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Rosangela Adell
2. SINCRETISMO RELIGIOSO
Para se viver no Brasil, nesta época, o índio e o negro mesmo como escravo, e
principalmente depois, sendo livre, era indispensável antes de mais nada, ser católico.
Por isso eles que cultuavam seus deuses e tinham suas bases religiosas bem
estruturadas, no Brasil se diziam católicos e se comportavam como tais, além de
praticarem os rituais de seus ancestrais, freqüentavam os ritos católicos.
Como forma de tornar a religião católica mais fácil de ser assimilada pelos
indígenas, os jesuítas associou ao seu deus e santos os nomes de algumas divindades
tupis. Entretanto, na maioria dos casos, os jesuítas associaram os deuses indígenas aos
demônios da doutrina católica. Isso tudo acabou gerando a primeira religião sincrética
surgida no Brasil da junção da Religiosidade Tupi e do Catolicismo, que ficou conhecida
como SANTIDADE, nome criado por Manoel da Nóbrega, em 1549, quando viu um pajé
em transe pregando a outros indígenas.
Embora o termo pajelança acabe sendo usado também para designar todo e
qualquer ritual ameríndio, ele aqui designa a religião sincrética de caráter mágico-curativa
que ainda existe nos dias de hoje na região amazônica, sobretudo nos estados do Pará e
do Amazonas. A exemplo da Santidade, nos rituais da Pajelança são encontrados o uso
de trajes nativos (pena, arco, flecha, colares, máscaras), cantos e danças, a fumaça
derivada da queima do tabaco e o consumo de bebidas fermentadas, que permitem ao
pajé entrar em transe místico e ter visões e incorporar espíritos. Em algumas Pajelanças
pode-se encontrar também a devoção aos santos católicos.