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Programa de Iniciação Científica - Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
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Autor para contato: Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Campus em Uvaranas,
Departamento de Química, Ponta Grossa, PR, Brasil; e-mail: egons@uepg.br;
(42) 220-3060
RESUMO
ABSTRACT
Publ. UEPG Ci. Exatas Terra, Ci. Agr. Eng., Ponta Grossa, 9 (1): 7-12, abr. 2003
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Flaschka (1964). Entre os diferentes tipos de subs- Verifica-se que, para cada mol de metal com-
tâncias capazes de formar os quelatos ou compostos plexado ocorre a liberação de dois mols de H+, os quais
de coordenação, são conhecidos o ácido nitrilo- prejudicam a estabilidade do complexo “Metal-EDTA”.
triacético (NTA), ácido trans-1,2-diaminociclohexano- Na maioria dos casos, adiciona-se à solução, uma so-
N-N-N’-N’-ciclohexanodiaminotetracético (DCTA), lução tampão alcalina, o que pode em algumas vezes
ácido dietilentriaminopentaacético (DTPA), ácido 3,6- fazer com que haja formação de hidró-xidos metáli-
dioxaoctametilendinitrilotetraacético (EGTA) e o áci- cos pouco solúveis. Evita-se a formação do hidróxido
do etilenodiaminotetracético (EDTA). Destes, o mais metálico pouco solúvel, adicionando-se um agente
comumente utilizado é o EDTA, principalmente na for- complexante auxiliar (a. c. a.) como por exemplo:
ma de sal dissódico. trietanolamina, citrato, tartarato, etc., cuja constante
de formação deve ser bem menor que a constante de
O O formação do complexo “Metal-EDTA”.
C CH2 CH2 C
H O O H
N CH2 CH2 N O M n+ + + .a. c. a. ⎯→ M-a.c.a. K
f1
O
C CH2 CH2 C
H O O H
Ácido Etilemodiaminotetracético
M-a.c.a. + EDTA ⎯→ M-EDTA K
f2
Figura 1 - Estrutura do EDTA na forma ácida
Onde: K
f1 <<< K
f2
3+ 1-
M + H 2 Y 2- MY + 2H +
2. Experimental
4+
M + H 2 Y 2- MY + 2H +
Os compostos obtidos e citados neste trabalho,
foram preparados pela adição lenta do nitrato de tório
Cuja equação geral pode ser representada por: (IV) sobre excesso da solução do ligante 4-
metóxibenzalpiruvato de sódio em quantidades e con-
n+
M + H2 Y
2-
MY (n-4) + 2H + dições adequadas de pH conforme a Tabela 1.
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Tabela 1 - Controle das condições experimentais de obtenção dos complexos de Th4+
Os complexos de tório (IV) foram obtidos em dos são mostradas nas Figuras de 1 a 4. As massas
condições controladas de pH do ligante e da solução iniciais de cada composto foi sempre da ordem de 7 –
do sal. Todos os complexos de tório encontrados na 8 mg. Cada linha cheia representa as curvas TG, onde
literatura e estudados por técnicas termoanalíticas apre- são observadas as devidas perdas de massa de cada
sentam a propriedade de formar os hidróxi-comple- composto (∆m) e as linhas pontilhadas representam as
xos Flaschka (1964) e Abrão (1994), por esta razão curvas DTG, derivada primeira das curvas TG (dm/
foi necessário fazer por tentativas a precipitação de dt).
cada composto com excesso do ligante e baixo valor
As titulações complexométricas de Th4+ com
de pH controlado com potenciômetro devidamente
EDTA e os respectivos indicadores metalocrômicos
calibrado. Após a precipitação de cada composto, estes
foram feitas pelo método direto em pH entre 2,5 –
foram filtrados, lavados até eliminação completa dos
3,5, dando os resultados mais satisfatórios quanto à
interferentes e guardados em dessecador até massa Compostos
mudança de coloração no pontopH Th(NO 3)4
de equivalência.
constante. -1
0,2 mol L pH do ligant
As curvas termogravimétricas (TG) e termo-
gravimétricas derivadas (DTG) dos compostos pre- Th(4-MeO-BP)4 2,00 3,50
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massas iniciais eram da ordem de 7 – 8 mg, e cadinho
de platina. 3
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8
5
∆ m (mg)
4
dm/dt
∆ m (mg)
3
dm/dt
2
0
0 100 200 300 400 500 6 00 700 800 90 0
Temp. (oC)
Temp. (oC)
5
5
se até ThO a 439 ºC.
dm/dt
4 2
4
O composto da Figura 3 apresentou-se mono-
3
3
hidratado e decompôs-se a ThO 2 a 421 ºC.
22 O composto da Figura 4 apresentou 0,5 mols
de água de hidratação e decompôs-se a ThO 2 a
11
406 ºC.
Temp. (oC) 00
00
As 200
100
100
titulações
200 300
300 400
complexométricas
400 500
500 600
600 700
700 800
com
900
900
EDTA
puderam ser realizadas a partir dos dados obtidos pela
estequiometria das curvas TG e DTG, utilizando-se
massas determinadas quantitativamente da ordem de
Figura 3 - Curvas TG e DTG do composto 100 mg de cada composto, sendo estes calcinados até
Th(OH)2(4-MeO-BP)2 obtida em atmosfera óxido; estes óxidos foram tratados com HNO3 até for-
dinâmica de ar sintético com vazão de 150 mação dos respectivos sais, e o teor do cátion deter-
mL min-1; razão de aquecimento de 10 ºC minado destes por complexometria. Os resultados
min-1; suporte de platina. obtidos desta forma são demonstrados na Tabela 2.
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Tabela 2 - Resultados analíticos e termoanalíticos obtidos
Através dos dados obtidos pela termo- grau de hidratação de cada composto, confor-
gravimetria também foi possível determinar o me a tabela 3.
Tabela 3 - Resultados teóricos e práticos da porcentagem e do nº de mols de água de hidratação de cada complexo
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REFERÊNCIAS 8 SCHNITZLER, E.; MELIOS, C. B. and IONASHIRO, M.
Preparation and thermal decomposition of solid state
1 ABRÃO, A. Química e tecnologia das terras raras. CETEM, compounds of 4-methoxybenzylidenepyruvate and 4-
Rio de Janeiro, 1994. 218 p. dimethylaminebenzylidenepyruvate with iron (III); and
2 DUVAL, C. Inorganic ThermogravimetricAnalysis. Elsevier chromium (III). An. Assoc. Bras. Quím. n. 47, v. 4,
Publ. Co., Amsterdam, 1963. 722 p. 1998, p. 326-329.
3 FLASCHKA, H. A. EDTA Titrations. Pergamon Press, Oxford, 9 SCHNITZLER, E.; MELIOS, C. B.; LELES, M. I. G. and
1964. 187 p. IONASHIRO, M. Thermal behavior studies of solid state
4 IONASHIRO, M.; GRANER, C. A. F.; AND. NETTO, J. Z. compounds of 4-dimethylaminocinamilidenepyruvate with
Titulação complexométrica de lantanídeos e ítrio. Ecl. Quím. alkali-earth metals, except beryllium and radium. Ecl. Quím.
n. 8, 1983, p. 29-32. n. 25, 2000, p. 31-39.
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