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SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O UM

A Questão
Como acreditar que há uma única solução correta para as situações? Como não perceber que
essa suposição se funda na crença em um modo estrito de ver a vida e a perfeição?

Compreensão
Compreender que, por necessidade de sobrevivência, você, criança, aprendeu que era
fundamental fazer as coisas seriamente e da maneira mais perfeita possível, a fim de evitar a
reprovação dos adultos. Com isso você criou um automonitoramento muito severo, marcado
pelo controle das reações e dos impulsos naturais . Você precisava tentar ser perfeito. Dessa
forma, você criou os padrões rígidos que o tornam tão exigente com as pessoas e,
fundamentalmente, consigo mesmo.
Agora, adulto, você precisa compreender que a imperfeição não é um mal (ela significa
processo, crescimento, evolução) e que não existe um único caminho correto. Perceba que seus
julgamentos e sua auto-condenação são venenos que destroem a sua alegria, espontaneidade e
capacidade de sentir prazer; impedem seu relaxamento, condição básica para você alcançar a
serenidade, marca singular de sua essência. Caminhe, a partir de agora, para o encontro com
sua verdadeira natureza. Pare de acreditar que você é aquilo que você não é.Busque-se.

Sugestões
I - Aprender a não dar tanta importância ao dever, à ordem, à melhoria do
mundo. Ao invés, procurar desfrutar mais a vida, brincar, celebrar
presentear-se, não adiar mais o prazer.

II – Observar, simplesmente observar, sem condenação, estes mecanismos do ego


assim que eles surjam:
o tribunal na mente (o autojulgamento), a preocupação com a crítica alheia,
a impaciência e irritação com o comportamento alheio, a comparação mental
com os outros, o ressentimento.

III – Testemunhar a exigência, a necessidade de perfeição.

IV – Observar, compreender e aceitar que as outras pessoas têm padrões diferentes


do seu.
V – Reconhecer a raiva. Aceitá-la, não julgá-la.

VI – Aproximar-se dessa criança que existe dentro de você dar mãos a ela;
parar de exigir dela; ser atencioso com ela.

VII - Observar a tensão do corpo, especialmente no maxilar, fechar os olhos


e relaxar essa região.
VIII – Dar e receber massagem _________
VIII - Meditar diariamente ( dança/relaxamento; Giberixe, Kundalini, Dinâmica,
Nataraj) ___________
SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O DOIS
A Questão
Como não perceber que sua “ajuda” típica , motivada pela necessidade de agradar,
além de corresponder a um esquecimento de suas próprias necessidades básicas, não
ajuda o outro a sair do lugar?

Compreensão
Compreender que, a partir da sua tenra infância, você foi adquirindo a crença de que
para receber amor você tinha de agradar, satisfazendo as expectativas das pessoas
próximas. Assim, você, sem perceber, foi passando por cima das suas próprias
necessidades, reprimindo-as. Passou a considerar-se capaz de fazer tudo pelos outros. Esta
crença fez você desenvolver um grande orgulho por essa capacidade, um sentimento de que
você é imprescindível para as pessoas ligadas a você. Esse sentimento também abafou sua
humildade natural, criou um aprisionamento para você, tornou-o um escravo das
necessidades alheias. Por outro lado, ele tem feito com que você muitas vezes se sinta
machucado, profundamente ferido pelo não-reconhecimento dos outros diante de sua imensa
capacidade de doação.
Para se libertar de tudo isso torna-se necessário admitir suas próprias carências,
compreender que você não é onipotente e passar a cuidar, com muita atenção, de você
mesmo, atender a si própio, para que você se afaste dessa enorme dependência da atenção
das outras pessoas. Então você dará, mas a partir da sua abundância - e sem esperar, sem
precisar do reconhecimento do outro. Você é que se sentirá agradecido, pelo outro ter
recebido.

Sugestões
I - Neste processo, comece permitindo-se ser absolutamente egoísta. Volte-se
para as suas necessidades, reconheça-as, atenda-as.
II – Desacelere. Não atenda tanto às pessoas.
III – Aprenda a dizer não. Admita e manifeste seus desejos. Desmascare seu
orgulho, sua vergonha das próprias necessidades.
IV - Observe sua tendência de atribuir-se culpa por não ter feito o bastante.
V - Não despreze a objetividade. Observe sua desconsideração pelos fatos
objetivos. (“Não importam os fatos! Eu sinto assim!”)
VI – Observe este mecanismo do ego “dois”: Testemunhar estes mecanismo
do ego:
sentir-se imprescindível
compulsão para agradar
sedução
manipulação
VII- Meditações dinâmicas para liberar emoções reprimidas e entrar em
contato com suas necessidades básicas.
SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O TRÊS

A Questão
Como não perceber que sua auto-imagem é resultante dos olhos dos outros e que o esforço
para fortificá-la abafa o que existe de mais verdadeiro e fundamental no mais recôndito do seu
ser?
Compreensão
Compreender que você aprendeu a suspender os sentimentos, a colocá-los de lado pela
crença, adquirida na infância, de que você recebe amor, atenção, admiração, pelo que você
produz. Por assim acreditar, você deixou seus sentimentos profundos se atrofiarem, em função
de metas objetivas estabelecidas por você mesmo. Neste processo, você foi adquirindo o
mecanismo de identificação com valores aceitos a sua volta, de modo que, sem sofrer
violentações e dor, você pudesse cumprir com eficiência e sucesso as tarefas a sua frente.
Para ser bem-sucedido, você teve que se afastar de seus sentimentos profundos. O fracasso, você
tomou como seu maior inimigo, pois passou a representar, para você, a negação do seu valor.
E , assim, você desenvolveu a mentira para si mesmo, a fim de manter a auto-imagem de
sucesso. Aprendeu a fazer vista grossa para não ter de admitir qualquer malogro pessoal.
Para que seu ser , sua essência, possa se realizar, o seu trabalho fundamental será abrir-
se para a realidade interior, de modo a atingir a profundidade, descobrir o verdadeiro amor e
perceber o espírito cósmico que permeia todas as coisas. Então, você não precisará se enganar
mais, poderá relaxar sem deixar de ter a sua vida repleta de verdadeiras realizações.

Sugestões
I – Tomar consciência da sua dependência dos olhos dos outros (necessidade de
manter uma imagem).
II – Observar a necessidade de se destacar, de ser o melhor.
III –Testemunhar o mecanismo de suspender emoções, quando estiver em
atividade ( ações no automático, funcionamento feito robô).
IV - Observar, a facilidade de ocultar a tristeza, ultrapassando-a rapidamente.
V – Observar, no ato, sua capacidade camaleônica para mudar de máscara face
às circunstâncias.
VI – Aprender a parar, entrando em contato com o medo dos sentimentos
(causador da necessidade de estar sempre em atividade).
VII – Observar as mentiras criadas para si mesmo por não poder admitir qualquer
“fracasso” pessoal.
VIII – Tomar consciência do segundo plano em que coloca a felicidade emocional.
IX – Observar a crença de que você só é visto e considerado pelo que faz.

X – Observar a necessidade de segurar as rédeas, de estar no controle (“ou tudo


pode se perder”).
XI – Observar a tendência a transformar a meditação numa atividade que deve ser
cumprida a fim de atingir uma meta.
XII– Observar a resistência ao “não-fazer” da meditação.
SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O QUATRO
A Questão
Como não perceber que suas ações mecânicas perpetuam um sentimento de perda e
incompletude, levando-o a um constante sentimento de vitimização?

Compreensão
Compreender que o sentimento de falta, oriundo de uma perda / abandono / real na
infância, vem sendo realimentado por um mecanismo inconsciente do seu ego, criado, como todos
os outros, por necessidade de sobrevivência da criança desprotegida, a mercê da incompreensão (
por parte dos adultos ) de suas reais necessidades. Como você, cada criança teve de criar
mecanismos para suprir suas carências e se adaptar ao mundo circundante.
Agora, também um adulto, você tem de, conscientemente, admitir aquela perda/abandono e
morrer verdadeiramente para este passado; saudavelmente decidir encarar esse fantasma que o
faz habitar, grande parte do tempo, o lado inconsciente, sombrio e viscoso da vida. Para isso,
torna-se necessário compreender que este lado melancólico e trágico exerce, sobre você um doce
fascínio, pela crença/sentimento de que, aí, você se destaca da superficialidade e vulgaridade das
pessoas comuns. É fundamental a consciência de que não há nada de mau ou de errado dentro de
você, que seja realmente seu. Essa sensação é resultado do mecanismo de introjeção que você
desenvolveu a partir da sua infância. Mas nada disso é real. Essa consciência lhe abrirá as portas para
o encontro com sua verdadeira singularidade. Você ganhará a espontaneidade e a chance de
descobrir a sua verdadeira beleza, de entrar em contato com a sua pura essência. Você deixará
de ser um prisioneiro de um mundo de sombras, desfrutará a dimensão do aqui e do agora,
encontrando-se com a equanimidade - uma capacidade natural sua de ser simplesmente feliz e de
manter a serenidade de espírito em todas as situações de vida.

Sugestões
I - Observar a tendência de não encontrar satisfação na vida objetiva, comum; o
sentimento de que está faltando algo.
II – Estar alerta e observar:
- todos os momentos em que o ego começa a buscar falhas no presente, no que
está perto (o desvio do aqui e agora e o sonho pelo que está distante).
- a tendência de rejeitar o que está fácil de obter.
V – Observar:
- o sentimento de ser diferente, a necessidade de se sentir especial, a dificuldade
de se sentir comum;
- como você se sente quando não é tratado com deferência.
VI – Estar especialmente alerta para os momentos em que surgem
sensações/pensamentos do tipo: “Vai tudo ficar horrível novamente”; “Tudo pode
ser perdido”; “ Se ao menos eu tivesse....”
VII – Ficar consciente dos momentos em que surge a preocupação de ser autêntico,
que o conduz ao exagero, ao afastamento da espontaneidade.
VI – Meditar regularmente com a consciência da necessidade de desenvolver o
observador neutro – a testemunha – que simplesmente vê.
SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O CINCO
A Questão
Como não perceber que essas idéias sobre si e suas próprias necessidades, assim como sobre
os outros e suas relações com eles e a vida estão fundadas no medo e,
conseqüentemente, o deixam mais pobre e miserável?
Compreensão
Compreender que sua maneira característica de ver e sentir o mundo não faz parte de sua
singularidade original, e sim é o resultado dos mecanismos de defesa que você, enquanto criança,
teve de construir para preservar um mínimo espaço pessoal necessário à sua sobrevivência. O
sentimento de abandono ou a falta de privacidade e a intrusão das pessoas foram fazendo com que
você, gradativamente, fosse reduzindo suas necessidades pessoais, recolhendo-se cada vez mais a fim
de evitar a dor da desatenção sobre você ou a invasão que ameaçava a sua integridade pessoal. Este
comportamento reacional foi se estratificando, marcando rígidas segmentações em sua vida,
afastando-o do envolvimento profundo com as pessoas e da sua capacidade de “sentir” em presença
delas. Como “proteção” você teve de encastelar-se e isso passou a ser considerado por você como
algo que fazia parte da sua própria natureza.
Agora, junto com os outros, você vai descobrindo que não conhecemos verdadeiramente a nossa
própria natureza. Nossa essência ficou abafada, sufocada, em função do ego que tivemos de
construir. Ela não teve permissão de florescer naturalmente.
Para conhecê-la, vivê-la, você tem, agora, de usar toda a sua natural capacidade de observação
para observar seu próprio ego, de modo que, como observador neutro, como uma testemunha, você
vá criando um distanciamento dessa entidade falsa e vá se aproximando da sua verdadeira natureza.

Sugestões
I – Observar os seguintes mecanismos do ego:
Contentar-se com pouco. Desejo de previsibilidade.
Controle do espaço pessoal e do tempo gasto com as pessoas.
Sentimento de estar sendo explorado pelas necessidades alheias.
A economia de tempo e energia. Retenção de informações e conhecimento.
Fuga da experiência viva. Facilidade de desistir.
Sentimento de superioridade em relação às pessoas que seguem o instinto e as que
se envolvem com as emoções.
O sentimento de incapacidade, de não estar suficientemente preparado.
II – Reconhecer o medo de sentir na hora; o medo de se envolver;
o choque entre o anseio de proximidade e o desejo de distância.
III – Tomar como desafio (com consciência do medo que está por trás) :
o agir, o ousar , o engajar-se.
IV – Buscar compartilhar ( a despeito do medo).

V – Fazer trabalhos corporais (expressão), dança de expansão.dar e receber


massagem
VII – Procurar fazer meditações dinâmicas para liberar a inteligência e a expressão do
centro instintivo.

SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O SEIS


A Questão
Como não perceber o mau uso de seus dons intelectuais, de sua capacidade de conceituação e de
articulação contra si mesmo, sabotando-se, visualizando sempre possibilidades negativas, alimentando a
preocupação e o medo?

Compreensão
Compreender que sua dificuldade com as pessoas é conseqüência da incapacidade de confiar.
Nos primeiros anos de vida, você não pôde desenvolver relaxadamente este sentimento, não havia modo
de sentir-se seguro. Sem sentir suficiente amor a sua volta, como você poderia sentir-se protegido?
Sentindo-se constantemente ameaçado pela autoridade mais próxima, pela pessoa que deveria estar ali
para lhe fazer sentir-se seguro, como você poderia viver sem medo? Como manter seu coração aberto,
confiante, despreocupado?
Mas esta criança interiormente desprotegida, com a força e tenacidade de sua natureza, conseguiu
sobreviver bravamente às adversidades de um mundo hostil, sem perder a alegria de viver. É claro, para
isso, ela teve de desenvolver um ego cauteloso, desconfiado, que, para garantir a segurança, teve de criar,
também, um certo grau de hostilidade na sua relação com os outros. Para proteger-se de possíveis
perigos e ameaças, este ego foi desenvolvendo o mecanismo da projeção. Passou a procurar e a
identificar, nas pessoas e nas situações, sinais confirmadores da sua necessidade de estar preparado
para se proteger, tanto das intenções ocultas ou inconscientes das pessoas, como dos perigos iminentes
de um mundo ameaçador. Para manter esta atitude de pré-defesa, teve de aprender a fechar o coração e
recolher-se na cabeça.

Sugestões
I - Compreender que, embora todo esse sentimento de insegurança em relação ao mundo e
às pessoas tenha uma justificativa, hoje, ele não tem mais sentido. Esse sentimento de
ameaça é infantil e faz com que sua verdadeira natureza permaneça abafada, sufocada,
sem possibilidade de expressão.
II - Começar a dar nome a todos os seus medos. Perceber que todos eles são produtos da
cabeça. Criam uma distância entre você e a realidade.
III - Perceber todos os momentos em que você duvida de si mesmo, de sua capaci dade.
Que medo está por trás?
IV - Estar muito atento para o momento em que os pensamentos substituem os sentimentos e os impulsos.
V - Perceber o uso da atividade (qualquer) para preencher o tempo, distrair a cabeça e
evitar pensar sobre seus medos e preocupações.
VI - Observar o medo de correr riscos, a necessidade de examinar todas as chances.
VII- Observar o discurso ininterrupto, a teimosia e hostilidade diante das oposições.
VIII - Observar o desejo de ser aceito e a insegurança sobre sua aceitação no grupo; a
necessidade de afirmar seu valor; a necessidade de reconhecimento de seu valor.
IX - Meditações dinâmicas para desenvolver a sensibilidade corporal. Vipassana,para
entrar em contato com seu centro e relaxar no seu próprio ser.
SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O SETE
A Questão
Como não compreender que esse constante e compulsivo movimento para evitar a dor
e o desconforto representa um escape da realidade, que impede seu florescimento
pleno e o alcance da verdadeira liberdade ?
Compreensão
Compreender que, nascido com uma vocação especial para a alegria e com uma
fértil capacidade de imaginação, você, como criança “sete”, muito cedo começou a
descobrir um caminho para evitar os dissabores que surgiam na vida. A única coisa que
importava era assegurar a felicidade. A vida estúpida e dolorida das pessoas não lhe
atraía em nada. Disso, você queria total distância. No chamado “processo de
crescimento” você foi aprendendo a fazer uso da sua capacidade de racionalização inata,
para escapar de qualquer possibilidade de sofrimento. Isso fez com que, de certa forma,
você fosse construindo um pequeno mundo ilusório onde você estivesse garantido
contra a dor, tristezas e grandes dissabores. As dores profundas foram ocultadas,
guardadas num porão de difícil acesso. Só interessavam as memórias positivas.
Agora, adulto, a vida o confronta com situações em que a lente cor de rosa não mais
consegue, de repente, encobrir uma realidade desagradável, dolorosa. E você,
inevitavelmente, sofre. E não existem mais do que duas alternativas: ou continuar
vivendo, na superficialidade, uma ilusão, até que circunstâncias mais adversas,
progressiva ou inesperadamente, estilhacem a lente colorida; ou usar a sua inteligência
para compreender, realisticamente, que a vida não pode existir num único pólo, e
perder o medo infantil de ser aprisionado pelo lado escuro da vida.
Sugestões
I - Assumir os dois lados da vida. Perceber que a “tristeza também é boa, porque
te dá uma profundidade que a felicidade jamais pode dar. Ela tem sua própria beleza”
(Osho)
II - Usar da sua coragem para mastigar, digerir seu lado sombrio (tirar a trava
do porão), para que você possa encontrar a alegria profunda, madura, real,
incondicional.
III - Procurar desenvolver uma profunda aceitação de si mesmo, sem a necessidade
de revelar apenas o seu lado brilhante.
III- Compreender que não existe nada de graça na existência, que é preciso esforço
próprio. Não há que se deixar de brincar e sonhar, mas é preciso fazer coisas
concretas.
IV - Descobrir os momentos em que você começa a planejar as opções prazerosas
(armadilha)
V - Ficar alerta para o uso ardiloso da racionalização (seu mecanismo de defesa)
como um meio de justificar para si mesmo a sua fuga da dor.
VI - Meditar regularmente.

SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O OITO


A Questão
Como não perceber que toda essa necessidade de afirmação pessoal é fruto de uma grande insegurança - uma

falta de confiança na Existência, que o impede de viver em contato com sua parte mais preciosa e delicada, que

permanece , a maior parte do tempo, abafada, sufocada pelas demonstrações de força?

Compreensão
Compreender que essa necessidade de enfrentamento, de “fazer a sua justiça” é resultado
de uma busca de sobrevivência na infância, quando você descobriu que tinha de usar o poder
para se proteger. A dureza sofrida nesses anos o fez sentir o mundo como seu inimigo, e
você teve de se provar mais forte que o mundo. As impressões da infância o fizeram crescer
com o sentimento de que você não podia se dar ao luxo de “vacilar”, pois “raras são as pessoas
que não trazem veladas intenções, atrás de uma máscara de cordialidade, amabilidade e
neutralidade”. Tornou-se difícil respeitar a opinião e pontos de vistas dos outros. Negá-los, sem se
deixar penetrar, passou a ser seu imediato mecanismo de defesa. Desmascarar as pessoas, a qualquer
custo, passou a significar fazer justiça, pois, se você está com a verdade, você pode ter a idéia
certa de como as coisas são e de como elas devem ser. Por outro lado, ceder, admitir um erro,
desculpar-se, passou a significar fraqueza.
Com a compreensão de que todo esse comportamento previsível, repetitivo, tem sufocado o
que há de mais precioso em você, é hora de ceder, abrir-se para ouvir e considerar a
diversidade de pontos de vistas - diferentes maneiras de ver e sentir a vida, tão limitadas ou
distorcidas como a sua, ou a de qualquer ser que ainda não atingiu a totalidade.
Sugestões
I – Tomar consciência e simplesmente observar estes mecanismos do ego:
a negação;a necessidade fazer justiça;
a permanente certeza (crença) de que está certo;
a dificuldade de admitir que cometeu erros;
o hábito de ver a fonte de problema como exterior a si mesmo;
a mortificação quando não está satisfeito consigo mesmo (torne-se mais compreensivo e
compassivo consigo mesmo).
II – Perceber e observar o desejo de violar as próprias regras (estratégia para se sentir poderoso,
incontrolável).
III – Observar a necessidade de dizer coisas duras para as pessoas “para o seu próprio bem”.
IV – Observar a prepotência ao pressionar as pessoas, ignorando os danos que possa causar.
V – Observar a necessidade de controlar sustentada pela crença de que tem esse direito
VI – Tomar consciência do desejo real de atenção negado e encoberto por uma capa de dureza
(negação da fragilidade da condição humana).
VII – Procurar descobrir e observar a criação de circunstâncias que criam relacionamentos hostis.
VIII – Tentar abrir espaço para a diferença de pontos de vista e para a aceitação de que há outros tão
válidos e consistentes como o seu .
IX – Começar a desconfiar da crença de que a verdade está sempre com você.
X – Cuidado para não usar a meditação como um meio de bloquear / negar a percepção de
pensamentos ou sentimentos .
SUGESTÕES ESPECÍFICAS PARA O NOVE
A Questão
Como continuar ignorando a potência de sua capacidade criadora; não ouvir o
grito que vem de lá de suas profundezas? Como não perceber que já é tempo
de agir para si e se expandir?
Compreensão
Compreender que, ou pela ausência de desafios, ou pelo sentimento de desvalor
criado na infância, você foi perdendo contato com as próprias vontades, com sua
força, com seu poder natural, desenvolvendo um grande esquecimento de si mesmo.
Sua natureza pacífica facilitou a formação de um ego mediador, acomodado, com a
motivação básica de se livrar dos conflitos, de escapar das situações de decisão.
Dessa forma você criou um mecanismo - o entorpecimento - para protelar todas as
decisões e ações fundamentais (aquelas que dizem respeito a si mesmo). Esqueceu de
si, desenvolveu uma enorme preguiça para consigo mesmo, perdeu contato com seus
desejos reais (“Qual é a minha vontade?”). Com uma grande confusão interna,
ficou difícil para você compreender sua própria natureza.
Agora, você precisa compreender que não há mais sentido em protelar, se
você realmente quer entrar em contato com o núcleo de ouro, com a tremenda força
que existe dentro de você.
Sugestões
I - Não adie mais. Enfrente o que precisa ser enfrentado a cada momento. Agir,
criar é um dever para alguém de essência nove. Assuma o seu papel. Faça. Encare
os riscos e mudanças como desafios.
II - Fique atento para identificar os momentos em que você começa a “dormir”,
desviando a atenção de uma verdadeira prioridade pessoal para uma atividade não-
essencial.
III - Perceba o momento em que o outro se torna o referencial para a sua
decisão. Fique atento para a tendência de se deixar absorver pelo desejo dos outros.
Esforce-se para descobrir o que você quer.
IV - Procure expressar suas opiniões. Não se omita.
V - Observe a sua esperança de que a coisa se resolva por si mesma.
VI - Encare as situações que exigem uma decisão, uma escolha sua, como um
desafio. Perceba quando uma concordância com o outro significa o caminho do
menor esforço.
VII - Esforce-se para estabelecer prioridades pessoais. Não se esqueça que o
esquecimento de si é a sua questão.
VII- Faça esforços conscientes para se desligar de velhos hábitos. Faça uso da
natação (ação), dança, expressão corporal, teatro ou outras atividades artísticas.
VIII - Fundamentalmente meditações ativas para liberar a força do centro
instintivo.

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