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INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EDUARDO C. MONDLANE

Psicologia do Desenvolvimento

Importância da Psicologia do Desenvolvimento para o professor

A Psicologia do Desenvolvimento ajuda ao professor a ajustar o processo de ensino-


aprendizagem à idade do aluno. Ex: a escolha dos meios de ensino, as técnicas de motivação, a
selecção e abordagem dos conteúdos devem ter em conta a faixa etária do educando.

Conceito

A Psicologia do Desenvolvimento é uma área da Psicologia que estuda o desenvolvimento


humano.

O desenvolvimento humano (desenvolvimento da personalidade) é o conjunto das


transformações psicológicas (cognitivas/intelectuais, emotivas/afectivas e psicomotoras/motoras)
e fisiológicas (biológicas/físicas) que ocorrem no ser humano desde a fecundação até a velhice.

O desenvolvimento humano é influenciado pelos seguintes factores:

-Meio ambiente (físico e social);


-hereditariedade (factores biológicos); e
-actividade

Meio ambiente

-Físico

A localização geográfica, clima, relevo, etc, condicionam em parte o tipo de actividade que o
homem desenvolve. O tipo de actividade que a pessoa realiza por sua vez condiciona o
desenvolvimento da sua personalidade.

-Social

Dentro do meio social podemos destacar os seguintes factores:


-família;
-escola;
-meios de comunicação social; e
-sociedade.
Família

Formador: Artur A. Chanjale


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É na família onde ocorre o processo inicial de desenvolvimento humano (desenvolvimento da


personalidade). A criança aprende os horários das refeições, os gostos, os hábitos de higiene, a
fala, as normas de comportamento, etc.

O processo de desenvolvimento obriga a criança a ajustar o seu comportamento às práticas


culturais da comunidade a que pertence.

Na família, a mãe é o principal factor do desenvolvimento da personalidade da criança.

Escola
O professor e os companheiros da mesma idade (grupo de coetâneos) irão desempenhar um papel
importante no desenvolvimento da personalidade da criança.

Será no grupo de coetâneos que a criança desenvolverá relações de solidariedade, cooperação e


adquirirá os sentimentos de auto-estima, independência e identidade social.
Os conflitos que ocorrem durante as brincadeiras ou trabalhos darão à criança a consciência da
existência dos outros, com interesses e desejos próprios por vezes diferentes.

A escola é a instituição que transmite os conhecimentos científicos e técnicos que irão permitir
ao indivíduo exercer um papel produtivo.

Contudo, a escola tem uma outra função essencial: veicular os valores e as normas básicas da
sociedade.

Será todo este conjunto de aquisições que irá facilitar o desenvolvimento da personalidade da
criança.

Nas sociedades industrializadas, a escolarização tem-se prolongado, assumindo a escola por isso
cada vez mais importância no processo do desenvolvimento humano.

Sociedade

O processo do desenvolvimento humano não termina na infância. É um processo que ocorre ao


longo de toda vida. Sempre que seja necessária a adaptação a uma nova situação e a
interiorização de novos papeis: quando inicia ou muda de profissão, quando se casa ou divorcia,
quando tem um filho, quando ingressa num grupo cultural, político, desportivo, etc. Em todas
estas situações a pessoa tem que adoptar novos papéis, novos modos de agir, interiorizar normas
e modelos de comportamento, enfim desenvolver-se.

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Meios de comunicação social

Televisão, revista, cinema, rádio e jornais, tornaram-se na sociedade contemporânea importantes


impulsionadores do desenvolvimento humano.

A televisão assume um papel particularmente importante: os filmes, as telenovelas, a


publicidade, veiculam modelos de comportamento que depois são reproduzidos (imitados).

Hereditariedade

O padrão genético estabelecido no momento da concepção influencia as características da


personalidade que a pessoa desenvolverá. De forma muito óbvia, o dano encefálico herdado ou
os defeitos de nascença podem ter influência pronunciada sobre o comportamento da pessoa.
Além disso, os factores somáticos (orgânicos) como altura, peso, etc, o funcionamento dos
órgãos dos sentidos e outros podem afectar o desenvolvimento da personalidade.

Actividade

Actividade é a nossa reacção em relação aos estímulos do meio ambiente. Portanto nesta
abordagem o conceito de actividade refere-se ao trabalho, relacionamento com outras pessoas,
jogos, brincadeiras, etc.

A maneira como reagimos aos estímulos do meio ambiente condiciona em grande medida o
desenvolvimento da nossa personalidade.

Por exemplo, a acção exercida sobre os objectos, pela criança durante as brincadeiras,
desenvolve o intelecto e a motricidade propiciando o desenvolvimento da sua personalidade.

Fases do desenvolvimento humano

Zigoto (ovo), embrião, feto, bebé, infância, adolescência, juventude, adultez e velhice.

Fases do desenvolvimento humano

Infância (0-2 anos)

Desenvolvimento físico (biolósico/biossocial)

Quando um bebé nasce, pesa mais ou menos 3,4 kg e tem cerca de 50 cm de comprimento.

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Durante esta fase, a criança adquire capacidades motoras como sentar-se, correr, subir e descer
escadas, etc.. Também crescem dentes, e a criança começa a mostrar a sua preferência de utilizar
a mão direita ou esquerda, nas suas actividades, etc..

Desenvolvimento social

A socialização (educação) é um processo de dois sentidos no qual a mãe e a criança se


influenciam mutuamente. Quando se iniciam as relações sociais de uma criança com a sua mãe,
também se alargam a outros membros da família, como pai, os irmãos, familiares e sociedade em
geral.

Nesta fase a criança começa a seguir instruções simples e é capaz de distinguir entre
comportamento aceitável e não aceitável. A criança também imita algumas das coisas que
acontecem no ambiente onde vive.

Desenvolvimento emocional (afectivo)

Nesta fase (0 -2 anos) a criança é capaz de expressar as seguintes emoções:

-tristeza e fúria (choro);


-alegria (sorriso);
-interesse;
-ansiedade.

Desenvolvimento cognitivo (intelectual)

Segundo Jean Piaget esta é a fase sensóriomotora: a criança percebe o mundo que lhe rodeia
através dos seus órgãos sensoriais /órgãos dos sentidos (vendo, ouvindo, cheirando, etc) e dos
movimentos musculares (tocando e/ou manipulando).

Nesta fase descobre que alguns comportamentos (ktos) têm consequências definidas.

Desenvolve a noção de permanência dos objectos e a capacidade de imitação.

Fala algumas palavras (formas frases simples de 4 palavras em média).

Implicações educacionais

Para esta fase (0 – 2 anos) a educação da criança está mais virada para a estimulação dos seus
órgãos dos sentidos e da coordenação dos movimentos musculares, bem como da fala.
Os meios de ensino mais usuais são brinquedos: coloridos, brilhantes, móveis, etc..

Nesta fase acriança frequenta a creche.


Para desenvolver a fala da criança a mãe deve:

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- Cantar para a criança;

- Ler pequenas histórias para acriança;

- Falar para a criança.

Educar a criança é uma responsabilidade que deve ser partilhada (mãe e pai).

Idade pré-escolar (época de brincar) – 2 a 6 anos

Desenvolvimento físico (biológico/biossocial)

Durante esta fase o corpo da criança se alonga e geralmente se torna mais magra desaparecendo
parte da gordura de bebé. À medida que o corpo se torna mais magra, forte e menos pesado na
parte de cima, e que a maturidade cerebral permite controlo e coordenação maiores sobre as
extremidades, a criança se move com maior velocidade, aumentando a sua capacidade de
direccionar e de refinar a sua actividade. O resultado é uma melhoria de suas habilidades motoras
grossas (correr, subir escadas, saltar arremessar, etc).

As habilidades motoras finas (deitar água no copo, desenhar, usar talher, atar sapatos, etc), são
mais difíceis de dominar do que as habilidades motoras grossas.

Nesta fase a criança é muito propensa a acidentes.

Desenvolvimento social (psicossocial)

A interacção social nas crianças vai além da sua família nuclear, estende-se às pessoas que estão
na sua vizinhança. Em resultado disso, elas estão expostas a novas situações, ideias, coisas
problemas e papéis (intensifica-se o processo de socialização).

Nesta fase, as crianças já não são totalmente dependentes de outrem e já sabem tomar conta de si
próprias. Isto faz senti-las bem acerca de si e dá-lhes um sentimento de sucesso. Os pais e os
professores devem facilitar este desenvolvimento, dando às crianças a liberdade suficiente para
que elas realizem o máximo número de tarefa possíveis, por elas próprias.

Desenvolvimento emocional (afectivo)

Nesta fase a criança desenvolve a capacidade de experimentar novas emoções tais como orgulho,
sentimento de culpa e de inferioridade;

Adquire também a capacidade de regular (controlar as suas emoções). A regulação emocional


resulta de aprendizagem e do amadurecimento do sistema nervoso centro da criança.

Desenvolvimento cognitivo (intelectual)

Nesta fase a criança apresenta as seguintes características:

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 Muita actividade e espontaneidade (actividade exploratória);

 Forte sugestionabilidade (imitação);


 Egocentrismo intuitivo, orientado com base no que vê;

 Mentalidade mágica;

 Revela possibilidades de relacionamento;

 Gosta de actuar sobre o que lhe impressiona;

 Capacidade de classificar objectos;

 É irrequieta (não consegue se manter atenta durante muito tempo);

 Pensamento simbólico (uso de palavras ou objectos para significar outros objectos ou


comportamentos);

 Fala completamente.

Implicações educacionais

A escola assim como a comunidade deve ter espaço suficiente e segura para as crianças
brincarem (correr, jogar, saltar, etc.);

O ensino deve basear-se em objectos concretos, impressionantes para a criança (objectos


luminosos, brilhantes, coloridos, sonoros, móveis, etc);

Durante as aulas, o professor deve contar pequenas fábulas como técnica de motivação;

Dar trabalhos em grupo e prover jogos colectivos para ajudar a criança a reduzir o seu
egocentrismo e fortalecer a sua capacidade de relacionamento (desenvolver a sociabilidade da
criança);

Diversificar as actividades durante a aula;

Criar condições para a criança experimentar sucesso durante actividades de aprendizagem, como
forma de fomentar o desenvolvimento de auto-estima da criança (sentimento de auto-realização).

Idade escolar (6 – 11 anos)

Desenvolvimento físico

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As crianças crescem mais lentamente durante a meia-infância do que em qualquer outro período.
Os aumentos em peso são maiores do que os aumentos em altura.

As crianças em idade escolar conseguem dominar parcialmente qualquer habilidade motora


desde que não exija a força. Meninos e meninas são quase equivalentes no potencial de
habilidades motoras.

Desenvolvimento psicossocial (social)

Neste período a criança expande o seu mundo social. Por volta dos seis anos, as crianças se
libertam da supervisão rigorosa e do campo limitado ao qual estão submetidos. Em geral, com a
autorização dos pais, as crianças em idade escolar exploram o mundo mais amplo da vizinhança,
da comunidade e da escola.

Elas experimentam novos riscos, aumentam suas competências sociais (aprendem as normas da
escola e de convivência social), avançam nos relacionamentos, incomodam e perturbam outras
crianças e aprofundam o entendimento do mundo social.

Desenvolvimento emocional

À medida que as crianças se desenvolvem emocionalmente, tornam-se menos dependentes dos


pais e assumem maior independência nas suas actividades e tomadas de decisão.
As crianças identificam-se com os seus pais, adoptam os seus valores crenças e opiniões, como
se fossem seus! Esta é uma extensão da realização afectiva estabelecida durante a infância.

Nesta fase, as crianças são capazes de se valorizarem ou reprimirem na base do que aprenderam
com os seus pais. Elas desenvolvem os atributos de simpatia ou de empatia e são capazes de
identificar os sentimentos dos outros.

Podem vir a tornar-se mais receosas em relação a eventos sociais, notas da escola e dos
professores, podem mesmo vir a desenvolver alguma fobia em relação à escola. O
desenvolvimento destes medos surge sobretudo quando as tarefas e actividades da escola são
sentidas como muito exigentes e a criança percepciona elevada probabilidade de insucesso na
realização desses desafios, ou quando o ambiente da escola é sentido como pouco amigável ou
mesmo hostil.

As crianças tornam-se parte do seu grupo de referência. O resultado é a possibilidade de alguns


aspectos do seu comportamento (kto) poder entrar em conflito com as regras dos adultos.

Algumas regras da escola podem mesmo entrar em conflito com as emoções e necessidades das
crianças. Por exemplo usar métodos de ensino que exijam que a crianças mantenham-se inactivas
(quietas sem interagirem entre elas).
Outras das emoções desta fase são: afecto, felicidade e o prazer das brincadeiras e actividades
escolares.

Desenvolvimento cognitivo

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Esta é a fase de operações concretas de Jean Piaget neste período a criança desenvolve:

 capacidade de usar a lógica;

 capacidade de fazer cálculos mentais;

 princípio da invariância;

 reversibilidade do pensamento;

 declínio do egocentrismo, o que facilita a possibilidade de a criança pensar “fora de si.”

Os principais interesses das crianças desta fase são:

 Objectos (brilhantes, luminosos, sonoros, móveis, coloridos e manipuláveis);

 Ambientes festivos;

 Jogos, principalmente os que colocam em foco os problemas da actualidade (telefones,


computadores, etc);

 Histórias em que as próprias crianças aparecem como personagens;

 Relacionamento com outras crianças o que é caminho para a socialização e tarefas em


grupo;

 Natureza;

 Aparência física (roupas e distintivos);

 Filiação a alguma entidade;

 Conhecer coisas novas;

 Mostrar que sabe.

Implicações educacionais

 O ensino deve basear-se em meios didácticos concretizadores (objectos coloridos,


brilhantes, etc.);

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 O ambiente da aula deve ser divertido (festivo);

 O ensino deve basear-se em pequenos jogos educativos;

 Contar histórias educativas, como técnica de motivação;

 Dar trabalhos em grupo;

 Sempre que for vantajoso as aulas devem decorrer fora da sala de aula (no ambiente
natural);

 Reforçar a tendência que a criança tem de manter boa aparência física (utilização de
uniforme na escola);

 Nas escolas deve se criar maior número possível de círculos de interesse;

 Ajudar a criança a desenvolver a sensação de que sabe (desenvolver auto-confiança/auto-


estima)

Adolescência (11 – 21 anos)

Desenvolvimento biossocial (físico)

Menina Idade Menino


O útero e a vagina começam a se 9 10 Os testículos e o escroto se tornam
tornar maiores maiores
Estágio do desabrochar dos seios 10
Os pêlos pubianos começam o surto 11 12 Os pelos pubianos começam a
de aumento de peso aparecer, o pénis começa a crescer
Apogeu do surto de crescimento; 12 13 Espermatogênese (1ª ejaculação);
Apogeu do desenvolvimento dos Apogeu do surto de peso
órgãos e músculos (as ancas tornam 14 Apogeu do surto de crescimento
visivelmente mais largos); rápido;
Menarca (1º período menstrual) O apogeu do desenvolvimento dos
órgãos e músculos (ombros também
se tornam visivelmente mais largos)
Final da formação dos pêlos pubianos 15 15 A voz se torna mais baixa e grossa
Desenvolvimento completo dos seios 16 16 Os pêlos faciais se tornam
imediatamente visíveis
18 Final da formação dos pêlos pubianos

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Rapaz

O pénis atinge o crescimento completo entre os 14 a 16 anos. À medida que o pénis se alonga e
se torna mais espesso, a glande (cabeça do pénis) cresce ao ponto de rebentar a sua bainha,
nalguns casos.

O adolescente tem tendência a ter mais erecções, o que pode ser causado por estímulos eróticos
(fotos, cheiro, musica, etc), fantasias, pressão provocada pelas roupas, vista de algumas partes da
mulher e discussões sobre sexo.

Uma erecção cria desejo de ejaculação e periodicamente, um rapaz pode ter emissões nocturnas
(sonhos molhados ou húmidos).

Tanto nos rapazes como nas raparigas os odores corporais tornam-se mais intensos.

Possibilidades reprodutivas

A menarca e a 1ª ejaculação não significam que a reprodução está completamente desenvolvida,


pois esse desenvolvimento é alcançado vários anos mais tarde. Os primeiros ciclos menstruais
são anovulatórios, ou seja, sem ovulação. Até mesmo um ano depois da menarca a maioria das
adolescentes ainda é relativamente infértil: a ovulação é irregular, ocorrendo apenas
ocasionalmente, ao invés de a cada 28 dias. E se a fertilização de facto ocorre, todos os riscos da
gravidez (aborto espontâneo nascimento prematuro) são maiores do que para as adolescentes
mais velhas.

Esta infertilidade relativa não exclui a gravidez. Mas sim torna a reprodução menos provável e
mais arriscada tanto para a mãe quanto para a criança do que seria numa idade mais madura, aos
16 a 35 anos.

Para os meninos a concentração de esperma necessária para fertilizar um óvulo não é alcançada
até meses ou mesmo anos após a espermatogênese.

Desenvolvimento psicossocial (social)

Nesta fase o adolescente está a procura da sua identidade (seu estilo de vida ou filosofia de vida).
O adolescente quer saber quem é, o que é capaz de fazer melhor, o que quer na vida, que valores
quer adoptar como seus, com que tipo de pessoa quer casar, que tipo de família quer ter, que
profissão pode seguir, etc.
O adolescente ao tentar encontrar a sua identidade experimenta vários “eus” possíveis. Muitas
vezes opta por um “eu” falso (agindo de maneira contrária ao seu ser).

Os adolescentes revelam 3 tipos de “eus” falsos:


O eu falso aceitável (surge quando o “eu” é rejeitado pelos pais e/ou colegas).

O eu falso agradável (surge a partir de um desejo de agradar os outros).

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O eu falso experimental (experimenta varias formas de ser apenas para ver como se sente).

Tanto os pais como amigos têm influência no comportamento (kto) do adolescente. Os pais têm
maior influência em termos de matérias duradouras, como valores morais, pensamento político,
religiosos, etc, enquanto os amigos e pares têm maior influência no kto que se relaciona com o
estatuto imediato do adolescente como o vestuário, penteado, diversões (filme, jogos, musica,
etc).

O adolescente investe muito nas amizades (envolve-se em pequenos grupos de amigos) para
buscar apoio para enfrentar novos desafios e novas aventuras (namoro, droga, etc).

O adolescente interessa-se por problemas morais e ideológicos (políticos, científicos, religiosos,


etc), debate-os e constrói os seus próprios valores sociais. A honestidade, justiça social e
liberdade são alguns dos valores mais defendidos o que frequentemente, o faz com grande
radicalidade.

Este é um período de grandes oportunidades (formar-se profissionalmente, arranjar emprego,


casar-se, etc) e muitos riscos (drogar-se, DTS/HIV-SIDA, gravidez indesejada, delinquência,
etc). A maioria aproveita as oportunidades que esta idade oferece.

Segundo Erik Erikson no fim da adolescência há duas soluções possíveis: identidade (solução
positiva) versus confusão (solução negativa).

Desenvolvimento emocional

Nesta fase o adolescente pode experimentar as seguintes emoções:

-ansiedade (as vezes por causa da sua aparência física: cabelo, altura, peso, etc);

-sentimentos narcísicos (pode observar-se frequentemente no espelho, nas vitrinas das lojas,
janelas de carros, etc);

-intenso sentimento de amizade e amor;

-paixões (pelos professores, atletas, músicos, pessoas famosas, etc);

-fanatismo;
-breve euforia e melancolia;
-desejo de auto-afirmação (ser diferente da maioria. Pode procurar destacar-se em boas coisas.
ex: vestir bem, ser o melhor aluno da turma; assim como em comportamentos indesejados. Ex:
ser o mais indisciplinado da turma.

Desenvolvimento intelectual

Segundo Jean Piaget esta é a fase das operações formais ou abstractas, pois nesta fase o
adolescente pode lidar-se com noções abstract

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Outras realizações da adolescência são:

-desenvolvimento do raciocínio hipotético dedutivo;

-desenvolvimento da capacidade de induzir e deduzir;

-desenvolvimento do egocentrismo intelectual (o adolescente acha que só o seu pensamento é


correcto).

Os principais interesses do adolescente são:

-sexo;

-raciocinar, discutir;

-movimentação, através de actividades desportivas, culturais, etc;

-conhecimento de suas aptidões;

-conhecimento das diversas profissões e do mercado de emprego;

-formação de senso moral.

Implicações educacionais

-deve dar-se educação sexual na família e na escola (métodos de prevenção de DTS/SIDA e de


gravidez indesejada);

-promover-se na escola várias actividades desportivas, culturais, sociais, etc;

-relacionar os conteúdos de ensino com as profissões, como técnica de motivação;

-promover discussões, debates e dramatizações (role-pay), como técnica de motivação;

-deve se intensificar a utilização do método de projecto, no ensino.

Importância da estimulação sensório-motora e da actividade no desenvolvimento da


criança
Estimulação sensório-motora
Entende-se por estimulação sensório-motora a todo o conjunto de informações que a criança
recebe através dos seus órgãos dos sentidos e dos movimentos musculares. Ex: ver objectos
coloridos, ouvir musica, sons; manipular objectos, jogar bola, etc.

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Actividade
Actividade refere-se a uma série de acções que as crianças precisam para desenvolverem-se
saudavelmente. Todas as crianças precisam de mover-se, mexer nos objectos que existem à sua
volta, correr, saltar, perguntar, etc, isto é brincar.
A criança pode realizar estas acções participando em jogos (sobretudo jogos colectivos),
actividades laborais, passeios, relações com outras pessoas (crianças e adultos), etc.
A necessidade de realizar estas acções está presente logo a nascença e vai se tornando cada vez
maior à medida que a criança vai crescendo.
Assim, com as crianças mais novas (0 – 3 anos) podemos cantar, ler pequenas histórias
ilustradas, bater palmas segundo um certo ritmo, mostrar-lhes objectos de cores vivas, etc.
Para as mais velhas (3 – 6 anos) podemos contar histórias educativas, organizar jogos, criar
condições para desenhos, moldagens, construções com barro ou areia, etc.
Dentre as várias actividades que a criança deve realizar para o seu desenvolvimento saudável
destaca-se: jogo, desenho e relacionamento com outras pessoas.

Importância do jogo (actividade / brincadeiras) para o desenvolvimento da crinça


 O jogo desenvolve a inteligência da criança (desenvolve os processos cognitivos);
 Aperfeiçoa a coordenação dos movimentos musculares e o funcionamento dos órgãos dos
sentidos;
 Proporciona prazer, o que é bom para a vida sentimental;
 Desenvolve a vontade;
 Desenvolve a capacidade de se impor regras (aprende a respeitar as normas sociais);
 Liberta a agressividade da criança;
 Acalma a angústia pois pode servir de substituto da mãe;
 Nos jogos de faz de conta (jogos de papeis) a criança aprende a colocar-se no lugar outro;
aprende as funções das várias profissões;
 Reduz o seu egocentrismo.

Jogos colectivos
Nos jogos colectivos a criança aprende:
 A ser sociável;
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 Ser comunicativa
 Respeitar os outros;
 Controlar as suas emoções
 Reduzir a timidez;
 Negociar (resolver problemas através da dialogo);
 Cooperar (trabalhar por equipe);
 Aprende a liderar e/ou ser liderado, etc.

Quando as crianças têm uma vida inactiva é muito perigoso, porque esta conduz ao atraso no
desenvolvimento físico, psíquico e cria graves transtornos emocionais.

Uma vida activa e bem organizada proporciona à criança um sonho profundo e reparador e que,
por sua vez um sono profundo permite-lhe uma vigília activa e feliz.

Formador: Artur A. Chanjale

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