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João Pessoa – PB
2019
ANAIS
De 5 a 7 de dezembro de 2018 - João Pessoa | Paraíba | Brasil
João Pessoa – PB
2019
Título da obra
Anais do VIII Colóquio Internacional de Políticas e Práticas Curriculares: textos completos
Organização
Ana Cláudia da Silva Rodrigues, Ângela Cristina Alves Albino, Maria Luiza Süssekind, Maria Zuleide da Costa Pereira,
Rafael Ferreira de Souza Honorato
Publicação eletrônica.
Catalogação na Publicação
Seção de Catalogação e Classificação
ISBN 978-85-237-1438-3
07 APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
1
Graduando do Curso de Licenciatura em Educação Física – CAV- UFPE;
gilberto_r.2010@hotmail.com
DESENVOLVIMENTO
Sobre a Educação Física na Educação Infantil
“Dessa forma, enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que
cada sociedade lhe atribui. É este o aspecto que nos mostra por que o jogo
aparece de modos tão diferentes, dependendo do lugar e da época. Em
certas culturas indígenas, o "brincar" com arcos e flexas não é uma
brincadeira, mas preparo para a arte da caça e da pesca. Se em tempos
passados, o jogo era visto como inútil, como coisa não séria, depois do
romantismo, a partir do século XVIII, o jogo aparece como algo sério e
destinado a educar a criança.”
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
2
Graduada em Letras e Pedagogia (FAMASUL/UNOPAR). Doutoranda em Ciências da Educação,
Atenas, ACU.
3
Graduada em pedagogia (Universidade Vale do Acaraú – UVA). Doutoranda em Ciências da
Educação, Atenas, ACU.
4
Graduada em Letras (Universidade Vale do Acaraú – UVA). Doutoranda em Ciências da Educação,
Atenas, ACU.
A partir do que for oferecido para cada aluno será este o entendimento de
vida que eles acreditarão como correto; selecionar conteúdos não se trata de uma
atribuição tão simples, pois a responsabilidade do aprendizado para a vida de quem
vai estudá-lo cabe a quem está selecionando para a aplicação dos mesmos, não só
em sala, mas para uma vida toda de conhecimentos. Uma das habilidades bastante
tendenciosas para crianças da Educação Infantil é o trabalho com musicalidade, é
inevitável não inserir no currículo a música; pois a cada dia percebemos o ambiente
escolar mais tranquilo e prazeroso ao ouvirmos uma melodia. Dentre a rotina desta
fase a hora do banho, do sono e da recreação são repertórios diferenciados a cada
estratégia de ensino.
Não deve colocar uma música com um ritmo acelerado na hora dos pequenos
dormirem, assim tiraria o sono de muitos deles, a organização da rotina tem todo um
planejamento calculado como será vivenciado esses repertórios, nas datas
comemorativas do dia das mães, dia das crianças, festas natalinas, todo processo é
A música é uma área que tende a ser bastante subdesenvolvida nos centros 25
de primeira infância, e a maior parte do que é escrito, sobre o assunto tem
como foco grupos etários mais velhos. No entanto, a música é um veículo
para a expressão e a comunicação, da mesma forma que a linguagem, de
modo que nenhuma criança é nova demais para se beneficiar de
experiências musicais. (GOLDSCHMIED e JACKSON, 2013, p.170).
Oferecer um currículo para a primeira infância deve ser muito bem elaborado
e planejado no currículo estão inseridas atribuições de contribuição da própria
identidade dos alunos que fazem parte de uma sociedade, aonde cada um irá se
destacar por seus próprios méritos, através dele o aluno elevará sua potencialidade
e criticidade. Nas palavras de Ferreiro (1993) enfatizam que:
28
30
Quadro 3 – Resposta da 9ª questão da entrevista dos professores.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
5
Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa Currículo e Gestão da
Escola Básica, na Universidade Federal do Pará – UFPA, claudiamag68@hotmail.com
6
Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa Currículo e Gestão da
Escola Básica, na Universidade Federal do Pará – UFPA, suelydapaz@hotmail.com
7
Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica da São Paulo, Brasil(2010)
Professor Associado da Universidade Federal do Pará , Brasil, celtps@hotmail.com
CONCLUSÃO
8
Definições disponíveis na Revista eletrônica do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da
UEPB. Campina Grande, Ano I – Vol. 1 - Número 01 – Setembro de 2010.
Essa breve trajetória, tecida pelo café, aponta um dos diversos olhares
históricos que podem ser direcionados à cidade e à sua história local. Muito ainda há
para se apontar, e nesse percurso seguiremos em trabalhos futuros a fim de mais se 47
discutir sobre o patrimônio e a história local desta cidade do Brejo paraibano. Se
estas informações suscitaram em você - caro leitor - curiosidades, acesse o
repositório digital HEB - História da Educação do Município de Bananeiras9, criado
com a colaboração dos discentes do Curso de Pedagogia do Campus III, uma
espécie de memória digital sobre a história de Bananeiras.
9
Disponível em: <www.cchsa.ufpb.br/heb>.
[...] sabemos que as exibições das crianças mostram, desde a mais tenra
infância, um
alto grau de imaginação. A criança representa alguma coisa diferente, ou
mais
bela, ou mais nobre, ou mais perigosa do que habitualmente é. Finge ser
O "Túnel da Viração"10, foi outro patrimônio por nós discutido com o recurso
da imaginação. Esse prédio constitui o Complexo da Estação, constituído pelo Túnel
da Viração, o antigo armazém (onde atualmente se encontram os quartos da
10
"O Trem chegou em Bananeiras em 22 de setembro de 1922, após a construção do túnel da Serra
da Viração. Fruto de uma ação do Governo de Sólon de Lucena, filho da terra, que na época era
presidente do estado da Paraíba". Disponível em:
<http://www.cchsa.ufpb.br/heb/contents/arquivos/educacao-patrimonial/patrimonio-arquitetonico-1>.
Acesso em: 20/08/2018.
53
11
Produzidos no seguinte endereço eletrônico: <https://www.geniol.com.br/>.
Através deste trabalho foi possível perceber que as crianças - de diferentes faixas
etárias - se interessam pela história da sua cidade, desde que elas se vejam como
partes integrantes dela. A constituição deste vínculo fortalece a identidade cultural,
sensibilizando os sujeitos a conhecerem e a preservarem o patrimônio histórico da
cidade.
As atividades até então desenvolvidas foram instrumentos importantes para
fomentar o conhecimento crítico, a apropriação e a experimentação da comunidade
escolar acerca de seu patrimônio cultural, contribuindo para o desejo de preservação
sustentável desses bens, assim como para o fortalecimento dos sentimentos de
identidade e de cidadania.
INTRODUÇÃO
12
Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Escola
Básica, na linha de Currículo da Educação Básica, do Núcleo de Estudos Transdisciplinares em
Educação pela Universidade Federal do Pará- UFPA, nalvaambrosio@hotmail.com
13
Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Escola
Básica, na linha de Currículo da Educação Básica, do Núcleo de Estudos Transdisciplinares em
Educação pela Universidade Federal do Pará- UFPA, eliene.smile@yahoo.com.br
65
Para que haja avanços nesse contexto, é necessário oportunizar
formações para os docentes referentes ao ensino de ciências,
reconhecer a Educação Cientifica como um aparato de construção
no desenvolvimento integral da criança pequena, compreender
que o início da formação escolar é tão importante quanto o ensino
superior, uma vez que insere o estudante no mundo científico
(AMOEDO, et al., 2016).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2001
_________. Educação Científica. Disponível em:
http://www.bts.senac.br/index.php/bts/article/view/224/207 Acesso em: 12 Jul. 2018
Maria Mônica Ferreira Mendes 14 | Lyanny Araújo Francês15 | Amélia Maria Araújo
Mesquita16
RESUMO: Este artigo teve como objeto de estudo o Pacto Nacional pela Alfabetização na
Idade Certa (PNAIC) e a Educação Infantil, e como objetivos: conceptualizar criança,
infâncias e Educação Infantil e problematizar as perspectivas do Pacto e a sua repercussão 68
na prática curricular reservada às crianças. A partir de uma abordagem qualitativa, realizou-
se a revisão de literatura e análise de conteúdos concernentes aos documentos legais que
abordam o tema à luz os contributos da Sociologia da Infância. Como resultado,
depreendeu-se a importância em contemplar as especificidades da Educação Infantil diante
dos motes de implementação do PNAIC, tendo em vista que a antecipação da escolarização
merece um olhar cauteloso para que não se descaracterize o brincar, o processo de
interação, a avaliação entre outras singularidades que envolvem as práticas curriculares
nessa primeira etapa da educação básica. Primeiramente, discorreu-se a respeito das
concepções de criança, infância(s) e o papel da Educação Infantil, em seguida, assinalou
como o PNAIC se apresenta para a essa etapa educacional e, ao final, apresentou
elementos de tensionamentos entre as perspectivas do Programa e as práticas curriculares
no atendimento às especificidades infantis.
INTRODUÇÃO
14
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Escola Básica-Núcleo de
Estudos Transdisciplinares em Educação Básica, da Universidade Federal do Pará-UFPA, linha de
pesquisa Currículo da Escola Básica. E-mail: monica_breves@yahoo.com.br
15
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Escola Básica-Núcleo de
Estudos Transdisciplinares em Educação Básica, da Universidade Federal do Pará-UFPA, linha de
pesquisa Currículo da Escola Básica. Professora da Secretaria Municipal de Educação de Belém. E-
mail: lyanny.araujo@gmail.com
16
Doutora em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA)-PA. Brasil. Professora da
Universidade Federal do Pará. http://lattes.cnpq.br/9074927290515299. E-mail:
amelia.mesquita05gmail.com
Nesta direção, Lobo (2013, p 98) afirma que a ideia de infância que
conhecemos hoje foi construída por meio de fortes influências históricas e sociais,
ou seja, de acordo com a organização da sociedade e sua estrutura econômica e
social. E as escolas, em especial as de Educação Infantil, surgem com a mesma
perspectiva, o que influenciou a “[...] intervenção dos governos e da filantropia para
transformar as crianças (principalmente da classe baixa) em sujeitos úteis [...]”
(LOBO, 2013, p. 98).
A autora em tela realça que as políticas públicas para a Educação Infantil
ganharam força somente a partir da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA, 1990) e também após várias mobilizações da
sociedade civil em defesa dos direitos das crianças, do aumento na produção
17
Alfabetizar todos os alunos até no máximo 08 anos de idade também está estabelecido pela Base
nacional Comum Curricular – BNCC (Resolução CNE/CP nº 02, de 22 de Dezembro de 2017) e pelo
Programa Mais Alfabetização instituído por meio da Portaria nº 142/2018, que visa fortalecer e apoiar
as escolas no processo de alfabetização ( para fins de leitura, escrita e matemática para alunos do 1º
e 2º ano do Ensino fundamental).
Para exemplificar essa questão, o referido autor destaca duas questões que
muito influenciam no que ocorre dentro das salas de aula: os efeitos das práticas
de avaliações em larga escala e a prestação de contas sobre as práticas de
ensino, pois apresentam mecanismos de controle sobre os sistemas de ensino e
de modo consequente à prática curricular dos docentes (SACRISTÁN, 1999, p.
92).
Partindo dessa premissa, no contexto do PNAIC, a avaliação surge como
um dos elementos fundamentais no sentido de interpelar quais perspectivas – em
termos de avaliação, o Programa apresenta para a Educação Infantil.
Considerando que, além das avaliações nacionais aplicadas pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Pacto também
orienta por meio de seus documentos normativos a realização de:
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
______, Portaria nº 826/ 2017. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa-
PNAIC. Ações, Diretrizes Gerais e Ação de Formação no âmbito do Programa
Novo Mais Educação – PNME. Brasília Ministério da Educação, 2017.
______. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade
Certa / Documento Orientador. Secretaria de Educação Básica Brasília, 2017.
INTRODUÇÃO
Objetivos de
aprendizagem e Mediações didáticas Detalhamento
desenvolvimento
(EI02CG01) Utilização de bola em diversas
Apropriar-se de Desenvolvimento da brincadeiras, remetendo a variadas
gestos e linguagem oral e cantigas.
movimentos de gestual, por meio de Uso de danças e músicas regionais
sua cultura no jogos, brincadeiras e (quadrilha, coreografia, etc.)
cuidado de si e danças folclóricas. Dinâmica de grupo orientada.
nos jogos e Brincadeiras com objetos, como empurrar
brincadeiras. pneus, pular entre os pneus, caminhar no
túnel, pular corda, jogar bola.
Apresentar cantigas de roda, mimicas e
danças regionais.
A proposta para o Campo “traços, sons, cores e formas” tem como ênfase as
Objetivos de
aprendizagem e
desenvolvimento Mediações didáticas Detalhamento
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
93
RESUMO: Este trabalho é fruto do estágio supervisionado realizado numa turma da pré-
escola de uma escola pública localizada numa Vila do município de Riacho das Almas – PE,
no qual serão abordadas questões voltadas para os desafios no contexto escolar da
educação infantil no contexto campesino, com objetivo de conhecer os desafios de uma 94
prática docente diante da vivência da infância, como também, identificar a prática docente;
conhecer a concepção de infância. Como percurso metodológico foi utilizado à técnica da
observação, entrevistas semiestruturadas e conversas informais com alunos, professora e a
gestora. Para assim, conhecer como essa prática atende as especificidades próprias da fase
da infância, que são essenciais para o desenvolvimento das crianças. Desenvolvemos um
projeto de intervenção, abordando questões voltadas para higiene e saúde, utilizando
recursos que possibilitam desenvolver a ludicidade na prática docente, tendo em vista que, a
metodologia da professora se pautava num modelo tradicional, no qual ela utilizava
atividades impressas e cópia nos cadernos. Durante o trabalho em campo, identificamos na
prática pedagógica e no contexto escolar, alguns fatores que dificultam a interação dos
elementos essenciais para se trabalhar na educação infantil.
Palavras Chaves: Educação do Campo. Concepção de Infância. Educação Infantil. Prática
Docente.
INTRODUÇÃO
CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
No contexto da sala de aula na Educação Infantil o lúdico é algo que deve ser
pensado e possibilitado com muita frequência, pois proporciona prazer,
descontração e interação, obtendo assim um resultado satisfatório no que se refere
à aprendizagem da criança.
O currículo que direciona a prática docente é permeado pelos conteúdos
voltados para Área de Linguagem que são o conhecimento e a escrita das vogais e
do nome próprio, em Matemática é o conhecimento dos numerais e a representação
quantitativa desse número por meio de desenhos nas atividades, nas áreas de
CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
Resumo: O presente artigo tem por finalidade analisar A Proposta Curricular da Educação
Infantil de Camaragibe, no Eixo Brincando, experimentando e aprendendo, de forma que a 103
aprendizagem das crianças seja desenvolvida com qualidade, e análise dos currículos
normativos nos documentos oficiais. Especificamos identificar pontos divergentes e o
impacto da normatização da BNCC na prática atual da educação infantil. Defendemos a
hipótese que as instituições de educação infantil devem propiciar um ambiente lúdico para
que haja aprendizagem de forma prazerosa. Antes, essa modalidade, passou muito tempo
sem ser contemplado pelas políticas públicas. Para entender melhor como se dar o currículo
nas instituições da educação infantil, dialogamos com A educação infantil no contexto
político nacional e a Proposta Curricular da educação infantil no município de
Camaragibe/PE. A partir dessas políticas, acreditamos que as normatizações recém
chegadas serão para adequar o currículo a realidade da rede e das instituições escolares
com foco no protagonismo infantil através de atividades lúdicas com competências e
objetivos que assegurem os direitos das crianças de se desenvolverem de forma integral
nos aspectos cognitivos, afetivos, motor, ético, estético e social. A partir deste estudo
realizado, é possível perceber que ainda há um distanciamento no que existe nos
documentos oficiais com a prática das instituições de ensino infantil.
INTRODUÇÃO
18
Pedagoga-ÚNICAP/PE, Especialista em Administração Escolar-UFRPE, Mestra em Ciências da
Educação-UGF/RJ, Doutoranda em Ciências da Educação-Atenas College University-ACU. E-mail:
anaxavier15@hotmail.com
19
Graduada em Letras e Pedagogia – FAMASUL/UNOPAR, Doutoranda em ciências da Educação-
Atenas College University-ACU. E-mail: hilde.2009@hotmail.com
A Educação Infantil passou muito tempo sem ser contemplado nas políticas
públicas educacionais brasileiras, pois, mesmo na LDB instituía o Ensino
Fundamental como única etapa obrigatória.
O direito das crianças pequenas é assegurado para a esfera de poder a qual é
vinculada, que atualmente, a responsabilidade desta educação infantil é dos
municípios, que com a Lei 10.172/2001, instituiu o PNE - Plano Nacional de
Educação, como instrumento fundamental para efetivação das Políticas Públicas
direcionadas à educação, possibilitando para a Educação Infantil, um melhor lugar e
espaço na educação básica, iniciando inclusive, o recebimento de recursos
financeiros para estes municípios investirem na valorização e formação do professor
e manutenção e aquisição dos equipamentos para esta etapa de ensino. Pois a
educação infantil foi compreendida como função de cuidar e educar de forma
indissociável e complementar das crianças de 0 a 5 anos e 11 meses (data base em
31 de março), superando o caráter assistencialista dos anos anteriores a LDB
9394/96, mas que ainda é um desafio romper com esse cunho assistencialista e
torne uma educação infantil de qualidade, com crianças tratadas como sujeitos de
direitos e como pessoas com especificidade que precisam de respeito, atenção e
cuidados na sua capacidade de aprender e produzir cultura.
O próprio Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil – RCNEI –
1998, já foi proposto com o objetivo de implantar uma melhoria na Educação Infantil,
passou a proporcionar às crianças situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens que possam contribuir para o desenvolvimento afetivo, emocional e
social. Outro documento desenvolvido foi o PNEI – Plano Nacional para a Educação
20
Parecer do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica, que fixa as DCNEI.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO: Esse texto é fruto dos estudos teóricos realizados no âmbito do Grupo de
Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares (GEPPC), em articulação com a disciplina de
Organização e Prática da Educação Infantil, onde tivemos interesse por fazer essa juntura a
partir das observações do nosso Estágio Supervisionado II, que tem como lócus a 113
aproximação com as práticas de docentes que trabalham nas pré-escolas e creches. O
objetivo do texto é problematizar sobre como está organizado o currículo da Educação
Infantil no que tange as relações de gênero e a reprodução dos modelos femininos e
masculinos. Assim, assumimos a infância, o currículo e o gênero como categorias de
investigação constituídas politicamente, nos levando a olhar para essas categorias por uma
perspectiva dos Estudos Culturais, tendo como marco teórico a abordagem pós-
estruturalista de análise. Essas características dão a ideia de delineamento bibliográfico,
todavia nosso olhar nas políticas vem a somar uma característica documental, uma vez que
nos utilizaremos dos Referenciais Curriculares Nacionais (RECNEI) e, por fim, nossos
apontamentos a partir dos estudos teóricos nos levam a uma pesquisa descritiva. Sendo
assim, nossos estudos apontam ao longo do texto que os discursos divulgados no currículo
investigado ensinam às crianças os modelos de feminilidade e masculinidade e como estes
devem proceder, a quem e como devem obedecer a fim de que haja efeitos concretos na
produção das identidades demandadas.
Palavras-chave: Currículo, Gênero, Educação Infantil.
INTRODUÇÃO
21
Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba. E-mail:tacianakaroliny@gmail.com
22
Doutorando em Educação no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal
da Paraíba. E-mail: rafaelhono@gmail.com
2. O MÉTODO
5. CONSIDERAÇÕES PROVISÓRIAS
REFERÊNCIAS
BUJES, Maria Isabel E. Escola infantil: pra que te quero?. In: CRAIDY, Carmem;
KAERCHER, Gládis E.(Org). Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre:
Artmed Editora, 2001.
FARIA, Nalu; NOBRE, Miriam; AUAD, Daniela; CARVALHO, Marília (orgs.) São
Paulo: SOF, 1999, p. 40-54.
RESUMO: Este artigo tem como objeto de estudo a organização do trabalho pedagógico no
contexto de uma unidade de educação infantil pertencente à Rede Municipal de Ensino de
Bragança-PA e procura responder a dois objetivos centrais: o primeiro é analisar as
articulações entre os documentos oficiais que consubstanciam a política brasileira para a 123
educação infantil, o Projeto Político Pedagógico e as práticas educativas de professoras
atuantes em turmas de berçário; o segundo é compreender as interfaces entre gestão
escolar, coordenação pedagógica e prática docente no que tange ao desenvolvimento do
princípio pedagógico do educar e cuidar na educação das crianças de 0 a 3 anos de idade.
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa que se fundamenta na pesquisa empírica e
documental. Utilizamos como instrumentos de coleta de dados o questionário
semiestruturado, a entrevista aberta e a observação participante. A pesquisa documental
incide sobre documentos oficiais como as DCNEI (2009), os Parâmetros Nacionais de
Qualidade para as Instituições de Educação Infantil (2006), e o Projeto Político Pedagógico
da instituição escolar (2015). Os resultados indicam a existência de uma estreita relação
entre as recomendações contidas nos documentos oficiais e organização do trabalho
pedagógico desenvolvido. Conclui-se, mediante a pesquisa, que cada profissional tem papel
fundamental na organização do trabalho pedagógico o que contribui com o êxito dos
processos educacionais desenvolvidos nesta instituição.
1 INTRODUÇÃO
23
Graduando em Pedagogia na UFPA, bolsista PIBIC/Produtor 2017/2018. E-mail:
vynny13@hotmail.com
24
Graduanda em Pedagogia na UFPA, bolsista PIBIC/Interior 2017/2018. E-mail:
deidianeguimaraes5@gmail.com
25
Doutora em Educação, professora adjunta da UFPA. E-mail: goreterc@ufpa.br
G1: [...] tudo que a gente vai conversar na área pedagógica, a gente
conversa e a gente toma decisão junto.
C1: a organização do trabalho pedagógico da creche se volta para o
acompanhamento e o planejamento das atividades desenvolvidas pelos
professores ao longo do ano, e nós pensamos isso quando nos
organizamos para montar o projeto geral da escola.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
134
REFERÊNCIAS
Luciana Costa dos Santos | Mayara Dias de Araújo | Severina Andréa Dantas de 136
Farias
INTRODUÇÃO
Desta forma fica evidente que o uso de materiais concretos possui um papel
facilitador para a aquisição de conceitos matemáticos, os alunos iniciam as
atividades com a utilização destes materiais e, de forma gradativa, vão sendo
retirados para que se concretize o processo de abstração. Este processo, não ocorre
de rapidamente, é necessário que hajam repetições em um movimento de ida e
139
volta, onde se avança e a medida que se observa posteriores dificuldades
encontradas pelos alunos volta as atividades iniciais até que se concretize a
compreensão do conceito.
Neste processo, é importante que os alunos interajam e compartilhem as
dificuldades encontradas, assim, formulados seus pontos de vista a partir de
possibilidades de discussões e criação de estratégias e nos momentos de
discordância torna-se imprescindível a condução do professor.
Para isso propomos a investigação das seguintes problemáticas de estudo:
como as atividades didáticas de matemática podem ser propostas de modo a facilitar
a assimilação de conteúdos obrigatórios escolares? Como aplicar tarefas de
matemática que abordem o eixo Números, de forma a favorecer a aprendizagem dos
discentes nos conteúdos escolares obrigatórios voltados para o 3º e 4º anos? Quais
as contribuições didáticas o pedagogo pode vislumbrar no processo de ensino e
aprendizagem da Matemática, considerando-se a assimilação da aprendizagem
escolar, ao elaborar atividades de ensino?
Considerando a nossa temática e questão central de investigação do projeto,
delimitamos como Objetivo Geral: Aplicar atividades de ensino baseadas na
assimilação da aprendizagem de Matemática para os conteúdos obrigatórios do eixo
Números para o 3º e 4º anos do Ensino Fundamental.
Visando alcançar nosso Objetivo Geral, elencamos os seguintes Objetivos
Específicos: Identificar os conteúdos obrigatórios de matemáticas para o 3º e 4º
anos do Ensino Fundamental, indicados pelos documentos vigentes de nosso país;
Identificar atividades de matemática propostas na literatura atual para os anos
abordados; Estruturar atividades didáticas diversificadas, com níveis de
complexidade diferentes, baseado na assimilação da aprendizagem e nas propostas
oficiais vigentes para o Ensino Fundamental; Aplicar as atividades didáticas com os
DESENVOLVIMENTO
Questão 3 85% 80 0% 5%
144
146
Tabela 4: Percentual da atividade avaliativa – Instituição2
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2. LEITURA
2.1 A LEITURA NO CONTEXTO ESCOLAR
“para Paulo Freire (2003 p.5), leitura boa é a leitura que nos empurra
para a vida, que nos leva para dentro do mundo que nos interessa
viver e para que a leitura desempenhe esse papel, é fundamental
que o ato de leitura e aquilo que se lê, façam sentindo para quem
está lendo. Ler, assim, para Paulo Freire, é uma forma de estar no
mundo.”
155
3 O LÚDICO COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO
refletir sobre os termos tradicionais, trazendo para as suas práticas novas formações
e novos métodos modernos, para uma aprendizagem transformadora e atuante.
Temos hoje um sistema educacional, no qual os professores estão acuados,
entre os inúmeros desafios, somados às suas obrigações, multiplicado pela
dificuldade de se lecionar em algumas escolas. O mais interessante é que se tudo
der errado, o culpado é o professor, pela falência educacional, sem se levar em
conta o contexto, por exemplo, familiar.
Faz-se importante compreender melhor o papel das tecnologias no ambiente
escolar. De tal maneira que, segundo o Filósofo Pierre Lévy (1998), nunca na
história, ocorreu o que estamos visualizando, a saber, que os conhecimentos
adquiridos, no inicio da carreira profissional serão obsoletos, no seu fim.
Ao professor não cabe mais, o papel de detentor da verdade absoluta, uma
vez que existe, uma nova relação com o saber, e, assim, o conhecimento não é mais
empilhado, simplesmente amontoado como se fosse um depósito no qual jamais
ocorreriam mudanças:
(...) o que deve ser aprendido não pode mais ser planejado, nem
precisamente definido de maneira antecipada. Os percursos e os
perfis de competência são, todos eles, singulares e está cada vez
menos possível canalizar-se em programas ou currículos que sejam
válidos para todo mundo. Devemos construir novos modelos do
espaço dos conhecimentos. (LÉVY, 1998, p.4)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ainda que o professor necessita escolher método de ensino que leve o aluno a ser
um sujeito que lê e compreende o que leu e ainda que seja capaz de produzir textos.
Observamos também que o processo de ensino e leitura, precisa de uma
avaliação diagnóstica com o objetivo de detectar os problemas de aprendizagem
para realizar proposta de intervenção para minimizar as dificuldades encontradas.
Após encontrarem os professores devem sanar essas dificuldades com
metodologias que levem os alunos a sentirem prazer em ler e escrever.
Diante do estudo partimos da compreensão de que todo professor necessita
conhecer as teorias de Piaget e Vigotsk como subsídios norteadores para
compreender como ocorre o desenvolvimento humano e que a aprendizagem
depende de fatores internos e externos.
Sobretudo os jogos da criança, porque no jogo a criança representa e produz
muito mais do que aquilo que viu. O jogo, segundo Antunes (2000), é o mais
eficiente meio estimulador das inteligências, impõe desafios, e gera tensões
necessárias para a construção do aprendizado que se propõe obter com tais
atividades.
O educando desde que entra na escola, deverá participar de brincadeiras que
direcione para o ato de ler e escrever, na produção de textos coletivos e individuais.
Vivenciando momentos de leituras realizados pelo docente, tendo oportunidade de
participação explorar e confrontar suas hipóteses com o outro. Tendo oportunidade
de construir sua própria leitura e escrita, que são requisitos para as outras
aprendizagens escolares, que portanto devem ser priorizadas.
162
Maria Eliene Pessoa¹ | Maria Aparecida Dantas Bezerra² | Maria José Alves de
Souza
RESUMO: Objetivo desse estudo é investigar as taxas de evasão da Escola Edgar Torres 163
situada no município de Toritama-PE, entre os alunos do Ensino Fundamental noturno. A
primeira etapa do estudo versa sobre O Contexto Histórico da Evasão Escolar a luz dos
postulados teóricos. Na segunda parte serão apresentados os resultados da pesquisa
realizada na escola em tela, onde é possível verificar se os dados obtidos conduzem com as
pesquisas já divulgadas na área.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANOS INICIAIS
Rozineide Iraci Pereira da Silva 27 | Nair Alves dos Santos Silva 28 | Maria Aparecida
Dantas Bezerra 29 | Diógenes José Gusmão Coutinho 30
RESUMO: O presente estudo retrata uma pesquisa realizada junto ao corpo de professores
176
que lecionam na educação básica dos anos iniciais em uma escola da zona rural de uma
cidade do agreste pernambucano, uma vez que há dificuldades na prática de leitura e na
aprendizagem nessa escola, pois o processo de construção da leitura das crianças dos anos
iniciais vem se tornando um grande desafio para os educadores. Os professores buscam na
cultura popular da localidade atividades motivadora para enriquecer as práticas do
letramento. Tem-se como objetivo geral analisar a cultura popular e as práticas do
letramento nos anos iniciais do ensino fundamental. A leitura e escrita enquanto objeto
sociocultural de conhecimento está presente nas mais diversas situações cotidianas que
circundam a vida da criança, e, por isso, desde muito cedo, a criança passa a refletir e a
formular hipótese sobre ambas, antes mesmo de lhe ser formalmente apresentado. Optou-
se por uma abordagem de estudo de caso, como coleta de dados a utilização de um
questionário semiestruturado, com respostas subjetivas sobre a temática. A análise dos
dados foi feita a partir da interpretação dos questionários e os resultados mostram que os
professores vivenciam a cultura popular com êxito nas suas práticas pedagógicas e alguns
alunos não leem bem, devido à falta de apoio familiar porque a maioria é analfabeta e o
processo de ensino e aprendizagem fica prejudicado, uma vez que para o processo de
conhecimento aconteça de forma eficaz, faz-se necessário promover práticas constantes de
leitura visando uma aprendizagem significativa dentro e fora da escola. Precisamos rever a
própria maneira de ver a educação, principalmente no que diz respeito a formar leitores
letrados. O estudo também revelou à necessidade de se trabalhar a expressividade, a
oralidade e outros instrumentos que ofereçam ações e atividades para os alunos estarem
aptos a atribuírem significados na aprendizagem, proporcionando na cultura popular práticas
educativas no cotidiano escolar.
27
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA. Especialista em
Psicopedagogia pela Faculdade Escritor Osman da Costa Lins- FACOL, Mestre em Ciências da
Educação pela Universidade Gama Filho-UGF. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas
College University. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6545566162309530, (neide-silva96@hotmail.com).
28
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA. Especialista em
Psicopedagogia pela Faculdade Escritor Osman da Costa Lins- FACOL, Mestre em Ciências da
Educação pela Universidade Gama Filho-UGF. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas
College University. E-mail: bvnairalves@gmail.com
29
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA. Especialista em
Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade Escritor Osman da Costa Lins- FACOL, Mestre
em Ciências da Educação pela Universidade Gama Filho-UGF. Doutoranda em Ciências da
Educação pela Atenas College University. E-mail: cidaraulinho@hotmail.com
30
Biólogo-UFRPE, Mestre em Biologia-UFPE, Doutor em Biologia-UFPE, Professor do
PPG/Faculdade ALPHA e do Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, Recife-PE-Brasil. ORCID ID:
https://orcid.org/0000-0002-9230-3409. E-mail: gusmao.diogenes@gmail.com.
1. DESENVOLVIMENTO
180
O que mais motiva uma criança a ler é ver um adulto lendo, daí a importância
do exemplo. O aluno precisa ser orientado a ler desde a infância, quando aprenderá
ler apenas interpretando gravuras, sequenciando fatos, identificando as ideias
contidas no texto representativo, observando a localização do ambiente, as cores
referentes à situação, delimitando as várias partes do texto como início, meio e fim.
A escola em seu cotidiano busca a valorização da cultura popular dos alunos para
explorar a valorização dessa cultura na educação. Esse tipo de leitura é importante
porque desperta a atenção da criança, faz com que ela exercite sua mente através
da percepção e da valorização cultural do meio social.
Segundo Soares:
E o que dizer, mas, sobretudo que esperar de mim, se, como professor, não
me acho tomado por este outro saber, o de que preciso estar aberto ao
gosto de querer bem, às vezes, à coragem de querer bem aos educandos e
a própria prática educativa de que participo. Esta abertura ao querer bem
não significa, na verdade que, porque professor me obriga a quere a todos
os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não me
assusta que não tenho medo de expressá-la. Significa esta abertura ao
querer bem a maneira que tenho de autenticamente selar o meu
compromisso com os educandos, numa prática específica do ser humano
(FREIRE, 2011, p. 141).
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONCLUSÃO
Com esta pesquisa, os resultados mostram que as professoras vivenciam a
cultura popular com êxito nas suas práticas pedagógicas. Com atividades
REFERÊNCIAS
186
RANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação popular na escola cidadã. São Paulo:
Editora Vozes, 2002.
BURKE, P. O que é história cultural? Trad. Sérgio Góes de Paula. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2005.
BURKE, P. Cultura popular na Idade Moderna. Trad. Denise Bottmann. 2. ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 2010.
FREIRE, Paulo. Ação Cultural para a Liberdade e outros Escritos. 14. ed. São
Paulo: Cortez, 2011.
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. 34. ed. São Paulo: Paz e
Terra, 2011.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6.ed – São Paulo,
Atlas, 2017.
Mirian Marta da Silva Cavalcante31 | Eliete Braz de Moura Melo32 | Margarete Maria
Gonçalves Tabosa de Oliveira33
1 INTRODUÇÃO
31
Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University.
32
Mestranda em Ciências da Educação pela Atenas College University.
33
Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University.
Constituição Federal
(1988)
LDB (9.394/96) PCN’s (1998)
PNE e Diretrizes
Política Curricular Curriculares
Nacional (BNCC) Nacionais (2014)
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes
campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se
expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos
pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
3- Você é a favor da P1- Sim, pois haverá um objetivo no processo de envolver várias
implementação da Base pessoas nessa ação que revisará os currículos, os materiais didáticos e
196
Comum Curricular? Por a formação continuada, terá mais alinhamento na avaliação.
quê?
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MARTINS, Maria da Esperança Oliveira; SÁ, Cristina Manuela. Ser Leitor no Século
XXI- a importância da compreensão na leitura para o exercício pleno de uma
cidadania responsável e activa. Saber (e) Educar, Porto: ESE de Paula Frassinetti,
n.13, dez. 2008.
Nair Alves dos Santos Silva34 | Rozineide Iraci Pereira da Silva35 | Maria Aparecida
Dantas Bezerra36 | Diógenes José Gusmão Coutinho37
RESUMO: O afeto tem grande valia para o progresso intelectual da humanidade. Dessa
maneira as relações emocionais que são estabelecidas a partir do início da vida desde
favorecendo aos aspectos construtivos da personalidade, em diversos ângulos de conceitos
e da autoestima do sujeito, favorecendo lhes mecanismos ferramentas fundamentais ao 199
desenvolver sua aprendizagem e sua preservação. Este artigo aborda as relações
estabelecidas entre o aspecto de ensinar e aprender e a afetividade que estão inteiramente
ligadas ao desenvolvimento psíquico do aluno. Sendo assim a temática reflete o
relacionamento dos aspectos afetivos com a sua desenvoltura intelectual, abordando a
obrigatoriedade do corpo docente no ato de conduzir e monitorar aspectos comportamentais
e também de aprendizagem no contexto escolar. Nessa concepção o ato afetivo é um forte
contribuinte afetividade das relações presentes no cotidiano escolar, porém muitas vezes
despercebidos e considerados como não tão importante em relação aos conteúdos
abordados. Considerando que a afetividade é uma forte contribuinte nas relações cognitivas
do sujeito é notório afirmar que os sentimentos relacionados a emoções, desejos propiciam
o ato de aprender do aluno.
INTRODUÇÃO
1. DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
208
Refletir sobre uma sociedade mais humana, harmoniosa, justa e solidária é
considerar a afetividade como um elemento imprescindível na busca de resultados
satisfatórios ao ato de construir, aprender e discernir com sabedoria os elementos
de uma aprendizagem com propostas de objetivem o êxito. Sendo assim, a
afetividade na atualidade é a energia que impulsiona e direciona a aprendizagem,
sem ela se torna difícil motivar o aluno a desenvolver a construção de seu
conhecimento.
Nesta perspectiva, verificou-se que a afetividade familiar e educacional está
intrinsecamente interligada a aprendizagem prazerosa. A afetividade atua e
influência de forma significativa dando ênfase e respaldo pelos quais os seres
humanos resolvem os conflitos de sua natureza moral.
Nessa postura, o ato de organizar o pensamento corresponde o sentimento e
o sentir também formata a forma de pensar. Nesse sentido, a afetividade passa pelo
funcionamento psíquico, assumindo papel de organizar as ações demonstradas pelo
ser humano em sua vivencia.
Se o ser humano não se apresentar bem afetivamente ele não conseguirá em
sua plenitude desenvolvera sua aprendizagem, considerando que a afetividade tem
o poder de influenciar de maneira positiva e significativa a maneira pela qual os
seres humanos assimilam e aprendem.
É através da vivencia afetiva que o aluno edifica e produz com qualidade o
seu nível de aprendizagem. Contudo, a afetividade que possibilita ao educando a
força fundamental para superar os obstáculos que a vida lhe impõe, ele necessita
sentir-se seguro para resolver os conflitos que lhes são propostos pelo meio sociais
e isso será possível se ocupar a postura de emocionalmente seguro para assim
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
38
Doutora em Educação pela UNICAMP. Professora do DME/CE/UFPB. idel.lima@uol.com.br
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
222
RESUMO: A feira livre é um espaço comum e para boa parte dos alunos da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Ana Cavalcante de Albuquerque é também um espaço de
trabalho e vivências. Considerando que muitos ajudam seus pais na agricultura e vendem
na feira, outros trabalham ajudando a carregar as sacolas dos clientes, outros ainda atuam
como ajudantes na venda de verduras, sapatos, roupas, encontramos também quem vá 223
junto com seus pais para a feira fazer compras. Todo esse trabalho e vivência é dado na
tentativa de ajudar a família, seja no orçamento familiar, comprar suas roupas nos períodos
festivos, para sair, ou ainda para ajudar a carregar ou vigiar as sacolas de compras. A feira
livre, portanto é considerado relevante por provocar estímulos diversos que instigam a
aprendizagem de outra Matemática, aquela que faz parte da vida e que deve sim ser
correlacionada com a Matemática da escola. Este trabalho é fruto de uma experiência
promovida na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ana Cavalcante de Albuquerque
que está localizada no bairro Sertãozinho, município de Mamanguape-PB. Teve-se como
objetivo construir situações-problemas na sala de aula para fortalecer o ensino em
Matemática tendo como ponto chave um espaço comum entre os alunos: a feira livre. A
pesquisa visa desenvolver práticas educativas com os alunos do Ensino Fundamental
voltadas para o ensino da Matemática com base no tema: ensino e aprendizagem em
Matemática por meio de situações-problemas refletidas a partir das vivências na feira livre
pelo alunado. Trata-se de uma investigação exploratória. Contempla uma abordagem
qualitativa com metodologia adequada para alcançar o objetivo e responder a questão
levantada: que práticas educativas poderão ser desenvolvidas com o alunado na escola por
meio da construção de situações-problemas refletidas a partir das vivências na feira livre de
Mamanguape-PB? Portanto, a pesquisa qualitativa e exploratória possibilitou compreender e
interpretar o objeto em estudo, com base na perspectiva dos sujeitos envolvidos. Como
instrumento de coleta de dados utilizamos um caderno de registros da qual foi feita uma
análise de conteúdo. Os resultados alcançados levam-nos a perceber que as práticas
educativas voltadas para o ensino-aprendizagem em Matemática por meio da construção e
resolução de situações-problemas vivenciados na feira livre fortalecem o gosto pelo estudar,
aprender, o aluno torna-se mais participativo e as aulas torna-se mais atrativas, ou seja, a
construção de um currículo que de fato seja vivo possibilita avanços quanto ao ato de
ensinar bem como de aprender. Foi relevante para os (as) alunos (as) participarem,
construírem, desenvolverem, sugerirem situações-problemas a serem desenvolvidos na sala
de aula com base em suas vivências na feira livre.
INTRODUÇÃO
Um professor que não leva a sério sua prática docente, que, por isso
mesmo, não estuda e ensina mal o que mal sabe, que não luta para
que disponha de condições materiais indispensáveis à sua prática
docente, se proíbe de concorrer para a formação da imprescindível
disciplina intelectual dos estudantes. Se anula, pois, como professor.
(FREIRE, 2005, p.83).
227
Spencer (1889) em seu livro, Lei e causa do progresso, aponta que a função
da educação é preparar o homem para a vida completa apud Pontes, Moreira e Silva
(2015). Assim sendo, considera-se pertinente fazer uso de uma constante busca
para atuar no espaço escolar, está bem informado, buscar formações diversas, está
em sintonia com a comunidade, família e alunado, são constituintes que fortalecem
práticas de sucesso na escola em conexão com a vida.
É relevante destacar que desde a construção das ideias até a efetivação das
atividades executadas foi perceptível o processo de evolução do sucesso escolar
dos envolvidos, e o como uma prática educativa que se constitua envolvente no
processo de ensino-aprendizagem se direciona à aprendizagem significativa, que se
empenha para um aprender mais e melhor na construção do conhecimento por meio 228
da reflexão dos saberes, das vivências.
Vou fazer aqui exatamente o que vivi, quero só ver que acerta o resultado.
Eu não vou gastar mais do que ganho, vou investir meu dinheiro.
CONCLUSÃO
Assim sendo, trabalhar com um currículo que de fato seja vivo, que atenda
aos interesses do alunado é primordial para a construção de um ensinar que vise
espaços libertadores, críticos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ronildo. 525 mil trabalhadores fora do INSS. Jornal da Cidade, Aracaju,
6 nov. 2000, Caderno B, p.2.
EKER, T. Harv. OS SEGREDOS DA MENTE MILIONÁRIA. Rio de Janeiro:
Sextante, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do
oprimido. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
______. SHOR, Ira. Medo e Ousadia: O cotidiano do professor. 11. Ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2006.
INTRODUÇÃO
O exercício de compreensão do contexto sociocultural no qual a escola está
inserida é de suma importância para o sucesso do ato educativo e para a construção
autônoma do currículo escolar. Isso não se refere apenas à valorização dos saberes
prévios dos educandos e a estratégias metodológicas de contextualização dos
conhecimentos escolares, mas, sobretudo, a atitude de resistência da escola às
39
Graduando em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Bolsista de Apoio à
Atividade Acadêmica do Núcleo de Assistência Estudantil da UFPA - Campus Bragança. E-mail:
<matheus.correa112@gmail.com>
40
Doutora em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora Adjunta II da
Universidade Federal do Pará, Campus Bragança, Faculdade de Educação. E-mail:
<goreterc@ufpa.br>
41
Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Gestão
Escolar pela UFPA. Servidor Público pela Secretaria Municipal de Educação de Bragança - PA
(SEMED-Bragança) e Secretaria do Estado de Educação do Pará (SEDUC-PA). E-mail:
<joaoambiental2017@gmail.com>
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
______. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
REIS, Risolene Pereira. In. Mundo Jovem, nº. 373. Fev. 2007. 242
SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo e identidade social: territórios contestados. In.
_______ (Org.). Alienígenas na sala de aula. 11. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
p. 185-201.
ZABALA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
RESUMO: A BNCC (BRASIL, 2017), no tocante ao ensino de língua portuguesa (LP), afirma
dialogar com documentos curriculares produzidos nas últimas décadas e assume uma
perspectiva enunciativo-discursiva da linguagem, na qual o texto é a unidade de trabalho na
definição de objetos de conhecimento e habilidades e leva em consideração a inter-relação 243
entre os eixos de ensino: leitura, oralidade, escrita e análise linguística/semiótica (AL). Esta
última foi tomada como objeto de estudo por ser um eixo constitutivo do ensino de LP e por
vir, na versão homologada desse documento, acompanhada da semiótica. Nesse sentido, o
presente trabalho tem como objetivo identificar a natureza dos objetos de conhecimento e
das habilidades do eixo AL/semiótica na BNCC no E.F. II. Para isso, selecionamos um
campo de atuação, o jornalístico/midiático (comum ao 6º e 9º anos) e consideramos as
dimensões: discursiva, textual, metalinguística e multimodal para empreender a análise. Os
resultados revelam a recorrência da multimodalidade seguida da discursividade e da
textualidade. Há pouco espaço para a metalinguagem, no que corrobora com a proposta do
ensino de LP na BNCC que toma como centralidade o texto e sua organização com as
diversas semioses.
INTRODUÇÃO
42
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Linguagem e Ensino da Universidade Federal de
Campina Grande (PPGLE-UFCG).
43
Professora associada da Unidade Acadêmica de Letras da UFCG, onde atua como docente na
graduação em Letras e no Programa de Pós-graduação em Linguagem e Ensino (PPGLE-UFCG).
Construção X X EF69LP16
composicional
Estilo X X X X EF69LP17
X EF69LP18
Efeito de X X EF69LP19
Sentido
Tendo em vista que o objetivo estabelecido para esse texto era identificar a
natureza dos objetos de conhecimento e das habilidades do eixo análise
linguística/semiótica na BNCC nos anos finais do ensino fundamental, verificando os
aspectos da análise linguística e semiótica – a discursividade, a textualidade, a
metalinguagem e a multimodalidade – percebemos uma recorrência equilibrada no
253
tocante à primeira e à segunda dimensão em relação aos objetos de conhecimento
certamente pelo fato de que esses objeto estão intrinsicamente vinculados à
estrutura organizacional do texto e, com isso, há pouco espaço para a
metalinguagem. Com relação à multimodalidade, constatamos sua presença em
todos os objetos de conhecimento e suas respectivas habilidades. Possivelmente,
isso se deve ao fato que a BNCC afirma que a prática de AL/semiótica “envolve
conhecimentos linguísticos – sobre o sistema de escrita, o sistema da língua e a
norma-padrão –, textuais, discursivos e sobre os modos de organização e os
elementos de outras semioses” (grifos nossos) (BRASIL, 2017, p. 69).
Portanto, considerando a BNCC como um documento de caráter curricular
(MACEDO, 2018), que seleciona os conteúdos de acordo com determinados valores
“configurada por processos e construções constituídos na relação com
conhecimento eleito como educativo” (MACEDO, 2012, p. 25) e considerando o
recorte do campo de atuação jornalístico/midiático, podemos concluir que esse
documento propõe o ensino de análise linguística/semiótica baseado no texto, a
partir dos elementos composicional, estilístico, linguístico e multimodal, conforme o
documento esclarece “tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de
trabalho e as perspectivas enunciativo-discursivas na abordagem” (BRASIL, 2017, p.
65), relacionando os textos às habilidades, aos eixos de ensino e as diversas
semioses.
REFERÊNCIAS
255
Gabrielly Nayara Costa Coutinho | Vilma Helena Malaquias | Ana Claudia da Silva Rodrigues
INTRODUÇÃO
Ele já foi melhor, entendeu? Já foi melhor, ele realmente já foi uma
política pública de verdade. Hoje em dia ele não é mais, por que
como ele diminuiu o número, o valor dele, a gente não tem material
suficiente para se trabalhar, então aluno, o quadro, o giz, ele já tem
em sala de aula, as aulas devem ser mais diferenciadas, mais
lúdicas e a gente não tem como manter isso. Então ele perdeu um
pouco a essência. (GESTOR B, 2018)
Ela deveria ter um começo, meio e fim durante o ano todo, e a gente
nunca sabe quando vai começar o programa em cada ano, não tem
data especifica. Estamos em junho e não começou ainda, então não
pode ser considerado como uma educação integral, até por que, se
fosse, deveria ser incluído outras disciplinas que são tão importantes
quanto Português e matemática.
O PNME como uma política de educação, desempenha uma postura proativa
e não-linear (Ball, Maguire e Braun 2016) diante das reformulações ou acasos que
tendem a acontecer. As críticas da comunidade escolar como um todo, fazem-se
presente acerca dos questionamentos enquanto desenvolvimento do programa e
suas respectivas atividades. Observa-se portanto, o desempenho precário nas óticas
Em meados de 2016, foi aprovada a Ementa Constitucional nº 95, cujo critério 261
263
Na pesquisa acerca do PNME, quando os alunos, mediadores e professores
foram questionados se o programa deveria permanecer, todos se posicionaram
positivamente a favor de sua continuidade.
Faz-se necessário entender que até os mais altos recursos não são
suficientes para a grandeza que proporciona a educação. A escola sempre está se
reinventando e se adaptando a partir de sua comunidade. Sendo assim, que
pensemos na educação como base para a construção de um futuro plural e integral
de relações e saberes.
REFERÊNCIAS
ALBINO, S. G. J.; CORTES, E. S. N.; SILVA, B, E. A sexta meta do pne 2014-2024:
um diálogo possível em busca de uma educação integral e(m) tempo integral. EccoS
Efigênia Maria Dias Costa | Maria de Fátima Silveira | Fabrícia Sousa Montenegro
RESUMO: A trajetória do negro na educação brasileira foi marcada por dois eixos: exclusão
e abandono. Nesse contexto, após anos de luta, surge a Lei 10.639/03 que torna obrigatório 267
o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da educação básica.
Assim sendo, esta pesquisa teve por objetivo analisar como a Lei 10.639/03 está sendo
implantada nos anos finais do Ensino Fundamental das escolas municipais de Mogeiro – PB
e de que forma está refletindo na aprendizagem dos alunos. Trata-se de uma pesquisa de
enfoque qualitativo do tipo descritiva, sendo a entrevista de grupo focal e a observação não
participante os instrumentos utilizados na coleta dos dados. As informações foram tratadas à
luz da técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicaram que nos anos finais do
Ensino Fundamental das escolas municipais de Mogeiro, a Lei 10.639/03 está sendo
implantada parcialmente. O que existe de fato são os projetos pedagógicos realizados uma
vez por ano, envolvendo todas as disciplinas. No entanto, o resultado destes projetos está
refletindo de forma positiva, tendo em vista as mudanças de atitudes e comportamentos de
alunos e professores no que tange às relações étnico-raciais no âmbito escolar.
INTRODUÇÃO
[...] o CNE formulou importante política curricular cujo objetivo é educar para
as relações étnico-raciais éticas, a partir do reconhecimento e valorização
da participação decisiva dos africanos e de seus descendentes na
construção da nação brasileira, do respeito e divulgação de sua cultura e
história. Trata-se, sem dúvidas, de política de reparação pelos sérios danos
que o racismo e políticas tácitas de exclusão dos negros da sociedade
brasileira vêm causando, há cinco séculos (2010, p. 38-39).
pudéssemos discutir sobre o que seria mais adequado para tornar os alunos
questionadores, problematizadores, principalmente quando se trata de uma temática
tão complexa como é a questão racial em nosso país (M2).
No caso, dos conteúdos proposto pela Lei 10.639/03, agente não tem uma proposta
curricular organizada pela escola. Agente segue as Diretrizes Nacionais, mas, o
interessante é que a escola tenha seu próprio documento adaptado a sua realidade
(G1).
É importante lembrar também que no início do ano quando a supervisora vai orientar
o planejamento, ela foca na necessidade de incorporar os conteúdos da História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana em todas as disciplinas... e todo ano a escola
desenvolve projetos para trabalhar o que a Lei sugere. Só não temos ainda o
documento base, mas, o fato da escola trabalhar na minha opinião é significativo
(P1).
Acho que um currículo bem elaborado pode ajudar para dar um norte no trabalho das
relações étnico-raciais que para nós é um desafio, porque nós somos frutos de uma
sociedade racista, preconceituosa. Não tem jeito por mais que se diga que não
somos racistas, nossas atitudes nos condenam. Então, eu considero o currículo um
instrumento importante para mudar essas atitudes preconceituosas. Mas, para isso,
precisa ser um currículo que reconheça e valorize as heranças históricas e culturais
de origem africana (H2).
Bem, o currículo é um instrumento de suma importância no trabalho contra o
racismo, a discriminação. Por isso, precisamos nos organizar já que nós professores
somos os agentes de transformação e construir o currículo da nossa escola. Entrar
em contato com a direção, com a Secretaria de Educação e tentar sistematizar aquilo
que agente já faz (P2).
Bem, em História eu elenquei alguns conteúdos que são importantes para sair um
pouco daquela história puramente factual, mas mostrando o lado positivo da história
dos africanos. Então, procurei trabalhar a escravidão, sendo que do ponto de vista
276
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que nos anos finais do Ensino Fundamental das escolas
municipais de Mogeiro, a Lei está sendo implantada parcialmente. Em outras
palavras, os conteúdos do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e a
Educação para as Relações Étnico-Raciais ainda não foram totalmente incorporados
na prática pedagógica dos professores. O que existe de fato são os projetos
pedagógicos realizados uma vez por ano, envolvendo todas as disciplinas. No
entanto, o resultado destes projetos está refletindo de forma positiva, tendo em vista
as mudanças de atitudes e comportamentos de alunos e professores no que tange
às relações étnico-raciais no âmbito escolar.
A análise das discussões realizadas no grupo focal com professores das
escolas João Vicente de Brito e Irací Rodrigues de Farias Melo revelaram uma
realidade preocupante no que se refere à organização do currículo. Ou seja, as
escolas do ensino fundamental dos anos finais do Município de Mogeiro, funcionam
sem o Projeto Político Pedagógico – PPP, o qual deveria contemplar a proposta
curricular.
Na ausência deste documento que iria nortear o trabalho dos professores,
faz-se planejamento anual e bimestral, orientado pela equipe técnica pedagógica.
Assim sendo, foi possível detectar uma angústia vivenciada pelos professores por
não terem uma proposta curricular elaborada coletivamente, de forma que pudesse
direcionar o trabalho pedagógico nas escolas. Neste caso, para abordar os
conteúdos proposta na Lei 10.639/03 os educadores buscam orientações nas DCNs,
porém não deixam de incorporar em suas disciplinas tais conteúdos, através de
projetos.
REFERÊNCIAS
Graciela Coelho Andrade de Souza 44 | Rayssa Feitoza Felix dos Santos 45 | Kátia
Silva Cunha46 279
INTRODUÇÃO
A globalidade e os avanços tecnológicos facilitam o acesso à informação e
contribuem para a construção de ideias a respeito de diferentes temáticas discutidas
na sociedade. A proposta de Reforma do Ensino Médio é uma delas. Entretanto
muitos espaços também vêm contribuindo para a formação das opiniões sobre o que
de fato representa a Reforma. A universidade e a escola são exemplos destes
espaços. Uma vez que, uma proposta tem tamanha importância e alcance, deve de
fato ser pensada e repensada por todos.
Geralmente, na posição de professores, quando indagamos os alunos sobre
essa temática, alguns deles dizem, que pelo que vem sendo informado através da
44
Mestranda em Educação em Ciências e Matemática. gracinhasud@hotmail.com
45
Mestranda em Educação em Ciências e Matemática. rayyssa.felix@gmail.com
46
Doutora em Educação. kscunha@gmail.com
281
O CURRÍCULO NA CONTEMPORANEIDADE
Embora o termo currículo seja usado há alguns séculos, não apresenta uma
única definição, sendo difícil defini-lo de forma objetiva. Muitos têm sido os sentidos
dados a este termo, na área educacional. Segundo Lopes e Macedo (2011 p. 19):
Indo dos guias curriculares propostos pelas redes de ensino àquilo que
acontece em sala de aula, currículo tem significado, entre outros, a grade
curricular com disciplinas/atividades e cargas horárias, o conjunto de
ementas e os programas das disciplinas/atividades, os planos de ensino dos
professores, as experiências propostas e vividas pelos alunos.
Outros autores corroboram, ao afirmar que a medida que esse termo se refere
a muitas partes de uma prática tão complexa, não é simples de ser compreendido.
Pina (2006, p. 19), afirma que
Currículo é uma conversa complicada. Estruturado por diretrizes, focado em
objetivos, excessivamente voltados para resultados, o currículo escolar luta
para permanecer conversa. É uma conversa — esforços de entendimento
por meio da comunicação — entre alunos e professores, indivíduos que
efetivamente existem em determinados lugares e dias, ao mesmo tempo
pública e privada.
PROPAGANDA E SUBJETIVAÇÃO
Não esquecendo as marcas negativas que a modernidade nos deixou de
herança, falaremos sobre um aspecto positivo que ela iniciou, a questão da indústria
e sucessivamente assim os avanços tecnologicos de um mundo globalizado, logo
precisamos refletir sobre nosso contato com elas. Dentre os diversos meis de
comunicação presentes na sociedade comtemporânea - muitos marcados pela
transmissão acelerada de informações e praticidade -, gostaríamos de abordar
apenas as propagandas transmitadas pela televisão e seu inexaurível fluxo de
imagens e símbolos, no qual, de modo instantâneo o telespectador constrói e
desconstrói ideias, pensamentos, crenças e conceitos. Propagandas essas,
relacionadas a Lei nº 13.415/17, que propõe a Reforma do Ensino Médio. Antes de
discutirmos sobre elas, gostaríamos de definir os conceitos referente a propaganda.
Segundo Pinho (2012, p.132) temos a propaganda como “o conjunto de
técnicas e atividades de informação e persuasão destinadas a influenciar, num
determinado sentido, as opiniões, os sentimentos e as atitudes do público receptor”.
É importante ressaltar que a propaganda é um intrumento que se caracteriza pela
capacidade de produzir subjetidades, e para isso se faz uso do marketing na criação
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para realização deste estudo, utilizamos a abordagem qualitativa por
entendermos que é a que melhor se adequa à finalidade de nosso trabalho, já que,
de acordo com Minayo (2015, p. 21), a pesquisa qualitativa:
Trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das
crenças, dos valores e das atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos
é entendido aqui como parte da realidade social, pois o ser humano se
distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que faz e por interpretar
suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus
semelhantes.
A pesquisa foi realizada com 32 alunos, com a faixa etária 14 a 20 anos, que
cursam o ensino médio na rede Pública de Ensino em Pernambuco. O procedimento
metodológico utilizado foi aplicação de um questionário a estes estudantes, com
perguntas relacionadas ao seu posicionamento frente a reforma do ensino médio, e
quais meios utilizou como base, para construção de sua opinião. De acordo com Gil
(1999, p.128), o questionário pode ser definido “como a técnica de investigação
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por
escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças,
sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com base nas discussões apresentadas por Oliveira (2017), apresentaremos
um resumo dos principais pontos elencados pelas propagandas sobre a reforma do
ensino médio, as quais foram apresentadas na televisão aberta.
A primeira, intitulada de MEC Novo Ensino Médio/01 com duração de um
minuto, tem como cenário a sala de aula composta por professor e aluno, durante a
suposta aula a professora com um discurso, curto, simples e objetivo chama a
atenção dos alunos com a fala “é hora de falar de educação” ela faz afirmações
sobre a necessidade de mudança do ensino médio, visto que nas avaliações
recentes foi verificado a necessidade de melhorá-lo, justificada pela diminuição nos
resultados dos alunos, em avaliações externas quanto aos índices de português e
matemática. Os estudantes escutam com semblante animado de conformidade a
tudo que a professora apresenta. A ideia principal da propaganda é consolidada com
a frase “Agora é você que decide seu futuro” convidando os jovens telespectadores
a participar das discussões.
Na segunda propaganda “MEC Novo Ensino Médio/02” com duração de um
minuto, o cenário também é uma sala de aula, porém quem é o ator principal é um
aluno que traz as ideias sobre a reforma do ensino médio. Incialmente ele vai ao
encontro da professora como que solicitasse permissão para falar com os alunos da
sala, ao se dirigir aos alunos ele inicia com uma frase que chama a atenção para as
288
Fonte: As autoras
10
8
6
4
2
0
Positivo
Propaganda do Leitura da Medida Opinião de amigos,
Governo Federal, Provisória nº 746 de professores, familiares, Negativo
informações 2016. etc.
Não sei
transmitidas pela TV,
rádio e/ou outras
mídias.
Meios de transmissão de informação
Fonte: As autoras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo o objetivo da pesquisa comprender a relação entre as mensagens
apresentadas pelas propagandas da Reforma do Ensino Médio e os discursos
apresentados pelos alunos a seu respeito, identificamos, que houve uma relação
direta entre as afirmações emitidas pelas propagandas e a opinião dos alunos, além
disso constatamos que uma minoria bastante significativa que busca outras fontes
de informações de cunho mais cientifico – artigos, leis –. A ausência de
conhecimento aprofundado, torna o sujeito frágil, por não possuir fundamentos não
consegue refletir e fazer concessões lógicas sobre o que é apresentado, ficando
suscetível a ser subjetivado pela mensagem que o perpassa durante seu cotidiano.
Com base nos dados da pesquisa, foi possível perceber que metade dos
alunos entrevistados se posicionam a favor da reforma. Podemos levar em conta as
facilidades que os meios de comunicação disponibilizam, e que muitos alunos fazem
uso dessa praticidade para aceitar as mensagens impostas. Entretanto, diante do
bombardeio de informações presentes nesse mundo tecnológico surge a
insegurança de construir uma opinião. Através da pesquisa concluiu-se que muitos
se mostram confusos referente a Reforma do Ensino Médio, e que mesmo sendo
algo de extrema relevância na sua vida acadêmica, poucos demostram estar
interessados em entender de fato o que muda com a Lei nº 13.415/17.
Podemos concluir que, apesar de uma grande maioria apresentar os
discursos da mídia como fundamentos de sua fala, também existe a possibilidade de
associar outros fatores na construção de uma ideia, ou até mesmo pensar na
REFERÊNCIAS
BARBOSA, R. L. L. Formação de educadores: desafios e perspectivas. Barbosa,
Raquel Lazzari Leite (org.). São Paulo: Editora Unesp, 2003.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
INTRODUÇÃO
47
Eudite Fernandes Carneiro (mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino – PPGEn, da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. E-mail:
euditinha@hotmail.com.
48
Benedito Gonçalves Eugenio (professor do Programa de Pós-Graduação em Ensino – PPGEn, da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. E-mail:
beneditoeugenio@bol.com.br.
METODOLOGIA
O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa do tipo estado do conhecimento.
Realizamos o levantamento das produções sobre políticas curriculares para o ensino médio
no Brasil, em quatro periódicos do Portal Scielo e classificados como Qualis A na área de
Educação, a saber: Revista Educação e Sociedade, Educação & Realidade, Revista
Brasileira de Educação, Educação e Pesquisa. Além disso, consultamos também o Dossiê
especial da Revista Retratos da Escola, com temática especial sobre a Reforma do Ensino
Médio.
O período inicial selecionado justifica-se por ser o ano em que o Conselho Nacional
de Educação (CNE) aprova parecer que estabelece novas diretrizes curriculares nacionais
para o ensino médio no Brasil (DCNEM).
A presença dos descritores ensino médio e política curricular, ou ensino médio e
currículo, enquanto termos integrantes das palavras-chave de cada produção a ser
analisada, foi definida como um dos critérios de busca. Independente dos descritores, todas
as produções organizadas na parte específica do Dossiê da Revista Retratos da Escola
entraram no critério de inclusão, sendo selecionadas para análise.
Na Revista Educação e Sociedade, dentro do espaço de tempo determinado, foram
encontrados 30 (trinta) artigos versando sobre o ensino médio, todavia, somente quatro se
enquadraram na proposta de análise de currículo. Ainda considerando os critérios pré-
estabelecidos, tanto na revista Educação & Realidade, quanto na Revista Brasileira de
Educação, foram identificados apenas um artigo em cada um dos periódicos. Não foram
encontradas publicações na revista Educação e Pesquisa. Na Revista Retratos da Escola,
foram excluídos somente as produções não integrantes do Dossiê, posto que todos os
artigos, ao discutirem a Reforma do Ensino Médio, trazem à tona a reflexão sobre as
políticas curriculares para o ensino médio no Brasil. Ademais, todos os textos integrantes do
Dossiê foram escritos após sanção da Lei nº 13.415/2017, obedecendo a demarcação de
tempo proposta para o levantamento das produções.
O quadro 1 mostra as principais informações sobre autoria e ano da publicação, título
da publicação, palavras-chave dos textos identificados para análise, e indicação dos
periódicos:
Celso João Ferreti e Reforma do ensino médio no Estado, currículo e Revista Educação
Monica Ribeiro Da contexto da medida provisória no hegemonia. Ensino e Sociedade
Silva – 2017 746/2016: estado, currículo e médio. Medida
disputas por hegemonia Provisória 746. Base
Nacional Comum
294
Curricular.
Marise Nogueira O currículo para o ensino médio Ensino médio. Ensino Revista Educação
Ramos - 2011 em suas diferentes modalidades: médio integrado. e Sociedade
concepções, propostas e Currículo do ensino
problemas médio. Currículo
integrado.
Sabrina Moehlecke – O ensino médio e as novas Ensino médio. Currículo. Revista Brasileira
2012 diretrizes curriculares nacionais: Políticas públicas. de Educação
entre recorrências e novas Diretrizes curriculares
inquietações nacionais.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com Carvalho e Castro (2017, p. 145 apud Machado e Lockmann, 2014,
p. 1607) “[...] recentes estudos percebem a BNCC de modo negativo, entendendo que ‘o
alargamento da escola e o deslocamento das funções da docência são verdades que estão
RESULTADOS
Por meio do levantamento e análise das produções relacionadas nesta pesquisa,
como mostram os quadros 1 e 2, foi possível perceber que os textos selecionados
trabalham, em sua grande maioria, com a perspectiva estadocêntrica para a compreensão 297
da política curricular. O materialismo histórico-dialético é o método mais empregado para a
discussão, o que pode indicar que esta abordagem ainda é a que predomina entre os
pesquisadores de política. Essa visão amplamente centrada no Estado reduz todo o
processo de construção e desenvolvimento das políticas curriculares nacionais às esferas
governamentais. A partir desse contexto, surgem os questionamentos: Aonde estão as
escolas? Aonde estão os professores? Aonde estão os alunos e demais sujeitos que,
efetivamente, participam da prática das políticas curriculares?
O discurso atual configura-se na promessa de modernização da gestão dos sistemas
de ensino, com alegações voltadas à demanda de eficiência exigida pelo mundo
contemporâneo. A sociedade é desafiada pelas necessidades globais do capital. Ramos
(2011, p. 773) afirma que “[...] as dificuldades de se implantar uma proposta contra-
hegemônica não são somente de ordem conceitual, mas uma expressão da capacidade da
classe dirigente em manter seus princípios vigorando no senso comum da sociedade.”
Ainda não é possível fazer uma avaliação detalhada sobre a Reforma do Ensino
Médio, uma vez que a produção textual, ainda hoje, encontra-se em meio a um processo
contínuo de revisão e discussão. Somente a continuação das pesquisas poderá trazer
respostas aos muitos questionamentos. Todavia, os autores procuram demonstrar de que
forma os discursos acerca da Reforma do Ensino Médio procuram atender aos interesses do
sistema capitalista. Todavia, as produções integrantes do Dossiê compactuam de certa
singularidade em alguns debates críticos sobre a reforma. Os autores não vislumbram
avanços visíveis como resultado da reforma, configurando-a como um retrocesso (SILVA;
SCHEIBE, 2017; KRAWCZYK; FERRETTI, 2017; SIMÕES, 2017; MOLL, 2017; LINO, 2017;
AMARAL, 2017; MOURA; FILHO, 2017; GONÇALVES, 2017).
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CONCLUSÃO
De modo geral, as questões levantadas nos textos selecionados nos periódicos do
Portal Scielo mobilizam posições divergentes em torno das políticas curriculares para o
ensino médio, tratando-as como ações políticas envoltas em relações de poder, via controle
do conhecimento (RAMOS, 2011; MOEHLECKE, 2012; CARVALHO; CASTRO, 2017;
FERRETI; SILVA, 2017; COSTA; LOPES, 2018; SILVA, 2018).
Travestido de mudanças, o discurso oficial da reforma omite as verdadeiras
intenções, voltadas aos interesses do empresariado. Enquanto isso, a sociedade assiste,
com assombro, os vários retrocessos no campo da política educacional e a subordinação
irrestrita às demandas do mercado, marcadas pelos interesses elitistas e pela seletividade.
A maioria das produções expressa uma perspectiva estadocêntrica de análise das
políticas curriculares, reduzindo-as às esferas governamentais. Autores como Lopes (2005,
p. 56), apontam para a necessidade de perceber as políticas educacionais, dentro de uma
dinâmica complexa, que se desenrola em diferentes contextos, ou seja, “[...] uma mistura de
lógicas globais, locais e distantes, sempre recontextualizadas”, produzindo sentidos
diversos, nem sempre controláveis, do imaginado pelos sujeitos que disputam os
REFERÊNCIAS
AMARAL, Nelson Cardoso. O “novo” ensino médio e o PNE: haverá recursos para essa
política? Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 11, n. 20, p. 91-108, jan./jun. 2017
BRASIL. Decreto nº 5.154 de 23 de julho de 2004. Brasília, DF: Câmara dos Deputados.
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13415.htm >.
Acesso em: 26 de jun. de 2018.
298
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Brasília, DF: Câmara dos Deputados,
2017. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/L13415.htm > . Acesso em: 14 de jun. de 2018.
BRASIL. Medida Provisória MPV 746/2016. Brasília, 22 set. 2016a. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm >. Acesso em:
07 de jul. de 2018.
FERRETI, Celso João; SILVA, Monica Ribeiro da. Reforma do Ensino Médio no Contexto da
Medida Provisória Nº 746/2016: estado, currículo e disputas por hegemonia. Educação e
Sociedade, Campinas, v. 38, n. 139, p. 385-404, jun. 2017.
MOLL, Jaqueline. Reformar para retardar: a lógica da mudança no EM. Revista Retratos da
Escola, Brasília, v. 11, n. 20, p. 61-74, jan./jun. 2017.
MOURA, Dante Henrique; FILHO, Domingos Leite Lima. A reforma do ensino médio:
regressão de direitos sociais. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 11, n. 20, p. 109-129,
jan./jun. 2017.
OLIVEIRA, Dalila Andrade. As Políticas para o Ensino Médio na Realidade Brasileira: uma 299
agenda em disputa. Revista POIÉSIS. Tubarão SC, v.10, n.17, p. 187 – 198, jan/jun 2016.
SILVA, Monica Ribeiro da; SCHEIBE, Leda. Reforma do ensino médio: Pragmatismo e
lógica mercantil. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 11, n. 20, p. 19-31, jan./jun. 2017.
SILVA, Roberto Rafael Dias da. Estetização Pedagógica, Aprendizagens Ativas e Práticas
Curriculares no Brasil. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 43, n. 2, p. 551-568, jun.
2018.
SIMÕES, Willian. O lugar das Ciências Humanas na “reforma” do ensino médio. Revista
Retratos da Escola, Brasília, v. 11, n. 20, p. 45-59, jan./jun. 2017.
1 INTRODUÇÃO
[...] até 2020 o Brasil irá perder cerca de sete milhões de empregos [...]
temos que nos preparar para um mundo completamente novo, sobretudo o
setor industrial que está diante do desafio da chamada indústria 4.0, como a
chamam os alemães, ou sistema de manufatura avançada como a chamam
os americanos, que é uma revolução completa. É a conexão entre todas as
máquinas e equipamentos substituindo, em muitos casos, a necessidade do
recurso e dos talentos humanos.
303
2.1 O MUNDO DA PRODUÇÃO E O “CANTO DA SEREIA” SOBRE A REFORMA
CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
O setor industrial registra que falta muito para que a formação do jovem
favoreça sua adequada inserção em um mercado de trabalho competitivo que se
modifica continuamente. Portanto, “é preciso implementar medidas urgentes e 304
criativas que permitam dar um salto de qualidade”. (CNI, 2013, p. 26). Há consenso
entre os intelectuais orgânicos da indústria de que as principais dificuldades para
melhorar a competitividade da indústria se encontram nas carências da educação
básica do trabalhador. Assim, é dada atenção especial para mudanças curriculares
que pretensamente visam à “melhoria” da educação.
Nesse contexto favorável ao amoldamento da educação às necessidades
requeridas pelo setor empresarial, Silva & Scheibe (2017) analisam que a Reforma
do Ensino Médio, estabelecida por meio da Lei Federal Nº 13.415/2017 e defendida
pela classe empresarial industrial traz consigo alterações significativas na
organização curricular desta etapa formativa. Segundo as autoras,
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Medida Provisória MPV 746/2016. Brasília, 22 set. 2016. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm>.
Acesso em: 05 mar. 2017.
SILVA, Mônica Ribeiro da; SCHEIBE, Leda. Reforma do ensino médio: pragmatismo
e lógica mercantil. In: Retratos da Escola. v.11, n.20, jan./jun. Brasília: CNTE, 2017.
312
INTRODUÇÃO
Dessa forma, pode-se dizer que a compreensão das causas exige uma busca
muito mais aprofundada, um pensamento “apurado” sobre as situações observadas
ou experienciadas (de experimento e de vivência) na sala de aula. A emergência, na
perspectiva do professor ou da professora, em buscar soluções para os eventos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
320
Diante das considerações apresentadas, pode-se concluir que existem sim,
em nossas salas de aula estudantes desinteressados e desinteressadas, apáticos e
apáticas e desmotivados e desmotivadas. Muitas das causas desse fenômeno estão
no universo da sociedade capitalista contemporânea e outras nos significados que,
para eles e elas, têm as nossas Práticas Pedagógicas. Garantir a existência de
Práticas Pedagógicas de qualidade que proporcionem condições de aprendizagem
considerando os sujeitos da aprendizagem como estando no mundo e com o mundo
pode contribuir para deixar claro para eles e elas o papel que a escola pode assumir
nas suas vidas.
REFERÊNCIAS
321
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
326
No que se refere a obra do canal, além de não ter sido coberta, viabilizando a
proliferação de vetores à saúde, cerca de 50% de sua extensão foi abandonada.
Além disso, pela figura 03 também é possível visualizar o abando do seu entorno,
Fonte: Maria Aparecida e Hellem de Melo Alves, alunas do 6º ano “C” da Escola Estadual
Nossa Senhora Aparecida, (2017).
Fonte: Tainá Chaves e Vitor Araújo, alunos do 7º ano “B” da EEEF Nossa Senhora
Aparecida, (2017).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
David Luiz Rodrigues de Almeida | Eliane Souza da Silva | Antonio Carlos Pinheiro
INTRODUÇÃO
50
O processo de pesquisa para formação de professores de Geografia na UFPB é um de seus
problemas. Esse curso possui Programa de Pós-Graduação em Geografia que incluiu as linhas de
pesquisa Cidade e Campo: espaço e trabalho, Gestão do território e análise geoambiental e
Educação Geográfica e que hoje realiza contribuições para se pensar o conhecimento geográfico
para a formação e atuação dos profissionais dessa área. Porém, ainda existe grande desproporção
entre o empenho e investimentos formativos dos professores universitários para com a formação dos
mestres e doutores, daqueles voltados à graduação, em especial, a licenciatura.
Segundo essa diretriz, primeiro os sujeitos devem estar aptos a trabalhar com
os conhecimentos voltados a área específica e, posteriormente, os relacionados ao
conhecimento pedagógico. Ao discutir a formação de professor, Freitas (2016)
revela as dificuldades para a constituição da identidade docente, principalmente em
instituições onde há a relevância da formação do bacharel, em detrimento da
licenciatura em Geografia.
Acerca da formação inicial de professores de Geografia, Freitas (2016)
demonstra que ao analisarmos o modelo formativo 3+1 de professores destacamos
a relação de tempo e esquecemos a estrutura. Esse modelo agrega,
separadamente, dois conjuntos de conhecimentos a partir dos componentes
curriculares: “os conteúdos técnico-científicos (fiéis à ciência de referência) e os
conteúdos didático-pedagógicos (que instrumentalizam os conteúdos técnico-
científicos na produção do saber escolar).” (FREITAS, 2016, p. 78).
De acordo com as orientações das DCNs de 2002, os PPCs devem ser
organizados em três núcleos: (1) Núcleo básico: conteúdos da ciência geográfica;
(2) Núcleo complementar: conteúdos que visam auxiliar um tratamento
interdisciplinar com outras áreas de conhecimento, não excluindo a natureza
359
REFERÊNCIAS
LOPES, Alice C.; MACEDO, Elizabeth. Teorias do currículo. São Paulo: Cortez,
2011.
INTRODUÇÃO
51
Doutora em Humanidades Y Artes (Educação), Universidad Nacional de Rosario. Professora da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Centro de Comunicação Turismo e Artes (CCTA);
Departamento de Turismo e Hotelaria (DTH). E-mail:leaopaula@ccta.ufpb.br
52
Doutora em Educação: Currículo, PUCSP. Professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
Centro de Ciências Aplicadas e Educação (CCAE); Departamento de Educação (DED). E-
mail:cel.teix54@gmail.com
A análise documental dos PPC´s dos cursos de turismo nos permite inferir
que a educação superior em turismo está em consonância com as políticas públicas
educacionais do país. Os três PPC´s analisados remetem que para sua formulação
foram considerados o Parecer CNE-CES 288/2003, as DCN´s do curso de turismo
(2006) e a LDB (1996). Nesse sentido e, considerando as políticas educacionais os
PPC´s foram construídos buscando um padrão mínimo com os conteúdos em
harmonia com as DCN´s e com a proposta da formação de um profissional crítico
e polivalente.
Eu acho que é mais nas palavras do que de fato, gente teve um pouco
disso, teve não a gente teve um pouco disso, espera, vamos ser sincero de
vincular realmente, por exemplo, a gente teve uma aula de patrimônio
histórico não poderia ver isso vinculando, mas a gente não poderia ver
colocando mais no conceito de turismo [...] (D.L.).
[...] a gente tá meio que com estigma porque a gente ficou meio
ultrapassado mesmo nisso em pensar e não tem essa ...porque eu acho
realmente que falta esforço em quebrar essa imagem de turismólogo não ter
função. Eu acho que essa interdisciplinaridade, ela deve ser um pouco
reduzida e focar (A.L.).
A gente não tem uma área assim, essa área a gente vai atuar (H. P.).
[...] porque a gente é muito colocado para estudar a gestão, o que eu acho
ótimo para a nossa área, no meu entendimento, só que a gente é ensinado
para a gestão, massa, gestão da administração, da contabilidade, do direito,
mas o turismo em si ele meio que se perde, ele vai aparecer em algumas
disciplinas optativas no final do curso. Então, a gente passa o curso todinho
patinando por outras áreas para chegar às disciplinas que são de turismo e
que aí a gente já vai tá com o tempo passado [...] (A. L.).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
370
REFERÊNCIAS
Edna Cristina do Prado53 | George Sarmento Lins Júnior54 | Lana Lisiêr de Lima
Palmeira55
RESUMO: O presente estudo busca analisar como a Educação em Direitos Humanos está
consolidada no Plano Nacional de Educação vigente e a importância da correlação desses
372
postulados ao o ensino jurídico, investigando, de forma mais pormenorizada, a formação
propagada pelos cursos de Direito do Estado de Alagoas, intencionando observar se
atendem aos pressupostos da Educação em Direitos Humanos. Partindo-se da premissa de
que ainda impera a visão dogmática e tecnicista na formação dos futuros bacharéis, ficando
em condição secundária a preocupação com a formação humanística, elegeu-se como
opção teórico-metodológica a abordagem de natureza qualitativa, com ênfase na revisão de
literatura e na análise dos 18 (dezoito) currículos dos cursos de Direito ofertados em
Alagoas, procurando-se, ainda, analisar como estão incorporados no Plano Nacional de
Educação vigente os elementos da Educação em Direitos Humanos. Para a análise dos
dados utilizou-se a Análise de Conteúdo de Bardin, definindo como categorias a presença
da disciplina Direitos Humanos nos currículos dos cursos de Direito e a proporção das
disciplinas de Formação Humanística em relação às técnico-jurídicas. O referencial teórico
pauta-se em autores como Apple, Giroux, Tomaz Tadeu, Barbosa, dentre outros. Como
resultado, verificou-se a presença da disciplina Direitos Humanos, como obrigatória, em 10
(dez) currículos, como eletiva em 01 (um) currículo, chegando-se, ainda, a 07 (sete)
currículos que não apresentam, nem em caráter obrigatório nem eletivo, a disciplina Direitos
Humanos. Em termos percentuais, 39% das instituições não ofertam a disciplina Direitos
Humanos em seus currículos formais e, dentre as que a contemplam, a proporção da carga
horária a ela destinada atinge apenas 1,85% da carga horária global do curso. Quanto à
configuração da vertente humanística nesses currículos, percebeu-se que as disciplinas
consideradas como “de formação geral” são mais acentuadas nos dois períodos iniciais da
graduação. Nessa perspectiva, apenas 06 (seis) instituições apresentam número igual ou
maior a 05% de sua carga total, destinadas às disciplinas propedêuticas. Assim, pode-se
inferir que o ensino jurídico alagoano caminha em descompasso aos pressupostos
53
Pós-doutora em Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Doutora em
Educação Escolar pela UNESP e mestra em Educação Currículo pela PUC/SP. Licenciada em
Educação Física, Pedagogia e Letras. Bacharela em Linguística e em Direito pela Faculdade Maurício
de Nassau (FMN). Professora Associada da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) no curso de
Pedagogia e nos cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação -
PPGE. Líder do Grupo do Pesquisa Gestão e Avaliação Educacional - GAE do Centro de Educação
da Universidade Federal de Alagoas (UFAL/CNPq). E-mail: wiledna@uol.com.br
54
Pós-doutor em Direito pela Université DAix-Marseille (França). Doutor e mestre em Direito pela
Universidade Federal de Pernambuco.Graduado em Direito pela Universidade Federal de Alagoas. É
professor associado da Universidade Federal de Alagoas, professor convidado da Universidade de
Montpellier 1 da Universidade dAix-Marseille (Sócio do CONPEDI. Coordenador do Programa de Pós-
graduação em Direito da UFAL (PPGD/UFAL). E-mail: george_sarmento@uol.com.br
55
Doutora e mestra em Educação pela UFAL. Graduada em Direito e Licenciada em Filosofia.
Professora Adjunta da Universidade Federal de Alagoas. Integrante do Grupo de Estudos em Gestão
e Avaliação Educacional – GAE do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL/CNPq). E-mail: lanallpalmeira@outlook.com
INTRODUÇÃO
373
A ideia que motiva o presente trabalho se guia pela necessidade de se
evidenciar a importância dos preceitos da Educação em Direitos Humanos, levando-
se em conta a percepção de que os cursos de Direito em Alagoas apresentam uma
formação baseada em currículos voltados, quase predominante, para o ensinamento
de disciplinas direcionadas à formação técnico-profissional de meros aplicadores da
lei, deixando como uma espécie de subformação a preparação humanística e,
consequentemente, a sensibilização e o envolvimento do futuro profissional com a
realidade concreta. Assim, entendeu-se pertinente desenvolver um estudo voltado à
criação e difusão do saber jurídico sistematizado nos currículos de graduação em
Direito do Estado de Alagoas, examinando suas referenciações aos Direitos
Humanos, bem como a forma pela qual o Plano Nacional de Educação vigente
aborda as questões alusivas à Educação em Direitos Humanos, a fim de realizar o
que Bardin (2016) chama de triangulação dos dados.
Assumindo o presente estudo a natureza qualitativa, optou-se por utilizar a
Análise de Conteúdo como método de análise que objetiva a inferência de
conhecimentos pertinentes às condições de produção e recepção das mensagens
enunciadas.
Para tanto, passou-se a trabalhar em cada fase na qual se baseia a Análise
de Conteúdo, selecionando-se os documentos objeto de análise, o chamado
“corpus” da pesquisa, aqui representado pelos 18 (dezoito) dos 19 (dezenove)
currículos dos cursos de Direito ofertados no Estado de Alagoas.
Ressalta-se que não foram analisados os 19 (dezenove) currículos pela
impossibilidade de acesso à matriz de uma instituição de ensino superior que, além
de não disponibilizar no sítio eletrônico da IES o aludido documento, recusou-se a
Como muito bem ensina Apple (1989), currículo é poder, ideologia e cultura.
Currículo é, antes de tudo, um substrato ideológico e político. E, ratificando tal
raciocínio, Moreira e Silva (1999) asseveram que o currículo não é visto apenas
como elemento implicado na produção de relações assimétricas de poder no
ambiente interno da instituição educacional e da sociedade, mas como uma área
contestada, “uma arena política”.
Não é forçoso ressaltar que em um complexo social segmentado em classes
o currículo passa a ser uma exteriorização das divergências oriundas do espaço
cultural, já que a cultura é indissociável das classes sociais. Moreira e Silva (1999,
p.26), ao abordarem esse liame entre currículo e cultura, diante do que é postulado
pela tradição crítica, afirmam que “o currículo e a educação estão profundamente
envolvidos em uma política cultural, o que significa que são tanto campos de
produção ativa de cultura quanto campos contestados.”
Ao trazer à cena a ideia de “relações de poder”, estabelecida fica nitidamente
a posição estratégica que os currículos assumem no presente trabalho, já que, ao se
defender a formação dos profissionais do Direito sob a perspectiva de um currículo
embasado nos ideais dos Direitos Humanos, desconstrói-se, de certa forma, a ideia
homogeneizadora que impera na atualidade de se ter uma formação altamente
Tendo por base teórica o que fora esboçado anteriormente, deve-se fazer
menção ao que é disposto pelo Programa Mundial de Educação em Direitos
Humanos, quando enfatiza que “a educação em direitos humanos promove uma
abordagem à educação em direitos e deve ser compreendida como um processo”,
que abarca:
Vê-se que no artigo acima há a remissão clara a pelo menos dois aspectos de
ampla discussão no contexto da Educação em Direitos Humanos, a saber: a
diversidade sócio-cultural e a educação inclusiva, o que já mostra a presença, pelo
menos no prisma normativo, desses elementos de importância ímpar ao cenário
educacional do país.
Todavia, imperioso se torna constatar se o que está normatizado é, de fato,
concretizado nos currículos, principalmente nos currículos dos cursos de Direito do
Estado de Alagoas, objeto central deste estudo.
Nesse escopo, não se pode deslembrar que incutir os direitos humanos no
segmento da educação formal em uma sociedade como a brasileira, com fortes
raízes de autoritarismo e escravidão, traz, inevitavelmente, a disputa que se atrela
aos campos do saber e do poder.
Dentro dessa ordem de ideais, vê-se que apesar de ser o currículo um campo
de disputa ideológica, política, cultural, não se pode abrir mão da sua construção
com elementos que subsidiem a visão holística embasado no gozo destes direitos,
que abrange tanto os direitos humanos no contexto educativo, isto é, conseguir que
todos os componentes e processos de aprendizagem, incluindo os planos de estudo,
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
56
Professora de Geografia na E.E.E.F.M. professor Raul Córdula
E-mail:dayanegeografia@professor.pb.gov.br
57
Doutorando em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB.
Programa de Pós-Graduação em Geografia-PPGG
E-mail: david.ufpb3@gmail.com
58
Segundo o IBGE a Região Geográfica Intermediária de Campina Grande corresponde a
quatro regiões intermediárias do estado da Paraíba. É composta por 72 municípios, distribuídos em
quatro regiões geográficas imediatas. Sua população total estimada pelo IBGE para 1º de julho de
2017 é de 1 143 852 habitantes, distribuídos em uma área total de 22 463,249 km². Mais informações
disponíveis em: < https://cidades.ibge.gov.br/> acesso em: 13 out. 2018.
20
15
15
10 10
10 8 7 Obg.
5
5 2 Opt.
1
0
Área Física Área Humana Área Técnica Área Didática-
pedagógica
394
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
396
RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar, de maneira introdutória, discussões
sobre os Paradigmas da educação do campo e as concepções de currículo engendradas na
escola do campo. Neste texto trataremos deste histórico conflituoso que atravessa a
educação nos territórios campesinos. Para tanto, organizamos a discursão nas seguintes
construções paradigmáticas: a) Paradigma da Educação Rural Hegemônico; b) Paradigma
da Educação Rural Contra-hegemônico; c) Paradigma Funcional da Educação do Campo; d)
Paradigma da Educação do Campo e a relação destes com o currículo. Têm-se como
fundamentos teóricos autores que auxiliam na discussão do papel da escola na
sociabilidade atual e do papel da escola do campo, como Arroyo (2017), Caldart (2002)
Molina (1999), Perripolli (2010), Torres (2013) e sobre o currículo Sacristán (2000,) Silva
(2000) e Veiga (1995). Este estudo tornou possível aferir que há a necessidade histórica da
construção de um currículo que compreenda a educação do campo expressa na ideologia e
força dos movimentos sociais do campo, na busca de um currículo que valorize a identidade
e a cultura dos povos do campo, numa perspectiva de formação humana e de
desenvolvimento local sustentável que coloca em questão os modelos hegemônicos
estabelecidos.
INTRODUÇÃO
59
Graduanda em licenciatura em Pedagogia na Universidade Federal de Pernambuco/Campus
Agreste (UFPE/CAA) E-mail: raqueldasilvafreitas.ufpe@gmail.com
DESENVOLVIMENTO
Algumas medidas legais são destacadas por Torres (2013) que trazem a
proposta de ampliação da oferta de educação aos povos do campo, em 2002 a
Resolução CNE/CEB nº 1/2002 institui as Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campo. Em 2008, a Resolução CNE/CEB nº 2/2008
estabelece as Diretrizes Complementares, Normas e Princípios para o
Desenvolvimento de Políticas Públicas de Atendimento da Educação Básica do
Campo. Em 2010, é assinado o Decreto nº 7.352/2010 que dispõe sobre a política
de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
(PRONERA).
Nesse ponto de vista, Silva (2015) aponta para que as teorias críticas da
modernidade que alicerçaram o surgimento do Paradigma da Educação do Campo
não conseguiram alcançar as soluções pretendidas pelos diversos coletivos sociais
que o compunham. O autor ainda acrescenta que, estas teorias privilegiam as
relações entre classes como explicação privilegiada das relações sociais, mas os
modos de vida, as relações com a natureza e com a sociedade se constituem não
apenas como objetos de investigação, mas também como enunciadores
epistêmicos.
405
CONCLUSÃO
O debate sobre educação do campo não poderia esgotar-se neste artigo nem
a isso ele se propõe, pois ainda há muito que se avançar no que diz respeito às
politicas educacionais dos povos do campo. A revisão de literatura aqui exposta
permitiu avançar numa compreensão da educação e do currículo da escola do
campo como uma ferramenta indispensável na disputa por uma educação
emancipadora aos povos do campo. A escola do campo deve pensar acerca das
singularidades dos povos do campo e envolver os conhecimentos necessários à
educação dessas populações. Pensar o campo como espaço/território de construção
de conhecimento, cultura, saberes, identidades e formação humana, está qual
permite a construção de uma escola que considere as individualidades dos seus
alunos e de toda comunidade.
REFERÊNCIAS
407
Gleyssa Nayana Soares da Silva | Joelma Miriam de Oliveira | Douglas Ferreira da Silva
INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CALDART, Roseli Salete. Educação do Campo: notas para uma análise de percurso.
Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 7 n.1, p.35-64, mar./jun. 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/tes/v7n1/03.pdf. Acessado em: 29/10/2018.
SANTOS, Débora S. L.; LEMOS, Amanda G. (In) tensões: a ausência da EJA na BNCC.
III encontro internacional de educação de jovens e adultos, 2016. Disponível em: 419
file:///D:/caa/mestrado%20campo/debora-da-silva-lopes-dos-santos-amanda-guerra-de-
lemos_intensc3b5es_-ausc3aancia-da-eja-na-bncc.pdf. Acesso em: 20 de julho de 2018.
RESUMO: Este artigo tem por objetivo fazer uma análise das políticas curriculares que
discorrem sobre as dimensões avaliativas na educação especial, problematizando as
orientações previstas pelos textos legais acerca da especificidade avaliativa dos educandos 420
público alvo da educação especial. Em termos metodológicos, a partir de uma abordagem
qualitativa, utilizou-se a pesquisa documental e bibliográfica, com análise de documentos
legais e o diálogo com alguns pesquisadores contemporâneos que abordam a temática para
buscar responder o objetivo do estudo. Os resultados deste trabalho apontam que, apesar
dos avanços com o advento da inclusão escolar a partir das políticas curriculares na
perspectiva da educação inclusiva, ainda se perpetuam práticas avaliativas excludentes.
Tais discussões ainda se constituem desafios, pois a superficialidade dos discursos que as
políticas trazem precisam ser problematizados e aguçados.
INTRODUÇÃO
Quadro1 - Políticas de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar que preconizam sobre
a Avaliação da Aprendizagem do Aluno Público Alvo da Educação Especial
CONCLUSÃO
Muitos avanços foram alcançados ao longo do tempo, porém, apesar das
rupturas paradigmáticas no campo da avaliação, influenciadas pelos princípios
429
orientadores, diretrizes e normas do sistema educacional brasileiro e das políticas de
educação inclusiva, pautados numa concepção de avaliação processual, cumulativa
e contínua, assim como outros documentos que regem a educação básica. Ainda se
perpetuam práticas avaliativas tradicionais e excludentes. O que implica a
necessidade de se investir em formação continuada sobre a temática abordada.
Cabe ressaltar também que tais discussões ainda se constituem desafios, pois a
leveza do discurso que as políticas trazem precisam ser problematizados e
aguçados.
REFERÊNCIAS
431
Resumo: O presente texto é fruto de reflexões sobre currículo, avaliação e diferença e tem
como objetivo abordar como sentidos atribuídos à avaliação, a diferença e ao currículo são
articulados e interferem nas práticas cotidianas. Enfatizo a necessidade de romper com
concepções cristalizadas referente ao campo curricular, onde o currículo é encarado como
conjunto de saberes a serem transmitidos; onde a avaliação é utilizada somente para 432
classificar e julgar; onde a diferença é silenciada e segregada a margem do processo
educacional. Nessa perspectiva rompo com discursos normativos que buscam estabelecer
critérios onde todos são avaliados da mesma maneira, desconsiderando as individualidades
de cada indivíduo. A escrita deste texto foi desenvolvida tomando como referência aportes
pós-estruturais e pós-coloniais, cujos princípios teóricos possibilitam o rompimento com
perspectivas verticalizadas de análise dos fenômenos sociais. O estudo foi orientado pela
crítica à ideia de um fundamento último, possível de ser acessado pela razão, a organizar e
orientar os fenômenos sociais.
INTRODUÇÃO
60
Entendo que as avaliações externas podem influenciar as avaliações internas. Porém, o foco desta
pesquisa são as avaliações internas, logo não aprofundarei o debate sobre as avaliações externas.
61
Neste texto saliento a importância da avaliação como construção social.
62
Tal perspectiva rompe com a lógica de cultura como um repertório de conceitos partilhados, cuja
harmonia social prevalece mediante as diferenças culturais. Assim, a escola, entendida como espaço
social, cultural e discursivo, é posta em questão. Pois, não é possível atribuir a ela o papel de incutir e
partilhar um sentido como único para todos. Esse caráter idealista de uma universalização cultural é
posto em xeque, pois provoca exclusões e silenciamento das diferenças.
63
A busca pela qualidade da educação se sustenta na pretensão de que é possível o
compartilhamento por todos de uma mesma cultura. Um ideal de igualdade que só pode se realizar
às custas de processos de exclusão das diferenças que não se deixam aprisionar nesse todos e
nesse comum.
CONSIDERAÇÕES PARCIAIS
A partir das reflexões suscitadas neste texto também é possível refletir sobre
a impossibilidade de uma única definição de escola, currículo, avaliação, diferença e
ensino. Embora existam tentativas de fixação e de definição, sempre haverá um
sentindo que escapará, é impossível fixar sentidos sobre o que é a escola e quais
são seus conteúdos essenciais. Pois, além dela ser constituída por diversos sujeitos
sociais, é primordial reconhecer que a escola é pura diferença, por mais que haja
campos de poder tentando doutrinar o ambiente educacional.
A importância da desconstrução de lógicas binárias favorece o
questionamento dos processos hierárquicos que promovem a exclusão dos que não
atendem aos padrões considerados mais adequados. Considero a escola como um
importante espaço de trocas culturais em que distintos discursos produzem
significados contingentes, formando redes simbólicas que integram o sistema
escolar. E, em concordância com Macedo (2014), acredito que “a educação tem a
REFERÊNCIAS
449
RESUMO: Este artigo é parte do meu projeto de dissertação de mestrado em curso que
objetiva refletir sobre os modos pelos quais o currículo produz, regula e (re)articula as
aprendizagens sobre corpo, gênero e sexualidade em uma Escola de Dança aqui da cidade 450
de João Pessoa (PB). Aqui neste texto o foco se direciona nas reflexões sobre o lugar da
diferença no currículo e como ela se implica nos sujeitos. As discussões a respeito de temas
como gênero e sexualidade tem sido muito potentes, principalmente quando eles ganham
“espaço” em lugares como a escola. Na conjuntura política atual, gênero e sexualidade
travam tensionamentos em meio a um cenário de intensa resistência, pois, estamos diante
de novas lutas sociais, ligadas à construção das novas configurações culturais por meio das
quais os sujeitos, a escola, a educação são hoje produzidos. Metodologicamente, esta
pesquisa inscreve-se como qualitativa, documental, empírica. Os instrumentos de coleta de
dados são a priori: a observação participante, diário de campo e entrevista semiestruturada.
Palavras-chave: Corpo. Gênero. Sexualidade(s). Currículo. Diferença.
INTRODUÇÃO
64
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) pela Universidade Federal da
Paraíba, membro do Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidades (GESSEX) e do grupo de
Pesquisa Gênero, Educação, Diversidade e Inclusão vinculado ao CNPq.
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Mesmo que em voltas de retrocesso, tal como a Lei da Escola Livre ou Sem
Partido (2015) – ou da mordaça –, o tangenciamento da mulher expande-se, aflora-
se com o título de mulheres que são educadas para seres mulheres educadas. Elas,
de um Ocidente que consideramos fracassado, sem estrutura para se compreender
o diverso e o plurirreferenciado, se mostram esquecidas nas salas de aulas e no
absurdo do silêncio endereçado a elas: que é a sua invisibilidade no que se observa
a ausência das mesmas como personagens principais e autônomas nos recintos
escolares.
Nessa desmesura, temos essa entidade mítica, a Chorá, que para a filósofa e
semióloga predispõem-se em um recalque primitivo, antes do componente simbólico
e do imaginário. Kristeva adiantará que antes, com Jacques Lacan, tínhamos o
Simbólico e o Imaginário, agora temos o Simbólico e o Semiótico. Uma mulher,
determinante do desejo do outro, nasceu como função semiótica no
desenvolvimento psicossexual do sujeito (termo esse somente alcunhado na
modernidade). Desse modo, o feminino é Chorá e o masculino plallos.
Na vertente histórica, o ser da mulher (moderna) sempre fora visto como uma
estrangeira, uma estranha dentro da cópula ideológica ocidental. Raízes de
feminismo nasceram em função desse ser estranho que é ou era o ser da mulher.
Ao certo houve um momento matrilinear nas sociedades ditas primitivas.
Em Creta, antes de Sócrates, havia uma deusa sem nome. Mulher poderosa
que segurava uma serpente em suas mãos. Detinha poderes mágicos, aquele
mistério indecifrável, não penetrado. Um útero que com Platão, posteriormente em
sua obra O Timeu(1977), infligia às mulheres dores e obscenidades. Um útero
móvel, distendido ao corpo feminil e que lhe causava, agora nos séculos XVIII e XIX,
sintomas tétricos: a histeria.
Butler conseguiu armar a mulher com dentes e espadas, não masculinas, mas
femininas. O essencialismo de outrora foi substituído pela performatividade de
gêneros. Ainda permanece a premissa: “torna-se mulher” – entretanto essa premissa
torna-se maleável, contingencial, não necessária, tanto para homens como para o
sexo oposto. A condição de viver sob desdobramentos híbridos, sexuais, de
identidades humanas traçou o caráter metafórico e histórico da teoria sobre os
gêneros de Judith Butler.
Atualmente, ao sexo feminino houve alguns ganhos: pois agora ela possui
uma identidade significante e significada de sentidos múltiplos. O acordo entre a
possível igualdade – se há igualdade de fato entre os sexos masculino e feminino –,
é agora performática. Essa performance se distrai de assuntos pré-estabelecidos e
se dá antevisão de uma possibilidade do “tornar-se”, tal como tornar-se homem, ou
transexual etc. A americana falava de “estou mulher, estou homem, estou, gay,
estou trans” (BUTLER, 2003, p. 45) – indicando uma envergadura coerente para o já
falado vir-a-ser de Heráclito, porém com vistas aos gêneros não somente binários,
mas de referências diversas e não agora patrilineares, unicamente.
Para finalizar esse tópico, em nosso século XX e XXI tivemos a Lei Maria da
Penha (Lei 11340/06), e a caça aos predadores de mulheres através do disque 100.
Mulheres, feministas, negras emponderadas estão em construção. Um recente
debate sobre a “apropriação cultural” (MARTINS, 2018) reveste-se de um binarismo
cruel: a tentativa de um apartheid cultural, nas quais coisas de brancas serão
sempre de brancas, e de negras, idem. Estamos em devires, mas com uma
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BEAUVOIR, S. O segundo Sexo: Fatos e Mitos. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1980. 470
INTRODUÇÃO
66
Graduada em Pedagogia pela UPE. Pós Graduada em Recursos Humanos na Educação pela
FAFIRE. E-mail: anataliamartins_1985@hotmail.com
67
Graduada em Pedagogia pela UNICAP-PE, Pós Graduada em Administração Escolar na UFRPE,
Mestra em Ciências da Educação e Multidisciplinaridade pela Universidade Gama Filho-UGF.
Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail:
anaxavier15@hotmail.com
REVISÃO TEÓRICA
Educar para as diferenças tendo como base a educação das relações étnico-
raciais envolve processos educativos objetivando a superação de preconceitos
sociais, uma educação antirracista, estimulando práticas sociais livres de qualquer 473
forma de preconceito e discriminação. De modo que os variados povos e etnias
brasileiras se engajem na luta por equidade social, respeito e valorização das
tradições. Como trata o Parecer CNE/CP 003/04, quando introduz o termo
“educação das relações étnico-raciais”:
[...] a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens
entre brancos e negros, trocas de conhecimentos , quebra de
desconfianças, projeto conjunto para construção de uma sociedade
justa, igual, equânime (BRASIL, 2004, p.6).
1º Eixo - Quem sou eu? Quem é você? Construindo uma relação afetiva - as
crianças puderam explorar seu corpo e observar a si e aos colegas, que todos
somos diferentes; identificaram o que é seu, dos colegas e de uso coletivo;
reconheceram que o outro necessita de carinho e atenção, mesmo com as
diferenças. Ao trabalharem a afetividade, o carinho, utilizaram como recurso uma
boneca negra.
RESULTADOS
REFERÊNCIAS
482
INTRODUÇÃO
485
As discussões em torno da surdez apresentam contextos profícuos para
discutir a emancipação da diferença, sobretudo diante dos aspectos curriculares.
Isso porque a surdez está à frente de lutas políticas e educacionais que a
reconheçam na perspectiva da diferença, o que por sua vez tenciona propostas
curriculares tradicionalmente organizadas nas escolas.
Tradicionalmente, o currículo veio sendo pensado na centralidade de
concepções hegemônicas, discursivamente no objetivo de atingir a todos os alunos,
mas não necessariamente os contemplando. Um currículo fixo, pré-definido em
verdades que pouco eram contestadas. Aos surdos, muitas vezes eram pensadas
estratégias metodológicas de afirmação da deficiência auditiva e a necessidade de
atividades corretivas com relação à falta de audição - como treino auditivo, repetição
de treino oral - que, hegemonicamente, reforçava a necessidade de adequação à
maioria ouvinte. É como se o contexto estipulasse: caso o surdo não puder ser
‘curado’, que sobre ele fossem organizadas estratégias de correção a fim de o tornar
o mais próximo possível do aceitável, da regra, da norma - ouvinte.
O currículo nesta abordagem pode ser entendido como um dispositivo capaz
de constituir sujeitos e, no caso dos surdos, por muito tempo sob concepções de
deficiência. Ao entender que “todo currículo quer modificar alguma coisa em alguém,
o que supõe, por sua vez, alguma concepção do que é esse alguém que deve ser
modificado” (CORAZZA; TADEU, 2003, p. 38), entendemos que historicamente aos
surdos foram conferidas formas de governamentabilidade que, nas ideias de
Foucault (2005), apresenta a maquinaria escolar e suas artimanhas ao capturar e
normalizar os sujeitos. Em outras palavras:
Como já foi dito, o processo de construção de uma BNCC no Brasil não é um debate
recente, mas ganha impulso com o novo Plano Nacional de Educação (2014-2024),
se dando em meio às turbulências políticas que têm gerado muitos debates,
embates e dúvidas, sobretudo após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Embora a referida política curricular enuncie soluções ou mesmo caminhos
supostamente acertados – pela via do discurso em torno da garantia de qualidade e
de direitos de aprendizagem e de desenvolvimento, pairam questões ainda muito
obscuras, como as que envolvem outras políticas que não tem recebido a mesma
autoridade e enfoque, como a valorização docente e os planos de carreira dos
CONCLUSÃO
Roseane Maria de Amorim – UFPB | Rosângela Soares de Xavier – UFPB | Alba Cleide
Calado Wanderley – UFPB
RESUMO: Este artigo busca mapear e analisar as práticas sagradas indígenas tomando-as
como processos educativos que são passados de geração a geração. O estudo propõe, por
meio das fontes virtuais, desconstruir alguns conceitos preconcebidos sobre os povos 495
indígenas e suas culturas, desmistificando algumas de suas práticas através da análise da
nossa ancestralidade. A proposta é que a pesquisa possa contribuir com a educação básica
mostrando como os saberes desses povos podem repensar a educação escolar. O ensino
de História que conhecemos não nos proporciona a aproximação de nossa ancestralidade
nem a reflexão sobre ela. Na realidade, fazemos movimentos contrários, pois esses são
apresentados como inferiores sem nenhuma referência histórica com o qual possamos nos
identificar. Em termos metodológicos, a pesquisa é qualitativa, realizada por meio de fontes
bibliográficas e virtuais tais como vídeos, sites e blogs. Estamos filiados aos estudos
culturais que entendem os diversos modos de interpretar o mundo como formas de saberes
válidos para a transformação da realidade em que estamos inseridos.
68
Estamos nos referindo à divisão da História em Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
Na escola, conta-se narrativa sobre o outro e propõe reflexões seja por meio
da palavra escrita, seja por meio das imagens. Por isso, analisá-los no tocante à
problemática levantada é fulcral para a formação de um sujeito crítico e consciente
do seu papel na sociedade. Por outro lado, os licenciados devem aprender na sua
formação inicial que há muitas formas de contar sobre o passado, sobre os fatos e
sobre o outro.
Nem sempre nos estudos sobre História política se faz a crítica aos
problemas vividos, as contradições, os interesses dos diversos grupos sociais que
formam uma dada sociedade. Em outras palavras, a história narrada é vista e
pensada como resultado de sujeitos desinteressados. Todos nós sabemos que, no
passado como no presente, se busca reconhecimento, o domínio sobre o outro e
prestígio social. Sendo assim, não podemos desconsiderar esses elementos nas
aulas de História. Em nosso entender, a história produzida deveria ajudar-nos a
pensar e interpretar a realidade. Podemos dizer que o historiador junta os cacos
sobre o passado, buscando montar o quebra-cabeça em que a realidade passada se
encontra e está distante do pesquisador ou da pesquisadora.
O conteúdo histórico na sociedade brasileira nos remete a datas, fatos e feitos
de homens ligados à classe dominante. O positivismo se traduzia em uma
abordagem pedagógica de transmissão de conteúdos que usa como principal meio
de aprendizagem a memorização das informações.
69
Temos outros quadros com diversos blogs e site. Devido ao tamanho do artigo não foi possível
trazer neste trabalho.
E
Link dos sites/blogs Descrição geral Instrumentos Significados Etnias
Estado
Fonte: As autoras.
Anais do VIII Colóquio Internacional de Políticas e Práticas Curriculares: Políticas curriculares no PNE (2014-2024) e
desdobramentos (neo)conservadores: tensões, desafios e resistências. | De 5 a 7 de dezembro de 2018 - João Pessoa | Paraíba |
Brasil | ISBN 978-85-237-1438-3
Fonte histórica é tudo que o homem e a mulher produziram a partir da
sua interferência, podendo assim mediar um acesso para a compreensão entre
o passado e o presente por meio de pesquisas em que o historiador conseguirá
analisar suas indagações. Existem diferentes tipos de fontes históricas. As
tradicionais são os documentos textuais, registros cartoriais, obras literárias,
etc. Incluem também documentos arqueológicos. Além disso, temos as fontes
verbais e orais, provas colhidas por meio de testemunhos de entrevistas
realizadas pelos historiadores. Em nosso trabalho, estamos pesquisando em 504
diferentes documentos que estão disponíveis em blogs, sites, etc. Tendo como
foco o que é considerado sagrado para os povos indígenas. O sagrado aqui
não está relacionado com a religião, e sim com a relação da pessoa com a
vida, a natureza e consigo mesmo.
O que temos analisado é que há muitos sites e blogs produzidos por
terceiros sendo bastante repetitivos. Porém, os vídeos denominam-se
produzidos por indígenas. O sagrado para o indígena está em todas as
instâncias, é indissociável da vida e da morte. Criando um equilíbrio.
O site www.indioeduca.org é de produção indígena com parceria da
sociedade civil com mais de 200 artigos. Ele tem o objetivo do resgate da
cultura indígena. O que chamou a nossa atenção foi a frase: “alguns dos idosos
da comunidade foram morrendo, levaram seus conhecimentos.” Essa frase traz
a dimensão da importância que este artigo tem, o peso da nossa pesquisa para
manutenção da cultura e intercâmbio de saberes entre os indígenas e não
indígenas. Tentando minimizar os desrespeitos à cultura indígena, a ONG
Thydêwá criou uma plataforma on-line para que os índios desenvolvam
materiais didáticos que contêm sua história e atualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
70
Mestre em Educação, professora da Secretaria de Educação de Goiana/PE-
almeidamariajose@bol.com.br
CONSIDERAÇÕES FINAIS
515
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Fonte: Quadro construído a partir dos dados contidos no site da ANPED, disponível em:
http://www.anped.org.br
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Fotografia 2: Transexual Viviany Beleboni na 19º Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (Foto:
Reuters/Joao Castellano)
Fotografia 3: Elizabeth Eckford indo ao seu primeiro dia de aula e a intolerância racial nos
Estados Unidos (Foto: Coleção Will Counts – Arquivos da Indiana University)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
71
Professora da UFPB, Centro de Educação, DHP. E-mail: sandraassantiago@gmail.com
NOVEMBRO A escolher...
DEZEMBRO A escolher...
72
Segundo laudos apresentados pela família.
73
Segundo laudos apresentados pela família.
Meses/ FE MA AB MA JU AG SE OU NO DE
V
Critérios observados R R I N O T T V Z
Atenção
Concentração
Compreensão
Organização
Motricidade ampla
Motricidade fina
Percepção
Memória
Linguagem
oral\comunicação
Criatividade
Curiosidade
Autocuidado
Autoestima
Iniciativa\autonomia
Interação\socialização
Afetividade\amorosidad
e
Sensibilidade
Respeito ao outro e às
regras
Outras observações:
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
74
Universidade Federal de Campina Grande – Centro de Desenvolvimento Sustentável do
Semiárido – UFCG - CDSA – Campus Sumé. Graduando em Licenciatura Interdisciplinar em
Educação do Campo. carlos-sume@hotmail.com
75
Universidade Federal de Campina Grande – Centro de Desenvolvimento Sustentável do
Semiárido – UFCG - CDSA – Campus Sumé. Graduando em Licenciatura Interdisciplinar em
Educação do Campo. alissonclauber@gmail.com
76
Universidade Federal de Campina Grande – Centro de Desenvolvimento Sustentável do
Semiárido – UFCG - CDSA – Campus Sumé. Graduanda em Licenciatura Interdisciplinar em
Educação do Campo. ismaramilena9@gmail.com
Mas para que este Marco Normativo, assegurado via decreto, venha a
ser respeitado, outras medidas legais devem ser adquiridas, onde uma das
mais representativas trata da formação de professores para atuarem nestes 561
territórios, que historicamente foram invisibilizados e inferiorizados. Trazemos
ainda, como elemento importante deste pensar-fazer Educação do Campo a
partir das concepções Freireanas, a participação efetiva dos sujeitos
campesinos na organização dos processos que regem as práticas educativas,
os conteúdos programáticos, o currículo e as formas de avaliação.
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Amanda Rafaella Ferreira de Lima | Ângela Cristina Alves Albino | Sheila Costa
de Farias
INTRODUÇÃO
RESULTADOS E DISCURSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987.
GIROUX, Henry. Escola crítica e política cultural. São Paulo: Cortez, 1987.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
77
Doutorando em Educação (PPGE/UFPB). Mestre em Educação (PPGE/UFPB). Especialista
em Educação Ambiental (FIP). Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas pela (UFPB).
Licenciado em Pedagogia pela (UFPB). Professor da Educação Básica. E-mail:
ccsbio@gmail.com
78
Doutoranda em Educação PPGE/UFPB, Mestra em Educação, PPGE/UFPB. Professora
Efetiva na Prefeitura Municipal de João Pessoa e Professora Mediadora na UFPB Virtual. E-
mail: Karina-mss@hotmail.com
3 CAMINHOS METODOLÓGICOS
600
Imagem A. Imagem B.
Imagem C. Imagem D.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
605
A formação docente deve ser vista como processo, pois só assim
entendemos que a aprendizagem ocorre ao longo da vida e que precisamos de
mediadores/as nessa construção. Para corroborar com essa afirmação, Morin
(2011, p.151) traz a seguinte reflexão “precisamos de mediadores, de pessoas
que saibam escolher o que é mais importante para cada um de nós em todas
as áreas da nossa vida, que garimpem o essencial, que nos orientem sobre as
suas consequências, que traduzam os dados técnicos em linguagem acessível
e contextualizada”. Ou seja, é fundamental para o doutorando (futuro
professor/a universitário/a) ser orientado/a por profissionais (professores/as)
que consigam transformar a difícil linguagem acadêmica em práticas acessíveis
e compreensíveis de serem trabalhadas em salas de aulas.
Neste contexto, acreditamos que o professor supervisor e orientador de
nosso estágio docência foi fundamental para compreendermos esse processo,
pois sua capacidade de transformar códigos técnicos difíceis em linguagens
acessíveis para os/as alunos/as nos serviu de grande demonstração de como
deve ser feito o fazer pedagógico, isto é, a práxis.
Enfim, queremos apenas destacar que o processo de ensino-
aprendizagem é feito através de uma relação indissolúvel entre professores/as
e aluno/as, pois, tanto o primeiro, quanto o segundo, aprendem e ensinam
juntos.
REFERÊNCIAS
ASANTE, Molefi. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar
In NASCIMENTO, Elisa Larkin. Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica
inovadora. Tradução Carlos Alberto Medeiros. São Paulo: Selo Negro, 2009, p. 93-
110.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
79
Professor do Departamento de Metodologia da Educação e do Programa de Pós-Graduação
em Geografia da UFPB. Pós-Doutorando em Educação na UFPE. lenilton@yahoo.com
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA
Como professor num curso de formação docente não posso esgotar 622
minha prática discursando sobre a Teoria da não extensão do
conhecimento. Não posso apenas falar bonito sobre as razões
ontológicas, epistemológicas ou políticas da Teoria. O meu discurso
sobre a Teoria deve ser o exemplo concreto, prático, da teoria. Sua
encarnação. Ao falar da construção do conhecimento, criticando a
sua extensão, já devo estar envolvido nela, e nela, a construção deve
estar envolvendo os alunos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONCLUSÃO
No caso do novo curso de licenciatura em Geografia da UFPB, é
necessário que não mais se reforce a separação entre os componentes
específicos e os componentes didático-pedagógicos – como ainda ocorre no
velho currículo em vigência. O novo PPC do curso apresenta bons avanços no
currículo prescrito e nas concepções formativas, mas que ainda precisam ser
implementados na prática dos professores formadores. A demora do Colegiado
do Curso em fazer a reforma curricular que se tornara obrigatória desde as
DCNs de 2002 foi, sem dúvidas, uma perda de oportunidade de se aperfeiçoar,
mais rapidamente, a formação de professores na UFPB. E tal atraso pode ser
apontado como um dos fatores que influenciam na alta evasão de alunos
registrada pelo curso nos últimos anos.
Na UFCG, campus Cajazeiras, os avanços formativos propostos nas
DCNs de 2002, já são realidade, há uma década, no novo PPC. Porém, ainda
há problemas na relação teoria-prática e na integração universidade-escola,
pois as reformulações do currículo prescrito não se transformam, rapidamente,
em mudanças na prática dos professores formadores e nem resolvem,
sozinhas, os problemas da profissão docente e das precárias condições de
trabalho (e de estágio) de muitas escolas.
Por conseguinte, não podemos aceitar, sem luta e resistência, que novas
políticas curriculares façam retroceder os avanços formativos alcançados, sob
o risco de se confirmar a máxima da epígrafe que abre esse texto, ou seja, de
que “tudo muda constantemente a cada governo [...] e, no final das contas,
tudo continua praticamente igual ao que era”.
É preciso reconhecer, sem abrir mão da crítica e da reflexão, que de 2002
a 2016, vivemos um hiato no âmbito das políticas educacionais no Brasil,
especialmente das políticas curriculares voltadas à formação de professores e
à aproximação entre a universidade e a escola. E, diante desse duro momento
de “recuos” e “contra-sonhos”, cabe lembrar e seguir com o alerta de Freire
(2000, p. 26) de que:
Os sonhos são projetos pelos quais se luta. Sua realização não se
verifica facilmente, sem obstáculos. Implica, pelo contrário, avanços,
recuos, marchas às vezes demoradas. Implica luta. Na verdade, a
transformação do mundo a que o sonho aspira é um ato político e
seria ingenuidade não reconhecer que os sonhos têm seus contra-
sonhos.
80
Mestrando do programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea do Centro
Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco – PPGEduC/CAA/UFPE;
Bolsista da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco – FACEPE; Membro
do LAPPUC (Laboratório em pesquisa de políticas públicas, currículo e docência); Graduado
em Pedagogia – CAA/UFPE; Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelas
Faculdades Integradas de Patos – PB; Professor da Educação Básica do Município de Brejo da
Madre de Deus – PE; E-mail: douglasufpe@outlook.com
81
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática
(PPGECM) da Universidade Federal de Pernambuco/Centro Acadêmico do Agreste
(UFPE/CAA). Especialista em Ensino de Ciências pela UFPE. Especialista em Mídias na
Educação pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Especialista em
Programação do Ensino de Biologia pela Universidade de Pernambuco (UPE). Graduada em
Ciências com Habilitação em Biologia pela Autarquia Educacional do Belo Jardim (AEB).
Desde 2003 é professora efetiva da rede municipal de Santa Cruz do Capibaribe – PE. Desde
2005 é professora da rede estadual de Pernambuco e atualmente é professora do Instituto
Superior de Educação. E-mail: lucielmabernardino2@gmail.com
Arroyo (2005) exalta que essa negação histórica do campo como espaço
geográfico e cultural, negando os sujeitos que ali estão, provocou uma
resistência na concepção do espaço escolar, onde os mesmos passaram a vê-
la como algo desnecessária. A escola tem como um de seus papéis, fortalecer
PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.
INTRODUÇÃO
MÉTODO
650
Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/14-pos-graduacao
Gráfico 2: Números para cada nível de pós-graduação para o ano de 2017 dos professores da
educação básica
900.000
773.159
800.000
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000 53.899
34,4 2,4 9.713 0,4
0
Especialização Mestrado Doutorado
Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/14-pos-graduacao
INTRODUÇÃO
82
Professor Associado do Departamento de Habilitações Pedagógicas (DHP) e Assessor na
Coordenação de Currículos e Programas (CCP) da Pró-Reitoria de Graduação da UFPB. E-
mail: fabionfonseca@gmail.com
83
Professor Adjunto do Departamento de Metodologia da Educação (DME) e do Programa de
Pós-Graduação em Geografia da UFPB. Pós-Doutorando em Educação pela UFPE. E-mail:
lenilton@yahoo.com
Mas de que prática se está falando? Da Prática de Ensino que tem sido
substituída pelo Estágio Supervisionado? Ou da Prática como Componente
Curricular que se tornou obrigatória nas últimas décadas? Afinal, qual a
diferença entre elas na legislação que dispõe sobre a formação de professores
no país? 657
Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
LDBEN Nº. 9.394/1996, o estágio, nos cursos de licenciatura, era designado de
"Prática de Ensino sob a forma de Estagio Supervisionado". Noutras palavras,
a prática de ensino era concebida como estágio curricular supervisionado, cuja
única alteração significativa, a partir da LDBEN, foi a ampliação da carga
horária para trezentas horas.
A definição de "prática de ensino", nos termos do artigo 65 da LDBEN,
suscitou, todavia, da parte das instituições formadoras, incompreensão acerca
do alcance do seu significado. O que ensejou a necessidade de manifestação
do Conselho Nacional de Educação (CNE), através de sua Câmara de
Educação Superior, com o Parecer CNE/CES 744/97, para definir que a prática
de ensino:
Constitui o espaço por excelência da vinculação entre formação
teórica e início da vivência profissional, supervisionada pela
instituição formadora. A prática de ensino consiste, pois, em uma das
oportunidades nas quais o estudante-docente se defronta com os
problemas concretos do processo de ensino-aprendizagem e da
dinâmica própria do espaço escolar (BRASIL, 1997, p. 1).
3. OBSERVAÇÕES E QUESTÕES
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Este trabalho surge na perspectiva de divulgar as atividades
desenvolvidas no PIBID no campo da formação de professores de Geografia
como bolsistas e como futuros profissionais da área a fim de melhorar a
qualificação desses futuros profissionais. Tal programa é realizado através de
uma força tarefa que é composta por coordenadores, professores supervisores
e bolsistas em escolas públicas que tem baixas notas no índice da educação
básica. Dessa forma, é necessário compartilhar algumas atividades,
intervenções e a forma como o ensino está sendo tratado na escola pública.
A visão do formando em Geografia em alguns momentos fica restrita
somente a teoria e por horas de estágios, não totalizando a total
profissionalização, sendo necessários outros meios para aprimorar a formação.
Desta maneira, surge o programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência(PIBID), com a finalidade de oferecer bolsas de iniciação à docência à
alunos de cursos presenciais que se dediquem ao estágio nas escolas públicas
e que, quando graduados se comprometam com o exercício do magistério na
rede pública (MEC,2018).
O exercício do professor é algo que causa ansiedade nos anos de
formação na universidade, não sabendo como realmente exercer o domínio de
DESENVOLVIMENTO
O Programa
Como forma de ampliar a profissionalização dos estudantes dos cursos de 670
licenciaturas, é necessário diminuir a distância entre o que vivenciado nas
universidades e a escola pública, desta maneira surge o programa em questão:
O programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência(Pibid) é
uma ação da Política Nacional de Formação de Professores do
Ministério da Educação (MEC) que visa proporcionar aos discentes
na primeira metade do curso de licenciatura uma aproximação
prática com o cotidiano das escolas públicas de educação básica e
com o contexto em que elas estão inseridas. O programa concede
bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação
à docência desenvolvidos por instituições de educação superior (IES)
em parceria com as redes de ensino. (CAPES, 2008)
O SUBPROJETO
RELATANDO PROCEDIMENTOS
RELATANDO INTERVENÇÕES
675
676
Como pode ser visto na imagem anterior, os alunos ficaram bem fixados
para observar a explicação e análise dos mapas estudados por seus colegas
de classe. No decorrer das apresentações, houve um debate e acréscimo de
informações por parte daqueles que se faziam presente na sala de aula. O
resultado foi bem alcançado, de maneira que nas aulas posteriores a atividade
foi bem comentada.
Como forma de levar a tecnologia para a sala de aula, foi proposto a
explanação de vários conteúdos através de recursos visuais e audiovisuais,
elaborando slides e amostra de vídeos advindos da plataforma Youtube, com a
elaboração de questionário acerca do que foi ministrado e debates críticos
sobre problemas econômicos, socais e ambientais que poderia estar
acontecendo em decorrência de alguns fenômenos estudados pela Geografia.
A imagem a seguir exemplifica uma dessas intervenções realizada na sala de
vídeo da instituição de ensino.
677
678
REFERÊNCIAS
680
RESUMO: Proponho com este artigo uma reflexão sobre a (s) função (ões) da escola,
a partir dos textos das políticas educacionais, documentos oficiais e legislações que
direcionam a educação nacional, dialogando com os autores Esteban (2002/2012),
Luckesi (2011), Oliveira e Jorge (2015), Dias (2016), Ortigão e Vidal (2016), Lopes
(2018) e Macedo (2014). Com a pretensão de analisar as marcas das políticas 681
neoliberais que dão centralidade a um currículo padronizado que atende a uma
avaliação classificatória e que impõem uma interferência na formação de professores,
cuja finalidade está em direcionar a prática pedagógica aos objetivos e metas que
servem ao desenvolvimento do sistema capitalista. Destaco o risco de retrocesso da
autonomia docente que ocorre com mecanismos de accountability que insere na
escola e nos sistemas educacionais uma rotina de responsabilizarem os professores
pelo desempenho dos estudantes. Apresento críticas em relação à recente
promulgação da Base Nacional Comum Curricular, que tem a visão reducionista
quanto a finalidade da educação Nacional, estruturada por um projeto excludente que
é justificado pelos discursos políticos que tentam hegemonizar os sentidos das
palavras: qualidade e justiça social, cuja defesa está na homogeneidade curricular e
direcionada a intervenção na formação dos professores.
1- INTRODUÇÃO
Por última nessa análise parcial, cito a meta 7 que destaca a importância
do “aprendizado adequado na idade certa”, apontando a necessidade de
“fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades,
com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem” (BRASIL, 2014). Vemos
nessas metas e estratégias uma condução muito bem direcionada sobre o que
se espera da educação nacional para os estudantes.
Outra legislação que entendo ser importante citar neste texto, por
entender ser fundamental para que ocorram debates sobre os sentidos dados à
educação previsto como valorização docente no PNE é a chamada “Lei do
Piso” - Lei 11.738/2008, que pelo parágrafo 4º artigo 2º, instituiu tempo para a
2- DESENVOLVIMENTO
Penso ser pertinente escrever que durante décadas a escola avalia, com
3- CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Carlos Eduardo Maia da Silva | João Pedro Andrade da Silva | Jalmira Linhares
Damasceno
INTRODUÇÃO
697
Foto 05: Sala Movimento e Imaginação Foto 06: Sala Experimentações Narrativas
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Quanto à idade, verificamos nas tabelas acimas, que variam entre 29 (vinte
e nove) a 55 (cinquenta e cinco) anos de idade. Portanto, é importante precisar
que as idades dos sujeitos pesquisados apresentam-se em fase adulta e com
possíveis amadurecimentos pessoais para o trabalho com a docência, traduzindo
ainda maior experiência com a diversidade dos alunos, pois há um tempo de
atividade docente entre 7 e 33 anos.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
DA DIGNIDADE HUMANA
Com tal definição pode-se concluir que o administrador público não pode
agir ao seu bel prazer em seu ambiente laboral. Suas ações deverão estar
pautadas na lei e zelo dos interesses sociais e assim, seguiremos com a
definição de serviço público:
DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA
Para Helly Lopes Meireles os Princípios básicos da Administração
Pública estão consubstanciados em doze regras de observância permanente e
obrigatória para o bom administrador: legalidade, impessoalidade, moralidade,
finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade, proporcionalidade, ampla
defesa, contraditório, segurança pública, motivação e supremacia do interesse
público. (MEIRELLES, 2003, pp. 88,89). Especialmente, para este artigo é
DA IMPESSOALIDADE DO ADMINISTRADOR
DA EFICIÊNCIA
DO DANO MORAL
Para o referido autor, afirma que o tipo de assédio moral mais frequente
na relação laboral é o vertical descendente, em razão da própria organização
do trabalho, maior competitividade, objetivando maior lucro e menos custos.
CONCLUSÃO
A evolução dos fatos e dos valores sociais são constantes, por isto, o
Direito deve acompanhar tais transformações. É com essa visão dinâmica da
sociedade que o Direito se renova e vai adaptando-se a cada caso concreto e
precisará de mecanismos jurídicos para solucionar as demandas.
Por isso, este artigo nos direcionou para um problema que envolve as
escolas públicas de Pernambuco, servidores públicos, em particular
Por fim espera-se que este artigo contribua para uma discussão fecunda
sobre o assédio moral na relação de trabalho nas escolas públicas. Para isto é
729
imprescindível que a Secretaria de educação do Estado, Sindicato da
categoria, fiscalizem, chamando a responsabilidade seus servidores e para
isto, não permitir o desrespeito aos princípios Constitucionais da dignidade da
pessoa humana, da inviolabilidade da intimidade, da vida, da honra e da
imagem. É assegurar também o respeito aos princípios da Administração
Pública, da impessoalidade e da moralidade. Infringir tais princípios é negar a
atuação do Estado e mais a garantia de uma sociedade justa e igualitária.
REFERÊNCIAS
CALLEJO, José Maria Garcia. Protecció Juridica Contra ela “acoso” Moral
em el Trabajo e la Tutela de la Dignidad del Trabajador. Madrid: Federacion
de Servicios Públicos de UGT (2002, p. 511).
Ana Cláudia da Silva Rodrigues, UFPB | Anne Karoline Cantalice Sena, UFPB |
Adriege Matias Rodrigues, UFPB
RESUMO: O tema a ser tratado neste trabalho refere-se à implantação de uma Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) no Brasil. O objetivo consistiu em analisar quais
as compreensões dos acadêmicos em formação do Curso de Pedagogia acerca deste
documento. Para tanto, a abordagem da pesquisa escolhida foi a qualitativa, que se 731
enquadra no tipo Estudo de Caso (EC), na perspectiva de investigar a BNCC como um
acontecimento contemporâneo. Para uma melhor compreensão do fenômeno
investigado, subsidiaram nossa discussão teóricos como: Macedo, Akkari, Ball, entre
outros. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um roteiro de entrevista
semiestruturado. Os sujeitos investigados foram 15 alunos e alunas do curso de
Licenciatura em Pedagogia. A partir da conclusão da investigação destaca-se uma
ausência na compreensão dos acadêmicos em formação acerca da Base Nacional
Comum Curricular, por não apresentarem uma interação fundamentada em relação a
este documento, ou seja, não apresentam visões de recontextuzalização.
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
743
INTRODUÇÃO
84
De acordo com Mézaros (2002), o Estado é um sistema de comando político do capital
indispensável para formar e manter as estruturas reprodutivas e de funcionamento do sistema
capitalista. Tem papel “[...] constitutivo e permanentemente sustentador – deve ser entendido
como parte integrante da própria base material do capital” (MÉZAROS, 2002, p.124-125). O
Estado assegura a coesão ao operar como suporte político, jurídico e administrativo.
INTRODUÇÃO
Os sistemas educativos, de modo particular na América Latina, têm
padecido, nos últimos vinte anos, de uma série de políticas que
formalmente se ostentam como políticas de qualidade a partir das
quais se multiplicaram os programas e mecanismos de avaliação em
todos os níveis e campos do sistema de ensino. (BARRIGA, 2014,
p.147)
85
Professor. Proprietário e reitor do Centro Universitário Cesumar (atuante na área de
Educação à Distância- EAD, com ofertas de cursos para graduação e pós-graduação). Exerceu
02 (dois) mandatos no Senado Federal como 1º suplente do senador Álvaro Dias, durante os
meses de abril a julho do ano 2007 e agosto a dezembro de 2014.
86
Organismo internacional de caráter governamental para a cooperação entre os países Ibero-
americanos, nos campos da educação, ciência, tecnologia e cultura, no contexto do
desenvolvimento integral, da democracia e da integração regional. As nações da Península
Ibérica e da América Latina, cujas populações falam português e espanhol , fazem parte da
OEI , sendo composta por: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba,
República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiné Equatorial, Guatemala, Honduras, México,
Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico (protetorado dos Estados Unidos),
Espanha, Uruguai e Venezuela.
88
Competência ao meu ver, influenciada pelos 4 pilares da educação (“aprender a conhecer”;
“aprender a fazer”; “aprender a conviver” e “aprender a ser”) da UNESCO. Estas por sua vez,
estão presentes no Relatório Delors. Para mais detalhes, recomendo a visita ao link:
http://unesdoc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf Acesso: 04 out.2018
89
Convém sublinhar que em 2009, mesmo ano da consolidação do ENAMEB como Projeto de
Lei de Nº 6114/09, “a defesa de diretrizes curriculares nacionais e de bases comuns para o
currículo foi retomada e [...] o MEC lançou o Programa Currículo em Movimento, com ampla
participação de membros da comunidade acadêmica do campo do currículo. “ (MACEDO,
2014, p.1534) Para mais informações sobre este programa, recomendo o link:
http://portal.mec.gov.br/programa-curriculo-em-movimento-sp-1312968422 Acesso: 04 out.
2018
90
Esta sigla refere-se ao modo que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) era
denominada no período de elaboração do ENAMEB.
91
É considerada tanto para a verificação da qualidade de ensino dos sistemas educativos da
Educação Básica, quanto para a acreditação e certificação dos docentes atuantes e/ou
ingressantes no magistério e a avaliação dos currículos das instituições de ensino superior, por
advento dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) e em
breve também, pelo Exame Nacional de Avaliação do Magistério da Educação Básica
(ENAMEB).
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE
768
92
Para Bonnelli (1998, p.25) gatekeeping é o poder exercido por profissionais, por exemplo, o
poder dos professores de avaliar o desempenho de alunos, de aprova-los ou reprova-los, de
selecioná-los para participar de sua equipe de pesquisa, de fornecer cartas de recomendação
para bolsas etc.
93
Graduando do Curso de Química-Licenciatura no CAA, que vem desenvolvem o trabalho de
Conclusão de Curso discutindo sobre a contribuição das disciplinas de Estágio Supervisionado
para a construção da Identidade Docente.
METODOLOGIA
94
Projeto de Pesquisa Formação Inicial e Continuada dos Professores de Química e Ciência
de Caruaru-PE.
CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
Maria Aparecida Dantas Bezerra | Maria José Alves de Souza | Nair Alves dos
Santos Silva | Rozineide Iraci Pereira da Silva
RESUMO: Este artigo tem como objetivo identificar o reconhecimento de sua cultura
contemplando uma proposta curricular diferenciada na educação do campo nas salas
multisseriadas, possibilitando a adaptação do currículo a cultura do discente para
prática docente na educação básica. Diante da compreensão de que a educação do 780
campo das escolas multisseriadas devemos pontuar que toda prática pedagógica
findar-se na visão de uma proposta curricular, sendo possível afirmar que a identidade
da Educação do Campo deve ser construída a partir de uma cultura produzida por
relações da realidade e existência humana. Têm-se como fundamentos teóricos
autores que auxiliam na discussão da prática docente relacionadas ao currículo das
escolas do campo, como Miguel Arroiy e as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
da Educação Básica de 2010. Utilizo-se como metodologia a pesquisa de campo de
cunho qualitativo. Neste sentido, estudou-se a organização do currículo na prática
docente da educação básica nas escolas do campo multisseriadas, respondendo as
inquietações dos docentes sobre o que ensinar e aprender na proposta curricular da
modalidade da educação no/ do campo. Esse estudo tornou a realização da pesquisa
de campo possível aferindo, que há uma necessidade da construção de um currículo
que atenda a vinculação da realidade conforme a cultura dos discentes do campo.
Palavras-chave: Escolas do Campo. Prática. Docente. Currículo. Cultura.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
REFERÊNCIAIS
789
INTRODUÇÃO
95
Pedagoga, Dra em Educação, Coordenadora pedagógica na SEDEC/PMJP
Quantidade de
(%)
professoras
50% 6 9,0%
75% 5 7,5%
100% 1 1,5%
Total 66 100,0%
801
45,5%
54,5%
Não Sim
Quantidade
Categorias de (%)
professoras
CONSIDERAÇOES FINAIS
INTRODUÇÃO
CONCLUSÕES
96
Conceito desenvolvido por Leite (2003) para problematizar a construção de projetos
curriculares que deem sentido à instituição escolar.
INTRODUÇÃO
97
Esse trabalho apresenta alguns resultados da pesquisa aprovada no Edital 2018 do
Programa de Licenciatura (PROLICEN/UFPB) e desenvolvida sob a orientação do Prof. Dr.
Lenilton Francisco de Assis, do Departamento de Metodologia de Ensino e do Programa de
Pós-graduação em Geografia da UFPB.
Assim, cabe questionar: Será que o novo PPC apresenta uma base
curricular voltada a fortalecer a relação teoria-prática na formação de
professores de Geografia?
METODOLOGIA
A abordagem qualitativa adotada na pesquisa foi baseada em duas
técnicas a saber: 1) análise bibliográfica e documental; 2) realização de
entrevistas semiestruturadas com professores formadores. Segundo Lüdke e
André (1986, p. 34), a entrevista semiestruturada se desenrola a partir de um
esquema básico, porém não aplicado rigidamente, que permite ao entrevistador
Pensar no currículo é saber que ele não é neutro, porque ele regula o
processo de ensino aprendizagem, está envolvido por fatores internos e
externos que se entrelaçam na prática pedagógica e no conhecimento
educacional. Segundo Sacristán (2013, p.20):
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: 830
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.). Ensino de Geografia: práticas e
contextualização no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2006.
831
INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Esta autonomia relativa das escolas, esta relacionadas aos recursos que
asseguram os salários dos professores/as, as compras de materiais de apoio
as atividades dos/as professores/as, as condições de trabalho, a formação
continuada, distribuição da carga horária, aos recursos para manutenção da
estrutura física da escola. Estas questões mencionadas, sinalizam que os
fazeres dos/as professores/as mantém não só relação com a estrutura da
unidade escolar onde desenvolvem seu trabalho, mas com o sistema de ensino
que deveria estar “a serviço dos objetivos do ensino e especialmente da
qualidade cognitiva dos processos de ensino e aprendizagem” (LIBÂNEO,
2009, p. 335).
RESULTADOS INICIAIS
CONCLUSÕES
REFERENCIAS
856
ESTEBAN, Maria Teresa. Currículos e conhecimentos escolares. In:
FERRAÇO, C; CARVALHO, J. (orgs). Currículos, pesquisas, conhecimentos
e produção de subjetividades. Petrópolis, RJ: DP etaliii, Vitória, ES:
Nupec/UFES, 2012.
GADOTTI, Moacir. O projeto político-pedagógico na escola: na perspectiva
de uma educação para a cidadania. Brasília, 1994.
IMBERNON, F. Formação Docente e Profissional: formar-se para a mudança
e a incerteza. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas,
estrutura e organização. Cortez: 8ª edição, 2009.
MACEDO, L. S. As Políticas De Formação De Professores Para O Ensino
Fundamental: Legitimação E Resistência. Dissertação. Mestrado em
Educação. UFPE, Recife: 2011.
ORLANDI E. P. Análise do Discurso: Princípios e Procedimentos. 9ª. ed
Campinas, SP: Pontes Editores, 2010.
PAPI, S. O. G. Professores: Formação e Profissionalização. Araraquara, SP:
Junqueira & Marin, 2005.
PÊCHEUX, M. Discurso: estrutura ou acontecimento. Campinas, SP: Pontes
Editores, 1990.
ROLDÃO, M. C. N. Profissionalidade docente em análise – especificidades do
ensino superior e não superior. Nuances: estudos sobre educação – São
Paulo, ano XI, v. 12, n. 13, jan./dez. 2005. 105-126p.
SACRISTÁN, J. G. Consciência e acção sobre a prática como libertação
profissional dos professores. In: NÓVOA, A. Profissão Professor. 2. ed. Porto,
Portugal: Porto Editora, 1999.
SANTIAGO. Perfil do educador/educadora para a atualidade. In: SANTIAGO,
E. e BATISTA NETO, J. (Orgs.). Formação de professores e prática
pedagógica. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Ed. Massangana, 2006.
SANTIAGO, Maria Eliete. Escola Pública de 1º Grau: da compreensão à
intervenção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
SANTOS, E. M. A geoconservação como ferramenta para o desenvolvimento
sustentável em regiões semiáridas: estudo aplicado à mesorregião do Agreste
de PE, Nordeste do Brasil. Tese de Doutorado. Centro de Tecnologia e
Geociências. Programa de Pós Graduação em Geociências. UFPE, Recife,
2016.
INTRODUÇÃO
98
São os seguintes módulos: I) Introdução às bases teóricas e metodológicas do modelo da
Escola da Escolha; II) Modelo pedagógico e princípios básicos; III) Modelo pedagógico:
conceitos; IV) Modelo pedagógico e metodologias de êxito da parte diversificada do
currículo de ensino médio; V) Modelo pedagógico e metodologias de êxito: práticas
educativas; VI) Modelo pedagógico: ambiente escolar; e VII) Modelo pedagógico:
instrumento e rotinas.
99
Declarou ser professor há 18 anos e presidente da APLP há 1 ano.
REFERÊNCIAS
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo discutir o currículo de práxis no contexto
do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, no que tange a um projeto de
educação alicerçado nas matrizes pedagógicas de pensamento crítico/emancipatório.
Esta proposta inspirada na Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire defende que o
educando é sujeito construtor de conhecimento, na ação dialógica, como princípio
gerador do processo de ensino-aprendizagem significativo. Assim, a perspectiva de
currículo de práxis se sustenta numa ação pedagógica articulada entre os campos do
saber elaborado e das experiências concretas, de maneira a favorecer a construção
do conhecimento significativo. A proposta de discussão deste trabalho faz parte das
reflexões tecidas no curso de Doutorado em Educação: Currículo da PUC - SP, e
revela as possibilidades educativas que têm como princípios formar sujeitos
anunciadores do seu próprio mundo. A metodologia adotada é de caráter qualitativo
através de levantamento bibliográfico, documental e pesquisa de campo, através de
entrevista semi – estruturada, observação direta e diário de campo, coletados em
áreas de assentamentos rurais do Cariri paraibano organizadas pelo MST.
INTRODUÇÃO
REFERENCIAS
883
BOFF, Leonardo. Virtudes Para um outro mundo possível, vol. I:
hospitalidade: direito e dever de todos. Petrópolis Rio de janeiro, 2005.
CALADO, Álder Júlio Ferreira. Educação popular nos movimentos sociais:
potencializando a relação macro-micro no cotidiano como espaço de exercício
da cidadania. In: MELO NETO, José Francisco; SCOCUGLIA, Afonso Celso.
Educação popular outros caminhos. João Pessoa: Editora
Universitária/UFPB, 1999.
CALDART, Roseli Salete. Pedagogia do movimento sem terra. 3ed, São
Paulo: Expressão Popular, 2004.
FERNANDES, Bernardo Mançano. A formação do MST no Brasil. Petrópolis:
Vozes, 2000.
FERNANDES, Bernardo Mançano; STEDILE, João Pedro. Brava gente: A
trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo. Fundação Perseu
Abramo, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
-------------------- Pedagogia do oprimido. 39 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1989.
MORUS, Tomás. A Utopia. Porto Alegre: L e PM, 2010.
RESTREPO, Luis Alberto. A relação entre a sociedade civil e o Estado:
elementos para uma Fundamentação teórica do papel dos movimentos sociais
na América Latina. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 2(2): 61-100,
2.sem, 1990.
GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis na Educação. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul. 1999.
Gilberto Moreira100
RESUMO: Este estudo tem por objetivo analisar a forma de como as tensões e
processos de articulação/negociação entre os discursos de educação escolar e da
educação popular incidem sobre os processos de (re)constituição de identidades de
jovens da região metropolitana e do sertão pernambucanos. Utilizando o instrumental
analítico da Teoria do Discurso, evidenciamos a abrangência do discurso educacional 885
em diferentes possibilidades e a forma de como seu currículo atravessa a decisão dos
jovens em relação a seus investimentos sociais. O discurso educacional se constitui
em vários discursos que se articulam, se opõem e se recriam em uma dinâmica
ontológica sobre a formação da identidade juvenil. O currículo escolar formal ao
mesmo tempo diverge e se complementa pelas práticas e discursos de espaços não
escolares de ensino. Nesse ambiente de disputas hegemônicas, marcado por
constantes antagonismos e transformações, os sujeitos se fixam em posições
temporárias. Esse é um cenário em que rupturas se preenchem e se recriam a todo
instante. A decisão dos estudantes sobre suas trajetórias escolares e laborais está à
mercê dessa tensão, mas tem sua fragilidade e sua impossibilidade ocultadas pela
lógica neoliberal que prega uma suposta possibilidade de escolha de ser quem se é.
INTRODUÇÃO
A ideia de que é preciso ir à escola para “ser alguém na vida” chega aos
filhos da classe popular junto com as cantigas de roda. Mas, para “ser alguém
na vida” é preciso reconstruir-se e permitir-se disciplinar o corpo. A educação
se distribui naquilo que se permite e naquilo que se impede a determinadas
classes/grupos sociais e as possibilidades de rompimento com um discurso
voltado à formação laboral e ao apelo de uma ascensão social nem sempre é
colocada como alternativa. Por outro lado, a noção da Educação Popular, que
Streck (2012) descreve como um movimento de resistência cultural, social,
política e econômica, possibilitaria aos indivíduos buscarem a identificação com
valores relacionados à sua condição particular e à sua comunidade. Seria esse
100
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Programa de Pós-Graduação em Educação
– PPGEdu. gilbertomoreira@hotmail.com.br. O presente trabalho foi realizado com apoio do
CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brasil.
FUNDAMENTOS E MÉTODOS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
LACLAU, E. Discurso. Publicado en Goodin Robert & Philip Pettit (Ed.). The
Blackwell Companion to Contemporary Political Thought, The Australian
RESUMO: Mais do que uma transmissão de conteúdos, o currículo emerge como uma
prática cultural capaz de produzir novas subjetividades e identidades diversas, em
oposição às hegemonias que regem a atual sociedade. Esta pesquisa tem como
objetivo analisar as práticas pedagógicas e curriculares de dois cursinhos populares
organizados por anarquistas em São Paulo à luz dos Estudos Culturais: o Cursinho
Livre da Sul – Arriba Lxs Que Luchan! e o Cursinho Livre da Lapa. Percebemos nestas 899
vivências que uma cultura rebelde e autônoma é trabalhada, inspiradas no
Anarquismo, e que são capazes de produzir novas perspectivas emancipatórias e
libertárias visando o seu fortalecimento na arena política que é o currículo.
INTRODUÇÃO
O primeiro é o Cursinho Livre da Sul – Arriba Lxs Que Luchan!, fruto das
lutas secundaristas de 2015 quando os/as estudantes ocuparam escolas em
todo o estado de São Paulo como forma de impedir a reorganização da rede
estadual, que iniciou suas aulas no dia 14 de maio de 2016 e animado por
professores e militantes do Bloco de Lutas de São Paulo. O outro é o Cursinho
Livre da Lapa, cujo slogan é “Pré-universitário, autogerido e popular”, que
surge no início do ano de 2015 na tradicional Casa Mafalda, reduto de
Esta pesquisa justifica-se por abordar uma temática que lança o olhar
para novas práticas curriculares e pedagógicas, transformando o espaço
escolar em um local de potencialidades revolucionárias e libertadoras,
conduzindo a experiências de emancipação individual e coletiva. Aqui,
pretendemos traçar caminhos que inspirem outras pesquisas sobre educação
901
anarquista, caminho pouco abordado na Academia.
908
Tal princípio dialoga tanto com o fortalecimento do poder individual e
autoformação dos alunos como sujeitos políticos (GIROUX & MCLAREN, 1999)
quanto com o pensamento anarquista, marcado pela participação direta dos
sujeitos nos acontecimentos que atuam diretamente sobre eles. Nas diversas
experiências anarquistas ao longo da história, como nas já citadas neste artigo,
como naquelas que beberam destas águas, como o Movimento Zapatista,
Movimento Freinet e os curdos libertários na Síria, as práticas de democracia
direta através das Assembleias Populares são visivelmente postas em prática,
contrariando as hegemonias vigentes onde a verticalidade do poder é
demarcada, silenciando outras vozes, especialmente as dissonantes.
Imagem 1: Grade horária de disciplinas para os alunos e alunas do Cursinho Livre da Lapa
910
Como entre seus princípios estão o apoio mútuo, também uma das
motivações anarquista, o projeto desenvolve estratégias de resoluções de
conflitos, como um grupo de discussão sobre gênero, a caixinha de sugestões
para que as pessoas se manifestem de maneira anônima suas inquietações e a
Comissão de Mediação Pedagógica que trata diretamente com os envolvidas e
envolvidas para a resolução harmoniosa de problemas que surgem no decorrer
das vivências. Assim, um cultura contra-hegemônica é colocada em prática, em
uma arena de poder, de disputa contra os individualismos e competitividades
do sistema capitalista.
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
101
https://www.aned.org.br/pages. Acesso em 06 de setembro de 2018.
Outro destaque para a pesquisa de Andrade foi a renda familiar dos pais
praticantes de “homeschooling”. A maioria dos entrevistados, 35% possue
renda familiar entre seis a dez salários mínimos, somente 7%, quatro pais,
possuem renda familiar de até dois salários mínimos. Dessa maneira, observa-
se que essa maioria de pais praticantes do “homeschooling” possue um
elevado poder aquisitivo, o que lhes permite a prática dessa modalidade de
ensino a seus filhos.
Já para Barbosa (2016, p.162), o “homeschooling” no Brasil, não seria
uma opção de escolha, já que, uma parte da população não teria condições
financeiras para realizar tal modalidade de ensino:
Pode-se afirmar que, no caso brasileiro, uma resolução inicial
necessária ao processo de regulamentação do ensino em casa é
considerada em parte crítica e obstáculo à sua efetivação: o
reconhecimento de que a possibilidade de escolha e prática do
homeschooling não se revela para todos, sendo limitada à
determinada parcela da população que apresente condições para
realizá-la. [...] Ou seja, os pais com menos recursos não possuem
tanta “opção” de escolha, sendo mantidos fora desse sistema.
918
Dadas as argumentações acima, Barbosa (2016) questiona se a
regulamentação do “homeschooling”, não seria uma valorização dos bens
privados sobre os bens públicos, haja vista, que iria beneficiar o individual em
detrimento ao coletivo.
Costa (2015, p.109) deixa claro sua opinião sobre o “homeschooling” no
Brasil em sua afirmação:
A Escola tem o papel de garantir ao cidadão a socialidade,
sociabilidade, a formação ética e moral. Nessa seara afirma-se que
os pais que optam pela educação domiciliar retiram de seus filhos o
direito de escolher se querem ou não freqüentar a escola, direito esse
personalíssimo e irrenunciável. Além disso, pode-se afirmar que tal
prática deslegitima o Estado no que tange à prestação e a
fiscalização do serviço público de educação, uma vez que o
homeschooling no Brasil constitui prática pedagógica
comprovadamente contrária ao Estatuto da Criança e do Adolescente
e a doutrina da proteção integral.
Mesmo considerada ilegal, como visto acima, tem surgido uma nova
modalidade de educação domiciliar, é a chamada “Unschooling” que consiste
em não trazer a escola para dentro de casa, cria-se uma relação de
informalidade entre aprender/ensinar fugindo do paradigma escolar.
4 A LEGISLAÇÃO PÁTRIA
Como visto acima, o Código Civil não torna obrigatório a matrícula dos
filhos, ele deixa claro que a educação é de responsabilidade dos pais, mas não
obriga a matrícula em instituições. 920
O Código Penal Brasileiro (lei 7209/84) tem um artigo que também reza
sobre a educação dos filhos como responsabilidade dos pais. O art. 246 diz
que se os pais deixarem, “sem justa causa, de prover à instrução primária de
filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.”
Alexandre (2016, p.4) faz um comentário sobre o código acima citado:
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MILLER, Mary Susan. Feridas Invisíveis: abuso não-físico contra mulheres. São
Paulo: Summus, 1999.
PATEMAN, Carol. O contrato sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.
I PLANO MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES DE
CARUARU-PE, 2010.
Lyza Gennifer Moreira de Barros, UPE/Campus Mata Norte | Doriele Silva de 936
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
1. Sensibilização
2. Legislação
3. Dimensão da Gestão, Recursos Humanos
4. Dimensão Pedagógica da Gestão Escolar.
5. Avaliações Externas e processo de Ensino aprendizagem.
6. Gestão Democrática, Controle social e avaliação.
7. Planejamento: Projeto Político Pedagógico e Plano de Gestão
8. Gestão Escolar, Financeira e Administrativa.
4: Liderança e Estratégia
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
103
Todos os trechos referentes aos argumentos dos representantes da Escola Sem Partido
foram retirados do site: https://www.programaescolasempartido.org/ (acessado em 21/10/2018)
Logo, uma Escola sem ideologia, ou dita como neutra, mascara sua
própria ideologia. Este processo de dissimulação pode ser melhor
compreendido à luz das colocações de Pierre Bourdieu (1982).
Também considerado crítico-reprodutivista, o sociólogo analisa os
mecanismos de reprodução da ideologia dominante através da violência
simbólica ao impor como legítimas um conjunto de significações capazes de
dissimular as relações de força que estão em sua base. Este processo de
imposição é produzido por uma ação pedagógica (AP) mediante um arbitrário
cultural.
A cultura, desta maneira, é um elemento arbitrário, pois resulta da
seleção de significações próprias de um grupo ou classe que passa a impô-la.
A condição para o exercício de toda e qualquer ação pedagógica está no
ocultamento de sua verdadeira função: reproduzir a ideologia dominante. Desta
forma,
A ideia de uma ação pedagógica “culturalmente livre”, que
escaparia ao arbitrário tanto naquilo que ela impusesse como
na maneira de impô-la, supõe um desconhecimento da verdade
objetiva da ação pedagógica, em que se exprime a verdade
objetiva de uma violência cuja especificidade reside naquilo
que ela consegue fazer esquecer como tal (BOURDIEU, 1982,
p. 30)
Assim, enquanto espaço de ação e autoridade pedagógica, um dos
aspectos elementares da Escola é sua ação de dissimulação e naturalização
da ideologia dominante. Logo, a tese da ESP, a partir dos contrapontos
explorados por Althusser e Bourdieu, é incoerente. Visto que, é impossível
978
3 PRECARIZAÇÃO E NEOLIBERALISMO: A RESSIGNIFICAÇÃO DO
CURRÍCULO ESCOLAR
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
104
Ver: https://veja.abril.com.br/educacao/jogamos-o-nivel-la-
embaixo/https://veja.abril.com.br/educacao/jogamos-o-nivel-la-embaixo/. Acesso em:
18/10/2018..
105
Ver: http://movimentopelabase.org.br/.
Por limite do texto, não retomarei o debate para explicitar cada um dos
elementos, o que até seria pertinente. Mas aponto que, em seu conjunto, estes
trabalhos ressaltam os jogos de poder e de linguagem que são ocultados em
986
defesa de uma política globalizada. Levando tais elementos em questão, este
estudo pretende analisar uma rede política que vem sendo articulada em nome
de um projeto centralizador para o país. A partir de um think tought (espécie de
líder pensante) como Paulo Lemann e a sua fundação, pretendo mapear esta
rede, em concordância com um grupo de pesquisadores que buscam analisar
as políticas fora dos ditames estado-nação e de lei gerais que acabam
contraditoriamente obscurecendo a compreensão do neoliberalismo (COLLIER,
2011). Esta é uma tentativa de aproximação teórico-metodológica ao que foi
proposto por Ball (2014) como “etnografia de rede”. Em alguma medida
próxima dele, também inspirado em Foucault, esta análise se desloca para a
ideia da topologia, mais distante de algum volume de pesquisas que tem
trabalhado com a governamentalidade de maneira mais determinista. Ao
trabalhar com uma abordagem discursiva em um registro próximo de reflexões
do “último Foucault”, alguns elementos deste referencial também são
desconstruídos ao longo do estudo.
106
Ver: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/79/paula-louzano-fala-sobre-modelos-
curriculares-no-brasil-e-no-mundo.
107
Um grupo de apoiadores que inclui especialistas (profissionais da educação) que desde
2013 espera facilitar a adoção da BNCC, defendendo que se trata de um passo crucial para
promover a equidade no sistema educacional brasileiro. A instituição conta hoje com mais de
60 integrantes, apoiando e disseminando pesquisas e insumos técnicos que visam, segundo
eles, qualificar o debate. Para mais informações, ver: http://movimentopelabase.org.br/.
108
Ver: https://fundacaolemann.org.br.
109
Em linhas gerais, “topologia” é uma tentativa de se diferenciar de análises políticas
“euclidianas”. Nelas, o espaço, o contexto e a estrutura são fixados, gerando uma
sistematização. A meu ver, diferentemente, temos “o pensamento” como enfoque – o que
possibilita o entendimento de que a estrutura é desestruturada. Em função dos limites do texto,
bem como da necessidade de mais estudos para aprofundar a questão, incluindo a
potencialidade dos referenciais para emplacar a pesquisa na superação de dualidades e
determinismos, pretendo voltar à discussão em outro momento.
REFERÊNCIAS
110
Carlos Eduardo Ferraço é professor associado da Ufes. Desenvolve pesquisas em currículo.
Coordena o GRPEs/CNPq Currículos, cotidianos, culturas e redes de conhecimentos. Membro
da Diretoria da Associação de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e da
Associação Brasileira de Currículo (ABdC). Autor de artigos, livros e capítulos de livros
publicados em periódicos e editoras de circulação nacional. E-mail: ferraco@uol.com.br
111
Marco Antonio Oliva Gomes é professor adjunto da Ufes. Pesquisador do GRPEs/CNPq
Currículos, cotidianos, culturas e redes de conhecimentos, desenvolvendo investigações nos
campos do currículo, da formação de educadores e dos processos inclusivos. É autor de
artigos científicos e capítulos de livros publicados em periódicos e editoras de circulação
nacional. E-mail: paramarcoantonio@uol.com.br
[...] a arte, a ciência, a filosofia [...] traçam planos sobre o caos. Essas
três disciplinas não são como as religiões, que invocam dinastias de
deuses, ou a epifania de um deus único, para pintar sobre o guarda-
sol um firmamento, como as figuras de uma Urdoxa de onde derivam
nossas opiniões. A filosofia, a ciência e a arte querem que rasguemos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Desta forma, o estágio é quem nos dá uma primeira visão do que é essa
realidade do professor, embora não estejamos lá para copiar um modelo de
professor e nem para procurar uma receita pronta de como ministrar uma aula,
mas “O exercício de qualquer profissão é prático, no sentido de que se trata de
aprender a fazer ‘algo’ ou ‘ação’. A profissão de professor também é prática. E
o modo de aprender a profissão, conforme a perspectiva da imitação, será a
partir da observação, imitação, reprodução” (PIMENTA e LIMA, 2005, p. 07),
por isso, quando vamos a escola temos a possibilidade de ver como é, mesmo
que de uma forma bem inicial, o trabalho do professor, como é a realidade dos
alunos, pois muitas vezes nos prendemos muito aos estudos na universidade e
acabamos de certa forma nos distanciando da prática pedagógica.
Entendendo então a importância do estágio para a formação do
Pedagogo, o curso de Pedagogia da UFPB nos proporciona, através de uma
disciplina obrigatória, ter nosso primeiro contato, no caso de quem ainda não é
O projeto Escola Zé Peão, embora tenha sido criado nos anos 90, se
tornou programa no ano de 2012, quando então o governo federal assumiu seu
financiamento. No início do ano letivo o programa abre inscrição para que os
alunos dos cursos de licenciatura possam se inscrever para atuarem como
professores nos canteiros de obras. Após a inscrição existe uma formação com
todos os inscritos e a partir dessa formação é que são selecionados os alunos
que serão posteriormente professores nos canteiros.
Os coordenadores do projeto, juntamente com a coordenadora
pedagógica visitam no início do ano os canteiros de obras e fazem as parcerias
com os empresários para que as escolas possam funcionar nos próprios
prédios que se encontram em construção. Os vários alunos, dentre eles os do
curso de pedagogia são encaminhados para esses canteiros somente após
passar por toda essa formação e estarem bem preparados para atuar com
esse público.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 58 Ed. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra.
2014.
GONSALVES, Elisa Pereira. Conversando sobre iniciação a pesquisa científica. 3
ed. Campinas, SP: Editora Alínea, 2003.
LAFFIN, Maria Hermínia Lage Fernandes. A construção da docência na educação de
jovens e adultos. Revista Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 210-228, Jan/Abr
2012.
PIMENTA, S. G. e LIMA, M, S. Estagio diferentes concepções. In: estagio e
docência. 6º ed. São Paulo: Cortez, 2011.
PIMENTA, S. G. e LIMA, M. Porque o estágio para quem não exerce o magistério:
o aprender a profissão. In: PIMENTA, S. G. e LIMA, M. Estagio e docência. São
Paulo, Cortez, 2004.
SANTOS, Mirinalda Alves Rodrigues dos. BARBOSA, Vilma de Lurdes. FORMAÇÃO
DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CURSO DE
PEDAGOGIA E NO PROGRAMA ESCOLA ZÉ PEÃO: um estudo comparativo. Anais
do colóquio internacional de pesquisa em educação superior, 2013, p. 1-18.
SANTOS, Mirinalva Alves Rodrigues dos. O Ensino Religioso e o Programa Escola
de Zé Peão: interfaces e articulações no currículo, 2015. 155 f. Dissertação
(Mestrado em Ciências das Religiões)- Universidade Federal da Paraíba, João
Pessoa, 2015
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
1023
1. A CONCEPÇÃO DE PATRIMÔNIO EM GERAL
O autor acima citado revela que é possível até mesmo adotar o adjetivo
cultural como sendo o que responde a uma necessidade, ou seja, qualquer
necessidade de acordo com um sentido e um valor. Esta definição é muito útil
para compreender a expansão do universo de manifestações consideradas
patrimônio, uma vez que o patrimônio cultural imaterial abrange tanto
manifestações que necessariamente não seriam produzidas como tal em
abordagem mais restrita, quanto expressões artísticas mais habitualmente
reconhecidas como do universo da cultura.
Existe um ordenamento jurídico que faz o Brasil ficar ao lado de outros 1028
Ortiz (2013), diz que outra influência interna que esclarece e fornece
ênfase da cultura nas políticas de escolarização pode ser vista na educação
patrimonial. A reorganização do grande campo cultural, artes e educação
patrimonial formam o significado das memórias e do patrimônio cultural como
conteúdo desta política, levando em consideração o respeito e a promoção da
diversidade cultural e às inúmeras produções estéticas como diretrizes. Ao ser
valorizada as expressões culturais, parâmetros de ação pedagógica são
estabelecidos, os quais são orientados pela suspensão das monoculturas que
ainda são derivadas das mudanças sociais vivenciadas na passagem para o
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
112
O Indicador de Taxa de Distorção Idade-Série permite avaliar o percentual de alunos que
tem dois ou mais anos de idade acima do recomendado em determinada série (a idade
estabelecida para ingresso no ensino fundamental é de seis anos). Assim como os outros
Indicadores Educacionais do Censo Escolar 2017, esses dados estão disponíveis para
consulta no Portal do Inep, na seção Dados.
113
Dados retirados do site http://portal.inep.gov.br/web/guest/indicadores-educacionais. Acesso
em: 04/10/2018.
114
Taxa de Escolarização Líquida representa a razão entre o número de matrículas de alunos
com idade prevista, no caso do ensino médio de 15 a 17 anos, para estar cursando
determinada etapa de ensino e a população total na mesma faixa etária.
115
Lançado em 2013, o Observatório do PNE é uma plataforma de advocacy e monitoramento
pelo Plano Nacional de Educação (PNE) que tem como objetivo contribuir para que ele se
mantenha vivo e cumpra seu papel como agenda norteadora das políticas educacionais no
País. Dados disponíveis no site: http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/3-ensino-
medio/indicadores. Acesso em: 08/10/2018.
116
Exame Nacional do Ensino Médio.
117
Sistema nacional de avaliação da educação básica.
118
Índice de desenvolvimento da educação básica.
119
A sigla significa: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados apresentados
foram retirados do site: https://www.ibge.gov.br/.
Diante do exposto, ao longo deste artigo, foi possível verificar que quase
todos/as os/as adolescentes que residem em Instituições de Acolhimento
localizadas na cidade de João Pessoa/PB, entre 15 e 17 anos, matriculados na
rede pública de ensino (municipal e estadual), apresentam distorção idade/ano
e alguns não sabem ler e escrever. Devido a esse atraso escolar e aos déficits
na escolarização dos/as mesmos/as as coordenações das Instituições têm
1045
recorrido à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ao programa de correção do
fluxo escolar, Alumbrar, para sanar essa situação.
Mediante isso, buscou-se compreender como no atual Plano Nacional de
Educação (PNE), com vigência até 2024, estão propostas metas e estratégias
para o enfretamento desses dois problemas: a distorção idade/ano e o
analfabetismo entre os/as adolescentes de 15 a 17 anos. Analisar o que
propõem essas metas e estratégias foi importante, pois a partir delas foi
possível vislumbrar como serão direcionadas as políticas educacionais e
curriculares nos sistemas de ensino para resolver ou amenizar tais problemas,
visto que estes fazem parte de todo o sistema educacional brasileiro, conforme
os dados retirados do site do Observatório do PNE e do IBGE apresentados ao
longo do texto.
Dessa forma, verificou-se que, de forma direta, há quatro metas e várias
estratégias do PNE que tratam da distorção idade/ano e da alfabetização de
adolescentes na faixa etária especificada. Várias ações são previstas para o
alcance dessas metas, dentre elas, o acompanhamento individualizado;
estudos de recuperação; aulas de reforço no contraturno; acompanhamento
psicopedagógico; progressão parcial; busca ativa dos que estão fora da escola;
melhorias, flexibilidades e adaptações no currículo escolar e nas práticas
pedagógicas, inclusive com utilização de tecnologias educacionais e integração
da teoria e da prática; políticas de prevenção à evasão e combate à
discriminação e violência motivada por preconceitos; melhor distribuição
territorial das escolas e oferta de turmas diurnas e noturnas; e a integração da
escolarização com a qualificação profissional.
INTRODUÇÃO
A formação do conhecimento geográfico é resultado de diversos
processos e metodologias desenvolvidas e utilizadas ao longo dos anos.
Dentre elas, destacam-se as atividades de campo, realizadas em diferentes
espaços, onde o professor tem o papel de auxiliar o aluno através da
investigação do espaço para que ele possa ser uma parte essencial do
processo de percepção do espaço, compreensão da dinâmica espacial e
análise dos fenômenos propostos no estudo.
“A Geografia como ciência da sociedade e instrumento de análise
espacial precisa estar presente nas práticas de ensino de forma efetiva,
modificando o foco no qual os conhecimentos geográficos são evidenciados
transformando o status quo da memorização” (DE LA FUENTE, 2012, p, 23).
Assim, o trabalho de campo deve ser essencial na prática do professor de
Geografia, pois, além de auxiliar na compreensão da dinâmica espacial,
possibilita a apreensão do conhecimento de temáticas que são essenciais a
MATERIAL E MÉTODOS
DESENVOLVIMENTO
1052
Brasília foi planejada para ser a nova capital do país, com um projeto
ambicioso e construído, entre 1956 e 1960, durante o governo do presidente
Juscelino Kubitschek. Para Oliveira (2008, p. 6), a construção de Brasília no
interior do Brasil foi resultado de um dos discursos mais bem articulados do
Estado moderno. Conforme o autor, “a ideia de Brasília transcendeu a questão
da estratégia de segurança do núcleo do poder e se transformou na forma de
materialização de uma questão de nacionalidade e desenvolvimento nacional”.
Lauande (2007) assevera que uma cidade é resultado de um processo
econômico e social e nasce de uma vontade política, não sendo resultado de
um fato casual.
O projeto de integração do país por intermédio de rodovias apressou
a construção de uma nova capital e, como bem se sabe, a
mentalidade desenvolvimentista era a principal característica do
período JK cujo carro-chefe era a indústria automobilística. Para
Lúcio Costa a industrialização significava a própria redenção da
sociedade, levando-a criar, de forma intencional, uma cidade que viria
a privilegiar o deslocamento por automóveis. Os dois trechos
utilizados abaixo comprovam o envolvimento de Lúcio Costa com o
pensamento da época (LAUANDE, 2007, p. 1).
Figura 05: Alunos visitando a Super Quadra Figura 006: Alunos visitando a Super Quadra
306 305
1056
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1060
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INTRODUÇÃO
120
Bolsista de Iniciação Científica da Universidade Federal da Paraíba/CNPq (PIBIC-2018-
2019). Licencianda do Curso de Pedagogia – Educação do Campo/Centro de Educação.
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Educação de Jovens e Adultos e Diversidade –
GEPEJAD . E-mail: taizzemelchiades@gmail.com
121
Doutor em Educação. Professor lotado no Departamento de Fundamentação da
Educação/Centro de Educação e permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação,
ambos na Universidade Federal da Paraíba. Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas
Educação de Jovens e Adultos e Diversidade – GEPEJAD/CNPq. Coordenador do Projeto
Escola Zé Peão/Centro de Educação/UFPB. E-mail: eduardojls@ce.ufpb.br
Doença 4
É fora do padrão natural da vida (R, 37
Normal 50
TOTAL 85
Fonte: Sistematização dos pesquisadores a partir dos dados obtidos da aplicação dos
questionários, 2017.
Agride fisicamente 2
Nunca vi aqui na escola (J, 22 anos, Ciclo IV,
Não agride 36 EMEF UTB)
Agride Verbalmente 24
1078
Não Sabe 22 Eles falam: olha, lá vai a bichinha ou a
Responder sapatão (L, 17 anos, Ciclo IV, EMEF JMF)
Outros 1
TOTAL 85
Fonte: Sistematização dos pesquisadores a partir dos dados obtidos da aplicação dos
questionários, 2017.
POSSÍVEIS CONCLUSÕES
RIBEIRO, M. Conversando com seu filho sobre sexo. São Paulo: Academia
de Inteligência, 2009.
INTRODUÇÃO
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Entender a educação do campo é revestir-se dos fios que tecem a sua
dinâmica, de modo que essa roupagem ofereça para os sujeitos um espaço
Dessa forma, a partir do PME não foi possível obter muitas informações
sobre a Educação do Campo. Porém o nosso objetivo, neste capítulo, é
apresentar os marcos legais da EC. A seguir, apresentaremos os movimentos
sociais e as iniciativas que privilegiaram essa modalidade como pauta de luta,
resistência e contestação.
A ESCOLA NO E DO CAMPO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CALDART, Roseli Salete. Por uma educação do campo: traços de uma identidade
em construção. In: ARROYO, Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA,
Mônica Castagna (Org.). Por uma educação do campo. Petrópolis: Vozes, 2004. p.
147-158.
_______ Roseli Salete. Por uma Educação do Campo: Traços de uma discussão em
construção. In: KOLLING, Edgar Jorge; CERIOLO, Paulo Ricardo; CALDART, Roseli
Salete. Educação do Campo: Identidade e Políticas Públicas. Brasília: 2002. p. 25-
36.
______. Sobre Educação do Campo. In: SANTOS, Clarice Aparecida. Campo,
Políticas Públicas, Educação. Brasília: 2008, p. 67-86
INTRODUÇÃO
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Mestre em Ciências da Religião (UNICAP). E-mail: mailsoncabral@yahoo.com.br
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Na Constituição de 1934, o ensino religioso torna-se de caráter facultativo, mas de oferta
obrigatória por parte da escola, permanecendo, no entanto, o seu caráter confessional.
REFERÊNCIAS
RESUMO: Este artigo traz uma abordagem reflexiva diante do cenário atual, cujos
princípios conservadores, estão desenvolvendo e deliberando políticas de currículo no
campo da educação, principalmente para o componente curricular, Ensino Religioso. É
nesse sentido, que esse artigo tem como objetivo refletir e perceber o Ensino Religioso
como componente curricular que possa contribuir para o combate a intolerância 1108
religiosa nas escolas, através das bases científicas na área da(s) Ciência(s) da(s)
Religião(ões). Metodologicamente esse estudo é bibliográfico e documental com
delineamento explicativo de concepções que a refletir acerca dessas questões.
Acreditamos, portanto, que é responsabilidade do Ensino Religioso superar cada vez
mais as lacunas enfrentadas nas escolas em uma perspectiva não confessional e não
prosélita em que suas práticas metodológicas e pedagógicas possam incluir temas
emergentes que precisam ser debatidas de acordo com as mudanças e diversidades
religiosas que encontramos no contexto escolar.
INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS
Gilbraz Aragão126
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Professor e pesquisador no campo dos estudos de religião na UNICAP, coordenador do
Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife: www.unicap.br/observatorio2
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O pensamento complexo, ou epistemologia da complexidade, é um ramo da filosofia da
ciência que vê o mundo como um todo indissociável e propõe uma abordagem multidisciplinar
e multirreferenciada para a construção do conhecimento, contrapondo-se à causalidade linear
por abordar os fenômenos como totalidade orgânica (Cf. MORIN, 1990).
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Desde a metade do século XX surgiram conceitos estabelecendo pontes entre as disciplinas
científicas. A pluridisciplinaridade diz respeito ao estudo de um objeto de uma mesma e única
disciplina por várias disciplinas ao mesmo tempo. A interdisciplinaridade diz respeito à
transferência de métodos de uma disciplina para outra. A transdisciplinaridade diz respeito
àquilo que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das disciplinas e além de
qualquer disciplina. Seu objetivo é a compreensão do mundo presente, para o qual um dos
imperativos é a unidade do conhecimento (Cf. SOMMERMAN, 2006).
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Espiritualidade trans-religiosa não se refere a uma religião genérica e superficial, que
pudesse pairar no ar dos valores, sem inserção comunitária e sem assumir nenhuma
vestimenta cultural. Trata-se de ter um rosto próprio e corpo cultural concreto, mas
desenvolvendo místicas que vão além da própria referência teológica de crenças e ritos, rumo
a uma dimensão maior e aberta, de experiência espiritual comum entre e além das religiões,
incluindo as vivências pós-religiosas (Cf. BARROS, 2015).
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Um exemplo de como o diálogo entre a história da filosofia e a ciência cognitiva podem levar
a bons resultados na reflexão sobre o conhecimento é Marcelo Dascal: estudando as disputas
teóricas na entrada dos tempos modernos, ele esboçou uma cultura epistemológica das
controvérsias, que interessa muito às Ciências da Religião (Cf. PONDÉ, 2001).
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http://emec.mec.gov.br/
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http://www.capes.gov.br/
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O debate epistemológico sobre os estudos de religião no Brasil é marcado por uma tendência mais de
campo interdisciplinar, que aqui desenvolvemos, ou mais de estrutura disciplinar (PASSOS, USARSKI,
2013). Acreditamos que as tensões entre uma influência mais histórico-fenomenológica nas “Ciências da
Religião” e outra mais antropológico-hermenêutica na “Ciência das Religiões”, devam ser administradas
criativamente.
REFERÊNCIAS