiente de flambagem de placa;
kv: coeficiente de flambagem local por cisalhamento;
m: parâmetro empregado no cálculo da resistência ao escoamento da região das dobras fyc;
: número de meias ondas senoidais que se formam no sentido longitudinal (direção x) da
placa;
n: número de meias ondas senoidais que se formam no sentido transversal (direção y) da
placa;
n: fator de homogeneização;
nt: relação entre o módulo de elasticidade do aço(E) e o módulo de elasticidade do concreto
à tração (Ect);
qx: tensão de compressão uniformemente distribuída na direção do eixo x;
ri: raio interno de dobramento;
ry : raio de giração da seção bruta em relação ao eixo principal y;
s: deslizamento relativo;
t: espessura da placa ou do elemento;
tc: altura da capa de concreto ou de toda a laje;
tf : espessura da mesa do conector;
: espessura da mesa superior da viga de aço;
tw: espessura da alma do conector;
xpl: distância da linha neutra plástica à fibra superior da laje;
y: distância da linha neutra elástica até o ponto de aplicação da resultante de compressão na
laje;
y1: posição da linha neutra a partir da face superior da laje;
yc : distância do centro de gravidade da parte comprimida da seção da viga de aço até a face
superior desta viga;
yt: distância do centro de gravidade da parte tracionada da seção da viga de aço até a face
inferior desta viga;
−
y : distância da linha neutra da seção plastificada até a face superior da viga de aço;
w: função de deslocamentos transversais.
∆s : deslocamento vertical;
∆Fc : variação admissível da força cisalhante.
• Abreviaturas
DAVID, D.L. Vigas mistas com laje treliçada e perfil formado a frio: análise do
comportamento estrutural. 2003, 218f.. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil).
Escola de Engenharia Civil,Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2003.
DAVID, D.L. Composite beams with reinforced concrete lattice joist and cold
formed steel: analysis of the structural behavior. 2003, 218f. Dissertation (Master's degree
in civil engineering). School of Civil Engineering, Federal University of Goiás, Goiânia,
2003.
The structural behavior of channel shear connectors made from cold formed
steel and composite beams in bending are presented. The main of this work is to study the
behavior of composite beams formed reinforced concrete lattice joist wafle slab and cold
formed steel and compare them with composite beams formed by solid slabs and cold
formed steel. Expressions to evaluate the strength of channel connectors and the strength of
composite beams are presented. Ten push-out testes were carried out to analyse the
influence of the height and the thickness of the connector and the concrete strength. Four
tests in beams were made too, being a one steel beem and three composite beams. The
results showed that the thickness of the connector is the most important variable in the
connection strength, followed by the height of the connector and the concrete strength.
Regarding the Brazilian code NBR 8800 (1986), it evaluated in conservative way the
strength of the tested connectors. It was verified by the tests in composite beams that the
type of slab, solid or with reinforced concrete lattice joist, did not influence the strength of
the beams because the height of the neutral line in tests was located in the concrete layer.
The sliding in the interface was the main factors that influenced the behavior of the
composite beams, being due to the low rigidity of the connectors used in tests. The beams
showed an accentuated curvature that resulted in high deflections. The calculation methods
used in composite beams with heavy shapes were showed appropriate to evaluate the
strength of composite beams with cold formed steel, since the slenderness was limited and
any type of buckling was avoided.
Key-words: composite beams, shear connectors, cold formed steel, reinforced concrete
lattice joist.
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1.1 GENERALIDAES
1.2 JUSTIFICATIVA
em poliestireno expandido (EPS) e concreto moldado no local adequam-se muito bem, pois
eliminam um grande fator de oneração, desperdício e tempo na execução das lajes que são
as fôrmas.
A utilização do sistema misto é bem ampla em se tratando de perfis pesados
com lajes maciças ou com forma de aço incorporada. Para os perfis leves, entretanto, ainda
não existe normalização relacionada a este assunto. Dessa forma, muitas obras que utilizam
esse sistema construtivo consideram a viga trabalhando isoladamente da laje.
Tendo em vista a crescente utilização dos perfis leves e com a intenção de
estudar uma opção de laje e conector compatíveis com os perfis formados a frio, pode-se
afirmar que a realização deste estudo é de grande relevância para o meio técnico e
científico.
1.3 OBJETIVOS
1.4 METODOLOGIA
75x50x2,00 - 900x830 30
Mod.03A
Mod. 04 75x50x3,75 - 900x830 30
Mod. 05 100x50x2,00 - 900x830 20
Mod. 06 100x50x3,75 - 900x830 20
Mod. 06A
100x50x2,00 900x830
Mod. 07 - 30
3200 3200
2700
1100
3400
2200
2200
2500
6100
Unidade: mm
O cálculo da laje treliçada foi feito pela empresa Lajes Santa Inês, tendo sido
empregadas as seguintes informações:
Carga de revestimento 0,50 kN/m²
Carga de piso 0,50 kN/m²
Alvenaria 2,50 kN/m²
Carga acidental 2,00 kN/m²
Peso próprio 1,41 kN/m²
Vão teórico 3,12 m
Vão livre 3,00 m
Inter-eixos das treliças 50 cm
Material de enchimento EPS
fck 20 e 30 MPa
29
Com esses dados foram definidos a altura da laje, o tipo de treliça e a armadura
adicional. Os diferentes valores da resistência do concreto não interferiram no tipo de
treliça e sim nos valores das flechas.
A largura da laje das vigas mistas foi escolhida de acordo com dois parâmetros,
ou seja, largura efetiva da laje, de acordo com a NBR8800, e facilidade construtiva.
2.1.1 Generalidades
enrijecidos, cartola e rack são os mais sensíveis à distorção. Segundo a Norma Australiana
AS/NZS 4600:1996 apud CHODRAUI (2002), tal fenômeno pode apresentar duas
configurações. A primeira surge quando a flambagem por distorção envolve a rotação do
conjunto mesa/enrijecedor em relação à junção mesa/alma nas seções tipo U e Z
enrijecidos (Figura 2.1-a). A segunda surge quando a flambagem por distorsão envolve a
flexão transversal da alma com deslocamento da mesa comprimida (Figura 2.1-b).
(a) (b)
E ⋅t3
D= (2.2)
12 ⋅ (1 − ν 2 )
sendo,
E = módulo de elasticidade longitudinal do material;
t = espessura da chapa;
ν = coeficiente de Poisson.
Os deslocamentos transversais são funções de x e y, baseados em uma função
de deslocamento senoidal. As soluções da equação 2.1 que satisfazem as condições de
contorno, ou seja, deslocamentos e momentos nulos nas quatro bordas, podem ser
representadas na forma de uma série dupla de Fourier conforme a equação 2.3:
m ⋅π ⋅ x n ⋅π ⋅ y
w( x, y ) = ∑ ∑ Amn ⋅ sen ⋅ sen (2.3)
m n a b
Sendo:
m = está associado ao número de meias ondas senoidais que se formam no sentido
longitudinal (direção x) da chapa;
n = está associado ao número de meias ondas senoidais que se formam no sentido
transversal (direção y) da chapa;
a = constitui o comprimento longitudinal da chapa;
b = largura da chapa.
O modo de instabilidade de uma chapa biapoiada, submetida à compressão
uniforme na direção longitudinal, baseado em uma função senoidal de deslocamento, é
apresentado na figura 2.2.
b
2
π2 ⋅ E t
σ cr = k ⋅ ⋅
(
12 ⋅ 1 − ν 2 ) b
(2.4)
2
m ⋅ b a .n 2
k = + (2.5)
a m ⋅ b
sendo F a função de tensão de Airy, a partir da qual pode-se obter as tensões por meio das
relações:
∂2F
σx = (2.8)
∂y 2
∂2F
σy = (2.9)
∂x 2
∂2F
τ xy = (2.10)
∂x∂y
(a) Distribuição não linear de tensões ao (b) Distribuição uniforme de tensões para a
longo da largura b da chapa original chapa substituta de largura efetiva bef.
Figura 2.3- Representação esquemática do Método da Largura Efetiva
σ ef
λ pd = (2.13)
σ cr
logo, a relação dada pela equação 2.12 pode ser escrita na forma:
bef 1
= (2.14)
b λ pd
No estado limite último admite-se que a tensão máxima, σef, atinja a resistência
ao escoamento do material, fy, como critério de ruína da chapa. Essa hipótese considera que
chapas esbeltas apresentam pouca reserva de resistência plástica. Dessa forma a equação
2.13 pode ser escrita como:
bef σ cr
= (2.15)
b fy
36
fy
λp = (2.16)
σ cr
Assim, no estado limite último de colapso tem-se a expressão a seguir, que é
válida para a análise da resistência de chapas esbeltas e perfeitas comprimidas, conhecida
como curva de Von Kármán:
bef 1
= (2.17)
b λp
Sabe-se que os perfis formados a frio possuem tanto imperfeições geométricas
quanto tensões residuais que estão relacionadas ao processo de fabricação e que afetam o
seu comportamento e sua carga última. Diversas curvas foram desenvolvidas com o auxílio
de estudos teóricos e experimentais a partir da curva original de Von Kármán para
considerar as imperfeições. No quadro 2.1 estão relacionadas algumas dessas curvas e seus
autores (SARMANHO, 1991).
Autor bef / b
BOX 0,725 / λp 0,5
KÁRMÁN 1 / λp
CHILVER 0,725 / λp 0,2
GERALD 0,824 / λp 0,425
FOLKNER 1,05 [ 1 – (0,26) / λp ] / λp
WINTER [ 1 – (0,22) / λp ] / λp
1,052 b fy
λp = ⋅ ⋅ (2.19)
k t E
AL AA
AL
AA
AA AA
AA AA
AL AL
AL AA AL AL AL
Caso a 2
Caso b
b k = 0,43 bef
k = 0,578(ψ+0,34)
b
bt
1
+
Caso c Caso d
2
bc
-1,0 ≤ ψ=σ2 / σ1 < 1,0 -1,0 ≤ ψ=σ2 / σ1 ≤ 1,0
k = 1,7-5ψ+17,1ψ2 k = 0,57-0,21ψ+0,07ψ2
bef
-
Caso a - Caso b
ψ = σ2 / σ1 < 1,0 1 2
0 ≤ ψ = σ2 / σ1 < 1,0
bef /2 bef /2
k = 4,0 bef,1= bef /(3-ψ)
b ef,1 b ef,2
b bef,2= bef -bef,1
k = 4+2(1-ψ)+2(1-ψ)3
b
1 bt
Caso c Caso d
-
2
bc +
-0,263 ≤ ψ=σ2 / σ1 < 1,0 ψ=σ2 /σ1 ≤ -0,236
bef,1= bef /(3-ψ) bef,1= bef /(3-ψ)
bef,2= bef -bef,1 bef,2= 0,5 bef
bef,1 bef,2
k = 4+2(1-ψ)+2(1-ψ)3 sendo bef,1+ bef ,2 ≤ bc
k = 4+2(1-ψ)+2(1-ψ)3
Nota: a parte tracionada deve ser considerada totalmente efetiva Nota: a parte tracionada deve ser considerada totalmente efetiva
Onde:
L = o vão das vigas simplesmente apoiadas, ou a distância entre pontos de inflexão para as
vigas contínuas, ou duas vezes o comprimento dos balanços;
40
bf = largura de referência, tomada como a largura livre da mesa (distância entre a face da
alma e a borda livre) para seções I, U e Z; ou a metade da distância livre entre as almas
para seções caixão, cartola e similares. Para mesas de seção I, U e Z enrijecidas nas bordas,
bf deve ser tomada como a largura livre da mesa mais a largura nominal do enrijecedor de
borda.
D
(D) fy Curva A : tensão deformação do aço virgem
A Curva B : descarregamento
Curva C : encruamento
(C) fy Curva D : envelhecimento
(A) fy
B
C
fenômeno representado pela curva C é chamado encruamento, como pode ser observado há
um incremento no limite de escoamento e uma diminuição da ductilidade do aço. O
fenômeno representado pela curva D é chamado envelhecimento, nele há um aumento no
limite de escoamento e ruptura e uma diminuição da ductilidade, bem maiores que aqueles
observados nos aços simplesmente encruados.
A resistência ao escoamento de uma chapa de aço pré-tracionada aumenta
quando ela é novamente tracionada e diminui quando ela é comprimida, este
comportamento é denomindo efeito Bauschinger. Quando uma chapa é solicitada
perpendicularmente a direção na qual foi pré-tensionada, a resistência ao escoamento
aumenta quando esta solicitação é de compressão e diminui quando é de tração, este
comportamento é denomindao efeito inverso de Bauschinger. (YU, 1991).
Os efeitos do trabalho a frio nas propriedades mecânicas na região das dobras
dependem, principalmente, do tipo de aço, tipo de tensão, a razão entre raio interno de
dobramento e a espessura da chapa (ri/t) e a razão tensão última e resistência ao
escoamento (fu/fy).
KARREN (1997), apud YU (1991), estudou a influência do trabalho a frio
chegando em expressões para o cálculo da nova resistência ao escoamento das dobras (fyc),
sendo essas expressões utilizadas até hoje em normas como a NBR 14762: 2001, e na
AISI: 2001.
Bc . f y
f yc = (2.22)
( ri / t ) m
Sendo:
Bc = 3,69.(fu/fy) – 0,819.(fu/fy)2 – 1,79;
m = 0,192.(fu/fy) – 0,068;
fy = resistência ao escoamento do aço;
fu = resistência à ruptura do aço a tração;
ri = raio interno de dobramento;
t = espessura.
Sendo:
fya = resistência ao escoamento do aço modificada;
C = relação entre a área total das dobras e a área total da seção para barras submetidas à
compressão; ou a relação entre a área das dobras da mesa comprimida e a área total da
mesa comprimida para barras submetidas à flexão;
fyf = resistência ao escoamento média das partes planas de uma seção, ou a resistência ao
escoamento do aço virgem, fy ;
fyc = resistência ao escoamento das dobras.
Segundo as normas apresentadas anteriormente, a resistência ao escoamento
modificada só pode ser utilizada em perfis onde λp ≤ 0,673 e quando ri/t ≤ 7, fu/fy ≥ 1,2 e o
ângulo de dobramento for igual ou inferior a 120°.
O uso de barras formadas por perfis de paredes finas obriga a análise prévia da
estabilidade desses elementos estruturais. Sempre que possível, pode-se recorrer a soluções
analíticas diretas, sendo essas formulações indicadas para o dimensionamento de perfis de
chapa dobrada, como prescreve a norma brasileira NBR 14762: 2001.
Todo o dimensionamento baseado nesta norma inicia-se pelo cálculo da largura
efetiva dos elementos que compõem os perfis, ficando as flambagens localizadas já
embutidas nesta verificação.
As barras submetidas à flexão simples devem ser dimensionadas quanto ao
momento fletor e ao esforço cortante. O momento fletor resistente de cálculo, MRd, deve
ser tomado como o menor valor calculado considerando o início do escoamento da seção
efetiva, a flambagem lateral com torção e a flambagem por distorção da seção transversal.
O procedimento para cálculo da flambagem por distorção foi elaborado com
base na norma australiana e corresponde ao modelo simplificado proposto por Hancock,
esse modelo analisa a estabilidade de conjuntos formados por um elemento comprimido e
seu respectivo enrijecedor de borda, vinculados elasticamente à outra parte do perfil,
CHODRAUI (2002). Este tipo de flambagem ocorre em seções abertas como, por
43
exemplo, os perfis U enrijecido, Z e rack. A seção tipo caixão é uma seção fechada e não
está sujeita a flambagem por distorção, sendo sua verificação dispensada.
λ0 = (Wc.fy/Me)0,5 (2.26)
Me = momento fletor de flambagem lateral com torção, em regime elástico. Para barras
com seção fechada (caixão), sujeitas à flexão em torno do eixo x,
Me = Cb.(Ney.G.It)0,5 (2.27)
sendo,
It = momento de inércia à torção uniforme;
G = módulo de elasticidade transversal do aço (0,38.E = 78325 MPa);
Ney = força normal de flambagem elástica por flexão em relação ao eixo principal y, sendo
igual a:
π 2 .E .I y
N ey = (2.28)
( K y .L y ) 2
12 ,5.M max
Cb = (2.29)
2 ,5.M max + 3.M A + 4.M B + 3.M C
Sendo:
Vigas com seções transversais tipo caixa têm alta rigidez à torção quando
comparadas à vigas I, U e Z. Segundo WINTER apud YU(1991) as vigas tipo caixa com
relação comprimento da viga e largura entre almas menor a 100 não são afetadas pela
flambagem lateral com torção.
45
0,5
2 0,5
G.I t C 2 G.I t
Lu = + + (2.30)
2.C1 C1 2.C1
Sendo:
2
7 ,72 K y . f y .Wc
C1 =
AE Cb .π.ry
π 2 .E .C w
C2 =
(K t )2
A = área bruta da seção transversal da barra;
Cb = coeficiente de equivalência de momentos na flexão;
Cw = constante de empenamento da seção;
E = módulo de elasticidade do aço (205 000 MPa);
G = módulo de elasticidade transversal do aço (0,385.E = 78 925 MPa);
It = constante de torsão de Saint-Venant;
fy = resistência ao escoamento do aço;
ry = raio de giração da seção bruta em relação ao eixo principal y;
Ky = fator de comprimento efetivo para flambagem da barra em relação ao eixo y;
Kt = fator de comprimento efetivo para flambagem da barra por torção;
Wc = módulo de resistência elástico da seção bruta em relação à fibra comprimida.
c) Força Cortante
Para seções com duas ou mais almas, cada alma deve ser analisada como um
elemento separado resistindo à sua parcela de força cortante.
Para barras com enrijecedores transversais de alma, quando MSd /M0,Rd > 0,5 e
VSd /VRd > 0,7 deve ser satisfeita a seguinte expressão de interação:
Cy
b/t
0,5 0,5
500/fy 580/fy
M pl = 2. f y .t .b.d + d e .( d − d e ) + . (2.40)
4 3.C y 2
Sendo:
t = espessura do perfil;
b = largura do perfil;
d = altura do perfil;
de = altura do enrijecedor
Cy = εcu /εy ;
curvas iguais a zero. A equação 2.51 pode ser utilizada em perfis cujos elementos possuam
esbeltez maior que 0,673. A equação considera um intervalo de plastificação mínimo ao
longo da altura da viga, referente à resistência ao escoamento do aço, fy, constante desde a
mesa até a borda inferior do enrijecedor, sendo a origem de yp considerada a partir da linha
neutra (ALVES, 2001).
O sistema de viga mista pode interagir com vários tipos de lajes que variam de
acordo com a preferência do projetista, a economia, a rapidez e a viabilidade, entre outros
fatores. As variedades de lajes ainda não normalizadas, aliadas às suas prováveis
vantagens, têm gerado pesquisas com o intuído de se ter mais conhecimento sobre seu
comportamento estrutural, incluindo a interação destas com o restante da estrutura.
As lajes mais utilizadas em estruturas metálicas são as maciças e com fôrma de
aço incorporada, denominada “steel-deck”. O primeiro sistema é formado por uma laje
moldada sobre painéis lisos escorados, que são retirados quando a laje atinge uma certa
resistência. Caso sejam utilizados conectores solidarizados as vigas, estas podem trabalhar
como vigas mistas.
O sistema “steel deck” constitui-se de uma fôrma de aço estrutural formado a
frio que suporta o concreto na fase de execução e serve como armadura positiva da laje.
Nesse sistema, é possível soldar os pinos com cabeça (“stud bolt”) através da espessura da
chapa de aço na mesa superior das vigas, permitindo então que elas se comportem como
50
vigas mistas. Devido ao espaçamento das vigas de piso, como também a própria forma
metálica, não é necessária a utilização de escoramentos.
Dentre outras opções de lajes, existem as pré-moldadas, que podem ser
alveolares, lajes com vigotas, lajes treliçadas, etc. A utilização desse tipo de laje em
edificações formadas por estruturas metálicas já existe, porém em menor escala. Isso se
deve a pouca informação a respeito de seu comportamento estrutural, principalmente no
que se refere à consideração do trabalho conjunto entre as vigas metálicas e a laje. Além
disso, há dúvidas quanto à sua capacidade de distribuição das ações horizontais,
(VASCONCELOS, 2001).
As lajes treliçadas são lajes formadas por vigotas treliçadas constituídas por
uma armadura treliçada de aço e por uma chapa retangular de concreto envolvendo as
barras inferiores da treliça que irão compor a armadura da face tracionada, como se pode
ver na figura 2.8. Caso as barras inferiores da treliça não sejam suficientes para resistir aos
esforços de tração, pode-se adicionar armadura na chapa de concreto. Esta armadura é
denominada armadura adicional e pode ser composta do mesmo tipo de aço utilizado na
treliça, fios de aço CA-60, ou ainda de barras de aço CA-50.
tc
ht EPS
bw Intereixo
Pode-se arbitrar a altura total da laje a ser usada fixados o vão e o valor da
sobrecarga, sendo esse valor tabelado e obtido a partir de manuais de dimensionamento
produzidos pelos próprios fabricantes dessas lajes.
Apesar das tabelas serem práticas, segundo CARVALHO et al (2000) elas não
levam em consideração a fluência e a fissuração, sendo esta umas das motivações que
levaram outros pesquisadores a elaborarem tabelas que permitissem obter a altura e
armadura das lajes pré-moldadas em função do vão atuante, das condições de colapso e de
deformação excessiva, incluindo nesta última os efeitos da fissuração e da fluência.
A laje treliçada, em função de sua geometria, é considerada como uma laje
nervurada, na qual a resistência à tração é concentrada apenas nas nervuras, e entre as
quais são colocados materiais não estruturais de modo a tornar plana a superfície inferior
da peça. Por apresentar um braço de alavanca maior entre as zonas comprimidas e
tracionadas que nas lajes maciças, as lajes nervuradas tendem a apresentar uma maior
rigidez, menor consumo de armaduras e menor consumo de concreto que as lajes maciças,
(DROPPA,1999).
As lajes treliçadas podem ser classificadas como lajes unidirecionais ou
bidirecionais. As unidirecionais possuem nervuras em uma única direção e as bidirecionais
possuem nervuras resistentes em duas direções ortogonais entre si.
O Projeto de Revisão da NBR 6118: 2000 impõe algumas restrições para o
cálculo das lajes nervuradas:
53
• A espessura da mesa, quando não houver tubulações horizontais embutidas, deve ser
maior ou igual a 1/15 da distância entre nervuras, e não menor que 3 cm.
• O valor mínimo absoluto deve ser 4 cm quando existirem tubulações embutidas com
diâmetro máximo de 12,5 mm.
• A espessura das nervuras não deve ser inferior a 5 cm.
• Não é permitido o uso de armadura de compressão em nervuras de espessura inferior a
8 cm.
• Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 60 cm, pode ser
dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a verificação do cisalhamento da
região das nervuras permite-se a consideração dos critérios de laje maciça;
• Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 60 cm e 110 cm, exige-se a
verificação da flexão da mesa e as nervuras devem ser verificadas ao cisalhamento
como vigas;
• Para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maiores que 110 cm, a
mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada sobre grelha de vigas, respeitando-
se os seus limites mínimos de espessura.
• Nas lajes nervuradas atuando numa só direção é importante que existam nervuras
transversais convenientemente distribuídas quando existirem cargas concentradas. Isso
promove uma suavização da variação das flechas ao longo da direção transversal às
nervuras principais e diminui os danos na interface entre elementos de concreto e
materiais inertes decorrentes de variações volumétricas diversas.
A norma espanhola EF-96 apud VASCONCELLO (2001), alerta que no apoio
das lajes treliçadas sobre vigas de concreto pré–moldado ou vigas de aço, em geral a
superfície de contato entre os elementos restringe-se ao topo das vigas ou topo e laterais.
Como conseqüência, as tensões de cisalhamento horizontal são geralmente elevadas
tornando obrigatório o uso de armadura ou conectores de cisalhamento. O uso dos
conectores soldados às vigas permite uma melhor ligação da laje com o restante da
estrutura, permitindo assim que a laje distribua ações horizontais para o restante da
estrutura e, ainda, que as vigas trabalhem como vigas mistas.
54
Deslizamento
Tensão de
cisalhamento
(a) Vigas sem ação mista (b) Vigas com ação mista
conexão está associado à capacidade da viga em atingir o máximo momento resistente sem
a ruptura da ligação (VIEIRA, 2001).
Cobrimento 15
opcional
Opcional
Figura 2.14 - Esquema de ensaio e seção transversal do modelo. Fonte: Lam et al (1998).
Figura 2.15 - Conectores utilizados em lajes com painéis pré-moldados. Fonte: Hanor (2000).
Sendo:
Pu = resistência nominal do conector, kN;
63
Sendo:
Pu = resistência nominal do conector, kN;
fck = resistência característica do concreto, MPa;
tf = espessura do flange do conector, mm;
tw = espessura da alma do conector, mm;
Lcs = comprimento do conector, mm;
Havendo fadiga, a variação admissível da força cisalhante atuante no conector
pode ser obtida por:
∆Fc = C 2 .Lcs (2.46)
Sendo:
C1, C2 constantes que são função do número de ciclos de carregamento:
C1 = 13000 para 105 ciclos C2 = 4000 para 105 ciclos;
C1 = 10600 para 5.105 ciclos C2 = 3000 para 5.105 ciclos;
C1 = 7850 para 2.106 ciclos C2 = 72400 para 2.106 ciclos;
Figura 2.16 – Tipos de seções transversais de vigas mistas. Fonte: Eurocode 4-Draft 2001
estende apenas para um lado da viga de aço, porém recobre totalmente sua mesa superior, a
largura efetiva não pode ser maior que a largura desta mesa mais a menor das seguintes
larguras:
- 1/12 do vão da viga mista;
- 6 vezes a espessura da laje;
-metade da distância livre entre mesas superiores da viga considerada e da viga adjacente.
Figura 2.17 -Variação das tensões normais ao longo da largura da laje. Fonte: ALVA, 2002.
2.4.2 Dimensionamento
E
n= (2.47)
Ec
Sendo:
n = fator de homogeneização;
E = módulo de elasticidade longitudinal do aço;
Ec = módulo de elasticidade longitudinal do concreto.
As hipóteses de cálculo na análise elástica são:
- a ligação entre a laje de concreto e a viga metálica é perfeita, ou seja, adota-se a hipótese
de interação total;
- os materiais utilizados, aço e concreto, são perfeitamente elásticos;
- a hipótese de manutenção das seções planas é válida durante a flexão
- o concreto não resiste aos esforços de tração.
Dependendo da geometria da seção mista e das características dos materiais, a
posição da linha neutra pode estar tanto na laje de concreto quanto na viga de aço. No
apêndice A são mostradas as diversas posições da linha neutra para seção mista com perfil
caixa e laje nervurada, bem como a inércia homogeneizada.
Os módulos de resistência à flexão são dados pelas expressões:
I tr
(Wtr )i = (2.48)
t c + hF + d − y1
I tr
(Wtr )s = (2.49)
y1
Sendo:
70
Sendo:
σs = resistência à tração na mesa inferior do perfil metálico;
σc = resistência à compressão no concreto;
M = momento fletor.
Quando o grau de conexão, g, é menor que um, interação parcial, o módulo de
resistência efetivo em relação a fibra inferior da seção é dado por:
Sendo:
Wa = Is/d1, módulo de resistência da seção de aço isolada, com relação a fibra inferior;
g = grau de conexão, definido pela relação entre o somatório da resistência individual dos
conectores, ΣPu, entre uma seção de momento fletor máximo e a seção adjacente de
momento fletor nulo (para o caso de vigas bi-apoiads) e o menor valor entre a resistência
oferecida pela viga metálica, As..fy, e a laje de concreto, 0,85.fck.Ac, supondo-as
plastificadas.
71
2 C/2
C0,5
2 C/2
Conector
C C 1
C0,5 C/2
2
C/2
3
Ae
( Ab + At )
a-a
2 Ab
b-b
2 ( Ab + Abh)
c-c
2Abh
d-d
At
e-e
2Ab
f-f
g-g ( Ab + At )
A NBR 8800:1986 exige que a área mínima da armadura transversal seja 0,5%
da área da seção de concreto (Ae), porém esse valor é alevado, sendo na prática utilizado o
valor calculado pela expressão 2.53, mantendo-se um mínimo de 0,2% para laje maciças
ou lajes mistas com nervuras longitudinais ao eixo da viga e 0,1% no caso de lajes mistas
com nervuras transversais. (CISC: 1994 apud QUEIROZ et al, 2001).
h E
a) Vigas com alma classes 1 e 2 : ≤ 3,5.
tw fy
74
a .1) Interação completa e linha neutra da seção plastificada na laje de concreto, isto é:
T = (A.fy)a (2.55)
( A. f y )a
a= < tc (2.56)
0 ,66. f ck .b
a .2) Interação completa e linha neutra da seção plastificada na viga de aço, isto é:
T = C + C’ (2.60)
C'
y= .t f (2.61)
( A. f y )tf
- se C’ > (Afy)tf, linha neutra plástica na alma (Figura 2.21)
C' −( A. f y )tf
y= h+tf (2.62)
( A. f y )w
Então Mn será:
Mn = C’.[d – yt - yc] + C. [tc / 2 +hF – yt] (2.63)
75
Porém Qn não pode ser inferior à metade do menor valor: (Afy)a ou 0,85.fck.b.tc.
Para determinação de C’, T e y são válidas as expressões dadas anteriormente, utilizando
o novo valor de C. Então:
E h E
b) Vigas com alma classe 3: 3,5. < ≤ 5,6
f y tw fy
Neste caso, a resistência à tração de cálculo na mesa inferior da viga de aço não
pode ultrapassar φ.fy, sendo φ = 0,90, e a resistência à compressão de cálculo no concreto
não pode ultrapassar φ’.fck, sendo φ’ = 0,70.
b.1) Interação completa, isto é, Qn é igual ou superior ao menor dos dois valores: (Afy)a ou
0,85fck .b.tc.
As tensões correspondentes ao momento de cálculo, Md, devem ser
determinadas pelo processo elástico com base nas propriedades da seção mista
transformada obtida através da homogeneização teórica da seção. Para obter-se a seção
transformada, a seção efetiva do concreto, cuja largura é igual à largura efetiva da laje,
deve ser dividida por n=E/Ec”, sendo Ec o módulo de elasticidade do concreto e E o
módulo de elasticidade do aço. Deve ser ignorada a participação do concreto na zona
tracionada. As tensões de cálculo são dadas por:
Md
f dt = (2.66)
( Wtr )i
Md
f dc = (2.67)
n( Wtr )s
77
Wef = Wa +
Qn
[( Wtr )i − Wa ] (2.68)
Vh
Ec = 42.γ1c,5 . f ck
A seção da viga de aço por si só deve ter resistência adequada para suportar
todas as cargas de cálculo aplicadas antes do concreto atingir uma resistência igual a 0,75
fck. Na mesa inferior da seção mais solicitada da viga deve-se ter:
Ief = Ia+ (∑ Q n )
Vh .( I tr − I a ) (2.70)
Sendo:
78
determinado pela distribuição plástica de tensões em toda a seção mista, sendo seu valor
igual a φb.Mn, onde φb é o coeficiente de resistência, igual a 0,85 e Mn o momento
admitindo-se distribuição linear de tensões (análise elástica), sendo que para este caso o
coeficiente de resistência φb é igual a 0,90. A tensão no concreto é 0,85.fck.e não 0,66.fck,
como a norma brasileira.
Para interação total ou parcial, com distribuição de tensões plásticas e elásticas,
as expressões para o dimensionamento são as mesmas apresentadas na NBR 8800, porém o
momento de inércia efetivo(Ief) para interação parcial em regime elástico, dado pela
expressão 2.78, só poderá ser utilizado se a raiz quadrada do grau de interação
( ∑ Qn V h ) for menor que 0,25. Essa restrição é para se evitar escorregamentos
φ c .0,85. f ck .b.t c . Ainda sobre deslocamentos, a norma canadense cita que devem ser
considerados os efeitos da fluência e da retração do concreto e o aumento da flexibilidade
devido à interação parcial e do efeito de escorregamento na interface aço-concreto. O
efeito da interação parcial e do escorregamento é considerado por meio de um momento de
inércia efetivo, dado por:
ε f .Ac .L2
∆s = .y (2.72)
8.nt .I tr
Sendo:
y = distância da linha neutra elástica até o ponto de aplicação da resultante de compressão
na laje,
εf= deformação proveniente da retração livre. Esta deformação depende das
Figura 2.21 – Fator de redução do momento resistente de acordo com a relação xpl/h
Mrd/(Mrd)t
(Mrd)a
1,0
C B Np=g.Nt
B
Na Mrd
Ma
C
A Nt
(Mrd)a/(Mrd)t
Na
(Mrd)t
1,0 g
Figura 2.22-Método simplificado para cálculo de momento resistente com interação parcial
Qn
M rd = ( M rd )a + [( M rd )t − ( M rd )a ]. (2.74)
Vh
Sendo:
Mrd = momento resistente de cálculo para interação parcial
(Mrd)a = momento resistente de cálculo da viga de aço
(Mrd)t= momento resistente de cálculo da viga mista com interação total
Qn e Vh já definidos
A análise elástica é feita com base nas propriedades da seção mista
homogeneizada. Para a obtenção da seção homogeneizada, divide-se a largura efetiva da
laje por n = E/Ec’, onde E é o módulo de elasticidade do aço e Ec’ é o módulo de
elasticidade “efetivo” do concreto, levando-se em conta o efeito da fluência.
Para carregamentos de longa duração, Ec’ pode ser tomado igual à Ec/3 em
edifícios submetidos a grandes cargas de armazenamento e igual a Ec/2 nos demais casos.
Na análise elástica, as tensões devem ser limitadas a:
- 0,85fcd para o concreto comprimido;
- fyd para a zona tracionada e comprimida na viga de aço;
- fsd para a armadura da laje de concreto, estando ela comprimida ou tracionada.
Além da análise elástica e plástica, está norma permite uma análise não-linear,
sendo a resistência à flexão de uma viga mista calculada levando em consideração a não
83
3.1 INTRODUÇÃO
Mod.2 3,75 20
Mod.3 2,00 30
75
Mod.3A 2,00 30
50
Mod.4 3,75 30
Mod.5 2,00 20
0
10
Mod.6 3,75 20
Mod.6A 3,75 20
100
Mod.7 2,00 30
50
Mod.8 3,75 30
* resistência alvo do concreto aos 28 dias
V1 - - - -
2Ue 200x75x25x2,65
Comprimento: 3130
Viga mista
0
10
7 conectores,
2Ue 200x75x25x2,65
VM1 um a cada 0,93 20
100
Laje maciça
500 mm
Largura: 900
50
Comprimento: 3130
esp: 3,75
Viga mista
0
10
7 conectores,
2Ue 200x75x25x2,65
VM2 um a cada 0,93 20
100
Laje treliçada
500 mm
Largura: 900
50
Comprimento: 3130
esp: 3,75
Viga mista
0
10
7 conectores,
2Ue 200x75x25x2,65
VM3 um a cada 0,80 20
75
Laje treliçada
500 mm
Largura: 900 50
Comprimento: 3130
esp: 3,75
50 10 80 10 50 T
20
12,5
13
Lo=50 Medidas em mm
Figura 3.2 – Dimensões do corpo de prova utilizado nos ensaios de tração do aço, ASTM
A370: 1986 apud MALITE, 1993.
3.2.2 Concreto
agregado graúdo.
agregado miúdo
25 (1”) 0 0 0 0
Força Força
140
250 150
360
Conectores
Laje
920
900
830
Laje lado A
Laje lado B
470
50
Unidade: mm
TCO 08634
380 0 250
40
50
50
50
Φ 8mm
80
450 Unidade:mm
30
Figura 3.5 – Treliça e EPS utilizados nos ensaios de cisalhamento direto
40
120
830
Armadura de
distribuição
Φ 5 mm
920
830
400
25
Unidade: mm
375 150 375
900
3.3.1.2 Conectores
O conector utilizado foi do tipo U formado por chapa dobrada com espessuras
de 2,00mm e 3,75mm, sendo o aço tipo SAE 1020.
Os conectores foram formados pelo corte das chapas utilizando uma tesoura
guilhotina e posterior dobragem em prensa dobradeira. A solda dos conectores foi de filete,
utilizando uma fonte retificadora convencional e eletrodo tipo E 6013.
O perfil utilizado no qual foram soldados os conectores, era formado pela
união de dois perfis U enrijecido, 250x75x25x4,75mm com comprimento de 930mm. A
escolha deste tipo de perfil foi por ser de fácil aquisição e por ser suficientemente rígido
para transferir toda a força para os conectores, de modo que a ruptura não ocorresse no
perfil.A peça formada pelo perfil e os conectores estão apresentados na figura 3.7
0
10
0
10
100
75
50 50
Unidade: mm
a) Conectores soldados ao perfil para ensaio b) Dimensões dos conectores utilizados nos
de cisalhamento direto. ensaios de cisalhamento direto
A concretagem de cada peça foi feita em duas etapas. Primeiro foi concretado o
lado A e após três dias o lado B.
94
75
50
980
250
900
250x75x25 #2mm
Figura 3.8 - Dimensão das fôrmas, escoramento e estrado para concretagem da laje dos
modelos de cisalhamento direto.
3.3.3 Instrumentação
3.3.3.1 Extensômetros
15 70 15
15 70 15
Corte AA A3 B3
A1 B1
A2 B2 A4 B4
Corte AA Corte BB
Unidade: mm
Figura 3.10 - Posição dos extensômetros nos modelos Mod.01 a Mod. 04 e Mod.3A
32,5 35 32,5
15 70 15
Corte CC
A3 A1 B1 B3
A4 A2 B2 B4
Extensômetros uniaxiais
Corte CC
Unidade: mm
50 50 50 50
15 70 15
15 70 15
Corte AA A3 B3
A1 B1
A2 B2 A4 B4
Corte AA Corte BB
Unidade: mm
3.3.3.2 Defletômetros
5 4
6 3
1 2
O controle de aplicação das cargas foi feito através de uma célula de carga,
marca Kratos, com capacidade para 500 kN, acoplada a um sistema de aquisição de dados
que tinha como função além de registrar as cargas aplicadas, registrar também as
deformações medidas pelos extensômetros Esse sistema era formado por uma caixa de
aquisição de dados, com 16 canais, interligada a um terminal da National Instruments,
modelo SCXI-1001, controlada pelo “software” LabView. Um dos canais foi destinado à
leitura da célula de carga e os outros para a medição dos valores de deformação fornecidos
pelos extensômetros unidirecionais.
região da laje que ficaria apoiada sobre a laje de reação. A aplicação da carga se deu com a
utilização de um atuador hidráulico. A leitura dos sinais da célula e dos extensômetros foi
Viga de
Viga deReação
Reação
Célula de Carga
Atuador Hidráulico
Laje de Reação
3130
150
75 75
Enrijecedores
Enrijecedores
200
70x180 #4.75mm
70x180 #4.75mm
A viga mista com laje maciça constituiu-se de viga metálica associada à laje
maciça de concreto. Os conectores eram tipo U, com dimensões 100x50x3,75 mm e,
comprimento de 100 mm, espaçados a cada 500 mm e soldados a viga com solda de filete
empregando o eletrodo tipo E 6013.
A laje maciça foi armada com taxa mínima nas duas direções, tanto na face
inferior quanto na face superior. As barras das armaduras possuíam diâmetro de 5 mm e
estavam espaçadas a cada 200 mm. A largura final da laje foi de 900 mm, a altura de 120
mm e o comprimento igual ao da viga, ou seja, 3130 mm. Na figura 3.17 é ilustrada a viga
mista VM1.
A viga mista com laje treliçada constituiu-se de viga metálica associada à laje
pré-moldada nervurada, formada por vigotas treliças preenchidas com EPS e concreto.
Os conectores utilizados também eram tipo U, com dimensões 100x50x3,75
mm, comprimento de 100 mm, espaçados a cada 500 mm e soldados a viga da mesma
maneira que em VM1. O espaçamento utilizado teve por objetivo coincidir com a região de
encontro das treliças.
A treliça utilizada na laje era do mesmo tipo da empregada nos ensaios de
conectores, (TCO 08634). Além da armadura das treliças, foi utilizada armadura de
distribuição na capa de concreto composta por barras com diâmetro de 5 mm espaçadas a
cada 200mm. A largura final da laje foi de 900 mm, a altura de 120 mm e o comprimento
igual ao da viga. Na figura 3.18 é ilustrada a viga mista VM2.
Comprimento 850mm
900
3130
A
40 500 500 525 525 500 500 40
320
A
N1 N2
Unidade: mm
150
90
N3-44φ5mm a cada 17 e
Conector
20 cm nas duas direçòes
Corte AA
900
3130
A
A
N1-Armadura de distribuição
Unidade: mm
Conector
Corte AA
Figura 3.18 - Detalhamento da viga mista com laje pré-moldada nervurada (VM2 e VM3)
103
a)VM2 b)VM3
Para a execução dos ensaios a viga foi apoiada nas duas extremidades, em
blocos de concreto. Entre os blocos e a viga foram colocados aparelhos de apoio, sendo um
apoio do primeiro gênero e outro do segundo gênero. A distância total entre eixos dos
apoios foi de 2980mm.
Para aplicação da carga foi colocado, entre a viga mista e a viga de reação um
atuador hidráulico marca ENERPAC-RC 1008, com capacidade máxima de 300 kN.
Acima deste foi posicionada uma célula de carga marca KRATOS, com capacidade
nominal de 500 kN. Este conjunto reagia em uma viga de reação fixada à laje de reação
através de tirantes. Todos os equipamentos foram posicionados tomando-se o cuidado de
garantir a aplicação da força no cruzamento dos eixos de simetria da viga.
A aplicação da força foi realizada através de bomba hidráulica manual marca
ENERPAC P801. O incremento do carregamento foi efetuado em passos pré-estabelecidos,
sendo a intensidade medida através da célula de carga ligada ao sistema de aquisição de
105
Viga de Reação
2980
3130
Tirante
Laje de Reação
Viga de Reação
Célula de Carga
Aparelho de apoio
Bloco de apoio
Laje de Reação
Vista Frontal
São apresentados nas figuras 3.22 a 3.25 os quatro ensaios realizados nas vigas.
O esquema de carregamento é o mesmo para todas as vigas, diferenciando-se apenas na
instrumentação, que está detalhada nos próximos itens.
Figura 3.23 - Esquema de ensaio da viga mista com laje maciça (VM1)
107
Figura 3.24 - Esquema de ensaio da viga mista com laje treliçada (VM2 e VM3)
3.3.5 Instrumentação
a) Meio do vão
Os extensômetros uniaxiais foram posicionados na seção transversal do meio
do vão das vigas. Em cada mesa do perfil metálico, superior e inferior, foram colados dois
extensômetros uniaxiais posicionados simetricamente em relação ao eixo vertical da seção
transversal. Na altura média do perfil metálico das vigas VM1 e VM2, na região da alma,
foram colados dois extensômetros, resultando no total de seis. No perfil metálico das vigas
108
V1 e VM3, na região da alma, foram colados quatro extensômetros, afastados 50mm das
faces superior e inferior, resultando um total de oito. Na viga V1, os extensômetros colados
na mesa superior foram afastados 150 mm do meio do vão devido a ser este o local de
aplicação da força. Nas vigas mistas, a laje de concreto também foi instrumentada no meio
do vão. Foram colados dois extensômetros uniaxiais na fase superior, cada um posicionado
a dez centímetros da lateral da mesma.
Os extensômetros colados no concreto e no aço foram todos unidirecionais
simples, marca Excel ( PA-06-201BA-120L, para o concreto e PA-06-250BA-120L, para o
aço)
b) Conectores
Os extensômetros colados nos conectores foram posicionados a meia altura a
15 mm da cada extremidade de acordo com a figura 3.25, sendo denominados:
-ED-1, ED-2, ED-3, ED-4, ED-5, ED-6, para o lado direito,
-EE-1, EE-2, EE-3, EE-4, EE-5, EE-6, para o lado esquerdo.
37,5 37,5
50 50
70 70
Unidade: mm
15 15 50 15 15 50
Figura 3.25 - Conector com altura de 100 mm utilizado nas vigas VM1 e VM2 e de 75 mm
utilizado na viga VM3.
Quadro 3.7 – Resumo dos extensômetros uniaxiais elétricos e mecânicos na seção do meio
do vão das vigas.
Extensômetro na
mesa superior e Extensômetro na face Extensômetro mecânico
Vigas Extensômetro na alma
inferior do perfil superior da laje na laje
metálico
Lado Lado Lado Lado Lado Lado Lado Lado
direito esquerdo direito esquerdo direito esquerdo direito esquerdo
V LD1 e LD2 LE1 e LE2 - - - -
VSD VSE
VM1
e e LD LE
VM2 LD LE 1,2,3,4 5,6,7,8
SID SIE
VM3 LD1 e LD2 LE1 e LE2
3.3.5.3 Rosetas
Pastilhas para
A Extensômetro B
Roseta 100 Mecânico Roseta
1
2
ED-1 ED-2 ED-3 3 24 ED-4 ED-5 ED-6
4
VSD
100
VLD
100
100
RD1 100 RD2
VID
Extensômetros
A Lineares para aço B
LE LD LE LD
5 1 5 1
6 2 6 2
7 3 EE3 ED3
VSE VSD 7 VSE VSD 3
8 4 8 4
VLE1 VLD1
VLE VLD Extensômetros RE2 RD2
Lineares para concreto VLE2 VLD2
Roseta A B Roseta
VSD
VLD1 50
100
100
100
RD1 VLD1 RD2
50
VID
Extensômetros
A Lineares para aço B
VSE VSD
VLE1 VLD1
RE2 RD2
VLE2 VLD2
Unidade: mm
VIE VID
Corte BB
Corte AA
b) V1
Figura 3.26 - Posicionamento dos extensômetros
A B C
D1 D2 D3 D4 D5 D6
A
E4 D4
Unidade: mm
Corte AA
Nos ensaios foram utilizados dois sistemas para aquisição dos valores
referentes à força aplicada e às deformações dos extensômetros. Um era formado por uma
caixa de aquisição de dados com 16 canais, interligada a um terminal da National
Instruments modelo SCXI-1001 controlada pelo “softwareLabView”.
Um dos canais foi reservado para leitura da célula de carga e os outros para a
medição dos valores de deformação dos extensômetros uniaxiais e rosetas. Como o número
de extensômetros foi superior a 15 foi utilizado um segundo sistema de aquisição de dados,
formado por uma caixa comutadora e balanceadora com 24 canais acoplada a um medidor
analógico marca KYOWA.
113
4.2 MATERIAIS
4.2.1 Concreto
f ck
Resistência à tração fctk = MPa para fck < 18 MPa
10
fctk = 0,06fck + 0,7 MPa para fck ≥ 18 MPa
Módulo de elasticidade E = 6.600 f ck + 3,5 MPa
2
f 3
Valor inferior da resistência à tração (MPa) fctk, inf =0,95 ck
f ck 0
2
f 3
Valor médio da resistência à tração (MPa) fctm =1,40 ck
f ck 0
2
f 3
Valor superior da resistência à tração (MPa) fctk, sup =1,85 ck
f ck 0
1
f + ∆f 3
Módulo de elasticidade (MPa) Ec = αe.104 ck
f cm 0
Sendo:
fck = Resistência característica do concreto à compressão
fck0 = 10 MPa ;
fcm0 = 10 MPa;
∆f = 8 MPa;
αe = 2,15 MPa
Ecs = 0,85.Ec
Sendo:
Ecs = Módulo de elasticidade secante do concreto
Ec = Módulo de elasticidade tangente inicial do concreto
3,75
3,50
3,25
3,00
Valores teóricos (kN)
2,75
2,50
2,25
2,00
NBR 6118 (2000)
1,75
CEB (1990)
1,50
1,25
1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75
A B A B A B A B A B A B A B
1 2 1/2 3 1/3 4 1/4
Mod. 01 26,43 23,38 35,24 35,62 0,75 0,66 28,01 28,35 0,94 0,82 23,80 24,10 1,11 0,97
Mod.02 23,85 22,18 34,91 35,27 0,68 0,63 27,71 28,03 0,86 0,79 23,55 23,82 1,01 0,93
Mod. 03 22,16 22,49 43,09 41,81 0,51 0,54 35,03 33,89 0,63 0,66 29,77 28,81 0,74 0,78
Mod.03A 28,43 28,58 39,64 37,74 0,72 0,76 31,96 30,26 0,89 0,94 27,17 25,72 1,05 1,11
Mod.04 24,71 25,04 41,20 40,37 0,60 0,62 33,35 32,61 0,74 0,77 28,34 27,72 0,87 0,90
Mod. 05 21,34 24,91 32,53 32,65 0,66 0,76 25,53 25,65 0,84 0,97 21,70 21,80 0,98 1,14
Mod.06 22,13 20,32 33,32 32,73 0,66 0,62 26,26 25,72 0,84 0,79 22,32 21,86 0,99 0,93
Mod.06A 23,66 20,29 34,60 34,84 0,68 0,58 27,43 27,64 0,86 0,73 23,31 23,50 1,01 0,86
Mod. 07 22,13 18,51 37,64 36,69 0,59 0,50 30,17 29,32 0,73 0,63 25,64 24,92 0,86 0,74
Mod.08 21,18 19,11 37,19 36,52 0,57 0,52 29,77 29,16 0,71 0,66 25,30 24,79 0,84 0,77
Média 0,63 ± 0,07 0,60 ± 0,08 0,79 ± 0,09 0,76 ± 0,09 0,93 ± 0,11 0,89 ± 0,12
A B A B A B
1 2 1/2 3 1/3
Mod. 01 26,43 23,38 32,01 32,21 0,83 0,73 27,21 27,38 0,97 0,85
Mod.02 23,85 22,18 31,84 32,02 0,75 0,69 27,06 27,22 0,88 0,81
Mod. 03 22,16 22,49 36,04 35,40 0,61 0,64 30,64 30,09 0,72 0,75
Mod.03A 28,43 28,58 34,29 33,31 0,83 0,86 29,15 28,31 0,98 1,01
Mod.04 24,71 25,04 35,09 34,67 0,70 0,72 29,82 29,47 0,83 0,85
Mod. 05 21,34 24,91 30,59 30,65 0,70 0,81 26,00 26,05 0,82 0,96
Mod.06 22,13 20,32 31,00 30,69 0,71 0,66 26,35 26,09 0,84 0,78
Mod.06A 23,66 20,29 31,68 31,80 0,75 0,64 26,93 27,03 0,88 0,75
Mod. 07 22,13 18,51 33,25 32,77 0,67 0,56 28,26 27,85 0,78 0,66
Mod.08 21,18 19,11 33,03 32,68 0,64 0,58 28,07 27,78 0,75 0,69
Média 0,72±0,07 0,69±0,09 0,85±0,09 0,81±0,11
VM 01 27,64 29,04 0,95 27,72 1,00
VM02 24,98 30,51 0,82 28,44 0,88
VM03 19,21 27,51 0,70 26,96 0,71
Média 0,82±0,13 0,86±0,15
4.2.2 AÇO
450
400
350 2,00mm
300
Tensão (MPa)
3,75mm
250
*
200 2,65mm
150
100
* Neste ensaio o extensômetro foi retirado antes
50
do início do encruamento do aço
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000
Deformação específica ( )
Figura 4.2 – Gráfico tensão versus deformação típico dos aços utilizados nos ensaios
121
Tabela 4.6 - Modo de ruptura e resistência experimental e teórica dos ensaios de cisalhamento direto
fcm das 2
Experimental NBR8800:1986 AISC-LRFD: 1999 AASHTO:1973 Modo de
Modelos lajes MPa 1/2 1/3 1/4
KN - (1) kN - (2) kN - (3) kN - (4) ruptura
Mod. 01 25,32 77,00 55,10 1,40 70,29 1,10 68,94 1,12 1
Mod. 02 24,76 126,50 102,16 1,24 127,37 0,99 127,82 0,99 1
Mod. 03 37,87 79,00 67,38 1,17 82,74 0,95 84,31 0,94 1
Mod. 04 34,69 131,22 120,93 1,09 156,74 0,84 151,29 0,87 1
Média 1,22 0,97 0,98
Desv.Pad. 0,13 0,11 0,11
Mod. 03A 30,88 21,00 60,85 0,35 84,43 0,25 76,13 0,28 1
Mod.01, Mod.03, Mod03A = altura de 75 mm e espessura de 2,00 mm Mod.02, Mod.04 = altura de 75 mm e espessura de 3,75 mm
Mod.05, Mod.07 = altura de 100 mm e espessura de 2,00 mm Mod.06, Mod.06A, Mod.08 = altura de 100 mm e espessura de 3,75mm
Abertura da
junta devido à
rotação da laje
Figura 4.3 - Rotação da laje observada nos modelos com conectores de altura de 75 mm
uma maior rotação. A situação final desses modelos pode ser vista na figura 4.5.
Figura 4.4 – Forma de ruptura dos modelos com conector de 100 mm de altura e espessura
de 2,00 mm.
Figura 4.5 – Forma de ruptura dos modelos com conector de 100 mm de altura e espessura
de 3,75 mm.
curva foi a rigidez dos conectores, definida pela relação entre a força e o deslizamento
relativo.
Nas figuras 4.6 e 4.7 são apresentas as curvas força versus deslizamento
relativo para conectores com altura de 75 mm e 100mm, respectivamente.
160
140
120
Força por conector (kN)
100
80
60
Mod.01-25,3MPa-2,00mm
40 Mod.02-24,76MPa-3,75mm
Mod.03-37,85MPa-2,00mm
20 Mod.04-34,69MPa-3,75mm
Mod.03A-30,88MPa-2,00mm
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Figura 4.6 - Gráfico força versus deslizamento médio para conectores de 75 mm de altura
Pela figura 4.6 percebe-se que a rigidez inicial de todos os conectores foram
semelhantes. Após a fase elástica, a rigidez começou a se diferenciar, sendo que o aumento
da resistência à compressão do concreto e o aumento da espessura do conector, de modo
geral, tornou a ligação mais rígida.
O modelo Mod.03 apresentou certa divergência em relação aos outros modelos,
pois no final do ensaio, mesmo a espessura do conector sendo de apenas 2,00 mm, ele
deslizou menos que o modelo Mod.04 que possuía espessura de 3,75 mm e resistência do
concreto similar.
A falta de aderência entre o conector e o concreto e a presença dos nichos de
concretagem no Mod03A não só diminuíram a resistência do conector como também
tornou a ligação menos rígida.
127
160
140
120
Força por conector (kN)
100
80
60
Mod.05-20,88MPa-2,00mm
40 Mod.06-21,55MPa-3,75mm
Mod.07-28,22MPa-2,00mm
20 Mod.08-27,69MPa-3,75mm
Mod.06A-24,18MPa-3,75mm
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Figura 4.7 - Gráfico força versus deslizamento médio para conectores de 100 mm de altura
160
140
120
Força por conector (kN)
100
80
60
Mod.01-25,3MPa-2,00mm-75x50
40 Mod.03-37,85MPa-2,00mm-75x50
Mod.05-20,88MPa-2,00mm-100x50
20
Mod.07-28,22MPa-2,00mm-100x50
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Figura 4.8 – Gráfico força versus deslizamento da ligação com conectores de 2,00mm de
espessura
160
140
120
Força por conector (kN)
100
80
60
Mod.02-24,76MPa-3,75mm-75x50
40
Mod.04-34,69MPa-3,75mm-75x50
Mod.06-21,55MPa-3,75mm-100x50
20
Mod.08-27,69MPa-3,75mm-100x50
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Figura 4.9 – Gráfico força versus deslizamento da ligação com conectores de 3,75 mm de
espessura
180
Fu = 201 kN
160
140
Fu = 126,50 kN
Força por conector (kN)
120
100 Fu = 124 kN
80 Fu = 77 kN
60 Mod.01-25,3MPa-2,00mm-75x50
Mod.02-24,76MPa-3,75mm-75x50
40
MALITE (1993)-25,90MPa-2,66mm-
75x40
20
MALITE (1993)-26,7MPa-4,66mm-75x40
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Apesar dos deslizamentos não terem sido medidos até o final do ensaio, pode-
se ver que o aumento da espessura contribui significativamente para o aumento da
resistência e da rigidez.
O valor médio dos resultados obtidos por OLIVEIRA (2001) em ensaios de
cisalhamento direto com laje maciça, com armadura e sem armadura, e conectores U
formados a frio estão apresentados na tabela 4.7.
130
Tabela 4.8 – Deslocamentos últimos de conectores U formado a frio e pino com cabeça
Conectores
* A resistência dos conectores pino com cabeça foram calculados de acordo com a expressão da NBR 8800/86
Pu = 0 ,5.Acs f ck .E c e o deslizamento último pela expressão Sult = (0,48-0,0042*fcm).dc
131
0,9
A
0,8
B
C
0,7
Força / Força última
Mod 02
0,6 Mod 08
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deslizamento relativo (mm)
Figura 4.11 – Curvas típicas de conectores pino com cabeça e U formado a frio
160
Mod.01+
Mod.01- 140
Mod.02+
Mod.02-
Mod.04+ 120
Força por conector (kN)
Mod.04-
Mod.03A+ 100
Mod.03A-
80
60
40
20
0
-5000 -4000 -3000 -2000 y -1000 0 1000 y 2000 3000 4000 5000
Deformação específica (
Figura 4.12 – Gráfico força versus deformação média dos conectores com altura de 75 mm
160
140
120
Força por conector (kN)
100
80
Mod 05-1,2
60
Mod 05-3,4
mod 06-1,2
40 Mod 06-3,4
Mod 07-1,2
Mod 07-3,4
20 Mod 08-1,2
Mod 08-3,4
0
y
-1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
Deformação específica ( )
Figura 4.13 – Gráfico força versus deformação média dos conectores de altura de 100 mm.
160
140
120
Força por conector (kN)
100
80
Mod 05 - 2,00mm
60 Mod 06 - 3,75mm
Mod 07 - 2,00mm
40
Mod 08 - 3,75mm
20
Mod.06A - 3,75mm
0
0 1000 y 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
Deformação específica ( )
Figura 4.14 – Gráfico força versus deformação média a meia altura dos conectores com
altura de 100 mm
casos a linha neutra, na ruptura, encontrava-se a uma altura menor que 40 mm medida a
partir da face superior da laje, ou seja, acima do EPS.
Não foram observadas fissuras na laje durante o ensaio. Apenas no final houve
a formação de uma fissura longitudinal na face superior da laje devido à ausência de
armadura transversal posicionada na face inferior da laje como recomenda, por exemplo, a
NBR 8800: 1986. O aspecto final dessa viga está apresentado na figura 4.17.
A viga mista VM3 rompeu com uma força de 133 kN, mostrando, assim, uma
redução na resistência da viga devido a menor altura do conector. Com um carregamento
de100kN foi observada a presença de algumas fissuras na lateral da laje, mas estas não
iniciavam a partir da face inferior, e sim a partir da sapata de concreto da treliça. No final
do ensaio formou-se uma fissura longitudinal na face superior da laje, semelhante à viga
137
VM2. O aspecto final da viga VM3 foi muito semelhante ao da viga VM2 e está
apresentado na figura 4.18.
Pela tabela 4.9 pode-se ver que o ganho de resistência de uma viga mista para
uma viga metálica é considerável, da ordem de 300%, mostrando um melhor
aproveitamento dos materiais e, conseqüentemente, uma maior economia.
A resistência das vigas VM1 e VM2 foram praticamente iguais, mostrando que
a substituição da laje maciça pela laje treliçada, neste caso, não influenciou a resistência da
viga mista.
Comparando as vigas VM2 e VM3 percebe-se que a primeira viga, com
conector de 100 mm de altura, apresentou uma força última cerca de 32% superior à da
viga com conector de 75 mm de altura. Este valor é superior ao aumento da resistência da
ligação observado nos ensaios de cisalhamento direto. Naqueles ensaios, a substituição do
conector de 75 mm de altura pelo de 100 mm de altura proporcionou um aumento de 16%
na resistência da ligação. Isto mostra que, possivelmente, a resistência da viga também seja
138
influenciada pela rigidez da ligação. A ligação com conector de 100 mm era mais rígida
que a com conector de 75 mm, o que pode ter resultado em menores deslizamentos da
interface e em um conseqüente aumento na resistência da viga mista.
4 4
158kN 170kN
3,5 140kN 3,5 160kN
120kN 140kN
80kN 100kN
2,5 60kN 2,5
80kN
40kN
2 60kN
2 20kN
40kN
1
1
0,5
0,5
0
0
-1560 -1040 -520 0 520 1040 1560
-1560 -1040 -520 0 520 1040 1560
Posição dos deflectômetros (mm)
Posição dos deflectômetros (mm)
3
80kN
2,5 60kN
40kN
2
20kN
1,5
0,5
0
-1560 -1040 -520 0 520 1040 1560
Posição dos deflectômetros (mm)
c) Viga VM3
180
160
140
Força (kN)
120
100
VM1
80
VM2
60 VM3
40
20
0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Figura 4.20 – Deslizamento relativo médio para as vigas VM1, VM2 e VM3
Cada conector nas vigas mistas, foi instrumentado com dois extensômetros
colados na altura média do conector. Na figura 4.21 são apresentados os valores médios de
deformações dos conectores medidos por estes extensômetros.
180 180
160 160
140 140
120 120
1 1
Força (kN)
Força (kN)
2 2
100 100
3 3
80 4 80 4
5 5
60 60
6 6
40 40
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
20 20
0 0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500
160
140
120
1
Força (kN)
100 2
3
80
4
5
60
6
40
20 1 2 3 4 5 6
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500
Deformação específica (µε)
c) Viga VM3
Figura 4.21 - Deformação específica média dos conectores das vigas mistas
As deformações específicas dos conectores das vigas VM1 e VM2 foram bem
semelhantes, e no local onde os extensômetros foram colados as deformações no instante
da ruptura das vigas foram inferiores à deformação de escoamento do aço, (εy = 1300
141
µε). Mas de acordo com os ensaios de cisalhamento direto, notou-se que a concentração de
tensões nos conectores era maior na região de fixação do conector, sendo
aproximadamente o dobro da tensão no centro do conector. Desta forma, pode-se concluir
que mesmo com os extensômetros colados na região central de alguns conectores não
tendo registrado deformações superiores à de escoamento, na região de maior concentração
de tensões, junto à solda, provavelmente houve o escoamento do aço.
Em relação às deformações dos conectores da viga VM3, todos atingiram a
deformação de escoamento do aço antes da viga mista atingir sua força última. Isto
aconteceu porque os conectores tinham 75mm de altura e os extensômetros estavam
colados a 32,5mm da extremidade do conector, ou seja, mais próximo à região de maiores
concentrações de tensões, diferentemente das vigas mistas VM1 e VM2, onde os
conectores tinham 100mm de altura e os extensômetros estavam colados a 50mm da
extremidade.
Nas vigas mistas VM1 e VM2 as deformações dos conectores aumentaram a
partir daqueles situados mais próximos à extremidade, sendo maiores nos conectores
situados próximos à região central da viga. Já na viga mista VM3, os conectores do lado
direito e próximos a extremidade se deformaram mais, provavelmente devido a um mal
posicionamnto do atuador hidráulico aliado ao emprego de aparelhos de apoio diferentes
nas extremidades.
50
45
40
VS-média
35 VL1-média
VL2-média
Força (kN)
30
VI-média
25
VS-teórico
20 VI-teórico
15
10
0
-7500 -5000 -2500 0 2500 5000 7500 10000 12500
a) Viga V1
180
160
60
40
20
0
-2500 0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500 20000 22500 25000 27500 30000 32500
b) Viga VM1
180
160
140
VS-média
120
VL-média
Força (kN)
100 VI-média
VS-teórica
80 VI-teórica
60
40
20
0
-2500 0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500 20000 22500 25000 27500 30000 32500
c) Viga VM2
180
160
140
120
Força (kN)
100
80
VS-média
60
VL1-média
VL2-média
40
VI-média
VS-teórica
20
VI-teórica
0
-2500 0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500 20000 22500 25000 27500 30000 32500
d) VigaVM3
Pela relação entre as forças última e elástica percebe-se que a força última da
viga metálica foi 23% superior à força elástica. Para as vigas mistas, esse aumento foi
superior a 200%, mostrando o grande ganho de resistência inelástica das vigas mistas.
Na figura 4.23 são apresentas as deformações específicas obtidas pelas médias
das deformações do lado direito e esquerdo da laje, em cinco posições diferentes, medidas
através dos extensômetros mecânicos.
Por esses gráficos, nota-se que parte da laje está comprimida e parte tracionada,
o que mostra a existência de uma segunda linha neutra. Como existem duas linhas neutras,
uma na viga metálica e outra na laje, pode-se afirmar que a interação foi parcial.
145
180
160
140
100
80
L-média
1 e 5-média 60
2 e 6-média
40
3 e 7-média
4 e 8-média 20
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
a)Viga VM1
180
160
140
L-média
120 1 e 5-média
Força (kN)
2 e 6-média
100
3 e 7-média
80 4 e 8-média
60
40
20
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
b) Viga VM2
180
160
140
L-médio
120 1 e 5-média
Força (kN)
2 e 6-média
100
3 e 7-média
80 4 e 8-média
60
40
20
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
c) Viga VM3
10 kN 200
20 kN 150 Altura (mm)
30 kN V1
Viga
40 kN 100
44 kN 50
47 kN 0
-4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
235MPa
200
Altura (mm)
Região elástica
150
Região plastificada
100
50
0
235MPa
350
30 kN
50 kN 300
VM1
Laje
Altura (mm)
70 kN 250
90 kN
110 kN 200
130 kN 150
150 kN
Viga
155 kN 100
50
0
-2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000 13000 14000 15000 16000 17000 18000 19000 20000 21000 22000
Deformação específica (µε)
350
30 kN
50 kN 300
VM2
Laje
Altura (mm)
70 kN 250
90 kN
110 kN 200
130 kN 150
150 kN
Viga
170 kN 100
50
0
-2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000 13000 14000 15000 16000 17000 18000 19000 20000 21000 22000 20000 21000 22000 23000
Deformação específica (µε)
350
30 kN
50 kN 300
VM3
Laje
Altura (mm)
70 kN 250
90 kN
110 kN 200
120 kN 150
Viga
100
50
0
-2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000 13000 14000 15000 16000 17000 18000 19000 20000 21000
Deformação específica (µε)
Figura 4.25 – Deformações na seção transversal no meio do vão das vigas mistas
149
Laje
85,00 85,90
Altura (mm)
156 MPa
Altura (mm)
235MPa
7,05 8,27
10,57 6,79
Viga
166,38
61,10
16,00
300 MPa 300 MPa
Diagrama de tensões (MPa) - VM1 - 155kN Diagrama de tensões (MPa) - VM2 - 170kN
24,14MPa
28,52
Concreto ainda não plastificado
Laje
235MPa
Região plastificada
17,67
17,24 Região encruada
235 MPa
Viga
154,08
11
300MPa
180 180
160 160
80 80
txy-RD1
60 60
Teórico
40 40
20 20
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Tensão de cisalhamento (MPa) Tensão de cisalhamento (MPa)
a) Viga V1 b) VigaVM1
180 180
160 160
140 140
120 120
Força (kN)
Força (kN)
100 100
80 txy-RD1 80 txy-RD1
60 txy-RD2 txy-RD2
60
txy-RE1 txy-DE1
40
txy-RE2 40
txy-RE2
20
teórico 20 teórico
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Tensão de cisalhamento(MPa)
Tensão de cisalhamentoa (MPa)
Figura 4.27 – Gráfico força versus tensão de cisalhamento em V1, VM1, VM2 e VM3
31°
Os resultados dos deslocamentos verticais obtidos nos ensaios das vigas estão
apresentados na figura 4.29. O deslocamento no meio do vão foi comparado ao valor
teórico calculado de acordo com a expressão da Resistência dos Materiais:
PL3
δ = (4.03)
48 EI ef
Sendo:
P = força aplicada;
L = vão da viga;
E = módulo de elasticidade do aço, para a viga metálica, ou do material para qual a seção
foi homogeneizada, para as vigas mistas;
Ief = momento de inércia da seção metálica, para a viga V1, ou da seção mista
homogeneizada, para as vigas mistas, desconsiderando a parte tracionada e levando em
consideração a interação parcial.
50 180
45
160
40
140
35 A
120
Força (kN)
30
Força (kN)
B A
25 100
C B
20 80
B - teórico C
15 60
B - teórico
10 40
5 20
0
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Deslocamentos Verticais (mm) Deslocamento vertical (mm)
120 120
B
100
C 100 A
80
B - teórico 80 B
60
60 C
40 B - teórico
40
20
0 20
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 0
Deslocamento vertical (mm) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Deslocamento vertical (mm)
180
160
140
V-B
120
VM1 - B
Força (kN)
100
VM2 - B
80 VM3 - B
60
40
20
0
8,27
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Figura 4.30 – Deslocamentos verticais mo meio do vão das vigas V1, VM1, VM2 e VM3
Tabela 4.12 - Valores teóricos e experimentais dos momentos fletores elásticos das vigas
ensaiadas
Mom. Fletor
Força Mom. Fletor Mom. Fletor com
Peso Mom. Método
última kN.m efeito do trabalho a
Vigas próprio Fletor exp. elástio kN.m
elástica NBR 14762: frio kN.m
kN/m kN.m NBR 8800:
kN 2001 NBR 14762: 2001
1986
V1 39 0,16 29,24 28,60 30,45 -
VM1 68 2,86 54,16 - - 64,06
VM2 70 1,69 54,22 - - 63,42
VM3 60 1,69 46,77 - - 57,35
praticamente igual aos teóricos, sendo apenas 2,3% maior que o momento fletor com a
tensão de escoamento do aço virgem e 4% menor que o momento fletor com a tensão de
escoamento do aço considerando o efeito do trabalho a frio. A expressão utilizada pela
norma para o cálculo do momento fletor resistente, quando não há problemas de
flambagem, é a mesma expressão para cálculo da resistência ao momento fletor definida
pela Resistência dos Materiais. Como o perfil dessa viga não é esbelto e possui um
comportamento linear bem definido as semelhanças dos resultados realmente deveriam
existir.
Em relação às vigas mistas os momentos fletores experimentais também foram
semelhantes, sendo cerca de 16% inferiores aos teóricos.
A força última de cada viga e os momentos fletores últimos experimentais e
teóricos estão apresentados na tabela 4.13.
Tabela 4.13 - Valores teóricos e experimentais dos momentos fletores últimos das vigas
ensaiadas
Um dos motivos que pode ter elevado a resistência das vigas mistas foi o
encruamento de parte da seção tracionada do perfil, aumentando consideravelmente a
tensão na seção transversal, principalmente nas duas primeiras vigas mistas. Como o
cálculo segundo a NBR 8800: 1986 é feito considerando plastificação total da seção, caso
as deformações alcancem a região de encruamento do aço, esse dimensionamento estará a
favor da segurança.
157
5.1 CONECTORES
• Deslizamento relativo:
• Deformaçãoes específicas:
• Modo de falha:
5.2 VIGAS
treliçada de concreto foi analisado através de ensaios a flexão simples em vigas mistas e
uma viga metálica. As vigas mistas possuíam grau de conexão parcial, sendo menor na
viga VM3 e igual nas vigas VM1 e VM2.
Os objetivos do ensaio da viga de aço foram avaliar o comportamento geral de
viga com seção caixa, formada pela união de dois perfis U enrijecidos formados a frio, e
verificar as diferenças dessa viga em relação às vigas mistas. Já o objetivo dos ensaios das
vigas mistas foi avaliar a influência do tipo de laje e da altura dos conectores. Dessa forma,
os conectores da viga VM3 eram menos rígidos que os conectores das vigas VM2 e VM1.
As grandezas obtidas nos resultados analisados foram: resistência das vigas e
modo de falha, deformações da seção transversal no meio do vão, deformações nas rosetas,
deslizamento na interface e deslocamentos verticais.
- Pela análise das deformações das rosetas, percebeu-se que parte dos
esforços de cisalhamento vertical foi resistida pela laje. Percebeu-se, porém,
que a resistência oferecida pela laje era função do grau de interação, ou seja,
quanto maior o deslizamento menor a resistência ao cisalhamento oferecida
pela laje. As direções principais mostraram que a interação da viga metálica
com a laje através dos conectores altera o ângulo de inclinação, para a viga
metálica a média da direção principal foi 40º e para as vigas mistas a média foi
32º.
• Deslizamento na interface:
• Deslocamentos verticais:
AMERICAN IRON AND STEEL INSTITUTE - AISI – (2001 draft edition). Commentary
on the 2001 edition of the north american specification for the design of cold-formed steel
structural members. American Iron And Steel Institute.
EUROCODE 4 - (2001 Draft No. 3 of prEN 1994-1-1). Design of composite steel and
concrete structures - Part 1.1: General rules and rules for buildings. European Committee
for Standardization. Bruxelles.
LAM D., ELLIOTT K. S., NETHERCOT D. A. Push-off tests on shear studs with hollow-
cored floor slabs. The Structural Engineer , May-1998
TIMOSHENKO, S.P.; GERE, J.E. Mecânica dos sólidos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos
e Científicos S. A. 1983.
YU W. W. Cold-Formed Steel Design. 2. ed. New York: John Wiley & Sons, Inc. 1991.
631 p.
170
a: espessura comprimida da laje ou, para interação parcial, espessura considerada efetiva;
b: largura efetiva da laje de concreto;
bf: largura da mesa superior do perfil;
b0: espaçamento entre o material de enchimento, sobre a viga;
d: altura total do perfil
dCG : distância entre os centróides da laje e do perfil;
d1: posição do centro de gravidade da seção de aço em relação à fibra superior e inferior;
e: = altura do enrijecedor desconsiderando a espessura da mesa;
fck: resistência à compressão do concreto;
fy: resistência ao escoamento do aço,
h: altura livre entre mesas da seção de aço;
hF: altura do material de enchimento da laje;
k: rigidez do conector;
l1: comprimento do vão sendo do apoio à esquerda até a força concentrada;
l2: comprimento do vão sendo do apoio à direita até a força concentrada;
m: número de conectores;
mtotal: número de conectores necessário para que a interação seja total;
n: fator de homogeneização.
nr: número de linhas de conectores;
p: espaçamento entre conectores;
pmax: espaçamento máximo
pmin: espaçamento mínimo
q(x): fluxo de cisalhamento longitudinal entre a viga e a laje;
s: deslizamento na interface aço-concreto,
171
y0
y1
y1
b b
hF t c
hF t c
b0 b0
t
t
d1
d1
d
d
d1
d1
t
bf bf
(a) Linha neutra na capa de concreto (b) Linha neutra abaixo da capa de concreto
Figura 1 - Posições da linha neutra
b.(t c − y 0 )
2
+ A.(d1 + hF + t c )
y1 = 2 .n (2)
A+
[b.(t c − y 0 )]
n
Inércia da seção homogeneizada, Itr:
2
b. y 0 3 b. y 0 y
y1 − 0 + I + A.(d1 + hF + t c − y1 )
2
I tr = + (3)
12.n n 2
y
b0 .( y 0 − t c ). 0 + t c
b.t c2 2 + A.(d + h + t )
+ 1 F c (4)
y1 = 2.n n
A+
[b.t c + b0 ( y0 − t c )]
n
b .( y − t )3
2
b.t c3 b.t c t
I tr = + . y 0 − c + 0 0 c + ...
12.n n 2 12n
(5)
b0 .( y 0 − t c ) (y − t ) 2
2
. y1 − 0 c + I a + A.(d1 + hF + t c − y1 )
n 2
b
hF t c
y1
b0
t
d1
d
d1
t
bf
Figura 2 - Posições da linha neutra na viga
176
b.t c 2 b0 .hF h
+ . t c + F + A.( t c + hF + d1 )
2.n n 2
y0 = (6)
(b.t ) + (b0 .hF )
A+ c
n
2 2
b.t 3 b.t t b .h 3 b .h hf
I tr = c + c . y 0 − c + 0 F + 0 F . y 0 − t c − + ...
12.n n 2 12.n n 2 (7)
I + A.( t c + hF + d1 − y 0 )2
Sendo:
b = largura efetiva da laje de concreto;
b0 = espaçamento entre o material de enchimento, sobre a viga;
tc = altura do capeamento da laje;
hF = altura do material de enchimento da laje;
d1 = posição do centro de gravidade da seção de aço em relação à fibra superior e inferior;
y0 = primeira posição do centro de gravidade da seção transformada em relação à fibra
superior da seção mista;
y1 = segunda posição do centro de gravidade da seção transformada em relação à fibra
superior da seção mista, para o caso de linha neutra na laje de concreto;
A = área da seção de aço;
I = momento de inércia da seção de aço;
Itr= momento de inércia da seção homogeneizada;
n = fator de homogeneização.
177
Para que a interação seja completa e a linha neutra plástica esteja na laje
(Figura 1), devem ser obedecidas as seguintes condições:
b
0,85 fck
hF t c
C
b0
t
d1
T
d
d1
t
bf fy
Figura 1- Interação completa e linha neutra plástica na laje
T = (Afy)a (3)
T = (A.fy)a (7)
t c2 .b ( a − t c )2
+ b0 . + tc
2
2
M n = T d 1 + t c + h f − (8)
t c .b + ( a − t c ).b0
Para que a ocorra interação completa com linha neutra plástica na viga de aço,
devem ser obedecidas as seguintes condições :
T = C + C’ (11)
−
- se C’ ≤ (Afy)tf, linha neutra plástica na mesa, y , (Figura 2),
C'
y= tf (12)
( Af y )tf
179
b
0,85 f ck
y cc
hF t c
C
b0 yc
y
fy
t
C'
d1
e
h
d
d1
yt
fy
t
bf
b.t c2 h
= + b0 .hF . F + t c
2 2 (13)
y cc
b.t c + b0 .hF
−
y (14)
yc =
2
−
−
− − y e h
( t − y ).b f .d − y −
t
+ 2.e.t . d − t − + 2.h.t . + t + ...
2 2 2
yt = −
Aa − y .b f
(15)
2
e b f .t
2.e.t . + t +
2 2
−
Aa − y .b f
−
- se C’ > (Afy)tf, linha neutra plástica na alma, y , (Figura 3),
C' −( Af y )tf
y =tf + h (16)
( Af y )w + ( A. f y )e
180
b
0,85 f ck
y cc
hF t c
C
b0
y yc
C'
d1
e
fy
h
d
d1
yt
fy
t
bf
−
Para y ≤ t + e
b.t c2 h
= + b0 .hF . F + t c
2 2
y cc (17)
b.t c + b0 .hF
b f .t 2 −
− y− t
+ 4.t . y − t . +t
2 2
yc =
(18)
−
b f .t + 4.t . y − t
− e+t − y
− −
−
− d − y − t
( e + t − y ).2.t . d − y − + d − y − t .2.t . + t + ...
2 2
yt =
−
Aa − b f .t + 4.t . y − t
(19)
2
e b f .t
2.e.t . + t +
2 2
−
Aa − b f .t + 4.t . y − t
−
Para y > t + e
b.t c2 h
+ b0 .hF . F + t c
2 2 (20)
y cc =
b.t c + b0 .hF
181
b f .t 2 −
− y− t e
+ 2.t y − t . + t + 2.e.t + t
2 2 2
yc =
(21)
−
b f .t + 2.e.t + 2.t . y − t
− 2
−
d −t − y e b f .t
2.t .( d − t − y ).d . + t + 2.e.t . + t +
2 2 2
yt = (22)
−
Aa − b f .t + 2.e..t + 2.t . y − t
Então:
c) Interação parcial
Quando ocorre uma das seguintes condições, Qn < 0,85 fck b dc e Qn < (Afy)a ,
a força resultante de compressão (C) na laje é dada por:
C = Qn (24)
Para determinação de C’, T e y são válidas as expressões dadas anteriormente,
utilizando o novo valor de C.
Sendo:
a = espessura comprimida da laje ou, para interação parcial, espessura considerada efetiva;
b = largura efetiva da laje de concreto;
b0 = espaçamento entre o material de enchimento, sobre a viga;
bf = largura da mesa superior do perfil;
e = altura do enrijecedor desconsiderando a espessura da mesa;
d = altura total do perfil
d1 = posição do centro de gravidade da seção de aço em relação à fibra superior e inferior;
h = altura livre entre mesas da seção de aço;
t = espessura do perfil;
182
∂2N − k .d CG .M ( x )
− κ 2 .k .N ( x ) = (1)
∂x 2
Ec .I c + E .I
Sendo:
2
1 1 d CG
κ2 = + + ;
Ec .Ac E .A E c .I c + E .I
E = módulo de elasticidade do aço;
Ec = módulo de elasticidade do concreto;
I = momento de inércia do perfil metálico;
Ic = momento de inércia da laje;
A = área do perfil metálico;
Ac = área da laje;
dCG = distância entre o centro de gravidade da laje e da viga;
k = rigidez do conector;
184
M = momento fletor;
N = força normal interna;
x = distância do apoio a seção analisada.
Concreto
Ac, Ic, Ec
b
q(x) σi(Mi) σi(Ni) σi(Mi+Ni)
σc, M σc, N σc, r
C
tc Mc
Vc
dCG u
t
T = M
d Ma
Va
V + =
Aço
bf C=T=N σa, M σa, N σa, r
x
A, I, E
EI ef = E c .I c + E .I + γ .S
(2)
1
γ=
π 2 .S
1+ (4)
k .l 2 .d CG 2
F
k= (5)
p .s
M c ( x ) tc E t
σ c ,M (x ) = ± . = ± M ( x ). c . c (7)
I 2 EI ef 2
N ( x ) tc γ .S 1
σ c ,N (x ) = ± . = ± M ( x ). . (8)
Ac 2 d CG .EI ef Ac
Ma( x ) d
σ a ,M (x ) = ±
E d
. = ± M ( x ). . (9)
I 2 EI ef 2
γ .S 1
σ a ,N (x ) = ±
N( x ) d
. = ± M ( x ). . (10)
A 2 d CG .EI ef A
Sendo:
Mc = momento atuante no concreto;
Ma = momento atuante no aço;
tc = altura da laje;
186
d = altura do perfil;
smin= espaçamento mínimo
γ .S
q( x ) = V ( x ). (12)
d CG .EI ef
γ .S
Q( x ) = V ( x ). . p( x ) (13)
d CG .EI ef
A força resultante no conector Q(x) deve ser inferior ou igual a sua resistência
PU.
-Conexão Parcial
A capacidade da viga mista será calculada de acordo com a distribuição de
tensões apresentadas na figura 2, desconsiderando a resistência à tração do concreto.
Concreto
Ac, Ic, Ec
σc, r σc, r
a C
z
σa, N
+ = zu
T
Aço
bf σa, N σ a, M σ a, r
A I E
Figura 2 – Distribuição de tensões máximas na seção transversal de uma viga mista com
interação parcial
187
C = m.Pu (14)
Onde:
m = número de conectores
Pu = resistência de cada conector
σ
σ a ,M = 1 − a ,N . f y = f y − m.Pu (16)
fy A
C = m.Pu = ( σ c ,r .a .b ).2
(18)
σ c ,r σ a ,M + σ a ,N σ a ,M
= =
n.a zu d (19)
Ec
n=
E (20)
m.Pu .d
a= ≤ tc (21)
n.σ a ,M .b
188
2.σ a ,M .n.a
σ c ,r = ≤ f ck
d (22)
d a 2.I
M R , parcial = m.Pu . + t c − + σ a ,M . (23)
2 3 d
- Conexão Total
A capacidade da viga mista será calculada de acordo com a distribuição de
tensões apresentadas na figura 3. Para que a interação seja total, não há deslizamento na
interface aço-concreto. A resistência à tração do concreto é desconsiderada e assumi-se,
inicialmente, que a linha neutra está na laje.
Concreto
Ac, Ic, Ec
b
σc, r σc, r
a C
z
σa, N
T
+ = zu
Figura 3 – Distribuição de tensões máximas na seção transversal de uma viga mista com
interação total.
n.b.a 2 d
= A. + t c − a (24)
2 2
2
A A A (25)
a= + .( d + 2.t c ) −
n.b n.b n.b
Se a posição da linha neutra anterior não estiver na laje, a nova posição será:
t d
n.Ac . a − c = A. + t c − a (26)
2 2
189
tc d
n.Ac . + A. + t c
2 2 (27)
a=
n.Ac + A
Como neste caso a viga mista é considerada como uma estrutura monolítica, as
razões σa,r/zu e σa,M/(d/2) são iguais. Dessa forma a relação entre a tensão normal,
σ a ,N ,total , e de flexão, σ a ,M ,total , na seção de aço é calculada por:
σ a ,M ,total d
α= = (28)
σ a ,N ,total d + 2.t c − 2.a
fy
σ a ,N ,total =
1+ α (29)
α. f y
σ a ,M ,total = (30)
1+ α
d a 2.I
M R ,total = A.σ a ,N ,total . + t c − + σ a ,M . (31)
2 3 d
- Ausência de conexão
2.I
M R ,aço = M ( σ a ,M ) = f y . (33)
d
O momento fletor resistente para uma viga mista com interação parcial pode
ser calculado por aproximação linear para segundo a expressão:
m
M R , parcial = M R ,aço + ( M R ,total − M R ,aço ). (34)
mtotal
190
Mc+dMc dx
Mc Tc dx
T+dT dx Nc+dNc dx
dx Nc
Mc T Mc+dMc dx dx
dx Tc+dTc dx
tc Nc q(x)dx
Nc+dNc dx dx
dx
Ta Ta+dTa dx
d
Na Na+dNa dx dx
dx Na
Ma Na+dNa dx
Ma+dMa dx Ma dx
dx dx Ma+dMa dx
dx dx
dw
∆s = ( u0( 1 ) − u0( 2 ) ) + [ φ( zG 2 + zG1 )] = ( u0( 1 ) − u0( 2 ) ) − ( zG 2 + zG1 ) (35)
dz
q( x ). p
∆s = (36)
nr .k
Sendo:
p = espaçamento entre conectores;
k = rigidez do conector;
nr = número de linhas de conectores;
191
ZG1 tc
ZG2
d
(2)
No estado II, para momentos fletores elevados, a força normal causa uma
variação na área de compreensão do concreto. A curvatura vale:
1 1 1
( M , N )II = + (38)
r r2 r2 ,N
Sendo:
x1 = posição da linha neutra no estado I, para flexão pura;
x2 = posição da linha neutra no estado II, para flexão pura.
N ( x1 − x2 )
M0 = (40)
( I 2 / I1 − 1 )
Sendo:
N = esforço normal;
M = momento fletor;
I1 = inércia na fase 1;
I2 = inércia na fase 2.
Para β1 .β 2 .M r ≥ M 0 e M < M r , ξ 0 = 0
Para β1 .β 2 .M r < M 0 e M ≥ M r , ξ 0 = 1
EI 2
EI ef = (41)
[ I 2 / I1 + ξ 0 .( N / M ).( x1 − x2 ) − I 2 / I1 )]
2 2
1 2 l d 2w 1 2 l du ( i )
∏ = ∑ ∫ E ( i ) I ( i ) 2 dx + ∑ ∫ E ( i ) A( i ) dx +
2 i =1 0 dx 2 i =1 0 dx
(42)
1 l nr k 2 1
∫ ∆s ( x )dx − ∫ qwdx − ∑ Fi wi
2 0 p 0
i
2 l d 2w d 2w 2 l du ( i ) du ( i )
δ ∏ = ∑ ∫ E ( i ) I ( i ) 2 δ 2 dx + ∑ ∫ E ( i ) A( i ) δ
dx dx +
0 0
i =1 dx dx i =1 dx
(43)
nr k 1
∆sδ∆s( x )dx − ∫ qδwdx − ∑ Fi δwi = 0
l
∫0 p 0
i
PFIPc
Concreto
yc
ds/dx
Interação φit yna
ya parcial
φip
PFIP a
Aço
φsi
Sem interação
Interação
total
Compressão Tração
sendo:
P = força concentrada, com sinal positivo assim como os esforço cortante (Figura 7);
l = comprimento do vão, l1 do apoio a esquerda até a força concentrada e l2 da força
concentrada até o apoio a direita.
k
α2 =
pE a I 0 A'
(48)
d CG pA'
β=
k (49)
Sendo:
1 I
= d CG + 0
A' A0
(50)
1 n 1
= +
A0 A c A
(51)
A = área da seção transversal do perfil metálico;
Ac = área da seção transversal da laje;
A0 = área transformada da seção transversal da viga mista.
2
A' P V2 x
− [cosh(αx ) − coth(αL ) senh(αx )]senh(αl1 ) − V2 x +
d CG
φ2 = + C2
E .I 0 α E .I 0 (53)
2
− d CG A' P V2 L
C2 = − [cosh(αL ) − coth(αL ) senh(αx )]senh(αl1 ) − V2 L + (54)
E .I 0 α E .I 0
197
P
l1 l2
x
L
Sem interação
Curvatura
Interação parcial
Interação total
φit =
V1 x
E .I 0
( 2
− d CG A' +1 ) (56)
P(L − x )
V1 =
L (57)
( 2
MFφ = − d CG
−1 2
A' +1 d CG )
A'
α (
L
− )
(cosh(αx )...
x L x
(58)
− coth(αL ) senh(αx ) senh(αx ) − 1] + 1}
198
b +ds/dx-t cφip
−(εa)sup.
Concreto
tc
−(εa)sup. −(εa)sup.
+ds/dx
mesa
sup.
tf
+tf φip
−(εa)sup.
bf
alma
d h tw Aço φip
−(εa)+d ip - tf φip
mesa
inf.
tfi
bfi Compressão Tração −(εa)sup.+ d φip
ds t c φ ip
C = Ec Ac − − (ε a )sup
2 (60)
dx
[ ( )
T = E .(ε a )sup − ( A )tf + t f + t fi − d .t w − ( A )tfi ... ]
+
1
2
[ ( ) (
E .φ ip t f .( A )tf + − t 2f + d 2 − 2d .t fi + t 2fi .t w + 2d − t fi .( A )tfi ) ] (61)
Ac ds t c φ ip φ ip
2 (A.d )n / a
− − −
dx 2
(ε a )sup =
n
− Ac (62)
−A
n
199
Sendo:
(A.d )n / a ( ) ( )
= t f + t 2f + d 2 − 2d .t fi + t fi .t w + 2d − t fi .( A )tfi
(63)
Ac t c −1 d
+ A −
2n d CG A' 2
( yc ) pf = (67)
Ac
+A
n
D.1 – CONECTORES
D.1.1 - Deslizamento relativo das lajes A e B dos modelos 01, 02, 03, 04, 03A, 05, 06,
07, 08, 06A.
6 3
150
fck = 25,30MPa
#2,00mm
125
1
2
Força por conector (kN)
100 3
4
5
75 6
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 01
201
150
fck = 34,69MPa
# 3,75mm
125
1
2
3
100
Força por conector (kN)
4
5
6
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 02
150
fck med = 37,87MPa
#2,00mm
125
1
2
Força por conector (kN)
3
100
4
5
6
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 03
150
fcm = 30,88MPa
#2,00mm
125
1
2
Força por conector (kN)
100 3
4
5
75 6
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 03A
202
150
fck = 34,69MPa
# 3,75mm
125
1
2
3
100
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 04
150
fck méd= 20,88MPa
#2,00mm
125 1
2
3
Força por conector (kN)
4
100
5
6
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 05
150
fck méd = 21,55MPa
#3,75mm
125 1
2
Força por conector (kN)
3
100 4
5
6
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 06
203
150
125
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 06A
150
fck méd= 24,18MPa
#2,00mm
125 1
2
3
Força por conector (kN)
100 4
5
6
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 07
175
fck méd= 24,18MPa
#3,75mm
150
1
2
3
Força por conector (kN)
125
4
5
100 6
75
50
25
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento relativo (mm)
Modelo 08
204
D.1.2 - Deformação dos conectores dos modelos 01, 02, 03, 03A, 04, 05, 06, 07, 08, 06A.
15 70 15
15 70 15
Corte AA A3 B3
A1 B1
A2 B2 A4 B4
Corte AA Corte BB
32,5 35 32,5
Corte CC
15 70 15
A3 A1 B1 B3
A4 A2 B2 B4
Extensômetros uniaxiais
Corte CC
50 50 50 50
15 70 15
15 70 15
Corte AA A3 B3
A1 B1
A2 B2 A4 B4
Corte AA Corte BB
150
fcm = 25,32MPa
# 2,00mm
125
A1
A4
B1 75
B2
B3
50
B4
25
0
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000
Modelo 01
150
fcm = 24,76MPa
# 3,75mm 125
A1
Força por conector (kN)
A2
100
A3
A4
75
B1
B2
B3 50
B4
25
0
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000
Modelo 02
150
fcm = 34,69MPa
# 3,75mm 125
A1
Força por conector (kN)
A2
100
A3
A4
B1 75
B2
B3
50
B4
25
0
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000
Modelo 04
206
150
fcm = 30,88MPa
# 2,00mm
A1 125
A2
B1
75
B2
B3
50
B4
25
0
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000
Modelo 03A
150
fcm = 34,69MPa
# 3,75mm 125
A1
Força por conector (kN)
A2 100
A3
75
50
25
0
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000
Deformação específica (µε)
Modelo 06A
160
140
120
fcm = 20,88MPa
Força por conector (kN)
# 2,00mm
100
A1
80 A2
A3
60 A4
B1
40
B2
B3
20
B4
0
-500 500 1500 2500 3500 4500 5500 6500
Deformação específica (µε)
Modelo 05
207
160
140
120
80 A1
A2
60 A3
A4
40 B1
B2
20
B4
0
-500 500 1500 2500 3500 4500 5500 6500
Deformação específica (µε)
Modelo 06
160
fcm = 28,21MPa
140 # 2,00mm
B1
120
B3
Força por conector (kN)
B4
100
A1
80 A2
A3
60 A4
B2
40
20
0
-500 500 1500 2500 3500 4500 5500 6500
Deformação específica (µε)
Modelo 07
160
140
120
Força por conector (kN)
fcm= 29,80MPa
# 3,75mm
100
80 A1
A2
60 A3
A4
B1
40
B2
B3
20
B4
0
-500 500 1500 2500 3500 4500 5500 6500
Deformação específica (µε)
Modelo 08
208
D.2 – VIGAS
50
45
40
35
SE
Força (kN)
30
SD
25 LD1
20 LE2
LD2
15
IE
10
ID
5
0
-7500 -5000 -2500 0 2500 5000 7500 10000 12500
V1
180
160
140
120
Força (kN)
VSE
100
VLE
80
VIE
60
40
20
0
-5000 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000
VM 1
209
180
160
140
120
Força (kN)
VSE
100
VLE
VLD
80
VIE
60 VID
40
20
0
-5000 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000
VM 2
180
160
140
120
Força (kN)
100 VSE
VSD
80 VLE1
VLD1
60
VLE2
VLD2
40
VIE
20 VID
0
-5000 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000
VM 3
LE LD
5 1
6 2
7 3
8 4
210
180
160
140
120
Força (kN)
LE
100 LD
E1
80 E5
E2
60 E6
E7
40 E8
20
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
VM 1
180
160
140
120
Força (kN)
LE
100 LD
E1
80 E5
E2
60 E6
E3
40 E7
E8
20
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Deformação específica (µε)
VM 2
180
160
140
120
Força (kN)
100 LE
LD
80 E1
E5
60 E2
E6
40
E3
E7
20
E4
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Deformação específica (µε)
VM 3
211
A
EE3 ED3
Corte AA
180
160
140
120 EE1
Força(kN)
100 EE2
80 EE3
60 EE4
40
EE5
20
EE6
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000
VM 1
180
160
140
EE1
120 ED1
Força(kN)
EE2
100 ED2
EE3
80
ED3
EE4
60
ED4
40 EE5
ED5
20 EE6
ED6
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000
VM2
212
180
160
140
120 EE1
ED1
Força(kN) EE2
100
ED2
80 EE3
ED3
60 EE4
ED4
40 EE5
ED5
20
EE6
ED6
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000
VM 3
D.2.4 Deslizamento relativo dos conectores das vigas VM1, VM2, VM3
D1 D2 D3 D4 D5 D6
E4 D4
Corte AA
180
160
D1
140
D2
120 D3
D4
Força (kN)
100 D5
D6
80
E6
60 E5
E4
40 E3
E2
20 E1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deslocamento (mm)
VM 1
213
180
160
140 D1
D2
120
D3
D4
Força (kN)
100
D5
80 D6
E6
60 E5
E4
40
E3
E2
20
E1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deslocamento (mm)
VM 2
180
160
140
120
D1
D2
Força (kN)
100
D3
D4
80
D5
D6
60
E6
E5
40
E4
E3
20
E2
E1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deslocamento (mm)
VM 3
A B C
180
160
140
120
A
Força (kN)
100
B
80
C
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Deslocamento Vertical (mm)
V1
214
180
A
160
B
140
C
120
Força (kN)
100
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Deslocamento Vertical (mm)
VM 1
180
160
A
140
B
120
C
Força (kN)
100
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Deslocamento Vertical (mm)
VM 2
180
160 A
B
140
C
120
Força (kN)
100
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Deslocamento Vertical (mm)
VM 3
215
D.2.6 Rosetas
Roseta Roseta
RD1 RD2
RE2 RD2
Corte AA
V1
Tensões de Direções
Tensões Principais
Carga Cisalhamento Máximas Principais
RD1 RD2 RD1 RD2 RD1 RD2
kN σ1 σ2 σ1 σ2 τ1 τ2 α1 α2
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2,57 0,02 -2,21 -0,81 -3,11 1,12 1,15 37,15 44,04
5,02 0,28 -4,29 -0,62 -4,45 2,29 1,91 -39,22 -33,72
7,46 1,99 -5,14 -0,87 -7,13 3,57 3,13 38,65 -33,00
9,99 1,82 -7,70 -0,86 -7,52 4,76 3,33 -42,29 -39,54
12,45 1,93 -9,36 -0,52 -9,48 5,64 4,48 -40,41 -31,70
15,03 3,66 -10,61 -0,46 -10,96 7,13 5,25 -43,24 -36,43
17,47 3,86 -12,91 0,33 -12,53 8,38 6,43 -38,90 -33,29
20,07 5,35 -13,44 1,00 -13,89 9,40 7,45 -40,06 -34,60
22,49 6,83 -14,10 2,15 -14,14 10,47 8,14 -40,82 -37,07
25,03 6,33 -17,07 1,96 -16,52 11,70 9,24 -38,62 -36,89
27,35 8,25 -16,93 3,21 -17,12 12,59 10,16 -39,66 -34,71
30,12 9,02 -18,83 4,31 -17,49 13,93 10,90 -39,06 -37,81
32,35 9,79 -19,92 4,17 -19,31 14,85 11,74 -40,07 -37,59
34,77 10,35 -21,86 4,42 -21,18 16,10 12,80 -39,19 -36,18
37,51 10,78 -23,86 4,83 -23,51 17,32 14,17 -38,12 -34,57
39,66 12,25 -24,21 5,77 -23,79 18,23 14,78 -39,25 -36,14
42,19 13,70 -26,11 6,62 -24,32 19,91 15,47 -38,81 -38,16
44,41 13,56 -28,83 6,33 -26,80 21,19 16,56 -38,17 -36,44
47,39 14,93 -30,87 6,66 -28,84 22,90 17,75 -38,32 -35,92
216
VM1
Tensões de
Tensões Principais Direções Principais
Carga Cisalhamento Máximas
RD1 RD2 RE1 RD1 RD2 RE1 RD1 RD2 RE1
kN σ1 σ2 σ1 σ2 σ1 σ2 τ1 τ2 τ3 α1 α2 α3
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 7,55 1,02 3,44 -3,44 8,10 -2,20 3,26 3,44 5,15 -22,50 -31,72 -39,87
20 14,58 2,56 9,54 -5,26 11,43 -4,96 6,01 7,40 8,19 -25,10 -24,29 -36,55
30 23,79 1,92 15,64 -7,07 16,57 -7,64 10,93 11,36 12,11 -25,36 -22,50 -33,81
40 32,70 3,01 21,55 -10,13 23,44 -7,03 14,85 15,84 15,24 -26,71 -22,50 -35,27
50 41,64 4,08 27,85 -10,71 29,50 -9,22 18,78 19,28 19,36 -27,50 -21,26 -34,13
60 52,90 4,25 34,14 -14,14 37,18 -7,86 24,33 24,14 22,52 -27,65 -20,99 -36,55
70 62,48 4,66 42,34 -15,20 44,20 -9,86 28,91 28,77 27,03 -28,47 -20,46 -34,39
75 73,10 5,47 49,23 -17,80 52,13 -9,84 33,82 33,51 30,99 -28,06 -19,71 -34,92
80 84,54 6,89 57,81 -19,24 60,14 -11,49 38,83 38,53 35,81 -28,15 -19,23 -33,82
85 95,57 8,72 63,91 -21,05 67,79 -12,26 43,42 42,48 40,02 -28,65 -19,27 -33,22
90 99,66 4,62 73,05 -18,77 75,53 -11,36 47,52 45,91 43,45 -25,13 -18,23 -32,72
95 114,07 11,65 76,41 -20,70 89,55 -3,82 51,21 48,56 46,69 -28,63 -18,21 -32,28
100 122,00 15,14 80,99 -20,99 93,65 -3,51 53,43 50,99 48,58 -29,87 -17,42 -32,01
105 128,68 14,17 85,73 -18,59 105,99 3,97 57,25 52,16 51,01 -29,65 -16,88 -32,25