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Para este exemplo específico que aqui se propõe, professor e aluno são (re)criadores, os
últimos igualmente actores e, simultaneamente, encenadores, transformando um texto
narrativo em dramático, inserindo-o no contexto das crises e da revolução do século
XIV em Portugal. Em simultâneo trabalhar-se-ão conceitos de “independência
nacional”, “identidade”, “revolução”.
A turma teria de dividir-se numa primeira fase em grupos de trabalho: o dos actores, os
encenadores, os responsáveis pelo guarda-roupa, os cenógrafos. Previamente o texto
original deveria ser trabalhado, reformulado, reescrito na tentativa de o simplificar ou
adaptar.
2
D. João I
In http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_I_de_Portugal (acedido em 25.08.2008)
Encenação:
Cenários:
Guarda-roupa:
Narradores:
Pajem:
Álvaro Pais:
Povo:
Mestre:
As donas da cidade:
Conde:
3
1384
1385
Cortes de Lisboa.
Início do reinado de D. João I.
Batalha de Aljubarrota.
Batalha de Trancoso.
Batalha de Valverde.
Uns: deixai-a, cá ainda há mal de acabar por estas cousas que faz!
Narrador (4): e, sem dúvida, se eles entrassem dentro não se escusara a rainha de
morte, e fora maravilha quantos eram da sua parte e do conde, poderem
escapar.
Narrador (5): o Mestre estava à janela, e todos olhavam contra ele dizendo:
Povo:
Uns: oh, senhor! Como vos quiseram matar por traição!
Outros: bento seja Deus que vos guardou desse traidor!
Uns: vinde-vos, daí ao demo esses paços, não sejais lá mais!
Narrador (1): e em dizendo isto, muitos choravam com prazer de o ver vivo. Vendo ele
então que nenhuma dúvida tinha em sua segurança, desceu afundo e
cavalgou com os seus, acompanhado de todos os outros, que era
maravilha de ver. Os quais (…) bradavam dizendo:
Povo:
Uns: que nos mandais fazer, senhor?
Outros: que quereis que façamos?
Narrador (2): e ele lhe respondia, (…), que lho agradecia muito, mas que por estonce
não havia deles mais mester. E assim encaminhou para os paços do
Almirante, onde pousava o conde D. João Afonso, irmão da rainha, com
quem havia de comer.
Narrador (3): as donas da cidade, pela rua por onde ele ia, saíam todas às janelas com
prazer, dizendo a altas vozes:
As donas da cidade:
Umas: mantenha-vos Deus, senhor!
Outras: bento seja Deus que vos guardou de tamanha traição, qual vos tinham
bastecida!
Narrador (4): e indo assim até à entrada do Rossio, e o conde vinha com todos os seus,
e outros bons da cidade que o aguardavam (…), e outros fidalgos; e
quando viu o Mestre ir daquela guisa, foi-o abraçar com prazer e disse:
Conde: mantenha-vos Deus, senhor! Sei que nos tiraste de grande cuidado, mas vós
merecíeis esta honra melhor do que nós. Andai, vamos logo a comer.
Narrador (5): e assim foram para os Paços hu pousava o conde e (…) se assentaram à
mesa.
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Bibliografia específica
AMORIM, Tito Agra (1995). Encontros de teatro na escola – história de um movimento. Porto: Porto
Editora.
LEENHARDT, Pierre (1997, 4ª ed.). A criança e a expressão dramática. Lisboa: Editorial Estampa.
LOPES, Maria Virgílio Cambraia (1999). Texto e criação teatral na escola. Lisboa: Edições ASA.
SEIXO, Maria Alzira (direcção e coordenação); AMADO, Teresa (apresentação crítica, selecção, notas e
sugestões para análise literária) (1980). Fernão Lopes, Crónica de D. João I (Textos escolhidos).
Lisboa: Seara Nova/Editorial Comunicação.
SOUSA, Alberto B. (1980). A expressão dramática: imitação, mímica, expressão oral, improvisação e
dramatização. Aveiro: Básica Editora.