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DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS (I)

Pr.Paulo Sergio Mendes

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

INTRODUÇÃO

a) Somente no NT há cerca de 300 referências a segunda vinda de Cristo.


b) O tema tem dado margem a inúmeras interpretações. Isso porque, os teólogos
têm visto estas previsões, como peças de um imenso quebra-cabeça, que
precisa ser organizado como um catálogo bíblico do porvir. Vêem como uma
narrativa histórica escrita por antecipação.
c) Examinando o NT vamos verificar que a intenção Divina é outra.
d) Jesus ao falar de sua volta alerta: “Vigiai!”. A intenção é que os discípulos
estejam vigilantes, quanto Sua vinda e que aguardem Sua volta.
e) Portanto, o propósito de Deus não é nos escrever a história com antecedência,
a fim de nos satisfazer a curiosidade quanto ao futuro, mas nos estimular à
vigilância e a confirmação da fé quanto ao Seu cumprimento.

1. A PROMESSA DA SUA VINDA

1.1. Jesus prometeu aos discípulos que voltaria. (Jo 14.2,3)

1.2. Os anjos anunciam a segunda vinda de Jesus. (At 1.9-11)

1.3. Jesus fala inúmeras vezes da sua vinda:


 Mt 16.27 – Há de vir na glória de Seu Pai, com Seus anjos, para julgar
os homens.
 Mt 24.27 – Virá como um relâmpago.
 Mc 13.26,27 – Virá com glória buscar os Seus eleitos.
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 Lc 12.40 – Há de vir repentinamente.

1.4. O apóstolo Paulo fala em cada capítulo da 1a carta aos Tessalonicenses


 Vs.1.9-10 – é a esperança do crente.
 Vs. 2.19 – naquele dia nossa glória e nossa alegria serão as vidas que
ganhamos para Jesus.
 Vs. 3.12-13 – o Senhor quer nos encontrar santos e irrepreensíveis.
 Vs. 4.16-18 – o Senhor ao som da trombeta, os que morreram em
Cristo ressuscitarão, e depois os vivos serão arrebatados.
 Vs. 5.2,6 – o Senhor Jesus virá repentinamente.

1.5. O AT faz inúmeras referências à segunda vinda de Jesus:


 II Sm 7.16 – Fala de uma promessa a Davi de que o reino de Israel
seria estabelecido para sempre.
 Sl 2.6-12 – Descreve Seu reino e julgamento das nações.
 Sl 72.8-11; 96.10 – Fala de Sua vitória sobre as nações e do Seu reino.
 Sl 110 – descreve a vitória sobre todos os seus inimigos e seu
sacerdócio e reino que não terão fim.
 Is 2.1-5 – Diz a respeito do estabelecimento do reino de Cristo e quando
julgará as nações.
 Is 11.1-10 – Fala do juízo que o Senhor trará sobre as nações.
 Is 40.3-5 – Todo o olho e toda carne verá a glória do Senhor.
 Jr 33.15 – Ele fará justiça e juízo naquele dia.
 Mq 4.1-3 – Os povos correrão para Ele e serão por Ele julgados.
 Dn 7.13,14 – A visão de Daniel da segunda vinda de Jesus.

2. EVENTOS QUE PRECEDERÃO A SEGUNDA VINDA:

2.1. Guerras, rumores de guerra; fome; terremotos. (Mt 24.6,7)


2.2. Aumento do pecado. (Mt 24.12,13)
2.3. Falsos profetas. (Mt 24.23-26)
2.4. Sinais no céu. (Mt 24.29)
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2.5. Indiferença para com Deus. (Mt 24.37-39)
3. COMO E QUANDO SE DARÁ SUA VINDA:

3.1. Será pessoal e corpórea. (At 1.11):


o Alguns declaram que a segunda vinda foi cumprida no Pentecoste,
baseados no texto de Jo 14.23
o Outros dizem que se cumpriu na sua ressurreição.
o As testemunhas de Jeová dizem que já voltou em 1914, mas não de
modo visível.

3.2. Será visível e inconfundível:


o Haverá sinais no céu e todos perceberão. (Mt 24.30, 40, 41)
o Todos haverão de ver. (Ap 1.7)

3.3. Será repentina e inesperada.


o Se dará como um relâmpago. (Mt 24.27)
o Ninguém sabe o dia e a hora. (Mt 24.36; 25.13).
o Virá como um ladrão à noite. (Mt 24.42-44; Lc 21.34)

3.4. Poderá ocorrer muito breve. (Ap 22.20)

4. PARA QUE CRISTO VIRÁ:

 Para separação dos homens:


o Em Sua primeira vinda trouxe divisão. (Lc 12.51-53; Mt 10.35,36)
o Na Sua segunda vinda concretizará e efetivará essa divisão. (Mt 24.40-
41)

 Para ressurreição dos mortos:


o Dos que dormem em Cristo. (Jo 6.39,40,44; 1 Ts 4.16)
o Dos que morreram na incredulidade. (Jo 5.28-29)
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 Para reunir os seus no arrebatamento. (1 Ts 4.17)

 Para a transformação dos seus discípulos à sua própria semelhança. (1 Co


15.50-54;1 Jo 3.2)

 Para que os discípulos permaneçam com Ele para sempre. (1 Ts 4.17; Jo


14.3)

 Para o estabelecimento de Seu Reino na terra. (Mt 26.34)

 Para o julgamento de todos de acordo com suas obras: (Mt 25.31-46)


o Dos salvos para galardão. (Rm 14.10,12; 1 Co 3.10-15; 1 Co 4.5; 2 Co
5.9-10)
o Dos incrédulos para execução da sentença. (Jo 3.18; 2 Ts 1.6-10; 2 Ts
2.12; Ap 20.11-15)

 Para a destruição das coisas existentes e o estabelecimento de novos céus


e nova terra.
(2 Pe 3.10-13; Ap 21-22)
 Para que “Deus seja tudo em todos”. (1 Co 15.28)

5. O SIGNIFICADO DA SEGUNDA VINDA PARA O CRENTE:

5.1. Todo o crente deverá:


 Amá-la. (2 Tm 4.8)
 Esperar por ela. (Fl 3.20; Tt 2.13)
 Aguardá-la com paciência. (1 Co 1.7;Tg 5.7,8)
 Apressá-la. (2 Pe 3.12)
 Permanecer firme. (1 Pe 1.13)
 Vigiar. (Mt 24.42)

5.2. Aprendemos que:


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 Devemos estar vigilantes, quanto as nossas atitudes, nosso caráter e
nosso comportamento, pois o Senhor virá quando ninguém espera. (Mt
24.42-51)
 Devemos estar preparados para uma longa espera. (Mt 25.1-13; 2 Pe
3.3-4)
 Devemos estar trabalhando. (Mt 25.14-30)

ComVida - 10/junho/2007
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DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS (II)


Pr.Paulo Sergio Mendes

O ARREBATAMENTO DA IGREJA

INTRODUÇÃO

A segunda vinda e o arrebatamento são eventos distintos? No NT não


encontramos isso com clareza. Da mesma forma como no AT a primeira e a segunda
vinda de Jesus, aparecem como se fosse um evento único, razão pela qual os judeus
não faziam qualquer distinção entre as duas ocorrências.
Sabe-se, portanto, que a “parousia” (segunda vinda) não será um evento único,
mas uma série de acontecimentos, entre eles, o arrebatamento.
Segundo alguns estudiosos, o termo arrebatamento é usado para indicar a vinda
de Cristo para sua igreja, enquanto que a expressão “segunda vinda” é usada em
alusão a vinda de Cristo à terra, a fim de estabelecer Seu reino.
Contudo, podemos afirmar que a segunda vinda de Cristo, será uma série de
acontecimentos em um determinado espaço de tempo, alguns deles serão aplicados
à igreja e outros aos homens.

6. O QUE IRÁ ACONTECER:

6.1. A DESCIDA DE CRISTO:


o Ouvir-se-á o grande brado do arcanjo e o som da trombeta. (1 Ts
4.15,16)
o Os vivos serão arrebatados e subirão ao encontro do Senhor. (1 Ts
4.17)

6.2. A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS EM CRISTO:


o Os mortos em Cristo ressuscitarão. (1 Ts 4.16; 1 Co 15.52)
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o Seus corpos ressuscitados serão incorruptíveis. (1 Co 15.42,53)
o Seus corpos serão glorificados. (1 Co 15.43)
o Serão corpos espirituais. (1 Co 15.45)

6.3. A TRANSFORMAÇÃO DOS CORPOS DOS CRENTES VIVOS:


o Os crentes serão vivificados com Cristo. (1 Co 15.22,23)
o Nossos corpos serão transformados. (Fl 3.20,21)

6.4. O ENCONTRO COM CRISTO NOS ARES:


o Os crentes encontrarão a Cristo nos ares. (1 Ts 4.16,17)
o Será diferente da segunda vinda. (Zc 14.4-5)

7. SUA DISTINÇÃO DA SEGUNDA VINDA:

O arrebatamento não pode ser visto separado da segunda vinda, mas como
parte dela. A Bíblia mostra algumas distinções a serem consideradas:

o No arrebatamento, os santos encontrarão a Cristo nos ares. Na segunda


vinda retornará com os santos no monte das Oliveiras.
o No arrebatamento o mundo continuará sem julgamento e na segunda vinda
o mundo será julgado.
o O arrebatamento envolve somente os salvos a segunda vinda envolve
tanto os salvos, quanto os perdidos.
o O NT fala de duas ressurreições, uma que ocorrerá no arrebatamento e
outra por ocasião da segunda vinda. (Jo 5.29; Ap 20.6)

8. QUANDO IRÁ ACONTECER:


o Será um tempo de dores. (1 Ts 5.2-4)
o Será um tempo de apostasia. (1 Tm 4.1-3)
o O anti-cristo terá se manifestado. (2 Ts 2.3)
o Ao som da última trombeta. (1 Co 15.52)
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ComVida – 17/junho/2007

DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS (III)


Pr.Paulo Sergio Mendes

A GRANDE TRIBULAÇÃO

INTRODUÇÃO:

 “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a


favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca
houve desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo
livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro”. (Dn
12.1).

 “... porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve
desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. (22) E se
aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa
dos escolhidos serão abreviados aqueles dias”. (Mt 24.21,22)

 “... porque naqueles dias haverá uma tribulação tal, qual nunca houve
desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais
haverá. (20) Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se
salvaria, mas ele, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles
dias”. (Mc 13.19,20)

 “Quando ouvirdes de guerras e tumultos, não vos assusteis; pois é


necessário que primeiro aconteçam essas coisas; mas o fim não será logo.
(10) Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra
reino; (11) e haverá em vários lugares grandes terremotos, e pestes e
fomes; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. (12)
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Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir,
entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à
presença de reis e governadores, por causa do meu nome. (13) Isso vos
acontecerá para que deis testemunho. (14) Proponde, pois, em vossos
corações não premeditar como haveis de fazer a vossa defesa; (15)
porque eu vos darei boca e sabedoria, a que nenhum dos vossos
adversários poderá resistir nem contradizer. (16) E até pelos pais, e
irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós;
(17) e sereis odiados de todos por causa do meu nome. (18) Mas não se
perderá um único cabelo da vossa cabeça. (19) Pela vossa perseverança
ganhareis as vossas almas. (20) Mas, quando virdes Jerusalém cercada de
exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. (21) Então, os que
estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da
cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. (22)
Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas
que estão escritas. (23) Ai das que estiverem grávidas, e das que
amamentarem naqueles dias! porque haverá grande angústia sobre a
terra, e ira contra este povo. (24) E cairão ao fio da espada, e para todas
as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios,
até que os tempos destes se completem. (25) E haverá sinais no sol, na
lua e nas estrelas; e sobre a terra haverá angústia das nações em
perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.(26) os homens
desfalecerão de terror, e pela expectação das coisas que sobrevirão ao
mundo; porquanto os poderes do céu serão abalados. (27) Então verão vir
o Filho do homem em uma nuvem, com poder e grande glória. (28) Ora,
quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas
cabeças, porque a vossa redenção se aproxima. (29) Propôs-lhes então
uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores; (30) quando
começam a brotar, sabeis por vós mesmos, ao vê-las, que já está próximo
o verão. (31) Assim também vós, quando virdes acontecerem estas coisas,
sabei que o reino de Deus está próximo. (32) Em verdade vos digo que
não passará esta geração até que tudo isso se cumpra. (33) Passará o céu
e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.” (Lucas 21.9-33)
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 “E os reis da terra, e os grandes, e os chefes militares, e os ricos, e os
poderosos, e todo escravo, e todo livre, se esconderam nas cavernas e nas
rochas das montanhas; (16) e diziam aos montes e aos rochedos: Caí
sobre nós, e escondei-nos da face daquele que está assentado sobre o
trono, e da ira do Cordeiro; (17) porque é vindo o grande dia da ira deles; e
quem poderá subsistir?” (Ap 6.15-17)

1. O QUE IRÁ OCORRER:

1.1. JULGAMENTO SOBRE O MUNDO

Os juízos ocorrerão em três etapas:

 Os selos. (Ap 6)

Aquele que é Digno de abrir o livro (do desfecho da história)


começa a desatar os selos, que são o anúncio dos últimos
acontecimentos da história.

i. 1º selo – o cavalo branco: simboliza a pregação do evangelho


em todo o mundo. (vs.1-2)
Argumentos que favorecem esta interpretação:
1. O cavalo é branco, isso é um símbolo do Cordeiro ou algo
relacionado a Ele. (vs. 1.14; 2.17; 3.4,5, 18; 4.4; 6.11;
7.9,13; 14.14; 19.11,14 e 20.11).
2. O primeiro selo não traz nenhuma maldição consigo.
3. Os selos seguem a mesma estrutura dos discursos de
Jesus em Marcos 13 e Mateus 24, quando descreve o
“principio das dores”.
4. Jesus declara que, antes que venha o fim, o evangelho
será pregado para testemunho de todas as nações. (Mc
13.10; Mt 24.14).
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5. O cavaleiro tem consigo um arco. O arco, nas Escrituras,
muitas vezes é um símbolo das vitórias Divinas. (Hc
3.9,12,13; Is 41.2; 49.2-3; Sl 45.4-5). O arco era usado
para a guerra à longa distância. Talvez indicando o tempo
em que o evangelho seria pregado a um lugar do outro
lado do mundo, como ocorre hoje pelas transmissões via
satélite.
6. A coroa, o significado é esclarecido nas palavras “saiu
vencendo e para vencer”. Indicando que a pregação do
evangelho terá vitórias, mas não necessariamente uma
conquista completa e absoluta.
7. O evangelho deverá ser pregado por todo o mundo, para
testemunho de todas as nações, não significando a
conversão de todas as nações.

ii. 2º selo – o cavalo vermelho: simboliza as guerras e o


derramamento de sangue. (vs.3-4)
1. O vermelho representa a guerra e o derramamento de
sangue.
2. Uma guerra era inconcebível nos tempos de João, pois
Roma havia aniquilado todos os grandes exércitos,
instituindo a Pax Romana.
3. Jesus, no entanto, disse que próximo do fim:
“E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai
não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça;
mas ainda não é o fim.” (7 ) “Porquanto se levantará nação
contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e
terremotos em vários lugares.” (8) “Mas todas essas
coisas são o princípio das dores.” (Mt 24.6-8)
“Pois se levantará nação contra nação, e reino contra
reino; e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá
fomes. Isso será o princípio das dores.” (Mc 13.8)
“Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e
reino contra reino;” (Lc 13.10)
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4. Foi dada a este cavaleiro uma grande espada, indicando o
grande número de mortes nestas guerras.

iii. 3º selo – o cavalo preto: simboliza escassez de alimentos (vs.5-


6)
1. A balança era usada para pesar o trigo.
2. O trigo e a cevada eram os alimentos mais baratos
naquela época.
3. Uma medida representava o consumo médio diário de um
homem.
4. Esta se tornará tão escassa e tão cara que custará o
salário de um dia (um denário) e será suficiente para
alimentar apenas uma pessoa.
5. Na época de João esse valor comprava quinze vezes mais
alimentos.
6. Esta escassez terá um limite, existirá fome, mas não
catastrófica.
7. Indica-nos que este selo também pertence ao “princípio
das dores”.

iv. 4º selo – o cavalo amarelo: representa morte pela fome, pelas


doenças e por animais selvagens. (vs.7-8)
1. Não representa morte em geral, mas morte pelas causas
mencionadas.
2. O inferno que está seguindo este cavaleiro é o Hades, em
grego, reino dos mortos.
3. As causas mencionadas são: morte à espada,
assassinatos; morte pela fome, morte por pestes, ou seja,
doenças e por meio de feras, o que indica morte violenta.
4. Uma quarta parte da terra será atingida (25% da
população?).

v. 5º selo – os mártires: os que morreram porque creram no


testemunho de Cristo. (vs.9-11)
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1. João vê as almas dos mártires sob o altar.
2. Os mártires do cristianismo são vistos como sacrifícios
oferecidos a Deus.
3. A morte ocorreu na terra, porém, o sacrifício na verdade
ocorreu no céu.
4. Entende-se que João vê todos os mártires cristãos em
todas as épocas.
5. Estes mártires foram mortos por causa da palavra de
Deus. (vs. 12.11,17 e 20.4)
6. Estas almas estavam clamando por juízo e para que seu
sangue fosse vingado. (Lc 18.7-8)
7. Os mártires recebem uma veste branca (símbolo da
felicidade e da salvação em Cristo) e a ordem para que
repousem.
8. A expressão “O testemunho que sustentavam”, nos faz
entender ligeiramente, que os cristãos davam testemunho
de Cristo. Um estudo mais profundo, no entanto, nos
mostra que quem deu o testemunho foi Jesus e os que
creram foram mortos por causa disto.

vi. 6º selo – a natureza em colapso. (vs. 12-17)


1. As perturbações cósmicas são preditas no Antigo
Testamento:
“O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue,
antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”. (Jl
2.31)
“Multidões, multidões no vale da decisão! Porque o dia
do Senhor está perto, no vale da decisão. (15) O sol e a
lua escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor.” (Jl
3.14,15)
“Pois assim diz o Senhor dos exércitos; Ainda uma
vez, daqui a pouco, e abalarei os céus e a terra, o mar e a
terra seca”. (Ag 2.6)
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“Pois as estrelas do céu e as suas constelações não
deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e
a lua não fará resplandecer a sua luz”. (Is 13.10)
“Pois as estrelas do céu e as suas constelações não
deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e
a lua não fará resplandecer a sua luz”. (Is 34.4)
“Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia;
também os céus, e não tinham a sua luz”. (24) “Observei
os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os
outeiros estremeciam”. (25) “Observei e eis que não havia
homem algum, e todas as aves do céu tinham fugido”. (26)
“Vi também que a terra fértil era um deserto, e todas as
suas cidades estavam derrubadas diante do Senhor,
diante do furor da sua ira”. (27) “Pois assim diz o Senhor:
Toda a terra ficará assolada; de todo, porém, não a
consumirei”. (28) “Por isso lamentará a terra, e os céus em
cima se enegrecerão; porquanto assim o disse eu, assim o
propus, e não me arrependi, nem me desviarei disso.” (Jr
4.23-28)

2. Jesus fala no Novo Testamento:


“Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o
sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e
os poderes dos céus serão abalados.” (Mt 24.29)
“Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de
Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós
mesmas, e por vossos filhos.” (29) “Porque dias hão de vir
em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres
que não geraram, e os peitos que não amamentaram!”
(30) “Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós;
e aos outeiros: Cobri-nos.” (Lc 23.28-30)
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3. A linguagem não é somente poética ou simbólica, mas
descreve uma catástrofe cósmica real de caráter
inconcebível para nós.
4. É difícil explicar como isso irá acontecer, mas, irá
convencer o homem de que o dia do Senhor chegou e
está prestes a aparecer.

vii. 7º selo – o silêncio (Ap 8.1)


1. Os seis primeiros selos do livro, que contém a narrativa
dos acontecimentos que antecedem o fim – ou principio
das dores, já foram abertos. Chegou à hora de quebrar o
último selo.
2. O ultimo selo começa com o silêncio da expectativa dos
terríveis acontecimentos que estão por vir.
3. O sétimo selo nos apresenta sete trombetas e sete
flagelos. Temos os aspectos mais importantes do tempo
do fim, curto, mas terrível. Com cada trombeta e cada taça
da ira é derramada uma praga sobre a terra. Estas taças
são expressões da ira do Deus santo, contra uma
civilização que decidiu viver no pecado, leal ao Anticristo e
contra Deus.
4. Com eles se consumará a ira de Deus sobre a terra. (Ap
15.1)
5. Deus não só pensa em julgamento, seu propósito com as
pragas também é misericordioso. Sua ira quer levar as
pessoas ao arrependimento. É o que vemos em Ap
9.20,21 e 16.11
6. Os anjos recebem ordem do Senhor para não danificarem
a terra, até que os servos de Deus sejam selados. (Ap 7.1-
3).
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7. Mais uma vez vemos que o julgamento de Deus cairá
sobre o mundo em resposta a oração de todos os santos e
não somente dos mártires. (vs. 3-4)

 As trombetas. (Ap 8-9)

Esta é a segunda etapa do julgamento de Deus sobre a terra. Os


selos nos descrevem o principio, ou os sinais que identificam a vinda do
dia do Senhor. As trombetas nos levam aos acontecimentos do fim.

i. 1ª trombeta – a Terra é ferida. (vs. 8.7)


1. Um terço da terra (o mundo físico) será destruída.
2. As árvores e a vegetação serão destruídas.
3. De acordo com o texto granizo e fogo seriam lançados
sobre a terra.

ii. 2ª trombeta – o mar é ferido. (vs. 8.8-9)


1. Um acontecimento como esse é difícil imaginar. Um
grande monte de chamas sendo lançado ao mar.
2. Um terço dos peixes serão mortos.
3. Uma terça parte das embarcações será destruída.

iii. 3ª trombeta – as fontes são feridas. (vs. 8.10-11)


1. Um grande meteoro em chamas caiu do céu.
2. Um terço dos rios e das fontes de água foi envenenado.

iv. 4ª trombeta – os céus são feridos. (vs. 8.12-13)


1. Lembra-nos a nona praga do Egito (Ex 10.21)
2. Não se sabe o que aconteceu aos corpos celestes,
somente que escureceram.
3. Neste caso a escuridão não será total, pois somente um
terço será atingido.
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4. Logicamente isso é impossível, mas não perturba, nem
invalida o pensamento apocalíptico.
5. O resultado, portanto, é que um terço do dia e um terço da
noite estarão sem luz.

v. 5ª trombeta – os homens são feridos. (vs.9.1-12)


1. A natureza sofreu o julgamento de Deus, como
advertência aos homens.
2. A quinta e a sexta trombeta afetam diretamente os
homens e suas pragas são piores.
3. De acordo com o Apocalipse, as maldições foram
anunciadas por uma águia, elas atingirão a todos, menos
a igreja que estará selada por Deus. (vs. 9.4)
4. São gafanhotos diabólicos (demônios) que atacam o corpo
das pessoas, mas não as matam. (vs. 9.3)
5. As pessoas serão atormentadas por um tempo e
intensamente. (vs. 9.5) Sabe-se que, num período de
cinco meses no ano, os gafanhotos de vez em quando
atacam as plantações. Na narrativa do apocalipse, eles
atacam continuamente.
6. Esses gafanhotos tinham a cauda como escorpiões. A
picada do escorpião raras vezes é fatal, mas suas dores
são insuportáveis. O sofrimento das pessoas será tanto
que desejarão a morte como alivio, mas Deus não
permitirá que isso ocorra. (vs. 9.5,6)
7. O Apocalipse fala (nos versos 9.7-10) da inteligência, da
ferocidade e da voracidade destes demônios. Ninguém
poderá detê-los.
8. Eles receberão ordens de Abadom, ou Apolion que
significa o destruidor. (vs. 9.11)

vi. 6ª trombeta – a morte de milhões. (vs. 9.13-21)


1. Mais uma vez o julgamento será através de demônios.
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2. São quatro anjos, são maus porque estão amarrados junto
ao rio Eufrates. Lideram uma multidão de outros
demônios. (vs. 9.14,16)
3. Somente poderão agir, quando Deus permitir e irão matar
um terço da humanidade. (vs. 9.15) (Hoje isso representa
mais de dois bilhões de pessoas!)
4. As palavras utilizadas para descrever estes demônios são
infernais e destruidoras. (vs. 9.17-18)
5. Estes demônios, representados por cavalos com cauda
como serpentes, nos indicam que além do sofrimento,
trarão consigo a morte. (vs. 9.19)
6. Deus espera que diante de todo esse sofrimento haja
arrependimento entre os homens, mas estes preferem à
rebeldia do pecado. (vs. 9.20,21)

vii. 7ª trombeta – (vs. 11.15-19)


1. Lembrando o paralelismo literário do Apocalipse, o sétimo
selo (vs. 8.1) não tem um conteúdo em si, mas traz a
descrição das sete trombetas (8.1 – 9.20). Da mesma
maneira a sétima trombeta, não contém nenhuma
maldição, nos levando a concluir que as sete taças que
trazem os sete flagelos, constituem a sétima trombeta.
2. A sétima trombeta inicia o período do fim. (vs. 10.17)
3. É o período mais extenso, como veremos.
4. Já passou o primeiro e o segundo ai (maldições
anunciadas pela águia, na quinta trombeta), vem agora o
terceiro ai, que são os sete flagelos. (vs. 11.14)

 As taças. (Ap 16)

Existem semelhanças entre os flagelos (pragas) trazidas pelas


sete taças e as trazidas pelas sete trombetas, e ambas as séries têm
semelhanças com as pragas do Egito. Os flagelos das taças são bem
19
mais intensos e devastadores. A ira de Deus é derramada sobre aquele
que quer frustrar o plano de Deus para o mundo – a besta.
Nesta terceira série do julgamento divino, não há interrupção,
como houve nas duas anteriores. O sétimo e último flagelo é a
destruição de Babilônia – a capital do império do Anticristo. Estes
flagelos é a resposta de Deus ao último e maior esforço de Satanás
para derrubar o governo divino.

i. 1ª taça – o flagelo dos tumores malignos. (vs. 16.1-2)


1. Atinge diretamente as pessoas.
2. Não atinge as pessoas em geral, mas somente os que
possuem a marca da besta e a adoram.

ii. 2ª taça – o flagelo da poluição do mar. (vs. 16.3).


1. Quando a segunda trombeta soou, uma terça parte do mar
foi destruída. (vs. 8.9)
2. Desta vez, todas as criaturas do mar morrem.

iii. 3ª taça – o flagelo da poluição dos rios e das fontes. (vs. 16.4-7)
1. A terceira trombeta trouxe uma praga que afetou uma
terça parte dos rios e das fontes (vs. 8.11)
2. Neste flagelo, não há limitação.
3. Muitos morreram pela praga da trombeta. Mesmo que não
esteja registrado, podemos presumir que este flagelo trará
grande sofrimento e morte.

iv. 4ª taça – o flagelo do calor excessivo. (vs.16.8-9)


1. O sol irá queimar os homens.
2. O calor sobre a terra será intenso.
3. O aquecimento global, comprovado pela ciência, nos
apresenta a realidade deste flagelo.
4. As pessoas reconhecerão tratar-se de uma ação divina,
mas se recusarão a dar glória a Deus.
20
v. 5ª taça – atinge o centro de poder da besta (vs. 16.10,11)
1. Estes flagelos não representam a ira de Deus sobre o
pecado dos homens, mas sobre a civilização demoníaca
dos últimos dias.
2. Traz uma escuridão sobrenatural e uma dor e agonia
irresistível, ao ponto de levar os homens a morderem a
própria língua.
3. Podemos imaginar que as trevas intensas devem
aumentar o sofrimento causado pelo flagelo anterior.
4. Mais uma vez, os homens reconhecerão o juízo Divino,
mas, com seus corações endurecidos, recusarão
arrepender-se.
5. Ao contrário disso irão blasfemar ainda mais contra o
Deus do céu.

vi. 6ª taça – o preparo para a batalha final (vs. 16.12-16)


1. Este flagelo não traz uma praga sobre a humanidade.
2. João vê o rio Eufrates se secando (vs. 16.12).
3. Na linguagem profética do AT, o rio Eufrates é o limite da
terra prometida (Gn 15.18; Js 1.4) e atrás dele sempre
havia inimigos aguardando uma oportunidade para invadir
o povo de Deus. (Is 7.20; Jr 46.10)
4. Na sexta trombeta os anjos que lideram os demônios
destruidores estão amarrados junto ao rio Eufrates.
5. O rio seco representa o fim do limite, ou a remoção da
barreira que retém os povos inimigos.
6. João vê sair três “espíritos imundos” sair da boca do falso
profeta (a segunda besta), mostrando o caráter
demoníaco desta batalha.
(vs 16.13)
7. Esta guerra não será meramente um movimento político
ou militar, mas uma manifestação escatológica da luta
secular entre Deus e Satanás.
21
8. Estes espíritos juntarão todo o governo humano contra o
Messias, na batalha do grande dia do Deus Todo-
poderoso. (vs. 16.14)
9. O lugar dessa batalha será o Armagedom. (vs 16.16)
Palavra difícil de interpretar, uma vez que o seu
equivalente em hebraico seria “har megiddon” – montanha
do Megido. O problema é que Megido não é uma
montanha, mas uma planície, localizada entre a Galiléia e
o mar Mediterrâneo. O Megido fora palco de grandes
batalhas para Israel. (Jz 5.19; 2 Re 9.27; 23.29 e 2 Cr
35.22)
10. Seja qual for à origem do termo, está claro que
Armagedom quer dizer o lugar da batalha final entre os
poderes do mal e o Reino de Deus.

vii. 7ª taça – o julgamento de Deus sobre Babilônia. (vs.16.17-21)


1. Babilônia – a sede do poder da besta.
2. Uma voz diz: “Está feito!” (vs. 17) indicando que a ação
Divina será completa.
3. O verso 19 diz que a cidade foi dividida em três partes,
ficando clara que foi transformada em ruínas. As cidades
que apoiaram a besta também foram destruídas.
4. Durante o curto reinado do Anticristo parecerá que Deus
se esqueceu de seu povo. O mal aparentemente estará
vencendo, não havendo perspectiva de libertação. Mas
Deus não esquece (“Lembrou-se Deus da grande
Babilônia...”).
5. O sétimo flagelo não foi uma praga, mas a destruição de
Babilônia (o centro do poder do Anticristo) e o anúncio de
que o fim é chegado.

1.2. PERSEGUIÇÃO CONTRA ISRAEL


22
i. Mateus 24.9,22
1. Será um tempo de forte perseguição e tribulação para o
seu povo.
2. Jesus adverte que, por causa dos escolhidos, estes dias
serão abreviados. De outra forma ninguém se salvaria.
ii. Apocalipse 12
1. O texto nos descreve a ação feroz de Satanás contra a
Obra de Cristo.
2. Cinco personagens fazem parte deste capitulo.
a. A Mulher, simbolizando Israel, ou o povo ideal de
Deus (Gl 4.26);
b. O Dragão, símbolo do diabo (vs. 3,4);
c. O Filho, símbolo de Cristo (vs. 5,6);
d. Miguel, anjo guarda de Israel (Dn 10.13,21; 12.1),
símbolo do socorro Divino (vs. 7-12) e
e. Os Restantes, símbolo dos crentes (vs. 17)
3. Vs. 3,4 – O intento do dragão (Satanás) é devorar o Filho
(Jesus) e lutar contra os “irmãos”, que são os crentes
(vs.10).
4. Vs. 5 – O Filho é o Messias, o Cristo ressurreto, que
reinará sobre as nações com cetro de ferro (cf. Is 11.4).
5. Vs. 7- 9 – O diabo não conseguiu vencer a Cristo na terra,
tenta invadir o céu para continuar sua luta contra o Filho
de Deus, mas acaba sendo derrotado. Sendo atirado para
a terra.
6. Vs. 10-12 – É proclamada a vitória do povo de Deus e os
motivos de seu triunfo:
a. O Sangue de Cristo: os santos venceram, não por
seus méritos, mas por causa da vitória de Cristo.
b. Seu testemunho: o fato de testificarem de Cristo e
da Sua Palavra, lhes conferiu poder para enfrentar
o desafio do mal dia a após dia.
c. Não amaram a própria vida: a vitória espiritual
pertence aquele que se dedica a Deus. (Rm 12.1)
23
7. Vs. 13-17 – O diabo, lançado de volta a terra, aumenta
seu ódio contra Cristo, redobrando sua fúria contra os
seguidores de Jesus e contra a mulher. Isso explica as
terríveis perseguições que caracterizarão o período da
grande tribulação. (vs. 13.7,17; Mt 24.21).
1.3. SALVAÇÃO DE MULTIDÕES. (AP 7)

João tem a visão de duas multidões. A primeira eram doze mil de cada
uma das doze tribos de Israel, somando 144 mil. A segunda era incontável,
pessoas de todos os povos, raças e linguas (vs. 4,9).

i. A primeira multidão – os 144 mil (vs. 4-8)


1. Alguns intérpretes vêem como sendo uma referência à
salvação do povo judeu.
2. Este argumento enfrenta dificuldades, pois eles são
chamados “servos de Deus”, indicando que já estão
convertidos. (vs. 3)
3. A multidão é selada para a proteção e não para a
salvação. (vs.3,4)
4. A relação das tribos não é mesma do Israel escatológico
de Ez 48.
5. Encontramos no Apocalipse várias vezes a distinção entre
o Israel físico e o Israel espiritual. (vs. 2.9; 3.9)
6. A não exatidão na lista das doze tribos (diferente do Israel
físico), nos leva a crer que João estaria tendo a visão do
Israel espiritual.
7. Sendo assim, esta multidão simboliza os crentes, que uma
vez selados por Deus, permanecem fiéis a Ele em meio à
tribulação.

ii. A segunda multidão – o grupo incontável (vs. 9-17)


1. Este grupo compõe-se de salvos de todas as nações.
24
2. Eles estão vestidos de branco e trazem palmas nas mãos.
Indicando sua libertação e vitória, do domínio do
Anticristo. (vs. 9)
3. Eles louvam a Deus que os salvou e deu vitória sobre a
perseguição e a morte. (vs. 14,16,17)
4. As duas multidões representam a igreja vista à luz de dois
aspectos da grande tribulação.
5. A primeira representa a igreja que é selada para estar
protegida das pragas que expressam a ira de Deus.
6. A segunda mostra a igreja que enfrentou a perseguição e
a morte, o que tem ocorrido por toda a história, e
encontra-se vitoriosa diante do trono do Deus Todo
Poderoso.

1.4. ASCENSÃO E DOMÍNIO DO ANTICRISTO

R.N. Champlin afirma que o anticristo será um instrumento nas mãos de


Deus para provocar a destruição necessária a fim de aniquilar e reduzir a
zero os sistemas político, econômico e militar. Isso possibilitará o inicio de
um novo ciclo. Segundo o autor, “sem a destruição dos antigos sistemas,
seria impossível a inauguração da nova era, ou o milênio”.
Alguns acreditam que o anticristo será um só homem com muitos
poderes, veja o que os textos bíblicos nos revelam:

i. Segunda Carta aos Tessalonicenses:


1. O apostolo Paulo fala de um arqui-inimigo de Cristo. Ele é
chamado de “homem da iniqüidade”. (2 Ts 2.3,8-9)
2. Sua característica mais destacada é o desprezo à lei. (cf.
Dn 7.25)
3. Paulo o apresenta não como um pseudo-Messias, mas
como um falso deus. Ele não imita Deus, mas é contra
Ele. (2 Ts 2.4; Dn 11.36)
25
4. Seu destino já está traçado, Cristo o matará com o sopro
de Sua boca. (2 Ts 2.8; Ap 19.15,20; cf Is 11.4)
5. O apóstolo Paulo vê o anticristo como sendo o clímax
pessoal de um principio de rebeldia que já está operando
secretamente, o “mistério da iniqüidade”. (2 Ts 2.7) Este
espírito satânico será encarnado no “iníquo”, quando Deus
retirar Sua mão refreadora, que preserva a lei e a ordem.

ii. Cartas de João:


1. João fala de muitos anticristos negando a Jesus. (2 Jo 7)
2. O anticristo nega a Jesus e ao Pai. (1 Jo 2.22)
3. O seu espírito já está no mundo. (1 Jo 4.3)

iii. Apocalipse:
1. É a besta que surge do abismo, do mar e também da
terra.
(11.7; 13.1,11).
2. Sua natureza é descrita por três feras (Ap 13.2 cf Dn 7):
a. Leopardo, perigosamente mau.
b. Pés de urso, grande força.
c. Boca de leão, devora tudo.
3. O poder, o governo e autoridade vêm do dragão, satanás.
(13.2b, 4)
4. O mundo a seguirá. (13.3b)
5. Terá autoridade sobre as nações. (13.7b)
6. Levará as pessoas a adorarem a satanás. (13.4,8)
7. Tudo o que falar e o que fizer será contra Deus. (13.5,6)
8. Perseguirá os que servem a Deus e os matará. (13.7,9
e10)
9. O Apocalipse apresenta uma segunda besta, que não
compete com a primeira, mas está a seu serviço.
(13.11,12)
10. Terá aparência de um cordeiro, mas falará como dragão.
(13.11)
26
11. Sua ação será no âmbito religioso, fará sinais miraculosos
e prodígios. (13.13,14)
12. Enganará aos homens. (13.14)
13. Matará todos os que não adorarem a imagem da primeira
besta. (13.15)
14. Agirá por um tempo determinado. (13.5b)
15. A primeira besta, anticristo incorpora o poder civil,
inspirado por satanás, a segunda (o falso profeta)
representa o poder religioso.
(Ap 13.11)
16. Conclui-se, então, que a besta terá domínio político
(13.13.2b), militar (13.4b), econômico (13.16,17) e
religioso (13.12).

iv. Suas características:


De acordo com R.N.Champlin (Enc. Bíblia, Teologia e
Filosofia – Vol 1):
1. Negará tanto o Pai como ao Filho. (1 Jo 2.22)
2. Negará a importância e o significado da encarnação de
Cristo.
(1 Jo 4.3, 2 Jo 7).
3. Promoverá o espírito do anticristo no mundo.
4. Será capaz de seduzir e enganar.
5. Será um gênio do mal.

2. SUA DURAÇÃO:

 Quarenta e dois meses (3 anos e ½ ). (Ap 11.2)


 Mil duzentos e sessenta dias. (Ap 11.3)
 Metade de uma semana. (Dn 9.27)
 Um tempo, dois tempos e metade e de um tempo. (Dn 9.25;12.7)
27
 Não devemos tomá-lo literalmente, mas representam o tempo em que
satanás exerce seu poder no mundo com referencia especial aos últimos
dias do anticristo.
 Será um período curto, porém determinado de aflição.

ComVida – 08/julho/2007 a 12/agosto/2007


Pr.Paulo Sergio Mendes
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. CHAMPLIN, R. N. “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”.


Volume 6. São Paulo, A Voz Bíblica, 1980.
2. ____________ e BENTES, J.M. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia”.
Volumes 1 e 6, São Paulo, Editora e Distribuidora Candeia, 1991
3. ELWELL, W.A. “Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã” Volumes 1e 3.
São Paulo, Edições Vida Nova, 1988
4. LADD, G “Apocalipse, introdução e comentário”. São Paulo. Edições Vida Nova
e Mundo Cristão, 2ª edição, 1982.
5. RYRIE, C.C. “A Bíblia Anotada”. São Paulo, Editora Mundo Cristão, 1ª edição,
1991
6. SHEDD, R.P. “A Bíblia Vida Nova”. São Paulo, Edições Vida Nova, 1980
28

DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS (IV)


Pr.Paulo Sergio Mendes

O MILÊNIO

INTRODUÇÃO:

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande


cadeia na sua mão. (2) Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e
Satanás, e o amarrou por mil anos. (3) Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou
sobre ele, para que não enganasse mais as nações até que os mil anos se
completassem. Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.
(4) Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de
julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de
Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não
receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo
durante mil anos.(5) Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se
completassem. Esta é a primeira ressurreição.(6) Bem-aventurado e santo é aquele
que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte;
mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.
(7) Ora, quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,(8) e
sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue,
cujo número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha”
Apocalipse 20.1-8

a) A palavra “milênio” deriva do latim que significa mil.


29
b) O milênio refere-se ao reinado de Cristo na terra em substituição total ao
império do anticristo.
c) R.G.Clouse (em um artigo na Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja
Cristã, Vol. 2, p.518) define como “um tempo quando os anseios de toda a
humanidade por uma sociedade ideal, caracterizada pela paz, liberdade,
prosperidade material e um reino de justiça, serão satisfeitos”.
d) Alguns entendem o milênio no sentido literal de mil anos. Outros o
entendem no sentido figurado de um longo e indefinido período de tempo.
Georg Ladd diz que, “não precisamos tomar o numero literalmente, mas
todas as aparências indicam que ele representa um período de tempo real
(e ideal), não importa se curto ou longo”.
e) Este reinado existirá em cumprimento a muitas profecias do AT, antes do
julgamento final e o fim do mundo:
i. Salmos 72.1-20;
ii. Isaías 2.2-4; 9.3-7; 11; 24; 32.1-4; 35; 44; 49; 65; 59.16-18 e
63.1-6;
iii. Jeremias 23.5-7; 33.14-16;
iv. Ezequiel 36.16-18; cap. 40-48;
v. Zacarias 6.12-14;
vi. Daniel 7.1-28;
vii. Miquéias 4.1-4
f) No NT temos os seguintes textos:
i. Mateus 25.31-32 e
ii. 1 Coríntios 15.24-28

1. ACONTECIMENTOS RELACIONADOS AO MILÊNIO:

1.1. Será um tempo de inatividade para satanás:


a) Depois da destruição do anticristo, vem a destruição do próprio
satanás, que se dá em duas etapas.
b) A primeira será no milênio quando será amarrado e preso no
abismo. (Ap 20.1-3)
30
c) É designado como a antiga serpente (ver tb Ap 12.9) sugerindo uma
derrota sua anterior.
d) Seus poderes não estão anulados, mas foram drasticamente
reduzidos.

1.2. As nações da terra não estarão sob o controle do diabo:


a) O domínio do anticristo e do falso profeta foi totalmente destruído
com a vinda de Jesus.
b) A prisão de satanás será preventiva para que durante este tempo
ele não engane as nações. (Ap 20.3)

1.3. Cristo virá inaugurará o milênio e haverá a primeira ressurreição.


a) Somente os salvos haverão de ressuscitar. (Ap 20.4-6)
b) A ressurreição será física e corpórea. (Ap 20.6)

1.4. Os santos, os mártires e os que não adoraram a besta e nem


receberam sua marca haverão de governar o mundo juntamente com
Cristo.
a) João vê três grupos de pessoas: os santos em geral, os mártires e
os santos vivos.
b) Jesus promete que os vencessem participariam de seu trono. (Ap
3.21)
c) Esta promessa também foi dada em Ap 2.26-28 e repetida em 5.9-
10.
d) Os crentes são reino, não por serem o povo que tem Jesus por rei,
mas por participarem do seu governo.
e) João, como também Daniel, não vê apenas um trono, mas muitos.
(Dn 7.9)

1.5. Terminados os mil anos, satanás será solto de sua prisão.


a) Durante o milênio satanás não muda de ambição. (Ap 20.8)
b) Será solto e sairá a seduzir as nações. Gogue é o príncipe da terra
de Magogue em Ezequiel 38.1, reino que veio do norte para lutar
31
contra Israel. Representam no Apocalipse as nações que se rebelam
contra Deus e se tornaram hostis ao seu povo.
c) Suas armas mais eficientes tem sido a sedução e a mentira. (Jo
8.44; 1 Jo 2.22)

2. CARACTERÍSTICAS DO MILÊNIO:

a. Jesus possuirá controle absoluto. (Fl 2.10-11)


b. Será um período de domínio em justiça. O padrão previsto no Sermão
da Montanha será uma realidade.
c. Terá uma dimensão política e paz em escala mundial. (Is 2.4; Mq 4.3)
d. Haverá harmonia dentro da criação. (Is 11.8-9; 65.25)
e. Os santos reinarão juntamente com Cristo. (Ap 20.6;

3. PROPOSITOS DO MILÊNIO:

a. Evitar a destruição total da terra e da população. A terra inteira será


renovada. (Rm 8.19-22)
b. Estabelecer o reino de Cristo na terra. Será um período de preparação
para o estado eterno. (Dn 7.13,14)
c. Quebrar o poder do mal e de satanás
d. Cumprir as profecias sobre a salvação de Israel, uma vez que os
gentios já alcançaram sua plenitude. (Is 11; 12.6; Rm 11.25,26)
e. Prover um teste final para a humanidade. Todos conhecerão o que é o
reino de Jesus e experimentarão o governo. Mesmo assim, satanás
quando solto encontra corações abertos para enganar e seduzir. Isso
prova que o problema do pecado está no caráter rebelde do coração do
homem.

ComVida – 12/agosto/2007
32
Pr.Paulo Sergio Mendes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. ERICKSON, M.J. “Opções Contemporâneas na Escatologia – Um Estudo do


Milênio”, São Paulo, Edições Vida Nova, 1991.
2. CHAMPLIN, R.N. e BENTES, J.M. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia”. Volume 4, São Paulo, Editora Candeia, 1991.
3. LADD, GEORGE “Apocalipse introdução e comentário” Série Cultura Bíblica.
São Paulo. Edições Vida Nova, 1982
4. RYRIE, C.C. “A Bíblia Anotada”. São Paulo. Editora Mundo Cristão, 1ª edição,
1991.
5. SHEDD, R.P. “A Bíblia Vida Nova”. São Paulo. Edições Vida Nova, 1980.
6. ELWELL, W.A. “Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã”. Volume 2.
São Paulo, Edições Vida Nova, 1988
33

DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS (V)


Pr.Paulo Sergio Mendes

OS JUÍZOS FUTUROS (JUÍZO FINAL)

INTRODUÇÃO:

a) Mateus 25.31-33

“Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele,
então se assentará no trono da sua glória; (32) e diante dele serão reunidas todas
as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos; (33) e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda”.

b) 2 Coríntios 5.10

“Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de


Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que
praticou o bem ou o mal”.

c) Hebreus 9.27

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o
juízo,...”

d) 2 Pedro 2.9
34
“... também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o
dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados;”

e) Judas 14,15

“Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis
que veio o Senhor com os seus milhares de santos, (15) para executar juízo
sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que
impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores
contra ele proferiram.”

Foi também predito no AT:

f) 1 Crônicas 16.33

“... então jubilarão as árvores dos bosques perante o Senhor, porquanto vem
julgar a terra.”

g) Salmos 9.7

“Mas o Senhor está entronizado para sempre; preparou o seu trono para
exercer o juízo”.

h) Salmos 96.13

“Exulte o campo, e tudo o que nele há; então cantarão de júbilo todas as
árvores do bosque (13) diante do Senhor, porque ele vem, porque vem julgar a terra:
julgará o mundo com justiça e os povos com a sua fidelidade”.

i) Eclesiastes 3.17

“Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um


tempo para todo propósito e para toda obra”.
35

Há um dia marcado para o juízo (At 17.31; Rm 2.16), porém sua ocasiao é
desconhecida para nós (Mc 13.32)

1. COMO É CHAMADO NAS ESCRITURAS:


a. Dia da ira. (Rm 2.5; Ap 6.17)
b. Revelação do justo juízo de Deus. (Rm 2.5)
c. Dia de juízo. (2 Pe 3.7)
d. Dia da destruição. (Jó 21.30)
e. Julgamento do grande dia. (Jd 6)

2. COMO OCORRERÁ:
a. Nesse dia livros serão abertos. (Dn 7.10; Ap 20.12)
b. Terá Cristo como juiz. (Jo 5.22,27; At 10.42; Rm 14.10 e 2 Co 5.10)
c. Os santos estarão ao Seu lado. (1 Co 6.2; Ap 20.4)
d. Acontecerá na vinda de Cristo. (Mt 25.31; 2 Tm 4.1)

3. OS CRITÉRIOS DO JULGAMENTO:
a. Os pagãos, pela lei da consciência. (Rm 2.12,14-16)
b. Os judeus, pela lei de Moisés. (Rm 2.12,13)
c. Os crentes, pelo Evangelho. (Tg 2.12,13)

4. QUEM SERÁ JULGADO:


a. Todas as nações. (Mt 25.32)
b. Todos os homens. (Hb 9.27; 12.23)
c. Pequenos e grandes. (Ap 20.12)
d. Vivos e mortos. (2 Tm 4.1; 1 Pe 4.5)

5. O QUE SERÁ JULGADO:


a. Todas as ações. (Ec 11.9; 12.14; Ap 20.13)
b. Todas as palavras. (Mt 12.36,37; Jd 15)
c. Todos os pensamentos. (Ec 12.14; 1 Co 4.5)

6. A CONDIÇÃO DO HOMEM DIANTE DO JULGAMENTO:


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a. Ninguém, por natureza, pode sair vencedor. (Sl 130.3; 143.2; Rm 3.19)
b. Somente através de Jesus Cristo é que o homem poderá ser vencedor no
julgamento. (Rm 8.33,34)

7. O RESULTADO FINAL DO JULGAMENTO:


a. Os santos serão galardoados. (2Tm 4.8; AP 11.18)
b. Os ímpios serão condenados. (Mt 7.22,2; Mt 25.41)
c. Os ímpios receberão seu castigo. (Mt 13.40-42; 25.46)
d. Os demônios serão condenados. (2 Pe 2.4; Jd 6)

8. O PROPÓSITO DO JULGAMENTO:
D.A. Hubbard, em artigo na Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã,
(p.586) aponta os seguintes as aspectos como propósito para o julgamento final:

a. O triunfo final da vontade de Deus.


b. A declaração de que Deus é justo – as afrontas à Sua glória são castigadas, e
todos os reconhecimentos são recompensados.
c. O clímax do ministério de Cristo.
d. Cumprir os propósitos de Deus para as histórias humana e cósmica.
e. Estabelecer a responsabilidade humana – todos os crentes responsabilizados
pelas suas obras e todos os descrentes, pela sua rebeldia.
f. O motivo para as missões cristãs – a única esperança do mundo é a salvação
em Cristo.
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DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS (VII)


Pr.Paulo Sergio Mendes

TEORIAS SOBRE A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

1. AMILENISTAS:
Para os amilenistas, o milênio não virá no fim do mundo, mas é um símbolo do
período da existência e da ação da Igreja na história, no fim do qual acontecerão
à segunda vinda de Cristo, a ressurreição, o juízo final e a vida eterna.
Resumidamente, temos rápido panorama apresentado por M.J.Erickson, em
seu livro “Opções Contemporâneas na Escatologia” (p. 62 s.):
a) A segunda vinda de Cristo inaugura a era final e o estado final tanto para
crentes como para incrédulos.
b) Os mil anos descritos em Apocalipse 20 são atemporais. São simbólicos e
não literais.
c) As duas ressurreições não são físicas. A primeira é espiritual (ocorreu no
momento da conversão) e a segunda é física.
d) As profecias não serão cumpridas dentro de um período de mil anos, mas
dentro da história da Igreja.
e) Acreditam na iminência da segunda vinda, ou seja, Jesus pode voltar a
qualquer tempo.

2. PÓS-MILENISMO:
Os pós-milenistas ensinam que, pelo poder do evangelho, haverá um período
de 1000 anos de paz e justiça na terra, e depois disso acontecerão à segunda
vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos, o juízo final e a vida eterna.
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Observemos o que acrescenta M.J.Erickson, em seu livro “Opções
Contemporâneas na Escatologia” (p. 47 s.):
a) O reino de Deus é uma realidade presente. È o governo de Cristo no
coração dos homens.
b) Esperam a conversão de todas as nações antes da volta de Cristo. (Mt
24.14) Esta não será uma realização humana, através de uma boa
metodologia, mas sim realização de Deus por obra do Espírito Santo.
Haverá um reavivamento em escala mundial. Poderá ser rápido ou
paulatinamente.
c) Haverá um longo período de paz na terra, chamado milênio, como
conseqüência da pregação do evangelho. Não somente cessarão os
conflitos entre as nações, mas também cessarão as disputas entre classes
e raças.
d) O crescimento do reino é paulatino. À medida que o evangelho vai sendo
propagado o reino irá se estendendo.
e) No final do milênio haverá um período de apostasia. Uma explosão de
iniqüidade virá com o surgimento do anticristo.
f) O milênio terminará como a volta pessoal e física de Cristo.
g) A volta de Jesus trará a ressurreição dos mortos, justos e injustos.

3. PRÉ-MILENISMO:
De acordo com o pré-milenismo, a segunda vinda de Cristo vai acontecer
antes do seu reinado de 1000 anos na terra, junto com os salvos que participarem
da primeira ressurreição. Depois desse período literal de 1000 anos, acontecerão
à ressurreição dos ímpios (2ª ressurreição), o juízo final e a vida eterna.
Vejamos o que M.J.Erickson, em seu livro “Opções Contemporâneas na
Escatologia” (p. 76 s.) nos apresenta:
a) Um reino terrestre será estabelecido pela segunda vinda de Cristo.
b) Este reino será de perfeita paz, retidão e justiça entre os homens.
c) Jesus estará presente fisicamente.
d) Será inaugurado pela segunda vinda de modo dramático e cataclísmico.
Não haverá dúvidas quanto ao começo do milênio.
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e) A volta de Cristo será semelhante à Sua partida. Dramática, facilmente
observada por qualquer pessoa.
f) Não será uma melhoria das condições humanas, pois será precedido por
uma deterioração. As condições serão transformadas de modo
sobrenatural.
g) Os pré-milenistas acreditam que uma “grande tribulação” imediatamente
precederá o milênio, destacando os seus efeitos.
h) A segunda vinda de Cristo trará satanás e seus ajudadores sob controle,
prendendo-os por mil anos.
i) Perto do fim do milênio, satanás será solto por um breve período de tempo,
iniciará uma luta final desesperada contra Cristo.
j) Finalmente, Satanás e seus demônios serão vencidos e lançados no Lago
de Fogo.
k) Quanto às ressurreições, ambas serão físicas e corpóreas, sendo que a
primeira envolverá somente os crentes a segunda o restante da raça
humana.
l) Os pré-milenistas se subdividem em três grupos quanto ao arrebatamento
da igreja:

3.1. PRÉ-TRIBULACIONISTAS:
a) Crêem que haverá uma tribulação sem igual na totalidade da história.
b) Envolverá três classes de pessoas:
 A nação de Israel
 O mundo pagão
 Os santos que viverão naquele tempo.
c) Tem como finalidade:
 Terminar o tempo dos gentios
 Preparar a restauração e reunião de Israel no reino milenar.
d) Jesus virá buscar Sua Igreja antes da tribulação, através do
arrebatamento que tem côo finalidade, remover a igreja da tribulação.
e) Cristo virá primeiramente para a Igreja, não descerá totalmente para a
terra, pois os crentes serão arrebatados e subirão para encontrar-se com
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Ele nos ares. Assim, não será observada pelo mundo descrente, mas
este será total mente afetado por isso.
f) Nesta ocasião os crentes serão julgados. Comparecerão perante o
tribunal de Cristo, onde suas obras haverão de ser julgadas.
g) A tribulação deverá durar cerca de sete anos. No fim deste período,
Jesus virá com sua igreja em triunfo. Este evento será então visível a
todos.
h) Para os tribulacionistas haverá três ressurreições:
 Dos crentes no arrebatamento da igreja;
 Dos santos (mártires) que morrerem durante a tribulação;
 Dos descrentes depois do milênio.
i) Resumindo, de acordo com os pré-tribulacionistas, a segunda vinda de
Cristo ocorrerá em duas etapas:
 Virá para buscar sua igreja e assim removê-la da tribulação;
 Virá com a igreja estabelecer o reino terrestre.

3.2. PÓS-TRIBULACIONISTAS:
a) A igreja não será removida antes da tribulação.
b) O pós-tribulacionismo distingue entre grande tribulação e a ira de Deus.
c) A tribulação será experimentada por todos os que estivem com vida sobre
a terra.
d) A ira de Deus atingirá somente os ímpios, a igreja não ficará exposta à ira
de Deus.
e) No fim da tribulação Cristo virá segunda vez. Será um evento unitário,
não em duas etapas.
f) A volta de Jesus encerrará o período da tribulação e iniciará o do milênio.
g) Quando Cristo vier, os santos que já morreram serão ressuscitados. Os
que estiverem vivos serão levados a encontrar-se com o Senhor nos ares
e votarão à terra para reinar com Ele.
h) Contudo, vêem o reino tanto presente quanto futuro. Hoje o reino de Deus
está presente no coração de todos quantos Nele crêem e obedecem. No
futuro, será plenamente realizado quando todo joelho se dobrará e toda
língua confessará que Ele é o Senhor.
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i) Para os pós-tribulacionismo haverá apenas duas ressurreições:
 Uma dos santos (antes do milênio), outra
 Dos ímpios, após o milênio (para o juízo final).
j) Não há certeza de que a tribulação durará sete anos civis.

3.3. DISPENSACIONALISMO:
a) È um sistema inteiro de teologia. É um método de interpretar a Bíblia.
b) A escatologia é apenas uma parte.
c) Para o dispensacionalismo o plano de Deus é realizado através de
“dispensações”.
d) As passagens bíblicas só podem ser aplicadas dentro da dispensação a
que foi dirigida.
e) O dispensacionalismo acredita que a vinda de Jesus se dará em duas
etapas.
f) Sua linha de interpretação das últimas coisas é pré-milenista e pré-
tribulacionista.

3.4. MESO-TRIBULACIONISTAS OU MIDI-TRIBULACIONISTAS:


a) Ensina que a igreja estará presente na terra durante uma parte da
tribulação.
b) A vinda de Jesus é tanto iminente, quanto pós-tribulacionista.
c) A tribulação não é exclusiva aos últimos tempos, ela é definida como
sendo a ira dos homens contra o povo de Deus.
d) A grande tribulação será severa, mas também muito breve (Mt 24.21-22;
Mc 13.19-20).
e) A tribulação por mais terrível que venha ser não deve ser identificada com
o período da ira de Deus.
f) O midi-tribulacionismo faz distinção entre a tribulação e a ira de Deus.
g) A igreja estará presente durante a tribulação, mas é removida antes do
derramamento da ira de Deus.
h) As palavras de Jesus “logo em seguida à tribulação daqueles dias” (Mt
24.29; Mc 13.24-25; Lc 21.25-26), indicam que as taças da ira de Deus
serão derramadas não durante, mas subsequentemente, a grande
tribulação.
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i) A ira de Deus não é para a igreja.
j) A igreja está salva da ira de Deus de acordo com Rm 5.9; 1 Ts 1.10; (Mt
3.7) e 1 Ts 5.9.
k) O arrebatamento da Igreja se dará antes do derramamento da ira de
Deus, pois este será também o tempo do galardoamento dos santos. (Ap
11.18)
l) O conceito do arrebatamento em duas etapas, também faz parte do midi-
tribulacionismo, pois dizem as escrituras que Cristo vira “para os santos”
(Jo 14.3; 1 Ts 4.16-18), mas diz também que “virá com os santos” (Jd 14-
15; Ap 19.11-16).

Amilenismo (visão do catolicismo)

Cristo visível, em glória, com os anjos

Cristo visível,
Bodasem glória, com
do Cordeiro, os anjos
galardões.

Era da Igreja Eternidade


“a Igreja Católica é o Milênio”

Arrebatamento, Ressurreição dos mortos,


julgamento final,
Novos Céus e Nova Terra

Pós-Milenismo
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Cristo visível, em glória, com os anjos

Era da Igreja Milênio Eternidade


Últimos mil anos de paz
conquistados pela Igreja

Arrebatamento, Ressurreição dos mortos,


julgamento final,
Novos Céus e Nova Terra

Pré-Milenismo, Pré-Tribulacionismo

Cristo nos ares, só para os crentes. Cristo, visível, em glória, com os santos.
Bodas do Cordeiro,
julgamento dos crentes

7 anos

Era da Igreja Tribulação Milênio Eternidade


42 meses 1260 dias

Ressurreição dos crentes, Ressurreição dos mártires Ressurreição dos incrédulos,


Arrebatamento, vinda secreta da tribulação Julgamento Final,
Novos Céus e Nova Terra

Pré-milenismo, Midi-tribulacionismo

Cristo nos ares, só para os crentes. Cristo, visível, em glória, com os santos.
Bodas do
Cordeiro

7 anos

Era da Igreja Tribulação Milênio Eternidade


42 meses 1260 dias

Ressurreição dos crentes, Ressurreição dos mártires Ressurreição dos incrédulos,


Arrebatamento, vinda secreta da tribulação Julgamento Final,
Novos Céus e Nova Terra
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Pré-milenismo, Pós-tribulacionismo

Cristo, visível, em glória, com os santos.

7 anos Bodas do Cordeiro, galardões.

Era da Igreja Tribulação Milênio Eternidade


42 meses 1260 dias

Arrebatamento, 2ª Ressurreição
1ª Ressurreição incrédulos de todas as épocas
(crentes de todas as épocas) Julgamento Final,
Novos Céus e Nova Terra

BIBLIOGRAFIA:

1. CHAMPLIN, R.N. E BENTSE, J.M. – Enciclopédia de Bíblia, Teologia e


Filosofia. Volumes 1 ao 5. São Paulo, Editora Candeia, 1991

2. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO – Disponível em: http://www.lma.com.br.


Acesso em 12 jun. 2007

3. SHEDD, R.P. – A Bíblia Vida Nova. São Paulo, Edições Vida Nova, 3ª edição,
1980

4. RYRIE, C.C. – A Bíblia Anotada. São Paulo, Editora Mundo Cristão, 1991

5. ERICKSON, M.J. – Opções Contemporâneas na Escatologia, Um Estudo do


Milênio. São Paulo, Edições Vida Nova, 1991
45

Textos não utilizados

3. SEU DESFECHO: (Ap 19)

 A reunião das nações para a batalha de Armagedom. (Ap 16.14-16)


 O retorno de Cristo à Terra. (Ap 19.11-21)

2 Ts 1.6

i. A primeira metade da Tribulação:


o Aliança de Israel com o anticristo. (Dn 9.27; Jo 5.43; Is 28.14-18)
o As duas testemunhas. (Ap 11.3)
ii. A segunda metade da Tribulação:
o Chamada de grande tribulação ou angustia de Jacó. (Mt 24.21; Jr
30.7; Dn 12.1).
o Perseguição aos judeus (Ap 11.2; 12.6,14)
o Perseguição aos convertidos. (Ap 7.13,14)
o A besta política, o Anticristo. (Ap 13.1-10)
o A besta religiosa, o Falso Profeta. (Ap 13.11-18)
o Os 144.000 judeus. (Ap 7.4-8; 14.1-5)
46
o Abominação desoladora. (Dn 9.27;12.11; Mt 24.15; Ap 13.14,15;
2 Ts 2.9)

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