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Aula 06_ Parte B - A Didática e o Método Expositivo de Herbart no

século XIX

Temática: A Didática e o Método Expositivo de Herbart no Século XIX

   

Na aula anterior, sinalizamos que os procedimentos iniciados por Pestalozzi, a


partir das ideias de Rousseau, foram mantidos e desenvolvidos por Froebel e
fundamentaram as tendências pedagógicas denominadas de Escola Nova, que
se configuraram no final do século XIX e início do século XX. Apesar destas
ideias encontrarem eco na ação de muitos educadores, essas ideias não foram
hegemônicas nos sistemas de ensino que se consolidaram na Europa no
século XIX e, no Brasil, no século XX.

Fullat (1994) adverte que a Educação em geral e, especialmente, a


institucionalizada na escola, nos sistema de ensino, sempre foi conflituosa, pois
pretende transmitir coisas muito discutíveis como verdade, bondade e beleza.
A instituição Escola propõe esses valores em função das lutas existentes entre
os diversos grupos sociais, logo a Escola é estrutural e dinamicamente conflito,
pois o projeto de sociedade que se pretende construir não é único e vários
projetos de sociedade são propostos simultaneamente, mesmo que um projeto
possa se sobrepor aos demais, possa tornar-se hegemônico. Assim sendo,
outros projetos sociais e educativos têm circulado nos sistemas de ensino e
ganhado mais reconhecimento por parte dos grupos sociais com mais poder.

A Escola, como instituição social, que se organizou na Europa do século XIX,


vai apropriar-se das ideias vindas das Ciências que estavam se configurando
no século XIX, que são a Administração Científica, a Psicologia e a Sociologia.
Para Emile Durkheim (1858-1917), um dos primeiros sociólogos franceses,
discorre sobre a sociedade:

“não pode viver se não se dá entre seus membros uma homogeneidade


suficiente; a Educação perpetua e reforça essa homogeneidade, fixando a
priori na alma da criança, as semelhanças essenciais que impõe a vida
coletiva”. (...) “A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre
as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social;
tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados
físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu
conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine”.
(DURKHEIM, 1967. p. 13)

A contribuição do emergente campo de estudo da Sociologia, no século XIX, à


Educação, reforçou a noção de uma formação nos sistemas de ensino voltada
para a manutenção das normas e dos valores sociais, e não para a
transformação dessas normas e valores. Desse modo, qualquer proposta
educativa que pretendesse transformar essas normas e valores sociais era
considerada uma educação fora de época, fosse por seus valores arcaicos ou
avançados, o que reforçou o argumento de que produzir pessoas fora da sua
época traria consequências desastrosas para a vida social.

No século XIX, também a Psicologia se emancipa da Filosofia e ganha status


de Ciência, com seu objeto de estudo próprio, o comportamento e os
processos mentais do indivíduo. As ideias vindas da Administração Científica,
como a racionalização do trabalho, da Sociologia, como a homogeneidade para
manutenção da sociedade organizada, e da Psicologia, que buscava relacionar
as estruturas que causam a consciência, influenciaram os princípios
pedagógicos do filósofo alemão Johann Friedrich Herbart (1776-1841), que
sistematizou o método expositivo.

Os títulos das obras de Herbart, “Pedagogia geral deduzida do objetivo da


Educação”, de 1806, “Livro Didático sobre a Psicologia”, de 1816, “Aplicação
da Psicologia à Educação”, de 1831, revelam que Herbart não foi um educador
voltado para a infância e adolescência, mas sim para o ensino universitário. O
foco do seu interesse é a formação de professores. As ideias de Herbart,
explicadas nas diversas obras mencionadas, podem ser sintetizadas no
princípio de que o processo educativo abarca três fases: o governo, a disciplina
e a instrução. Assim sendo, para o governo da criança o adulto pode utilizar a
coação; para a disciplina os prêmios e os castigos e para a instrução a
exposição. A exposição se realiza por meio dos cinco passos formais,
denominados de método herbatiano ou expositivo, que são:

1. Preparação: recordação, pelo professor, de algo já sabido. 

2. Apresentação: o professor apresenta a nova matéria. 

3. Assimilação: comparação com a matéria antiga.

4. Generalização: apresentação, pelo professor, de exemplos, casos


semelhantes  

5. Aplicação: aplicação do aprendido por meio de tarefas

Para Herbart, o processo de aprendizagem passa por duas fases: absorção e


reflexão:

“Por absorção, Herbart entende que a ideia se adquire mediante a


concentração sobre determinada ideia, excluindo-se todas as demais. Em
termos psicológicos, a massa perceptiva forte constrói-se com base na
força da atenção que se lhe dirige, ou seja, conforme a lei da frequência ou
a volta à consciência. O aluno deve afastar as ideias contraditórias a ater-
se exclusivamente a uma só ideia para que esta seja fixada na mente. A
reflexão consiste num ato de coordenação, ou de comparação, pela qual a
ideia simples, apreendida através da absorção, se associe a outras
semelhantes tiradas de experiências anteriores e contrastadas com ideias
dessemelhantes. Trata-se da lei da associação de ideias semelhantes.
Estes dois momentos que constituem o processo educativo devem
alternar-se. Trata-se de evitar que o aluno se perca numa multidão de
ideias” (GILES, 1975, p.199) 

A partir da citação anterior, podemos concluir que Herbart estava interessado


em explicar o funcionamento do processo mental que envolve a aprendizagem
humana. Seu interesse era o de levar a Pedagogia a ganhar o status
de Ciência.

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