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Introdução

Actualmente vivemos num mundo cada vez mais desenvolvido graças aos grandes avanços
registados a nível da ciência que não só nos proporciona melhores condições de vida mas
também a nossa condição de saúde. Portanto este privilégio faz com que tenhamos menor
índice de natalidade e maior esperança de vida o que resulta no envelhecimento da população.
Sendo o maior desafio é manter a saúde desta população que exige um tratamento especial
sobretudo a nível familiar.

Foi neste contexto que o presente projecto subordinou-se ao tema: A INFLUÊNCIA DA


FAMÍLIA NA SAÚDE MENTAL DOS IDOSOS: Uma análise dos Conflitos Sociais e Sua
Relação com Desenvolvimento da Demência nos Idosos.

Portanto, os aspectos inerentes ao processo de envelhecimento, incluindo os factores


biológicos, emocionais, sociais e económicos levam a fragilidades e ao surgimento de
múltiplas condições crónicas (Oliveira & Menezes, 2014) e dentre elas, surgimento ou
agravamento de transtornos mentais. Assim, em Moçambique não há muitos estudos sobre a
mortalidade psiquiátrica geral em idosos.

Compreende-se, portanto que, na presença de transtorno mental entre os idosos, existem dois
Cenários: um deles é o dos idosos que adquirem esse transtorno na velhice que se encontra em
condições mais difíceis de serem gerenciadas, uma vez que seu sofrimento e o de seus
familiares durante o curso da vida tenham promovido arranjos pouco favoráveis ao cuidado.

Neste âmbito, a questão da família se constitui em um importante factor a ser analisado.


Países em desenvolvimento carecem de uma rede de suporte formal eficiente e a família acaba
se tornando a responsável por auxiliá-los em quaisquer necessidades específicas que surjam,
seja material ou emocional. O ambiente familiar, nesse sentido, constitui-se na mais
importante rede de suporte que o idoso possui em nosso país. Independentemente do arranjo e
da estrutura familiar do idoso, faz-se importante salientar que é fundamental a qualidade do
suporte familiar dessas pessoas no convívio social (Ramos, 2003)

É no grupo familiar que as relações se estabelecem primordialmente, permitindo que os


idosos se sintam valorizados. Independente da idade, todos nós tem necessidades afectivas. O
afecto e o estabelecimento de vínculos afectivos surgem quando as relações possibilitam uma
proximidade mais íntima, uma maior afinidade. O sentimento de pertencimento, amor e
segurança advindos de um suporte familiar adequado proporciona maior resistência ao
estresse, reduzindo seus efeitos negativos presentes na saúde mental dos idosos.

O processo natural de envelhecimento do ser humano faz com que o mesmo passe por
alterações biológicas e psicobiológicas que adicionadas ao meio em que ele vive, pode estar
relacionando ao acontecimento de doenças que pode estar seguido por dependência e
transtornos mentais, como demências, transtornos psicóticos, depressão e ansiedade.

Deste modo as relações sócias fluem na saúde mental dos idosos, ou seja, quanto mais for um
ambiente saudável isento de conflitos maior será a qualidade da vida dos idosos inseridos
neste meio social. Visto que as alterações que ocorrem ao nível da velhice associadas ao
conflito social constituem um potencial para o desenvolvimento do transtorno mental nos
idosos. As necessidades de apoio a esta população devem constituir uma área prioritária nas
políticas sociais dos países tal como Moçambique.

Efectivamente, o presente trabalho encontra-se estruturado em 3 capítulos

No primeiro capitulo temos: Introdução, problematização; Objectivos, Justificativa,


Relevância do estudo; Pergunta de pesquisa bem como a delimitação do estudo.

No segundo capítulo fez-se menção a revisão da literatura, onde com base em vários autores
construímos a base conceptual do estudo bem como a literatura empírica e focalizada.

Relativamente ao terceiro capítulo fez-se menção a aspectos metodológicos que constituem os


caminhos usados para a realização desta pesquisa.
Problematização

O envelhecimento pode ser considerado momento de crise no ciclo vital, uma vez que
representa situações de mudanças no âmbito biopsicossocial, requerendo do idoso e daqueles
que com ele convivem adaptações a esta etapa da vida.

A demência é uma síndrome caracterizada por alterações múltiplas da função cognitiva.


Trata-se de uma situação crónica, habitualmente de natureza progressiva, na qual se registam
múltiplos distúrbios ao nível das funções corticais superiores, incluindo memória, pensamento
abstracto, orientação, compreensão capacidade de aprendizagem, cálculo, linguagem e
capacidade de julgamento. As alterações da função cognitiva são habitualmente
acompanhadas por deterioração do controlo emocional e comportamento social (APFADA,
2004).

Um dos grandes problemas que afectam a população velha em Moçambique está relacionado
com a exclusão do convívio social dos idosos. A maioria destes tem enfrentado uma
descriminação a nível familiar por parte principalmente dos seus filhos, netos e parentes,
sendo estes acusados de feiticeiros. Esta situação tem levado vários idosos a rua e
consequentemente desenvolvem a demência. Existem portanto, alguns centros de apoio a
velhice, mas comparativamente ao ambiente familiar são menos terapêuticos. Razão pela qual
alguns velhos abandonam os mesmos se fazendo a rua pedindo esmolas, sem nenhuma
condição básica.

O outro problema associado ao desenvolvimento da demência dos idosos como resultado dos
conflitos sociais é a questão das crenças tradicionais, dado o maior problema de desemprego
que apoquenta a população na nossa sociedade em particular, os velhos são acusados de
roubarem a sorte, provocar azar e muitos outros problemas socais, este problemas
desenvolvem conflitos sociais afectando directamente os idosos estando numa situação de
vulnerabilidade e susceptível o desenvolvimento da demência.

Embora nos últimos anos tenham ocorrido mudanças significativas na atenção à saúde mental,
observa-se na prática, que os familiares sentem-se sobrecarregados e, muitas vezes, incapazes
para o cuidado com o idoso portador de transtorno mental. Frente ao exposto levanta-se o
seguinte problema:

 Até que ponto os Conflitos Sociais Contribuem para Desenvolvimento da Demência


nos Idosos?
Justificativa

A escolha da terna deu-se em função da familiaridade com o tema e por ser de grande
interesse pessoal, sua novidade, actualidade, oportunidade e valores académicos e
organizacionais também foram levados em consideração. Pesquisas sobre os temas que
permeiam o envelhecimento podem contribuir, assim, para o planeamento das acções de
educação continuada e permanente, subsidiando na consciencialização das famílias no
desenvolvimento de ambientes saudáveis para os idosos e na intervenções de profissionais
que estão em contacto directo com os idosos.

Por outo lado, o presente estudo justifica-se por duas razões: a primeira é o aumento do
número de idosos com transtorno mental, o que amplia a vivência com os familiares e,
consequentemente, as dificuldades nessa relação, muitas das vezes dando pelas ruas da cidade
é notória movimento de idosos sem nenhum propósito e na maioria das vezes mendigando,
esta situação instigou-me bastante. A segunda é que os resultados de estudos como este
podem subsidiar discussões nos serviços de saúde mental, criando espaços de reflexão e
possibilidades de construções diferentes para a transformação da prática que possam reduzir
esta situação no nosso país.

Segundo um estudo do INE, a população idosa duplicou nos últimos 40. Por sua vez, a
Organização Mundial de Saúde (OMS), as estimativas para o ano de 2050 que dizem respeito
à população com mais de sessenta anos remetem para dois bilhões de pessoas idosas no
mundo, sendo a maioria habitante em países em desenvolvimento (Nunes, Menezes &
Alchieri, 2010). Com a sociedade cada vez mais envelhecida, as demências são um problema
de saúde pública. Diante de tais estimativas é que se justifica a importância do estudo do
desenvolvimento demência nos idosos para que se possa ter um entendimento melhor sobre as
múltiplas doenças, desvendando-a. Apesar de hoje não haver um tratamento curativo, existem
mecanismos desenvolvido pela psicologia clinica que podem melhorar o comportamento do
doente, o que já é um ânimo para os familiares e cuidadores envolvidos com o portador da
demência.

Portanto, a construção de boas relações e afectividade constitui uma componente crucial, uma
vez que o grau de afectividade sentido por cada um dos elementos do arranjo familiar
consolida relações harmoniosas, o que favorece a promoção da saúde da unidade familiar
proporcionando mais qualidade de vida aos idosos.
1.1.Delimitação dos Objectivos

Segundo Andrade (1997:26), “toda pesquisa deve ter objectivos claros e definidos, pois assim
torna mais fácil conduzir a investigação”. Os objectivos podem ser gerais e específicos
(particulares). Assim, o estudo resultante deste projecto vai ser guiado pelos seguintes
objectivos:

Geral:

Analisar os Conflitos Sociais e Sua Relação com Desenvolvimento da Demência nos


Idosos.

Específicos:

Identificar as modificações bio-pisco-sociais da fase adulta;


Descrever as causas de desenvolvimento de doenças mentas velhice;
Explicar os conflitos sociais e sua relação com o desenvolvimento da demência nos
idosos;
Propor estratégias clinicas de acompanhamento dos idosos.

Perguntas de Partidas
Quais são as modificações bio-pisco-sociais da fase adulta?
Quais são as causas de desenvolvimento de doenças mentas velhice?
Qual é a relação dos conflitos sociais com o desenvolvimento da demência nos
idosos?
Que estratégia clinicas de acompanhamento para idosos?

1.5.Delimitação do Tema

Segundo Marconi & Lakatos (2012), “delimitar um tema consiste em explicar que pessoas,
fenómenos serão pesquisadas, enumerando as suas características comuns” (p. 108).

O Tema em apreço, encontra-se delimitado em três vertentes:

 No âmbito espacial: A pesquisa irá decorrer no Distrito de Quelimane na Província da


Zambézia, pois, é onde a autora vivenciou este facto.
 No âmbito temporal: o horizonte temporal definido para a pesquisa compreende o ano
de 2015-2019.
Bibliografia

Oliveira, A M.S., & Menezes, T.M.O. (2014). A enfermeira no cuidado ao idoso na


estratégia saúde da família: Sentidos do vivido. Revista Enfermagem UERJ, 22(4), 513-518.
World Health Organization. (2013). Mental health and older adults. Geneva: World Health
Organization.

Associação Portuguesa de Familiares e Amigos do Doente de Alzheimer - APFADA. (2004).


Silêncio da memória, O (‘des,) conhecimento da doença de Alzheimer em Portugal. Lisboa:
Permanyer.

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