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Imaginem um mundo sem religião... Não um mundo sem Deus ou sem fé, Não sem
espiritualidade, Apenas sem dogmas, rituais, tradições, livros sagrados..
Um mundo onde para encontrar o divino, não precisaríamos seguir ninguém, sem
intermediários, sem templos, igrejas e adorações. Você livre para fazer suas escolhas, exercer
o livre arbítrio e ser simplesmente o amor.
Um mundo sem religião não é um mundo de ateus, descrentes e céticos. É um mundo
onde a religiosidade está acima das religiões. Onde aqueles que associam religiões
organizadas com qualidades negativas, mas ainda mantêm crenças espirituais, poderiam ser
descritos como irreligiosos.
Talvez, um mundo sem religião esteja mais conectado a visão deísta. Deístas não acreditam
que as religiões possam estar certas quanto a se dizerem conhecedoras da "palavra de Deus",
ou da maneira como Deus quer que nós ajamos moralmente.
O deísta acredita que o próprio universo, tão complexo como é, é a prova de que existe um
Deus criador das coisas. Existe um Deus, porém ele não intervém. Deístas não acreditam num
Deus que castigue ou premie as pessoas pelos seus atos, acreditando que cada um é
responsável pelas atitudes que toma e suas consequências. Para os deístas também não
existem anjos ou demônios, pecado ou castigo.
Imagine um mundo sem suicidas com bombas, sem o onze de setembro, cruzadas, caça
às bruxas, conspiração da pólvora, disputa pela Caxemira, partição Indo/Paquistanesa, guerras
entre Israel/Palestina, os massacres dos Sérvios /Croatas/ Muçulmanos, "problemas" no norte
da Irlanda.
Imagine que o Taliban que não tivesse explodido as estátuas antigas, mutilado mulheres
por mostrarem um pedaço da pele, ou decapitações públicas de blasfêmios e apóstatas.
Imagine que não existissem perseguições aos Judeus - não haveriam Judeus para
serem perseguidos, porque num mundo sem religião eles teriam, há muito tempo, se misturado
com outras populações.
Imaginem que para conversar com Deus, bastaria apenas fechar os olhos e deixar que todas
as dádivas da criação, venham ao nosso encontro.
Verdade é que a religião tem vocação natural para a proibição, para construir e preservar os
tabus, dentro dela não existe lugar para a liberdade e para o vôo. Toda vez que o “pássaro” se
nega a cantar dentro da gaiola e começa a cantar de forma diferente, que o prisioneiro resolve
quebrar as correntes, é logo acusado de rebeldia e rotulado de herege, afinal pássaro bom é
pássaro adestrado.
As religiões acreditam ter o monopólio da experiência religiosa, de forma que a única forma de
liberdade possível é dentro das gaiolas da religião. Nas palavras de Rubem Alves: “Deus dá
nostalgia pelo vôo. As religiões constroem gaiolas. Quando o vôo se transforma em gaiolas,
isso é idolatria”.
Algumas religiões até mesmo nos fazem acreditar que a dança, a música e a celebração da
vida são nocivas. Chegam a dizer que nascemos com pecado - que somos pecadores desde o
nascimento - para nos convencer de nossa própria perversidade. São séculos e mais séculos
de lavagem cerebral, reafirmando que temos que seguir certos preceitos para sermos "salvos".
Dessa forma, as religiões se perpetuam e o poder é concentrado nas mãos de poucos, em vez
de nas mãos de muitos, ou melhor dizendo, a liberdade na mão de todos. As religiões
gostariam de nos fazer acreditar que matar para revelar, difundir e impor a sua verdade
particular é perfeitamente justificável. De fato, as religiões exigem que aceitemos a sua palavra
a esse respeito para existir como instituições de poder.
As Religiões foram feitas sob uma perspectiva de tentar entender o lado sobrenatural/divino do
mundo.
Guerrear em nome do Todo-Poderoso é algo que surgiu na Antiguidade junto com a crença em
um deus único. Na Idade Média, quando o monoteísmo ficou definitivamente na moda, homens
de diferentes fés mataram uns aos outros imaginando que estavam ganhando o caminho do
céu, ao livrar o mundo terreno de infiéis ou hereges.
A "guerra santa" é o recurso extremista que as grandes religiões monoteístas têm usado ao
longo da História para proteger o que consideram ameaça aos seus dogmas ou aos seus
lugares sagrados.
Mas ela tem sido também um recurso para estratégias geopolíticas e de expansionismo das
civilizações. Na origem das principais "guerras santas" já travadas na História estão o
Cristianismo e o Islamismo, as duas maiores religiões monoteístas do planeta.
Para começar, por causa de grande parte delas, já ocorreram diversos conflitos: na
Idade Média, ocorreram as Cruzadas – para reafirmar a fé católica – bem como as Inquisições
e perseguições feitas pela Igreja católica, já que, naquela época, o que ela não sabia explicar,
ela classificava como heresia, e, por isso, grandes cientistas que poderiam ter feito grandes
avanços foram perseguidos e mortos antes de concluir seus estudos.
Há também as guerras motivadas pela fé islâmica, que serviu como motivo de união
para o povo árabe – não somente para ele, mas também para todos os outros povos com
religiões – mas é graças a ele, também, que o norte da África, assim como o Oriente Médio,
possui a configuração atual; além de muitas outras. Ainda hoje, há aquelas religiões que
motivam conflitos, mas que também unem etnias sob um ideal comum.
Grupos terroristas como a Al-Qaeda têm usado o conceito de jihad no sentido de "guerra
santa" para atacar alvos que eles consideram como inimigos do Islã. Trata-se na verdade de
uma distorção da interpretação do conceito original de jihad, já que a tradição muçulmana
estabeleceu algumas regras para a "guerra santa", entre elas tratar bem os prisioneiros e a
proibição de matar mulheres e crianças. Regras que o terrorismo não respeita.
Para muitos a religião é fundamental, vai além da fé que se tem por um Deus. Mas como disse
John Lennon em uma de suas músicas, será que se o mundo não tivesse religiões viveríamos
em um lugar melhor?
Grandes conflitos foram criados devido as religiões. Por causa delas, temos ataques suicidas,
terroristas, guerras no Oriente Médio e muito mais. Não podemos negar que muitas pessoas
fazem atrocidades usando o nome de Deus, como as Cruzadas, que deixou rastros de sangue
por quase dois séculos. Temos milhares de exemplos que a religião não apenas salva, mas
também mata.
A religião em si não passa de um instrumento, que pode ser usado de acordo com a habilidade
de quem o domina. E em sendo um instrumento, então não pode ser "a causa" do bem ou do
mal, porque não há intenção em um instrumento.
Por mais que cada religião tenha sua norma, é possível que cada pessoa faça uma
interpretação diferente a seu respeito. Logo, pode ser usada para apoiar movimentos de paz e
de guerra.
Outro ponto polêmico das religiões é a barreira que cria aos avanços tecnológicos. Muitas
pessoas acreditam que a medicina e a ciência estariam bem mais avançadas sem suas
influencias.
A religião, em sua definição de (re)ligar pessoas a(os) Deus(es) e/ou orientá-las a caminhos de
retidão ético-moral, nunca foi intrinsecamente significado de obscurantismo, dominação
rebanhista por parte de sacerdotes, sectarismo e dogmatismo.
Há religiões pacifistas e tolerantes por excelência, o que inclui diversas religiões orientais
(como o budismo), (neo)pagãs, indígenas e sincréticas.
Além disso, um mundo sem religiões não implicaria um mundo sem preconceitos. Continuaria
existindo etnocentrismo, especismo, machismo, gerontofobia, homofobia, racismo,
preconceitos regionais, xenofobia etc.
O fim das religiões não implicaria o fim das tradições socioculturais escoriosas que durante
séculos ou milênios tornaram as sociedades humanas tão apegadas a preconceitos.
E também não se acabariam os interesses econômicos escusos por partes de pessoas muito
ricas, empresas e Estados, interesses esses que costumam legitimar guerras e sistemas
opressivos (como o próprio capitalismo em si).
Além disso, um mundo sem religiões nos conduziria pelo caminho para vencer a
INTOLERÂNCIA religiosa. Certamente a religião não é a única responsável pelas
manifestações de intolerância na sociedade.
Não se pode negar, porém que ela ainda representa o principal foco, as pessoas são inflexíveis
e impiedosas na defesa das suas convicções religiosas, talvez motivado por uma intenção
sincera, mas a história é testemunha de que em nome de Deus e em defesa das religiões,
muito sangue foi derramado, muita lágrima vertida e a dor semeada em abundância.
Um mundo destituído das religiões enfim nos proporcionaria o fim dos movimentos
FUNDAMENTALISTAS religiosos, a exemplo do Taliban, dos Xiitas, Ku Klux Klan, que serviu
para garantir o domínio dos protestantes brancos sobre negros, católicos, judeus e asiáticos
dos Estados Unidos.
Um mundo sem religiões, porém, com fraternidade, sem instituições religiosas, porém sensível
aos reais problemas que afligem a humanidade, que proporcionasse aos homens uma
convivência pacífica e respeitosa, talvez seja um sonho, uma utopia. Mas...Quem não trocaria
todas as religiões do planeta por um mundo assim?